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1 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA Saúde e doença mental – Psicofarmacologia Andréa ESTABILIZADORES DE HUMOR TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB) ➔ Altera em ciclo de mania/euforia para depressão ➔ Na fase de mania • tem sensação de bem estar • aceleração do pensamento e da fala • diminuição do sono • diminuição da concentração • desinibição • impulsividade ➔ na fase de depressão • alteração de apetite • perda ou ganho de peso • humor deprimido na maior parte dos dias • fadiga ou perda da energia • apatia ou perda de interesse • agitação • tendencia a isolamento TRATAMENTO ➔ Quando em EPISÓDIO MANÍACO • tratamento fase aguda: 8 – 24 semanas • 1ª linha: lítio (estabilizador de humor) + antipsicótico (risperidona) ➔ Quando em EPISODIO DEPRESSIVO • Tratamento fase aguda: 8 – 24 semanas • Monoterapia (apenas 1 medicamento - LITIO) ➔ Eficácia • Lítio não atua na ansiedade • Pensar nos 3 primeiros ➢ Carbamazepina ➢ Valproato de sodio ➢ Lamotrigina (tem ação na depressão) • Risperidona (melhor tolerabilidade e eficácia na mania) ESTABILIZADORES DE HUMOR CARACTERISTICAS ➔ diminuem a vulnerabilidade a episódios subsequentes de mania e depressão 2 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ não piora o episódio agudo ➔ Ideal: • eficaz no tratamento da mania aguda e da depressão bipolar • prevenir os episódios de mania e depressão. ➔ Nenhum fármaco atende a todos estes critérios LITIO ➔ CARACTERISTICAS • 1949 – Inicio de estudos uso medico • Década de 60 – pratica clinica • Elemento sodio – grupo 1A (metais alcalinos) • Redução do número de suicídios em bipolares • Baixo índice terapêutico • 5 a 7 dias para início dos efeitos • Eficaz e barato • Apresentações ➢ Liberação imediata: 300mg via oral/dia o Ex: 1º dia 300mg com 0,3meq o 2º dia: 600 mg com 0,7meq o 3º dia: 900mg com 1,0meq (NESSE CASO MANTEM, VISTO QUE A LITEMIA ESTÁ NORMAL – entre 0,8 a 1,2meq) ➢ Liberação prolongada (CR): 450 mg ➔ FARMACOCINÉTICA • Absorção: rápida e praticamente completa TGI • Biodisponibilidade: 95%-100% (CR: 60 – 90%) • Meia vida: 18 – 24hrs (idosos, insuficiência renal > 36h) • Metabolismo: nenhum • Excreção: renal (90-98%), suor (4-5%), fezes (1%) ➢ Compete com sodio para reabsorção ➢ Dieta hipossódica aumenta níveis de Litio ➔ MECANISMO DE AÇÃO • Ainda incerto • Altera o transporte do sodio nas celulas nervosas e musculares provocando uma alteração no metabolismo intraneural das catecolaminas (Diminui noradrenalina e dopamina) • Inibição do fosfoinositol → ↓ produção de noradrenalina • Diminui glutamato • Aumenta o GABA 3 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ REACOES ADVERSAS • Mais comuns: Acne, aumento do apetite, edema, fezes amolecidas, ganho de peso, gosto metálico, náuseas, polidipsia, poliúria e tremores finos. • Menos comuns: alteração do ECG, arritmia, diabetes insipidus, glomerulopatia, hepatotoxicidade, hiperbilirrubinemia, hipotireoidismo, psoríase (exacerbação), rash cutâneo, tonturas e vômitos. • Toxicidade renal ➔ CONTRA INDICAÇÕES • ABSOLUTAS ➢ I.R.A ➢ Bradicardia sinusal ➢ Arritmias ventriculares graves ➢ I.C.C • RELATIVAS ➢ Hipotireoidismo (se sob controle, pode usar o litio) ➢ Gravidez ➔ INTERAÇÕES • BRA, IECA e AINEs: Todos aumentam a concentração sérica de litio • IMAO: sindrome serotoninérgica • Tiazídicos: diminuição da excreção de lítio ➔ MONITORAMENTO • Inicial: função renal, tireoidiana e cardíaca ➢ Hemograma ➢ Ureia, creatinina e eletrólitos ➢ T4 livre, TSH ➢ Ecg ➢ Gravidez • Manutenção ➢ Litemia a cada 5-6 dias até dose de manutenção ➢ 6 primeiros meses: mensal ➢ Posteriormente 3-6 meses ➔ INTOXICAÇÃO • Ingestão de dose excessiva (acidental ou intencional) • Diminuição de excreção seja por: ➢ Doença renal ➢ Dieta hipossódica ➢ Interação com outras drogas (Ex: diuréticos) • Desidratação • Sensibilidade individual (idosos e comorbidades) ➔ INTOXICAÇÃO – SINTOMAS • Dose terapêutica fase aguda: Litemia 0,8 – 1,2 meq/L ➔ INTOXICAÇÃO - MANEJO • Suporte • Se convulsões: benzodiazepínicos • Hipertermia: compressa fria • Hidratação venosa e reposição de eletrólitos se necessário • Lavagem gástrica na 1ª hora pos ingestão aguda • (carvão ativado não está indicado) • Hemodiálise 4 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ANTICONVULSIVANTES NO TAB ➔ CARACTERISTICAS • Indicações: Mania aguda e Estados mistos (mania e depressão) • Principais vantagens sobre o lítio ➢ Incluem maior vantagem terapêutica ➢ Ausência de toxicidade renal • FARMACOS ➢ VALPROATO DE SÓDIO/DIVALPROATO DE SÓDIO ➢ CARBAMAZEPINA ➢ LAMOTRIGINA No TAB: dose única noturna ➔ FARMACOCINÉTICA Carbamazepina: potente indutor enzimático ➔ MECANISMO DE AÇÃO NO TAB • Desconhecido • Pode envolver: ➢ Diminuição do influxo de sodio e cálcio ➢ Diminuição da atividade de dopamina e noradrenalina ➢ Diminuição da excitabilidade elétrica celular 5 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➢ Diminuição de glutamato ➢ Aumento de gaba (lembrar que gaba é excitatório) VALPROATO/DIVALPROATO ➔ Anticonvulsivante GABAérgico ➔ Geralmente é bem tolerado ➔ Perfil favorável em relação a outros anticonvulsivantes, lítio e antipsicóticos ➔ Evitar uso de alcool porque é depressor do SNC ➔ Depakene liberado pelo sus e mais barato que o depakote (que é o valproato) ➔ CONTRA INDICAÇÕES • Absolutas ➢ Insuficiência hepática severa ➢ Hipersensibilidade ao farmaco ➢ Gravidez (é teratogênico) • Relativas: Hepatopatia leve ➔ REAÇÕES ADVERSAS • Mais frequentes ➢ anorexia, náusea, dispepsia, indigestão, ➢ vômito e diarreia ➢ elevação benigna das transaminases hepáticas ➢ tremor e sedação • Menos frequentes: alterações hematológicas. • Uso prolongado causa Ganho de peso e Alopecia CARBAMAZEPINA ➔ Potente indutor enzimático ➔ Contra indicações absolutas • Doenças de origem hematopoiética • Insuficiência hepática • Histórica de agranulocitose • 1º trimestre de gravidez ➔ Contra indicações relativas • Doenças cardiovasculares • Glaucoma • Retenção urinária ➔ REAÇÕES ADVERSAS • MAIS COMUNS: Ataxia, Diplopia, dor epigástrica, náuseas, prurido, sedação, sonolência e tonturas. • MENOS COMUNS: Alopecia, alteração do ECG, bradicardia, alteração da função hepática, alterações hematológicas, aumento do apetite, ganho de peso, gastrite, hepatotoxicidade, hiponatremia, sudorese, tremores finos, urticária e vômitos ➔ INTOXICAÇÃO • Sinais precoces de toxicidade: Tontura, Ataxia, Sedação e Diplopia • Pode ser fatal em superdosagem: tonturas, estupor, arritmias ventriculares, hipo ou hipertensão, bloqueio AV, convulsões, nistagmo, hipo ou hiperreflexia, hipotermia, discinesias faciais ou da boca, depressão respiratória e coma. LAMOTRIGINA ➔ Prevenção de recidiva da mania e da depressão ➔ Contraindicações absolutas: prejuízo de função hepática, história de doença hepática 6 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ RAM mais comuns: Ataxia, Cefaleia, Diplopia, distúrbio gastrintestinal, rash cutâneo (maculopapular), sonolência e tontura. ➔ RAM menos comuns: Angioedema, Cansaço, falta de firmeza de movimentos, irritabilidade, síndrome de Stevens-Johnson e visão turva ANTIPSICÓTICOS TRANSTORNOS PSICOTICOS ➔ PSICOSE: sindrome clinica caracterizada por vivências patológicas de alheamento e distorção da realidade. • condições que afetam a mente, onde houve alguma perda de contato com a realidade ➔ PSICOSE: conjunto de sintomas nos quais há comprometimento da(o): • Capacidade mental, • Resposta afetiva, • Reconhecimento da realidade, • Comunicação • Relacionamento com outras pessoas ➔ Sintomas • Delírios(Juízo critico) • Alucinações (sensopercepção) • Desorganização do pensamento (dissociação de ideias) • Diminuição da expressão emocional (embotamento afetivo) • Comportamento motor grosseiramente desorganizados (agitação; pueril) ➔ Patologias • Esquizofrenia • Mania/depressão • Substancias químicas • Medicamentos • Delirium ESQUIZOFRENIA ➔ Sintomas positivos: delírios e alucinações ➔ Sintomas negativos: apatia, anedonia (sem prazer na vida), embotamento cognitivo e disforia neuroléptica ➔ Regiões cerebrais relacionadas com cada sintoma ➔ Focar em duas regiões • Mesolimbica (receptores D2 da dopamina): Responsáveis pelos sintomas positivos • Mesocortical (receptores D1 da dopamina): Responsáveis pelos sintomas negativos HIPOTESE NEUROQUIMICA: principal teoria é a dopaminérgica TEORIA DOPAMINÉRGICA ➔ Baixo nível de dopamina (que é uma catecolamina) que ocasiona fadiga, cansaço, perda de interesse (anedonia) ➔ Alto nível de dopamina causa esquizofrenia ➔ TEORIA DOPAMINÉRGICA MESOLIMBICA • Na região mesolimbica há uma hiperatividade dos receptores D2 nas áreas límbicas com elevação da dopamina que ocasiona os sintomas positivos de esquizofrenia ➔ TEORIA DOPAMINÉRGICA MESOCORTICAL • Na região mesocortical há uma hipoatividade dos receptores D1 nas áreas corticais ocasionando os sintomas negativos e cognitivos 7 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA TEORIA DOPAMINÉRGICA – BASES ➔ Psicose anfetamínica: Anfetaminas e/ou cocaína causam estado esquizofreniforme, que desaparece quando a dose da droga é diminuída. ➔ Antagonistas dos receptores de DA:↓ Níveis DA e melhora clinicamente os sintomas ➔ Tratamento do Mal de Parkinson (diminuição da dopamina causa a doença) • Alucinações como efeitos adversos dos medicamentos, visto que você toma o remédio para aumentar a dopamina FISIOLOGIA GLUTAMATÉRGICA ➔ Glutamato é neurotransmissor excitatório, seus receptores são chamados NMDA ➔ Fisiologicamente, a ativação dos NMDA provoca estimulação da dopamina com aumento na região mesocortical • Aumento de Glutamato aumenta Dopamina ➔ Na região mesolimbica tem um interneurônio GABA que é estimulado pelo Glutamato e inibe a dopamina • O aumento de Glutamato aumenta o gaba e diminui dopamina PATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA ➔ Hipofunção dos NMDA, diminuindo glutamato ➔ Na região mesocortical, a diminuição de glutamato, diminui dopamina, apresentando sintomas negativos e cognitivos ➔ Na região mesolimbica, diminui Glutamato, estimula pouco GABA e aumenta dopamina, apresentando sintomas positivos TEORIA SEROTONINÉRGICA ➔ Quando tem estimulação dos receptores de serotonina (5HT2A) tem ação estimulante com ação sobre o Glutamato e estimulação do gaba, o que inibe a liberação de dopamina ➔ Quando antagonista 5ht, diminui a inibição dos neurônios Dopamina via GABA, ocasionando a liberação de Dopamina (o que melhora os sintomas) ➔ Papel ainda controverso e não elucidado: 5HT não está diretamente envolvida na patogênese. ➔ LSD (agonista parcial 5HT2A) causa: • desrealização, • despersonalização • alucinações visuais FASES DA ESQUIZOFRENIA ➔ FASE PRODROMICA: paciente assintomático ➔ FASE DE ESTABILIZAÇÃO: mantem a saúde mental em certo nível ➔ Fase de manutenção ➔ Fase prodrômica ➔ Fase aguda (surto psicótico) 8 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ANTIPSICÓTICOS ➔ Transtornos psicóticos: • Esquizofrenia, • Transtornos delirantes; • Psicoses agudas; • Psicoses induzidas por drogas • Transtornos esquizoafetivos; ➔ Transtorno de humor: TAB, Episódios agudos de mania com sintomas psicóticos ou agitação; ➔ Retardo mental ou demência: Controle da agitação e da agressividade ➔ Outros: Transtorno de Tourette e Transtorno de personalidade Borderline ➔ CARACTERÍSTICAS • Sinônimos: neurolépticos, tranquilizantes maiores. • Monoterapia ou associação. • Acompanhado(s) de abordagem não farmacológica. (SEMPRE COM PSICOTERAPIA) • Reduzem e aliviam significativamente os sintomas psicóticos. • Fase aguda / fase de manutenção • Tratamento contínuo ➔ CLASSIFICAÇÃO • CLÁSSICOS DE 1ª GERAÇÃO ➢ Clorpromazina ➢ Levomepromazina (não é distribuído pelo sus) ➢ Tioridazina ➢ Haloperidol • CLÁSSICOS DE 2ª GERAÇÃO ➢ Clozapina ➢ Olanzapina ➢ Quetiapina ➢ Risperidona ➢ Paliperidona ➢ Ziprasidona • CLÁSSICOS DE 3ª GERAÇÃO (não é distribuído pelo SUS) ➢ Aripiprazol ➢ Asenapina ➢ Brexpiprazol 9 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ANTIPSICÓTICOS CLÁSSICOS ➔ CARACTERISTICAS • Outras denominações ➢ Tradicionais ➢ Típicos ➢ Convencionais • Resposta clínica: 70% pacientes • Melhor resposta clínica para os sintomas positivos. (antagonista D2) • Ausência de resposta nos sintomas negativos. • Muitas reações adversas ➔ FARMACOCINÉTICA ➔ Metabolismo hepático ➔ Excreção: renal/fecal ➔ Haloperidol decanoato: administração IM a cada 4 semanas FARMACODINÂMICA: Antagonistas dos receptores D2 da dopamina no sistema límbico que impedem a dopamina de se ligar nos receptores permitindo melhora dos sintomas positivos 10 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ OBS: Clozapina e risperidona são antipsicóticos atípicos CARACTERISTICAS E POSOLOGIA POTÊNCIA: Relacionada à afinidade de bloqueio dos receptores D2 REAÇÕES ADVERSAS ➔ Sintomas extrapiramidais • Dopamina atuando na inibição da acetilcolina • Se diminui dopamina, aumenta acetilcolina, que é a responsável por causar os sintomas de Acatisia, distonia (espasmos involuntários) e discinesia 11 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA REAÇÕES ADVERSAS DOS ANTIPSICOTICOS CLASSICOS ➔ SEP – sintomas extrapiramidais (distonia, acatisia, discinesia tardia). ➔ xerostomia, visão turva, constipação, retenção urinária. ➔ hipotensão ortostática, impotência, dificuldade de ejaculação, hipotensão arterial, prolongamento QT. ➔ Efeitos endócrinos: amenorreia, ginecomastia, galactorreia, aumento do apetite, ganho de peso, alterações no perfil lipídico e glicídico. ➔ Sonolência, convulsões ➔ haloperidol é o que mais causa SEP porque tem mais afinidade com receptor D2 ➔ Haloperidol tem menor chance de alargamento de QT 12 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA MONITORAMENTO DOS ANTIPSICÓTICOS CLÁSSICOS ➔ Hemograma a cada 4 semanas PRECAUÇÕES DE USO ➔ Uso prolongado: paciente apresenta discinesia tardia (‘’tics’’ da boca, nariz, etc) ➔ Descontinuação: progressiva (6 – 8 semanas) ➔ Suspensão abrupta: psicose de rebote, piora sintomas. ➔ Uso com depressores do SNC: efeito aditivo ➔ Uso com álcool, diuréticos: aumenta hipotensão ➔ Suspender tratamento se: neutrófilos absolutos < 1.000/mm³ INTOXICAÇÃO ➔ LEMBRAR QUE NÃO TEM ANTIDOTO, SEMPRE FAZER TRATAMENTO DE SUPORTE ➔ Depressão do SNC (sonolência até coma) ➔ Hipotensão ➔ Sintomas extrapiramidais ➔ Agitação ➔ Inquietude ➔ Convulsões ➔ Febre ➔ Boca seca ➔ Íleo paralitico ➔ Arritmias cardíacas (principalmente tioridazina) ➔ MANEJO: tratamento de suporte e sintomático CLORPROMAZINA ➔ Antipsicótico sedativo de baixa potência (2ª linha) • Potencia está relacionada com afinidade por receptor D2 ➔ Alternativa de baixo custo. ➔ Potencial moderado a alto para: • SEP 13 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • aumento de massa corporal • ortostasia • sedação • efeitos antimuscarínicos. ➔ Vias de administração • VO: não misturar com café, chá, refrigerantes do tipo cola e cerveja sem álcool • IM: profundo – glúteo. Geralmente em uso emergencial. • EV: Uso emergencial. ➔ Interferência em exames:• Falso-positivo: gravidez, fenilcetonúria urinária, bilirrubina urinária. • Alterações no eletrocardiograma • Diminui ACTH (monoadrenocorticotrofico) ➔ CONTRA INDICAÇÕES HALOPERIDOL ➔ Antipsicótico de alta potência (1ª linha) – É O MAIS POTENTE ➔ Uso: VO e IM. • Apresentação “depot”: para pacientes que não aderem ao tratamento. ➔ Gestação: é um dos medicamentos mais seguros, mas evitar no 1º trimestre. ➔ Idosos: medicamento de escolha (causa menos hipotensão postural). ➔ CONTRA INDICAÇÕES TIORIDAZINA ➔ Antipsicótico de baixa potência (2ª linha) ➔ Clássico com maior potencial de prolongamento QT. ➔ Menor risco de SEP. ➔ Iniciar com doses diárias menores: baixo peso, doença renal ou hepática, Idosos. ➔ Uso crônico > 800mg/dia: risco retinopatia ➔ Uso: VO ➔ CONTRA INDICAÇÕES 14 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ANTIPSICÓTICOS PARTE 2 ANTAGONISMO D2 - EFEITOS ESPERADOS Resumo dos E.A dos antipsicóticos clássicos ANTAGONISMO (OUTROS RECEPTORES) CLÁSSICOS/ 1ª GERAÇÃO: Clorpromazina, Levomepromazina, Tioridazina e Haloperidol CLÁSSICOS/ 2ª E 3ª GERAÇÃO ➔ 2ª geração: • Clozapina (1ª a ser descoberta) ➢ Padrão ouro de eficácia para esquizofrenia, porem é a ultima escolha ➢ Indicada para esquizofrenia refratária ➢ PROVA: se der um caso de esquizofrenia que não fez nenhum tratamento, clozapina NÃO É INDICADO, devido aos efeitos adversos hematológicos • Olanzapina, Quetiapina, Risperidona, Ziprasidona e Paliperidona. ➔ 3ª geração: Aripiprazol, Brexpiprazol e Lurasidona CARACTERISTICA DOS ANTIPSICÓTICOS ATIPICOS ➔ Classe heterogênea de substâncias com perfis diferentes de segurança, tolerabilidade e propriedades farmacológicas. ➔ 1º protótipo: clozapina (início comercialização: 1972) ➔ Ação sobre os sintomas positivos: idem aos convencionais e negativos. ➔ Poucos SEPs (sintomas extrapiramidais) e menos Hiperprolactinemia. 15 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA O QUE TORNA UM ANTIPSICOTICO ATIPICO? ➔ NECESSÁRIO TER AO MENOS UM DESTES 3 MECANISMOS DE AÇÃO: ➔ Antagonismo duplo 5HT2A e D2 • Fisiologicamente, 5HT estimula glutamato que tem interneurônio gaba que diminui dopamina • antagonista de 5ht aumenta dopa • antagonista de D2, diminui dopa ➔ Agonismo parcial 5HT1A • 5HT1A é autorreceptor de 5HT que regula a sua liberação. ➢ Agonista aumenta 5ht, diminui dopa ➢ Antagonista diminui 5ht e aumenta dopa ➢ Agonista parcial tende a fazer equilíbrio em regiões que tem muita ou pouca dopamina ➔ Agonismo (aumenta) parcial D2 • Estabiliza a neurotransmissão dopaminérgica em um estado entre o antagonismo silencioso e a estimulação total. ➔ SEROTONINA E DOPAMINA: Os receptores 5HT2A atuam como freios sobre a liberação de dopamina no estriado porque tem o interneurônio gaba • FARMACODINÂMICA ➔ Antagonistas simultâneos da serotonina-dopamina (5HT2A e D2) – ASD ➔ VERDE: antagonismo D2 ➔ Amarelo: antagonismo 5ht 16 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ Dopa que consegue se ligar diminui os sintomas extrapiramidais FÁRMACOS Paliperidona não tem pelo SUS ➔ Paliperidona IM • Dose inicial: quinzenal • Dose manutenção: mensal / trimestral ➔ Risperidona IM: quinzenal ➔ Outros: • Olanzapina 10mg (injetável - IM): rápido controle da agitação. • Dose máxima diária: 10mg 3x dia • Não é forma de depósito Clozapina: doses > 400mg devem ser fracionadas para maior tolerância. 17 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA CARACTERISTICAS Para agonistas parciais, / é usado em vez de + ➔ Metabolismo: hepático ➔ Excreção: renal/fecal REAÇÕES ADVERSAS CLOZAPINA ➔ “protótipo” dos antipsicóticos atípicos ➔ “Padrão-ouro” de eficácia na esquizofrenia ➔ Tratamento da agressão e da violência em psicóticos ➔ ↓ risco de suicídio na esquizofrenia ➔ Indicação: esquizofrenia refratária. ➔ Maior eficácia, mais reações adversas e interações medicamentosas. ➔ FARMACODINÂMICA: Perfil farmacológico de ligação complexo (atuando em vários receptores) ➔ DESVANTAGENS • Maior risco de: ➢ Agranulocitose (pode ser fatal). (interrompe a produção de granulócitos – neutro/eosino/basófilos) ➢ Convulsões (em doses altas) ➢ Miocardite ➢ Ganho de peso ➢ Alterações cardiometabólicas (DM, dislipidemia) • RAM intensas: ➢ Sedação 18 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➢ Salivação excessiva • Interações medicamentosas ➔ MONITORAMENTO HEMATOLOGICO: necessário avaliar paciente nas primeiras 18 semanas fazendo hemograma semanal ➔ Se leucócitos < 2000 nunca mais usar clozapina OLANZAPINA ➔ CARACTERISTICAS • Estrutura e perfil farmacológico semelhantes à clozapina. • Não possui propriedades sedativas extremas. • Não provoca discrasias sanguíneas. • Raramente letal em monoterapia. • Alto risco cardiometabólico (prolonga QT, ganho de peso, hiperlipidemia e alteração glicêmica) QUETIAPINA ➔ CARACTERISTICAS • Estrutura química relacionada com a clozapina. • Ações farmacológicas: ➢ Quetiapina ➢ Antagonismo duplo 5HT2A e D2 fazendo dela um antipsicótico • Metabólito ativo norquetiapina que atua na: ➢ inibição da recaptação de noradrenalina ➢ antagonismo 5HT7, 5HT2C e α2 ➢ Agonismo parcial de 5HT1A ➢ Não usa na mania, apenas episódio depressivo ➔ Propriedades de ligação variam conforme a dose • QUETIAPINA: cujo efeito depende da dose, podendo se comportar como hipnótico, antidepressivo e antipsicótico ➢ 50 mg: hipnótico ➢ 300 mg: antidepressivo ➢ 800 mg: antipsicótico • Moderado risco cardiometabólico. • Ganho de peso (doses moderadas a altas) • Em qualquer dose: ➢ Nenhum SEP ➢ Sem elevação da prolactina RISPERIDONA ➔ CARACTERISTICAS • Em doses baixas: comportamento de atípico • Em doses mais elevadas: comportamento de clássico (SEP) • ↑ prolactina até mesmo em doses baixas. • Risco moderado de ganho de peso e dislipidemia • Forma de depósito: custo elevado (R$1260,00 / unidade) (quinzenal) PALIPERIDONA ➔ CARACTERISTICAS • É o principal metabólito ativo da risperidona. • Não sofre metabolismo hepático. • Eliminação depende da excreção urinária • Elevado custo nas formas de depósito IM: 19 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➢ Apresentação mensal: R$1500,00 a 2500,00 / unid ➢ Apresentação trimestral: R$4200,00 a 12.900,00 / unid • Antagonismo D2, 5HT2A, alfa-1 e alfa-2, H1. • Não tem afinidade M1 ou beta-adrenérgicos. ➔ Paliperidona x Risperidona: • Mais tolerável • Menos: - sedação, - hipotensão ortostática - SEP • Mesmo perfil: - ganho de peso, resistência à insulina e diabetes – hiperprolactinemia ZIPRASIDONA ➔ Baixo risco cardiometabólico. ➔ Administração sem alimentos (500 calorias): - 50% absorção oral → eficácia inconsistente ➔ Não provoca prolongamento QT dependente da dose ➔ Poucas interações medicamentosas. ➔ Antagonista D2, 5HT2A, 5HT1D ➔ Agonista de receptores 5HT1A ➔ Fraco inibidor da recaptura de 5HT e NA ➔ Fraco inibidor da recaptura 5HT e NA ANTIPSICÓTICOS PARTE 3 ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS – 3ª GERAÇÃO FARMACOS ➔ Aripiprazol (Aristab) ➔ Brexpiprazol (Rexulti) ➔ São estabilizadores dopaminérgicos • ➔ MECANISMO DE AÇÃO: • Antagonismo 5HT2A • Agonismo parcial D2 • Agonismo parcial 5HT1A ➔ OBS: Lurasidona é estabilizador, porém sem agonismo parcial D2. ➔ FARMACODINÂMICA: ações agonistas parciais de D2 (APD) ➔ ANTAGONISMO D2: diminuição drástica de dopamina ➔ AGONISMO PARCIAL D2: deixa no ponto certo 20 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA AGONISMO PARCIAL DE 5HT1A FÁRMACOS Para agonistas parciais, / é usado em vez de + 21 VINICIUSBARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA FARMACOCINÉTICA ➔ METABOLISMO: hepático ➔ Excreção: renal/fecal ➔ * LURASIDONA: absorção melhorada pela ingestão de alimentos (pelo menos 500 calorias) REAÇÕES ADVERSAS ARIPIPRAZOL ➔ Antipsicótico estabilizador dopaminérgico. ➔ Usos: esquizofrenia e TAB ➔ Segurança ➔ Tolerabilidade ➔ Menor potencial para RAM ➔ Custo elevado LURASIDONA ➔ Antipsicótico estabilizador ➔ Absorção é melhorada com ingestão alimentos (500cal) ➔ Nenhum ganho de peso e nem dislipidemia ➔ SEP moderados, porém amenizados se administração noturna. ➔ Ação antidepressiva (antagonista 5HT7) BREXPIPRAZOL ➔ Antipsicótico estabilizador ➔ Quimicamente relacionado com o aripiprazol ➔ Ações farmacológicas + potentes do que o aripiprazol ➔ No Brasil: a partir de outubro/2020 Única indicação de bula (ANVISA): Depressão maior ➔ Custo elevado 22 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ANTIPSICÓTICOS – MUDANÇA DE FÁRMACO ➔ Ideal é fazer uma substituição lentamente ➔ Ajuste cruzado • Paciente usando durante 2 semanas 2 antipsicóticos, um com dose aumentando e outro com dose diminuindo TRANSTORNOS ALIMENTARES PORQUE NOS ALIMENTAMOS? ➔ Fatores sociais, psicológicos, contextuais e culturais • Crescimento dos tecidos • Metabolismo celular • Proteção contra doenças • energia COMPORTAMENTO ALIMENTAR ➔ FOME x SACIEDADE NEUROTRANSMISSORES 23 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA NEUROBIOLOGIA ➔ saciedade e consequente recusa alimentar TRANSTORNOS ALIMENTARES – INTRODUÇÃO ➔ Alterações persistentes no comportamento alimentar. ➔ Comum: Preocupação excessiva com peso e alimentação ➔ Principais consequências: • Obesidade • Emagrecimento extremo (caquexia) • Prejuízos à saúde física e mental • Prejuízos às relações sociais TRANSTORNOS ALIMENTARES MAIS COMUNS ➔ ANOREXIA: distorção da imagem corporal que leva a uma redução da alimentação e perda de peso drástica ➔ BULIMIA: tem dois momentos • 1º momento) de compulsão, com grande ingestão de calorias • 2º momento) tentativa de expurgar as calorias – através de vomito ou remédios ➔ COMPULSÃO ALIMENTAR: consumo de uma quantidade muito alta de calorias em pouco tempo, recorrentemente. • Nesses casos, não há tentativa de se livrar das calorias. ➔ Esses 3 não são os únicos ATENÇÃO AOS SINAIS ➔ Preocupação excessiva com o corpo ➔ Isolamento social por sentir-se acima do peso ➔ Praticar muita atividade física ➔ Perda rápida de peso ➔ Fazer dieta constantemente ➔ Preocupa-se com tudo que vai ingerir ➔ Alimenta-se longe de familiares e amigos ➔ Sentimento de culpa após as refeições ➔ Procurar motivos para não se alimentar ➔ Estimular o vomito após as refeições OBS: os transtornos alimentares tem causa multifatorial, envolvem aspectos genéticos, psicológicos e também sociais ANOREXIA NERVOSA (AN) CONCEITO ➔ ANOREXIA (sintoma): inapetência em decorrência de: • Estados febris • Doenças gerais e digestivas • Situações transitórias da vida cotidiana 24 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ ANOREXIA NERVOSA (AN): negação do apetite e controle obsessivo do corpo CARACTERISTICAS ➔ ausência de percepção da nocividade à saúde ➔ distorção da imagem corporal ➔ busca desenfreada da magreza ➔ restrição alimentar exagerada ➔ perda intensa de peso (paciente com IMC muito baixo) ➔ amenorreia (perda de menstruação) GRAVIDADE ➔ Mortalidade pode chegar a 8% ➔ Pele seca ➔ Complicações cardiovasculares ➔ Queda acentuada de cabelo ➔ Atrofia muscular ➔ Osteoporose ➔ Interrupção da menstruação ➔ Desidratação TRATAMENTO DA ANOREXIA NERVOSA (AN) ➔ Multidisciplinar (farmacológico e não farmacológico) ➔ Grande Desafio: cooperação do paciente anoréxico ➔ Ambulatorial ou hospitalar. • Hospitalar: ➢ Falha do tratamento ambulatorial ➢ Ideação suicida. ➢ Auto ou heteroagressividade. ➢ Quadro psicótico concomitante. ➢ Alterações clínicas importantes: (K+ < 2,5 mEq/L, arritmia cardíaca, IMC < 15) ➔ Objetivo imediato do tratamento: recuperação do estado nutricional ➔ Adequação dos comportamentos alimentares ➔ Manejo das complicações da desnutrição, das comorbidades e dos sintomas psiquiátricos. ➔ Tratamento farmacológico é apenas adjuvante!!! • O mais importante é o psiquiátrico e nutricional TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ➔ Não deve ser modalidade única. ➔ Papel secundário: Inexistência de medicamentos que produzam melhora definitiva dos sintomas da AN. ➔ O que fazer então? • Tratar as comorbidades psiquiátricas concomitantes e auxiliar na recuperação nutricional. ➔ Justificativas de uso de fármacos na AN? • Uso de medicamentos usados apenas quando distorções do pensamento associados aos transtornos da imagem corporal (psicose?) • sintomas depressivos associados • alterações do apetite ➔ Estimulantes do apetite: ciproeptadina ➔ Pró-cinéticos: metoclopramida??? ➔ Antidepressivos: ISRS, ADT ➔ Ansiolíticos: BZD??? (se ansiedade antecipatória) ➔ Antipsicóticos: atípicos (Olanzapina, quetiapina, risperidona) 25 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA ➔ OBS: Na ausência de comorbidade psiquiátrica importante, aguardar restauração do peso antes de iniciar psicofármaco. ➔ OBS 2: não há tratamento farmacológico eficaz e especifico para NA CIPROEPTADINA (COBAVITAL) ➔ Estimulante do apetite ➔ Antagonista serotoninérgico e histaminérgico. • Forte efeito orexígeno (causa fome) • Efeito sedante. ➔ Indicações: AN restritiva grave (princ. se hiperatividade associada) ➔ benefício não se mantém a longo prazo (tempo curto não resolve tempo do paciente) ➔ opção interessante no início do tratamento hospitalar METOCLOPRAMIDA (PLASIL) ➔ pró cinético ➔ Ações: • Sensibiliza tecidos para atividade da ACh • Estimula o peristaltismo • Reduz sensação de plenitude e saciedade precoce ➔ benefício incerto. ➔ Pode provocar SEP ANTIDEPRESSIVOS ➔ Indicações: • Presença de comorbidade psiquiátrica • Transtornos do humor • Transtornos de ansiedade. • Compulsão alimentar. ➔ Prevenção de recaídas após ganho de peso: ISRS (mais seguros) e ADT (antidepressivos tricíclicos) COMPULSAO ALIMENTAR (TCAP) ➔ TCAP = transtorno de compulsão alimentar periódica ➔ É o transtorno alimentar mais prevalente ➔ Recorrente ingestão de quantidade anormalmente grande de comida, em um curto período de tempo, mesmo sem a presença de fome ou necessidade física do alimento. ➔ Presença de sensação de descontrole sobre a ingestão. ➔ Episódios de compulsão alimentar ao menos uma vez por semana durante três meses. ➔ Sem comportamento compensatório inapropriado (não faz atividade física excessiva, não usa laxantes, não vomita) ➔ Quanto maior o grau de obesidade, maior a prevalência • IMC baixo: anorexia nervosa • Mais comum em obesos ➔ Etiologia pouco estudada. ASPECTOS ASSOCIADOS ➔ Episódios de compulsão associados a 3 ou mais aspectos: • Comer mais rapidamente do que o normal. • Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. • Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome. • Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. • Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. 26 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA CARACTERISTICAS ➔ Compulsão alimentar e sensação de perda de controle ➔ Autoavaliação influenciada pela forma e peso corporal ➔ Pavor intenso de engordar ➔ Não há comportamentos compensatórios ➔ Sobrepeso ou obesidade CICLO DA COMPULSAO ALIMENTAR TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ➔ Associado a psicoterapia. ➔ Objetivo: controle da impulsividade. ➔ Indicação: casos moderados a graves ➔ Fármacos utilizados: • Antidepressivos: ISRS e ISRSN• Psicoestimulantes: LISDEXANFETAMINA ➔ ANTIDEPRESSIVOS: ISRS (geralmente é a classe de escolha) ➔ ISRSN LISDEXANFETAMINA ➔ É um Psicoestimulante. ➔ Indicação no TCAP: moderado a grave. ➔ Posologia: • Dose inicial: 30mg/dia • Aumentos semanais de 20mg • Dose alvo: 50 – 70mg / dia. ➔ FARMACOCINÉTICA: é um pró farmaco da D – anfetamina ➔ FARMACODINÂMICA • Inibição da recaptação de dopamina e norepinefrina • Liberação de dopamina e norepinefrina ➔ REAÇÕES ADVERSAS • MUITO COMUM: ↓ apetite, ↓ peso, cefaleia, boca seca, agitação e dor abdominal superior. • COMUM: tique, variação de humor, ↑ atividade psicológica e motora, agressividade, tontura, irritabilidade, náusea, vômito, diarreia, erupção da pele, 27 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA febre, ↑ ↑ transpiração, falta de ar, tremor, ansiedade, ranger de dentes, constipação, fadiga, arritmias, palpitações, ↑ PA, disfunção sexual. • OUTROS: hepatite eosinofílica, reação anafilática, episódios psicóticos, convulsão, angioedema ➔ CONTRAINDICAÇÕES • Arteriosclerose avançada; • Doença cardiovascular sintomática; • Hipertensão moderada a grave; • Hipertireoidismo; • Glaucoma; • Estados de agitação, ansiedade; • Histórico de abuso de drogas; • < 14 dias após uso de IMAO (crises hipertensivas) • Amamentação • Cautela: I.R.C e I.H • Ausência de estudos em < 6 anos, > 55 anos, gestação ➔ CUIDADOS • Dependência psicológica • Tolerância • Potencial de abuso • Interrupção do tratamento: gradativamente ➢ Se abrupta após administração prolongada de dose alta: fadiga extrema e depressão • Não compensar dose esquecida! • Ajuste de dose na insuficiência renal ➢ Dose máxima: 50mg (IRC grave), 30mg (IRC terminal) • Várias interações medicamentosas ➢ Destaque: Potencializa efeitos cardiovasculares e no SNC com bloqueadores da recaptação de NA. BULIMIA NERVOSA (BN) ➔ “Fome de boi” ou fome voraz. ➔ Paciente anoréxico sempre tem IMC menor que do paciente bulemico ➔ Características: • Episódios bulímicos • Práticas compensatórias inadequadas para não engordar. • Preocupação excessiva com o peso e alimentação • IMC normal ou sobrepeso. • Mais comum que a AN. • Melhor prognóstico ➔ SINTOMAS ➔ Episódios bulímicos (fase do descontrole alimentar) 28 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA • Ingestão de grandes quantidades de alimento • Curto intervalo de tempo • Sensação de perda do controle sobre o comportamento alimentar ➔ Práticas compensatórias inadequadas (compensação - com ou sem purgação) • Vômitos autoinduzidos (purgativas) • Abuso de laxantes, diuréticos ou outras drogas (purgativas) • Dieta restrita ou jejum (sem purgação) • Exercícios físicos vigorosos (sem purgação) SUBTIPOS CLINICOS ➔ NÃO PURGATIVO • Compulsão alimentar recorrente • Jejum prolongado • Excesso de exercícios ➔ PURGATIVO • Compulsão alimentar recorrente • Autoindução de vomito • Uso abusivo de laxantes e diuréticos CLASSIFICAÇÃO DA BULIMIA NERVOSA (BN) ➔ Na bulimia, geralmente há sobrepeso, uma vez que vômitos e diarreia não contribuem para a perda de peso GRAVIDADE ➔ Sinais de russel (lesões na mão devido a arranhar os dentes quando induz o vomito) ➔ Destruição das peças dentárias COMPLICAÇÕES TRATAMENTO ➔ Multidisciplinar (farmacológico e não farmacológico) ➔ Ambulatorial. ➔ Hospitalar se: • Falha do tratamento ambulatorial • Ideação suicida. • Rápida e persistente perda de peso • Quadro psicótico concomitante. • Anormalidades eletrolíticas significativas • Comportamento impulsivo (abuso de álcool, drogas, automutilação, cleptomania, promiscuidade sexual) 29 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ➔ Uso com psicoterapia e acompanhamento nutricional. ➔ Antidepressivos: • ↓ episódios bulímicos, mesmo na ausência de depressão coexistente. • Doses maiores que o habitual. ➔ Inibidores Seletivos da Recaptação de 5HT (ISRS): • Fluoxetina 60 a 80mg / dia • Fluvoxamina 50 – 300mg • Sertralina 50 – 200mg ➔ Evitar: Antidepressivos Tricíclicos: promovem ganho de peso. • Bupropiona: baixa o limiar convulsivo, especialmente em distúrbios hidroeletrolíticos. ➔ Psicoestimulantes: Lisdexanfetamina • Diminui a impulsividade • compulsão alimentar • Aumenta a saciedade 10/10/2022 REVISAO PARA PROVA ➔ TAB • Em mania trata-se com estabilizador do humor (LITIO) + antipsicótico (RISPERIDONA) • Se não pode usar litio, usar acido valpróico ou valproato de sodio • E.A do litio: Janela terapêutica pequena com dose que trata muito perto da dose toxica • Necessário dosar litio (Litemia) 0,8 a 1,2 • Reações adversas da Litemia (estudar os graus da Litemia) • RISPERIDONA: Antipsicótico atípico de 2ª geração ➔ Antipsicóticos clássicos de 1ª geração • Haloperidol ➢ MECANISMO DE AÇÃO: fazem antagonismo D2 atuando sobre os sintomas positivos ➢ E.A: sintomas extrapiramidais (acatisia, disfonia, discinesia tardia -tics de boca e nariz devido ao uso crônico dos clássicos -, parkinsonismo) e aumento da prolactina ➢ Dopamina funciona nesses sintomas, quando tem diminuição surge os E.A ➔ Antipsicóticos atípicos de 2ª geração ➔ QUETIAPINA • 50 mg: hipnótico • 300 mg: antidepressivo • 800 mg: antipsicótico ➔ Se paciente com episódio depressivo e mudança rápida paciente tem TAB ➔ CLOZAPINA • Principal toxicidade é hematológica causando granulocitose fazendo acompanhamento semanal nas primeiras 18 semanas • Padrão ouro na esquizofrenia porem so em ultima escolha ➔ MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIPSICOTICOS ATIPICOS DE 3ª GERAÇÃO • Agonismo parcial D2 (é o principal) melhorando os sintomas + e - • Agonismo parcial da 5ht1a (autorreceptor, significando que ele manda mensagem para neurônio para diminuir 5ht) melhora os sintomas negativos ➢ Quando antagonismo, a 5ht aumenta, diminuindo dopamina ➔ BULIMIA E ANOREXIA (SABER QUAL É QUAL) • A.N: não tem medicamento especifico ➢ Principal tratamento é nutricional e psicoterapia ➔ Tanto bulimia quanto Transtorno alimentar nunca fazer monoterapia e sempre associar com psicoterapia
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