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2C 6P Psicofarmacologia

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1 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
Saúde e doença mental – Psicofarmacologia Andréa 
ESTABILIZADORES DE HUMOR 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB) 
➔ Altera em ciclo de mania/euforia para depressão 
➔ Na fase de mania 
• tem sensação de bem estar 
• aceleração do pensamento e da fala 
• diminuição do sono 
• diminuição da concentração 
• desinibição 
• impulsividade 
➔ na fase de depressão 
• alteração de apetite 
• perda ou ganho de peso 
• humor deprimido na maior parte dos dias 
• fadiga ou perda da energia 
• apatia ou perda de interesse 
• agitação 
• tendencia a isolamento 
TRATAMENTO 
➔ Quando em EPISÓDIO MANÍACO 
• tratamento fase aguda: 8 – 24 semanas 
• 1ª linha: lítio (estabilizador de humor) + antipsicótico (risperidona) 
 
➔ Quando em EPISODIO DEPRESSIVO 
• Tratamento fase aguda: 8 – 24 semanas 
• Monoterapia (apenas 1 medicamento - LITIO) 
 
➔ Eficácia 
• Lítio não atua na ansiedade 
• Pensar nos 3 primeiros 
➢ Carbamazepina 
➢ Valproato de sodio 
➢ Lamotrigina (tem ação na depressão) 
• Risperidona (melhor tolerabilidade e eficácia na mania) 
ESTABILIZADORES DE HUMOR 
CARACTERISTICAS 
➔ diminuem a vulnerabilidade a episódios subsequentes de mania e depressão 
 
2 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ não piora o episódio agudo 
➔ Ideal: 
• eficaz no tratamento da mania aguda e da depressão bipolar 
• prevenir os episódios de mania e depressão. 
➔ Nenhum fármaco atende a todos estes critérios 
 
 
 
 
 
 
 
 LITIO 
➔ CARACTERISTICAS 
• 1949 – Inicio de estudos uso medico 
• Década de 60 – pratica clinica 
• Elemento sodio – grupo 1A (metais alcalinos) 
• Redução do número de suicídios em bipolares 
• Baixo índice terapêutico 
• 5 a 7 dias para início dos efeitos 
• Eficaz e barato 
• Apresentações 
➢ Liberação imediata: 300mg via oral/dia 
o Ex: 1º dia 300mg com 0,3meq 
o 2º dia: 600 mg com 0,7meq 
o 3º dia: 900mg com 1,0meq (NESSE CASO MANTEM, VISTO QUE A LITEMIA ESTÁ NORMAL – 
entre 0,8 a 1,2meq) 
➢ Liberação prolongada (CR): 450 mg 
➔ FARMACOCINÉTICA 
• Absorção: rápida e praticamente completa TGI 
• Biodisponibilidade: 95%-100% (CR: 60 – 90%) 
• Meia vida: 18 – 24hrs (idosos, insuficiência renal > 36h) 
• Metabolismo: nenhum 
• Excreção: renal (90-98%), suor (4-5%), fezes (1%) 
➢ Compete com sodio para reabsorção 
➢ Dieta hipossódica aumenta níveis de Litio 
➔ MECANISMO DE AÇÃO 
• Ainda incerto 
• Altera o transporte do sodio nas celulas nervosas e 
musculares provocando uma alteração no 
metabolismo intraneural das catecolaminas (Diminui 
noradrenalina e dopamina) 
• Inibição do fosfoinositol → ↓ produção de 
noradrenalina 
• Diminui glutamato 
• Aumenta o GABA 
 
 
3 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ REACOES ADVERSAS 
• Mais comuns: Acne, aumento do apetite, edema, fezes amolecidas, ganho de peso, gosto metálico, 
náuseas, polidipsia, poliúria e tremores finos. 
• Menos comuns: alteração do ECG, arritmia, diabetes insipidus, glomerulopatia, hepatotoxicidade, 
hiperbilirrubinemia, hipotireoidismo, psoríase (exacerbação), rash cutâneo, tonturas e vômitos. 
• Toxicidade renal 
➔ CONTRA INDICAÇÕES 
• ABSOLUTAS 
➢ I.R.A 
➢ Bradicardia sinusal 
➢ Arritmias ventriculares graves 
➢ I.C.C 
• RELATIVAS 
➢ Hipotireoidismo (se sob controle, pode usar o litio) 
➢ Gravidez 
➔ INTERAÇÕES 
• BRA, IECA e AINEs: Todos aumentam a concentração sérica de litio 
• IMAO: sindrome serotoninérgica 
• Tiazídicos: diminuição da excreção de lítio 
➔ MONITORAMENTO 
• Inicial: função renal, tireoidiana e cardíaca 
➢ Hemograma 
➢ Ureia, creatinina e eletrólitos 
➢ T4 livre, TSH 
➢ Ecg 
➢ Gravidez 
• Manutenção 
➢ Litemia a cada 5-6 dias até dose de manutenção 
➢ 6 primeiros meses: mensal 
➢ Posteriormente 3-6 meses 
➔ INTOXICAÇÃO 
• Ingestão de dose excessiva (acidental ou intencional) 
• Diminuição de excreção seja por: 
➢ Doença renal 
➢ Dieta hipossódica 
➢ Interação com outras drogas (Ex: diuréticos) 
• Desidratação 
• Sensibilidade individual (idosos e comorbidades) 
➔ INTOXICAÇÃO – SINTOMAS 
• Dose terapêutica fase aguda: Litemia 0,8 – 1,2 meq/L 
 
➔ INTOXICAÇÃO - MANEJO 
• Suporte 
• Se convulsões: benzodiazepínicos 
• Hipertermia: compressa fria 
• Hidratação venosa e reposição de eletrólitos se 
necessário 
• Lavagem gástrica na 1ª hora pos ingestão aguda 
• (carvão ativado não está indicado) 
• Hemodiálise 
 
 
4 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
ANTICONVULSIVANTES NO TAB 
➔ CARACTERISTICAS 
• Indicações: Mania aguda e Estados mistos (mania e depressão) 
• Principais vantagens sobre o lítio 
➢ Incluem maior vantagem terapêutica 
➢ Ausência de toxicidade renal 
• FARMACOS 
➢ VALPROATO DE SÓDIO/DIVALPROATO DE SÓDIO 
➢ CARBAMAZEPINA 
➢ LAMOTRIGINA 
 
 No TAB: dose única noturna 
➔ FARMACOCINÉTICA 
 Carbamazepina: potente indutor enzimático 
➔ MECANISMO DE AÇÃO NO TAB 
• Desconhecido 
• Pode envolver: 
➢ Diminuição do influxo de sodio e cálcio 
➢ Diminuição da atividade de dopamina e noradrenalina 
➢ Diminuição da excitabilidade elétrica celular 
 
5 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➢ Diminuição de glutamato 
➢ Aumento de gaba (lembrar que gaba é excitatório) 
VALPROATO/DIVALPROATO 
➔ Anticonvulsivante GABAérgico 
➔ Geralmente é bem tolerado 
➔ Perfil favorável em relação a outros anticonvulsivantes, 
lítio e antipsicóticos 
➔ Evitar uso de alcool porque é depressor do SNC 
➔ Depakene liberado pelo sus e mais barato que o depakote (que é o valproato) 
➔ CONTRA INDICAÇÕES 
• Absolutas 
➢ Insuficiência hepática severa 
➢ Hipersensibilidade ao farmaco 
➢ Gravidez (é teratogênico) 
• Relativas: Hepatopatia leve 
➔ REAÇÕES ADVERSAS 
• Mais frequentes 
➢ anorexia, náusea, dispepsia, indigestão, 
➢ vômito e diarreia 
➢ elevação benigna das transaminases hepáticas 
➢ tremor e sedação 
• Menos frequentes: alterações hematológicas. 
• Uso prolongado causa Ganho de peso e Alopecia 
CARBAMAZEPINA 
➔ Potente indutor enzimático 
➔ Contra indicações absolutas 
• Doenças de origem hematopoiética 
• Insuficiência hepática 
• Histórica de agranulocitose 
• 1º trimestre de gravidez 
➔ Contra indicações relativas 
• Doenças cardiovasculares 
• Glaucoma 
• Retenção urinária 
➔ REAÇÕES ADVERSAS 
• MAIS COMUNS: Ataxia, Diplopia, dor epigástrica, náuseas, prurido, sedação, sonolência e tonturas. 
• MENOS COMUNS: Alopecia, alteração do ECG, bradicardia, alteração da função hepática, alterações 
hematológicas, aumento do apetite, ganho de peso, gastrite, hepatotoxicidade, hiponatremia, sudorese, 
tremores finos, urticária e vômitos 
➔ INTOXICAÇÃO 
• Sinais precoces de toxicidade: Tontura, Ataxia, Sedação e Diplopia 
• Pode ser fatal em superdosagem: tonturas, estupor, arritmias ventriculares, hipo ou hipertensão, 
bloqueio AV, convulsões, nistagmo, hipo ou hiperreflexia, hipotermia, discinesias faciais ou da boca, 
depressão respiratória e coma. 
LAMOTRIGINA 
➔ Prevenção de recidiva da mania e da depressão 
➔ Contraindicações absolutas: prejuízo de função hepática, história de doença hepática 
 
6 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ RAM mais comuns: Ataxia, Cefaleia, Diplopia, distúrbio gastrintestinal, rash cutâneo (maculopapular), 
sonolência e tontura. 
➔ RAM menos comuns: Angioedema, Cansaço, falta de firmeza de movimentos, irritabilidade, síndrome de 
Stevens-Johnson e visão turva 
ANTIPSICÓTICOS 
TRANSTORNOS PSICOTICOS 
➔ PSICOSE: sindrome clinica caracterizada por vivências patológicas de alheamento e distorção da realidade. 
• condições que afetam a mente, onde houve alguma perda de contato com a realidade 
➔ PSICOSE: conjunto de sintomas nos quais há comprometimento da(o): 
• Capacidade mental, 
• Resposta afetiva, 
• Reconhecimento da realidade, 
• Comunicação 
• Relacionamento com outras pessoas 
➔ Sintomas 
• Delírios(Juízo critico) 
• Alucinações (sensopercepção) 
• Desorganização do pensamento (dissociação de ideias) 
• Diminuição da expressão emocional (embotamento afetivo) 
• Comportamento motor grosseiramente desorganizados (agitação; pueril) 
➔ Patologias 
• Esquizofrenia 
• Mania/depressão 
• Substancias químicas 
• Medicamentos 
• Delirium 
ESQUIZOFRENIA 
➔ Sintomas positivos: delírios e alucinações 
➔ Sintomas negativos: apatia, anedonia (sem prazer na vida), embotamento cognitivo e disforia neuroléptica 
➔ Regiões cerebrais relacionadas com cada sintoma 
➔ Focar em duas regiões 
• Mesolimbica (receptores D2 da dopamina): Responsáveis pelos sintomas positivos 
• Mesocortical (receptores D1 da dopamina): Responsáveis pelos sintomas negativos 
HIPOTESE NEUROQUIMICA: principal teoria é a dopaminérgica 
TEORIA DOPAMINÉRGICA 
➔ Baixo nível de dopamina (que é uma catecolamina) que ocasiona fadiga, cansaço, perda de interesse 
(anedonia) 
➔ Alto nível de dopamina causa esquizofrenia 
➔ TEORIA DOPAMINÉRGICA MESOLIMBICA 
• Na região mesolimbica há uma hiperatividade dos receptores D2 nas áreas límbicas com elevação da 
dopamina que ocasiona os sintomas positivos de esquizofrenia 
➔ TEORIA DOPAMINÉRGICA MESOCORTICAL 
• Na região mesocortical há uma hipoatividade dos receptores D1 nas áreas corticais ocasionando os 
sintomas negativos e cognitivos 
 
 
7 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
TEORIA DOPAMINÉRGICA – BASES 
➔ Psicose anfetamínica: Anfetaminas e/ou cocaína causam estado esquizofreniforme, que desaparece quando 
a dose da droga é diminuída. 
➔ Antagonistas dos receptores de DA:↓ Níveis DA e melhora clinicamente os sintomas 
➔ Tratamento do Mal de Parkinson (diminuição da dopamina causa a doença) 
• Alucinações como efeitos adversos dos medicamentos, visto que você toma o remédio para aumentar a 
dopamina 
FISIOLOGIA GLUTAMATÉRGICA 
➔ Glutamato é neurotransmissor excitatório, seus receptores são chamados NMDA 
➔ Fisiologicamente, a ativação dos NMDA provoca estimulação da dopamina com aumento na região 
mesocortical 
• Aumento de Glutamato aumenta Dopamina 
➔ Na região mesolimbica tem um interneurônio GABA que é estimulado pelo Glutamato e inibe a dopamina 
• O aumento de Glutamato aumenta o gaba e diminui dopamina 
PATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA 
➔ Hipofunção dos NMDA, diminuindo glutamato 
➔ Na região mesocortical, a diminuição de glutamato, diminui dopamina, apresentando sintomas negativos e 
cognitivos 
➔ Na região mesolimbica, diminui Glutamato, estimula pouco GABA e aumenta dopamina, apresentando 
sintomas positivos 
 
 
 
 
TEORIA 
SEROTONINÉRGICA 
➔ Quando tem estimulação dos receptores de serotonina (5HT2A) tem ação estimulante com ação sobre o 
Glutamato e estimulação do gaba, o que inibe a liberação de dopamina 
➔ Quando antagonista 5ht, diminui a inibição dos neurônios Dopamina via GABA, ocasionando a liberação de 
Dopamina (o que melhora os sintomas) 
➔ Papel ainda controverso e não elucidado: 5HT não está diretamente envolvida na patogênese. 
➔ LSD (agonista parcial 5HT2A) causa: 
• desrealização, 
• despersonalização 
• alucinações visuais 
FASES DA ESQUIZOFRENIA 
 
➔ FASE PRODROMICA: paciente 
assintomático 
➔ FASE DE ESTABILIZAÇÃO: mantem a 
saúde mental em certo nível 
➔ Fase de manutenção 
➔ Fase prodrômica 
➔ Fase aguda (surto psicótico) 
 
 
8 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTIPSICÓTICOS 
➔ Transtornos psicóticos: 
• Esquizofrenia, 
• Transtornos delirantes; 
• Psicoses agudas; 
• Psicoses induzidas por drogas 
• Transtornos esquizoafetivos; 
➔ Transtorno de humor: TAB, Episódios agudos de mania com sintomas psicóticos ou agitação; 
➔ Retardo mental ou demência: Controle da agitação e da agressividade 
➔ Outros: Transtorno de Tourette e Transtorno de personalidade Borderline 
➔ CARACTERÍSTICAS 
• Sinônimos: neurolépticos, tranquilizantes maiores. 
• Monoterapia ou associação. 
• Acompanhado(s) de abordagem não farmacológica. (SEMPRE COM PSICOTERAPIA) 
• Reduzem e aliviam significativamente os sintomas psicóticos. 
• Fase aguda / fase de manutenção 
• Tratamento contínuo 
➔ CLASSIFICAÇÃO 
• CLÁSSICOS DE 1ª GERAÇÃO 
➢ Clorpromazina 
➢ Levomepromazina (não é distribuído pelo sus) 
➢ Tioridazina 
➢ Haloperidol 
• CLÁSSICOS DE 2ª GERAÇÃO 
➢ Clozapina 
➢ Olanzapina 
➢ Quetiapina 
➢ Risperidona 
➢ Paliperidona 
➢ Ziprasidona 
• CLÁSSICOS DE 3ª GERAÇÃO (não é distribuído pelo SUS) 
➢ Aripiprazol 
➢ Asenapina 
➢ Brexpiprazol 
 
9 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
ANTIPSICÓTICOS CLÁSSICOS 
➔ CARACTERISTICAS 
• Outras denominações 
➢ Tradicionais 
➢ Típicos 
➢ Convencionais 
• Resposta clínica: 70% pacientes 
• Melhor resposta clínica para os sintomas positivos. (antagonista D2) 
• Ausência de resposta nos sintomas negativos. 
• Muitas reações adversas 
➔ FARMACOCINÉTICA 
 
➔ Metabolismo hepático 
➔ Excreção: renal/fecal 
➔ Haloperidol decanoato: administração IM a 
cada 4 semanas 
FARMACODINÂMICA: Antagonistas dos receptores D2 da dopamina no sistema límbico que impedem a dopamina 
de se ligar nos receptores permitindo melhora dos sintomas positivos 
 
 
 
10 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
 
➔ OBS: Clozapina e risperidona são antipsicóticos atípicos 
CARACTERISTICAS E POSOLOGIA 
 POTÊNCIA: Relacionada à afinidade de bloqueio 
dos receptores D2 
 
 
 
 
 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
➔ Sintomas extrapiramidais 
• Dopamina atuando na inibição da acetilcolina 
• Se diminui dopamina, aumenta acetilcolina, que é a responsável por causar os sintomas de Acatisia, 
distonia (espasmos involuntários) e discinesia 
 
 
 
11 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
 
 
 
 
 
 
 
REAÇÕES ADVERSAS DOS ANTIPSICOTICOS CLASSICOS 
➔ SEP – sintomas extrapiramidais (distonia, acatisia, discinesia tardia). 
➔ xerostomia, visão turva, constipação, retenção urinária. 
➔ hipotensão ortostática, impotência, dificuldade de ejaculação, hipotensão arterial, prolongamento QT. 
➔ Efeitos endócrinos: amenorreia, ginecomastia, galactorreia, aumento do apetite, ganho de peso, alterações 
no perfil lipídico e glicídico. 
➔ Sonolência, convulsões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ haloperidol é o que mais causa SEP porque 
tem mais afinidade com receptor D2 
➔ Haloperidol tem menor chance de 
alargamento de QT 
 
 
 
12 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
 
 
 
 
 
 
MONITORAMENTO DOS ANTIPSICÓTICOS CLÁSSICOS 
 
➔ Hemograma a cada 4 
semanas 
 
 
 
 
 
 
PRECAUÇÕES DE USO 
➔ Uso prolongado: paciente apresenta discinesia tardia (‘’tics’’ da boca, nariz, etc) 
➔ Descontinuação: progressiva (6 – 8 semanas) 
➔ Suspensão abrupta: psicose de rebote, piora sintomas. 
➔ Uso com depressores do SNC: efeito aditivo 
➔ Uso com álcool, diuréticos: aumenta hipotensão 
➔ Suspender tratamento se: neutrófilos absolutos < 1.000/mm³ 
INTOXICAÇÃO 
➔ LEMBRAR QUE NÃO TEM ANTIDOTO, SEMPRE FAZER TRATAMENTO DE SUPORTE 
➔ Depressão do SNC (sonolência até coma) 
➔ Hipotensão 
➔ Sintomas extrapiramidais 
➔ Agitação 
➔ Inquietude 
➔ Convulsões 
➔ Febre 
➔ Boca seca 
➔ Íleo paralitico 
➔ Arritmias cardíacas (principalmente tioridazina) 
➔ MANEJO: tratamento de suporte e sintomático 
CLORPROMAZINA 
➔ Antipsicótico sedativo de baixa potência (2ª linha) 
• Potencia está relacionada com afinidade por receptor D2 
➔ Alternativa de baixo custo. 
➔ Potencial moderado a alto para: 
• SEP 
 
13 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• aumento de massa corporal 
• ortostasia 
• sedação 
• efeitos antimuscarínicos. 
➔ Vias de administração 
• VO: não misturar com café, chá, refrigerantes do tipo cola e cerveja sem álcool 
• IM: profundo – glúteo. Geralmente em uso emergencial. 
• EV: Uso emergencial. 
➔ Interferência em exames:• Falso-positivo: gravidez, fenilcetonúria urinária, bilirrubina urinária. 
• Alterações no eletrocardiograma 
• Diminui ACTH (monoadrenocorticotrofico) 
➔ CONTRA INDICAÇÕES 
 
HALOPERIDOL 
➔ Antipsicótico de alta potência (1ª linha) – É O MAIS POTENTE 
➔ Uso: VO e IM. 
• Apresentação “depot”: para pacientes que não aderem ao tratamento. 
➔ Gestação: é um dos medicamentos mais seguros, mas evitar no 1º trimestre. 
➔ Idosos: medicamento de escolha (causa menos hipotensão postural). 
➔ CONTRA INDICAÇÕES 
 
TIORIDAZINA 
➔ Antipsicótico de baixa potência (2ª linha) 
➔ Clássico com maior potencial de prolongamento QT. 
➔ Menor risco de SEP. 
➔ Iniciar com doses diárias menores: baixo peso, doença renal ou hepática, Idosos. 
➔ Uso crônico > 800mg/dia: risco retinopatia 
➔ Uso: VO 
➔ CONTRA INDICAÇÕES 
 
14 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
 
ANTIPSICÓTICOS PARTE 2 
ANTAGONISMO D2 - EFEITOS ESPERADOS 
 Resumo dos E.A dos antipsicóticos clássicos 
ANTAGONISMO (OUTROS RECEPTORES) 
 
CLÁSSICOS/ 1ª GERAÇÃO: Clorpromazina, Levomepromazina, Tioridazina e Haloperidol 
CLÁSSICOS/ 2ª E 3ª GERAÇÃO 
➔ 2ª geração: 
• Clozapina (1ª a ser descoberta) 
➢ Padrão ouro de eficácia para esquizofrenia, porem é a ultima escolha 
➢ Indicada para esquizofrenia refratária 
➢ PROVA: se der um caso de esquizofrenia que não fez nenhum tratamento, clozapina NÃO É 
INDICADO, devido aos efeitos adversos hematológicos 
• Olanzapina, Quetiapina, Risperidona, Ziprasidona e Paliperidona. 
➔ 3ª geração: Aripiprazol, Brexpiprazol e Lurasidona 
CARACTERISTICA DOS ANTIPSICÓTICOS ATIPICOS 
➔ Classe heterogênea de substâncias com perfis diferentes de segurança, tolerabilidade e propriedades 
farmacológicas. 
➔ 1º protótipo: clozapina (início comercialização: 1972) 
➔ Ação sobre os sintomas positivos: idem aos convencionais e negativos. 
➔ Poucos SEPs (sintomas extrapiramidais) e menos Hiperprolactinemia. 
 
 
15 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
O QUE TORNA UM ANTIPSICOTICO ATIPICO? 
➔ NECESSÁRIO TER AO MENOS UM DESTES 3 MECANISMOS DE AÇÃO: 
➔ Antagonismo duplo 5HT2A e D2 
• Fisiologicamente, 5HT estimula glutamato que tem interneurônio gaba que diminui dopamina 
• antagonista de 5ht aumenta dopa 
• antagonista de D2, diminui dopa 
➔ Agonismo parcial 5HT1A 
• 5HT1A é autorreceptor de 5HT que regula a sua liberação. 
➢ Agonista aumenta 5ht, diminui dopa 
➢ Antagonista diminui 5ht e aumenta dopa 
➢ Agonista parcial tende a fazer equilíbrio em regiões que tem muita ou pouca dopamina 
➔ Agonismo (aumenta) parcial D2 
• Estabiliza a neurotransmissão dopaminérgica em um estado entre o antagonismo silencioso e a 
estimulação total. 
➔ SEROTONINA E DOPAMINA: Os receptores 5HT2A atuam como freios sobre a liberação de dopamina no 
estriado porque tem o interneurônio gaba 
• 
 
FARMACODINÂMICA 
➔ Antagonistas simultâneos da serotonina-dopamina (5HT2A e D2) – ASD 
 
➔ VERDE: antagonismo D2 
➔ Amarelo: antagonismo 5ht 
 
 
16 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ Dopa que consegue se ligar diminui os sintomas extrapiramidais 
 
 
FÁRMACOS 
 Paliperidona não tem pelo SUS 
 
➔ Paliperidona IM 
• Dose inicial: quinzenal 
• Dose manutenção: mensal / trimestral 
➔ Risperidona IM: quinzenal 
➔ Outros: 
• Olanzapina 10mg (injetável - IM): rápido controle da agitação. 
• Dose máxima diária: 10mg 3x dia 
• Não é forma de depósito 
 
 Clozapina: doses > 400mg devem ser fracionadas para 
maior tolerância. 
 
 
 
 
17 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
CARACTERISTICAS 
 Para agonistas parciais, / é usado em vez de + 
 
➔ Metabolismo: hepático 
➔ Excreção: renal/fecal 
 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
 
 
CLOZAPINA 
➔ “protótipo” dos antipsicóticos atípicos 
➔ “Padrão-ouro” de eficácia na esquizofrenia 
➔ Tratamento da agressão e da violência em psicóticos 
➔ ↓ risco de suicídio na esquizofrenia 
➔ Indicação: esquizofrenia refratária. 
➔ Maior eficácia, mais reações adversas e interações medicamentosas. 
➔ FARMACODINÂMICA: Perfil farmacológico de ligação complexo (atuando em vários receptores) 
➔ DESVANTAGENS 
• Maior risco de: 
➢ Agranulocitose (pode ser fatal). (interrompe a produção de granulócitos – neutro/eosino/basófilos) 
➢ Convulsões (em doses altas) 
➢ Miocardite 
➢ Ganho de peso 
➢ Alterações cardiometabólicas (DM, dislipidemia) 
• RAM intensas: 
➢ Sedação 
 
18 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➢ Salivação excessiva 
• Interações medicamentosas 
➔ MONITORAMENTO HEMATOLOGICO: necessário avaliar paciente nas primeiras 18 semanas fazendo 
hemograma semanal 
➔ Se leucócitos < 2000 nunca mais usar clozapina 
OLANZAPINA 
➔ CARACTERISTICAS 
• Estrutura e perfil farmacológico semelhantes à clozapina. 
• Não possui propriedades sedativas extremas. 
• Não provoca discrasias sanguíneas. 
• Raramente letal em monoterapia. 
• Alto risco cardiometabólico (prolonga QT, ganho de peso, hiperlipidemia e alteração glicêmica) 
QUETIAPINA 
➔ CARACTERISTICAS 
• Estrutura química relacionada com a clozapina. 
• Ações farmacológicas: 
➢ Quetiapina 
➢ Antagonismo duplo 5HT2A e D2 fazendo dela um antipsicótico 
• Metabólito ativo norquetiapina que atua na: 
➢ inibição da recaptação de noradrenalina 
➢ antagonismo 5HT7, 5HT2C e α2 
➢ Agonismo parcial de 5HT1A 
➢ Não usa na mania, apenas episódio depressivo 
➔ Propriedades de ligação variam conforme a dose 
• QUETIAPINA: cujo efeito depende da dose, podendo se comportar como hipnótico, antidepressivo e 
antipsicótico 
➢ 50 mg: hipnótico 
➢ 300 mg: antidepressivo 
➢ 800 mg: antipsicótico 
• Moderado risco cardiometabólico. 
• Ganho de peso (doses moderadas a altas) 
• Em qualquer dose: 
➢ Nenhum SEP 
➢ Sem elevação da prolactina 
RISPERIDONA 
➔ CARACTERISTICAS 
• Em doses baixas: comportamento de atípico 
• Em doses mais elevadas: comportamento de clássico (SEP) 
• ↑ prolactina até mesmo em doses baixas. 
• Risco moderado de ganho de peso e dislipidemia 
• Forma de depósito: custo elevado (R$1260,00 / unidade) (quinzenal) 
PALIPERIDONA 
➔ CARACTERISTICAS 
• É o principal metabólito ativo da risperidona. 
• Não sofre metabolismo hepático. 
• Eliminação depende da excreção urinária 
• Elevado custo nas formas de depósito IM: 
 
19 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➢ Apresentação mensal: R$1500,00 a 2500,00 / unid 
➢ Apresentação trimestral: R$4200,00 a 12.900,00 / unid 
• Antagonismo D2, 5HT2A, alfa-1 e alfa-2, H1. 
• Não tem afinidade M1 ou beta-adrenérgicos. 
➔ Paliperidona x Risperidona: 
• Mais tolerável 
• Menos: - sedação, - hipotensão ortostática - SEP 
• Mesmo perfil: - ganho de peso, resistência à insulina e diabetes – hiperprolactinemia 
ZIPRASIDONA 
➔ Baixo risco cardiometabólico. 
➔ Administração sem alimentos (500 calorias): - 50% absorção oral → eficácia inconsistente 
➔ Não provoca prolongamento QT dependente da dose 
➔ Poucas interações medicamentosas. 
➔ Antagonista D2, 5HT2A, 5HT1D 
➔ Agonista de receptores 5HT1A 
➔ Fraco inibidor da recaptura de 5HT e NA 
➔ Fraco inibidor da recaptura 5HT e NA 
ANTIPSICÓTICOS PARTE 3 
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS – 3ª GERAÇÃO 
FARMACOS 
➔ Aripiprazol (Aristab) 
➔ Brexpiprazol (Rexulti) 
➔ São estabilizadores dopaminérgicos 
• 
➔ MECANISMO DE AÇÃO: 
• Antagonismo 5HT2A 
• Agonismo parcial D2 
• Agonismo parcial 5HT1A 
➔ OBS: Lurasidona é estabilizador, porém sem agonismo parcial D2. 
➔ FARMACODINÂMICA: ações agonistas parciais de D2 (APD) 
 
➔ ANTAGONISMO D2: diminuição drástica de dopamina 
➔ AGONISMO PARCIAL D2: deixa no ponto certo 
 
 
 
 
20 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGONISMO PARCIAL DE 5HT1A 
 
FÁRMACOS 
 
 
 Para agonistas parciais, / é usado em vez de + 
 
 
21 VINICIUSBARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
FARMACOCINÉTICA 
➔ METABOLISMO: hepático 
➔ Excreção: renal/fecal 
➔ * LURASIDONA: absorção melhorada pela 
ingestão de alimentos (pelo menos 500 calorias) 
REAÇÕES ADVERSAS 
 
 
ARIPIPRAZOL 
➔ Antipsicótico estabilizador dopaminérgico. 
➔ Usos: esquizofrenia e TAB 
➔ Segurança 
➔ Tolerabilidade 
➔ Menor potencial para RAM 
➔ Custo elevado 
LURASIDONA 
➔ Antipsicótico estabilizador 
➔ Absorção é melhorada com ingestão alimentos (500cal) 
➔ Nenhum ganho de peso e nem dislipidemia 
➔ SEP moderados, porém amenizados se administração noturna. 
➔ Ação antidepressiva (antagonista 5HT7) 
BREXPIPRAZOL 
➔ Antipsicótico estabilizador 
➔ Quimicamente relacionado com o aripiprazol 
➔ Ações farmacológicas + potentes do que o aripiprazol 
➔ No Brasil: a partir de outubro/2020 Única indicação de bula (ANVISA): Depressão maior 
➔ Custo elevado 
 
22 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
ANTIPSICÓTICOS – MUDANÇA DE FÁRMACO 
➔ Ideal é fazer uma substituição lentamente 
➔ Ajuste cruzado 
• Paciente usando durante 2 semanas 2 antipsicóticos, 
um com dose aumentando e outro com dose diminuindo 
 
 
 
 
 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
PORQUE NOS ALIMENTAMOS? 
➔ Fatores sociais, psicológicos, contextuais e culturais 
• Crescimento dos tecidos 
• Metabolismo celular 
• Proteção contra doenças 
• energia 
COMPORTAMENTO ALIMENTAR 
➔ FOME x SACIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
NEUROTRANSMISSORES 
 
 
 
 
23 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
NEUROBIOLOGIA 
➔ saciedade e consequente recusa alimentar 
TRANSTORNOS ALIMENTARES – INTRODUÇÃO 
➔ Alterações persistentes no comportamento alimentar. 
➔ Comum: Preocupação excessiva com peso e alimentação 
➔ Principais consequências: 
• Obesidade 
• Emagrecimento extremo (caquexia) 
• Prejuízos à saúde física e mental 
• Prejuízos às relações sociais 
TRANSTORNOS ALIMENTARES MAIS COMUNS 
➔ ANOREXIA: distorção da imagem corporal que leva a uma redução da alimentação e perda de peso drástica 
➔ BULIMIA: tem dois momentos 
• 1º momento) de compulsão, com grande ingestão de calorias 
• 2º momento) tentativa de expurgar as calorias – através de vomito ou remédios 
➔ COMPULSÃO ALIMENTAR: consumo de uma quantidade muito alta de calorias em pouco tempo, 
recorrentemente. 
• Nesses casos, não há tentativa de se livrar das calorias. 
➔ Esses 3 não são os únicos 
ATENÇÃO AOS SINAIS 
➔ Preocupação excessiva com o corpo 
➔ Isolamento social por sentir-se acima do peso 
➔ Praticar muita atividade física 
➔ Perda rápida de peso 
➔ Fazer dieta constantemente 
➔ Preocupa-se com tudo que vai ingerir 
➔ Alimenta-se longe de familiares e amigos 
➔ Sentimento de culpa após as refeições 
➔ Procurar motivos para não se alimentar 
➔ Estimular o vomito após as refeições 
OBS: os transtornos alimentares tem causa multifatorial, envolvem aspectos genéticos, psicológicos e também 
sociais 
ANOREXIA NERVOSA (AN) 
CONCEITO 
➔ ANOREXIA (sintoma): inapetência em decorrência de: 
• Estados febris 
• Doenças gerais e digestivas 
• Situações transitórias da vida cotidiana 
 
24 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ ANOREXIA NERVOSA (AN): negação do apetite e controle obsessivo do corpo 
CARACTERISTICAS 
➔ ausência de percepção da nocividade à saúde 
➔ distorção da imagem corporal 
➔ busca desenfreada da magreza 
➔ restrição alimentar exagerada 
➔ perda intensa de peso (paciente com IMC muito baixo) 
➔ amenorreia (perda de menstruação) 
GRAVIDADE 
➔ Mortalidade pode chegar a 8% 
➔ Pele seca 
➔ Complicações cardiovasculares 
➔ Queda acentuada de cabelo 
➔ Atrofia muscular 
➔ Osteoporose 
➔ Interrupção da menstruação 
➔ Desidratação 
TRATAMENTO DA ANOREXIA NERVOSA (AN) 
➔ Multidisciplinar (farmacológico e não farmacológico) 
➔ Grande Desafio: cooperação do paciente anoréxico 
➔ Ambulatorial ou hospitalar. 
• Hospitalar: 
➢ Falha do tratamento ambulatorial 
➢ Ideação suicida. 
➢ Auto ou heteroagressividade. 
➢ Quadro psicótico concomitante. 
➢ Alterações clínicas importantes: (K+ < 2,5 mEq/L, arritmia cardíaca, IMC < 15) 
➔ Objetivo imediato do tratamento: recuperação do estado nutricional 
➔ Adequação dos comportamentos alimentares 
➔ Manejo das complicações da desnutrição, das comorbidades e dos sintomas psiquiátricos. 
➔ Tratamento farmacológico é apenas adjuvante!!! 
• O mais importante é o psiquiátrico e nutricional 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
➔ Não deve ser modalidade única. 
➔ Papel secundário: Inexistência de medicamentos que produzam melhora definitiva dos sintomas da AN. 
➔ O que fazer então? 
• Tratar as comorbidades psiquiátricas concomitantes e auxiliar na recuperação nutricional. 
➔ Justificativas de uso de fármacos na AN? 
• Uso de medicamentos usados apenas quando distorções do pensamento associados aos transtornos da 
imagem corporal (psicose?) 
• sintomas depressivos associados 
• alterações do apetite 
➔ Estimulantes do apetite: ciproeptadina 
➔ Pró-cinéticos: metoclopramida??? 
➔ Antidepressivos: ISRS, ADT 
➔ Ansiolíticos: BZD??? (se ansiedade antecipatória) 
➔ Antipsicóticos: atípicos (Olanzapina, quetiapina, risperidona) 
 
25 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
➔ OBS: Na ausência de comorbidade psiquiátrica importante, aguardar restauração do peso antes de iniciar 
psicofármaco. 
➔ OBS 2: não há tratamento farmacológico eficaz e especifico para NA 
CIPROEPTADINA (COBAVITAL) 
➔ Estimulante do apetite 
➔ Antagonista serotoninérgico e histaminérgico. 
• Forte efeito orexígeno (causa fome) 
• Efeito sedante. 
➔ Indicações: AN restritiva grave (princ. se hiperatividade associada) 
➔ benefício não se mantém a longo prazo (tempo curto não resolve tempo do paciente) 
➔ opção interessante no início do tratamento hospitalar 
METOCLOPRAMIDA (PLASIL) 
➔ pró cinético 
➔ Ações: 
• Sensibiliza tecidos para atividade da ACh 
• Estimula o peristaltismo 
• Reduz sensação de plenitude e saciedade precoce 
➔ benefício incerto. 
➔ Pode provocar SEP 
ANTIDEPRESSIVOS 
➔ Indicações: 
• Presença de comorbidade psiquiátrica 
• Transtornos do humor 
• Transtornos de ansiedade. 
• Compulsão alimentar. 
➔ Prevenção de recaídas após ganho de peso: ISRS (mais seguros) e ADT (antidepressivos tricíclicos) 
COMPULSAO ALIMENTAR (TCAP) 
➔ TCAP = transtorno de compulsão alimentar periódica 
➔ É o transtorno alimentar mais prevalente 
➔ Recorrente ingestão de quantidade anormalmente grande de comida, em um curto período de tempo, 
mesmo sem a presença de fome ou necessidade física do alimento. 
➔ Presença de sensação de descontrole sobre a ingestão. 
➔ Episódios de compulsão alimentar ao menos uma vez por semana durante três meses. 
➔ Sem comportamento compensatório inapropriado (não faz atividade física excessiva, não usa laxantes, não 
vomita) 
➔ Quanto maior o grau de obesidade, maior a prevalência 
• IMC baixo: anorexia nervosa 
• Mais comum em obesos 
➔ Etiologia pouco estudada. 
ASPECTOS ASSOCIADOS 
➔ Episódios de compulsão associados a 3 ou mais aspectos: 
• Comer mais rapidamente do que o normal. 
• Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 
• Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome. 
• Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. 
• Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. 
 
26 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
CARACTERISTICAS 
➔ Compulsão alimentar e sensação de perda de controle 
➔ Autoavaliação influenciada pela forma e peso corporal 
➔ Pavor intenso de engordar 
➔ Não há comportamentos compensatórios 
➔ Sobrepeso ou obesidade 
CICLO DA COMPULSAO ALIMENTAR 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
➔ Associado a psicoterapia. 
➔ Objetivo: controle da impulsividade. 
➔ Indicação: casos moderados a graves 
➔ Fármacos utilizados: 
• Antidepressivos: ISRS e ISRSN• Psicoestimulantes: LISDEXANFETAMINA 
➔ ANTIDEPRESSIVOS: ISRS (geralmente é a classe 
de escolha) 
 
 
 
 
➔ ISRSN 
 
 
 
LISDEXANFETAMINA 
➔ É um Psicoestimulante. 
➔ Indicação no TCAP: moderado a grave. 
➔ Posologia: 
• Dose inicial: 30mg/dia 
• Aumentos semanais de 20mg 
• Dose alvo: 50 – 70mg / dia. 
➔ FARMACOCINÉTICA: é um pró farmaco da D – anfetamina 
➔ FARMACODINÂMICA 
• Inibição da recaptação de dopamina e 
norepinefrina 
• Liberação de dopamina e norepinefrina 
➔ REAÇÕES ADVERSAS 
• MUITO COMUM: ↓ apetite, ↓ peso, 
cefaleia, boca seca, agitação e dor 
abdominal superior. 
• COMUM: tique, variação de humor, ↑ 
atividade psicológica e motora, 
agressividade, tontura, irritabilidade, 
náusea, vômito, diarreia, erupção da pele, 
 
27 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
febre, ↑ ↑ transpiração, falta de ar, tremor, ansiedade, ranger de dentes, constipação, fadiga, arritmias, 
palpitações, ↑ PA, disfunção sexual. 
• OUTROS: hepatite eosinofílica, reação anafilática, episódios psicóticos, convulsão, angioedema 
 
 
 
 
 
 
 
➔ CONTRAINDICAÇÕES 
• Arteriosclerose avançada; 
• Doença cardiovascular sintomática; 
• Hipertensão moderada a grave; 
• Hipertireoidismo; 
• Glaucoma; 
• Estados de agitação, ansiedade; 
• Histórico de abuso de drogas; 
• < 14 dias após uso de IMAO (crises hipertensivas) 
• Amamentação 
• Cautela: I.R.C e I.H 
• Ausência de estudos em < 6 anos, > 55 anos, gestação 
➔ CUIDADOS 
• Dependência psicológica 
• Tolerância 
• Potencial de abuso 
• Interrupção do tratamento: gradativamente 
➢ Se abrupta após administração prolongada de dose alta: fadiga extrema e depressão 
• Não compensar dose esquecida! 
• Ajuste de dose na insuficiência renal 
➢ Dose máxima: 50mg (IRC grave), 30mg (IRC terminal) 
• Várias interações medicamentosas 
➢ Destaque: Potencializa efeitos cardiovasculares e no SNC com bloqueadores da recaptação de NA. 
BULIMIA NERVOSA (BN) 
➔ “Fome de boi” ou fome voraz. 
➔ Paciente anoréxico sempre tem IMC menor que do paciente bulemico 
➔ Características: 
• Episódios bulímicos 
• Práticas compensatórias inadequadas para não 
engordar. 
• Preocupação excessiva com o peso e alimentação 
• IMC normal ou sobrepeso. 
• Mais comum que a AN. 
• Melhor prognóstico 
➔ SINTOMAS 
➔ Episódios bulímicos (fase do descontrole alimentar) 
 
28 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
• Ingestão de grandes quantidades de alimento 
• Curto intervalo de tempo 
• Sensação de perda do controle sobre o comportamento alimentar 
➔ Práticas compensatórias inadequadas (compensação - com ou sem purgação) 
• Vômitos autoinduzidos (purgativas) 
• Abuso de laxantes, diuréticos ou outras drogas (purgativas) 
• Dieta restrita ou jejum (sem purgação) 
• Exercícios físicos vigorosos (sem purgação) 
 
 
 
 
 
 
SUBTIPOS CLINICOS 
➔ NÃO PURGATIVO 
• Compulsão alimentar recorrente 
• Jejum prolongado 
• Excesso de exercícios 
➔ PURGATIVO 
• Compulsão alimentar recorrente 
• Autoindução de vomito 
• Uso abusivo de laxantes e diuréticos 
CLASSIFICAÇÃO DA BULIMIA NERVOSA (BN) 
➔ Na bulimia, geralmente há sobrepeso, uma vez que vômitos e 
diarreia não contribuem para a perda de peso 
 
 
GRAVIDADE 
➔ Sinais de russel (lesões na mão devido a arranhar os dentes quando induz o vomito) 
➔ Destruição das peças dentárias 
COMPLICAÇÕES 
 TRATAMENTO 
➔ Multidisciplinar (farmacológico e não farmacológico) 
➔ Ambulatorial. 
➔ Hospitalar se: 
• Falha do tratamento ambulatorial 
• Ideação suicida. 
• Rápida e persistente perda de peso 
• Quadro psicótico concomitante. 
• Anormalidades eletrolíticas significativas 
• Comportamento impulsivo (abuso de álcool, drogas, automutilação, cleptomania, promiscuidade sexual) 
 
29 VINICIUS BARBOSA PARULA FERNANDES TURMA 3 BETA 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
➔ Uso com psicoterapia e acompanhamento nutricional. 
➔ Antidepressivos: 
• ↓ episódios bulímicos, mesmo na ausência de depressão coexistente. 
• Doses maiores que o habitual. 
➔ Inibidores Seletivos da Recaptação de 5HT (ISRS): 
• Fluoxetina 60 a 80mg / dia 
• Fluvoxamina 50 – 300mg 
• Sertralina 50 – 200mg 
➔ Evitar: Antidepressivos Tricíclicos: promovem ganho de peso. 
• Bupropiona: baixa o limiar convulsivo, especialmente em distúrbios hidroeletrolíticos. 
➔ Psicoestimulantes: Lisdexanfetamina 
• Diminui a impulsividade 
• compulsão alimentar 
• Aumenta a saciedade 
10/10/2022 REVISAO PARA PROVA 
➔ TAB 
• Em mania trata-se com estabilizador do humor (LITIO) + antipsicótico (RISPERIDONA) 
• Se não pode usar litio, usar acido valpróico ou valproato de sodio 
• E.A do litio: Janela terapêutica pequena com dose que trata muito perto da dose toxica 
• Necessário dosar litio (Litemia) 0,8 a 1,2 
• Reações adversas da Litemia (estudar os graus da Litemia) 
• RISPERIDONA: Antipsicótico atípico de 2ª geração 
➔ Antipsicóticos clássicos de 1ª geração 
• Haloperidol 
➢ MECANISMO DE AÇÃO: fazem antagonismo D2 atuando sobre os sintomas positivos 
➢ E.A: sintomas extrapiramidais (acatisia, disfonia, discinesia tardia -tics de boca e nariz devido ao uso 
crônico dos clássicos -, parkinsonismo) e aumento da prolactina 
➢ Dopamina funciona nesses sintomas, quando tem diminuição surge os E.A 
➔ Antipsicóticos atípicos de 2ª geração 
➔ QUETIAPINA 
• 50 mg: hipnótico 
• 300 mg: antidepressivo 
• 800 mg: antipsicótico 
➔ Se paciente com episódio depressivo e mudança rápida paciente tem TAB 
➔ CLOZAPINA 
• Principal toxicidade é hematológica causando granulocitose fazendo acompanhamento semanal nas 
primeiras 18 semanas 
• Padrão ouro na esquizofrenia porem so em ultima escolha 
➔ MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIPSICOTICOS ATIPICOS DE 3ª GERAÇÃO 
• Agonismo parcial D2 (é o principal) melhorando os sintomas + e - 
• Agonismo parcial da 5ht1a (autorreceptor, significando que ele manda mensagem para neurônio para 
diminuir 5ht) melhora os sintomas negativos 
➢ Quando antagonismo, a 5ht aumenta, diminuindo dopamina 
➔ BULIMIA E ANOREXIA (SABER QUAL É QUAL) 
• A.N: não tem medicamento especifico 
➢ Principal tratamento é nutricional e psicoterapia 
➔ Tanto bulimia quanto Transtorno alimentar nunca fazer monoterapia e sempre associar com psicoterapia

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