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neisseria gonorrhoeae

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lbpl 
Aula 11 micro 
Gonorreia e clamídia as sintomatologias são parecidas. 
O agente que vamos focar é nisseria gonorreia. 
Sintomas: 
Nos homens, o principal sintoma é a uretrite (inflamação da uretra), que se 
caracteriza por corrimento purulento (de aspecto leitoso) e ardência ao urinar. 
Pode ocorrer também uma infecção do epidídimo, provocando edema na 
bolsa escrotal, levando à esterilidade. 
Nas mulheres a bactéria ataca normalmente o colo do útero, não provocando 
sintomas aparentes. Em alguns casos, pode atingir as tubas uterinas e os 
ovários, levando à infertilidade e à doença inflamatória da pélvis, que pode 
levar a mulher à morte. Nas pacientes sintomáticas, os sintomas são: coceira, 
dor durante o ato sexual e corrimento vaginal purulento. 
70% das mulheres são assintomáticas, podem estar a muitos anos 
infectadas sem nenhum sintoma. A clamídia e gonorreia esta associada a DIP, 
comprometendo o útero, tubas uterinas e isso pode causar infertilidade, 
gravidez ectópica. 
É mais fácil a mulher pegar 50% as chances, e os homens 20%, está 
associada a interação da bactéria com o epitélio colunar da endocervice e isso 
favorece a adesão. 
A mulher tem mais tendência do que o homem, ectocervice (não pavimentoso) 
ela é mais resistente ao ph acido. 
Transmissão: 
Transmissão sexual ou pela mãe durante o parto - vertical 
Transmissão congênita: intrauterina, durante a gravidez 
Profilaxia: 
Uso de preservativo 
Características da neisseria 
 Diplococos negativas 
 Podem ser intracelulares, mas pode cultivar sem fagocitar uma célula 
 Gonorreia é resistente a penicilina 
 Imóveis, não esporulados 
 Fimbrias, se aderem 
 Meningitidis trato respiratório e gonoreeia urinário 
 Capsula presente somente na (N. meningitidis) 
 São oxidase e catalase positiva – maioria das patogênicas 
 lbpl 
A clamídia é uma bactéria intracelular obrigatória, não consegue fazer cultura 
padrão – somente associando células para ela infectar e sobreviver 
 Aeróbios (crescem melhor com 5 a 10% de CO2) – fazemos cultura 
 Método da vela acesa no isolamento primário Microaerofilia e 
obter tensão de CO2 na atmosfera de cultivo, aumentando CO2 
favorece o crescimento delas 
 Microrganimos fastidiosos – bactérias com crescimento lento. Os não 
patogênicos saprófitas crescem em agar nutriente  Não resistem ao 
ressecamento e baixas temperaturas, ao fazer o diagnóstico – deve-
se ter cuidado com a coleta e transporte 
Agar chocolate, thayer martin  alguns antibióticos 
Metabolismo oxidativo 
 
 
As duas pode cair no sangue e causar meningite, diferenciamos a partir do 
metabolismo dela (não fermentam) 
 Glicose positivo 
 Maltose positiva meningitidis – prova bioquímica para diferenciar as 
duas espécies, a partir do que elas consomem para formar ATP 
vamos diferencia-las, maltose negativa no gonococo. 
 Meios de cultura: 
- Agar chocolate ou agar sangue: meio enriquecido, favorece o metabolismo 
da bactéria - gostam de ferro por isso tem facilidade em disseminar no sangue 
 lbpl 
- Agar Thayer Martin: é um meio de cultura com antibióticos que vai evitar o 
crescimento de outras bactérias, é um meio seletivo Vancomicina (gram +), 
polimixina (gram -), fungos. Cresce neisseria somente: meningitidis e gonorreia 
Espécies não patogênicas crescem em agar nutriente entre 35 e 37oC 
Amostra do reto: imagem 
 
Meningitidis tem poucos fatores de virulência, a gonorreia tem mais 
 
Prova 
 lbpl 
Neisseria gonorreia: 
 Pili tipo 4 são as fimbrias: 
Associadas ao primeiro estágio da patogenicidade, através desse pili ela faz a 
adesão as células da mucosa, facilita a interação e ela entrar na célula. 
A PILI para o gonoco é mais relevante, devido a diferença genica – é como 
se os aminoácidos se embaralhassem e se tornam proteínas novas, os 
anticorpos não vão conseguir reconhecer, vai parecer sempre que é um agente 
novo – a pessoa nunca consegue criar uma memória para ela  a pessoa não 
cria imunidade devido a essas mutações recorrentes, o processo de 
patogênese é o mesmo 
Pode variar a sequência desse gene garantindo uma diversidade 
patológica e isso dificulta a criação de vacina. A variedade genica faz o 
sistema imune não reconheça a bactéria quando ela entrar pela segunda vez. 
 Diversidade imunogênica - Raramente imunidade protetora (vacina) e 
caráter recorrente da doença 
 
 LOS: 
Efeito toxico, endotoxina, não é LPS porque não tem o lipídio O. 
Tem a função toxica, gerando os sintomas  Intensa resposta inflamatória, 
ativação do complemento, produção de TNF 
 Proteína I ou POR: 
POR A (N. meningitides – somente nela) 
PORB é expressa em todas as cepas em duas classes antigênicas, nas 
duas bactérias  a função dela é impedir a morte intracelular, impede a fusão 
do fagolisossoma dentro dos fagócitos, não agindo nas bactérias e ela 
consegue sobreviver mais tempos dentro do macrófagos (fagócitos) 
 Proteína 2 ou OPA: 
Presente somente no gonoco, faz interação ao epitélio e fagócitos, 
contribuindo para a patógenos - essa proteína também ajuda na ligação da 
bactéria ao epitélio e aos fagócitos. Quando a proteína é expressa as bactérias 
estarão localizada a doenças localizadas (endocervicite, uretrite), onde ela 
ficou tem adesão maior, se ela não tiver expressão as colônias serão 
transparentes, quando presentes as colônias ficam opacas - tudo vai 
depender se a cepa vai expressar a proteína ou não. 
Variação de fase: 
1- Opa + Colônias opacas (doenças localizadas) endocervicite, uretrite, 
faringite, prostatite 
 lbpl 
2- Opa – Colônias transparentes (doenças 
disseminadas) Doença Inflamatória Pélvica Artrite 
 
 
 
 
 
 
 
 Proteína 3 ou RMP: Proteínas Modificadas por Redução 
Protege, inibe ação de anticorpos para não agirem na proteína LOS e a 
POR  sobrevivência dentro dos macrófagos 
 
 IGA1: protease – destrói imunoglobulina A- IGA 
IGA esta presente na imunidade de mucosas 
 Proteína ligadora de transferrina Tbp1 e Tbp2 
 
 Proteína ligadora de lactoferrina Lbp 
Ambas garantem absorção do ferro 
 
Patogênese 
Ocorre quando há relação sexual desprotegida 
As bactérias interagem com células da mucosa com ajuda das fimbrias 
(garante a aderência) invade o epitélio integro (colunar), penetra na célula e 
se multiplica nas células epiteliais, após isso entra na camada subepitelial, o 
LOS garante a sua sobrevivência ou a pessoa não tem sintomas 
Sítios mais comuns de inoculação: 
Cervicite (mulheres) salpingite (tubas uterinas) bacteremia (disseminação no 
sangue) artrite (quando na corrente sanguínea) 
Conjutivive (relacionada aos neonatos – transmitido no parto vertical) 
uretrite (homens) 
Proctite (sexo anal), Epidimite (epidídimo) 
 lbpl 
Transmissão: 
Contato sexual, incidência dos 15-24 anos, possibilidade de adquirir com 
somente uma exposição mulheres 50% e homens 20% 
Ela pode se disseminar para outros locais como o fígado e apêndice cecal 
Oftalmia gonocócica neonatal – transmissão vertical, por isso é interessante 
fazer o pre natal porque o tratamento já iniciaria e o parto não serianatural 
Diagnóstico 
Coloração de Gram: Homens com uretrite 
purulenta, artrite purulenta 
Cultura: Ágar Chocolate, Meio de Thayer-
Martin- (5% CO2 e atmosfera úmida) 
Sensíveis ao ressecamento e temperaturas 
frias 
Identificação: 
Diplococos Gram-negativos Oxidase positivo 
Glicose (+), Maltose(-), Sacarose (-) 
 
 
Tratamento 
Penicilina G, Cefalosporinas, Quinolonas. As vezes trata de modo empírico 
Penicilina, algumas bactérias da família neisseria são resistentes 
Falta de imunidade protetora: Nada protege porque não cria memoria 
imunológica 
A proteína pilina possuem uma região conservada na extremidade 
aminoterminal e uma região altamente variável na extremidade carboxiterminal 
INFECÇÕES MÚLTIPLAS EM INDIVÍDUOS SEXUALMENTE PROMÍSCUO 
Ter sífilis a muito tempo pode atingir o SNC  a pessoa pode ficar cega 
CERVICITES (GONORRÉIA E CLAMÍDIA) 
• Cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a inflamação da mucosa 
endocervical (epitélio colunar do colo uterino). Os principais agentes etiológicos 
das cervicites são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. 
• Fatores de risco para as cervicites: mulheres sexualmente ativas com idade 
inferior a 25 anos, nova parceria sexual, múltiplas parcerias sexuais, parcerias 
com IST, história prévia ou presença de outra IST, e uso irregular de 
preservativo. 
 lbpl 
• Sintomas; corrimento vaginal, sangramento intermenstrual, dispareunia e 
disúria. 
• Exame físico; dor à mobilização do colo uterino, material mucopurulento no 
orifício externo do colo e sangramento ao toque da espátula ou swab. 
• Principais complicações; DIP, infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica 
crônica. 
 
Chlamydia trachomatis (CT) 
Bactéria intracelular, responsável por uretrites, sendo sexualmente 
transmissível, a zona de junção dos epitélios é a mais atingida. 
Artigo: 
Bactéria gram-negativa, responsável pela doença Clamídia, considerada a 
infecção sexualmente transmissível em maior prevalência no mundo, 
acometendo homens e mulheres, mas principalmente mulheres jovens entre 15 
a 24 anos 
Após a contaminação, ela se instala preferencialmente no canal cervical, 
porém, pode alastrar-se para a porção superior do trato genital e causar a 
doença inflamatória pélvica (DIP), com isso comprometer os tubas e ovários, 
levando a gravidez ectópica e infertilidade. Além de ser a principal causa de 
uretrite e cervicite . As manifestações clínicas incluem disúria, corrimento, 
sangramento, desconforto abdominal e ectopia cervical ou friabilidade. Em 
gestantes portadoras de CT os recém-nascidos podem infectar-se no 
momento da passagem pelo canal vaginal durante o parto, por meio da 
transmissão vertical, ocorrendo principalmente conjuntivite purulenta e a 
causa mais comum da pneumonia pós- natal até o 6º mês de vida. 
Fatores de riscos da doença predomina em regiões de classes sociais mais 
baixas. 
 A infecção prevalece em mulheres que começaram precocemente a relação 
sexual, em mulheres com maior tempo de atividade sexual, as que possuem 
baixa adesão ao uso de preservativos e as que tiveram acima de três 
parceiros, com fatores de riscos tanto para a infecção como para a reinfecção. 
A CT já supera as infecções sexualmente transmissíveis (IST) clássicas, 
tais como, a Sífilis e Gonorreia, transformando-se em um grande 
problema de saúde pública. Em torno de 70 % das infecções causadas em 
mulheres pela CT são assintomáticas. Dificultando assim seu diagnóstico 
precoce. 
É importante detectar essa infecção cedo, pois a mesma possui tratamento 
fácil com doses únicas de antimicrobiano, evitando sequelas e contágio a 
outras pessoas. 
 lbpl 
Já é empregada em muitos países da América do Norte e Europa a utilização 
de técnicas de rastreamento de infecção por clamídia e gonorreia em 
mulheres jovens com idade inferior a 25 anos. No Brasil não é de 
notificação obrigatória, mas o Ministério da Saúde, desde 1999, passou a 
indicar o rastreamento em gestantes e adolescentes em certos serviços, 
como o pré-natal e o preventivo. 
O método Papanicolau, realizado para prevenção do câncer de colo de útero, 
pode apresentar alterações celulares causada pela CT, tais como inclusões 
eosonofílicas em células metaplásicas, porém possui baixa sensibilidade. 
Os testes sorológicos não são usados na prática clínica, os anticorpos 
produzidos durante a infecção são de longa vida  difícil para diferenciação de 
infecção aguda e crônica 
A CT é uma bactéria intracelular obrigatória, Gram negativa e imóvel, 
capaz de infectar diversos tipos de células e tecidos no ser humano, 
geralmente é assintomática o que dificulta seu diagnóstico precoce. Entretanto, 
pode causar infecção ocular, anorretal, faríngea, infecções urogenitais e artrite 
reacional em ambos os gêneros, mas as mulheres são as mais afetadas. Ela 
é considerada a infecção sexualmente transmissível (IST), mais comum 
no mundo. 
No primeiro momento a mesma se instala no canal cervical, podendo se 
alastrar e causar a DIP, comprometendo as tubas e os ovários, levando à 
infertilidade e gravidez ectópica. O tracoma é considerado a causa mais 
comum de cegueira infecciosa, a doença começa como uma infecção palpebral 
inflamatória que evolui para triquíase tracomatosa (quando os cílios atritam 
com o globo ocular) e à opacidade da córnea, culminando em cegueira, 
principalmente em recémnascidos. Infecção por CT nas mulheres geralmente 
são assintomáticas. Durante a gestação associa-se a vários resultados 
adversos, incluindo trabalho de parto prematuro, amniorrexe prematura, baixo 
peso ao nascer, óbito do neonato e endometrite pós-parto. 
No momento do parto o bebê pode adquirir a infecção em 50% a 75% das 
vezes. E geralmente as crianças nascidas em mães com CT podem ter 
conjuntivite, infecção nasofaringea e pneumonia 
No entanto, a CT é também um agente causador de infertilidade tubária. 
Aproximadamente 25% das pacientes com salpinites por CT ficam inférteis. A 
infertilidade causada pelas tubas uterinas é comum em mulheres que possuem 
alta prevalência em adquirir IST e também aquelas que possuem infecundidade 
secundária. As reinfecções por CT são explicadas pelo sistema imune que, 
mesmo desenvolvendo uma resposta imunológica, não protege contra os 
diversos sorotipos de CT existentes, pode ocorrer contaminação diferente 
em um mesmo indivíduo. 
Geralmente a recidiva é mais frequente em indivíduos abaixo de 20 anos e 
pode aumentar as chances de contaminação pelo vírus da 
imunodeficiência humana (HIV), devido à depreciação do sistema 
 lbpl 
imunológico. Além de associar-se a casos de recorrência com a infecção 
assintomática do parceiro, que é portador, mas não recebe tratamento 
adequado e acaba se tornando um reservatório da CT e com isso repassando 
a doença. Os sorotipos da CT, podem ser identificados com base da 
composição do lipopolissacarídeo de superfície e pela análise do gene da 
proteína principal. Os sorotipos A, B e C, colonizam preferencialmente os olhos 
e com isso, são responsáveis pelo tracoma. Em decorrência da infecção da 
mucosa ocular por esta bactéria a OMS estima que haja 6 milhões de cegos 
em todo o mundo. Já os sorotipos D-K colonizam o trato genital e causam 
infecções genitais e os sorotipos L1, L2, L2a e L3 causam o linfogranuloma 
venéreo. 
No Brasil, as IST não são incluídas como notificações compulsórias. O 
Ministério da Saúde, desde 1999, passou a sugeriro rastreio para as infecções 
sexualmente transmissíveis (IST), em gestantes e adolescentes em certos 
serviços de saúde, como em planejamento familiar, atendimento pré-natal e 
prevenção do câncer de colo de útero. As infecções por CT apresentam 
grandes taxas de prevalência no mundo, cerca de 70 a 80% são 
assintomáticos e frequentemente não são detectados. As maiores taxas de 
prevalência de IST são observadas nas mulheres jovens. Existem várias 
razões biológicas que explicam essa maior vulnerabilidade no sexo 
feminino. Dentre elas estão as condições do colo uterino pós-menarca, onde o 
epitélio colunar da endocérvice se estende para a ectocérvice, caracterizando a 
ectopia do colo do útero. Essa condição contribui consideravemente para a 
infecção de vários microrganismos responsáveis por DST, inclusive pela 
bactéria. Os fatores de riscos para adquirir a infecção por CT são vários, por 
exemplo, mulheres com menos de 20 anos, separadas e sem filhos, uso de 
contraceptivo orais, raça negra, classe socioeconômica menos favorecida, 
liberdade sexual com várias pessoas e a baixa adesão ao uso de 
preservativos. Além da iniciação sexual precoce, gravidez anterior, uso de 
álcool e drogas. A falta de educação sexual contribui consideravelmente para o 
envolvimento em situações de riscos, tornando essa população vulnerável à 
infecção. 
Os principais testes para o diagnóstico laboratorial de infecção por CT 
são as pesquisas de antígenos, citologia, cultura de células, pesquisa de 
ácidos nucléicos por métodos de amplificação (PCR), captura híbrida, detecção 
antigênica por imunofluorescência indireta, microimunofluorescência indireta e 
imunoensaio enzimático indireto. O diagnóstico da CT apresenta baixa 
especificidade e sensibilidade quando se transforma em DIP, nos casos 
assintomáticos e nos sintomas semelhantes a outras IST, o rastreio adequado 
irá depender da experiência do profissional. Contudo, técnicas de biologia 
molecular, mais especificamente as de amplificação de ácidos nucleicos 
(NAAT’s) , apresentam elevada sensibilidade em detectar pequenas 
quantidades do DNA bacteriano, melhorando o prognóstico de progressão da 
infecção, têm obtido importância por apresentarem altas sensibilidade e 
especificidade, são utilizados em amostras não invasivas como a urina ou 
coletadas com swabs vaginais e uretrais pelo próprio paciente (autocoleta). 
 lbpl 
O tratamento da CT irá depender do local da infecção, a idade do 
paciente, e se há outra infecção coexistente. As diretrizes recomendam a 
azitromicina, doxiciclina, eritromicina ou ofloxacina. Para as mulheres grávidas 
recomenda-se também a inclusão de azitromicina, eritromicina ou amoxicilina. 
Se a infecção progrediu, subindo para o trato reprodutivo ou causando a DIP, 
deve ser tratada em nível ambulatorial com levofloxacina, ofloxacina 
ceftriaxona, cindamicina, doxiciclina e metronidazol. No caso da infecção 
ocular causadas em neonatos, a intervenção se faz com eritromicina. O 
tratamento deve ser feito tanto na mãe como no bebê. O paciente, após o 
diagnóstico por CT, deve se abster de atividade sexual no espaço de 7 dias 
após a dose única ou até a finalização decorrente de 7 dias de antibióticos para 
evitar a contaminação da infecção. Apesar da medicação cessar a infecção, 
não irá reparar qualquer dano permanente causado pela CT. 
 DISCUSSÃO 
constatou que as mulheres que tiveram DIP podem ser 6-10 vezes mais 
propensas a desenvolver uma gravidez ectópica (tubária) e 40-50% de 
gravidez ectópica pode ser atribuído à DIP anterior. O diagnóstico não é feito 
em 80% dos casos, prejudicando o tratamento precoce, na maioria das vezes 
não apresenta sintomas. Aguardar que a paciente manifeste sinais e 
sintomas que possam sugerir a presença da CT seria desconsiderar sua 
importância e desconhecer sua fisiopatogenia. Os exames tradicionais para 
diagnóstico como citologia, imunofluorescência direta, imunofluorescência 
indireta, cultura, entre outros, mostraram-se pouco eficientes por apresentarem 
pelo menos um fator (baixa sensibilidade, dificuldade de execução, dificuldade 
de coleta) que os inviabilizam na rotina diária. Relata que a cultura de células 
em meio de cultivo McCoy era considerada o teste padrão ouro no 
diagnóstico de CT. Neste teste, a presença de inclusões citoplasmáticas de 
corpos elementares e corpos reticulares, após o tecido ter sido corado com 
anticorpo monoclonal fluorescente, indica positividade. Algumas restrições 
como o custo elevado, a demora no resultado (48-72 horas após a inoculação), 
o fato de detectar apenas bactérias vivas e os cuidados para manter os 
microorganismos viáveis tornaram esse método desfavorável. Atualmente 
recomenda-se os testes NAAT. Os NAAT são métodos não-invasivos como 
amostras de urina e material vaginal, com alta sensibilidade e especificidade e 
que por esse motivo, podem ser usados no diagnóstico de pacientes 
assintomáticos, facilitando assim, o exame fora dos ambientes clínicos 
convencionais. 
Frequentemente, elas confundem os sintomas de infecção; optam por 
automedicação ou acham que o problema vai melhorar com o tempo e podem 
servir de reservatório para a CT . No Brasil não existe recomendação de se 
realizar testes laboratoriais para rastreamento populacional de CT, somente em 
serviços de pré-natal, planejamento familiar e preventivo para o câncer de colo 
de útero 
 
 lbpl 
CONCLUSÃO 
Conclui-se que através dos artigos pesquisados a Chlamydia trachomatis 
possui uma alta prevalência em mulheres, principalmente as sexualmente 
ativas. No entanto, no Brasil essa infecção não possui uma importância 
significativa, pois não apresenta dados de notificação compulsória, 
dificultando assim, a percepção da população feminina frente a essa 
doença. Recomenda-se o rastreamento para as infecções da CT, a fim de 
prevenir agravamentos futuros e sequelas permanentes. Também são 
necessários programas sociais salientando a importância do cuidado pessoal 
em relação às infecções sexualmente transmissíveis, com a intenção de 
conscientizar as mulheres da gravidade dessa infecção.

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