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GERENCIAMENTO SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA LIVRO-TEXTO IV Seg Pes Exec

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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Unidade IV
7 IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESCOLTA E PROTEÇÃO
Inicialmente, vamos entender as diferenças entre segurança patrimonial, vigilância patrimonial e 
segurança privada. A primeira é um grupo de medidas e práticas, tem como objetivo manter o patrimônio 
livre de interferências, perturbações e danos, e tem a finalidade de garantir a integridade física das 
pessoas, assim como a do patrimônio; enquanto a segunda tem como objetivo assegurar a integridade 
das pessoas, podendo ser exercida em diversos ambientes, atuando de maneira preventiva e sistêmica 
para proteger, pode estar nas áreas rurais e urbanas, setores públicos ou privados e em condomínios e 
empresas; já a terceira tem por objetivo a proteção de patrimônios e de pessoas. Enquanto a segurança 
pública é dever do Estado, a segurança privada é uma faculdade de proteger a si, sua família, seus 
empregados, seus bens etc., nos limites permitidos pela lei.
Outra informação importante é a diferença entre segurança e vigilante. Basicamente, o segurança, o 
chamado leão de chácara, vigia, não pode portar arma. O vigilante, profissão regulamentada e fiscalizada 
pela Polícia Federal, pode portar arma:
Assim, para o Vigilante de Segurança Pessoal Privada (VSPP), a legislação de segurança privada, Lei 
n. 7.102/1983, art. 21, menciona que a arma usada pelo vigilante seja de propriedade e responsabilidade 
da empresa na qual ele presta serviços (BRASIL, 1983b).
Para exercer profissão de gestor de segurança privada, há um vasto campo de atuação no mercado 
de trabalho, que tem alta empregabilidade.
Veja a seguir, mais detalhes sobre as principais áreas de atuação:
• Segurança patrimonial: nesse ramo, o profissional é responsável pela proteção de ativos tangíveis 
e intangíveis de uma empresa contra danos, interferências ou perturbações.
• Segurança pessoal privada: o gestor é encarregado de proteger a integridade física de pessoas. 
Ele resguarda seus clientes de assaltos, sequestros, agressões, furtos, chantagens, acidentes, 
explosões, atos de terrorismo e outros sinistros.
• Segurança bancária: o gestor é responsável por proteger a integridade de funcionários, clientes, 
usuários, informações, imagem, equipamentos e ativos financeiros (moeda nacional e estrangeira 
em espécie, cheques etc.).
• Transporte de valores: o gestor de segurança privada também pode atuar nesse ramo, sendo 
responsável por operações que envolvem transporte de moedas, joias, materiais preciosos, provas e 
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Unidade IV
documentos; transporte de chips, computadores, smartphones, processadores e outros componentes 
de alto valor; transferência de custódia de moedas; saque ou depósitos de agências bancárias.
• Segurança para eventos: o gestor administra ações voltadas para segurança de eventos públicos 
e privados, como shows, conferências, exposições, feiras, congressos e outros eventos de pequeno, 
médio ou grande porte que podem necessitar de um profissional de segurança privada para 
resguardar organizadores, participantes, convidados, equipamentos e espaços.
Além disso, temos outros campos de atuação em segurança privada:
• Escolta armada.
• Serviço de Inteligência.
• Segurança do trabalho.
• Segurança contra incêndio.
• Segurança de condomínios.
• Consultoria de segurança privada.
Agora vamos entrar na escolta armada. Podemos caracterizá-la como o acompanhamento de 
caminhões com cargas especiais, ou de pessoas VIP, por automóveis devidamente preparados e uma 
equipe de dois a quatro seguranças.
Com atendimento executivo e familiar, esse serviço pode oferecer tranquilidade a quem busca uma 
proteção diferenciada em sua rotina pessoal. Os profissionais devem ser treinados para situações de 
alto risco, com vivência em ambientes diversos e agindo com discrição a partir de planos de execução 
traçados por profissionais habilitados com base em estudos prévios e adequados às necessidades de 
cada cliente.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (IBGE, 2020), Comissão Nacional de 
Classificação (Concla), que atua no estabelecimento e no monitoramento de normas e padronização do 
sistema de classificação das estatísticas nacionais, os serviços de vigilância e segurança privada estão 
sob o código 8011-1/01. As atividades de vigilância e segurança privada preveem o fornecimento de 
um ou mais entre os seguintes serviços, mas não compreendem as atividades de transporte de valores:
• serviços de vigilância a propriedades;
• serviços de escolta de pessoas e de bens;
• serviços de proteção a lugares e serviços públicos;
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
• serviços de impressão digital;
• assessoria no campo da segurança industrial.
A primeira etapa deverá ser uma consulta ao setor operacional, para verificar a plena condição de 
atendimento das necessidades levantadas junto ao cliente prospectado.
Logo após o encerramento dessa etapa, o setor comercial deverá emitir uma ordem de implantação 
de serviços, contendo todos os elementos inerentes ao atendimento, tais como:
• recursos humanos e insumos necessários à execução do contrato;
• atividades contratadas: escoltas urbanas, interurbanas, preservação, ostensivas, veladas etc.;
• disponibilização de uniformes e insumos necessários;
• oferecimento de veículos equipados;
• viabilização de armas, coletes e demais materiais controlados.
Metas que devem ser contempladas no planejamento de um projeto de segurança:
• prevenir a perda de vidas e minimizar as perdas físicas;
• controlar acessos, pessoas, materiais;
• detectar pela vigilância;
• intervir, respondendo a agressões.
Com um serviço de tão grande valia para o protegido, seus bens e negócios, o momento mais 
importante é a escolha da empresa que fornecerá o serviço de escolta armada.
7.1 Palestras educativas aos integrantes do círculo de proteção
É recomendável que os seguranças aprendam o que é estratégia, pois na formulação de estratégias 
à organização de segurança, os gestores considerarão as ações adequadas, ofensivas ou defensivas, para 
as diversas atividades ou processos desenvolvidos pela organização de segurança.
Através de palestras aos seguranças, é possível treiná-los na segurança de pessoas ou patrimônio, de 
como se portar em situações de crise.
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Unidade IV
 Saiba mais
Recomendamos que você assista ao vídeo:
PALESTRA – Segurança Preventiva: noções básicas para o seu dia a dia. 
[s.d.]. 1 vídeo (178 min). Publicado pelo canal TV Assembleia do Paraná. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iPpGZs_HgRM. 
Acesso em: 3 jun. 2020.
7.2 Reunião com a equipe e colaboradores envolvidos na proteção
Muitos funcionários e até mesmo gerentes acreditam que realizar reuniões é desperdiçar tempo e 
dinheiro. Em muitos casos, é exatamente isso que acontece quando elas se realizam sem objetividade,fazendo com que os funcionários se dispersem de suas funções para receber informações que poderiam 
ser distribuídas de outras formas.
Contudo, as reuniões são fundamentais por diversos motivos, como, por exemplo, para definir metas 
e objetivos entre as equipes, expor relatórios, discutir ideias, trocar informações sobre a função de cada 
um e sobre as diretrizes da empresa e, por fim, a socialização entre os colaboradores, que pode funcionar 
como conciliadora entre pessoas com ideias discordantes e setores com mal-entendidos. Ela serve como 
conciliação de pontos de vista opostos e para encontrar um caminho sadio.
Cabe salientar que cumprir os horários de início e término determinados é um ponto positivo, e no 
final deve-se fazer uma prévia do que foi resolvido na reunião para que todos se sintam plenamente 
informados e envolvidos nas decisões.
7.3 Acompanhamento e supervisão da implantação dos serviços pelo gestor
A segurança privada está sujeita a várias formas e mecanismos de controle. Internamente, empresas 
de segurança privada podem estipular critérios de recrutamento e treinamento, definir códigos de 
conduta e utilizar supervisão, punições e premiações para direcionar o comportamento de seus 
funcionários de acordo com os seus interesses.
A segurança privada também é controlada externamente pelos tomadores de serviços (quando a 
segurança é terceirizada); pelas suas associações de classe; pela sociedade através da supervisão da 
imprensa ou de denúncias de indivíduos descontentes com serviços prestados; e pelo Estado por meio 
de processos civis, criminais e trabalhistas na Justiça, bem como por meio da regulação e fiscalização 
da Polícia Federal.
O controle público da segurança privada ocorre quando o Estado controla adequadamente as empresas 
e estas controlam adequadamente os seus funcionários tendo em vista o interesse público.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Nesse caso, é recomendável que o gestor, que normalmente tem uma formação superior, com 
domínio nos conhecimentos teóricos especializados e práticos em segurança privada, verifique como 
estão sendo implantados os serviços, acompanhando cada passo dos seguranças, instruindo-os da 
melhor forma em como atuar em situações de crise.
É recomendável que a empresa realize auditorias, que é uma análise sistemática, feita de forma minuciosa, 
das atividades exercidas pela empresa, com o objetivo de atestar se as práticas estão sendo realizadas conforme 
o que foi previamente estabelecido, além de comprovar a qualidade do trabalho desenvolvido pela organização.
A auditoria de segurança permite que erros sejam corrigidos, buscando manter a empresa no maior 
nível possível de segurança a fim de evitar qualquer imprevisto. Dessa forma, é importante que haja um 
planejamento minucioso dessa auditoria para que todos os pontos relevantes sejam levantados e nada 
passe despercebido.
 Lembrete
As metas devem ser contempladas no planejamento de um projeto de 
segurança, envolvem prevenir a perda de vidas e minimizar as perdas físicas; 
controlar acessos, sejam de pessoas ou materiais; detectar pela vigilância; 
e, por fim, intervir, respondendo a agressões.
Cabe aqui citarmos alguns exemplos de problemas com a segurança privada, corriqueiros em nossa 
sociedade, como má conduta e deturpação, uso excessivo da força, falso aprisionamento, confissões 
forçadas, uso ilegal da força letal e de dispositivos de vigilância e da possibilidade do uso de “coerção 
econômica” na armação da justiça privada.
Vejamos alguns deles.
Todos os eventos no estádio de futebol são responsabilidade daquele que promove o evento e do 
dono de estádio. Essa é a regra. Aos clubes, cabe disponibilizar aos torcedores, de qualquer agremiação, 
conforto, segurança, respeito e higiene. Como os estádios, mesmo os particulares, encontram-se abertos à 
frequência coletiva, necessitam atender a condições mínimas de segurança e conforto para seus usuários 
e frequentadores, seja de qualquer agremiação futebolística, lembrando que as torcidas organizadas não 
são as únicas culpadas pela violência no futebol. Os responsáveis pela segurança pública precisam estar 
a postos em todas as vias de acesso, em todos os sistemas de transporte que servem àquele evento, 
nas principais avenidas, estações de trem e metrô, locais de concentração de torcedores, como bares e 
praças, além das principais rotas de ônibus, garantindo ao cidadão a tranquilidade no deslocamento até 
o evento. Está na Lei n. 10.671/2003, de 15 de maio de 2003, que dispõe sobre o Estatuto de Defesa do 
Torcedor, que, em seu art. 1º, diz:
Art. 1ºA. A prevenção da violência nos esportes é de responsabilidade do 
poder público, das confederações, federações, ligas, clubes, associações ou 
entidades esportivas, entidades recreativas e associações de torcedores, 
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inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como daqueles que, de 
qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam dos 
eventos esportivos (BRASIL, 2003a).
Nas arenas da Copa do Mundo de 2014, a questão da vigilância contou com o reforço dos stewards, 
seguranças particulares contratados para atuarem na parte interna dos estádios. Infelizmente, temos 
um exemplo negativo da área de esportes. Em 2013, o boliviano Kevin Espada de 14 anos morreu 
após ser atingido por um sinalizador na partida entre San Jose, da Bolívia, e Corinthians. A entidade 
Conmebol, com sede no Paraguai, nunca conseguiu dar um desfecho decente para esse caso. Para cada 
uma das situações relatadas, a solução da Confederação é obrigar os clubes a realizar jogos sem torcida, 
mas já está mais do que provado que a medida é ineficaz.
A alocação da segurança nos shopping centers, shows, casas noturnas e outros eventos, 
hipermercados e grandes lojas comerciais resulta em alguns constrangimentos adicionais aos cidadãos, 
não obstante suas comodidades. A frequência a esses espaços não é obrigatória, no entanto, sobretudo 
pelas múltiplas vantagens dadas pela concentração de uma grande diversidade de serviços e atividades 
diversas, certamente, tem ampliado o número de pessoas presentes diariamente nesses locais, público 
que se vê sujeito às regras estabelecidas pelo seu proprietário para o controle do estabelecimento. 
Em shopping centers, ao contrário de outros espaços com grande circulação de pessoas e valores, o 
acesso é liberado para todos, inclusive criminosos, e o que antes era sinônimo de segurança, agora 
passou a ser alvo de assaltos, assustando os funcionários e visitantes. Joalherias, eletroeletrônicos e 
operações que trabalham com produtos de alto valor agregado são os locais mais procurados pelos 
criminosos dentro de shopping centers. Se um crime ocorre no interior ou no estacionamento de um 
shopping, a responsabilidade é do contratante. Afinal, o próprio centro de compras colocou em risco a 
vida dos clientes e, por isso, tem de sofrer as penalidades.
De 2008 a 2013, foram registrados 203 assaltos em shopping centers no país, um estabelecimento 
a cada nove dias, segundo informações da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), em 
notícia da revista Veja (CISLINSCHI, 2013).
O Brasil, segundo o Anuário brasileiro de segurança pública 2019 (FÓRUM BRASILEIRO DE 
SEGURANÇA PÚBLICA, 2019),registrou 76.711 roubos a estabelecimentos comerciais, que inclui 
instituições financeiras, em 2018.
Acerca da sociedade em que vivemos, cuja privacidade é mais um produto da comunicação de 
massa, a problemática surge quando a vida privada de celebridades é exposta ao público como um 
produto a ser consumido através das revistas e programas de televisão.
A palavra paparazzi (termo italiano que significa fotógrafo free-lance, que persegue celebridades 
com o fito de obter fotos indiscretas) faz parte do cotidiano de celebridades que fogem de fotógrafos, 
havendo, inclusive, o caso da princesa Diana, que, ao tentar fugir dos paparazzi, se envolveu em 
um acidente de carro dentro do túnel da Ponte de l’Alma, em Paris, na França, acompanhada de 
seu então namorado, Dodi Al-Fayed, e com o motorista deles, Henri Paul. O guarda-costas de Dodi 
Al-Fayed, Trevor Rees-Jones, foi o único ocupante do carro que sobreviveu ao acidente. Outro fato está 
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reportado na revista Monet (2019): “Os seguranças do rapper norte-americano DaBaby nocautearam 
uma fã que chegou ‘perto demais’ do músico em um show do artista na cidade de New Orleans, no 
estado americano da Luisiana”.
Também há uma reportagem do portal Jovem Pan (LARA, 2019), sob o título “Assaltante é morto por 
segurança particular em bairro nobre de São Paulo”, informando que “Um segurança particular disparou 
contra um motoqueiro durante uma tentativa de assalto no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo, nesta 
quarta-feira (13). O suspeito morreu a caminho do hospital, segundo a polícia”.
Assim, as celebridades têm muitas opções para sua defesa, quando se sentem ofendidas em sua 
privacidade, recorrem à Justiça buscando uma reparação por danos morais. Essas ações repercutem 
nos tribunais, nos quais os juízes devem decidir qual bem prepondera no caso concreto: a liberdade de 
imprensa ou a privacidade. Há uma total proteção à privacidade, visto que mesmo em local público, 
o resguardo da esfera íntima prevalece sobre a liberdade de imprensa, ressalvado o caso de a pessoa 
pública ser político.
 Lembrete
A palavra paparazzi (termo italiano que significa fotógrafo free-lance) 
é a designação atribuída aos fotógrafos que perseguem figuras públicas 
célebres para lhes tirarem fotografias não autorizadas e preferencialmente 
comprometedoras.
O problema surge quando a celebridade, que habitualmente aceita essa exposição à mídia, resolve 
requerer seu direito à privacidade. Devemos, aí, analisar os seguintes pontos: se o fato narrado é 
verdadeiro ou não; se a pessoa estava em local público ou não; e, ainda, o grau de interdependência que 
existe entre a celebridade e a mídia.
Há uma posição com menos discordâncias no que concerne ao local: em se tratando de um 
espaço público, a maioria dos profissionais de direito e de comunicação têm defendido que não 
há como falar em proteção à esfera privada. Se a manifestação da celebridade se dá em um local 
de acesso irrestrito a qualquer cidadão, a divulgação apenas reafirma aquilo que já repercutiu em 
âmbito público. Se a celebridade já se expõe à mídia, afinal, ela precisa disso para manter sua posição 
de pessoa famosa, ela deve ter a ciência de que aquilo que se faz em local público está sujeito à 
divulgação. Exemplificando: quantas vezes já nos deparamos com um artista ou cantor que abre 
as portas de sua casa para mostrar como vive, o que faz na sua intimidade? Ou aquele que vai a 
programas de auditório para participar de quadros em que detalhes de sua vida íntima são lançados 
ao público? Assim, ao determinar ou não a invasão à privacidade, deve-se buscar definir a relação 
daquela determinada pessoa com a mídia (o grau de interdependência entre mídia e celebridade), 
se ela se utiliza ou não dos meios de comunicação como forma de conseguir fama. Dessa forma, se 
uma celebridade recorrer ao judiciário em busca da proteção de sua privacidade em detrimento da 
liberdade de imprensa, caberá ao julgador verificar qual direito deve ser aplicado, sempre observando 
o contexto da sociedade de massa e a necessidade da liberdade de imprensa.
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Unidade IV
Desse modo, enquanto os serviços privados priorizam a prevenção de perdas e a minimização dos 
danos das vítimas, as forças públicas agem sempre em função do cumprimento estrito das normas legais 
e da punição dos agressores. Focada mais nas vítimas do que nos agressores, a segurança privada está 
mais propensa a agir de acordo com princípios na resolução dos conflitos de forma a minimizar os riscos 
de novas ofensas. Riscos de acidentes, brigas, atentados, sequestros, assaltos a mão armada podem ser 
amenizados. Com isso, o cliente fica protegido de brigas, agressões, lesões, ferimentos e até de perder 
a vida. Seguindo o Anuário brasileiro de segurança pública 2019 (FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA 
PÚBLICA, 2019), o Brasil registrou 530 latrocínios (homicídio com objetivo de roubo ou roubo seguido 
de morte ou de graves lesões corporais da vítima) em 2018.
Na área de segurança bancária, entre as mudanças observadas, está a adoção de novas tecnologias, 
principalmente, como portas giratórias e a melhoria tecnológica de alarmes e dispositivos de proteção, 
isso contribuiu para a inibição dos ataques às agências, levando as quadrilhas a migrarem para outras 
atividades. Vejamos uma notícia da GaúchaZH de 11 de junho de 2019, “Vigilante enfrenta assaltantes e 
evita roubo a banco em Porto Alegre”:
Um vigilante evitou um roubo a banco na manhã desta terça-feira [...] 
ao enfrentar dois ladrões que tentavam ingressar no Banco do Brasil da 
Avenida Protásio Alves, bairro Rio Branco, zona norte de Porto Alegre. 
Houve luta corporal e até tiros, mas sem feridos. Os assaltantes fugiram a 
pé (MARTINS, 2019).
Nos condomínios residenciais, além da preocupação diretamente relacionada ao crime, há outras 
evidências importantes de transformações sociais que têm relação com a expansão da segurança 
privada, como a ampliação dos espaços chamados de condomínios residenciais, que criam demanda por 
provedores dos serviços particulares de proteção. Segundo o Anuário brasileiro de segurança pública 
2019 (FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2019), registrou-se no País 43.046 roubos a 
residências em 2018.
Outro exemplo são as medidas que vêm sendo utilizadas pelas transportadoras de carga na tentativa 
de impedir o avanço dos crimes no setor, que, desde meados dos anos 1990, figura entre os crimes 
corporativos que mais têm crescido no país, sobretudo no eixo Rio-São Paulo. O aumento deve-se, 
principalmente, à migração de grupos que antes se dedicavam a crimes como sequestro e roubo a 
banco. Segundo o Anuário brasileiro de segurança pública 2019 (FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA 
PÚBLICA, 2019), 247.148 veículos foram roubados e 243.808 veículos foram furtados no Brasil em 2018. 
Para compreender melhor, se um ladrão toma algo que pertence a outra pessoa sem estabelecer contato 
com ela, comete furto. Se houver contato com a vítima, violência ou ameaça, é roubo. O assalto é um 
termo que não existe no direito, mas equivale ao roubo.
A fim de melhor entendermos a expansão da segurança privada no Brasil, é importante 
considerarmos três aspectos que podem ser apontados como os principais fatores impulsionadores 
da ampliação do mercado de segurança: o crescimento da criminalidade (sobretudo a especialização 
do crime); a percepção da violência e o aumento da insegurança; e as mudanças na utilização do 
espaço urbano e circulação da população nas grandes cidades. O impacto dessas ações levou setores 
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da sociedade e do mundo corporativo a investirem em recursos e na contratação de empresas 
de segurança capazes de mitigar os riscos aos quais estão submetidos. Isso pode ser percebido 
na forma como os moradores de diferentes cidades e localidades do país alteraram seus hábitos 
cotidianos em função do medo da violência, deixando de sair de casa sozinhos ou após certo 
horário, de se relacionar com pessoas da vizinhança, não circulando por determinados bairros ou 
até mudando de residência ou de escola.
É uma visão muito otimista contar com a existência dos serviços privados de segurança como 
complementares e auxiliares da segurança pública, sobretudo considerando sua aplicabilidade às novas 
democracias, recém-saídas de regimes autoritários, sem estrutura institucional e tradição cultural de 
defesa da cidadania e com enormes problemas sociais, entre os quais, o crescimento da violência e da 
criminalidade urbana.
As forças privadas de segurança, ao mesmo tempo em que passam a deter o poder de polícia, 
não sofrem os mesmos constrangimentos que as forças policiais públicas, submetidas aos princípios 
norteadores dos sistemas públicos de segurança estatais que limitam seu poder coercitivo e sua 
capacidade de interferir legitimamente na vida dos cidadãos, tendo como pressuposto mecanismos 
de proteção do indivíduo e dos grupos sociais contra possíveis abusos do Estado, mecanismos estes 
que foram construídos através de um longo processo envolvendo as instituições de Estado e o 
debate público.
Poderíamos dizer que a expansão da segurança privada não representa sérios riscos para a ordem 
social, desde que o Estado mantenha a atribuição da polícia e justiça criminais e o monopólio da 
delegação e regulação do uso da força. Uma vez que esse controle seja rigoroso e sejam delimitados 
com clareza os papéis das forças públicas e privadas, os serviços particulares podem tornar-se um braço 
auxiliar da força pública na tarefa de garantir a segurança dos cidadãos. Em parte, os que defendem essa 
linha preocupam-se também com os desafios impostos pela expansão da segurança privada, no entanto 
tendem a considerar inevitável o avanço do setor no mundo atual, em que novos grupos de interesse 
pressionam incessantemente para a expansão desse mercado.
7.4 Relatórios de controle de qualidade e feedback dos executivos
Os relatórios de controle de qualidade são as ferramentas que possibilitam o acompanhamento e 
desempenho do plano de segurança e deverão retratar a aplicação dos processos elaborados com a 
finalidade de medir se o que foi planejado está sendo executado, e se a execução está com o resultado 
esperado, pois, caso contrário, deverão ser reajustados.
Para muitas empresas, não basta ter altos evidenciais de satisfação, mas sim evidências de satisfação 
ligadas à retenção do cliente. Clientes satisfeitos, quando compram repetidamente, estão menos 
motivados a se engajar em uma busca de concorrentes. A prioridade é conservar os clientes atuais e 
desenvolver cada vez mais a relação existente. A avaliação não deve ser superficial e pode analisar as 
variáveis ocorridas durante determinado período.
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Unidade IV
O relatório permite:
• identificar os ganhos e as dificuldades;
• municiar os gestores com informações que levem ao seu contínuo ajuste e aperfeiçoamento;
• possibilitar o exercício do controle da segurança.
São processos contínuos e dinâmicos de acompanhamento das ações programadas e devem 
existir momentos definidos para a verificação, que podem ser semanais, mensais, anuais ou ao final 
de cada etapa.
Assim é possível verificar se os resultados previstos foram alcançados, se as demandas e suas metas 
foram devidamente atendidas, e se aos ganhos corresponderam ações, como:
• acompanhamento de decisões;
• supervisão dos procedimentos dos funcionários;
• integração dos departamentos;
• protagonismo dos parceiros;
• participação dos beneficiários.
Com a adesão ao programa, é permitido avaliar mudanças de comportamento pessoal, grupal e 
cultural de segurança, no âmbito empresarial e do território trabalhado.
A avaliação visa manter o objetivo final da segurança: diminuir perdas, o que proporcionará um 
aumento dos lucros.
Conforme a Coletânea ABSEG de segurança empresarial:
O grande dilema de um contratante é ter confiança de que os equipamentos 
que lhe foram indicados são realmente essenciais. Isso, porque segurança 
é aquele tema do qual “todo mundo entende”, mas os resultados dessa 
pseudoautossuficiência são certamente os mesmos que você teria como 
técnico da seleção brasileira: ruins. Se a empresa procurou uma consultoria 
foi porque provavelmente entendeu não ter recursos próprios para elaborar 
o melhor projeto e, [como resultado], definir a melhor especificação para 
equipamentos e sistemas. O problema é que, justamente por conta da 
especificidade da matéria, apesar de contarmos com excelentes profissionais 
de consultoria, por vezes esses serviços são prestados por pessoas que não 
possuem a formação adequada. O jeito é tomar cuidados como verificar 
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
as referências fornecidas, a formação [...] dos profissionais, a estrutura de 
sua empresa, a transparência com que as informações são passadas e se 
estas evitam linguagem excessivamente técnica, além de supervisionar a 
forma como o consultor realiza o levantamento das informações de campo 
(ALMEIDA et al., 2009, p. 54).
Entretanto, o mercado exige cada vez mais competência e qualificação dos consultores, 
independentemente de sua especialização.
 Observação
Pseudo é um prefixo utilizado na língua portuguesa para indicar um teor 
falso cujo conteúdo não é real ou verdadeiro. Autossuficiência refere-se 
ao estado de não necessitar de qualquer ajuda de outros para sobreviver.
O aumento da criminalidade aliado à falência do sistema público de segurança e o surgimento 
de uma cultura de segurança têm aberto o caminho para a atividade de consultoria em segurança 
empresarial, tendo como principais vertentes o planejamento do sistema de segurança, tanto pessoal 
como empresarial, e a análise do risco corporativo.
Conforme a Coletânea ABSEG de segurança empresarial (2009, p. 57):
Ao se falar de transmitir conhecimento, estamos nos referindo a 
conhecimentos gerados e desenvolvidos pelo próprio consultor ou disponíveis 
publicamente, que o consultor recebe por toda a vida profissional e que 
disponibiliza para seus clientes da maneira e no momento mais adequado.
O consultor deve dispor de senso crítico, ter poder de liderança e 
capacidade de persuadir. Ele costuma ser contratado para resolver 
aquilo que supera a capacidade administrativa dos clientes, aquilo que 
a empresa necessita resolver naquele exato momento. A empresa busca 
nesse profissional externo a solução para seus problemas internos. 
Isso porque, entre outras coisas, o consultor não está ligado afetivamente 
com a empresa-cliente, tendo assim meios de atuar com visão crítica, 
usando mais razão do que a emoção.
Uma empresa ou pessoa cuja segurança é garantida privadamente pode simplesmente destituir sua 
equipe de vigilantes e contratar outra corporação se os serviços prestados não servirem às suas expectativas.
Depende também de as empresas do setor de segurança privada se comprometerem com o propósito 
de controlar seus funcionários de acordo com as expectativas e regras públicas, lançando mão de 
mecanismos de controle efetivos para a consecução desse objetivo.
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Unidade IV
Figura 41 – Qualidade em serviços de segurança é essencialCada vez mais os gastos privados, tanto de empresas como de particulares, vêm se ampliando, 
fazendo face ao crescente gasto público com segurança.
Mas o critério preço acaba muitas vezes triunfando, em detrimento da qualidade e da aplicabilidade, 
o que resulta, frequentemente, em investimento mal planejado, projeto mal elaborado, com muito 
dinheiro jogado fora.
Muitos dos sistemas de CFTV não permitem condições de monitoramento e recuperação de imagens 
com qualidade, os sistemas de detecção de intrusão não fazem mais do que gerar uma quantidade 
detestável de alarmes falsos, e os sistemas de controle de acesso são compostos de relógios de ponto.
Conforme veicula o site Indústria Hoje
A sigla TQM tem origem do termo em inglês Total Quality Management. 
No Brasil, o método é chamado de Gestão da Qualidade Total. Ele diz 
respeito a uma estratégia usada pelo setor de administração para que todos 
tenham consciência da importância de agregar qualidade aos processos 
organizacionais.
[...]
Conceitualmente, a Gestão da Qualidade Total foi desenvolvida por vários 
consultores empresariais dos Estados Unidos, entre eles estavam W. Edwards 
Deming, Joseph M. Juran e Armand V. Feigenbaum. Nos primórdios da década 
de 1960, Feigenbaum definiu o TQC como um sistema capaz de integrar 
diferentes partes de um processo, como o desenvolvimento, a manutenção 
e os esforços de melhoria da qualidade e os demais setores.
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157
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
[...]
Entre as vantagens da Gestão da Qualidade Total, podem-se enumerar 
as principais:
– faz crescer a satisfação e a confiança dos consumidores;
– estimula o crescimento da produtividade;
– minimiza exponencialmente os custos internos;
– proporciona uma melhora contínua aos produtos e processos;
– é possível acessar cada vez mais mercados de modo eficaz.
A TQM serve ainda para que seja implementada em uma empresa a política 
de gestão voltada para a “qualidade total”, a qual deve ser reavaliada 
periodicamente para surtir os efeitos desejados. Em última instância, 
o método serve para que os proprietários, administradores e acionistas 
estejam envolvidos com uma empresa viva, que faça a diferença, obtenha 
sucesso, ganhe destaque e obtenha cada vez mais lucros e se torne ímpar no 
mercado (O QUE É..., 2017).
Apesar de todas as dificuldades, a adoção de um sistema de qualidade total é fundamental para 
o crescimento da empresa. Com um serviço de tão grande valia para o protegido, seus bens e seus 
negócios, o momento mais importante é a escolha da instituição que fornecerá o serviço de escolta 
armada. Nesse momento, o ideal é optar sempre por uma companhia que tenha experiência de mercado 
na área, com uma equipe altamente treinada e boa estrutura para fornecer boa demanda de serviços.
Com relação ao feedback, palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um determinado 
pedido ou acontecimento, em outros contextos, a palavra feedback pode significar reação ou resposta. 
Nesse caso, o feedback pode ser extrínseco ou intrínseco. E ainda pode ser positivo, que tem por 
objetivo reforçar um comportamento que desejamos que se repita; ou corretivo, que tem por objetivo 
modificar o comportamento.
O feedback extrínseco pode ser chamado aprimorado ou aumentado, é uma informação recebida pelo 
segurança a partir de fontes externas, como, por exemplo, o instrutor, é absorvido através de sistemas 
sensoriais: pele, língua, nariz, ouvidos e olhos, sendo uma informação sobre a performance, execução e 
resultado do movimento e/ou tarefa, servindo como um complemento para o feedback intrínseco.
O feedback intrínseco é percebido por meio dos canais sensoriais do segurança, é importante para 
a percepção dos erros cometidos na realização de determinado gesto e aliado ao feedback extrínseco 
demonstrado por meio de informações verbais e/ou visuais. Os dois se complementam e são tidos como 
fatores fundamentais para o aprendizado e para a performance.
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Unidade IV
Segundo o livro Obrigado pelo feedback:
Feedback é a maneira como passamos a nos conhecer através das nossas 
próprias experiências e das de outras pessoas – ou seja, a maneira como 
aprendemos com a vida; é o seu relatório anual de desempenho, o estudo do 
clima organizacional da empresa, o crítico gastronômico local resenhando 
o seu restaurante; o feedback inclui também o brilho nos olhos de seu filho 
assim que ele encontra você na plateia (STONE; HEEN, 2016, p. 8).
De vez em quando, é preciso fazer algo especial para encorajar o feedback do cliente, afinal, quem compra 
um produto ou serviço fica com uma impressão da compra e do fornecedor. A possibilidade de esse cliente 
contratar uma empresa de segurança novamente está relacionada a seu nível de satisfação com o 
primeiro contrato, salientando-se que um cliente extremamente satisfeito pode se tornar defensor, associado 
e parceiro da instituição, indivíduos satisfeitos diminuem o custo para conquistar novos clientes e aumentam 
a reputação geral da companhia, enquanto que os clientes insatisfeitos causam o efeito oposto.
Depois que os gestores escolhem a forma como vão realizar o feedback, é preciso pensar na 
periodicidade de sua realização. Não há uma regra. Esse tempo varia de um negócio para outro, em 
alguns locais, ocorre semanal ou mensalmente, bimestral, trimestral ou mesmo anualmente.
Cada pessoa tem um jeito de fazê-lo, mas utilizar técnicas já testadas por profissionais de recursos 
humanos pode ajudar a melhorar essa comunicação. Vejamos os formatos mais conhecidos:
• Autoavaliação: um exercício de reflexão, capacidade de avaliar a si próprio, assim cada profissional 
avalia o seu próprio desempenho de acordo com regras preestabelecidas, sendo indispensável um 
tempo para realizá-la sem interrupções.
• Avaliação do líder: sendo responsável por conduzir a equipe rumo ao sucesso, o gestor avalia 
sua equipe de trabalho, comunicando os resultados e quais aspectos dos funcionários sob sua 
responsabilidade podem ser melhorados.
• Equipe de trabalho: as equipes são responsáveis por avaliar o desempenho de cada um de seus 
integrantes, definindo metas e objetivos a serem alcançados.
• Avaliação 360º: um dos tipos mais utilizados nos dias de hoje, todos aqueles diretamente ligados 
ao colaborador analisado participam da avaliação de algum modo – incluindo líderes, colegas, 
pares, colaboradores e até mesmo clientes e fornecedores; e o avaliado deve esperar o feedback 
de todas as perspectivas. Lembre-se de que a avaliação deve ser anônima, mas isso não deve fazer 
dela uma oportunidade de falar mal dos colegas.
 Observação
Com relação ao feedback do executivo, podemos ter a interpretação 
tanto do dono da empresa de segurança como do protegido.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
O feedback do dono da empresa é feito aos seus funcionários e diz respeito às avaliações de 
desempenho realizadas pela equipe, tanto a respeito do que se espera de colaboradores, quanto de suas 
possibilidades relativas à organização.
Figura 42 – Feedback são essenciais para desenvolvimento da segurança
Já o feedback do protegido, ou do cliente, ocorre com o cliente final e em relação à sua satisfação 
com os serviços de segurança oferecidos pela empresa, sendo muito importante que enquanto o 
protegido/cliente fala, o gestor deve anotar as observações e, só depois, fazer as suas colocações.
Além de equipamento de boa qualidade, o protegido deve ter em mente que a contratação da 
empresa que fará a instalação dos aparelhos eletrônicosna área de segurança deve pautar pela 
qualidade, principalmente no quesito infraestrutura, é necessário buscar a informação se a instituição 
realiza serviço de manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos que instala.
8 TREINAMENTO E RECICLAGEM DOS SEGURANÇAS E MOTORISTAS
A Lei n. 89.056/1983 regulamenta a Lei n. 7.102/1983, os direitos e deveres de profissionais da área 
da segurança. Na primeira lei, § 8º, está determinado que a cada dois anos, o trabalhador deve fazer 
uma reciclagem para vigilantes, a fim de garantir estar sempre atualizado: “e) frequentar os cursos 
de reciclagem, com aproveitamento, a cada período de dois anos, a contar do curso de extensão” 
(BRASIL, 1983a).
O treinamento e a reciclagem orientam sobre a forma correta e a melhor sequência das etapas do 
trabalho, facilitando o gerenciamento, a comunicação interna e possibilitando aos novos funcionários 
mais facilidade para compreensão das rotinas de trabalho.
Treinamentos específicos deverão ser feitos de formas constantes, de preferência, com interação 
do VIP ou da autoridade. Com normas alinhadas às orientações e aos preceitos para a manutenção 
de um ambiente de trabalho de natureza essencialmente profissional, ético e propício ao desempenho 
adequado das atividades organizacionais. Com orientações gerais sobre procedimentos específicos de 
assuntos considerados de ampla utilização por parte de todos os funcionários envolvidos e, portanto, 
merecedoras de esclarecimentos específicos e pormenorizados, descrevendo a estrutura e o elenco de 
atribuições executadas pelas unidades organizacionais que compõem o sistema trabalhado.
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Unidade IV
Lembre-se de que o planejamento dos treinamentos deve abranger todas as funções gerenciais, 
envolvendo tomada de decisão, planejamento, organização, controle, motivação e liderança em todos 
os seus aspectos.
Figura 43 – Treinamentos essenciais para o desempenho dos seguranças
8.1 Treinamento com armas
São todos aqueles procedimentos fundamentais que irão permitir às pessoas envolvidas em um 
evento crítico possuir condições de interagir de maneira proativa com as situações contrárias.
Aqui, devemos lembrar que salvo para os casos previstos em legislação própria para o porte de armas 
que a Lei n. 10.826/2003, de 22 de dezembro de 2003, “Capítulo III, Do Porte”, que em seu art. 6o, diz 
“VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei” 
(BRASIL, 2003b). Dessa forma, os seguranças privados podem portar armas permitidas por lei.
No entanto, é importante o treinamento constante de tiro de precisão e de tiro instintivo com saque 
rápido de arma. Não há paliativos para um disparo acidental durante o serviço, principalmente, na 
presença da autoridade ou do protegido, ainda que não haja feridos, baseados na avaliação de riscos, e 
essa preocupação passou a fazer parte dos responsáveis pelo treinamento desses profissionais.
Tenha sempre como normas de segurança, conforme a Cartilha de armamento e tiro da Polícia Federal:
1. Somente aponte sua arma, carregada ou não, para onde pretenda atirar;
2. Nunca engatilhe a arma se não for atirar;
3. A arma nunca deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança;
4. Trate a arma de fogo como se ela sempre estivesse carregada;
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la 
com um instrutor credenciado;
6. Mantenha seu dedo estendido ao longo do corpo da arma até que você 
esteja realmente apontando para o alvo e pronto para o disparo;
7. Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o sempre com o dedo estendido ao 
longo da arma;
8. Sempre se certifique de que a arma esteja descarregada antes de 
qualquer limpeza;
9. Nunca deixe uma arma de forma descuidada;
10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance 
de crianças;
11. Nunca teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho;
12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não 
substitutos do bom senso;
13. Certifique-se de que o alvo e a zona que o circunda sejam capazes de 
receber os impactos de disparos com a máxima segurança;
14. Nunca atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os 
projéteis podem ricochetear;
15. Nunca pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção;
16. Sempre que carregar ou descarregar uma arma, faça com o cano 
apontado para uma direção segura;
17. Caso a arma “negue fogo”, mantenha-a apontada para o alvo 
por aproximadamente 30 segundos. Em alguns casos, pode haver um 
retardamento de ignição do cartucho;
18. Sempre que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada;
19. Sempre que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada;
20. Verifique se a munição corresponde ao tamanho e ao calibre da arma;
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Unidade IV
21. Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada, nunca a aponte 
para qualquer parte de seu corpo ou de outras pessoas ao seu redor, só a 
aponte na direção do seu alvo;
22. Revólveres desprendem lateralmente gases e alguns resíduos de chumbo 
na folga existente entre o cano e o tambor. Pistolas e rifles ejetam estojos 
quentes lateralmente; quando estiver atirando, mantenha as mãos livres 
dessas zonas e as pessoas afastadas;
23. Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando 
estiver atirando. Caso perceba algo de anormal com o recuo ou com o 
som da detonação, interrompa imediatamente os disparos, descarregue 
a arma e verifique cuidadosamente a existência de obstruções no cano; 
um projétil ou qualquer outro objeto deve ser imediatamente removido, 
mesmo em se tratando de lama, terra, graxa etc., a fim de evitar danos à 
arma e/ou ao atirador;
24. Sempre utilize óculos protetores e abafadores de ruídos quando 
estiver atirando;
25. Nunca modifique as características originais da arma, e nos casos em 
que houver a necessidade o faça através de armeiro profissional qualificado;
26. Nunca porte sua arma quando estiver sob efeito de substâncias que 
diminuam sua capacidade de percepção (álcool, drogas ou medicamentos);
27. Nunca transporte ou coldreie sua arma com o cão armado;
28. Munição velha ou recarregada não é confiável, podendo ser perigosa 
(BRASIL, [s.d.]a, p. 15-16).
 Saiba mais
Recomendamos que você assista ao filme Armados, que traz à tona a 
polêmica questão do desarmamento civil:
ARMADOS. [s.d.]. 1 vídeo (54 min). Publicado pelo canal Futura. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TZwxYze7RcQ. 
Acesso em: 3 jun. 2020.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Figura 44 – Treinamento com arma é básico para o segurança
Sobre a conduta no estande de tiro, conformea Cartilha de armamento e tiro da Polícia Federal:
1. O silêncio é fator preponderante para segurança e deverá ser observado 
rigorosamente na linha de tiro;
2. No estande de tiro a arma permanecerá sempre desmuniciada e 
guardada, salvo sob comando expresso do instrutor;
3. Todo procedimento de carregar, sacar, descarregar, inspecionar e colocar 
a arma no coldre será sob comando do instrutor, sempre com o cano 
apontado para direção segura a critério do instrutor;
4. Sempre obedeça ao comando do instrutor, fazendo tudo o que for 
ordenado, nunca antecipe a execução de comando ou faça qualquer coisa 
não comandada;
5. Em caso de qualquer incidente, permaneça de frente para o alvo com a 
arma apontada sempre em direção ao alvo e levante o braço oposto para 
que o instrutor possa atendê-lo;
6. No caso de haver mais de um candidato realizando a prova ao mesmo 
tempo, mantenha sempre o alinhamento com os outros atiradores (BRASIL, 
[s.d.]a, p.17).
Pelo Decreto n. 9.847/2019, de 25 de junho de 2019, que regulamenta a Lei n. 10.826, de 22 de 
dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a comercialização de armas 
de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema de Gerenciamento Militar de 
Armas, temos no seu Artigo 12 e parágrafo 3º:
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Unidade IV
Art. 12. Para fins de aquisição de arma de fogo de uso permitido e de emissão 
do Certificado de Registro de Arma de Fogo, o interessado deverá:
[...]
§ 3º O comprovante de capacidade técnica de que trata o inciso V do caput 
deverá ser expedido por instrutor de armamento e de tiro credenciado pela 
Polícia Federal no Sinarm e deverá atestar, necessariamente:
I – conhecimento da conceituação e das normas de segurança relativas a 
arma de fogo;
II – conhecimento básico dos componentes e das partes da arma de fogo 
para a qual foi requerida a autorização de aquisição; e
III – habilidade no uso da arma de fogo demonstrada pelo interessado 
em estande de tiro credenciado pelo Comando do Exército ou pela Polícia 
Federal (BRASIL, 2019a).
Assim, é necessário que o treinamento seja executado por instrutor de armamento e de tiro 
credenciado pela Polícia Federal no Sinarm.
8.2 Treinamento em comunicações
O treinamento é voltado para desenvolver e aprimorar as habilidades de comunicação dos 
colaboradores. Para ajudar a melhorar a comunicação, é importante que as empresas ofereçam a seus 
funcionários cursos e treinamentos que contribuam para o seu crescimento profissional, levando à 
melhoria das relações e da comunicação interpessoais.
A comunicação é a base de toda negociação bem-sucedida, seja com o chefe da segurança, ou com o 
protegido, pois as falhas na comunicação dentro das áreas de segurança são alguns dos principais gaps 
e um dos fatores que mais atrapalham o bom andamento dos processos de segurança.
Para Certo (2003), a comunicação ganha um foco além do social, e os agentes deverão desempenhar 
suas atividades de maneira eficiente e combinar seus esforços para o alcance dos objetivos. Ele defende 
um compartilhamento de informações entre agentes e traduz isso como comunicação. Lembra que os 
agentes que possuem função gerencial ou de coordenação devem tornar-se os melhores comunicadores 
interpessoais, buscando novas técnicas de treinamento em comunicação, com avaliação constante. 
E estabelece uma relação da aprendizagem com a comunicação, destacando como pontos principais 
habilidades de comunicação escrita e oral; e habilidades interpessoais, o relacionamento com as pessoas.
Cabe aqui prevenir sobre o que foi dito anteriormente que para comunicações por rádio, utiliza-se 
o alfabeto da ONU válido em todo o planeta, para transmissões em que é necessário soletrar palavras, 
repetir pausadamente e informar prefixos, cabendo ao comunicador lembrar-se dos códigos da ONU.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
Os agentes de segurança devem utilizar códigos para se referirem aos protegidos. A ideia é de que 
cada família receba nomes fictícios com a mesma inicial. A família do Barack Obama recebia os nomes 
Renegade, Renascentista, Radiance e Rosebud, respectivamente atribuídos ao presidente, sua esposa e 
suas filhas.
8.3 Treinamento em veículos
Veículos são todos os automóveis, minivans, vans, micro-ônibus, ônibus, veículos utilitários, pickups, 
transportadores de pessoas e veículos multiuso, como caminhões por exemplo.
O uso correto desses veículos é essencial para a prevenção de acidentes e, por isso, sua operação é 
considerada uma atividade crítica para a área de segurança.
Vejamos a seguir a definição dos veículos de carga e passageiros:
Quadro 6 
Automóvel Veículo para transporte de até 5 pessoas
Minivan Veículo para transporte de 6 a 8 pessoas
Van Veículo para transporte de carga (3 pessoas + compartimento de carga) ou pessoas (9 a 20 pessoas)
Veículo utilitário Veículo para transporte de cargas e pessoas no mesmo compartimento (até 5 pessoas)
Micro-ônibus Veículo para transporte coletivo de até 20 pessoas
Ônibus Veículo para transporte coletivo de mais de 20 pessoas
Pickup padrão Veículo para transporte de carga, podendo transportar pessoas (compartimentos separados), com peso bruto total de 3.500 kg
Pickup compacta Veículo para transporte de carga, podendo transportar pessoas (compartimentos separados), com capacidade de carga aproximada de 700 kg
O cinto de segurança do tipo três pontos retém os ocupantes dos carros em seus assentos, diminuindo 
a probabilidade de choque contra as partes internas dos veículos (painel, volante, para-brisa). Ele é um 
dos principais mecanismos de segurança dos veículos, e com mecanismos retráteis fornecem excelente 
proteção contra lesões na cabeça/tórax em caso de colisão.
Os treinamentos com veículos envolvem:
• Direção defensiva: condução prudente, focada em atitudes responsáveis para evitar os riscos de 
acidentes em pista com condições adversas, como dirigir com chuva, cerração, neblina ou à noite 
ou com luz em excesso. Os exercícios na área devem ser compostos de aulas teóricas e práticas, 
além de avaliações e ações de conscientização. De acordo com a Agência Brasil (NASCIMENTO, 
2019), em 2018, foram registrados nas rodovias federais 69.206 acidentes, 53.963 com vítimas 
(mortos ou feridos), e do total de vítimas, houve 5.269 mortes, ou seja, pelo menos 14 pessoas 
morreram por dia nas rodovias federais. Deve estar na consciência dos motoristas evitar acidentes.
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Unidade IV
• Direção eficiente: tipo de qualificação que tem foco em economia e conservação. Condutas como 
fazer a troca de marchas adequadas e não acelerar ou frear bruscamente, por exemplo, colaboram 
com o consumo de combustível e a vida útil das peças. Já as frenagens bruscas desgastam as 
pastilhas de freio e os pneus.
• Direção sustentável: pensar na saúde individual e coletiva e no meio ambiente é o tipo de conduta 
que precisa estar em todos os costumes da empresa, principalmente quando ela necessita de 
umafrota de veículos para atuar. O treinamento deve ensinar a equipe a reduzir os impactos 
ambientais causados pelo veículo e tratar de temas que vão além da reciclagem, como a utilização 
de produtos biodegradáveis para a limpeza do veículo e outras condutas amigáveis à natureza.
• Direção evasiva: é aconselhável que motoristas agentes de segurança sejam capacitados para 
realizar manobras que possam surpreender os marginais e fugir da emboscada. Para tanto, é 
necessário conhecimento aprofundado dos tipos de direção na condução do veículo e que se 
tenha reflexos rápidos, o que significa ter agilidade no volante. No treinamento de direção evasiva, 
os seguranças terão a capacitação dessa maneira de conduzir o veículo, realizando manobras 
perigosas em casos de emergência, como em acidentes, emboscadas para sequestros ou roubos, 
por exemplo, de forma que a condução transcorra de maneira segura, utilizando o veículo como 
ferramenta de defesa.
• Direção ofensiva: é a utilização do veículo como instrumento de ataque, seja em uma situação 
de emboscada ou perseguição. É preciso trombar em pontos específicos no carro inimigo para 
provocar um acidente e imobilizar o veículo agressor.
• Código de Trânsito Brasileiro: teoricamente, qualquer pessoa que possua a Carteira Nacional 
de Habilitação (CNH) já sabe o básico sobre as leis de trânsito no Brasil. Na prática, entretanto, 
muitos condutores as subestimam. Sinalizações de ultrapassagem e velocidade, por exemplo, vão 
além de regras, são formas de preservar vidas. Cumpri-las é mais do que uma exigência legal, são 
práticas que colaboram com a segurança de todos. É por isso que os treinamentos de trânsito com 
foco na importância das leis são fundamentais para os condutores. Além de ajudar a equipe a 
relembrar aspectos necessários da legislação, é possível associar o código com a direção defensiva 
e causar um impacto positivo significativo na conduta do time.
• Ética profissional e pessoal: as ações de conscientização sobre comportamentos positivos 
provocam a reflexão no indivíduo, o que se reflete na sociedade. Discutir temas como a utilização 
do veículo da empresa para atividades particulares, caso isso não seja permitido por ela, a forma 
de condução, as relações entre as pessoas e a responsabilidade com equipamentos ajudam a 
criar um ambiente mais produtivo. Sem contar a redução de gastos e aumento da eficiência do 
negócio, benefícios desfrutados por todos quando a equipe inteira pensa no bem comum.
Esse é um tipo de investimento que ajuda a sua empresa a promover mais segurança à equipe e ao 
trânsito, atingindo o objetivo mais importante de todos: proteger vidas.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
 Saiba mais
Para conhecer os procedimentos de direção evasiva, a defensiva e 
ofensiva, recomendamos que você assista ao vídeo:
CURSO de pilotagem policial – PMDF. 5 ago. 2013. 1 vídeo (4min57seg). 
Publicado pelo canal Polícia Militar do Distrito Federal. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=WLBRfTqiLUk&feature=emb_rel_
end. Acesso em: 3 jun. 2020.
8.4 Informação e contrainformação
Há diversos tipos de ameaça aos ativos de uma empresa ou de uma pessoa. A segurança patrimonial 
é o conjunto sistematizado de ações de proteção ao negócio, e também há o conjunto sistematizado de 
ações de proteção pessoal.
A atividade de Inteligência desempenha um papel essencial em organizações de segurança, já que 
lidam com um dos maiores patrimônios de uma sociedade: o conhecimento. Na atual sociedade da 
informação, quem tem conhecimento avança muito mais do que quem não o possui.
A atividade de Inteligência é, conforme o Decreto n. 8.793/2016, de 29 junho de 2016:
Atividade de Inteligência: exercício permanente de ações especializadas, 
voltadas para a produção e difusão de conhecimentos, com vistas ao 
assessoramento das autoridades governamentais nos respectivos níveis e 
áreas de atribuição, para o planejamento, a execução, o acompanhamento 
e a avaliação das políticas de Estado. A atividade de Inteligência divide-se, 
fundamentalmente, em dois grandes ramos:
I – Inteligência: atividade que objetiva produzir e difundir conhecimentos às 
autoridades competentes, relativos a fatos e situações que ocorram dentro 
e fora do território nacional, de imediata ou potencial influência sobre o 
processo decisório, a ação governamental e a salvaguarda da sociedade e 
do Estado;
II – Contrainteligência: atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir 
e neutralizar a Inteligência adversa e as ações que constituam ameaça à 
salvaguarda de dados, conhecimentos, pessoas, áreas e instalações de 
interesse da sociedade e do Estado (BRASIL, 2016).
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Unidade IV
A atividade da Inteligência é descrita, superficialmente, como flexível, pois cada agência de segurança 
pública deve buscar o melhor desenho institucional que atenda aos seus interesses. A Inteligência 
policial não se resume ao simples acúmulo de dados e fontes ocultas e/ou abertas. Logo, toda a 
informação coletada deve passar por um tratamento qualitativo para se tornar relatório de Inteligência 
que subsidiará a melhor tomada de decisão por parte do gestor da instituição de segurança pública. 
Nesse contexto, percebemos que a Inteligência se traduz em uma possibilidade de ações preventivas ao 
crime. No percurso conceitual, destacamos a definição contida no Decreto n. 4.376/2002, de 13 de setembro 
de 2002, que dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), 
instituído pela Lei n. 9.883, de 7 de dezembro de 1999:
Art. 2° [...] entende-se como inteligência a atividade de obtenção e análise 
de dados e informações e de produção e difusão de conhecimentos, dentro 
e fora do território nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou 
potencial influência sobre o processo decisório, a ação governamental, a 
salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado (BRASIL, 2002).
Cabe à atividade de Inteligência acompanhar o ambiente interno e externo, buscando identificar 
oportunidades e possíveis ameaças e riscos aos interesses do Estado e à sociedade brasileira.
A contrainformação é o conjunto de recursos que visam observar e neutralizar os serviços de 
informação do campo inimigo. Conforme o marco legal de criação do Sistema Brasileiro de Inteligência 
(Sisbin), Lei n. 9.883/1999, de 7 de dezembro de 1999, em seu art. 1º, § 2º, define Inteligência:
Para os efeitos de aplicação desta Lei, entende-se como Inteligência a 
atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos 
dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou 
potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e 
sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado (BRASIL, 1999).
Consideram-se como principais ameaças aquelas que apresentam potencial capacidade de pôr em 
perigo a integridade do protegido e da segurança. Vejamos alguns exemplos de ataques, e algumas 
ações de prevenção, conforme o Decreto n. 8.793/2016, de 29 de junho de 2016:
6.2 Sabotagem
É a ação deliberada, com efeitos físicos, materiais ou psicológicos, que 
visa a destruir, danificar, comprometer ou inutilizar, total ou parcialmente, 
definitiva ou temporariamente, dados ou conhecimentos; ferramentas; 
materiais; matérias-primas; equipamentos; cadeias produtivas; instalações 
ou sistemas logísticos, sobretudo aqueles necessários ao funcionamento da 
infraestrutura crítica do País, com o objetivode suspender ou paralisar o 
trabalho ou a capacidade de satisfação das necessidades gerais, essenciais e 
impreteríveis do Estado ou da população.
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
A projeção internacional do País e sua influência em vários temas globais 
atraem a atenção daqueles cujas pretensões se veem ameaçadas pelo 
processo de desenvolvimento nacional. A ocorrência de ações de sabotagem 
pode impedir ou dificultar a consecução de interesses estratégicos brasileiros.
6.3 Interferência externa
É a atuação deliberada de governos, grupos de interesse, pessoas físicas ou 
jurídicas que possam influenciar os rumos políticos do País com o objetivo 
de favorecer interesses estrangeiros em detrimento dos nacionais.
É prejudicial à sociedade brasileira que ocorra interferência externa 
no processo decisório ou que autoridades brasileiras sejam levadas a 
atuar contra os interesses nacionais e em favor de objetivos externos 
antagônicos. A interferência externa é uma ameaça frontal ao princípio 
constitucional da soberania.
Deve constituir também motivo de constante atenção e preocupação a 
eventual presença militar extrarregional na América do Sul, podendo ser 
caracterizada como ameaça à estabilidade regional.
[...]
6.5 Ataques cibernéticos
Referem-se a ações deliberadas com o emprego de recursos da tecnologia 
da informação e comunicações que visem a interromper, penetrar, adulterar 
ou destruir redes utilizadas por setores públicos e privados essenciais à 
sociedade e ao Estado, a exemplo daqueles pertencentes à infraestrutura 
crítica nacional.
Os prejuízos das ações no espaço cibernético não advêm apenas do 
comprometimento de recursos da tecnologia da informação e comunicações. 
Decorrem, também, da manipulação de opiniões, mediante ações de 
propaganda ou de desinformação.
Há países que buscam abertamente desenvolver capacidade de atuação na 
denominada guerra cibernética, ainda que os ataques dessa natureza possam 
ser conduzidos não apenas por órgãos governamentais, mas também por 
grupos e organizações criminosas; por simpatizantes de causas específicas; 
ou mesmo por nacionais que apoiem ações antagônicas aos interesses de 
seus países.
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Unidade IV
6.6 Terrorismo
É uma ameaça à paz e à segurança dos Estados. O Brasil solidariza-se com 
os países diretamente afetados por este fenômeno, condena enfaticamente 
as ações terroristas e é signatário de todos os instrumentos internacionais 
sobre a matéria. Implementa as resoluções pertinentes do Conselho de 
Segurança da Organização das Nações Unidas. A temática é área de especial 
interesse e de acompanhamento sistemático por parte da Inteligência em 
âmbito mundial.
A prevenção e o combate a ações terroristas e a seu financiamento, visando 
a evitar que ocorram em território nacional ou que este seja utilizado 
para a prática daquelas ações em outros países, somente serão possíveis 
se realizados de forma coordenada e compartilhada entre os serviços de 
Inteligência nacionais e internacionais e, em âmbito interno, em parceria 
com os demais órgãos envolvidos nas áreas de defesa e segurança.
6.7 Atividades ilegais envolvendo bens de uso dual e tecnologias sensíveis
São ameaças crescentes que atingem países produtores desses bens e 
detentores dessas tecnologias, em especial nas áreas química, biológica 
e nuclear. O Brasil insere-se nesse contexto. As redes criminosas e 
terroristas buscam ter acesso, na maioria das vezes de forma regular, porém 
dissimulada, a esses bens e tecnologias. Para tanto, utilizam-se, entre 
outros meios, de empresas ou instituições de fachada criadas legalmente 
ao redor do mundo para tentar burlar controles executados por órgãos de 
Inteligência e de repressão em conformidade com a legislação brasileira e 
com os compromissos internacionais assumidos pelo País.
O trabalho da Inteligência nessa área é identificar essas redes, grupos, 
empresas ou instituições, seus modus operandi e objetivos ao tentar ter 
acesso a bens de uso dual e tecnologias sensíveis, assim como aos detentores 
desses conhecimentos.
O controle das tecnologias de uso dual deve dar-se de modo a preservar o 
direito ao desenvolvimento científico e tecnológico para fins pacíficos, de 
acordo com os instrumentos internacionais incorporados ao ordenamento 
jurídico nacional. O País adota legislação avançada de controle de 
transferência dessas tecnologias.
6.8 Armas de destruição em massa
Constituem ameaça que atinge a todos os países. A existência de armas de 
destruição em massa (químicas, biológicas e nucleares) é, em si mesma, uma 
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
fonte potencial de proliferação, além de representar risco à paz mundial e 
aos países que abdicaram da opção por essas armas para sua defesa.
Para contrapor-se à ameaça representada pelas armas de destruição em 
massa, sobressaem dois imperativos: a não proliferação e a eliminação dos 
estoques existentes.
A implementação de ações de Inteligência nessa área é fator determinante 
e contribui para a proteção da população brasileira e das infraestruturas 
críticas em território nacional contra possíveis efeitos do emprego de armas 
ou artefatos produzidos a partir desses bens ou tecnologias.
6.9 Criminalidade organizada
É ameaça a todos os Estados e merece atenção especial dos órgãos 
de Inteligência e de repressão nacionais e internacionais. A incidência 
desse fenômeno, notadamente em sua vertente transnacional, reforça a 
necessidade de aprofundar a cooperação. Apesar dos esforços individuais 
e coletivos das nações, não se projetam resultados que apontem para a 
redução desse flagelo global em curto e médio prazo.
A atuação cada vez mais integrada nas vertentes preventiva (Inteligência) e 
reativa (Policial) mostra ser a forma mais efetiva de enfrentar esse fenômeno, 
inclusive no que diz respeito a subsidiar os procedimentos de identificação 
e interrupção dos fluxos financeiros que lhe dão sustentação. Atualmente, a 
grande maioria dos países desenvolve e aprofunda o intercâmbio de dados 
e conhecimentos entre os órgãos de Inteligência e de repressão em âmbito 
nacional e internacional.
6.10 Corrupção
A corrupção é um fenômeno mundial capaz de produzir a erosão das 
instituições e o descrédito do Estado como agente a serviço do interesse 
nacional. Pode ter, nos polos ativo e passivo, agentes públicos e privados.
Cabe à Inteligência cooperar com os órgãos de controle e com os 
governantes na prevenção, identificação e combate à corrupção em suas 
diversas manifestações, inclusive quando advindas do campo externo, que 
colocam em risco o interesse público.
[...]
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8.3 Prevenir ações de sabotagem
A posição mais relevante do País no cenário internacional aumenta o risco 
de se tornar alvo de ações de sabotagem, que visam a impedir ou a dificultar 
a consecução de seus interesses estratégicos.
As consequências de atos de sabotagem podem situar-se em pontos distintos 
de uma ampla escala, que vão da suspensão temporária até a paralisação 
total de atividades e serviços essenciais à população e ao Estado.
Dessa forma, é necessário mapear os alvos potenciais para atos de sabotagem, 
com o intuito de detectar o planejamento de ações dessa natureza em seus 
estágios iniciais.
8.4 Expandir a capacidade operacional da Inteligência no espaço cibernético
O funcionamento de um aparatoestatal não pode prescindir da utilização 
de tecnologias da informação e das comunicações. O comprometimento da 
capacidade operacional do Estado e de sistemas computacionais essenciais 
ao provimento das necessidades básicas da sociedade deve ser preocupação 
permanente, exigindo constante aperfeiçoamento técnico dos entes públicos 
responsáveis pela integridade desses sistemas.
Por sua vez, a rede mundial de computadores, além de canal cada vez 
mais propício à perpetração de atos protagonizados por agentes do crime 
organizado ou por organizações terroristas, tem-se constituído, ainda, em 
espaço privilegiado de discussões, diversas das quais relativas aos interesses 
do País. Nesse contexto, é primordial acompanhar, avaliar tendências, 
prevenir e evitar ações prejudiciais à consecução dos objetivos nacionais 
(BRASIL, 2016).
8.5 Todos os seguranças devem ser treinados no uso da força
Vamos inicialmente conhecer os conceitos e definições, conforme o Curso de extensão em 
equipamentos não letais I (CENL-I):
a) Força: é toda intervenção compulsória sobre o indivíduo ou grupos de 
indivíduos, reduzindo ou eliminando sua capacidade de auto decisão;
b) Nível do uso da força: é entendido desde a simples presença do 
vigilante em uma intervenção, até a utilização da arma de fogo, em seu 
uso extremo (letal);
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GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA
c) Uso progressivo da força: consiste na seleção adequada de opções de 
força pelo vigilante em resposta ao nível de submissão do indivíduo suspeito 
ou infrator a ser controlado. Na prática será o escalonamento dos níveis 
de força conforme o grau de resistência ou reação do oponente (POLÍCIA 
FEDERAL, 2009, p. 5).
Destaque-se os seguintes pontos, conforme o Curso de extensão em equipamentos não letais I 
(CENL-I):
a) A necessidade de desenvolvimento de armas incapacitantes não letais 
para restringir a aplicação de meios capazes de causar morte ou ferimentos;
b) O uso de armas de fogo com o intuito de atingir fins legítimos de aplicação 
da lei deve ser considerado uma medida extrema;
c) Os aplicadores da Lei não usarão armas de fogo contra indivíduos, exceto 
em casos de legítima defesa de outrem contra ameaça iminente de morte ou 
ferimento grave, para impedir a perpetração de crime particularmente grave 
que envolva séria ameaça à vida, para efetuar a prisão de alguém que resista 
à autoridade, ou para impedir a fuga de alguém que represente risco de vida;
d) O Agente deve ser moderado no uso da força e arma de fogo e agir 
proporcionalmente à gravidade do delito cometido e o objetivo legítimo a 
ser alcançado (POLÍCIA FEDERAL, 2009, p. 5-6).
Vejamos os princípios básicos sobre o uso da força, conforme a lei:
Art. 2º Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a utilização dos 
instrumentos de menor potencial ofensivo, desde que o seu uso não coloque 
em risco a integridade física ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer 
aos seguintes princípios:
I – legalidade;
II – necessidade;
III – razoabilidade e proporcionalidade.
Parágrafo único. Não é legítimo o uso de arma de fogo:
I – contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente 
risco imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a 
terceiros; e
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II – contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto 
quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança 
pública ou a terceiros (BRASIL, 2014).
Entendamos agora o significado de cada um desses termos.
Legalidade
O princípio da legalidade é um conceito jurídico que parte dos direitos e garantias fundamentais 
do indivíduo e estabelece que não existe crime se não estiver previsto em lei. A palavra princípio 
significa algo que vem logo no começo, a causa, o que dá a base. É portanto uma definição pela qual 
a teoria se desenvolve. No universo jurídico, os princípios são postulados criados para estruturar o 
Estado de Direito.
Necessidade
A segurança deve agir quando for necessário, e no caso da polícia de choque, quando realmente 
a ação se torna obrigatória. Assim, é necessário identificar o objetivo a ser atingido, ou seja, se a ação 
atende aos limites considerados mínimos para que se torne justa e legal sua intervenção. Sugere-se 
ainda verificar se todas as opções estão sendo consideradas e se existem outros meios menos danosos 
para se atingir o objetivo.
Razoabilidade e proporcionalidade
A proporcionalidade comporta um juízo de ponderação entre interesses individuais e coletivos e 
que limitem a atuação do poder estatal. Nesse caso, está se verificando a proporcionalidade do uso da 
força, e caso não haja, estará caracterizado o abuso de poder. Jamais poderemos efetuar um tiro em 
uma pessoa se esta está apenas agredindo um caixa eletrônico que reteve seu dinheiro ou até mesmo 
o cartão. Ainda que gere danos à instituição financeira e constitua um ato ilícito, é desproporcional 
efetuar disparos de arma de fogo para fazer cessar essa ação.
 Lembrete
No uso da força é necessário considerar a legalidade, a necessidade, a 
razoabilidade e a proporcionalidade.
Na maioria das vezes, só a presença do segurança já faz cessar ou até mesmo inibir a ação. 
A razoabilidade é um termo que qualifica tudo quanto seja conforme a razão, indicando que toda 
intervenção aos direitos individuais deve ser pautada pela razão.
O art. 16 da Lei n. 10.826/2003, de 22 de dezembro de 2003, penaliza as seguintes ações pela segurança:
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Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, 
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua 
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa (BRASIL, 2003b).
Conforme o Curso de extensão em equipamentos não letais I (CENL-I, 2009, p. 9-12) da Polícia Federal:
O ponto central na teoria do uso progressivo da força é a divisão da força 
em níveis diferentes, de forma gradual e progressiva. O nível de força a ser 
utilizado é o que se adequar melhor às circunstâncias dos riscos encontrados, 
bem como à ação dos indivíduos suspeitos ou infratores durante um 
confronto, e apresentam em cinco alternativas adequadas do uso da força 
legal como formas de controle a serem utilizadas:
5.1. Nível 1 – Presença física
A mera presença do vigilante uniformizado pode ser na maioria dos casos 
o bastante para conter um crime ou ainda prevenir um futuro crime, bem 
como evitar ações de pessoas mal-intencionadas.
5.2. Nível 2 – Verbalização
Baseia-se na ampla variedade de habilidades de comunicação por parte 
do vigilante, capitalizando a aceitação geral que a população tem da 
autoridade. É utilizada em conjunto com a presença física do vigilante e 
pode usualmente alcançar os resultados desejados.
[...]
O conteúdo da mensagem é muito importante. A escolha correta das 
palavras, bem como a intensidade empregada, traduz com precisão a eficácia 
da intervenção. Assegurado desta postura, o vigilante terá mais chances de 
alcançar o seu objetivo.
As palavras-chave na aplicação da lei serão negociação, mediação, 
persuasão e resolução de conflitos.
Uma atenção especial deve ser dada à linguagem. Muitos acreditam que, 
utilizando uma linguagem vulgar,

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