Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
72 Unidade II Unidade II 3 CULTURA EMPRESARIAL Las Casas (1999, p. 97) informa que valores culturais também aparecem nos grupos empresariais: Nas empresas também há sistemas de crenças e valores característicos e peculiares e cada uma, regidos por uma estrutura de poder e normas estabelecidas pelos componentes do grupo, como também valorizada por eles. Quando se observa a cultura das empresas, analisamos a cultura organizacional. O passo básico para implementar a cultura de qualidade em serviços de segurança é continuamente medir e verificar se a instituição está indo ao encontro das expectativas dos clientes, lembrando que compete à alta administração definir a missão da empresa e especificar a estratégia necessária para garantir a qualidade do serviço de segurança, que é a chave do funcionamento da instituição. A segurança não pode ser considerada como um processo à parte do procedimento geral, mas sim como uma norma a ser absorvida por toda a empresa, incluindo todos os departamentos. A adoção do empowerment, que é dar aos funcionários a oportunidade de exercer sua capacidade de pensar, de agir com criatividade e eficácia, não significa eliminar a hierarquia ou responsabilidade, nem mesmo se restringe a conceder aos funcionários liberdade e autonomia no desempenho do trabalho, e, sim, a atitude mental de vivenciar sentimento de controle sobre como prestar o serviço de segurança e ter consciência do contexto em que o serviço é prestado. Um executivo que possui um índice negativo de confiabilidade junto aos administradores de escalões mais baixos acaba levando estes a reagirem sem grande prazer à sua direção, enquanto a administração eficaz possui dois elementos: força e carisma. A força é representada pela autoridade formal, enquanto o carisma é a autoridade conquistada. À vista disso, os executivos desfrutam da lealdade do pessoal da linha de frente, além de sua subordinação formal. Berry (1996, p. 214) nos informa: Os valores centrais da empresa e a sua estratégia – a sua razão de ser – proporcionam uma orientação mais consistente do que grossos volumes de políticas internas e manuais de práticas operacionais. Os funcionários conhecem bem o desempenho da empresa, seus progressos, problemas e perspectivas. Compartilham os resultados do trabalho e o sucesso da empresa é o seu sucesso. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 73 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Os modelos de gestão de qualquer área empresarial terão maior eficácia se entremeadas a uma cultura de segurança. A segurança empresarial deverá ser parte obrigatória nas tomadas de decisões, auxiliando e orientando nas ameaças e incertezas. Para que seja possível tornar o espaço corporativo um lugar seguro, é indispensável ter em mente que a boa performance da segurança privada está diretamente relacionada com a cultura de segurança utilizada na corporação. Lembrete A segurança não pode ser considerada como um processo à parte do procedimento geral, mas sim como uma das normas a ser absorvida por toda a empresa, incluindo todos os departamentos. Há estudos comparativos entre as empresas que possuem uma gestão de segurança e as que estão com índices de sinistros acima da média. Uma das conclusões prováveis é que o comprometimento das pessoas que integram a equipe de segurança influi diretamente na redução dos fatores de ocorrência. A dimensão ativa da gestão, junto com os funcionários da empresa e os profissionais de segurança, contribui com o encorajamento ao mostrar a atenção com os colaboradores e o patrimônio da organização. A participação direta dos profissionais está relacionada a números de sinistros mais baixos. Esse tipo de conduta se materializa através de troca de conhecimentos e da hábil comunicação com os funcionários em temas como a segurança. Prestando atenção na performance dos profissionais e oferecendo feedback com informações positivas, além de proporcionar e dar autonomia para que os funcionários participem na prevenção de algum tipo de evento. Sendo assim, entende-se que o líder ativo participa das ações de segurança. É um fator que promove a eficiência e a qualidade da segurança privada e de todos os que integram a organização. Com essa disposição, os demais colaboradores se sentem incluídos no processo de segurança e começam a tomar frente, difundindo a cultura da segurança no seu ambiente de trabalho. Estabelecendo a cultura da segurança, se torna possível contar com a dedicação dos colaborados que não fazem parte da equipe de segurança em si. Isso ainda faz com que problemas pequenos, os quais normalmente não precisam de atenção especial, possam ser solucionados sem a mobilização dos agentes de segurança. As vantagens trazidas ao usar uma cultura de segurança e ter a equipe próxima possibilita que a segurança seja feita de forma simples. Isso não significa que os procedimentos não devem ser seguidos, pois, com a implementação correta, todos os funcionários estarão conscientes das medidas necessárias para manter e colaborar com o bem-estar em todos os aspectos. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 74 Unidade II Muitas vezes, no horário de maior intensidade de pessoas na empresa, os vigilantes necessitam fazer ronda entre os setores, o que leva um determinado tempo, sendo possível ocorrerem problemas que não possam ser identificados de imediato. A implementação da política de segurança só traz benefícios para a organização, podendo ser feita por meio de treinamentos que ajudem a esclarecer os colaboradores da importância das normas, assim como a forma que elas podem beneficiar a todos os envolvidos no meio segurado. Do mesmo modo, através dela, são vislumbrados os riscos da falta de adesão dos colaboradores. Assim, para que a conscientização dê certo, é preciso que os gestores e colaboradores conheçam o ambiente da empresa a fim de saber quais são os problemas que eles sofrem no dia a dia. Esse comportamento consciente ajuda a propagar o pensamento em segurança, fazendo com que as pessoas contribuam para tornar o local de trabalho mais seguro. Conforme a apostila da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) (2013), Gestão de pessoas, há alguns resultados que podem ser conseguidos com a participação dos gestores e a cooperação de todos os colaboradores: • O líder deve se sentir responsável pela integridade de sua equipe. • A valorização e o reconhecimento dos profissionais de segurança são públicos, e não privados. • Os objetivos dos líderes tornam-se regulados por um programa de melhoria no desempenho de seus comandados. • Os gerentes fornecem respostas, ainda que breves, aos colaboradores sobre as atividades realizadas. • Os líderes passam a ter visão dos perigos e apresentar exemplos que beneficiem o ambiente e o trabalhador. • A conversa sobre segurança entre gerentes e colaboradores se torna metódica. • As opiniões e sugestões dos trabalhadores tornam-se mais relevantes. • As análises da gestão identificam trabalhadores com resistência aos processos, os treinam e os conscientizam de modo correto. • A avaliação das condições físicas e psicológicas dos colaboradores passa a ser feita antes da realização de serviços relativos à segurança. • O assunto segurança torna-se comum entre as pessoas envolvidas na empresa, os comportamentos que colaboram com ela se tornam hábitos. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 75 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA As empresas devem identificar os segmentos de clientes e mercadonos quais desejam competir, a segmentação de mercado é muito utilizada pelo departamento de marketing das empresas para elaborar estratégias mais eficientes. Tal sistemática nada mais é do que a divisão do mercado em grupos, reunindo-os de acordo com interesses parecidos. A segmentação considera algumas particularidades básicas para classificar seu público, já que cada indivíduo tem um interesse predominante, é essencial reuni-las a fim de que compartilhem esses mesmos interesses, o que significa observar detalhadamente cada grupo de pessoas. Para fazer uma segmentação de marketing, é necessário usar referências como base. Elas envolvem desde características físicas até emocionais do público-alvo em potencial, é possível conseguir esses dados através da pesquisa de segmentação que proporciona tal divisão dos consumidores, possibilitando investigar como o consumidor pesquisa e compra esse tipo de serviço. Alguns exemplos, como idade, já que o serviço de segurança é contratado variando com a idade; renda, que remete ao poder de compra do público; gênero, considerando que necessidades e desejos de homens e mulheres diferem em vários níveis; cidade, que afeta a decisão de compra, pois dependendo da sua localização, certos produtos podem ser mais úteis e necessários; estilo de vida; profissão, recordando que muitos serviços de segurança atendem a um público envolvido em uma ocupação específica; e a escolaridade, já que dependendo dela, haverá necessidades específicas. Como tipos de segmentação temos: • Segmentação geográfica: tipo de segmentação do mercado em áreas geográficas agrupando as pessoas de acordo com a sua localização – região do país em que vivem, cidade natal e até mesmo o bairro, por exemplo. Essa divisão é importante para entender as necessidades do público e como um produto/serviço pode atendê-lo. Dependendo da sua localização, o cliente poderá estar mais favorável à aquisição de um serviço de segurança, enquanto em outros locais, ninguém estará interessado. • Segmentação demográfica: tipo de segmentação de mercado mais comum, pois separa um grupo de pessoas seguindo quesitos demográficos, o que inclui analisar estado civil, renda, idade, número de indivíduos na família, religião, profissão, nacionalidade etc. • Segmentação comportamental: comportamento de uma pessoa em relação ao consumo de bens ou serviços, considera gostos pessoais, escolhas anteriores de soluções similares, preferências etc. Se os clientes conhecem um produto ou serviço, isso influencia sua decisão de compra. • Segmentação psicográfica: tipo de segmentação de mercado que analisa a atitude, o estilo de vida e a personalidade das pessoas envolvidas. São particularidades subjetivas, mas possíveis de serem identificadas. Muitas pessoas compartilham hábitos, atitudes e temperamentos em comum que são o seu estilo de vida. Indivíduos de grupos diferentes fazem uso de produtos de forma distinta, podendo utilizá-los com maior ou menor frequência. Até mesmo a posse de animais de estimação é considerada na segmentação psicográfica. As vantagens proporcionadas pela segmentação de mercado são: • fazer as empresas irem ao encontro das necessidades de seus clientes de forma direta; • aumentar a expectativa de que promoções obtenham respostas positivas; Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 76 Unidade II • ajudar empresas a penetrar no mercado de maneira direcionada, ajustando a oferta de seus produtos da melhor forma possível; • ajustar o serviço em função do segmento nos quais estarão focados; • conhecer melhor as necessidades dos consumidores a fim de concentrar esforços para cada segmento entendido pela empresa como favorável para ser explorado comercialmente; • construir um público que consome seus serviços de maneira fiel e consistente. Observação Os principais tipos de segmentação são geográfica, demográfica, comportamental e, por fim, a psicográfica. Salientamos que ao identificar um segmento de atuação, a empresa maximiza os recursos aplicados com maiores retornos, é necessário muita pesquisa, estudos e dados que devem ser criados e analisados, principalmente, na identificação do seu público-alvo e no mercado que atua. É relevante manter a fidelização desse público, assegurando a melhor experiência possível e otimizando o serviço de segurança sempre que necessário. As empresas de segurança não podem acreditar que conhecem quais são as expectativas de seus clientes, porque o que sabem é apenas aparente, ou seja, o cliente quer ter segurança, sentir segurança, ver seu patrimônio em segurança, estar em segurança, mas ele pode querer algo mais que não seja possível saber sem perguntar aos clientes em potencial, e não basta atender bem, é preciso proporcionar ao cliente um serviço de valor. Conforme Berry (1996, p. 57), “Contudo, os atributos de serviço não são uniformemente importantes para os clientes e, por isso, é útil se avaliar especificamente a importância relativa de cada um”. Figura 24 – O líder é responsável pela integridade de sua equipe Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 77 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Analisando como evitar falhas de segurança, é possível realizar, de forma eficaz, a diminuição de custo com segurança, mesmo tratando-se de um processo trabalhoso. Todavia, quando confrontado com a importância da segurança, se torna substancial a análise desses problemas para implementar uma gestão de segurança com bons resultados. A empresa deve levar em consideração, ainda, a cadeia formal de relações de causa e efeito conforme representado no quadro a seguir: Quadro 1 – A perspectiva do cliente – medidas essenciais Participação de mercado Reflete a proporção de negócios num determinado mercado, em termos de clientes, valores gastos ou volume unitário vendido Captação de clientes Mede, em termos absolutos ou relativos, a intensidade com que uma unidade de negócios atrai ou conquista novos clientes ou negócios Retenção de clientes Controla, em termos absolutos ou relativos, a intensidade com que uma unidade de negócios retém ou mantém relacionamentos contínuos com seus clientes Satisfação dos clientes Mede o nível de satisfação dos clientes de acordo com critérios específicos de desempenho dentro da proposta de valor Lucratividade dos clientes Mede o lucro líquido de cliente ou segmentos, depois de deduzidas as despesas específicas necessárias para sustentar esses clientes Fonte: Kaplan; Norton (1997, p. 72). 4 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS A avaliação de risco é usada na segurança para identificar, documentar, eliminar ou reduzir os riscos de uma determinada pessoa ou processo, consistindo na avaliação da probabilidade de um perigo ocorrer e no cálculo de seu possível impacto ou prejuízo para a corporação ou pessoa. Podemos assim definir risco como a possibilidade de ocorrência de um evento que pode causar danos a uma empresa ou pessoa e que ameaçam a sua integridade física. Esses danos podem ser com pessoas, como acidentes, danos patrimoniais, financeiros, de imagem, entre outros. 4.1 Fatores críticos: rotina, trabalho, residência, família, fins de semana e lazer A violência cresce a cada dia, mas sabemos que devemos fazer nossa parte, agindo de forma preventiva e proativa. Os especialistas na área de segurança privada afirmam que não é tão simples como parece. Essa é uma atividade complexa, que exige técnicas em planejamento estratégico para possibilitar as soluções certas para cada tipo de risco específico. Nos últimos anos, as câmeras de vigilância têm passado por inovações tecnológicas significativas. A câmera de vídeo IP é uma câmera que pode ser acessada e controlada via rede IP, como uma LAN (que significa em inglês local areanetwork, ou em português rede de área local) pela internet ou intranet e tem sido muito utilizada em projetos de segurança. As câmeras IP não necessitam de softwares ou placas adicionais, tornando muito fácil sua instalação dentro de uma rede, pois elas possuem seu próprio endereço de IP. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 78 Unidade II Observação Criar um sistema de monitoramento de rede de vídeo é viável com as câmeras de rede para aplicações de segurança e vigilância, possibilitando monitorar e proteger escritórios, fábricas e espaços públicos. No entanto, a câmera em si não reduz a possibilidade de sequestro de uma pessoa da família ou roubo à sua residência. Ela pode ser usada em conjunto com um sistema de alarme, fazendo com que ela grave apenas quando um sensor ou o sistema de alarme soar ou enviar um e-mail de alerta ao sinal de uma invasão do local ou de uma atividade no campo de visão da câmera. Assim, cabe ao segurança se inteirar da rotina de trabalho de seu cliente, determinando variações de caminhos a seguir entre sua residência e o local de trabalho e vice-versa, buscando evitar locais inseguros, mal iluminados, ou de difícil acesso ao socorro em caso de necessidade. No local de trabalho de seu cliente, deverá permanecer próximo dele, sem no entanto constrangê-lo com sua presença. O segurança deve aperfeiçoar seus sentidos, ao mesmo tempo em que deve ter um olhar amplo de todo o cenário, procurando não ser pego de surpresa, ele precisa procurar por uma ameaça, avaliando as opções e tomando as medidas necessárias. É preciso um trabalho em conjunto em que não apenas deve-se detectar a ameaça, mas informá-la aos outros elementos da equipe de segurança. Figura 25 – Câmeras de segurança A criminalidade causa pânico e a falta de segurança, somada aos crescentes níveis de criminalidade, amedronta cada vez mais a todos. Mas é evidente que equipamentos de segurança não impedem os sequestros e assaltos, mas conseguem inibir a ação dos bandidos quando percebem os equipamentos instalados, pois podem ser identificados posteriormente, ou mesmo, em caso da instalação de um sistema de monitoramento, serem presos em flagrante. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 79 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA No caso da segurança da família, temos que nos lembrar que, enquanto os jovens querem o sentimento de independência, os pais prezam pela seu bem-estar. Familiares e principalmente filhos menores podem ser alvos de ações criminosas, as quais atingem diretamente o chefe da família. Estas são algumas recomendações para a segurança da família, feitas por Vladmir Corrêa em Cartilha de segurança da família (2016): • Dificultar o acesso a seus dados pessoais e aos de sua família. • Evitar comentar seus hábitos – horários, trabalho, itinerários, posses, viagens etc. • Suspeitar sempre de telefonemas anunciando prêmios, solicitando informações – como nome de moradores, hábitos da casa ou notícia sobre viagens. • Evitar informar telefones residenciais em lojas. Caso não haja uma alternativa, verificar a presença de curiosos. • Destruir contas e extratos bancários antes de jogar no lixo. • Cortar cartões de banco e de crédito ao descartar, sendo jogados os pedaços em lixeiras diferentes. • Evitar afixar qualquer sinal de identificação no vidro do carro, como adesivos ou plásticos, principalmente do seu local de residência. Caso necessário, guardar no porta-luvas e somente expor quando houver uma real necessidade de identificação do veículo. • Não fornecer informação da vida pessoal a conhecidos recentes. • Não responder e-mails solicitando dados pessoais, principalmente informações bancárias. • Fazer apenas o preenchimento de cadastros na internet em site confiável e observar se a página tem cadeado de segurança e endereço compatível. • Buscar referências e antecedentes quando contratar empregado. • Tomar cuidado com as chaves. Caso tenha de deixar por algum motivo a chave com um empregado, coloque uma segunda fechadura de segurança, a qual somente o dono da residência tenha a chave, para trancar em dias que o empregado não precisar ter acesso. • Não esconder as chaves ou deixar anotações e recados do lado de fora da casa. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 80 Unidade II Saiba mais O site G1 da Globo.com monitora todos os dados de homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Para saber mais, acesse: G1. As mortes violentas mês a mês no país: dados de 2019. 24 maio 2020. Disponível em: https://especiais.g1.globo.com/ monitor-da-violencia/2018/mortes-violentas-no-bras i l /?_ ga=2.231874975.1441092152.1590679158-1385168303.159067 9153#/dados-mensais-2019. Acesso em: 2 jun. 2020. Em uma casa, a área mais vulnerável é a dos fundos. Por isso as portas e janelas devem ser reforçadas com trincos e barras de ferro mais resistentes. Se possível, tenha um cão de guarda adestrado e cercas elétricas. E lembre-se de que antes de contratar pessoas para realizar serviços na residência, deve-se obter referências que possam ser comprovadas. Se for preciso, ligue para quem indicou o serviço para ter mais informações. Tudo isso não garante que não invadam a determinada residência, mas pelo menos torna o trabalho dos bandidos mais difícil. Em viagens com a família para um fim de semana de lazer, deve-se tomar todos os cuidados necessários, não apenas com relação à residência, mas também ao trajeto, local de hospedagem, veículo; suspender a assinatura de revistas e jornais no período em que estiver viajando e pedir para um vizinho apanhar a correspondência. Muitas pessoas gostam de publicar fotos e informações em redes sociais como Facebook e Instagram, mas é preciso bom senso. Evite postar fotos e textos avisando quando e para onde vai viajar, pois algumas pessoas podem aproveitar essa oportunidade para invadir sua casa. Para aumentar a segurança do protegido, todas as ações deste devem ser acompanhadas por um outro carro, equipado por câmeras, no qual os agentes de segurança ficam responsáveis por documentar e gravar qualquer acontecimento para poder ser observado mais tarde, caso algum incidente aconteça. 4.2 Planejamento típico empregado por sequestradores: escolha e identificação do alvo Conforme o livro Silhuetas para o alvo de Leonardo Manuel França (2008), o crime de sequestro se vulgariza, sabe-se que a escolha e identificação dos alvos não são determinados pelos sequestradores, mas pela oportunidade. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 81 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Podem ser microempresários, pequenos comerciantes, pessoas sem qualquer ostentação de riqueza, que acabam entrando na lista de sequestrados. O sequestro não se configura como um crime simples, requer um mínimo de planejamento, pois envolve mais de um criminoso, até mesmo para a segurança do local onde “guardam” a vítima, o planejamento do rapto da vítima, o armamento necessário e suas implicações, a oportunidade, o local, o horário, o sistema de transporte e fuga, um local para “guardar” a vítima, planejar o pedido de resgate e como receber o dinheiro, este último é o pesadelo do sequestrador, pois, embora não saiba, a polícia pode estar envolvida. 4.2.1 Pesquisa das vulnerabilidadesApesar de ser considerado como um artigo de luxo, algumas pessoas precisam de um serviço de segurança pessoal para poderem realizar suas atividades do dia a dia de forma mais segura. Aqueles com um alto padrão de vida e autoridades são exemplos de quem precisa desse serviço. A função primordial da segurança privada é resguardar o cotidiano desses indivíduos ao prevenir assaltos, sequestros etc. Observação A vulnerabilidade depende do grau que os indivíduos dispõem sobre o problema, da sua capacidade de elaborar essas informações e incorporá-las ao seu repertório cotidiano e, no plano institucional, a vulnerabilidade está associada à existência de políticas e ações organizadas para enfrentar o problema da violência. Vulnerabilidade é definida como situações que podem ser exploradas por pessoas de má intenção. Também pode ser chamada de falha, fraqueza, ou insegurança, como, por exemplo, uma parede rachada, implementação de segurança mal executada, ou até controles internos de um sistema mal realizado, levando a abrir pequenas falhas na segurança. É importante ressaltar que ameaças e riscos são diferentes, normalmente, existe um plano e ação especial para cada uma delas. A ameaça é a possibilidade de um agente, interno ou externo, explorar acidental ou propositalmente uma vulnerabilidade específica; enquanto o risco é a fonte de ameaça que explora uma vulnerabilidade, levando um impacto para o funcionamento de uma organização, como mal funcionamento, roubo de informações, entre outros. É essencial fazer o estudo da vulnerabilidade para identificar possíveis pontos que se não tiverem atenção podem gerar algum tipo de ocorrência. Assim, pode-se revisar o plano de segurança para evitar qualquer tipo de vulnerabilidade que no futuro possa virar um problema na proteção de alguém, família, residência, ou empresa. Reavaliar as medidas atuais e ver quais podem ser melhoradas e se existe alguma que não deve ser mais utilizada. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 82 Unidade II É com base nas vulnerabilidades que o gestor de segurança consegue atacar os pontos fracos, sempre no sentido de fechar possíveis brechas por onde incidentes podem acontecer, comprometendo a segurança, além de expor sua marca, produtos, serviços e/ou pessoas. Com relação à vulnerabilidade das pessoas, elas podem ocorrer nas instalações (residência, trabalho, ou a lazer) ou nos deslocamentos (itinerários). Os recursos humanos e materiais a serem empregados na missão dependem do tipo de autoridade ou do dignitário a ser protegido. É preciso levar em consideração o grau de risco a que está exposta a autoridade/dignitário em razão de sua importância no cenário internacional, nacional ou local, em determinado momento. Nesse caso, a melhor forma de prevenção é primeiro com os itinerários, os chamados rotineiros diários, de casa para o trabalho e vice-versa, devendo trabalhar a escolha dos itinerários, os tipos de deslocamentos e o reconhecimento da área de deslocamento, buscando os caminhos mais seguros. Depois os chamados especiais, solenidades, que são aqueles realizados para atender a demandas oficiais e as de cunho social (programados), e por fim os inopinados, também denominados de não programados. 4.2.2 Previsão de pessoal, local, horário, logística, alternativas Para prestar serviços com qualidade, é necessário ter o foco no cliente, e a responsabilidade das empresas prestadoras de serviços de segurança é imensamente maior que de quaisquer outras, pois a falha pode acarretar perdas de bens materiais e até mesmo de vidas, sendo fundamentais rígidos critérios na seleção, contratação e treinamento de funcionários. Hoje o mercado começou a lançar grande variedade em tecnologias, e as empresas que oferecem serviços de segurança se utilizam delas para melhor atender seus clientes, como, por exemplo, com monitoramento de alarmes, monitoramento e gerenciamento de fluxo de pessoas e veículos, proteção interna e perimetral de grandes ambientes, segurança de informação, rastreamento de veículos de carga etc. Assim, a previsão de pessoal é planejar os recursos humanos, antecipar sobre o tipo de força de trabalho e os talentos para atingir os objetivos da empresa em um determinado tempo ou período. Conforme o RH Portal, para um bom planejamento de recursos humanos, é necessário: • Ter um conhecimento preciso da natureza dos objetivos da organização. • Ter conhecimento da matéria-prima e das disponibilidades internas da organização. • Ter conhecimento do mercado de trabalho e das disponibilidades internas da organização. • Domínio de técnicas de planejamento. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 83 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA O planejamento de mão de obra implica várias atividades das quais destacamos: • Consideração das mudanças na utilização de mão de obra e efeitos na procurada mão de obra; • Análise da mão de obra existente; • Previsão da oferta interna de mão de obra; • Previsão da oferta externa; • Ajustamento das previsões e feedback. Assim, é preciso elaborar o diagnóstico e a avaliação de cada ameaça em relação à possibilidade de ocorrência e à vulnerabilidade da pessoa protegida. O planejamento de pessoal para execução de segurança de uma autoridade/dignitário deve considerar as ações com o objetivo de proteger os indivíduos, prevenindo, coibindo ou neutralizando ações de agentes agressores. Lembre-se, ainda, das escalas de trabalho, que podem ser determinadas como escala 12x36, ou seja, 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso. Isso é importante para evitar o desgaste do segurança. Quanto ao local, é bom saber como é o layout do lugar para informar quantos seguranças serão necessários e onde eles ficarão posicionados, pois a análise de fatores de risco do cliente serve para adequar os serviços prestados para a atual situação do cliente, respondendo às agressões, que é o ato de impedir que o sinistro venha a ocorrer, sendo desejável que o risco seja detectado antes que ele ocorra. Com respeito ao horário, deve ser profundamente planejado, prevendo congestionamentos em horário de pico, locais de passagem, hospitais e delegacias próximas, condições climáticas e fenômenos da natureza como terremotos, furacões, tempestades ou acidentes, sempre prevendo as alternativas de trânsito. 4.2.3 Treinamento Seja qual for a especialidade, segurança pessoal, transporte de valores, escolta armada ou segurança patrimonial, não importa, pois o que realmente temos de entender é que não se pode acreditar que em uma atividade que lide com o risco e que se proponha a proteger, sejam vidas ou patrimônio, esse profissional conte somente com a formação básica e um intervalo para reciclagem a cada 24 meses. Tudo tem de ser treinado, desde o procedimento básico de um simples controle de acesso até os mais importantes, como técnicas de tiro, identificação de suspeitos, entre outros. O programa de treinamento sempre deve ser voltado ao perfil de atuação de cada segmento da profissionais, exemplo é o caso de segurança pessoal, em que deve constar avaliação das habilidades dos seguranças, isso é fundamental, não só na sua contratação, mas periodicamente, e a forma de fazê-lo é com base nos índices resultantes do treinamento. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 84 Unidade II São recomendadas como grade curricular na formação de vigilantes e segurança privada, de acordo com a Portaria DPF n. 3.258, de 2 de janeiro de 2013, da Polícia Federal: Quadro 2 Disciplina Objetivos Carga horária Noções de segurança privada Desenvolver conhecimentos sobreconceitos, legislação de segurança privada, papel das empresas dos representantes de classe, direitos, deveres e atribuições do vigilante. Identificar direitos e deveres trabalhistas do vigilante. 8 h/a Legislação aplicada e direitos humanos Dotar o aluno de conhecimentos básicos de direito, direito constitucional e direito penal, enfocando os principais crimes que o vigilante deve prevenir e aqueles nos quais pode incorrer. Desenvolver conhecimentos sobre conceitos, legislação e técnicas de proteção ambiental na área de vigilância. Ampliar conhecimentos para respeitar a visão política prática da afirmação dos direitos humanos, observando a complexidade e a diversidade dos seres humanos e de seus direitos, compreendidos também a perspectiva de respeito à diversidade de orientação sexual, os direitos das mulheres (combate à violência de gênero), das crianças, adolescentes e idosos, dos portadores de necessidades especiais, combatendo, por fim, a utilização de práticas discriminatórias no exercício da profissão. 20 h/a Relações humanas no trabalho Conscientizar e instrumentalizar o aluno para o desenvolvimento intra e interpessoal. Desenvolver atitudes para o atendimento adequado e prioritário às pessoas com deficiência. Dotar o aluno de conhecimentos que o capacitem a desenvolver hábitos de sociabilidade que permitam o seu bom relacionamento no trabalho e em outras esferas do convívio social. 10 h/a Sistema de segurança pública e crime organizado Desenvolver conhecimentos sobre o sistema nacional de segurança pública, atribuições constitucionais de cada corporação policial e das forças armadas e atribuições da guarda municipal. Dotar o aluno de conhecimentos e dados sobre a atuação e acionamento da polícia militar em caso de ocorrência policial gerada na área de vigilância. Ampliar conhecimentos para identificar grupos criminosos e seu modus operandi, com o fim de evitar cooptação do vigilante. 10 h/a Prevenção e combate a incêndio Dotar o aluno de noções e técnicas básicas de prevenção e combate a incêndios, bem como capacitá-lo a adotar providências adequadas em caso de sinistros, principalmente na evacuação de prédios. 6 h/a Primeiros socorros Capacitar o aluno a prestar assistência inicial em caso de emergência através de assimilação de conhecimento de primeiros socorros. 6 h/a Educação física Aprimorar o condicionamento físico, visando capacitar o aluno a desenvolver um programa básico permanente de preparação física pessoal. 12 h/a Defesa pessoal Desenvolver habilidades, fundamentos e técnicas de defesa pessoal e de terceiros. 20 h/a Armamento e tiro Habilitar o aluno a manejar e usar com eficiência armamento empregado na atividade de vigilância, como último recurso de defesa pessoal ou de terceiros. 24 h/a Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 85 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Disciplina Objetivos Carga horária Vigilância Desenvolver conhecimentos sobre vigilância geral em relação às áreas de vigilância especializadas, como vigilância em banco, shopping, hospital, escola, indústria, com o fim de manter a integridade do patrimônio que guarda, executar os serviços que lhe competem e realizar uma vigilância dinâmica, alerta, integrada e interativa. Capacitar o aluno a identificar as técnicas de vigilância em geral e compreender as funções do vigilante, bem como avaliar sua importância em um esquema de segurança. Desenvolver conhecimentos sobre o plano de segurança das empresas. Dotar o aluno de conhecimentos específicos que o capacitem ao desempenho das atribuições de promover a segurança física de instalações, em sua área de atuação, adotando medidas de prevenção e repressão de ocorrências delituosas. Identificar emergência, evento crítico e crise. Desenvolver conhecimentos sobre táticas e técnicas iniciais na tomada das primeiras providências frente a um evento crítico ou uma crise. 14 h/a Radiocomunicações Desenvolver conhecimentos teóricos e práticos sobre o sistema de telecomunicações utilizado pelas empresas de segurança. Capacitar o aluno a usar de maneira correta e eficaz os equipamentos de comunicação. 10 h/a Noções de segurança eletrônica Desenvolver conhecimentos sobre os sistemas computadorizados e de controle eletrônico, não restritos, geridos por empresas e disponíveis a seus vigilantes. Desenvolver conhecimentos sobre os sistemas de alarmes e outros meios de alerta, não restritos, geridos por empresas e disponíveis a seus vigilantes. Capacitar o aluno a usar de maneira correta e eficaz os equipamentos eletrônicos. 10 h/a Noções de criminalística e técnicas de entrevista prévia Dotar o aluno de noções sobre criminalística (evidências, vestígios e local de crime). Instrumentalizar o aluno de técnicas de isolamento do local do crime, preservação de vestígios até a chegada da polícia; observar e descrever pessoas, coisas, áreas e locais, de forma diligente; demais iniciativas que lhe competem na prevenção e repressão de ocorrências delituosas. Desenvolver conhecimentos que identifiquem as drogas mais usadas, legislação específica, tráfico ilícito, uso indevido e dependência, bem como as atividades policiais preventiva e repressiva. Desenvolver conhecimentos sobre técnicas de entrevista prévia, visando colher dados necessários ou relevantes às investigações policiais. 8 h/a Uso progressivo da força Desenvolver conhecimentos gerais sobre conceitos e legislação relativos ao emprego e uso da força de maneira escalonada, com o auxílio de armas menos que letais. Desenvolver habilidades de utilização do uso progressivo da força. Fortalecer atitudes para aplicar os conhecimentos adquiridos no desempenho das atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal. 8 h/a Gerenciamento de crises Dotar o aluno de conhecimentos para desempenhar de forma eficaz suas atividades, especialmente no momento de uma ocorrência fática de crise ou conflito. Desenvolver conhecimentos sobre as diferenças de crise e conflito, apresentando ao aluno diversos exemplos reais e simulados de gerenciamento de crises. 8 h/a Fonte: Brasil (2013b). 4.2.4 Comunicações com instalações A comunicação por rádio com locais ou pontos de chegada deve ser estabelecida sempre que possível. Quando um comboio para no ponto de chegada ou está na abordagem final, sua vulnerabilidade aumenta bastante. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 86 Unidade II Informações em tempo real ou relatórios de situação do local ao comboio permitirão à escolta gerenciar a chegada de maneira eficiente e segura e impedir ou interromper a abordagem por pessoas estranhas, se as circunstâncias exigirem o redirecionamento para um ponto de chegada alternativo. 4.2.5 Comunicações com outras áreas Nos casos em que ocorre movimento entre fronteiras de países, os links devem ser mantidos com o centro de comunicações original até que estejam firmemente estabelecidos com a nova área. Isso pode exigir que a estação de monitoramento comunique o recebimento das comunicações do comboio de volta à estação de monitoramento original após períodos potenciais de “pontos mortos” de rádio. Figura 26 – Radiocomunicador 4.2.6 Indicativos de radiochamada Não obstante, os protocolos globais de radiocomunicação da ONU são boas práticas para que os sinais de chamada de rádio sejam alterados regularmente, especialmente para acompanhantes em andamento ou repetidas operações. O uso repetido dos mesmos sinais de chamada acaba por introduzir uma vulnerabilidade operacional, e isso pode ser evitável com a troca de sinais. Conforme o site das Nações Unidas Brasil (2016), redes móveis e emissoras, satélites, rádios retransmissoras,radares, drones, dispositivos de curto alcance, como aparelhos com wi-fi e bluetooth, nos fornecem constantemente uma riqueza de informações, assim como aplicativos, que nós usamos com naturalidade, sem perceber que tudo isso depende um único e intangível recurso: o espectro eletromagnético por onde circulam as ondas de rádio, que é um recurso natural escasso e não faz distinção entre as fronteiras. 4.2.7 Alfabeto da ONU Para comunicações por rádio, utiliza-se o alfabeto da ONU, válido em todo o planeta, para transmissões em que seja necessário soletrar palavras, repeti-las pausadamente e informar prefixos. A seguir, o quadro contendo a letra em questão e o modo pelo qual ela deverá ser pronunciada: Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 87 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Quadro 3 – Alfabeto fonético Alfabeto fonético Pronúncias A ALFA AL - FA B BRAVO BRA - VO C CHARLIE CHAR - LIE D DELTA DEL - TA E ECO E - CHO F FOX FOX - TROT G GOLF GOL - FE H HOTEL HO - TEL I INDIA IN - DI - AN J JULIETT JU - LI - ETE K KILO KI -BLO L LIMA LI - MA M MIKE MAI - QUE N NOVEMBER NO - VEM - BER O OSCAR OS - CAR P PAPA PA - PA Q QUEBEC QUE - BE - QUE R ROMEO RO - MEU S SIERRA SI - E - RRA T TANGO TAN - GO U UNIFORM U - NI - FOR - ME V VICTOR VIC - TOR X X-RAY EX - REY Y YANKEE IAN - QUI W WHISKY WHIS - KEY Z ZULU ZU - LU Adaptado de: Duarte (2020). Quadro 4 – Código Q Código Tradução QAP Escuta, escutar, à disposição QAR Autorização para abandonar a escuta QRA Prefixo da estação ou do operador QRI Tonalidade dos sinais QRK Legibilidade dos sinais QSA Intensidade dos sinais: 1=péssima;2= má;3=regular;4= boa;5= ótima 88 Unidade II Código Tradução QRM Interferência de outra estação QRN Interferência estática QRQ Transmitir mais depressa QRS Transmitir mais devagar QRT Parar transmissão QRV Pronto para receber QRX Espere, aguarde QRZ Quem está chamando? QSB Seus sinais estão sumindo QSD Manipulação defeituosa QSJ Dinheiro, pagamento, valor QSL Confirmado, compreendido, afirmativo QSO Contato entre duas estações ou pessoas QSP Retransmissão gratuita QSY Mudar para outra frequência QTA Cancelar mensagem. Última forma QTC Telegrama. Mensagem. Comunicado QTH Endereço. Localização QTI Rumo verdadeiro. Destino QTJ Velocidade do veículo QTR Hora certa/exata QTU Horário de funcionamento QUA Notícia. Informação QUB Informe sua visibilidade QRU Ocorrência. Evento QTO Banheiro QRL Não interfira, por favor QRZ Quem está a caminho? QSM Repetir o último câmbio QSN Você me escutou? QUF Informação sobre perigo QTZ Manter estação aberta TKS Grato. Obrigado. Agradeço NIL Nada. Nenhuma. Sem alteração Adaptado de: Instituto Defesa (2014). 89 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Quadro 5 – Algarismos (em inglês) Número Código Pronúncia fonética conforme gramática portuguesa 0 zero zi rou 1 one uan 2 two tchu 3 three trí 4 four fór 5 five faiv 6 six sics 7 seven sé ven 8 eight eit 9 nine náin Fonte: O Arquivo (s.d.). Observação A palavra segurança deve ser soletrada desta forma: Sierra-Eco-Golfe- Uniform-Romeu-Alfa-November-Charlie-Alfa. 4.2.8 Obtendo informações A base de qualquer processo de gerenciamento de riscos é a disponibilidade de informações. Elas são disponibilizadas para as equipes de segurança por diversos meios. É essencial que os profissionais de segurança tenham um entendimento completo da necessidade de coletar informações, o reconhecimento de que nem todas têm valor e que a sua coleta no contexto é estritamente para a segurança e proteção do pessoal. A coleta de informações é o pré-requisito essencial para o processo de gerenciamento de riscos, para o planejamento operacional eficaz e para as decisões sobre a estrutura de comando e os recursos. É improvável que a primeira sugestão de um evento forneça informações suficientes para fazer qualquer coisa, exceto ativar o escopo inicial do acontecimento social e indicar o tipo de informação que provavelmente será necessário. A coleta eficaz de informações dependerá principalmente de duas atividades principais: ligação e reconhecimento Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 90 Unidade II 4.2.8.1 Ligação A importância do papel da ligação no planejamento de operações de proteção estática não pode ser exagerada. Praticamente todas as operações de proteção são realizadas em parceria com outras organizações e grupos cuja cooperação ativa é vital, no entanto, nem sempre é iminente. O leque de questões é potencialmente vasto, mas deve incluir qualquer coisa que forneça e troque conhecimentos essenciais, estabeleça cooperação, promova clareza de objetivos e expectativas mútuas, como: • Identificação de todas as partes interessadas, seus papéis e responsabilidades. • Detalhes das estruturas organizacionais e links entre os respectivos níveis funcionais, ou seja, os níveis de política, executivo e de prestação de serviços de uma organização. • Condições que quaisquer partes interessadas possam impor. • As circunstâncias em que um evento será descontinuado e o método e a propriedade de tais decisões, e os meios pelos quais isso será comunicado, • Formas sob as quais um local será evacuado. • Esclarecimento da função, poderes (incluindo resposta armada e uso da força) e capacidade do pessoal de segurança, permanente ou temporariamente contratado para o evento específico. • Cópia de lista de convidados e convidados confirmados, cronologia de eventos, cópias de convites, passes de carro e quaisquer outros materiais relevantes, como planos, mapas e listas de contatos etc. • Cópias de amostra de todos os passes e crachás da equipe etc. A ligação com os organizadores e parceiros deve ser vista como um processo contínuo e não único, um oficial adequado deve ser nomeado para realizar a função. O contato eficaz garante que cada operação seja adaptada de forma flexível às suas necessidades específicas e evite os perigos que podem resultar da aplicação insensível de um pacote padrão inadequado. 4.2.8.2 Reconhecimento O objetivo do reconhecimento é obter uma apreciação tática completa da área de operações, seus pontos fortes e vulnerabilidades inerentes. Mapas e planos, não importa quão detalhados, não revelam até que ponto um local é esquecido pelos prédios vizinhos ou árvores que obstruem a vista de/ou para um local em diferentes estações do ano. Durante os períodos de realização do reconhecimento, como em todas as outras fases operacionais, os seguranças devem executar estratégias hostis de detecção de vigilância, cientes de que o reconhecimento por si só pode comprometer a intenção operacional e as estratégias de planejamento. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 91 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Os planos urbanos das ruas não dão indicação de topografia, linhas de visão ou iluminação do ambiente etc. Fatores ambientais temporários, como a presença de andaimes ou trabalhos na estrada, só podem ser determinados por reconhecimento recente. Onde possível, o reconhecimento deve ser realizado no mesmo dia da semana e hora do dia que o foi proposto para medir o volume do movimento normal de pedestres e veículos e avaliar até que ponto eles provavelmente serão afetados ou interferidos por estáticas medidas de proteção. O uso de uma câmera digital ou de vídeo é recomendado durante o reconhecimento para ajudar no planejamento e no briefing posterior. Estes devem ser complementados por fotografias aéreas tiradas de perspectivas relevantes, particularmente em locais de “alto risco”. Um oficial que conduz o reconhecimento de instalações deve, sempre que possível, ser acompanhado por uma pessoa intimamente familiarizada com ela, seu acessoatravés de rotas, funções normais, ocupantes e contingências, e a extensão dos acordos de segurança existentes. O conhecimento de obras recentemente realizadas em um edifício, ou visitas de empreiteiros externos, deve ser buscado em casos relevantes. As unidades de Inteligência local não podem ser negligenciadas como uma fonte potencialmente valiosa de informações sobre fatores que afetam a segurança de um local. 4.2.9 Mapas e plantas Os mapas e as plantas detalhadas de um local e arredores devem ser de boa qualidade, em uma escala apropriada e o mais atualizados possível. Planos imprecisos ou ilegíveis são de grande irresponsabilidade. Quanto mais detalhes, melhor será o plano de segurança. Mapas e planos especializados de estruturas subterrâneas de esgotos, sistemas de drenagem, conduítes de serviço etc., se disponíveis, devem ser obtidos para que o serviço de varredura do local seja apropriado. 4.2.10 Estratégia de proteção A reunião da estratégia de proteção será normalmente presidida pelos chefes de segurança, juntamente com outros especialistas que possam ser identificados. Se a proteção é o objetivo estratégico principal ou se está incorporada a uma operação maior como um dos vários objetivos, um plano de proteção estática separado deve ser desenvolvido. A reunião da estratégia de proteção ajudará todos os envolvidos a identificar os objetivos da operação e estabelecer as bases para o planejamento e a coordenação operacional. Embora desenvolvido separadamente, o plano de proteção deve integrar-se (ou pelo menos levar em conta) quaisquer outras intenções estratégicas para evitar um conflito de objetivos. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 92 Unidade II O planejamento da proteção deve fazer pleno uso do processo de gerenciamento de riscos, que se concentra claramente em questões relevantes. 4.2.11 Reunião de planejamento e tarefas O chefe de segurança sênior normalmente presidirá a reunião de planejamento e tarefa de proteção. Quando um coordenador de proteção é nomeado, normalmente, caberá a esse segurança desenvolver o plano de proteção e encarregar as unidades de cumprir os planos táticos e objetivos estratégicos. O coordenador de proteção tem de ser amplamente informado sobre os protegidos envolvidos e participar de operações complexas ou que envolvam a coordenação das equipes de proteção de vários VIPs. 4.2.12 Composição A composição do grupo de planejamento de proteção deve refletir a gama de unidades especializadas de proteção e suporte envolvidas. Representantes de outros objetivos estratégicos também precisam comparecer para garantir que o planejamento da proteção não se desenvolva isoladamente. 4.2.13 Planejamento de desenvolvimento Os coordenadores de proteção normalmente atuam como elos entre as unidades de proteção participantes ou contribuintes, desenvolvem o plano de proteção em consulta com eles e o submetem à aprovação. Tais profissionais geralmente permanecem responsáveis pela revisão contínua do plano para garantir sua relevância constante para as novas circunstâncias. Conforme o CGCFN-16: manual de segurança de autoridades do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (2008, p. 3-1): Devido à sua contínua presença nos diversos segmentos do amplo espectro da atividade de segurança, alguns preceitos constituem-se em princípios que norteiam as tarefas de proteção e segurança. São eles: a) Não existe meia segurança. A atividade deve ser realizada com todo o tipo de precaução possível, proporcional ao risco que corre a autoridade. É importante uma boa coleta de informações a respeito da autoridade, locais a serem visitados e itinerários, para um melhor planejamento. b) Uma situação de perigo não deve ser enfrentada, caso exista a possibilidade de evitá-la, pois mesmo com superioridade a situação poderá evoluir para o descontrole. c) Nos casos extremos de risco, as medidas de segurança devem prevalecer sobre a vontade pessoal da autoridade, quando houver elevada possibilidade de comprometimento do dispositivo de segurança e de sua integridade física. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 93 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA d) Caberá ao elemento de segurança, e somente a ele, a decisão sobre “o que fazer”, “como fazer” e “quando fazer”. e) Em segurança e proteção, age-se primeiro, explica-se depois. f) Não se deve desprezar nenhuma possibilidade de ação das forças adversas. g) Não existem “planos padrão” eficazes. Todos os planejamentos devem ser particularizados. h) “Onde quer que você tenha de atuar, que sua mente já tenha estado lá antes.” i) Não se pode confundir a boa sorte com boas táticas. j) A verdadeira segurança não se improvisa! Prevenção é a palavra-chave. 4.2.14 Reuniões do site Além de quaisquer reuniões formais de planejamento e tarefas, é uma boa prática realizar uma reunião no local com organizadores e representantes de eventos em que o protegido irá participar. Cada um terá perspectivas, necessidades e interesses importantes de sua própria especialização, que precisam ser racionalizadas e coordenadas em direção ao objetivo estratégico comum. 4.2.15 Planejamento avançado Muitos eventos de larga escala exigem planejamento com bastante antecedência. É importante que o processo de gerenciamento de riscos seja revisado periodicamente para garantir que as premissas originais de planejamento, as decisões sobre medidas defensivas e a justificativa para elas permaneçam relevantes. A avaliação de riscos é um processo dinâmico que requer revisão constante. 4.2.16 Briefing O briefing fornece o elo vital entre quem planejou o pacote de proteção e quem o entregará. Embora os briefings gerais forneçam a compreensão necessária do contexto e da estrutura de uma operação, um briefing específico sobre questões de proteção para os envolvidos deve sempre ser realizado. Ele deve incluir a avaliação da ameaça com o máximo de detalhes que a sensibilidade da Inteligência na qual ela se baseia permitir. O entendimento completo da ameaça permitirá que os seguranças lidem de maneira mais eficaz e apropriada com as circunstâncias que encontrarem do que as informações limitadas a uma declaração neutra do nível de ameaça. Nos casos em que a avaliação da ameaça é apoiada com credibilidade pela Inteligência, é provável que o comprometimento daqueles que fornecem proteção seja aprimorado se a Inteligência puder ser compartilhada com eles. Quando as circunstâncias permitirem, o briefing in situ deve ser considerado. Isso melhorará a apreciação tática do ambiente operacional e a relevância do plano de proteção para quem o entrega. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 94 Unidade II Quando isso não puder ser feito, o uso de fotografias de boa qualidade (inclusive aéreas) e mapas precisos e claros servirá como alternativas aceitáveis. Um lembrete sobre os poderes legais relevantes pode ser apropriado durante o briefing. As contingências e as circunstâncias que as iniciarão devem ser explicadas completamente. 4.2.17 Planejar a defesa Planejar a defesa em profundidade requer consideração e definição da localização e função de cada um dos vários perímetros possíveis. Ele permite o possível comprometimento de um perímetro externo sem aumento significativo da vulnerabilidade da pessoa, local ou atividade protegida, ou seja, um perímetro externo que fornece um indicador de alerta precoce é fator de atraso para qualquer abordagem hostil. A defesa profunda depende de apresentar a um atacanteuma série de perímetros, cada um dos quais aumenta o risco de detecção, atraso ou derrota. A defesa em profundidade adquire tempo durante o qual os perímetros internos podem ser alertados para uma violação ou ameaça emergente é para instituir contramedidas dinâmicas ou o início de contingências. O termo perímetro obviamente inclui estruturas físicas, como cercas e muros, mas também envolve outros meios, como perímetros humanos, que consistem em segurança em cordões, postes fixos ou patrulhas a pé e seguranças à paisana destacados para a detecção de vigilância, unidades móveis aleatoriamente, patrulhas curtas ou direcionadas ao longo de perímetros ou em áreas definidas. Não há regras rígidas e rápidas sobre a localização e a função de qualquer perímetro específico. Esses problemas devem ser considerados e determinados em relação à(ao): • cada operação específica de proteção estática; • ambiente em que está ocorrendo; • ameaça ou ameaças a que se está sujeito. O leque de opções é amplo, mas pode incluir qualquer combinação do seguinte: • Segurança armada, triagem de veículos, patrulhas, proporcionando alta visibilidade de dissuasão e capazes de fornecer intervenção ou apoio armado imediato. • Levantamento, identificação e monitoramento de possíveis locais de lançamento de armas para granadas de propulsão a foguetes (RPG) e mísseis portáteis do sistema de defesa aérea (MANPADS), de acordo com o perfil do local de lançamento para cada tipo de arma. • Busca nos estacionamentos de carros e caminhões por Vehicle-Borne Improvised Explosive Device (VBIEDs) – traduzido como dispositivo explosivo improvisado transportado por veículo, em uma rota pretendida ou próxima a ela. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 95 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA • Pesquisas e verificações de veículos nas ruas que levam ao evento protegido. • Pontos de patrulha de tráfego no país anfitrião para regular, segregar e controlar o movimento de veículos em direção a um evento protegido. • Identificação e pesquisa discretas (propriedade e ocupação etc.) de edifícios e outras estruturas com vista para rotas de aproximação, locais ou pontos de chegada. • Observação aberta ou secreta de veículos e pedestres que se deslocam em direção a um evento. O perímetro intermediário pode incluir: • Uso de agentes de segurança, sinais de trânsito ou blocos de concreto antiderrapante, quando necessário, ingresso, pontos de entrada e outros locais vulneráveis. • Estabelecimento de uma linha visível contínua de demarcação, com fita adesiva, barreiras ou cercas, para distinguir claramente aqueles que se aproximam de uma mudança de status entre espaço controlado e não controlado. Quando instituída, uma linha de demarcação deve ter uma equipe adequada para manter sua integridade e lidar, conforme necessário, com as infrações. • Utilização de placas e painéis de informações apropriados deve ser considerado, isso ajudará as pessoas a saber o que se espera delas e a reforçar um perímetro. • Pesquisa de um tipo apropriado ou uma combinação de tipos, no perímetro interno, antes da realização da ocasião para detectar, remover ou desativar um dispositivo, arma ou substância nociva oculta previamente para uso durante o evento. Uma vez pesquisada, a área deve ser mantida estéril. • Assunção do controle do perímetro e colocação de pessoal para manter a área segura. • Acompanhamento do protegido. • Proteção e controle de todas as rotas de fuga do local. • Preservação de todas as áreas nas quais o protegido possa se mover para colocar pessoal secreto lá. • Configuração e proteção de um refúgio ou sala de espera dentro do local. A segurança geral de uma operação de proteção depende em grande parte de quão bem a equipe de avanço pesquisa o local durante a fase de avanço operacional. A equipe deve permitir tempo suficiente para uma averiguação sem pressa, com o consentimento do proprietário das instalações ou de um representante designado. A equipe avançada deve saber o que está procurando. Eles precisam ser capazes de localizar e reconhecer qualquer coisa que possa representar uma ameaça para o protegido, por exemplo, explosivos ou dispositivos eletrônicos. Depois que a equipe de avanço tiver pesquisado uma área, ela deverá ser protegida. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 96 Unidade II As três regras básicas para pesquisar no local são as seguintes: • Pesquisar de fora para dentro. • Analisar de baixo para cima. • Investigar todos os possíveis esconderijos e artigos deixados no local. A segurança em torno da autoridade se estabelece em círculos concêntricos, conforme a figura a seguir. Cada círculo concêntrico corresponde a uma natureza de segurança, a qual não subordina as demais realizadas nos círculos em seu interior, requerendo uma estreita coordenação das ações. Legenda Autoridade 1 Segurança aproximada 2 Segurança velada 3 Segurança ostensiva 1 2 3 M 1 2 4 3A Figura 27 – Círculos concêntricos de segurança 4.2.18 Segurança nos horários rotineiros A rotina pode comprometer a segurança pessoal e empresarial de forma trágica, por isso deve se dar a atenção especial à(ao): • alteração de horários; • troca de carro da autoridade; • disfarce do carro; • mudança de itinerários; • saída do carro sem a autoridade em horários diversos; • utilização de outra pessoa no lugar da autoridade. 4.2.19 Segurança nos horários programados Trata-se de um processo trabalhoso, porém deve-se: • evitar rotinas; Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 97 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA • obedecer ao máximo os horários; • utilizar a maior velocidade possível com segurança; • usar veículo adequado ao terreno; • ter cuidados especiais nos pontos críticos; • manter sigilo sobre datas e horário. 4.2.20 Embarque e desembarque Há duas opções de embarque e desembarque de pessoas protegidas: ortodoxa e não ortodoxa. Ortodoxa Desembarque realizado pela direita do comboio, no sentido da via, a autoridade desembarca pela direita, no mesmo lado que o chefe da segurança. A A 12 M M 3 2 3 1 2 C C C 3 Ponto de desembarque Após o desembarque Figura 28 – Embarque ou desembarque ortodoxo Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 98 Unidade II Não ortodoxa Desembarque realizado pela esquerda do comboio, no lado oposto ao sentido da via, a autoridade desembarca pela esquerda, no lado oposto ao do chefe da segurança. A A 1 1 2 M M C C C 2 2 2 3 3 Após o desembarque Ponto de desembarque Figura 29 – Embarque ou desembarque não ortodoxo A forma de embarque e desembarque será determinada pelo número de viaturas, pelo número de agentes e pelos locais de embarque e desembarque. Evite ao máximo embarcar ou desembarcar pessoas na via pública. Utilize garagem ou estacionamento privado. O pessoal responsável pela segurança jamais pode permanecer no interior de veículo estacionado na via pública. O automóvel será trancado, e o motorista não deve ficar próximo do carro. Sua atenção será voltada para a movimentação na rua com o intuito de perceber alguma aproximação suspeita. O outro segurança ficará dentro do imóvel esperando o momento que o VIP desejar ir embora e estará atento à movimentação da rua. Se for constatada alguma movimentação suspeita, não será autorizada a saída do VIP por medida de segurança. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar99 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Tanto na escolta motorizada com 2 viaturas como na escolta com 3 viaturas, o comboio deverá ser precedido por equipe precursora, que se desloca à frente do comboio cerca de 1 km - 1,5 km com as seguintes missões: • Informar pelo rádio ao chefe da segurança durante todo o itinerário as condições do tráfego, a aproximação de pontos críticos e os acidentes de tráfego. • Aconselhar o chefe da segurança sobre uma possível mudança de itinerário se julgar conveniente. • Entrar em contato com a equipe de vistoria e informa-se das condições do local. • Liberar a área de estacionamento, apoiar o desembarque da autoridade. 4.2.21 Aparições em público Tenha em mente as seguintes medidas de segurança: • Reconhecimento: área ou instalação onde ocorrerá a aparição, pontos que merecem principal atenção, área de embarque e desembarque, expectativas do público, atividade da autoridade, horários (início-fim), quando a autoridade deve chegar, lista de convidados, listas de funcionários/externos/auxiliares. • Planejamento: disposições do efetivo empenhado, atribuição de responsabilidade, plano de controle de público, previsão de outros serviços (bombeiros, energia, saúde), documentos de identificação, levantamentos de antecedentes dos auxiliares, plano de utilização do sistema de comunicação, designação de um responsável pela segurança em cada local. • Proteção nos locais: nova varredura no local, pontos que merecem especial atenção, checagem dos dispositivos montados, remoção de ameaças à segurança, distribuição dos agentes, controle dos locais de acesso, cuidado com alimentos e bebidas. • Localização da autoridade: mesa em forma de meia-lua, disfarçar silhueta da autoridade, posicionar autoridade de costas para parede e longe das portas. Observar marcas de mão na pintura e o chão em torno do carro (vestígios de fios cortados ou descascados por exemplo). Lembrete Considere sempre as medidas de segurança, buscando o reconhecimento da área, as disposições do efetivo de segurança, a proteção nos locais e a localização da autoridade. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 100 Unidade II Ao abrir as portas do carro, capô e mala para a revista, o elemento deverá primeiro soltar o trinco, e com a peça apenas entreaberta, percorrer o vão da porta ou tampa com uma tira ou cartão plástico, bem lentamente, a fim de verificar a existência de cordéis ou fios que poderiam acionar uma carga explosiva pela abertura completa da porta ou do capô. 4.2.22 Muralha humana É a equipe de segurança que fecha o cerco em torno do cliente por todos os lados: atrás, frente e nas laterais, blindando o protegido contra possíveis ataques e aproximações de pessoas indesejadas. Para realizar as ações de segurança de modo competente, os seguranças podem fazer uso de instrumentos como escudos, cassetetes, armas letais, rádio para comunicação e canivetes. Os seguintes pontos devem ser salientados: • O trio de guarda-costas forma um V, cada um com visão de 180º à frente e nas laterais do cliente. Eles mantêm o paletó aberto caso necessitem sacar rapidamente suas armas. • Surpreendidos por um agressor, eles correm para a frente do cliente, formando uma barreira para protegê-lo. O segurança que fica atrás, chamado de “mosca”, é o único que pode tocar o protegido. Cabe aqui salientar que a denominação mosca é utilizada, no que se chama de segurança aproximada, para o agente que responde mais diretamente pela proteção do dignitário. Na formação de agentes, independentemente do número de seguranças envolvido, é o elemento que atua mais próximo do protegido. Se todas as medidas de segurança falharem, atuará como “escudo-humano” do protegido. Ele pode usar uma técnica inspirada no aikidô (arte marcial criada no Japão após a 2ª Grande Guerra, pelo mestre Morihei Ueshiba), para abaixar o cliente, reduzindo sua exposição ao perigo. • Antes que o atacante consiga atirar, ele já está dominado e recebe a ordem de se entregar. Protegido pela parede humana, o cliente é levado pelo “mosca”, para longe da linha de fogo. • Um segurança chamado de “satélite”, que é um quarto segurança, se mantém afastado do grupo e da atenção do agressor. Ele pode substituir um de seus colegas e age como reforço externo. A maneira como uma unidade se apresenta à multidão quando é implantada no cenário de um evento de ordem pública é essencial, pois representa a imagem que as unidades projetarão. A unidade poderá desejar projetar uma imagem tranquilizadora ou poderosa, mas, em qualquer caso, terá que ser percebida como muito profissional. A escolha do equipamento que a equipe de segurança usará quando implantada provavelmente definirá a mentalidade da multidão. Por um lado, uma unidade que usa a engrenagem completa sinalizará uma mensagem de prontidão para recorrer à força muito rapidamente e poderá levar os manifestantes a aumentar as tensões. Por outro lado, quando a equipe de segurança aparece em uma implantação não hostil, que não exibe nenhuma engrenagem visível de controle de multidões, ela projeta uma atitude mais benevolente. No entanto, deve ser reversível nos dois sentidos, e todas as engrenagens de controle de multidão devem ser facilmente acessíveis à unidade treinada para equipar muito rapidamente e sob pressão. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 101 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA Saiba mais Para conhecer mais sobre a segurança privada, sugerimos a leitura do livro: DIAS, E. Segurança privada ações preventivas. Joinville: Clube de Autores, 2018. A implantação em si, a fim de projetar uma imagem de profissionalismo e força, precisa corresponder a alguns requisitos específicos: • As unidades serão implantadas de maneira muito ordenada, rapidamente, mas não de maneira apressada. • A unidade será implantada em silêncio, com todos os policiais vestindo o mesmo equipamento e uniforme. • Todos os seguranças saberão, antes de sua implantação, onde instalar e o que eles devem fazer e quais são as reações apropriadas como contingências. • Os seguranças não se envolverão com a multidão de forma alguma (não falam, sorriem e brincam com ela) e se restringem a qualquer atitude provocativa (risos, gestos inapropriados) e à interação com manifestantes, se houver, tem de ser educada, impessoal e firme. • Os seguranças não exibem armas, exceto em caso de ameaça mortal iminente e, mesmo assim, é preferível que os portadores de armas estejam discretamente atrás da implantação (como atiradores). • A unidade deve ser percebida como forte, profissional, resiliente, sem paixão e imperturbável. O estresse pode se comunicar facilmente entre os seguranças e a multidão e, inversamente, uma atitude reservada evitará que aconteça. • As ordens emitidas pelos comandantes devem ser breves e claras para serem executadas rapidamente e sem hesitação pelos operadores. É provável que o nível de comando das manobras básicas do pé transmita a impressão de profissionalismo, e os demonstradores tenham menos probabilidade de mexer com uma unidade percebida como forte e profissional. Por outro lado, uma unidade percebida pela multidão como tendo um domínio limitado das manobras básicas dos pés e uma péssima liderança, provavelmente, será a que sustenta a maior parte da violência, uma vez que seria percebida como “mais fraca”. O comandante precisa ser capaz de dividir a unidade em subunidades por várias razões, cobrir uma área maior, lidar com ruas pequenas ou estreitas, formar cordões de filtro ou trabalhar com veículos são algumas delas. O método é simples, com os comandos muito semelhantes. Quando a unidade se divide, as subunidades se movem para o lado para formar um espaço distinto entre cada umadelas. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 102 Unidade II Resumo Vimos que para fazer uma segmentação de marketing é necessário usar referências como base para conseguir clientes. Também fizemos uma grande explanação sobre a liderança, que deve se sentir responsável pela integridade de sua equipe, incluindo os treinamentos necessários para guardar vidas, além da identificação dos riscos. Abordamos as câmeras de vigilância, também conhecidas como câmeras de segurança, presentes em quase todos os locais, sejam eles públicos ou privados, são tidas como equipamentos essenciais de segurança, podendo prevenir ou solucionar crimes ocorridos com maior grau de confiabilidade, viabilizando assim a punição ao agressor. Porém seus benefícios não são apenas na esfera criminal, mas podem ser usadas para que pais tenham acessos a seus filhos em creches, por exemplo, enquanto estão trabalhando. Elas aumentaram a segurança no trânsito e até mesmo propiciaram um atendimento mais rápido e adequado de feridos em casos de acidentes. Vimos ainda os tipos de segurança privada, de criminosos e de ataques, como elaborar a proteção em residências e escritórios, as vulnerabilidades existentes e que devem ser cobertas pela segurança privada. Foi abordado também o modus operandi e a implementação da segurança privada. Exercícios Questão 1. A empresa Sol Nascente Ltda. trabalha com a produção de plásticos para indústria farmacêutica e, nos últimos meses, sofreu vários assaltos, quase sempre em razão de falta de cuidados básicos de segurança, como acionar os alarmes e trancar adequadamente as portas. A companhia de seguros só aceita renovar o seguro por um valor muito alto, porque argumenta que os prejuízos indenizados foram muito acentuados. Contratado para fazer uma consultoria, você analisa a situação e chega à conclusão que o que falta na empresa é uma cultura de segurança. De imediato, você propõe: A) Que a empresa demita os empregados e contrate outros que estejam mais preocupados com a segurança da instituição. B) Que a empresa demita os gestores responsáveis pelas equipes de colaboradores, porque eles não possuem cultura de segurança. C) Que a empresa faça um curso de segurança para os colaboradores para que eles entendam com proceder. D) Que a empresa faça um planejamento para implantação da cultura de segurança na instituição. Cesar Destacar Cesar Destacar 103 GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL E EXECUTIVA E) A contratação de uma equipe de segurança para atuar de forma imperativa perante os colaboradores para implantação da cultura de segurança. Resposta correta: alternativa D. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: a demissão de todos os empregados da empresa é um reconhecimento da incompetência dos gestores em implantar a cultura de segurança. Não é um caminho acertado. B) Alternativa incorreta. Justificativa: a demissão dos gestores só contribuirá para criar confusão, porque a empresa ficará sem os coordenadores do trabalho, o que vai gerar enormes prejuízos. Não é um caminho acertado. C) Alternativa incorreta. Justificativa: um único curso não será suficiente para resolver todos os problemas, é preciso implementar um planejamento com várias ações que permitam criar efetivamente a cultura de segurança. D) Alternativa correta. Justificativa: a empresa precisa de uma cultura de segurança que deverá ser implementada de várias formas diferentes, desde a preparação por meio de curso até medidas que incentivem práticas de segurança pelos colaboradores e gestores. Serão várias ações planejadas e realizadas de forma concatenada que vão implantar a cultura de segurança na instituição. E) Alternativa incorreta. Justificativa: a contratação de uma equipe externa vai onerar a empresa e não será capaz de modificar os hábitos e práticas dos empregados. É preferível desenvolver ações que possam criar uma verdadeira cultura de segurança entre os empregados da instituição. Questão 2. A empresa de segurança na qual você trabalha começou suas atividades há pouco tempo e ainda está angariando clientes no mercado. Surgiu uma oportunidade para trabalhar com um músico famoso para fazer a segurança dele em locais públicos, em especial nos finais de shows e apresentações com a presença de milhares de pessoas. Um trabalho bem-sucedido será um ótimo impulso para consolidar a credibilidade da instituição. Na primeira oportunidade que vocês vão atuar na segurança do cantor, ocorre um incidente que gera tumulto entre as pessoas que o esperavam na porta do hotel, e dois seguranças são agredidos pelas costas por rapazes que se encontravam no local. Você imediatamente: 104 Unidade II I – Determina que os seguranças voltem para dentro do hotel escoltando o cantor para que seja garantida a segurança dele. II – Determina que os seguranças levem o cantor para o carro e saiam imediatamente do local para garantir a segurança dele. III – Que parte dos seguranças ataquem os agressores para revidar enquanto os demais tomam medidas de segurança, para ficar provado que a equipe é constituída de homens corajosos. Assinale a alternativa correta: A) I, somente. B) II, somente. C) III, somente. D) I e III. E) II e III. Resposta correta: alternativa A. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. Justificativa: uma situação de perigo não deve ser enfrentada caso exista a possibilidade de evitá-la, porque ela pode evoluir para o descontrole. Assim, conduzir o cliente para dentro do hotel, que oferece melhores chances de proteção, e não revidar às agressões é a solução que trará maior segurança. II – Afirmativa incorreta. Justificativa: a saída com o veículo poderá levar a situação ao descontrole, o que deve ser evitado. III – Afirmativa incorreta. Justificativa: não responder à agressão é a melhor publicidade para a equipe de segurança, porque demonstrará que os componentes são equilibrados e priorizam a defesa do cliente, e não a própria. Cesar Destacar
Compartilhar