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Questões resolvidas

Protesto em Washington, DC, EUA, em 9 jul. 2015. Disponível em: . Licença CC By. Acesso em: 10 mar. 2016.
A cena fotografada é de um protesto organizado na capital federal norte-americana em 2015 e diz respeito ao candidato presidencial pelo partido republicano Donald Trump. De acordo com o cartaz erguido, o protesto é
a) contrário ao candidato Trump, declarando-o moralmente falido, em alusão a seu grande patrimônio financeiro e suas polêmicas propostas políticas.
b) favorável ao candidato Trump, declarando os EUA financeiramente falidos, em alusão à grande crise de 2008 e às propostas do republicano para a economia.
c) contrário ao candidato Trump, declarando os EUA moralmente falidos, em alusão à popularidade de candidatos extremistas como Trump e outros de seu partido.
d) favorável ao candidato Trump, declarando-o moralmente íntegro, em alusão às denúncias de corrupção veiculadas por seus opositores.
e) contrário ao partido de Donald Trump, declarando o candidato com o único concorrente moralmente íntegro do partido.

People who seek to change their sex have long been at the mercy of endocrinologists. Gender transition classically includes cross-sex hormone replacement therapy (HRT), and it is these hormone specialists that are responsible for testing hormonal blood levels and prescribing the appropriate medication for trans patients. New research shows that younger endocrinologists are more comfortable working with transgender people, which is promising for the future of trans health care—but it's also a painful reminder that it is all too common for the health care of transgender people to be mismanaged by prejudiced physicians.
A maneira como as ideias são distribuídas no texto revela sua função de
a) apologia.
b) condenação.
c) denúncia.
d) ordenação.
e) humor.

O autor do texto indicado apresenta uma reflexão sobre o impacto do surgimento da internet na percepção da obra Finnegans Wake, de autoria do escritor irlandês James Joyce.
Segundo as informações indicadas, pode-se afirmar que esse impacto foi proporcionado pelo fato de que a internet
a) possibilitou o trabalho integrado de inúmeros acadêmicos especializados na obra.
b) difundiu ao grande público a percepção de que a obra era incompreensível.
c) facilitou a abordagem multidisciplinar necessária para a compreensão adequada da obra.
d) forneceu ao público as ferramentas necessárias para a realização de uma leitura linear da obra.
e) permitiu o acesso à obra por parte do público não especializado.

Higher education faces the challenge of making it clear to overseas students that the UK is still a vibrant, tolerant and open country in spite of the vote to leave the EU, the principal of one of Europe’s leading conservatoires has said.
Segundo os depoimentos apresentados na reportagem, ao tirar uma foto de sua orquestra sem os alunos dos outros países da União Europeia, o objetivo dos alunos ingleses da Guildhall School of Music and Drama seria
a) indicar como os estudantes de outros países da União Europeia estão ocupando postos que poderiam ser oferecidos a jovens britânicos.
b) chamar atenção do público sobre como a presença de estudantes de outros países da União Europeia é essencial para produção cultural britânica.
c) indicar como as orquestras britânicas dependem da participação de músicos estrangeiros para a manutenção de sua qualidade.
d) apontar como a maior parte das orquestras em atuação da Inglaterra são dirigidas por maestros oriundos de outros países da União Europeia.
e) denunciar como estudantes de outros países da União Europeia tem sido perseguidos e expulsos do território inglês.

A canção tem como objetivo transmitir uma mensagem relativa às crenças religiosas de um grupo e em seu vocabulário.
Sua análise revela que
a) textos de origem religiosa buscam transmitir ideias, mesmo que distintas, de uma maneira muito similar, o que indica padronização linguística.
b) mensagens religiosas similares ou idênticas podem ser transmitidas de formas diferentes, o que revela diversidade linguística dentro de uma mesma cultura.
c) a padronização linguística tem se tornado estratégica para diferentes grupos religiosos que buscam difundir sua mensagem internacionalmente.
d) a língua inglesa abriga grande diversidade de dialetos e variantes a depender da filiação religiosa de quem a usa.
e) diferentes grupos possuem práticas e vocabulários ligados a suas crenças e locais de origem, o que revela diversidade cultural e linguística.

A metáfora apresentada na última estrofe do poema, ao associar a consciência humana à imagem do morcego, remete ao(à)
a) oposição entre a materialidade do corpo e a existência impalpável da alma e da consciência.
b) confronto entre a melancolia do momento presente e a expectativa do eu-lírico por um futuro melhor.
c) consciência atormentada por atos ilícitos como o tráfico de animais exóticos.
d) capacidade humana de afugentar os males da natureza com o uso da razão.
e) impossibilidade do repouso tranquilo diante do remorso provocado por culpas passadas.

A partir da leitura do Texto 1, e da observação da imagem correspondente ao Texto 2, pode-se afirmar que, para o autor, a fotografia se diferencia da pintura pelo(a)
a) possibilidade de imortalizar o retratado, devido à maior durabilidade das fotografias em comparação com pinturas antigas.
b) restrição do potencial de exploração das técnicas do artista, devido às limitações do suporte da câmera e da revelação das fotos.
c) possibilidade de retratar seres humanos, devido à capacidade da máquina de captar detalhes da expressão individual.
d) possibilidade de preservar o impacto dos retratos, devido à capacidade da máquina de reproduzir a experiência do real.
e) possibilidade de retratar pessoas de baixa renda, devido ao custo reduzido da produção fotográfica em comparação com o da pintura.

No trecho anterior, referente à obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, nota-se a presença de elementos de variantes coloquiais devido ao(à)
a) uso de termos típicos de variantes arcaicas do português, como em “Sinha”.
b) presença de termos regionais, como “mantimentos” e “chita”.
c) falta de concordância nominal no trecho “e um corte de chita vermelha.”
d) presença do desvio de regência em “precisava sal, farinha, feijão e rapaduras”.
e) utilização inadequada da crase em “Fabiano tinha ido à feira”.

O texto apresentado, publicado durante o período de vigência do regime militar brasileiro, é uma paródia na medida em que
a) utiliza-se do formato das leis do regime militar brasileiro para exaltar a vida na União Soviética.
b) se vale do modelo e teor textual dos atos institucionais do regime militar para transmitir mensagens de esperança.
c) utiliza a linguagem jurídica para ironizar as contradições da legislação brasileira da época.
d) compõe uma alegoria baseada na ideia de que existe um Estado ideal.
e) recorre ao formato da declaração universal dos direitos humanos para denunciar as desigualdades sociais.

Pode-se afirmar que é predominante no excerto a função
a) metalinguística da linguagem, pois o narrador apresenta uma reflexão sobre sua própria obra.
b) conativa da linguagem, pois o narrador tenta persuadir o leitor a ler o livro como ele o interpreta.
c) poética da linguagem, pois o narrador se vale de imagens diversas e metáforas para expressar seu pensamento.
d) denotativa da linguagem, pois apresenta ao leitor um fato acerca da leitura.
e) fática da linguagem, pois tenta estabelecer e prolongar um diálogo com o leitor.

O texto anterior pertence ao Realismo brasileiro. Na passagem em questão, a estética naturalista é sugerida a partir do(a)
a) determinação da raça.
b) prevalência do instinto animalesco.
c) força do meio sobre o indivíduo.
d) caracterização do tipo popular.
e) subjetividade das casas e pessoas.

Texto 1 Renunciar à própria liberdade é o mesmo que renunciar à qualidade de homem, aos direitos da Humanidade, inclusive aos seus deveres. Não há nenhuma compensação possível para quem quer que renuncie a tudo. Tal renúncia é incompatível com a natureza humana, e é arrebatar toda moralidade a suas ações, bem como subtrair toda liberdade à sua vontade. Enfim, não passa de vã e contraditória convenção estipular, de um lado, uma autoridade absoluta, e, de outro, uma obediência sem limites. ROUSSEAU, J.J. Do contrato social. Disponível em: .Acesso em: 10 jun. 2016 Texto 2 Por liberdade, então, podemos apenas entender um poder de agir ou de não agir segundo as determinações da vontade: isto é, se escolhermos permanecer em repouso, podemos; mas, se escolhermos mover-nos, também podemos. HUME, D. Ensaio sobre o entendimento humano. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2016 Ambos os trechos apresentados anteriormente tratam do tema da liberdade, mas de maneiras diferentes, pois, enquanto o texto 1
a) defende a existência da liberdade, o texto 2 apresenta concepções deterministas sobre o ser humano.
a) defende a existência da liberdade, o texto 2 apresenta concepções deterministas sobre o ser humano.
b) situa a dimensão social da liberdade, o texto 2 trata de definir o conceito a partir da esfera individual.
c) vê na renúncia à liberdade uma atrocidade, o texto 2 exalta o poder de contenção dos indivíduos.
d) associa o tema à convenção social, o texto 2 o relaciona ao poder político.
e) trata da renúncia à liberdade, o texto 2 trata da realização desenfreada dos desejos.

No trecho apresentado, a linguagem verbal é apresentada como um código essencial para a
a) existência dos sonhos.
b) compreensão da própria personalidade.
c) percepção física da realidade.
d) concepção imaginária de lugares maravilhosos.
e) interpretação da experiência individual.

O poema acima, de Carlos Drummond de Andrade, é construído sobre um paradoxo, que consiste na utilização da forma poética para a afirmação do(a)
a) potencialidade da ciência de desenvolver tanto medicamentos como tecnologias capazes de promover a eclosão de guerras e conflitos de grandes proporções.
b) necessidade de superar o esgotamento cada vez maior dos recursos naturais por empresas responsáveis pela produção de utensílios modernos.
c) necessidade de resgatar valores de solidariedade e simplicidade em um mundo marcado pelo egoísmo e pela dependência à tecnologia.
d) impossibilidade de existência da poesia num mundo marcado por guerras e pelo desenvolvimento tecnológico desenfreado.
e) ambiguidade entre a busca pela ampliação da vida pelo desenvolvimento tecnológico e o aumento das mortes em guerras.

O código de barras presente na imagem faz referência ao(à)
a) risco causado pela exposição da pele a raios infravermelhos
b) possibilidade de identificar um indivíduo através de suas impressões digitais.
c) individualidade inerente apresentada por cada personalidade humana.
d) consumismo estimulado nas sociedades capitalistas ocidentais modernas.
e) mapeamento genético possibilitado pela ciência contemporânea.

A popularidade das pós-graduações em gestão e negócios levou a um "boom" na oferta de cursos na área. Se essa expansão aumentou as opções para alunos, também fez surgir uma confusão de nomenclaturas que dificulta a escolha do curso ideal. Na ESPM, por exemplo, "gestão de negócios" e "gestão empresarial" são sinônimos. "Nos dois casos, o objetivo é passar uma visão geral sobre um negócio e abordar os campos para se tornar um bom gestor", diz Licínio Motta, diretor de pós-graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Já na FGV, o termo "gestão de negócios" aparece em cursos para quem quer empreender e "gestão empresarial" para quem está empregado e quer se tornar diretor. "O jeito é olhar as ementas, questionar sobre o perfil de alunos e professores e verificar a ênfase em determinadas áreas", afirma Paulo Lemos, diretor da FGV Management, departamento responsável pelos cursos da escola.
O recurso argumentativo utilizado pelo autor do texto para justificar a afirmação de que há uma confusão de nomenclaturas dos cursos de gestão é o(a)
a) exemplificação, ao mostrar dois exemplos reais daquilo que alegou.
b) argumento de autoridade, ao citar dois especialistas sobre o assunto tratado.
c) apresentação de dados estatísticos, ao citar duas instituições que comprovam seu argumento.
d) comparação, ao contrastar duas realidades como modo de apontar a melhor.
e) consenso, ao apresentar uma realidade que é conhecida por todos.

No poema anterior, há a repetição dos verbos “dizer” (1ª estrofe) e “fazer” (2ª estrofe). Um sentido para essa repetição, no contexto, é
a) apresentar ao leitor um argumento cujas premissas se repetem.
b) rimar com as outras palavras das estrofes, como em “Dizem? / Esquecem” e “Fazem? / Fatal”.
c) figurar ao leitor a vontade do eu lírico de realizar ações impossíveis.
d) mostrar que aquele que espera alcança por meios ilícitos.
e) apresentar as consequências de uma ação e de sua não ação.

O avanço da tecnologia, que está na base da discussão sobre informação X conhecimento, trouxe, segundo Sílio Boccanera, repórter de televisão, correspondente internacional, novas exigências também para o jornalista. Para ele, as mudanças na área de tecnologia de televisão obrigam o jornalista a agir com uma instantaneidade que não existia no passado. Durante a Guerra do Vietnã, por exemplo, que terminou em 1975, a primeira grande guerra acompanhada pela televisão, o repórter que cobria a guerra usava filme. O vídeo não existia. Esse filme precisava ser revelado. Era, então, enviado para os Estados Unidos ou para a Europa, onde era montado e apresentado nesses países. Geralmente quatro dias após o acontecimento, tempo de duração desse processo. Hoje, estamos familiarizados com coberturas internacionais em tempo real: o fato está acontecendo e nós estamos vendo-o em nossas casas. A tecnologia permite que o evento seja acompanhado na hora em que acontece.
De acordo com o texto, o avanço da tecnologia na área televisiva acarretou no(a)
a) dificuldade em compreender as informações divulgadas devido à velocidade de surgimento de novas notícias.
b) diminuição da importância atribuída aos eventos divulgados pela televisão devido à sua futilidade.
c) ruptura com o modelo linear de transmissão da informação devido ao surgimento da notícia hipertextual.
d) simultaneidade da divulgação da informação devido ao aumento da velocidade de sua veiculação.
e) restrição do acesso à informação às classes populares devido ao alto custo das novas tecnologias.

Tendo em vista as informações apresentadas, pode-se afirmar que o objetivo do autor do texto é
a) questionar a concepção de história da ciência como um processo de acúmulo gradativo de novos saberes.
b) criticar a falta de parâmetros científicos nas concepções culturais de sociedades antigas.
c) reafirmar a importância do acúmulo gradativo de novos conhecimentos para a história da ciência.
d) apontar as dificuldades envolvidas na descoberta de novos conhecimentos científicos.
e) negar a existência de contribuições individuais para o desenvolvimento da ciência.

Segundo o autor, o “internetês” se define por
Qual das alternativas abaixo melhor descreve a definição de “internetês” segundo o autor?
a) um fenômeno que reflete a evolução da língua portuguesa.
b) um bem cultural que não é transmitido através de um meio material.
c) preservadora da cultura material de um povo, através do registro em itens de quais eram seus heróis, seus feitos e suas glórias.
d) mantenedora dos paradigmas da sociedade, através da prescrição escrita dos costumes que todos deviam seguir naquela sociedade.
e) perpetuadora do patrimônio cultural e da identidade de um povo, através do uso de seu patrimônio linguístico como meio de expressão.

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Questões resolvidas

Protesto em Washington, DC, EUA, em 9 jul. 2015. Disponível em: . Licença CC By. Acesso em: 10 mar. 2016.
A cena fotografada é de um protesto organizado na capital federal norte-americana em 2015 e diz respeito ao candidato presidencial pelo partido republicano Donald Trump. De acordo com o cartaz erguido, o protesto é
a) contrário ao candidato Trump, declarando-o moralmente falido, em alusão a seu grande patrimônio financeiro e suas polêmicas propostas políticas.
b) favorável ao candidato Trump, declarando os EUA financeiramente falidos, em alusão à grande crise de 2008 e às propostas do republicano para a economia.
c) contrário ao candidato Trump, declarando os EUA moralmente falidos, em alusão à popularidade de candidatos extremistas como Trump e outros de seu partido.
d) favorável ao candidato Trump, declarando-o moralmente íntegro, em alusão às denúncias de corrupção veiculadas por seus opositores.
e) contrário ao partido de Donald Trump, declarando o candidato com o único concorrente moralmente íntegro do partido.

People who seek to change their sex have long been at the mercy of endocrinologists. Gender transition classically includes cross-sex hormone replacement therapy (HRT), and it is these hormone specialists that are responsible for testing hormonal blood levels and prescribing the appropriate medication for trans patients. New research shows that younger endocrinologists are more comfortable working with transgender people, which is promising for the future of trans health care—but it's also a painful reminder that it is all too common for the health care of transgender people to be mismanaged by prejudiced physicians.
A maneira como as ideias são distribuídas no texto revela sua função de
a) apologia.
b) condenação.
c) denúncia.
d) ordenação.
e) humor.

O autor do texto indicado apresenta uma reflexão sobre o impacto do surgimento da internet na percepção da obra Finnegans Wake, de autoria do escritor irlandês James Joyce.
Segundo as informações indicadas, pode-se afirmar que esse impacto foi proporcionado pelo fato de que a internet
a) possibilitou o trabalho integrado de inúmeros acadêmicos especializados na obra.
b) difundiu ao grande público a percepção de que a obra era incompreensível.
c) facilitou a abordagem multidisciplinar necessária para a compreensão adequada da obra.
d) forneceu ao público as ferramentas necessárias para a realização de uma leitura linear da obra.
e) permitiu o acesso à obra por parte do público não especializado.

Higher education faces the challenge of making it clear to overseas students that the UK is still a vibrant, tolerant and open country in spite of the vote to leave the EU, the principal of one of Europe’s leading conservatoires has said.
Segundo os depoimentos apresentados na reportagem, ao tirar uma foto de sua orquestra sem os alunos dos outros países da União Europeia, o objetivo dos alunos ingleses da Guildhall School of Music and Drama seria
a) indicar como os estudantes de outros países da União Europeia estão ocupando postos que poderiam ser oferecidos a jovens britânicos.
b) chamar atenção do público sobre como a presença de estudantes de outros países da União Europeia é essencial para produção cultural britânica.
c) indicar como as orquestras britânicas dependem da participação de músicos estrangeiros para a manutenção de sua qualidade.
d) apontar como a maior parte das orquestras em atuação da Inglaterra são dirigidas por maestros oriundos de outros países da União Europeia.
e) denunciar como estudantes de outros países da União Europeia tem sido perseguidos e expulsos do território inglês.

A canção tem como objetivo transmitir uma mensagem relativa às crenças religiosas de um grupo e em seu vocabulário.
Sua análise revela que
a) textos de origem religiosa buscam transmitir ideias, mesmo que distintas, de uma maneira muito similar, o que indica padronização linguística.
b) mensagens religiosas similares ou idênticas podem ser transmitidas de formas diferentes, o que revela diversidade linguística dentro de uma mesma cultura.
c) a padronização linguística tem se tornado estratégica para diferentes grupos religiosos que buscam difundir sua mensagem internacionalmente.
d) a língua inglesa abriga grande diversidade de dialetos e variantes a depender da filiação religiosa de quem a usa.
e) diferentes grupos possuem práticas e vocabulários ligados a suas crenças e locais de origem, o que revela diversidade cultural e linguística.

A metáfora apresentada na última estrofe do poema, ao associar a consciência humana à imagem do morcego, remete ao(à)
a) oposição entre a materialidade do corpo e a existência impalpável da alma e da consciência.
b) confronto entre a melancolia do momento presente e a expectativa do eu-lírico por um futuro melhor.
c) consciência atormentada por atos ilícitos como o tráfico de animais exóticos.
d) capacidade humana de afugentar os males da natureza com o uso da razão.
e) impossibilidade do repouso tranquilo diante do remorso provocado por culpas passadas.

A partir da leitura do Texto 1, e da observação da imagem correspondente ao Texto 2, pode-se afirmar que, para o autor, a fotografia se diferencia da pintura pelo(a)
a) possibilidade de imortalizar o retratado, devido à maior durabilidade das fotografias em comparação com pinturas antigas.
b) restrição do potencial de exploração das técnicas do artista, devido às limitações do suporte da câmera e da revelação das fotos.
c) possibilidade de retratar seres humanos, devido à capacidade da máquina de captar detalhes da expressão individual.
d) possibilidade de preservar o impacto dos retratos, devido à capacidade da máquina de reproduzir a experiência do real.
e) possibilidade de retratar pessoas de baixa renda, devido ao custo reduzido da produção fotográfica em comparação com o da pintura.

No trecho anterior, referente à obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, nota-se a presença de elementos de variantes coloquiais devido ao(à)
a) uso de termos típicos de variantes arcaicas do português, como em “Sinha”.
b) presença de termos regionais, como “mantimentos” e “chita”.
c) falta de concordância nominal no trecho “e um corte de chita vermelha.”
d) presença do desvio de regência em “precisava sal, farinha, feijão e rapaduras”.
e) utilização inadequada da crase em “Fabiano tinha ido à feira”.

O texto apresentado, publicado durante o período de vigência do regime militar brasileiro, é uma paródia na medida em que
a) utiliza-se do formato das leis do regime militar brasileiro para exaltar a vida na União Soviética.
b) se vale do modelo e teor textual dos atos institucionais do regime militar para transmitir mensagens de esperança.
c) utiliza a linguagem jurídica para ironizar as contradições da legislação brasileira da época.
d) compõe uma alegoria baseada na ideia de que existe um Estado ideal.
e) recorre ao formato da declaração universal dos direitos humanos para denunciar as desigualdades sociais.

Pode-se afirmar que é predominante no excerto a função
a) metalinguística da linguagem, pois o narrador apresenta uma reflexão sobre sua própria obra.
b) conativa da linguagem, pois o narrador tenta persuadir o leitor a ler o livro como ele o interpreta.
c) poética da linguagem, pois o narrador se vale de imagens diversas e metáforas para expressar seu pensamento.
d) denotativa da linguagem, pois apresenta ao leitor um fato acerca da leitura.
e) fática da linguagem, pois tenta estabelecer e prolongar um diálogo com o leitor.

O texto anterior pertence ao Realismo brasileiro. Na passagem em questão, a estética naturalista é sugerida a partir do(a)
a) determinação da raça.
b) prevalência do instinto animalesco.
c) força do meio sobre o indivíduo.
d) caracterização do tipo popular.
e) subjetividade das casas e pessoas.

Texto 1 Renunciar à própria liberdade é o mesmo que renunciar à qualidade de homem, aos direitos da Humanidade, inclusive aos seus deveres. Não há nenhuma compensação possível para quem quer que renuncie a tudo. Tal renúncia é incompatível com a natureza humana, e é arrebatar toda moralidade a suas ações, bem como subtrair toda liberdade à sua vontade. Enfim, não passa de vã e contraditória convenção estipular, de um lado, uma autoridade absoluta, e, de outro, uma obediência sem limites. ROUSSEAU, J.J. Do contrato social. Disponível em: .Acesso em: 10 jun. 2016 Texto 2 Por liberdade, então, podemos apenas entender um poder de agir ou de não agir segundo as determinações da vontade: isto é, se escolhermos permanecer em repouso, podemos; mas, se escolhermos mover-nos, também podemos. HUME, D. Ensaio sobre o entendimento humano. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2016 Ambos os trechos apresentados anteriormente tratam do tema da liberdade, mas de maneiras diferentes, pois, enquanto o texto 1
a) defende a existência da liberdade, o texto 2 apresenta concepções deterministas sobre o ser humano.
a) defende a existência da liberdade, o texto 2 apresenta concepções deterministas sobre o ser humano.
b) situa a dimensão social da liberdade, o texto 2 trata de definir o conceito a partir da esfera individual.
c) vê na renúncia à liberdade uma atrocidade, o texto 2 exalta o poder de contenção dos indivíduos.
d) associa o tema à convenção social, o texto 2 o relaciona ao poder político.
e) trata da renúncia à liberdade, o texto 2 trata da realização desenfreada dos desejos.

No trecho apresentado, a linguagem verbal é apresentada como um código essencial para a
a) existência dos sonhos.
b) compreensão da própria personalidade.
c) percepção física da realidade.
d) concepção imaginária de lugares maravilhosos.
e) interpretação da experiência individual.

O poema acima, de Carlos Drummond de Andrade, é construído sobre um paradoxo, que consiste na utilização da forma poética para a afirmação do(a)
a) potencialidade da ciência de desenvolver tanto medicamentos como tecnologias capazes de promover a eclosão de guerras e conflitos de grandes proporções.
b) necessidade de superar o esgotamento cada vez maior dos recursos naturais por empresas responsáveis pela produção de utensílios modernos.
c) necessidade de resgatar valores de solidariedade e simplicidade em um mundo marcado pelo egoísmo e pela dependência à tecnologia.
d) impossibilidade de existência da poesia num mundo marcado por guerras e pelo desenvolvimento tecnológico desenfreado.
e) ambiguidade entre a busca pela ampliação da vida pelo desenvolvimento tecnológico e o aumento das mortes em guerras.

O código de barras presente na imagem faz referência ao(à)
a) risco causado pela exposição da pele a raios infravermelhos
b) possibilidade de identificar um indivíduo através de suas impressões digitais.
c) individualidade inerente apresentada por cada personalidade humana.
d) consumismo estimulado nas sociedades capitalistas ocidentais modernas.
e) mapeamento genético possibilitado pela ciência contemporânea.

A popularidade das pós-graduações em gestão e negócios levou a um "boom" na oferta de cursos na área. Se essa expansão aumentou as opções para alunos, também fez surgir uma confusão de nomenclaturas que dificulta a escolha do curso ideal. Na ESPM, por exemplo, "gestão de negócios" e "gestão empresarial" são sinônimos. "Nos dois casos, o objetivo é passar uma visão geral sobre um negócio e abordar os campos para se tornar um bom gestor", diz Licínio Motta, diretor de pós-graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Já na FGV, o termo "gestão de negócios" aparece em cursos para quem quer empreender e "gestão empresarial" para quem está empregado e quer se tornar diretor. "O jeito é olhar as ementas, questionar sobre o perfil de alunos e professores e verificar a ênfase em determinadas áreas", afirma Paulo Lemos, diretor da FGV Management, departamento responsável pelos cursos da escola.
O recurso argumentativo utilizado pelo autor do texto para justificar a afirmação de que há uma confusão de nomenclaturas dos cursos de gestão é o(a)
a) exemplificação, ao mostrar dois exemplos reais daquilo que alegou.
b) argumento de autoridade, ao citar dois especialistas sobre o assunto tratado.
c) apresentação de dados estatísticos, ao citar duas instituições que comprovam seu argumento.
d) comparação, ao contrastar duas realidades como modo de apontar a melhor.
e) consenso, ao apresentar uma realidade que é conhecida por todos.

No poema anterior, há a repetição dos verbos “dizer” (1ª estrofe) e “fazer” (2ª estrofe). Um sentido para essa repetição, no contexto, é
a) apresentar ao leitor um argumento cujas premissas se repetem.
b) rimar com as outras palavras das estrofes, como em “Dizem? / Esquecem” e “Fazem? / Fatal”.
c) figurar ao leitor a vontade do eu lírico de realizar ações impossíveis.
d) mostrar que aquele que espera alcança por meios ilícitos.
e) apresentar as consequências de uma ação e de sua não ação.

O avanço da tecnologia, que está na base da discussão sobre informação X conhecimento, trouxe, segundo Sílio Boccanera, repórter de televisão, correspondente internacional, novas exigências também para o jornalista. Para ele, as mudanças na área de tecnologia de televisão obrigam o jornalista a agir com uma instantaneidade que não existia no passado. Durante a Guerra do Vietnã, por exemplo, que terminou em 1975, a primeira grande guerra acompanhada pela televisão, o repórter que cobria a guerra usava filme. O vídeo não existia. Esse filme precisava ser revelado. Era, então, enviado para os Estados Unidos ou para a Europa, onde era montado e apresentado nesses países. Geralmente quatro dias após o acontecimento, tempo de duração desse processo. Hoje, estamos familiarizados com coberturas internacionais em tempo real: o fato está acontecendo e nós estamos vendo-o em nossas casas. A tecnologia permite que o evento seja acompanhado na hora em que acontece.
De acordo com o texto, o avanço da tecnologia na área televisiva acarretou no(a)
a) dificuldade em compreender as informações divulgadas devido à velocidade de surgimento de novas notícias.
b) diminuição da importância atribuída aos eventos divulgados pela televisão devido à sua futilidade.
c) ruptura com o modelo linear de transmissão da informação devido ao surgimento da notícia hipertextual.
d) simultaneidade da divulgação da informação devido ao aumento da velocidade de sua veiculação.
e) restrição do acesso à informação às classes populares devido ao alto custo das novas tecnologias.

Tendo em vista as informações apresentadas, pode-se afirmar que o objetivo do autor do texto é
a) questionar a concepção de história da ciência como um processo de acúmulo gradativo de novos saberes.
b) criticar a falta de parâmetros científicos nas concepções culturais de sociedades antigas.
c) reafirmar a importância do acúmulo gradativo de novos conhecimentos para a história da ciência.
d) apontar as dificuldades envolvidas na descoberta de novos conhecimentos científicos.
e) negar a existência de contribuições individuais para o desenvolvimento da ciência.

Segundo o autor, o “internetês” se define por
Qual das alternativas abaixo melhor descreve a definição de “internetês” segundo o autor?
a) um fenômeno que reflete a evolução da língua portuguesa.
b) um bem cultural que não é transmitido através de um meio material.
c) preservadora da cultura material de um povo, através do registro em itens de quais eram seus heróis, seus feitos e suas glórias.
d) mantenedora dos paradigmas da sociedade, através da prescrição escrita dos costumes que todos deviam seguir naquela sociedade.
e) perpetuadora do patrimônio cultural e da identidade de um povo, através do uso de seu patrimônio linguístico como meio de expressão.

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Simulado 7 (ENEM) - Prova 1 - Linguagens/Humanas/Redação (Inglês)
Questão 1
Protesto em Washington, DC, EUA, em 9 jul. 2015. Disponível em: <perspective@flickr.com>. Licença CC By. Acesso em: 10 mar.
2016.
A cena fotografada é de um protesto organizado na capital federal norte-americana em 2015 e diz
respeito ao candidato presidencial pelo partido republicano Donald Trump. De acordo com o cartaz
erguido, o protesto é
a) contrário ao candidato Trump, declarando-o moralmente falido, em alusão a seu grande
patrimônio financeiro e suas polêmicas propostas políticas.
b) favorável ao candidato Trump, declarando os EUA financeiramente falidos, em alusão à grande
crise de 2008 e às propostas do republicano para a economia.
c) contrário ao candidato Trump, declarando os EUA moralmente falidos, em alusão à popularidade
de candidatos extremistas como Trump e outros de seu partido.
d) favorável ao candidato Trump, declarando-o moralmente íntegro, em alusão às denúncias de
corrupção veiculadas por seus opositores.
e) contrário ao partido de Donald Trump, declarando o candidato com o único concorrente
moralmente íntegro do partido.
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Questão 2
People who seek to change their sex have long been at the mercy of endocrinologists. Gender transition classically includes cross-sex
hormone replacement therapy (HRT), and it is these hormone specialists that are responsible for testing hormonal blood levels and
prescribing the appropriate medication for trans patients. New research shows that younger endocrinologists are more comfortable
working with transgender people, which is promising for the future of trans health care—but it's also a painful reminder that it is all too
common for the health care of transgender people to be mismanaged by prejudiced physicians.
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Disponível em: . Acesso em: 03 mar. 2016.
A maneira como as ideias são distribuídas no texto revela sua função de
a) apologia.
b) condenação.
c) denúncia.
d) ordenação.
e) humor.
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Questão 3
 In the 15 years between this first fleeting appearance and the eventual publication of Finnegans
Wake on 4 May, 1939, Joyce’s book was to alienate long-time supporters such as Ezra Pound and
attract a younger generation of writers, critics and publishers […] In the years since its publication,
the Wake has l ived something of a double l ife. On the one hand, it has been a darl ing of academia,
lending itself to exegesis as few other novels do. On the other, it has baffled generations of ordinary
readers, even those who admire and enjoy Joyce’s earl ier writing. As a result, it has gained a
reputation as a book more written about than read, the ultimate in modernist incomprehensibil ity. It
has almost become a badge of middlebrow honour to declare to the world that you have never, and
wil l never, read the thing. […]
 [However], the move to the public domain [in 2012] meant that the Wake could more easily enter
the world beyond print culture. There is an excellent annotated version of the text online which,
when I discovered it, led me to think that the book, […] is l ike an early iteration of hypertext. The
book was, we can now see, crying out for the invention of the web, which would enable the holding of
multiple domains of knowledge in the mind at one time that a proper reading requires.
 So, is the web changing our perception of Joyce’s late masterpiece? I’m a dedicated lover of the
printed word, but perhaps Finnegans Wake needed the web to become easily readable. Maybe
Joyce’s multiple concurrent layers of meaning and rejection of l inearity need hypertext and online
reading habits to open them up to a wider audience. And maybe, just maybe, future generations wil l
look back on early discussions of Finnegans Wake’s unreadabil ity and wonder what the hell was the
matter with us.
MILLS, B. Finnegans Wake – the book the web was invented for . Disponível em:
<https://www.theguardian.com/books/booksblog/2015/apr/28/finnegans-wake-james-joyce-modern-interpretations>. Acesso em:
27 jun. 2016.
O autor do texto indicado apresenta uma reflexão sobre o impacto do surgimento da internet na
percepção da obra Finnegans Wake, de autoria do escritor irlandês James Joyce. Segundo as
informações indicadas, pode-se afirmar que esse impacto foi proporcionado pelo fato de que a
internet
a) possibil itou o trabalho integrado de inúmeros acadêmicos especializados na obra.
b) difundiu ao grande público a percepção de que a obra era incompreensível.
c) facil itou a abordagem multidisciplinar necessária para a compreensão adequada da obra.
d) forneceu ao público as ferramentas necessárias para a realização de uma leitura l inear da obra.
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e) permitiu o acesso à obra por parte do público não especializado.
Questão 4
 Higher education faces the challenge of making it clear to overseas students that the UK is
sti l l a vibrant, tolerant and open country in spite of the vote to leave the EU, the principal of one of
Europe’s leading conservatoires has said.
 Before the vote, the Guildhall School of Music and Drama released striking photographs of its
young symphony orchestra, with and without EU students.
 In total, 49 out of its 109 orchestra members come from European Union countries.
 The school’s principal, Barry Ife, said: “We were trying to bring to people’s attention just how
important and essential a part of our cultural fabric EU students are. I was sitting in a concert doing
a mental stock take of how many EU students we had in our orchestra and what it would look l ike if
those students were not there.”
BROWN, M. School pictures what its orchestra would look like minus EU student. Disponível em:
<http://www.theguardian.com/education/2016/jun/27/guildhall-school-music-drama-eu-referendum-orchestra-student>. Acesso
em: 27 jun. 2016.
Segundo os depoimentos apresentados na reportagem, ao tirar uma foto de sua orquestra sem os
alunos dos outros países da União Europeia, o objetivo dos alunos ingleses da Guildhall School of
Music and Drama seria
a) indicar como os estudantes de outros países da União Europeia estão ocupando postos que
poderiam ser oferecidos a jovens britânicos.
b) chamar atenção do público sobre como a presença de estudantes de outros países da União
Europeia é essencial para produção cultural britânica.
c) indicar como as orquestras britânicas dependem da participação de músicos estrangeiros para a
manutenção de sua qualidade.
d) apontar como a maior parte das orquestras em atuação da Inglaterra são dirigidas por maestros
oriundos de outros países da União Europeia.
e) denunciar como estudantes de outros países da União Europeia tem sido perseguidos e expulsos
do território inglês.
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Questão 5
 “I and I Rasta”
When they go wrong, go the other way
Don't fol low Babylon, Jah wil l lead the way
When they call you a l iar and a thief
Well don't you worry now, remember judgement day
And don't you be no batty boy, and don't you be no fool
'Cause I and I a Rasta
I and I a Rasta, uhuh
The children of our Lord have a new insight
And in this generation, the gospel is al ive
I and I are Rasta
I-ternally
And we be praising Rastafari
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continually
And don't you be no batty boy, and don't you be no fool
'Cause I and I a Rasta
I and I a Rasta, uhuh
Bad Brains. Disponível em: <http://batlyrics.net/> Acesso em: 10 mar. 2016.
A canção tem como objetivo transmitir uma mensagem relativa às crenças religiosas de um grupo e
em seu vocabulário. Sua análise revela que
a) textos de origem religiosa buscam transmitir ideias, mesmo que distintas, de uma maneira muito
similar, o que indica padronização l inguística.
b) mensagens religiosas similares ou idênticas podem ser transmitidas de formas diferentes, o que
revela diversidade l inguística dentro de uma mesma cultura.
c) a padronização l inguísticatem se tornado estratégica para diferentes grupos religiosos que
buscam difundir sua mensagem internacionalmente.
d) a l íngua inglesa abriga grande diversidade de dialetos e variantes a depender da fi l iação
religiosa de quem a usa.
e) diferentes grupos possuem práticas e vocabulários l igados a suas crenças e locais de origem, o
que revela diversidade cultural e l inguística.
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Questão 6
O morcego
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
 
“Vou mandar levantar outra parede...”
-- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
 
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
 
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
ANJOS, A. Eu e outras poesias. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/>. Acesso em: 14 mar. 2016
A metáfora apresentada na última estrofe do poema, ao associar a consciência humana à imagem do
morcego, remete ao(à)
a) oposição entre a materialidade do corpo e a existência impalpável da alma e da consciência.
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b) confronto entre a melancolia do momento presente e a expectativa do eu-l írico por um futuro
melhor.
c) consciência atormentada por atos i l ícitos como o tráfico de animais exóticos.
d) capacidade humana de afugentar os males da natureza com o uso da razão.
e) impossibil idade do repouso tranquilo diante do remorso provocado por culpas passadas.
Questão 7
Texto 1
Alguns estudos são mais úteis para introduzir a nova técnica que o estudo de retratos
encomendados: imagens humanas anônimas. A pintura já conhecia há muito rostos desse tipo. Se os
quadros permaneciam no patrimônio da família, havia ainda certa curiosidade pelo retratado.
Porém, depois de duas ou três gerações, esse interesse desaparecia: os quadros valiam apenas
como testemunho do talento artístico do seu autor. Mas na fotografia surge algo de estranho e de
novo: na vendedora de peixes de New Haven, olhando o chão com um recato tão displicente e tão
sedutor, preserva-se algo que não se reduz ao gênio artístico do fotógrafo Hil l , algo que não pode
ser si lenciado, que reclama com insistência o nome daquela que viveu ali , que também na foto é
real, e que não quer extinguir-se na “arte”.
BENJAMIN, Walter. Pequena história da fotografia. Obras escolhidas vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1987.
 
Texto 2
HILL, David O. A vendedora de peixes de New Haven. Disponível em: <www.metmuseum.org>. Acesso em: 12 fev. 2015.
A partir da leitura do Texto 1, e da observação da imagem correspondente ao Texto 2, pode-se
afirmar que, para o autor, a fotografia se diferencia da pintura pelo(a)
a) possibil idade de imortalizar o retratado, devido à maior durabil idade das fotografias em
comparação com pinturas antigas.
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b) restrição do potencial de exploração das técnicas do artista, devido às l imitações do suporte da
câmera e da revelação das fotos.
c) possibil idade de retratar seres humanos, devido à capacidade da máquina de captar detalhes da
expressão individual.
d) possibil idade de preservar o impacto dos retratos, devido à capacidade da máquina de reproduz a
experiência do real.
e) possibil idade de retratar pessoas de baixa renda, devido ao custo reduzido da produção
fotográfica em comparação com o da pintura.
Questão 8
Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras. Sinha Vitória pedira além disso
uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com água, e a chita da
amostra era caro demais.
RAMOS, G. Vidas secas. 108ªed. Rio de Janeiro: Record, 2008.
No trecho anterior, referente à obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, nota-se a presença de elementos de variantes coloquiais
devido ao(à) 
a) uso de termos típicos de variantes arcaicas do português, como em “Sinha”.
b) presença de termos regionais, como “mantimentos” e “chita”.
c) falta de concordância nominal no trecho “e um corte de chita vermelha.”
d) presença do desvio de regência em “precisava sal, farinha, feijão e rapaduras”.
e) utilização inadequada da crase em “Fabiano tinha ido à feira”.
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Questão 9
Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.
 
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.feli
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Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.
MELLO, T. apud MOREIRA, M. C. (org). Da arte de compartilhar: uma metodologia de trabalho social com famílias. Rio de Janeiro:
Mauad, 2006 (fragmento).
O texto apresentado, publicado durante o período de vigência do regime militar brasileiro, é uma
paródia na medida em que
a) uti l iza-se do formato das leis do regime militar brasileiro para exaltar a vida na União Soviética.
b) se vale do modelo e teor textual dos atos institucionais do regime militar para transmitir
mensagens de esperança.
c) uti l iza a l inguagem jurídica para ironizar as contradições da legislação brasileira da época.
d) compõe uma alegoria baseada na ideia de que existe um Estado ideal.
e) recorre ao formato da declaração universal dos direitos humanos para denunciar as desigualdades
sociais.
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Questão 10
Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não
me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas
me acodem então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem
agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os
clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.
ASSIS, M. Dom Casmurro. São Paulo: Klick editora, 1997.
Pode-se afirmar que é predominante no excerto a função
a) metalinguística da linguagem, pois o narrador apresenta uma reflexão sobre sua própria obra.
b) conativa da linguagem, pois o narrador tenta persuadir o leitor a ler o livro como ele o interpreta.
c) poética da linguagem, pois o narrador se vale de imagens diversas e metáforas para expressar seu pensamento.
d) denotativa da linguagem, pois apresenta ao leitor um fato acerca da leitura.
e) fática da linguagem, pois tenta estabelecer e prolongar um diálogo com o leitor.
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f) Não sei.
Questão 11
Era um dia abafadiço e aborrecido. A pobre cidade de São Luís do Maranhão parecia entorpecida
pelo calor. Quase que se não podia sair à rua: as pedras escaldavam; as vidraças e os lampiões
faiscavam ao sol como enormes diamantes, as paredes tinham reverberações de prata polida; as
folhas das árvores nem se mexiam; as carroças d’água passavam ruidosamente a todo o instante,
abalando os prédios; e os aguadeiros, em mangas de camisa e pernas arregaçadas, invadiam sem
cerimônia as casas para encher as banheiras e os potes.
AZEVEDO, Aluísio de. O mulato. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000166.pdf> Acesso em:13 jun. 2016
O texto anterior pertence ao Realismo brasileiro. Na passagem em questão, a estética naturalista é
sugerida a partir do(a)
a) determinação da raça.
b) prevalência do instinto animalesco.
c) força do meio sobre o indivíduo.
d) caracterização do tipo popular.
e) subjetividade das casas e pessoas.
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Questão 12
Texto 1
Renunciar à própria liberdade é o mesmo que renunciar à qualidade de homem, aos direitos da Humanidade, inclusive aos seus
deveres. Não há nenhuma compensação possível para quem quer que renuncie a tudo. Tal renúncia é incompatível com a natureza
humana, e é arrebatar toda moralidade a suas ações, bem como subtrair toda liberdade à sua vontade. Enfim, não passa de vã e
contraditória convenção estipular, de um lado, uma autoridade absoluta, e, de outro, uma obediência sem limites.
ROUSSEAU, J.J. Do contrato social. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/>.Acesso em: 10 jun. 2016
 
Texto 2
Por liberdade, então, podemos apenas entender um poder de agir ou de não agir segundo as determinações da vontade: isto é, se
escolhermos permanecer em repouso, podemos; mas, se escolhermos mover-nos, também podemos.
HUME, D. Ensaio sobre o entendimento humano. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/>. Acesso em: 10 jun. 2016
 
Ambos os trechos apresentados anteriormente tratam do tema da liberdade, mas de maneiras diferentes, pois, enquanto o texto 1
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a) defende a existência da liberdade, o texto 2 apresenta concepções deterministas sobre o ser humano.
b) situa a dimensão social da liberdade, o texto 2 trata de definir o conceito a partir da esfera individual.
c) vê na renúncia à liberdade uma atrocidade, o texto 2 exalta o poder de contenção dos indivíduos.
d) associa o tema à convenção social, o texto 2 o relaciona ao poder político.
e) trata da renúncia à liberdade, o texto 2 trata da realização desenfreada dos desejos.
Questão 13
Penso que existem três tipos de sonhos: há aquele que eu chamaria de “sonho-cenário”, pois é composto só de imagens. É quando
sonhamos com lugares maravilhosos, paisagens. Nada acontece, é só um cenário. Existe o “sonho-cena”, que é aquele com imagens
e personagens, no qual estamos incluídos também. Na maior parte do sonho há um diálogo, uma conversa. E há o sonho que é “pura
fala”, que é muito raro. Acontece que, quando vamos contar o sonho a alguém, qualquer que seja o tipo, transformamos cenas e
cenários em palavras, em palavras passíveis de interpretações. Somos seres que nos prendemos à palavra, a tal ponto que a
palavra é o que nos faz. Em nós, humanos, mesmo um sonho só de cenas, para ser compreendido por mim mesmo, tem de ser
contado por mim, para mim ou para o outro, através de palavras.
ALVES, R. & BRANDÃO, C.R. Encantar o mundo pela palavra. Campinas, Papirus, 2006.
No trecho apresentado, a linguagem verbal é apresentada como um código essencial para a
a) existência dos sonhos.
b) compreensão da própria personalidade.
c) percepção física da realidade.
d) concepção imaginária de lugares maravilhosos.
e) interpretação da experiência individual.
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Questão 14
Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.
 
Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
Amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa estômago para digestão.
 
Os homens não melhoram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heroicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.
 
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(Desconfio que escrevi um poema.)
ANDRADE, Carlos D. O Sobrevivente. In Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013
O poema acima, de Carlos Drummond de Andrade, é construído sobre um paradoxo, que consiste na
util ização da forma poética para a afirmação do(a)
a) potencialidade da ciência de desenvolver tanto medicamentos como tecnologias capazes de
promover a eclosão de guerras e confl itos de grandes proporções.
b) necessidade de superar o esgotamento cada vez maior dos recursos naturais por empresas
responsáveis pela produção de utensíl ios modernos.
c) necessidade de resgatar valores de solidariedade e simplicidade em um mundo marcado pelo
egoísmo e pela dependência à tecnologia.
d) impossibil idade de existência da poesia num mundo marcado por guerras e pelo desenvolvimento
tecnológico desenfreado.
e) ambiguidade entre a busca pela ampliação da vida pelo desenvolvimento tecnológico e o aumento
das mortes em guerras.
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Questão 15
Disponível em: <http://acervo.revistabula.com/page/1360>. Acesso em: 1 jun. 2016.
O código de barras presente na imagem faz referência ao(à)
a) risco causado pela exposição da pele a raios infravermelhos
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b) possibil idade de identificar um indivíduo através de suas impressões digitais.
c) individualidade inerente apresentada por cada personalidade humana.
d) consumismo estimulado nas sociedades capitalistas ocidentais modernas.
e) mapeamento genético possibil itado pela ciência contemporânea.
Questão 16
A popularidade das pós-graduações em gestão e negócios levou a um "boom" na oferta de cursos na
área. Se essa expansão aumentou as opções para alunos, também fez surgir uma confusão de
nomenclaturas que dificulta a escolha do curso ideal.
Na ESPM, por exemplo, "gestão de negócios" e "gestão empresarial" são sinônimos. "Nos dois
casos, o objetivo é passar uma visão geral sobre um negócio e abordar os campos para se tornar um
bom gestor", diz Licínio Motta, diretor de pós-graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e
Marketing).
Já na FGV, o termo "gestão de negócios" aparece em cursos para quem quer empreender e "gestão
empresarial" para quem está empregado e quer se tornar diretor.
"O jeito é olhar as ementas, questionar sobre o perfi l de alunos e professores e verificar a ênfase
em determinadas áreas", afirma Paulo Lemos, diretor da FGV Management, departamento
responsável pelos cursos da escola.
PECHI, Daniele & FEIJÓ, Bruno Vieira. 'Boom' de pós-graduação em gestão faz surgir nomes confusos e cursos ruins. Folha de S.
Paulo. Educação. 31 jan. 2016. Disponível em: <http://folha.com/no1735042>. Acesso em: 13 jun. 2016
O recurso argumentativo uti l izado pelo autor do texto para justificar a afirmação de que há uma
confusão de nomenclaturas dos cursos de gestão é o(a)
a) exemplificação, ao mostrar dois exemplos reais daquilo que alegou.
b) argumento de autoridade, ao citar dois especialistas sobre o assunto tratado.
c) apresentação de dados estatísticos, ao citar duas instituições que comprovam seu argumento.
d) comparação, ao contrastar duas realidades como modo de apontar a melhor.
e) consenso, ao apresentar uma realidade que é conhecida por todos.
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Questão 17
Dizem?
 
Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Disseram.
 
Fazem?
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Fatal.
Não fazem?
Igual.
 
Por quê 
Esperar?
Tudo é
Sonhar.
PESSOA, F. Cancioneiro. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 11 fev. 2016.
No poema anterior, há a repetição dos verbos “dizer” (1ª estrofe) e “fazer” (2ª estrofe). Um sentido
para essa repetição, no contexto, é
a) apresentar ao leitor um argumento cujas premissas se repetem.
b) rimar com as outras palavras das estrofes, como em “Dizem? / Esquecem” e “Fazem? / Fatal”.
c) figurar ao leitor a vontade do eu l írico de realizar ações impossíveis.
d) mostrar que aquele que espera alcança por meios i l ícitos.
e) apresentar as consequências de uma ação e de sua não ação.
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Questão 18
O avanço da tecnologia, que está na base da discussãosobre informação X conhecimento, trouxe, segundo Sílio Boccanera, repórter
de televisão, correspondente internacional, novas exigências também para o jornalista. Para ele, as mudanças na área de tecnologia
de televisão obrigam o jornalista a agir com uma instantaneidade que não existia no passado. Durante a Guerra do Vietnã, por
exemplo, que terminou em 1975, a primeira grande guerra acompanhada pela televisão, o repórter que cobria a guerra usava filme. O
vídeo não existia. Esse filme precisava ser revelado. Era, então, enviado para os Estados Unidos ou para a Europa, onde era montado
e apresentado nesses países. Geralmente quatro dias após o acontecimento, tempo de duração desse processo. Hoje, estamos
familiarizados com coberturas internacionais em tempo real: o fato está acontecendo e nós estamos vendo-o em nossas casas. A
tecnologia permite que o evento seja acompanhado na hora em que acontece.
BACCEGA, M. A. Conhecimento, informação e tecnologia. Conhecimento & educação. São Paulo. Vol 4, Nº11. pp.07-16, 1998.
De acordo com o texto, o avanço da tecnologia na área televisiva acarretou no(a)
a) dificuldade em compreender as informações divulgadas devido à velocidade de surgimento de novas notícias.
b) diminuição da importância atribuída aos eventos divulgados pela televisão devido à sua futilidade.
c) ruptura com o modelo linear de transmissão da informação devido ao surgimento da notícia hipertextual.
d) simultaneidade da divulgação da informação devido ao aumento da velocidade de sua veiculação.
e) restrição do acesso à informação às classes populares devido ao alto custo das novas tecnologias.
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Questão 19
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Alguns historiadores estão encontrando mais e mais dificuldades para responder a perguntas como: quando foi descoberto o
oxigênio? Quem foi o primeiro a conceber a conservação da energia? Cada vez mais, alguns deles suspeitam de que esses
simplesmente não são os tipos de questões a serem levantadas. Talvez a ciência não se desenvolva pela acumulação de
descobertas e invenções individuais. [...]
Quanto mais cuidadosamente estudam, digamos, a dinâmica aristotélica, tanto mais certos tornam-se de que, como um todo, as
concepções de natureza outrora correntes não eram menos científicas do que as atualmente em voga. Teorias obsoletas não são
acientíficas em princípio, simplesmente porque foram descartadas. Contudo, esta escolha torna difícil conceber o desenvolvimento
científico como um processo de acréscimo. A mesma pesquisa histórica, que mostra as dificuldades para isolar invenções e
descobertas individuais, dá margem a profundas dúvidas a respeito do processo cumulativo que se empregou para pensar como
teriam se formado essas contribuições individuais à ciência.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científ icas. São Paulo: Perspectiva, 1998 (adaptado).
Tendo em vista as informações apresentadas, pode-se afirmar que o objetivo do autor do texto é
a) questionar a concepção de história da ciência como um processo de acúmulo gradativo de novos saberes.
b) criticar a falta de parâmetros científicos nas concepções culturais de sociedades antigas.
c) reafirmar a importância do acúmulo gradativo de novos conhecimentos para a história da ciência.
d) apontar as dificuldades envolvidas na descoberta de novos conhecimentos científicos.
e) negar a existência de contribuições individuais para o desenvolvimento da ciência.
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Questão 20
Observemos a seguinte construção, extraída de uma comunidade virtual do Orkut, voltada para os que odeiam internetês:
Eu OdEiU GNTi ki IsKreVi AxIM
Trata-se de uma ironia em relação à imagem do outro, que deve ser negada no próprio discurso. O título é exemplar para
discutir o que os universitários e demais avessos ao internetês chamam de troca de letras. Em “odeiu”, há a substituição da
vogal “o”, em sílaba não-acentuada final de palavra, pela vogal [u], em referência ao modo como a palavra é pronunciada na
maioria das variedades linguísticas do Brasil. Em “gnti”, chamo a atenção para a omissão da vogal na sílaba com estrutura CVC
“gen”, já que a vogal “apareceria”, de certo modo, no nome da letra ‘g’ (pronunciada como ‘je’). Outro processo ocorre em
“ki”, em que há substituição do dígrafo “qu-” pela letra “k”, seguida da vogal “i” – que está no lugar da vogal “e” –, resultando
na sílaba “ki”, mais uma vez, transcrição do modo como a palavra é pronunciada na maioria das variedades linguísticas do
Brasil. Em “ixcrevi” destaco, por um lado, a elevação da vogal [e] nas sílabas não-acentuadas inicial e final da palavra, como
ocorre, em geral, em estilos mais informais de fala; por outro, a substituição da consoante “s” por “x”, tanto em “ixcreve”
quanto em “axim”. Ora, é sabido que a consoante “x” tem diversas realizações sonoras. “X”, em posição de coda silábica,
pode corresponder a [s] (como na variedade paulista) ou a [ch] (como na variedade carioca), como se verifica em “exterior”,
“extra”, “extemporâneo”.
Essas trocas de letras se fundam, pois, em possibilidades do próprio sistema de escrita do português. O problema, se existir,
residiria apenas na inadequação às convenções ortográficas – e não na produção de confusão.
KOMESU, F. Visões da língua(gem) em comentários sobre Internetês não é língua portuguesa. Filologia e linguística portuguesa. São
Paulo. n.8. p.439-449, 2006.
Segundo o autor, o “internetês” se define por
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a) ser uma forma inadequada de escrita.
b) desenvolver um novo idioma universal.
c) abandonar os parâmetros fonéticos da norma culta.
d) aproximar a escrita aos parâmetros da oralidade.
e) resgatar um modo de falar regional e histórico.
f) Não sei.
Questão 21
A literatura de um povo é o desenvolvimento do que ele tem de mais sublime nas ideias, de mais
fi losófico no pensamento, de mais heroico na moral, e de mais belo na natureza; é o quadro animado
de suas virtudes e de suas paixões, o despertador de sua glória, e o reflexo progressivo de sua
inteligência; e quando esse povo, ou essa geração desaparece da superfície da terra com todas as
suas instituições, crenças e costumes, escapa a l iteratura aos rigores do tempo para anunciar às
gerações futuras qual fora o caráter e a importância do povo, do qual ela é o único representante na
posteridade. Sua voz como um eco imortal repercute por toda parte, e diz: em tal época, debaixo de
tal constelação, e sobre tal ponto do globo existia um povo, cuja glória só eu a conservo, cujos
heróis só eu os conheço; vós, porém, se pretendeis também conhecê-lo, consultai-me, porque eu sou
o espírito desse povo, e uma sombra viva do que ele foi.
MAGALHÃES, Gonçalves de. Discurso sobre a história da literatura do Brasil. In: COUTINHO, Afrânio (org). Caminhos do
pensamento crítico. Vol. 1. Rio de Janeiro: Prolivro, 1974, p.12
O texto anterior foi escrito no século XIX, época em que se pensava no papel da l iteratura nas
sociedades e nações. Podemos afirmar, a partir da visão do autor, que a l iteratura desempenha um
papel de
a) representante dos anseios, das crenças e dos costumes de um povo, através daquilo que ele
pensa acerca das glórias e constelações.
b) imortalizadora de um povo, por representar tudo que ele pensa e que resiste à ação do tempo por
ser um bem cultural que não é transmitido através de um meio material.
c) preservadora da cultura material de um povo, através do registro em itens de quais eram seus
heróis, seus feitos e suas glórias.
d) mantenedora dos paradigmas da sociedade, através da prescrição escrita dos costumes que todos
deviam seguir naquela sociedade.
e) perpetuadora do patrimônio cultural e da identidade de um povo, através do uso de seu
patrimônio l inguístico como meio de expressão.
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Questão 22
Um grupo de falantes pode perder a capacidade de produzir não apenas alguns, mas mesmo todos os sons e as letras de uma
língua, à medida que um idioma inteiro, por uma razão ou outra, caiaem esquecimento. Diz-se então que a língua está morta, ou,
mais precisamente, que uma nova língua começou a ser falada. Tais termos pertencem à linguística histórica, uma disciplina que
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aborda seus objetos em obsolescência com o benefício de uma visão retrospectiva. No momento em que um povo começa a
esquecer o que outrora era sua língua, é de esperar que nada seja realmente claro. As possibilidades são muitas. Um idioma pode
desaparecer sem que isso seja percebido; pode também ser lembrado por aqueles que outrora o falavam, quando se torna apena
uma memória para eles. Mas nenhuma língua, até mesmo aquela que se acredita ser a mais sagrada, pode escapar ao tempo de sua
transitoriedade.
HEllER-ROAZEN, D. Ecolalias - sobre o esquecimento das línguas. Campinas, Ed. da Unicamp, 2010. 
O uso conjunto das expressões “ou, mais precisamente”, no início do trecho, indica que, na visão do autor,
a) a ascensão de novas línguas deve ocorrer em sociedades que ainda não desenvolveram formas padrão de comunicação.
b) as línguas desaparecem quando a sociedade que as utiliza entra em crise devido ao surgimento de novos idiomas coetâneos.
c) a linguística histórica é a disciplina responsável por diagnosticar quando uma língua deve ser substituída devido à sua morte.
d) o processo de desaparecimento de uma língua está intrinsecamente ligado à ascensão de novas formas de expressão.
e) a falta de clareza dos conceitos de uma língua pode levar à sua extinção e posterior substituição por idiomas mais precisos.
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Questão 23
O Brasil, com 14% da água do planeta, possui, entretanto, uma distribuição desigual do volume e disponibilidade de recursos hídricos:
enquanto um habitante do Amazonas tem 700.000 m³ de água por ano disponíveis, um habitante da Região Metropolitana de São
Paulo tem 280 m³ por ano disponíveis. Essa disparidade traz inúmeros problemas econômicos e sociais, especialmente levando-se em
conta a disponibilidade/demanda e saúde humana na periferia das grandes regiões metropolitanas do Brasil: esse é um dos grandes
problemas ambientais deste início de século XXI no Brasil. Portanto, saneamento básico, tratamento de esgotos, recuperação de
infraestrutura e de mananciais são prioridades fundamentais no Brasil. Outra prioridade é avançar na gestão dos recursos hídricos
com a consolidação da descentralização e da governabilidade com a abordagem de bacias hidrográficas. Nesse caso, a interação
entre disponibilidade/demanda de recursos hídricos com a população da bacia hidrográfica e a atividade econômica e social,
considerando-se o ciclo hidrossocial, é também fundamental e de grande alcance para o futuro.
TUNDISI, José Galizia. Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções. Estudos avançados, Vol.22, Nº63, USP, São Paulo, 2003, p.13.
Disponível em: <http://periodicos.usp.br/eav/article/view/10290/11934>. Acesso em: 27 jun. 2016
O texto anterior trata de um problema socioambiental enfrentado pelo Brasil. No texto, o autor apresenta a questão da água por
meio do(a)
a) debate sobre os efeitos negativos da má distribuição de água no país e apresentação de uma alternativa ao problema.
b) relativização dos problemas relacionados à água e apresentação de uma solução para sua escassez.
c) posicionamento ideológico das elites acerca do problema da água e apresentação de uma alternativa à vida urbana.
d) abordagem histórica pela apresentação do problema da água a partir de sua origem e debate sobre soluções.
e) exposição do problema da distribuição da água no âmbito geográfico e social e a apresentação de soluções para ele.
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Questão 24
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Texto I
O mundo estava vivendo, desde o final do século XIX, um grande desenvolvimento das ciências naturais e das ciências exatas, que
permitia, através das descobertas e das inovações no campo da Biologia, da Botânica, da Física, da Química, da Geologia, etc., a
criação de um clima de euforia e de boas expectativas em relação ao futuro da humanidade. Essa época foi marcada por um
extraordinário progresso tecnológico, com repercussão imediata no campo econômico.
MANSANERA, A. R. & SILVA, L. C. A influência das ideias higienistas no desenvolvimento da psicologia no brasil. Psicologia em Estudo.
Vol.5, Nº1, p-115-137, DPI/CCH/UEM, 2000, p.116. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v5n1/v5n1a08.pdf>. Acesso em: 30 jun.
2016
 
Texto II
Durante o século XIX, houve um extraordinário desenvolvimento científico, indo da Química à Geologia, passando pela Botânica e pela
Zoologia para chegar à Biologia, ao lado do desenvolvimento da Arqueologia, da Paleontologia e da Filologia. Esse desenvolvimento
científico coincidiu com a estruturação da Antropologia como ciência, oferecendo a ela um referencial teórico que provinha das
ciências naturais.
DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas, SP: Papirus, 1995 (Coleção Corpo e Motricidade), p.31
 
Ambos os textos apresentados abordam o tema do desenvolvimento científico no século XIX. No entanto, as motivações para essa
exposição são diferentes, pois enquanto o texto I visa
a) criar um clima de euforia com relação às novas tecnologias, o texto II visa contextualizar os efeitos imediatos das descobertas
da Antropologia.
b) apresentar as repercussões econômicas do desenvolvimento tecnológico, o texto II visa apresentar um balanço das
descobertas científicas.
c) situar o desenvolvimento tecnológico e sua repercussão na economia, o texto II visa apresentar a estruturação da disciplina da
Antropologia.
d) criticar o surgimento de uma profusão de disciplinas que abarcam os interesses humanos, o texto II visa enaltecer as
descobertas antropológicas.
e) relacionar as descobertas do século ao contexto discursivo de surgimento das disciplinas, o texto II visa relacionar o surgimento
das disciplinas entre si.
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Questão 25
"Poesia concreta: produto de uma evolução crítica de formas, dando por encerrado o ciclo histórico
do verso (unidade rítmico-formal), a poesia concreta começa por tomar conhecimento do espaço
gráfico como agente estrutural".
CAMPOS, H & CAMPOS, A & PIGNATARI, D. Plano-Piloto para poesia concreta. Noigrandes, 4, São Paulo. 1958. Disponível em:
<http://tropicalia.com.br/leituras-complementares/plano-piloto-para-poesia-concreta>. Acesso em: 1 jun. 2016
Tendo em vista a definição apresentada, pode-se afirmar que um exemplo de poema concreto seria
a) Dos rubros flancos do redondo oceano Com suas asas de luz prendendo a terra O sol eu vi nascer,
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jovem formoso Desordenando pelos ombros de ouro. (Sousândrade, Harpa XXXII)
b) Solange Sohl, leoa sobre-humana Encarcerada em uma jaula de ouro. Solange Sohl, doutora e
silenciosa Sob o peso dos cí l ios. (Augusto de Campos, O rei menos o reino sucede o sol por natural)
c) (Edvard Much, O grito.)
d) Senhor Que eu não fique nunca Como esse velho inglês Aí do lado Que dorme numa cadeira À
espera de visitas que não vêm (Oswald de Andrade, Primeiro caderno do aluno de poesia)
e) (Augusto de Campos, Pluvial)
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Questão 26
Já faz algum tempo que a ideia publicitária de "experiência" sucedeu a concepção de qualidade nas
matérias-primas, produtos e serviços. O consumidor ávido por design quer novos gadgets, jogos,
cosméticos, viagens e cirurgias estéticas o tempo todo. Se não durarem, paciência.
Para se manterem desejadas e renovadas, as marcas buscam criar novos esti los com uma velocidade
inspirada no mundo da moda. Hoje não basta mais lançar produtos de qualidade técnica. É preciso
ser "tendência", lançar regularmente novas l inhas –e apresentá-las como coleções.
RADFAHRER, L. O mundo digital é 'kitsch'. Disponível em: <http://folha.com/no1730897>. Acesso em: 17 fev. 2016.
Indique a alternativa que aponta o ponto de vista defendido pelo autor do texto apresentado.
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a) Os produtos atuaissão melhores do que os antigos porque sua velocidade de produção é maior.
b) As tecnologias digitais e de modificação corporal se tornaram os principais campos de inovação
contemporânea.
c) A ânsia do consumidor por novidades se tornou mais importante do que a qualidade dos produtos
ou serviços.
d) As experiências oferecidas pelos produtos contemporâneos são mais diversificadas do que as de
antigamente.
e) A exigência do consumidor por produtos de alta qualidade tem pressionado as indústrias
contemporâneas.
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Questão 27
O consumo de cultura em Cuba sempre foi um fenômeno polêmico e complexo. As eternas
dificuldades econômicas da estrutura socialista da i lha raramente possibil itaram que se gastassem
os recursos necessários para levar ao cidadão as criações artísticas mais recentes e reconhecidas
consumidas no resto do mundo. Mesmo assim, graças a programas culturais e educativos, o
espectador cubano teve oportunidade de consumir cultura de alta qualidade oferecida pelas
instituições oficiais.
Seria possível supor que um sistema tão esmerado de controle educativo e ideológico, praticado por
instituições políticas e culturais oficiais, garantiria a criação entre os cubanos de uma alta
capacidade de discernimento no consumo cultural, levando-os a dar preferência a produtos de alto
nível estético, conceitual, ético e humanista.
Mas os meios de comunicação nem sempre alcançam essas metas previstas, nem sequer nas
condições acima descritas. Hoje, em Cuba, por exemplo, a música mais ouvida pelo povo é o
chamado reggaeton ou alguma de suas variantes, uma música elementar e cansativa, com letras
geralmente de enorme pobreza l írica e, às vezes, obscenas.
PADURA, L. Tanto esforço para nada. Disponível em: <folha.com.br>. Acesso em: 17 fev. 2016.
Indique a alternativa que apresenta o ponto de vista defendido pelo autor do texto.
a) O consumo de cultura em Cuba foi inexistente nas últimas décadas devido à política de controle
cultural.
b) A política de controle cultural em Cuba desestimulou artistas, que passaram a produzir obras de
baixa qualidade.
c) O reggaeton tem sido imposto a grande parte da população cubana devido à política de controle
cultural.
d) Os meios de comunicação se opuseram à política de controle cultural em prol do reggaeton.
e) A política de controle cultural cubana não levou ao esperado refinamento cultural dos cidadãos.
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Questão 28
Na minha escala de fi lmes de jornalismo investigativo, “Conspiração e Poder” ocupa o terceiro lugar
(...)
O caso é bem controverso. Uma repórter descobre algo desonroso na ficha mil itar do presidente
George W. Bush. O programa avaliza a descoberta. Partem para as comprovações.
Assim que o programa vai ao ar começam a aparecer as contestações, teria a repórter agido por
interesse partidário? A comprovação dos documentos é frouxa etc. Daí para as redes sociais e para a
desmoralização do programa em outras redes de TV é um pulo.
Segue-se o drama que todos podem imaginar: a estação caindo de pau na equipe; as tentativas de
defesa e tal.
Passamos do problema jornalístico ao melodrama pessoal sem grande pudor. Até o pai malvado da
repórter aparece. E malvado continua…
A visão é amplamente favorável à repórter, o que não é de estranhar: o fi lme é baseado no l ivro
dela. Tudo é tratado como se, por trás da tremenda investigação que se abate sobre ela, estivesse o
governo Bush.
ARAÚJO, Inácio. Poder, conspiração, cinema. Folha de S. Paulo. Colunistas. 04 abr. 2016. Disponível em:
<http://inacioaraujo.blogfolha.uol.com.br/2016/04/04/poder-conspiracao-cinema>. Acesso em: 13 jun. 2016
Ao pensarmos a função social do texto anterior, sua finalidade é
a) fazer uma crítica do fi lme referido para o leitor.
b) mudar um comportamento e hábito do leitor.
c) convencer o leitor a aderir a uma causa.
d) resumir para o leitor a história de um fi lme.
e) narrar para o leitor uma história verídica.
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Questão 29
O destino de um pássaro é voar, está em seus genes. Mas, para voar, ele precisa do ninho. O ninho o
protege, aquece e alimenta enquanto suas penas não crescem, suas habil idades de voo não se
desenvolvem. Se o ninho o expulsa precocemente, ele se estatela no chão e morre. Mas, se o ninho o
prende além da conta, ele não aprende a voar, ele fica restrito àquele casulo, ele não cumpre seu
destino.
O bom destino de um pássaro, portanto, depende de um delicado equil íbrio entre o voo e o ninho:
excesso de ninho aleija o pássaro; falta de ninho o mata.
Conosco não é diferente: precisamos de colo, de amparo, de proteção para seguir nosso destino – se
concordarmos que nosso bom destino é a independência e a autonomia do indivíduo que se formou.
DAUDT, Francisco. O voo e o ninho. Folha de S. Paulo. Colunistas. 08 jun. 2016. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/franciscodaudt/2016/06/1779337-o-voo-e-o-ninho.shtml>. Acesso em: 09 jun. 2016
O texto anterior se uti l iza de um recurso de l inguagem para sugerir que o ser humano precisa de
proteção e amparo na infância, o recurso em questão é a
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a) ambiguidade, presente na conotação da palavra ninho que sugere dois sentidos contrários.
b) analogia, presente na comparação do ser humano com o pássaro.
c) ironia, presente na afirmação de que somos iguais a pássaros.
d) metonímia, presente no voo como parte do conceito geral de l iberdade.
e) personificação, presente na caracterização do pássaro com características humanas.
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Questão 30
Há muito que as mulheres são as esquecidas, as sem voz da História. O si lêncio que as envolve é
impressionante. Pesa primeiramente sobre o corpo, assimilado à função anônima e impessoal da
reprodução. O corpo feminino, no entanto, é onipresente: no discurso dos poetas, dos médicos ou
dos políticos; em imagens de toda natureza – quadros, esculturas, cartazes – que povoam as nossas
cidades. Mas esse corpo exposto, encenado, continua opaco. Objeto do olhar e do desejo, fala-se
dele. Mas ele se cala. As mulheres não falam, não devem falar dele. O pudor que encobre seus
membros ou lhes cerra os lábios é a própria marca da feminil idade.
PERROT, Michelle. Os silêncios do corpo da mulher. In: MATOS, Maria Izilda S. & SOIHET, Rachel (orgs). O corpo feminino em
debate. São Paulo: Editora UNESP, 2003, p.13.
De acordo com o texto, a identidade corporal feminina está fortemente marcada pelo(a)
a) si lêncio absoluto que a envolve.
b) discurso médico que rege suas condutas.
c) olhar masculino que exige o si lêncio feminino.
d) exposição no mercado que gera atitudes feministas.
e) onipresença sacra que exige o culto à forma.
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Questão 31
Texto I
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MARC, Franz. Caliban, Figurine für Shakespeares “Sturm”. Cor em papel. 46x39,5cm. 1914. Suíça: Kunstmuseum Basel.
Texto II
O modernismo na arte representa o l imite antes do qual os pintores dedicaram-se a representar o
mundo como este se apresentava, pintando pessoas, paisagens e acontecimentos históricos como
eles próprios se apresentavam ao olhar. Com o modernismo, as próprias condições de representação
tornaram-se centrais, de modo que a arte de certa forma se tornou seu próprio assunto.
DANTO, Arthur C. Introdução: moderno, pós-moderno e contemporâneo. In:______ Após o Fim da Arte: A Arte
Contemporânea e os Limites da História. Trad. KRIEGER, Saulo. São Paulo: Odysseus Editora, 2006, p.9
Ao relacionarmos a imagem e o texto anteriores, podemos concluir que o(a)
a) obra de arte confirma as afirmações do texto, pois representa o mundo não do modo como este se
apresenta ao artista.
b) texto contraria o que observamos na obra de arte, pois ele prescreve que o artista deveria se
voltar ao fazer artístico.
c) obra de arte confirma as afirmações do texto, embora no texto o enfoque recaia sobre técnicas
não uti l izadas no quadro.
d) textocontraria aquilo que observamos na obra de arte, pois o foco do artista do quadro foi a
representação verídica de uma pessoa.
e) obra de arte contraria aquilo que é afirmado no texto, porém em ambas é dado destaque ao
caráter da arte em representar o real.
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Questão 32
“Vou completar 90 anos daqui a pouco", afirmou Fidel Castro no discurso de encerramento do 7º Congresso do Partido Comunista
Cubano, realizado nesta semana em Havana. "Em breve serei como todos os outros. O tempo vem para todos nós, mas as ideias dos
comunistas cubanos vão permanecer", completou. Vão mesmo?
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Max Planck, um dos mais importantes físicos do século 20, certa vez disse que a ciência avança de funeral em funeral. Haveria um
limite para quanto os cientistas mais velhos conseguem reformular a visão de mundo à que se habituaram. Isso, porém, não basta
para deter o avanço de novas ideias; estas circulam entre os mais jovens – e um dia os mais idosos morrem.
Editorial. Comunismo insepulto. Folha de S. Paulo, São Paulo. 22 abr. 2016.Opinião. p.A2
Ao utilizar a expressão “Vão mesmo?”, o autor exterioriza em relação à opinião de Fidel Castro um sentimento de
a) esperança.
b) despedida.
c) ceticismo.
d) respeito.
e) espanto.
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Questão 33
Espaço de escrita, na definição de Bolter (1991), é “o campo físico e visual definido por uma
determinada tecnologia de escrita”. Todas as formas de escrita são espaciais, todas exigem um
“lugar” em que a escrita se inscreva/escreva, mas a cada tecnologia corresponde um espaço de
escrita diferente. Nos primórdios da história da escrita, o espaço de escrita foi a superfície de uma
tabuinha de argila ou madeira ou a superfície polida de uma pedra; mais tarde, foi a superfície
interna contínua de um rolo de papiro ou de pergaminho, que o escriba dividia em colunas;
finalmente, com a descoberta do códice, foi, e é, a superfície bem delimitada da página –
inicialmente de papiro, de pergaminho, finalmente a superfície branca da página de papel.
Atualmente, com a escrita digital, surge este novo espaço de escrita: a tela do computador.
SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 23, n. 81,
p. 143-160, dez. 2002, p.149. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br/publicacoes/edicao/377>. Acesso em: 20 jun. 2016
O desenvolvimento das sociedades alterou os “espaços de escrita”, pois
a) nos primórdios da humanidade o espaço era demarcado através das ações de grupos humanos.
b) as descobertas de novos materiais de escrita acarretaram no abandono dos anteriores.
c) os meios materiais para a realização do texto se alteraram com o surgimento de novas
tecnologias.
d) o campo físico e visual das tecnologias uti l izado pela escrita foi gradativamente sumindo.
e) nas tecnologias de escrita e informação o “espaço da escrita” torna-se cada vez mais surreal.
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Questão 34
A única manifestação artística que o resto do país identificava como algo evidentemente nosso era a
que girava em torno da figura do gaúcho, quase sempre de seu estereótipo, cuja representatividade
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era das mais restritivas. Claro, havia artistas regionalistas de qualidade. Mas na maioria dos casos,
o problema com este gênero estava naquilo a que me referi há pouco: a relação normatizada,
esquemática, ideológica que mantínhamos com o nosso imaginário levava à expressão caricata, à
substituição do autor pelo personagem. Enquanto os nordestinos vinham há anos se renovando e
renovando a própria música brasileira graças à sua sem-cerimônia para com os próprios mitos, à sua
capacidade de manter viva a tradição popular, os rio-grandenses, devido a muito patrulhamento por
parte de uma mentalidade protecionista disseminada, em raras oportunidades conseguiam
desvincular o regionalismo de seu caráter folclórico, de resgate cultural, de culto. Para um
compositor urbano do Nordeste, a tarefa de criar e se reconhecer em sua criação apresentava-se
fácil , pacífica. Ele demonstrava poder transitar em paz por seu imaginário, sem formalidades. Nada
do que encontrava vinha acompanhado de manual de instruções, nada lhe impunha condições, regras
de abordagem, nada cobrava reverência como se fosse algo que não lhe pertencesse. O acesso que
tinha à tradição regional era l ivre, espontâneo como o acesso que tinha à modernidade. Já um
compositor do Rio Grande do Sul que quisesse expressar sua especificidade regional dentro do
contexto nacional partia, consciente ou inconscientemente, para um embate com seu estereótipo,
terminando por evitá-lo, criticá-lo ou submeter-se a ele, quase sempre sem alcançar seu objetivo.
RAMIL, V. A estética do frio – Conferência de Genebra. Disponível em: <vitorramil.com.br>. Acesso em: 23 fev. 2015.
.
O texto apresentado é de autoria do músico e escritor gaúcho Vitor Ramil, cujo trabalho está
fortemente l igado à cultura de sua região de origem. Pode-se afirmar que, no trecho apresentado, o
autor busca contrastar o trabalho dos artistas gaúchos e nordestinos a partir de suas diferentes
maneiras de l idar com suas respectivas identidades, pois, segundo ele, os artistas gaúchos tendem
a
a) defender a preservação de suas tradições culturais, ao passo que os nordestinos apresentam um
comportamento mais receptivo às influências estrangeiras.
b) apresentar uma perspectiva conservadora em relação às próprias tradições, ao passo que os
nordestinos costumam buscar a renovação constante de suas manifestações culturais.
c) interpretar suas manifestações como parte integrante da identidade nacional, ao passo que os
nordestinos normalmente se veem como criadores locais e independentes.
d) apresentar produções de baixa qualidade, ao passo que os nordestinos se mostram capazes de
inúmeras criações modernas e inovadoras. 
e) restringir suas apresentações ao público local, ao passo que os nordestinos buscam a realização
de turnês capazes de apresentar seu trabalho em escala nacional.
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Questão 35
Tentativas têm sido feitas para melhorar a aptidão física em crianças, principalmente no meio
escolar, através do aumento do conhecimento e da prática de atividades físicas.
Sabe-se, contudo, que estas medidas, embora importantes, não são tão eficazes, pois a
interferência dos meios de comunicação verbais, escritos e principalmente visuais, no dia-a-dia da
criança, evidenciam a necessidade do uso de brinquedos eletrônicos e o consumo exagerado de
doces e guloseimas. Isto supera qualquer tentativa de fazer com que a criança tenha um
comportamento físico ativo e uma alimentação a mais saudável possível. 
Assim, verifica-se a necessidade de reforçar as informações em todos os meios de comunicação de
forma mais atraente, fazendo com que o adolescente entenda a necessidade de valorizar o hábito da
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prática de atividades físicas como indispensável à vida saudável.
PINHO, Ricadro Aurino de. & PETROSKI, Edio Luiz. Adiposidade corporal e nível de atividade física em adolescentes. Revista
Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. UFSC. Vol.1, Nº 1, Santa Catarina, 1999. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/3818/3257>. Acesso em: 23 jun. 2016
De acordo com o texto, muitos jovens não possuem o hábito de praticar atividades físicas. A solução
apresentada pelos autores para modificar este quadro é
a) obrigar os jovens a terem aulas de educação física dentro e fora da escola.
b) informar aos alunos sobre os efeitos nocivos do hábito de assistir televisão.
c) estimular as crianças a deixarem de comer doces e passarem a se alimentar de forma saudável.
d) proibir os alunos de terem acesso aos meios de comunicação e de comer guloseimas.
e) influenciar o jovem a ter hábitos saudáveis através de meios de comunicação como a televisão.
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Questão 36
Da redondeza,não eram muitos os adeptos ortodoxos à doutrinação religiosa de Mr. Shays,
entretanto, além das espécies que já foram aludidas, havia as daqueles que assistiam às suas
prédicas, por mera curiosidade ou para deliciar-se com a oratória do pastor americano. O templo
estava sempre cheio, nos seus dias solenes.
 Os frequentadores dessa ou daquela natureza lá iam sem nenhuma repugnância, pois é próprio do
nosso pequeno povo fazer uma extravagante amálgama de religiões e crenças de toda a sorte, e
socorrer-se desta ou daquela, conforme os transes e momentâneas agruras de sua existência. Se se
trata de afastar atrasos de vida, apela para a feitiçaria; se se trata de curar uma moléstia tenaz e
renitente, procura o espírita; mas não falem à nossa gente humilde em deixar de batizar o fi lho pelo
sacerdote católico, porque não há, dentre ela, quem não se zangue: "Está doido! Meu fi lho ficar
pagão! Deus me defenda!”.
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos, p.4. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000048.pdf>. Acesso
em: 13 jun. 2016
De acordo com o texto, uma característica própria do brasileiro é a fé
a) ortodoxa, pela escolha restrita de crenças e dogmas religiosos.
b) eclética, pela escolha da crença que melhor lhe convém.
c) pagã, pela crença nas simpatias e no universo das feitiçarias.
d) racional, pela crença na razão para guiar os dilemas éticos.
e) espírita, pela crença no batismo e na cura milagrosa das doenças.
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Questão 37
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PREFEITURA DE SALVADOR. Campanha antirrábica da prefeitura de Salvador. Disponível em:
<http://www.bahiacomunicacao.com.br/portfolio/campanha-de-vacinacao-antirrabica-da-prefeitura-de-salvador-cartaz.html>.
Acesso: 20 jun. 2016
O cartaz da campanha de vacinação antirrábica uti l iza-se de l inguagem verbal e não verbal com o
intuito de convencer o público a executar uma ação. O recurso de convencimento através do humor é
visível no uso da(s) l inguagem(ns)
a) verbal, ao uti l izar todos os verbos da campanha no imperativo.
b) não verbal, ao i lustrar a campanha com dois mascotes conhecidos do público em geral.
c) não verbal, ao i lustrar a campanha com um visual moderno e colorido que conota as atrações do
circo.
d) verbal e não verbal, ao estabelecer um contraste entre cães e gatos com vacina e sem vacina.
e) verbal e não verbal, ao colocar um cão e um gato apresentando a campanha ao público.
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Questão 38
A tese de natureza político-cultural diz basicamente que é uma violência, ou uma injustiça, impor a um grupo social os valores de
outro grupo [...] Dado que a chamada língua padrão é de fato o dialeto dos grupos sociais mais favorecidos, tornar seu ensino
obrigatório para os grupos sociais menos favorecidos, como se fosse o único dialeto válido, seria uma violência cultural. Isso porque,
juntamente com as formas linguísticas (com a sintaxe, a morfologia, a pronúncia, a escrita), também seriam impostos os valores
culturais ligados às formas ditas cultas de falar e escrever, o que implicaria em destruir ou diminuir valores populares. O equívoco,
aqui, parece-me, é o de não perceber que os menos favorecidos socialmente só têm a ganhar com o domínio de outra forma de falar
e escrever. Desde que se aceite que a mesma língua possa servir a mais de uma ideologia, a mais de uma função, o que parece hoje
evidente.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996. (Coleção Leituras no
Brasil), p.17
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http://www.bahiacomunicacao.com.br/portfolio/campanha-de-vacinacao-antirrabica-da-prefeitura-de-salvador-cartaz.html
O autor do texto defende que a língua padrão
a) deveria ser um aprendizado obrigatório, pois ensina aos alunos como se comunicar corretamente.
b) possui uma natureza política, mas não deveria ser ensinada por ser uma violência com os alunos
c) não deveria ser ensinada aos alunos de classe popular, mas deveria ser obrigatória aos restantes.
d) não é apenas um instrumento de dominação, mas pode se adaptar a múltiplas ideologias e funções.
e) é uma forma de violência cultural, pois diminui o valor das variantes regionais e populares.
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Questão 39
Na atualidade, a confissão não é mais percebida como efeito de poder que coage os indivíduos; a verdade é agora concebida “na
região mais secreta de nós próprios, não ‘demanda’ nada mais que revelar-se”. A emergência da verdade do (sobre o) sujeito só não
pode ocorrer se for coagida pela violência, pela censura. Caso contrário, supõe-se que o sujeito seja livre para falar o que e como
quiser. No caso dos blogs, o procedimento da confissão é parte integrante do modo de enunciação caracterizado pelo jogo entre a
publicização de si (a exposição dos sentimentos pessoais por meio de um canal de difusão ampla) e a intimidade construída
(colocada em evidência por meio dessa técnica). A internet é percebida como o lugar em que todos os dizeres são possíveis, já que
o anonimato seria a garantia da preservação da identidade jurídica do sujeito.
KOMESU, Fabiana Cristina. Entre o público e o privado: um jogo enunciativo na constituição do escrevente de blogs da internet. 2005.
261f. Tese (doutorado em linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, UNICAMP, Campinas, SP, p.56.
A partir do texto, pode-se depreender que a linguagem utilizada pelos blogs
a) exagera no uso de figuras de linguagem, pois o sujeito precisa se manter anônimo.
b) revela o nível de letramento do indivíduo, embora a escrita no blog seja informal.
c) caracteriza-se pela violência verbal, pois o anonimato garante às pessoas libertarem seus impulsos.
d) centra-se na função emotiva, embora trate dos percalços da vida pública dos bloggers.
e) possui tom confessional, incentivado pelo jogo do público e do privado.
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Questão 40
Eu sinto em mim o borbulhar do gênio.
Vejo além um futuro radiante:
Avante! — brada-me o talento n’alma
E o eco ao longe me repete — avante! —
O futuro... o futuro... no seu seio...
Entre louros e bênçãos dorme a glória!
Após — um nome do universo n’alma,
Um nome escrito no Panteon da história.
 
E a mesma voz repete funerária:
Teu Panteon — a pedra mortuária!
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Morrer — é ver extinto dentre as névoas
O fanal, que nos guia na tormenta:
Condenado — escutar dobres de sino,
— Voz da morte, que a morte lhe lamenta —
Ai! morrer — é trocar astros por círios,
Leito macio por esquife imundo,
Trocar os beijos da mulher — no visco
Da larva errante no sepulcro fundo.
 
Ver tudo findo... só na lousa um nome,
Que o viandante a perpassar consome.
ALVES, Castro. Espumas flutuantes. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000006.pdf>. Acesso
em: 30 jun. 2016
No poema anterior, a função de l inguagem predominante é a poética. No entanto, além dela, há
outra que se sobressai. Essa segunda função predominante é a função
a) emotiva, centrada nas emoções do eu l írico.
b) metalinguística, centrada no código poético.
c) fática, centrada no estabelecimento do canal comunicativo.
d) conativa, centrada na tentativa de convencimento do leitor.
e) denotativa, centrada no referente noticiado no poema.
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Questão 41
O esporte e a atividade física chegaram ao século XIX acompanhando as transformações políticas e
sociais que começaram nos séculos anteriores, demonstrando, desde então, uma tendência a servir
como uma tela de projeção da dinâmica social. O exercício físico é uma forma de lazer e de restaurar
a saúde dos efeitos nocivos que a rotina estressante do trabalho e do estudo traz [...].
A inatividade física e um esti lo de vida sedentário estão relacionados a fatores de risco para o
desenvolvimento ou agravamento de certas condições médicas, tais como doença coronariana ou
outras alterações cardiovasculares e metabólicas.
Estudos realizados nos Estados Unidosafirmam que a prática sistemática do exercício físico está
associada à ausência ou a poucos sintomas depressivos ou de ansiedade.
SILVA, Rodrigo Sinnott [et al.]. Atividade física e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, 15(1):115-120, Universidade
Federal de Pelotas, 2010, p.116. Disponível em:
<http://dms.ufpel.edu.br/ares/bitstream/handle/123456789/289/Atividade%20f%EDsica%20e%20qualidade%20de%20vida.pdf?
sequence=1>. Acesso em: 30 jun. 2016
No texto anterior, os autores reconhecem a necessidade de transformar hábitos corporais como
modo de remediar
a) a ausência de um esti lo de vida nômade.
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b) a depressão e a ansiedade nos EUA.
c) os casos de doenças cardíacas.
d) os efeitos nocivos do modo de viver moderno.
e) as transformações políticas e sociais do século XIX.
Questão 42
O atraso no desenvolvimento do córtex pré-frontal dos adolescentes é a causa provável de sua
impulsividade, sua dificuldade em ponderar as consequências de seus atos etc. Esse traço da
juventude é socialmente úti l : num exército, os soldados devem ser capazes de se arriscar sem
pensar duas vezes.
A prudência trazida pela idade é também úti l: no mesmo exército, os oficiais superiores não devem
arriscar levianamente a vida de seus homens. Ou seja, um exército só de jovens ou só de idosos
seria uma catástrofe.
Agora, uma observação, que me sinto l ivre para expressar por fazer parte dos idosos. À vista da
util idade social de jovens e idosos, é curioso que todos achemos normal que exista uma idade
mínima para votar, mas ninguém pense seriamente na possibil idade de uma idade máxima para
votar, sobretudo nos casos em que o voto tem consequências radicais para o futuro da comunidade –
ou seja, muito mais para os jovens do que para os aposentados.
CALLIGARIS, Contardo. A perigosa nostalgia dos idosos. Folha de S. Paulo. Colunistas. 30 jun. 2016. Disponível em:
<http://folha.com/no1786932>. Acesso em: 30 jun. 2016
O texto anterior estabelece uma oposição entre jovens e idosos como modo de se posicionar
criticamente acerca da idade permitida para votar. A distinção entre jovens e idosos é evidenciada
pelo autor do texto a partir de uma
a) oposição entre o corpo do jovem e do idoso.
b) afirmação da impossibil idade do jovem de definir metas.
c) constatação de ordem fisiológica sobre o cérebro do jovem.
d) menção irônica acerca da irresponsabil idade do jovem.
e) explicação sobre o porquê do idoso ser melhor para a guerra.
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Questão 43
Um estudo publicado no "Journal of Clinical Psychology" afirma que em torno de 20% das mães terão
um episódio depressivo nos primeiros três meses após o parto, sendo que 7,1% terão um episódio
grave. Ou seja, uma em cada cinco mulheres passará por depressão ao tornar-se mãe.
Esse número extremamente alto deveria nos levar a perguntar sobre o tipo de fenômeno que tal
sofrimento psíquico expressa. Talvez exista algo nesses episódios depressivos que diga muito a
respeito não apenas de situações patológicas específicas, mas da experiência social da
maternidade enquanto tal, principalmente em nossa época.
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 SAFATLE, Vladimir. Depressão e autenticidade. Folha de S. Paulo. Colunistas. 20 ago. 2013. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2013/08/1328855-depressao-e-autenticidade.shtml>. Acesso em: 27 jun.
2016
O texto anterior se uti l iza da l inguagem para estabelecer uma discussão acerca do estado de
depressão que algumas mães apresentam após o nascimento de seus fi lhos. O autor do texto propõe
que o problema poderia ser analisado sob a perspectiva do(a)
a) coletividade da experiência social de ser mãe, ao invés da análise meramente individual.
b) conjunto de experiências singulares, para se chegar a uma verdade geral sobre ser mãe.
c) julgamento social enfrentado pelas mães solteiras em nossa época.
d) discussão acerca da condição psicológica das mães pelos parâmetros da psicanálise, para uma
análise mais profunda.
e) papel da mulher na sociedade patriarcal, a qual é responsável pelos desvios comportamentais das
mães.
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Questão 44
O primeiro ponto a se destacar, que nos remete a observações de escopo sociológico mais
abrangente, é a enorme importância que o corpo assumiu na construção da identidade do indivíduo
hodierno*. Atualmente, é consenso nas ciências sociais o diagnóstico segundo o qual as antigas
instâncias doadoras de sentido à existência do indivíduo – as instituições que atuavam como
suporte da identidade – teriam perdido força e relevância de atuação. Família, religião, doutrinas
políticas e ideológicas, todos os representantes de valores tidos como tradicionais estariam, ao
longo do século XX e ainda hoje no XXI, em processo de declínio. Não quer isto dizer, contudo, que
todas essas instâncias tenham perdido por completo a força normativa de que dispunham: na
verdade, elas foram privatizadas, isto é, “deixaram de agir institucionalmente, por meio de regras
impessoais e universais, para serem ativadas caso a caso, ponto por ponto” [...]
 Em contrapartida, como que em resposta a essa nova realidade, teríamos assistido ao surgimento
de um sujeito individualista, um self reflexivo e narcisista, senhor de sua trajetória, artesão de sua
própria existência. [...] Com efeito, o investimento do sujeito em seu próprio corpo seria
consequência natural desse estado das coisas. Estaríamos presenciando o surgimento de um novo
modelo de identidade: a bioidentidade, uma forma de sociabil idade apolítica organizada não mais em
termos de raça, classe ou fi l iação política, mas sobre critérios corporais, médicos e estéticos.
TEIXEIRA, A.C.E.M. Os usos do corpo entre lutadores de jiu-jítsu. Disponível em: www.e-publicacoes.uerj.br. Acesso em 16 ago.
2016.
*Hodierno: atual; contemporâneo.
O autor do texto apresentado associa o surgimento da bioidentidade ao(à)
a) crescente incapacidade dos Estados Nacionais de impor sua força normativa.
b) confl ito entre ideologias políticas rivais durante o século XX.
c) crise dos tradicionais critérios identitários ocidentais modernos.
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http://www.e-publicacoes.uerj.br
d) difusão recente de valores narcisistas entre os jovens ocidentais.
e) decadência atual das instituições democráticas ocidentais tradicionais.
Questão 45
O Hiphop também foi fundamental no resgate da história e cultura dos afrodescendentes de uma forma crítica, uma vez que os
currículos escolares, segundo os rappers, reproduzem a história da população negra somente a partir do “processo de escravidão”,
negando a existência de uma história e cultura negra anterior ao processo da escravidão e de um desenvolvimento posterior nas
Américas. Através do rap produzido por grupos com Public Enemy, NWA, De La Soul os jovens negros paulistanos começaram a
conhecer a história de luta contra o racismo dos negros norteamericanos e a partir daí passaram a pesquisar e encontrar
referenciais semelhantes na história de resistência da população negra no Brasil.
WELLER, W. A construção de identidades através do Hip Hop: uma análise comparativa entre rappers negros em São Paulo e rappers
turcos-alemães em Berlim. Caderno CRH, Salvador, n.32, p.213-232, jan/jun. 2000.
Segundo o texto, o Hiphop é um movimento cultural relacionado à
a) manutenção da memória do processo de escravidão.
b) valorização da história e da identidade afrodescendente.
c) contestação do ensino da história africana nas escolas.
d) busca de soluções políticas para desigualdade social.
e) exaltação da identidade paulistana.
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Questão 46
Texto I
 Segundo RUSSEL (1977), a existência do lazer no mundo contemporâneo ocorreu à medida que
a jornada de trabalho foi, pouco a pouco, sendo reduzida. Logo no princípio do século XIX, na
Inglaterra, o dia comum de trabalho durava 15 horas, passando para 14, para 12 e depois para 10. A
jornada das crianças durava, ordinariamente,12 horas - apesar de, algumas vezes, chegarem a
trabalhar um pouco mais.
 SUSSEKIND et aI. (1952) assinalam que as poucas leis voltadas para a proteção do trabalho
não visavam restaurar a dignidade humana do trabalhador: tratavam-se de leis inevitavelmente
cedidas pelo Estado, em face da constante pressão do operariado.
WERNECK, C. L. G. Reflexões sobre o “não-trabalho”: o lazer como direito social e possibilidade de produção de cultura. Trabalho
& Educação, Belo Horizonte, n. 8, jan/jun - 2001, p.172.
Texto II
 O dia 28 de maio foi marcado [no Brasil] como o Dia Nacional de Lutas pelas 40 horas, com
manifestações sindicais, paralisações, assembleias, atos e passeatas em todo o país. Convocados
pelas Centrais Sindicais, os trabalhadores se manifestaram pela redução da jornada de trabalho de
44 para 40 horas semanais, sem redução de salários.
Disponível em: <http://meusalario.uol.com.br>. Acesso em: 01 mar. 2016.
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A leitura conjunta dos textos leva à conclusão de que
a) a economia mudou de tal maneira que, atualmente, as formas de mobil ização e as demandas dos
trabalhadores se diferem completamente das demandas do passado.
b) a estrutura produtiva evoluiu sem que o Estado tenha acatado algumas das tradicionais demandas
de classe dos trabalhadores.
c) a solidificação da democracia e da pluralidade de interesses representados pelos partidos
políticos resultou no fim da necessidade das mobil izações de massa.
d) as formas de mobil ização social e atuação política se mantêm intactas como decorrência da
manutenção do capitalismo industrial como modelo econômico.
e) os movimentos sociais e as organizações de classe continuam a se mobil izar em prol de objetivos
comuns segundo seu contexto histórico e geográfico.
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Questão 47
Mapa de Qualidade do Ar e de Terrenos Públicos Disponíveis de Camaleópolis
 
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O mapa representa a área central da cidade fictícia de “Camaleópolis” e indica, em cores mais
escuras, áreas de maior concentração de poluentes no ar, a localização de terrenos disponíveis para
construção e a infraestrutura municipal de transportes. Este mapa foi entregue a uma comissão
formada pelo prefeito, secretário de obras, secretário do meio ambiente e secretário de esportes
com o objetivo de escolher, entre os lotes disponíveis, a localização de um novo parque dedicado à
prática de exercícios físicos. Para essa escolha, os responsáveis devem levar em conta a
acessibil idade e a qualidade do ar acima de tudo.
Por essa razão, após algum debate, foi concluído que a melhor opção é o lote
a) A, em vista de seu fácil acesso, tanto por transporte individual, quanto coletivo, bem como pela
qualidade do ar propícia à prática esportiva.
b) B, em vista de sua localização privi legiada entre duas estações do metrô, bem como pela baixa
concentração de poluentes na atmosfera local.
c) C, em vista de sua centralidade em meio a diversas vias de acesso, bem como pela moderada
concentração de poluentes no ar.
d) D, em vista da localização tranquila e afastada do tumulto do centro da cidade, bem como pela
qualidade do ar propícia à prática esportiva.
e) E, em vista de sua fácil acessibil idade por transporte coletivo, bem como pela alta concentração
de poluentes na atmosfera local.
Questão 48
Nos países de formação colonial, notadamente os da periferia ultramarina ou do capitalismo
hipertardio, a questão nacional emerge com vigor num quadro de identidade problemática. A ruptura
com os laços tradicionais de dominação (os coloniais) implicava a construção de um novo Estado. O
fato de que, na maioria dos casos, tais processos tenham transcorrido como modernizações
conservadoras, não minimiza a necessidade de construir novas formas de legitimação da unidade
"nacional". Por outro lado, tais países também conhecem certa centralidade da dimensão espacial
na armação de sua sociabil idade. São países que se originam de processos de expansão territorial e
ocupação de espaços.
MORAES, A. C. R. Notas sobre identidade nacional e institucionalização da Geografia no Brasil. Estudos Históricos, Rio de Janeiro,
vol. 4, n. 8. 1991, p. 169.
O professor Antônio Carlos Robert Moraes comenta o contexto de estruturação de muitos Estados
coloniais, apontando para a relação entre a dimensão espacial e a elaboração das novas identidades
sociais. No caso brasileiro, a formação territorial e cultural deveu-se a uma dinâmica
a) semelhante, uma vez que colonos e colonizados tiveram que se unir contra as investidas de
outras potências europeias em um esforço conjunto que moldou a identidade brasileira.
b) diferente, cujos trágicos combates deixaram fortes marcas nas populações das regiões que
sofreram com elas, incentivando até mesmo o sentimento separatista.
c) semelhante, cujos confl itos contra a metrópole, os indígenas e as ambições dos vizinhos
ajudaram a moldar a identidade nacional com base nas fronteiras de então.
d) diferente, uma vez que o sentimento coletivo de pertencimento a uma mesma nação já existia na
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configuração pré-colonial do território.
e) parcialmente diferente, uma vez que o Brasil não possui histórico de confl itos fronteiriços pós-
independência, apesar influência da resistência anticolonial na identidade nacional.
Questão 49
Quando [um amigo] me confirmou dias atrás durante um almoço que iria votar com entusiasmo a
favor da saída da UE, perdi as estribeiras. Surpreendido pela raiva que saiu de mim, depois refleti
sozinho e entendi de repente que acabava de sucumbir a um impulso do qual sempre me considerei
l ivre: o nacionalismo. Sou, descobri, um nacionalista europeu. Meu amigo, estando visceralmente a
favor da saída da UE, é o oposto: um independentista inglês.
CARLIN, J. Nacionalista europeu, independentista inglês. Disponível em:
<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/23/internacional/1466700154_592587.html>. Acesso em: 24 jun. 2016 (adaptado).
No trecho apresentado, o autor contrapõe duas posturas políticas que divergem basicamente no que
se refere ao(à)
a) possibil idade de incorporação de novos países membros à União Europeia.
b) resultado dos efeitos sócio-políticos e econômicos da integração da Inglaterra à União Europeia.
c) necessidade inglesa de formar um parlamento próprio independente da União Europeia.
d) risco da retomada de valores nacionalistas no continente europeu.
e) possibil idade de ingresso do Reino Unido na União Europeia.
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Questão 50
Diversas organizações regionais e sub-regionais na África tiveram progressos em termos de
participação feminina nas tomadas de decisão, ao menos no nível dos compromissos políticos. Por
exemplo, cinquenta por cento dos l íderes de comissão da União Africana são mulheres. [...]
Instituições sub-regionais, como a Assembleia Legislativa do Leste da África, têm regulamentos
internos que determinam a participação feminina.
[...]
A respeito das ONGs, Ndeye Astou Sylla, do Senegal, mencionou o exemplo da “Rede de Mulheres
Campesinas [Network of National Rural Women] organizada na sub-região e que adotou estratégias
para a participação de mulheres camponesas nas eleições locais e nas posições de poder”.
Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais. Report - online discussion on Women, political
participation and decision-making in Africa. Set-Out., 2007, p.6.
O documento da ONU revela avanços institucionais e iniciativas coletivas no que se refere à
participação política das mulheres na África. Assim como ocorre em outras partes do mundo, o
exemplo da ONG mencionada i lustra o(a)feli
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http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/23/internacional/1466700154_592587.html
a) relação íntima entre os interesses particulares de seus gestores e os rumos da política regional,
evidenciando o mau uso de verbas públicas.
b) papel dos coletivos políticos no esclarecimento da população, debate políticoe luta pela
implementação de medidas sobre o tema.
c) descaso social com questões relacionadas à integração política e cultural de minorias de
diferentes ordens em regiões subdesenvolvidas.
d) primazia do poder público em aplicar medidas de inclusão social em países periféricos como
consequência da falta de informação à população.
e) domínio das pautas sociais de nações pobres por projetos estrangeiros importados por meio de
acordos que ampliam a dependência política.
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Questão 51
 O número de pessoas forçadas a se deslocar pelo mundo por confl itos, perseguição, violações de
direitos humanos ou violência de forma geral superou a população da Itália ou mesmo a do Reino
Unido.
 Ao final de 2015, 65,3 milhões de pessoas tinham migrado por alguma dessas situações, segundo
relatório do Acnur, braço da ONU para refugiados, que será divulgado nesta segunda-feira (20).
 O número significa que uma em cada 113 pessoas no mundo ao final do ano passado era
refugiada, estava em busca de refúgio ou tinha migrado em seu território.
 Apesar de o ritmo de crescimento desses migrantes à força ter amainado, trata-se de um novo
recorde no número de pessoas deslocadas desde o período após a 2ª Guerra Mundial, e um aumento
de quase 10% em relação ao ano anterior, informou a agência.
NUBLAT, J. Deslocados por conflitos no mundo superam 65 milhões ao fim de 2015. Disponível em:
<http://www.folha.uol.com.br/mundo/2016/06/1783398-deslocados-por-conflitosno-mundo-superam-65-milhoes-ao-fim-de-
2015.shtml>. Acesso em: 20 jun. 2016.
Inúmeros fatores contribuíram para o aumento atual do número de refugiados indicado pelo texto.
Dentre esses fatores, está o(a)
a) eclosão recente de diversos confl itos armados no Oriente Médio e na África.
b) crise das economias europeia e americana a partir do final da década passada.
c) crescimento atual de partidos xenófobos de extrema direita no contexto europeu.
d) destruição recente causada por Tsunamis a diversos países asiáticos como o Japão.
e) aumento contemporâneo da intolerância racial no contexto dos Estados Unidos.
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Questão 52
Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do
século XX. Isso está fragmentando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia,
raça e nacionalidade que, no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos
sociais. Estas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a
ideia que temos de nós próprios como sujeitos integrados. Esta perda de um “sentido de si” estável
é chamada, algumas vezes, de deslocamento ou desconcentração do sujeito.
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HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. São Paulo: DP&A, 2006. Disponível em:
<http://faa.edu.br/portal/PDF/livros_eletronicos/psicologia/a_Identidade_Cultural_Da_Pos_Modernidade.pdf>. Acesso em: 27 jan.
2013.
No trecho apresentado, o autor uti l iza a expressão “desconcentração do sujeito” para designar 
a) confl itos contemporâneos motivados por posturas intolerantes dirigidas contra indivíduos de 
identidades minoritárias.
b) tentativas contemporâneas de solucionar o problema estrutural da concentração de grande
quantidade de pessoas no mesmo espaço urbano.
c) pressões de ativistas contemporâneos sobre os Estados para realização de reformas estruturais
capazes de conceder direitos aos indivíduos de identidades minoritárias.
d) a crise contemporânea dos parâmetros anteriormente uti l izados para definir a identidade social
individual dos cidadãos.
e) a inexistência no contexto contemporâneo de parâmetros capazes de definir identidades
socialmente reconhecíveis por parte dos demais cidadãos.
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Questão 53
A tarefa é inglória, mas vou defender o deputado Jair Bolsonaro. Ou melhor, vou defender que ele
tem o direito de exprimir qualquer ideia bizarra que lhe passe pela cabeça sem ter de responder por
incitação ao crime.
[...]
Não tenho nada a favor de Bolsonaro [...], mas me parece difíci l concil iar as interpretações mais
modernas e amplas do princípio da l iberdade de expressão com o tipo penal de incitação ao crime,
que já deveria ter sido extirpado do código. Esse é um enquadramento que serve bem para calar
ideias e criminalizar grupos, mas que pouco ou nada faz pela paz social.
Se alguém acha que uma conduta hoje qualificada como crime é positiva, deve ter plena l iberdade de
dizê-lo. A polícia e os tribunais só devem ser acionados se a pessoa tentar cometer o ato. O próprio
STF já adotou essa l inha, quando declarou que as marchas da maconha são legais.
SCHWARTSMAN, H. Péssimas ideias. Disponível em: <http://www.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2016/07/1787473-
pessimas-ideias.shtml>. Acesso em: 2 jul. 2016.
A concessão de direitos é um dos aspectos fundamentais das democracias modernas, ainda que haja
uma enorme discussão a respeito de quais direitos e quais os seus l imites. No caso do texto
apresentado, o autor defende especialmente o direito ao(à)
a) participação política.
b) l iberdade de expressão.
c) consumo de maconha.
d) criminalização de grupos sociais.
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e) prática de atitudes excêntricas.
Questão 54
E se houve um momento, que correspondeu ao levante mundial simultâneo com que os
revolucionários sonhavam após 1917, foi sem dúvida 1968, quando os estudantes se rebelaram
desde os EUA e o México, no Ocidente, até a Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia, socialistas, em
grande parte estimulados pela extraordinária irrupção de maio de 1968 em Paris, epicentro de um
levante estudantil continental. Afinal, 1968 encerrou a era do general De Gaulle na França, de
presidentes democratas nos EUA, as esperanças de comunismo l iberal na Europa Central comunista
e (pelos si lenciosos efeitos posteriores do massacre de estudantes de Tlatelolco) assinalou o início
de uma nova era na política mexicana.
HOBSBAWN, E. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. (adaptado).
As principais demandas dos movimentos populares em 1968, que foram responsáveis por alterações
políticas em diversos países, incluíam o (a)
a) defesa do nacionalismo e dos costumes tradicionais.
b) combate ao autoritarismo e ao avanço tecnológico.
c) regulamentação das drogas e o combate à religião.
d) democratização da política e o combate ao conservadorismo nos costumes.
e) socialização dos meios de produção e a condenação da sociedade de consumo.
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Questão 55
Texto I
Gali leu vai propor uma espécie de falseamento da realidade, reconhecendo que, para estudar a
natureza era necessário reproduzir modelos experimentais mais simplificados, que permitissem
avançar na direção de um conhecimento mais elaborado e apoiado em argumentos matemáticos [...]
Não podemos, dirá Gali leu, partir dos porquês últimos das coisas, visto que é mais úti l e seguro
investigar como ocorrem alguns movimentos, sem necessariamente perguntar sobre suas causas.
GERMANO, MG. Uma nova ciência para um novo senso comum. Campina Grande: EDUEPB, 2011.
Texto II
Abandonemos, diz Locke, as hipóteses metafísicas: não vemos que não conduziram nunca a nada? E
que estamos fatigados de suas vãs interrogações? Quem foi alguma vez capaz de determinar a
natureza e a essência da alma? [...] Se houver substâncias exteriores a nós (e há-as sem dúvida),
não temos nenhum meio de as apreender no seu ser [...] Repudiemos o impossível; não recearemos
já cair no abismo, quando segurarmos firmemente os fatos certos que nossas mãos, mesmo débeis,
podem agarrar.
HAZARD, P. Crise da Consciência Europeia. Lisboa: Edições Cosmos, s/d.
 
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No período moderno, pensadores como Gali leu e Locke tiveram um papel fundamental na reflexão
sobre o conhecimento, pois
a) defenderam a metafísica, cujos pilares foram abalados pelo racionalismo e empirismo.b) criticaram o pensamento cartesiano, cujos princípios eram abstratos e utópicos.
c) legitimavam a escolástica, cujas bases foram reforçadas pelos modelos matemáticos.
d) condenavam o determinismo, cujos princípios se baseavam na verdade revelada e na lógica
formal.
e) fundamentavam o empirismo, cujas bases estavam em problemas concretos e em situações
controladas.
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Questão 56
 Levantamento feito pela Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura, aponta a
existência de 1.209 comunidades remanescentes de quilombos certificadas e 143 áreas com terras
já tituladas.
 Existem comunidades remanescentes de quilombos em quase todos os estados, exceto no
Acre, Roraima e no Distrito Federal. [...]
 Estudos realizados sobre a situação dessas localidades demonstram que as unidades
educacionais estão longe das residências dos alunos e as condições de estrutura são precárias,
geralmente construídas de palha ou de pau-a-pique. Há escassez de água potável e as instalações
sanitárias são inadequadas.
 De acordo com o Censo Escolar de 2007, o Brasil tem aproximadamente 151 mil alunos
matriculados em 1.253 escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos. Quase 75%
destas matrículas estão concentradas na região Nordeste.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 08 mar. 2016.
O texto é parte de material do Ministério da Educação sobre educação quilombola e contém críticas
ao atual estado desse segmento. Além do suprimento das deficiências de infraestrutura indicadas no
texto, uma forma de ampliar as estratégias de inclusão social dessas populações envolve a
a) formação técnica para o trabalho, fazendo com que a escola sirva de instrumento de remodelagem
cultural.
b) integração das escolas nos sistemas unificados de avaliação de massas, mantendo comparações
com escolas públicas das cidades.
c) reorientação da escola para a realidade dos quilombos, aproximando os recursos didáticos de
seus referenciais próprios.
d) inserção dos alunos quilombolas na tradição cultural erudita ocidental, sanando as falhas no
processo educativo.
e) informação a respeito de formas de migração para as cidades, ampliando o horizonte de
possibil idades profissionais dos alunos.
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Questão 57
A Lei 12.305, denominada de Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entrou em vigor em 3 de
agosto de 2010, concedendo prazo até agosto de 2012 para os municípios apresentarem seus planos
de gestão integrada de resíduos sólidos (art. 55) e até o último dia 2 de agosto de 2014 para o
encerramento dos l ixões (art. 54). A primeira data relativa à obrigatoriedade das prefeituras para a
entrega dos planos já havia sido amplamente descumprida, portanto, difíci l seria imaginar que a
segunda seria contemplada com mais tranquil idade.
Carta Capital, 15 ago. 2014. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/lei-de-residuos-solidos-nao-foi-
cumprida-e-agora-2697.html>. Acesso em: 09 mar. 2016.
O trecho comenta os eventos que se seguiram à aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,
que determina o fechamento dos l ixões a céu aberto, para onde vai a maior parte do l ixo gerado nas
cidades brasileiras. Tendo em vista a integridade ambiental e o bem-estar social, as melhores
destinações ao l ixo sólido seriam
a) incineradoras e corpos d´água.
b) usinas movidas a biogás e incineradoras.
c) centros de reciclagem e corpos d´água.
d) aterros sanitários e centros de reciclagem.
e) usinas movidas a biogás e corpos d´água.
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Questão 58
Muros milenares permanecem firmes entre os povos divididos... Será que ainda é válido esse
diagnóstico sociopolítico feito por Ludoviko Zamenhof no século XIX?
Lamentavelmente, sim. Muitos marcaram fortemente a paisagem do século XIX. Diante dos meus
olhos eles se ergueram, caíram e se ergueram novamente em diversas partes do nosso planeta. Em
1989, tive a oportunidade de contribuir simbolicamente, com minhas próprias mãos, para a
destruição do muro de Berlim. Eu vi os berl inenses atravessarem para lá e para cá as brechas recém-
abertas. O entusiasmo geral me absorveu.
DOBRZYNSKI, R. A rua Zamenhof. Brasília, União Planetária, 2006.
Na entrevista em questão, o neto do criador da l íngua artificial mais bem-sucedida do mundo, o
esperanto, faz referência ao processo histórico da
a) eclosão da Segunda Guerra mundial no contexto da parti lha de colônias africanas.
b) divisão da Iugoslávia no contexto da guerra civi l que assolou o país no período.
c) formação da União Europeia, no contexto de dissolução das fronteiras nacionais do continente.
d) desarticulação do regime nazista, no contexto da invasão da Alemanha pela URSS.
e) reunificação da Alemanha no contexto da dissolução da URSS.
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Questão 59
A manchete de um estudo de 2012 do projeto “Internet e Vida Americana” do Pew Research Center
sumariza bem o atual debate sobre como o rápido crescimento do uso de tecnologias afetará nossas
mentes: “A geração do milênio [geração Y] será beneficiada e sofrerá por causa de suas vidas
hiperconectadas”. O instituto pesquisou junto a “especialistas em tecnologias e pessoas do setor”,
os quais geralmente concordaram que aqueles que melhor tirarem proveito das novas tecnologias
serão capazes de encontrar e fi ltrar eficientemente grandes quantidades de informação tão rápido
quanto possível. Por outro lado, a tecnologia pode nos tornar impacientes, sujeitos a frequentes
distrações e desesperados por entretenimento constante.
Disponível em: <http://www.digitalresponsibility.org>. Acesso em: 02 mar. 2016. (adaptado).
A pesquisa citada na passagem fala de um fenômeno impulsionado, entre outros fatores, por
mudanças no mercado de trabalho e, consequentemente, na formação profissional e educacional.
Segundo as conclusões prévias da pesquisa, essas mudanças podem estar provocando um embate
entre
a) elevação dos salários e interesse social.
b) virtualização da economia e manutenção do nível de emprego.
c) aumento de produtividade e equil íbrio psicossocial.
d) ganhos de produção e divisão de renda.
e) salto de produtividade e manutenção do nível de emprego.
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Questão 60
O avanço da urbanização e a devastação da vegetação influenciam significativamente a quantidade
de água infi ltrada em adensamentos populacionais e zonas de intenso uso agropecuário. Nas áreas
urbanas, as construções e a pavimentação impedem a infi ltração, causando efeitos catastróficos
devido ao aumento do escoamento superficial e redução na recarga de água subterrânea.
KARMANN, I. Ciclo da água, água subterrânea e sua ação geológica, In: TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.; TAIOLI, F.
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, p.119.
O fenômeno natural sobre o qual trata o texto e uma consequência dos efeitos do avanço da
urbanização sobre seu processo normal são respectivamente
a) recarga do lençol freático e ocorrência aumentada de enchentes.
b) precipitação pluvial e alteração do regime de periodicidade das chuvas.
c) escoamento superficial e sobrecarga dos lençóis freáticos.
d) recarga dos corpos fluviais e diminuição do fluxo de água dos rios.
e) efeito estufa e aumento da temperatura média mundial.
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Questão 61
Especialistas verificaram que 94% do Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais e Espírito
Santo, apresenta uma suscetibil idade que varia de moderada a alta à desertificação e indicaram as
áreas com maior potencial de se tornarem areais estéreis até o ano de 2040. Nesse levantamento,
as áreas mais suscetíveis expandiram-se quase 5%, o equivalente a 83 km2, de 2000 a 2010. “Esse
estudo foi o primeiro no Brasil a produzir um diagnóstico a partir da análise integrada dos principais
indicadores dedegradação e desertificação”, diz Rita Vieira, pesquisadora do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) e principal autora desse estudo, publicado na Solid Earth.
FIORAVANTI, C. Terra frágil: Análises de imagens de satélite indicam perda de 266 mil km2 do Cerrado e 90 mil km2 da
Caatinga, aumentando riscos de falta d’água e de desertificação. In: Revista Fapesp, São Paulo, n.231, maio, 2015.
Nas últimas décadas a expansão de áreas com alto potencial de desertificação no Nordeste está
conectada à processos como o (a)
a) queimada natural, que ocorre nos períodos de estiagem no cerrado e tem se intensificado devido
ao gradativo aumento da temperatura mundial.
b) arenização, que é proveniente do esgotamento dos nutrientes do solo devido à agricultura
intensiva e a prática de queimadas para a l impeza dos terrenos.
c) assoreamento dos rios, que é responsável pela criação de áreas de várzea e mata cil iar no verão,
que lavam os nutrientes contidos no solo.
d) desmatamento, que é promovido pela indústria produtora de etanol e pelos assentamentos
produtivos de movimentos como o MST.
e) contaminação dos lençóis freáticos, que é ocasionada por problemas de saneamento básico e cujo
efeito é a devastação da forragem e da mata arbustiva na Caatinga.
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Questão 62
Cartaz do movimento MMDC. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki>. Acesso em: 4 jul. 2016.
No cartaz apresentado, veiculado durante a chamada Revolução de 1932 pelo movimento MMDC, é
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perceptível a tentativa de
a) condenar a estrutura política da chamada República Velha, apresentada como uma ditadura.
b) apoiar o golpe que deu fim à República Velha, superada pelo regime de Getúlio Vargas.
c) relativizar a dependência de São Paulo dos demais estados, representados como anões diante de
um gigante.
d) criticar o regime de Vargas, representado como um ditador cruel e poderoso.
e) associar o movimento aos antigos bandeirantes paulistas, representados de maneira idealizada.
Questão 63
O conhecido episódio do rompimento da barragem de Fundão, que continha rejeitos da mineração de ferro em Mariana, Minas Gerais,
em novembro de 2015 desencadeou, entre outras consequências, a brusca aceleração do processo ilustrado no esquema a seguir no
reservatório da usina hidrelétrica de Candonga. Esse fenômeno dificultou as operações da usina.
O exemplo da barragem de Fundão elucida como certas práticas humanas podem intensificar esse processo de ordem natural. Uma
prática comum no espaço agrário brasileiro que intensifica o processo ilustrado é o/a
a) emprego crescente de engenharia genética para o combate de pragas comuns.
b) desmatamento e desnudamento de encostas de morros e das margens dos rios.
c) utilização de maquinário pesado específico à semeadura e à colheita nos latifúndios monocultores.
d) gerenciamento familiar de propriedades policultoras, sobretudo no nordeste e no sul.
e) ampliação da infraestrutura de escoamento das safras em direção aos centros urbanos.
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Questão 64
Acorda Amor
(Chico Buarque)
 
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Acorda, amor.
Eu tive um pesadelo agora,
Sonhei que tinha gente lá fora,
Batendo no portão, que afl ição.
Era a dura, numa muito escura viatura,
Minha nossa santa criatura,
Chame, chame, chame lá,
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão!
BUARQUE, Chico. Acorda Amor. In: CHICO, Buarque, Sinal Fechado, Universal Music, 1974.
No ano de 1974, uti l izando o pseudônimo de Julinho da Adelaide, o compositor Chico Buarque de
Hollanda lançou a canção “Acorda Amor”. Considerando o contexto no qual a canção foi produzida, o
apelo feito pelo personagem para se “chamar o ladrão” é justificado pela
a) criminalização dos movimentos sociais, que na i legalidade se fortaleceram junto aos demais
infratores.
b) ineficiência do aparato repressor do Estado, que voltado para fins particulares causava prejuízo à
população.
c) conduta autoritária da polícia, que seguindo as diretrizes do Estado tratava opositores políticos
como criminosos.
d) infi ltração de grupos criminosos na polícia, que de modo i legal sequestravam e torturavam
cidadãos.
e) falta de legitimidade das instituições públicas, que foram controladas i legalmente pelos
militares.
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Questão 65
Em 1285, Londres sofria um problema de smog causado pela queima de carvão, mas nossa presente
queima de combustíveis fósseis ameaça mudar a química da atmosfera global como um todo, com
consequências que estamos apenas começando a descobrir.
White, Lynn. Ecology and religion in History, Nova York: Harper and Row, 1974.
Um exemplo similar de aumento no impacto ambiental pela atuação do homem é observado na
mudança de escala do(a)
a) desflorestamento.
b) caça esportiva.
c) geração de energia renovável.
d) verticalização das cidades.
e) extrativismo vegetal.
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Questão 66
Capa de livro escolar, ilustração de G. Dasher, 1900, in DOMINGUES, J. E. O fardo do homem branco: ode ao Imperialismo.
Disponível em: <http:/www.ensinarhistoriajoelza.com.br>. Acesso em: 2 jul. 2016.
Glossário:
Les colonies françaises: As colônias francesas
No cartaz apresentado, publicado em 1900, é possível ler no escudo da personagem central as
palavras em francês, “progresso”, “civi l ização” e “comércio”. Tendo em vista essas informações, é
correto afirmar que a imagem em questão busca
a) questionar a ocupação da África a partir da indicação das diferenças existentes entre os europeus
e os povos dos demais continentes, que desejavam manter suas tradições e costumes.
b) defender a ocupação da África por parte dos europeus, que justificavam o processo a partir da
necessidade de evangelizar e catequizar os povos africanos que ainda não tinham tido contato com
o cristianismo.
c) criticar a ocupação da África por parte dos europeus, que buscavam explorar com a maior
intensidade possível tanto os recursos naturais do continente africano, quanto as potencialidades
de seus mercados consumidores internos.
d) incentivar as trocas comerciais realizadas entre a França e suas colônias africanas no período,
que foi marcado pelo avanço da prosperidade econômica de ambos os agentes mencionados.
e) justificar a ocupação da África a partir de perspectivas imperialistas, que pressupunham a
obrigação dos europeus de expandir seu conceito de civi l ização e os valores a ele associados.
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Questão 67
Texto I
Municípios Cobertos pela Tecnologia 3G no Brasil
Fonte: Portal Brasil. Disponível em: <teleco.com.br>. Acesso em: 02 mar. 2016.
 
Texto II
Municípios com Cobertura de Internet Móvel na Zona Rural
Fonte: Portal Brasil. Disponível em: <teleco.com.br>. Acesso em: 02 mar. 2016.
A partir da observação dos gráficos, pode-se depreender que a dinâmica econômica que caracterizou
a produção do espaço brasileiro no último século tem
a) reforçado a clássica distinção entre espaço urbano e espaço rural segundo seus arranjos
produtivos, relações sociais e aspectos culturais.
b) subvertido progressivamente a tradicional cisão entre espaços urbanos e rurais conforme
convergem fatores técnicos e socioeconômicos.
c) determinado a contradição contida na lógica de hegemonia econômica do campo em um contexto
de predominância cultural da cidade.
d) esvaziado os fluxos de capital para a cidade, na medida em que se abriam novas possibil idades de
investimento no meio rural.
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e) relegado os setores rurais da sociedade e economia a segundo plano, o que impediu a integração
socioeconômica e cultural dos dois meios.
Questão 68
Gostaria de discutir a relação entre ética e revolução tomando como fio condutor a seguinte
questão: pode uma revolução ser justificada como oportuna, boa, talvez mesmo necessária, e em
sentido não apenas político (enquanto servindo a interesses determinados),mas também ético, quer
dizer, justificada no que diz respeito à constituição humana como tal, ao potencial do homem numa
situação historicamente dada? Isso significa que conceitos éticos como “justo” ou “bom” serão
aplicados a movimentos sociais e políticos, o que implica a hipótese de que a avaliação moral de
tais movimentos é (num sentido a ser definido) mais que subjetiva, mais que uma questão de gosto.
Nessa hipótese, “justo” e “bom” significariam o que serve para estabelecer, promover ou ampliar a
liberdade e a felicidade humanas numa coletividade, independentemente da forma de governo. Esta
definição preliminar vincula o bem individual e o bem geral, o bem privado e o bem público. Ela
tenta recuperar a ideia fundamental da fi losofia política clássica, frequentemente reprimida, a
saber, que o fim do governo é não apenas a maior l iberdade possível, mas também a maior fel icidade
possível do homem, quer dizer, uma vida sem medo e sem miséria, uma vida em paz.
MARCUSE, H. Ética e revolução, in Cultura e Sociedade v.2. Rio de Janeiro. Paz & Terra, 1998.
No trecho apresentado, o fi lósofo Herbert Marcuse justifica a associação entre os conceitos de ética
e revolução, pois, segundo ele, seria possível
a) legitimar um processo político como “justo” e “bom”, tendo em vista que essas noções não se
referem somente à conduta individual de cada pessoa, mas também à defesa de interesses coletivos
como a l iberdade e a felicidade. 
b) avaliar os movimentos sociais como “justos” e “bons”, partindo do princípio que esses
interpretam a noção de felicidade como um bem individual que deve ser derivado das realizações
coletivas da sociedade.
c) condenar as revoluções como processos destituídos de valores positivos como a bondade e a
justiça, a partir do momento em que essas buscam se legitimar por meio de princípios
historicamente parciais.
d) questionar a historicidade de valores como a bondade e a justiça, a partir da constatação de que
as revoluções tendem a defender esses mesmos princípios independentemente de seus contextos de
eclosão.
e) encontrar um princípio norteador para a realização de constituintes pautadas pelos valores da
bondade e da justiça, dada a necessidade de se encontrar um parâmetro moral que não seja
historicamente determinado.
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Questão 69
Utnapishtin conta-lhe, então, como os deuses, outrora, decidiram submergir a terra no horrendo
dilúvio e como seu protetor, o sábio Ea, por meio de um ardil, avisou-o deste desígnio divino,
ordenando-lhe a construção de um barco gigantesco no qual deveria reunir "as sementes de todas as
coisas vivas".
[...] Narra como, depois do prazo que o deus lhe concedera, teve início a calamidade, com o
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vendaval furioso arrasando a terra por sete dias e sete noites. [...] Mesmo os deuses, fi lhos de Anu,
apavorados e humildes, encolheram-se como cães junto aos muros dos céus; já os homens tinham
todos retornado ao barro.
SERRA, O. J. T. A Mais Antiga Epopeia do Mundo: a Gesta de Gilgamesh. 01. ed. Salvador: Fundação Cultural, 1985. (adaptado).
O poema épico de Gilgamesh aborda a trajetória de um herói sumério e sua relação com os deuses
da criação. Durante a narrativa, Utnapishtin, um sábio consultado por Gilgamesh, relata o episódio
conhecido como o dilúvio. Os relatos míticos de grandes inundações no Oriente Próximo atuam com
o objetivo de fornecer
a) representações da memória coletiva sobre grandes catástrofes, como é o caso da submersão da
Mesopotâmia.
b) explicações religiosas para fenômenos naturais, como o regime sazonal de cheias na crescente
férti l .
c) narrativas heroicas a fim de fortalecer a autoridade de monarcas, como o próprio Gilgamesh.
d) justificativas fantasiosas para as inundações sazonais, já que os religiosos afirmavam seu poder
pelo controle de obras hidráulicas.
e) discursos metafóricos para elucidar a importância da água, vista como o princípio de tudo e base
para a agricultura.
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Questão 70
O circuito espacial de produção constitui-se em circuitos de acumulação que se estruturam conforme
as etapas produção, circulação, comércio e consumo [...] até que a matéria-prima seja transformada
em consumo ─ logo, em dinheiro e lucro para o agente que comanda o circuito da produção.
SILVA, S. C. A reorganização do circuito espacial da produção do vestuário no Brasil. Espaço e Economia: Revista Brasileira de
Geografia Econômica. Número 3, ano 2013. Disponível em: <http://espacoeconomia.revues.org/475>. Acesso em: 2 fev. 2016.
O comentário do texto mostra como o espaço geográfico é produzido pelas relações dos homens em
sociedade, conforme o período histórico em que vivem. O espaço como produto dos atuais circuitos
de produção e consumo se expressa em um(a)
a) ambiente marcadamente dominado pela lógica funcionalista e pela consequente gestão eficiente
e igualitária de recursos materiais e sociais.
b) território multifacetado e pontuado por significações simbólicas particulares que refletem a
divergência técnica e econômica das sociedades.
c) economia-mundo orientada por princípios semelhantes em todos seus pontos e pela consequente
padronização das paisagens naturais e artificiais.
d) conjunto de paisagens construídas que se repetem na forma, mas que abrigam conteúdos
simbólicos e culturais cada vez mais particulares.
e) meio marcado pela presença de equipamentos técnicos e pela racionalidade científica que
viabil izam a escala mundial de circulação da riqueza.
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Questão 71
As conclusões contidas na tabela decorreram de décadas de levantamento sistemático de indícios
através de estudos de estratificação de rochas, de fósseis, estudos comparados de planetas e outros
indicadores. A escala de tempo e os fenômenos contidos na tabela revelam que a configuração atual
dos continentes e do clima
a) é resultado de mudanças que ocorrem periodicamente e que têm sido acompanhadas pelas
diferentes gerações humanas.
b) demorou bilhões de anos para se configurar, mas finalmente atingiu sua maturidade e
estabil idade, como provado pela existência humana.
c) mantém suas características atmosféricas e geológicas originárias, apesar da incessante cadeia
de pequenos eventos que impactam somente parcelas do planeta.
d) é recente na história do planeta, e tende a se modificar periodicamente em intervalos de tempo
superiores à escala humana.
e) pode ter sua estabil idade comprometida, após bilhões de anos de existência, por fenômenos
extremos causados pela atuação humana.
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Questão 72
Estudos antropológicos indicam que, no início da história da humanidade, as primeiras sociedades
humanas eram coletivistas, tribais, nômades e matri l ineares. Tais sociedades organizavam-se
predominantemente em torno da figura da mãe, a partir da descendência feminina, uma vez que
desconheciam a participação masculina na reprodução. Os papéis sexuais e sociais de homens e de
mulheres não eram definidos de forma rígida e as relações sexuais não eram monogâmicas, tendo
sido encontradas tribos nas quais as relações entre homens e mulheres eram bastante igualitárias.
Todos os membros envolviam-se com a coleta de frutas e de raízes, al imentos dos quais
sobreviviam, bem como a todos cabia o cuidado das crianças do grupo. Muito tempo depois, com a
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descoberta da agricultura, da caça e do fogo, as comunidades passaram a se fixar em um território.
Aos homens (predominantemente) cabia a caça, e às mulheres (também de forma geral, embora não
exclusiva), cabia o cultivo da terra e o cuidado das crianças. Uma vez conhecida a participação do
homem na reprodução e, mais tarde, estabelecida a propriedade privada, as relações passaram a ser
predominantemente monogâmicas, a fim de garantir herança aos fi lhos legítimos. O corpo e a
sexualidade das mulheres passou a ser controlado, instituindo-se então a família monogâmica, a
divisãosexual e social do trabalho entre homens e mulheres. Instaura-se, assim, o patriarcado, uma
nova ordem social centrada na descendência patri l inear e no controle dos homens sobre as
mulheres.
KOLLER, S. H. & NARVAZ, M.G. Famílias e patriarcado: da prescrição normativa à subversão criativa. Disponível em:
<http://www.scielo.br>. Acesso em: 12 mar. 2016.
Segundo as autoras do texto, o estabelecimento do patriarcado esteve diretamente relacionado
ao(à)
a) surgimento do Estado e da divisão da sociedade em classes.
b) adoção da agricultura em detrimento da caça e ao surgimento da monogamia.
c) fortalecimento físico dos homens antigos e surgimento de confl itos sexuais.
d) adoção de modos de vida sedentários e da divisão sexual do trabalho.
e) descoberta da importância reprodutora dos homens e da incapacidade política feminina.
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Questão 73
Ao indagar o que são a virtude e o bem, Sócrates realiza, na verdade, duas interrogações. Por um
lado, interroga a sociedade para saber se o que ela está habituada a considerar virtuoso e bom
corresponde efetivamente à virtude e ao bem; e, por outro, interroga os indivíduos para saber se, ao
agir, possuem efetivamente consciência do significado e da finalidade de suas ações, se seu caráter
ou sua índole são virtuosos e bons realmente. A indagação ética socrática dirige-se, portanto, à
sociedade e ao indivíduo. 
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo, Ed. Ática, 2012.
Segundo o texto da fi lósofa Marilena Chauí, a dupla interrogação socrática se dirige ao
questionamento simultâneo
a) da possibil idade de um indivíduo julgar moralmente as próprias ações e da capacidade desse
mesmo indivíduo de questionar as normas socialmente aceitas.
b) do significado das ações individuais perante as normas coletivas e da relevância da participação
do indivíduo no desenvolvimento desses parâmetros civis.
c) da finalidade das ações consideradas socialmente boas e da existência de normas sociais
consideradas injustas.
d) da existência objetiva da virtude e do bem e da crença na possibil idade de julgamento moral das
ações humanas.
e) dos parâmetros adotados pelos indivíduos para avaliar seus comportamentos e das formas de
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sociabil idade consideradas apropriadas coletivamente.
Questão 74
A autoridade coerentemente democrática, mais ainda, que reconhece a eticidade de nossa presença,
a das mulheres e dos homens, no mundo, reconhece, também e necessariamente, que não se vive a
eticidade sem liberdade e não se tem liberdade sem risco. O educando que exercita a sua l iberdade
ficará tão mais l ivre quanto mais eticamente vá assumindo a responsabil idade de suas ações.
Decidir é romper e, para isso, preciso correr o risco. Não se rompe como quem toma um suco de
pitanga numa praia tropical. Mas, por outro lado, a autoridade coerentemente democrática jamais
se omite.
FREIRE, P., Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
No trecho acima o fi lósofo e educador Paulo Freire aborda a questão da autoridade na sala de aula
contemporânea. Para o autor, o estabelecimento da eticidade vincula-se ao princípio de
a) conscientização do mando, que é obtida pela verticalização da relação educador educando nos
processos cognitivos.
b) autonomia do educando, que é adquirida por meio do exercício da l iberdade e a consequente
aquisição da responsabil idade.
c) autoridade parti lhada, que é adquirida pela democratização do conhecimento e o combate aos
riscos que ameaçam o mando.
d) l iberdade sem risco, que é obtida pela ausência de mecanismos de opressão e omissão por parte
do educador.
e) respeito do educando, que é adquirido pela conscientização da autoridade inerente ao educador.
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Questão 75
Do Grajaú ao Curuzu, pra imigração meu povo é mula
Inspiração é Black Alien, é Ferrez, não é Tia Augusta
Verso mínimo, lírico de um universo onírico
Cada maloqueiro tem um saber empírico
Rap é forte, pode crê, "oui, monsiuer"
Perrenoud, Piaget, Sabotá, Enchanté
 
É que eu sou filho de cearense
A caatinga castiga e meu povo tem sangue quente
Naufragar, seguir pela estrela do norte
Nas bença de Padim Ciço, as letra de Edi Rock
Calar a boca dos lóki
Pois quem toma banho de ódio exala o aroma da morte
Criolo. Disponível em: <https://www.letras.mus.br>. Acesso em: 09 mar. 2016.
 
Na sua letra, o rapper Criolo fala de um bairro popular de Salvador, o Curuzu, e outro de São Paulo, o Grajaú, em um contexto de
imigração. Nesse contexto, o artista faz alusão afel
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a) espaços periféricos de menor circulação de valor dentro das cidades, onde se concentram populações de trabalhadores e
retirantes.
b) áreas férteis de produção e consumo de cultura erudita nas metrópoles, onde abundam artistas e boêmios.
c) centros de convergência do capital dentro do espaço urbano, para onde fluem os dividendos de muitas empresas locais.
d) regiões que vivem à margem da atuação do Estado, onde a população vive sob domínio dos líderes do crime organizado.
e) locais de encontro dos contingentes de migrantes que chegam cotidianamente a essas ricas metrópoles nacionais.
f) Não sei.
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Questão 76
O fato de ser um meio que l ida com o regionalismo de forma tão marcante é um dos motivos pelo
qual o futebol foi absorvido ao rádio de forma tão simbiótica. Naquela época o futebol era uma das
representações de uma comunidade (em geral, de âmbito local ou regional), seus membros e
torcedores mantinham características comuns, seja a religião, ou a etnia, ou a descendência, ou a
condição social. Mesmo que algumas vezes excludente, o futebol era fundamentalmente a
representação social de um povo ou grupo social. O rádio cumpria, assim, o papel de representar a
cidade, comunidade, ou o bairro.
CAPELLO, G. H. Um encontro (histórico) entre o rádio e futebol na constituição cultural brasileira. Anais do VIII Encontro Nacional
de História da Mídia, Guarapuava-PR, abr. 2011.
No texto existe uma conexão entre o futebol, as manifestações regionais de cultura e o rádio como
meio preferencial de sua transmissão. Essa leitura da realidade feita pelo autor demonstra a
a) permanência da função dos meios de comunicação e entretenimento de provedora de leituras
amplas de mundo.
b) mudança do papel dos meios de comunicação na vida social simbolizada pelo rádio, que já foi a
maior mídia de massas.
c) evolução das tecnologias de informação que tornam obsoletos sucessivamente os meios
anteriores de comunicação.
d) posição crítica da sociedade perante veículos de comunicação de massas, relegando-os a
assuntos de menor interesse.
e) relação de cooperação entre interesses sociais e privados na forma de promoção das identidades
regionais nas mídias de massa.
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Questão 77
População Economicamente Ativa no Primeiro Setor por Região, 1940-2000
 
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Fonte: IBGE; ROSS, J. L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005, p. 390.
A sequência de mapas retrata os movimentos populacionais do século XX que delinearam a estrutura
demográfica do Brasil atual. Esse movimento histórico é chamado de
a) êxodo rural, provocado, entre outros motivos, pela modernização das relações de trabalho no
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campo.
b) explosão demográfica, provocada, entre outros motivos, pela acelerada elevação da renda do
trabalhador urbano.
c) transição demográfica, provocada, entre outros motivos, pela queda tendencial na taxa de
ferti l idade.
d) mobil idade do trabalho, provocada, entre outros motivos, pela intensificação da produção
agrícola.
e) migração de retorno, provocada, entre outros motivos, pelas melhorias sociais nas regiões
anteriormente emissoras de migrantes.
Questão 78
Não houve nenhuma irreligião popular em Roma: o povo nunca deixou de crer e rezar. Mas em que um romano culto podia crer dentro
dessa fantasmagoria dos deusesancestrais? Um homem culto se dizia mais ou menos isto: “Existe uma Providência, faço questão de
acreditar; o núcleo de verdade das fábulas sobre os deuses deve ser esse. Mas há ainda outra realidade em Apolo, em Vênus? São
nomes da Divindade única? Emanações desta? O nome de suas virtudes? Um princípio abstrato, porém ao mesmo tempo vivo? Ou
nada além de fábula vã?” Tinha certeza do essencial, da Providência divina, mas não conseguia esclarecer o resto.
VEYNE, P. O Império Romano, in História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. (Adaptado)
As inquietações típicas de um romano culto, indicadas no trecho apresentado, apontam para a divergência entre o(a)
a) proposta de adoção de deuses estrangeiros no panteão romano e os posicionamentos populares nacionalistas em defesa da
preservação dos cultos tradicionais.
b) ceticismo dirigido pela elite contra os mitos politeístas aceitos popularmente e sua tendência à aceitação de preceitos
monoteístas.
c) predomínio da autoridade de divindades masculinas associadas à elite e a defesa da importância dos mitos femininos
relacionados aos cultos populares.
d) ateísmo manifesto pelas classes populares e a tentativa da elite romana de preservar as concepções politeístas tradicionais que
justificavam a divisão social da época.
e) adoção do cristianismo por parte da elite romana e a defesa popular dos mitos politeístas tradicionais da sociedade local.
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Questão 79
Muita água passa por baixo das pontes do Tietê e do Pinheiros, principais rios da cidade de São Paulo. Mas também tem muita água
passando por baixo do asfalto, do cimento e do concreto. O município possui nada menos que 186 bacias hidrográficas catalogadas
pela prefeitura [...]
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br>. Acesso em: 29 fev. 2016.
O elevado número de bacias hidrográficas presentes no município de São Paulo decorre de seu(sua)
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a) proximidade com o Oceano Atlântico, concentrando o fluxo de diversos rios que desaguam em seu litoral.
b) geomorfologia pouco acidentada, o que resulta na convergência dos corpos d´água em um raio de muitos quilômetros.
c) elevado estágio de urbanização, o qual culmina em uma paisagem natural altamente antropizada.
d) relevo ondulado, cujos picos servem de divisores de água, formando unidades de drenagem distintas.
e) localização tropical, condição esta que provoca elevados índices anuais de pluviosidade.
f) Não sei.
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Questão 80
A grande maioria dos moradores da pacata e arborizada rua Gil Eanes, no Campo Belo, sequer imagina que até o ano de 1931 a rua
tinha seu nome associado ao chanceler alemão Adolf Hitler. Na época, a rua ainda fazia parte não da capital paulista, mas do
Munícipio de Santo Amaro (1832-1935). Grande foco de imigração alemã, a região parecia mais uma vila da Alemanha dado ao grande
número de imigrantes daquele país. Era muito comum encontrar as pessoas falando o idioma germânico nas ruas ao invés de
português. Algumas casas da rua Gil Eanes e adjacências ainda ostentam uma arquitetura similar à alemã. [...] A desagradável
honraria encerrou-se em 1931, quando várias ruas de Santo Amaro (ainda município) foram renomeadas para nomes nacionais ou
menos polêmicos.
NASCIMENTO, D., A Rua Adolf Hitler e outras ruas de alemães que mudaram de nome em São Paulo. Disponível em:
<saopauloantiga.com.br>. Acesso em: 11 dez. 2014.
A toponímia consiste no estudo dos nomes próprios dos lugares, sua origem e evolução ao longo do tempo. No caso da rua Gil Eanes,
seu antigo nome representou um(a)
a) monumento cívico que revelou o alinhamento nazista dos habitantes locais.
b) patrimônio histórico que foi refutado pelos moradores judeus locais.
c) local de memória que foi alvo de disputas políticas e de reformulações.
d) herança cultural que valorizou a memória de refugiados judeus.
e) lugar de memória que refletiu a ruptura dos habitantes locais com Vargas.
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Questão 81
Pois as ideias de uma identidade e cultura nacional escondem as diferenças sejam de classes sociais, gênero, étnicas e etc. ao
buscar uniformizá-las. Negando também os processos históricos marcados pelas violências de grupos politicamente hegemônicos.
Negando ainda as violências sobre grupos a exemplo dos povos indígenas e os oriundos da África que foram submetidos a viverem
em ambientes coloniais.
SILVA, E. Povos Indígenas: História, Culturas e o Ensino a partir da Lei 11.645. Revista Historien UPE/Petrolina, v. 7, p. 39-49, 2012.
 
O historiador Edson Silva, no excerto anterior, discute o significado da aprovação da Lei 11.645 de 2008, que afirma que o ensino de
história e cultura afro-brasileira e indígena é obrigatório. Sua argumentação defende o princípio de
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a) valorização da cultura nacional, apoiando a restrição de conhecimentos sobre grupos particulares dentro da nação.
b) emancipação social, apoiando a promoção de uma contracultura baseada nos marcos históricos tradicionais.
c) autonomia regional, apoiando a maior flexibilidade legislativa das unidades geográficas conforme sua composição social.
d) união nacional, apoiando a consolidação de um projeto hegemônico contrário a práticas de exclusão social.
e) inclusão social, apoiando o reconhecimento da diversidade e da história de grupos minoritários e oprimidos.
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Questão 82
No caso da marca publicitária, por exemplo, poderíamos afirmar que o sujeito que consome a marca sabendo que ela [é] ilusória,
assim o faz movido por uma ilusão inconsciente que se materializa na sua ação de consumir tais imagens; o que, certamente, vela o
terrível sofrimento psíquico a que está submetido para dar conta, continuamente, de um imperativo de consumo movido pelo culto à
existência na imagem. [...] Precisamos consumir e sermos consumidos para existirmos enquanto imagens.
FONTENELLE, I., Ilusões de Modernidade: O fetiche da marca McDonald’s no Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-71822006000200006>. Acesso em: 18 dez. 2014 (adaptado).
A publicidade é fundamental na constituição das marcas que atuam na sociedade capitalista contemporânea. Segundo a autora, a
publicidade é capaz de
a) alterar o valor de uso das mercadorias.
b) difundir valores cidadãos aos consumidores.
c) determinar as escolhas dos consumidores.
d) viabilizar identidades desejadas pelos consumidores.
e) estimular o a realização de grandes promoções.
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Questão 83
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GIANNI, Alegoria ao juramento da Constituição Brasileira de 1824, Coleção Fundação Biblioteca Nacional, 1824. Disponível em:
<commons.wikimedia.org>. Acesso em: 10 mar. 2015.
Na gravura acima, que representa o juramento à Constituição de 1824, o Imperador salva uma índia,
símbolo da nova Constituição, enquanto imobil iza o despotismo, retratado no canto inferior
esquerdo. Tendo isso em vista, pode-se afirmar que, na figuração acima, observa-se um discurso
a) condizente com as propostas da Constituição de 1824, dado que essa extinguia as amarras
absolutistas, permitindo eleições diretas, embora censitárias.
b) destoante do caráter da Constituição de 1824, visto que o imperador concentrava poderes,
embora o sufrágio universal tenha sido aprovado.
c) adequado aos princípios da Constituição de 1824, em razão do fim dos títulos de nobreza e da
participação das elites na formulação das leis.
d) divergente em relação à Constituição de 1824, pois a representação política era indireta e
censitária, enquanto o imperador concentrava poderes.
e) harmônico com o conteúdo da Constituição de 1824, uma vez que o Brasil tornava-se uma
monarquia parlamentar, embora o voto fosse restrito.
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Questão 84
O objetivo de uma agricultura sustentável deve ser o de envolver o manejo eficiente dos recursos disponíveis, mantendo a produçãonos níveis necessários para satisfazer às crescentes aspirações de uma também crescente população, sem degradar o meio
ambiente
FAO/ONU. Sustainable agricultural production: implications for international agricultural research. FAO Res. and Tech. Paper 4, 1989. 131
p.
 
Ao se tomar por base essa caracterização de sustentabilidade agrícola, elaborada em 1989, podemos afirmar que é uma prática
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sustentável o(a)
a) aração de declives acentuados.
b) cultivo prolongado sem o pousio do solo.
c) aspersão de agrotóxicos por aviões.
d) lançamento de resíduos de nitratos nos rios.
e) plantio de espécies vegetais quebra-vento.
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Questão 85
Primeiro de tudo nos vem ao encontro, legado por séculos de cruéis guerras de religião, o ideal da tolerância. Se hoje existe uma
ameaça à paz mundial, essa vem ainda uma vez do fanatismo, ou seja, da crença cega na própria verdade e na força capaz de impô-
la [...] Em segundo lugar, temos o ideal da não-violência. As tão frequentemente ridicularizadas regras formais da democracia
introduziram pela primeira vez na história as técnicas de convivência, destinadas a resolver os conflitos sociais sem o recurso à
violência. Apenas onde essas regras são respeitadas o adversário não é mais um inimigo (que deve ser destruído), mas um opositor
que amanhã poderá ocupar o nosso lugar.
BOBBIO, N., O futuro da democracia: Uma defesa das regras do jogo. São Paulo: Paz e Terra, 1997 (adaptado).
 
O excerto defende a importância do ideal da tolerância e da não-violência pelo fato de que essas noções possibilitam
a) incorporar os dissensos no espaço do debate democrático.
b) reconhecer o fanatismo como expressão de minorias étnicas e sexuais.
c) favorecer a pluralidade e a pulverização de identidades na democracia.
d) instituir técnicas de convivência capazes de extinguir o debate.
e) abolir a resolução de conflitos por meio da violência institucional.
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Questão 86
Mesmo nossos próprios estudantes, ocupando um estágio intermediário entre críticos de cinema e audiência de massas, são
extremamente resistentes em criticar filmes da Disney [...] Esses estudantes citam consistentemente quatro desculpas fáceis para
seu prazeroso consumo de filmes da Disney e de sua agenda apolítica: é só para crianças, é só fantasia, é só um desenho e é só um
bom negócio. Essas quatro naturalizações criam um texto ao estilo Disney isento de influências materiais, históricas e políticas.
BELL et al., 1995, p.4, apud. CAMPBELL, N; DAVIES, J.; McKAY, G (Org.). Issues in Americanization and Culture. Edimburgo: Edinburgh
University Press, 2004 (adaptado).
No texto, o autor se posiciona em relação à forma dócil e aparentemente neutra com que os filmes da Disney se apresentam ao
público. De acordo com essa leitura sobre a natureza dos estímulos culturais globalizados, a articulação de comunidades
internacionais por meio da internet, em torno de problemas coletivos, tem como condição a
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a) elevação da renda média mundial, de modo a permitir o acesso de frações maiores da população a bens de consumo
globalizados.
b) exposição de ideias por meio de símbolos e conceitos particulares a cada usuário, mas em uma língua internacional comum: o
inglês.
c) tradução cultural de símbolos e conceitos particulares por meio de analogias com fenômenos universais, à maneira dos contos de
fada.
d) adoção de uma língua comum, bem como de um conjunto homogêneo de símbolos e valores culturais, originados no centro
econômico global.
e) comunicação em termos universais, através de uma determinada língua global, de modo a esvaziar os conceitos de sua
particularidade.
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Questão 87
CAPÍTULO I
Criação do Tribunal
Artigo 1.º
O Tribunal
É criado, pelo presente instrumento, um Tribunal Penal Internacional ("o Tribunal"). O Tribunal será uma instituição permanente, com
jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, de acordo com o presente
Estatuto, e será complementar das jurisdições penais nacionais.
Estatuto de Roma do Tribunal Internacional Penal. Disponível em: <http://www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh/tidhuniversais/tpi-estatuto-
roma.html>. Acesso em: 08 jan. 2015.
 
O Tribunal Penal Internacional, criado em 1998, surge em um contexto histórico-geográfico de
a) necessidade de mediação de disputas territoriais nas regiões economicamente desenvolvidas.
b) fortalecimento das trocas comerciais de longa distância e enfraquecimento dos blocos regionais.
c) desenvolvimento de meios técnicos e políticos de institucionalização das relações internacionais.
d) mobilização de recursos para esforço de guerra em período de crise econômica mundial.
e) perseguição aos responsáveis pelos governos ditatoriais do século XX em todos os continentes.
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Questão 88
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*Doença arterial coronariana, derrame e diabetes.
Novas estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que as doenças crônicas são um grave fardo econômico aos países e
que esse fardo aumentará caso nada seja feito para frear essa epidemia. [...] Mas o futuro guarda a esperança. Com maior
investimento [...] será possível prevenir 36 milhões de mortes prematuras nos próximos 10 anos. [...] Essas mortes evitadas também
se traduziriam em ganhos substanciais para o crescimento econômico.
Rethinking “diseases of af f luence” - the economic impact of chronic diseases. Organização Mundial da Saúde/ONU, 2005.
Tradução livre.
A análise do conteúdo do relatório do órgão das Nações Unidas revela o(a)
a) primado do bem-estar social na formulação de políticas públicas, identificado pela preocupação humanitária com as populações
pobres.
b) lógica dominante da governança global, pela qual o Estado deve visar à economia de recursos e ao crescimento econômico.
c) idealismo presente nos discursos políticos, sem haver preocupação com a viabilidade econômica das políticas públicas.
d) centralidade de valores democráticos na política mundial, segundo os quais a saúde seria questão de dignidade humana.
e) crescente preocupação com os efeitos da economia atual na saúde pública, evidenciada pelas perdas ocasionadas por doenças
crônicas.
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Questão 89
Em 1985 haverá na região metropolitana de Nova York [...] 6 milhões de habitantes suplementares. Onde viverão eles? 2 milhões de
empregos suplementares. Onde estarão localizados? As respostas dadas a essas perguntas repercutirão no modo de vida dos 16
milhões de pessoas que vivem atualmente na região metropolitana. Você pode contribuir nas decisões. O Regional Plan Association,
organismo civil hoje com 33 anos, dedicou cinco anos e um milhão de dólares para tentar determinar o futuro mais provável, na
próxima geração, da região metropolitana [...]
Mas o ponto a ser tratado hoje é o seguinte: Se os habitantes da Região não estão satisfeitos com a situação atual, podem
transformá-la. Se estão satisfeitos, podem melhorá-la. Para isso, é preciso que o Regional Plan Association seja informado das
preferências e aspirações dos cidadãos da região de Nova York.
Goals for the Region Project, New York Regional Plan Association, 1963, apud. CHOAY, F. O Urbanismo - Utopias e Realidades. Uma
antologia. Estudos Perspectiva, São Paulo; 1ª edição, 1979, p.46.
 
Uma participação semelhante da sociedade civil nas decisões públicas pode ocorrer, no Brasil, por meio de
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a) representação parlamentar e leis de iniciativa pública.
b) referendos populares e decretos presidenciais.
c) plebiscitos e consultas a entidades de classe.
d) conselhos participativos e audiências públicas.
e) auditorias públicas e manifestações populares.
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Questão 90
Hoje, o vínculo entre o desenvolvimento econômico e geográfico persiste, conferindo àimagem de fronteira sua atualidade, mas a
forma deste vínculo é bem diferente. No que diz respeito à base espacial, a expansão econômica ocorre hoje não por meio da
expansão geográfica absoluta, mas pela diferenciação interna do espaço geográfico.
SMITH, N. Gentrificação, a Fronteira e a Reestruturação do Espaço Urbano. Revista GEOUSP - Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 21, pp. 15 -
31, 2007.
 
O processo na origem do desenvolvimento das fronteiras atuais, segundo Neil Smith, é o de
a) apropriação pelo capital de espaços periféricos já ocupados pelo Estado, como no caso da fronteira agrícola.
b) ampliação da base territorial conquistada pelos Estados nacionais, como no caso da marcha para oeste no período varguista.
c) especialização produtiva das regiões rurais, como no caso da consolidação dos cinturões agrícolas norte-americanos.
d) apropriação simbólica dos lugares urbanos, como no caso dos muros grafitados nas periferias urbanas.
e) homogeneização econômica no seio da globalização, como é o caso da expansão geográfica das empresas transnacionais.
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Questão 91
Proposta de redação ENEM
A partir da leitura dos textos motivadores a seguir e com base em seus conhecimentos e reflexões,
redija um texto dissertativo- -argumentativo em modalidade escrita formal da l íngua portuguesa
sobre o tema: A questão dos maus-tratos e do abandono de animais no Brasil, apresentando
proposta de intervenção para os problemas identificados.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu
ponto de vista.
Texto I
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 [...]
CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
Seção I feli
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Dos Crimes contra a Fauna [...] Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um
ano, e multa. § 1o Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal
vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2o A
pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. [...] Art. 37. Não é crime o
abate de animal, quando realizado:
 I – em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
II – para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde
que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;
III – (VETADO) IV – por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
[...] Brasil . Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em: 
<www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L9605.htm>.
MAUS-TRATOS E ABANDONO
 
Texto II
Vítimas de acidente reclamam de abandono de cavalos e falta de fiscalização em Ribeirão Preto
A comerciante de 67 anos Iara Maria de Camargo [...] e o marido, de 73 anos, seguiam pela Avenida
Bandeirantes, [...] quando o veículo deles atingiu um animal que entrou de repente na pista.
Ela chegou a ficar presa nas ferragens, mas foi socorrida [...]. O cavalo não resistiu ao impacto. [...]
[...]
G1. 22 maio 2017. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/ribeiraopreto-franca/noticia/vitimas-de-acidente-reclamam-de-
abandono-decavalos-e-falta-de-fiscalizacao-em-ribeirao-preto.ghtml
 
Texto III
Fonte: http://brasilfm.com.br/proxima-segunda-feira-no-brasil-noticia-a-dra-fernanda-olimpio-fala-sobre-cuidados-com-os-
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https://g1.globo.com/sp/ribeiraopreto-franca/noticia/vitimas-de-acidente-reclamam-de-abandono-decavalos-e-falta-de-fiscalizacao-em-ribeirao-preto.ghtml
animais/
 
Texto IV
Denúncias de maus-tratos a animais mais que quadruplicam em SP
Entre 2014 e 2015, as denúncias de maus-tratos a animais na cidade de São Paulo mais que
quadruplicaram. Os relatos desse crime recebidos pela PM por meio do 190 saltaram 330% no
período _de 197 para 849 l igações.
Em 2012 (primeiro ano com relatos de agressões a animais reunidos na base de dados da PM), foram
feitas 238 l igações; em 2013, houve 197 l igações.
É o que aponta o levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados do CPC
(Comando de Policiamento da Capital), da PM, obtidos por meio da Lei Federal Nº 12.527 (Lei de
Acesso à Informação).
Veja, abaixo, a representação gráfica dessas informações:
Para Glaucia Lombardi, fundadora do projeto Cão Sem Fome, ONG dedicada à arrecadação de
alimentos para cães em situação de risco, a estatística reflete uma maior conscientização da
população quanto à importância de se denunciar casos de maus tratos a animais, e não exatamente
uma explosão real do número de ocorrências dessa natureza. “Os maus-tratos sempre existiram, só
que antes não havia uma consciência das pessoas em denunciar, apurar e divulgar os casos. Eles
eram uma contabil idade esquecida que, quem atua na proteção animal, sabe da existência, mas não
http://policiamilitar.sp.gov.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
http://projetocaosemfome.com/
chega à maioria da população”, afirma.
Por que isso é importante?
O artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) define o crime de maus-tratos
como “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais si lvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos”. A pena prevista, em caso de condenação, é de três meses a um
ano de detenção e multa.
Quando o animal morre por causa dos maus-tratos, a pena pode ser aumentada de um sexto a um
terço. Portanto, pode chegar, no máximo, a um ano e quatro meses de detenção.
O primeiro parágrafo do mesmo artigo dispõe que “incorre nas mesmas penas quem realiza
experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando
existirem recursos alternativos”.
Fonte: https://catracalivre.com.br/cidadania/denuncias-de-maus-tratos-animais-mais-que-quadruplicam-em-sp/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm
	Simulado 7 (ENEM) - Prova 1 - Linguagens/Humanas/Redação (Inglês)
	Texto I
	Texto II
	Texto III
	Texto IV
	Denúncias de maus-tratos a animais mais que quadruplicam em SP

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