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CENTRO UNIVERSITÁRIO FADERGS JÊNIFER CAROLINE PACHECO DA ROSA RIBEIRO PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA ESTÁGIO BÁSICO EM PROCESSOS EDUCATIVOS: CENTRO DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO NAS PSICOSES PORTO ALEGRE 2021 JÊNIFER CAROLINE PACHECO DA ROSA RIBEIRO PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA ESTÁGIO BÁSICO EM PROCESSOS EDUCATIVOS: CENTRO DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO NAS PSICOSES Projeto de Intervenção apresentado para a disciplina de Estágio Básico em Processos Educativos do curso de Bacharelado em Psicologia do Centro Universitário FADERGS. Orientadora: Dra. Ana Cristina Pontello Staudt - CRP 07/10886 Supervisor: Luzia Danielli da Silva Ferreira - CRP 07/25786 PORTO ALEGRE 2021 LISTA DE TABELAS Quadro 1 - Etapas para a realização do projeto………………………….…………….13 Quadro 2 - Organização da oficina………………………………………………………13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………. 4 2 TERRITORIALIZAÇÃO…………………………………………………………………..5 3 IDENTIFICAÇÃO DA DEMANDA……………………………………………………… 6 4 OBJETIVO DA INTERVENÇÃO………………………………………………………...7 4.1 Objetivo geral………………………………………………………………………….. 7 4.1 Objetivos específicos………………….…………………………………………….. 7 5 REFERENCIAL TEÓRICO……………………………………………………………… 7 6 MÉTODO………………………………………………………………………………….11 6.1 Observação das rodas de conversa………………………………………………11 6.2 Entrevista informal com os beneficiários………………………………………..11 6.3 Elaboração da oficina………………………………………………………………. 12 7 AVALIAÇÃO……………………………………………………………………………...12 8 CRONOGRAMA………………………………………………………………………… 13 REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………… 14 4 1 INTRODUÇÃO O estágio obrigatório é uma parte fundamental no processo de formação do graduando, pois o aproxima das atividades comuns à prática da profissão escolhida. É nesse momento que o estudante universitário pode relacionar a teoria aprendida no decorrer da graduação com a realidade encontrada no seu local de estágio e propor uma intervenção que possa contribuir com a instituição em que está inserido. O estágio em questão aborda os processos educativos e suas implicações dentro de um espaço de ensino-aprendizagem. Sua importância deve-se a possibilidade de vivenciar a prática do psicólogo nos contextos educacionais incluindo as dificuldades que emergem desses fenômenos, além de observar as relações existentes entre sujeito e objeto, afeto e aprendizagem e construções individuais e coletivas propondo, dessa forma, que a experiência social possui grande relação com os processos educativos (OLIVEIRA et al, 2009). Nesse sentido, o presente projeto surge como proposição para a disciplina de Estágio Básico em Processos Educativos, orientado pela Professora Dra. Ana Cristina Pontello Staudt e supervisionado pela Psicóloga Luzia Danielli da Silva Ferreira que também atua como responsável técnica do Centro de Prevenção e Intervenção nas Psicoses (CPIP), local em que será realizada uma intervenção advinda deste projeto. O CPIP é um local que atende pessoas com esquizofrenia e transtorno bipolar, seus familiares e cuidadores e lá são realizadas atividades diversas, como rodas de conversa e oficinas de arteterapia. Após iniciadas as atividades de estágio, observou-se a necessidade de uma intervenção que pudesse auxiliar os beneficiários que participam semanalmente das oficinas. Portanto, com este projeto propõe-se relatar a organização executada para a realização da intervenção que será desenvolvida com os beneficiários do CPIP no período de 18 de março a 27 de maio de 2022, a datar desde os objetivos até a avaliação do material interventivo. Serão relatados os aspectos do local do estágio e do público recebido, a demanda que fora apresentada e o que se pretende alcançar com a intervenção; também, os dados que fundamentam a importância da intervenção, além da execução da mesma que irá incluir o método, o cronograma e a avaliação dos resultados. 5 2 TERRITORIALIZAÇÃO O local onde será realizada a intervenção é o Centro de Prevenção e Intervenção nas Psicoses (CPIP) que é uma instituição de terceiro setor voltada para ressocialização de indivíduos a partir de atividades de estimulação cognitiva, oficina de arteterapia, colagem e mosaico, além de rodas de conversa. Para mais, todas essas atividades envolvem a convivência e colaboração em grupo, principal objetivo deste projeto social. O CPIP localiza-se no Condomínio Osvaldo Cruz, na rua dos Andradas que fica no bairro Centro Histórico de Porto Alegre. No seu entorno é possível observar outros prédios comerciais, além de lojas popularmente conhecidas, como a Renner e as Americanas. O local também faz divisa com as ruas Doutor Flores e Senhor dos Passos, conhecidas por terem pontos comerciais importantes que compõem o conjunto do centro da cidade. Para além desse entorno, há diversos museus no Centro Histórico, como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) e a Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ) que ficam, respectivamente, a 800 m e 1 km do local. Em alguns momentos, são realizadas visitas culturais a esses locais oferecidas pelo CPIP como forma de promover a socialização entre os beneficiários e proporcionar um meio para estimulação da reflexão e do debate. Próximo ao CPIP, encontra-se a Unidade de Saúde Santa Marta que serve como referência para os beneficiários que residem perto do local. Além dessa unidade, a 2 km dali encontra-se o CAPS AD IV - Centro Céu Aberto e o CRAS Centro, sendo este último muito importante para os beneficiários que possuem baixa renda e se utilizam dos serviços oferecidos. O espaço físico do CPIP dispõe de quatro salas das quais duas são divididas para as atividades de arteterapia e uma sala maior onde são realizadas as rodas de conversa. Também inclui-se uma sala com uma mini cozinha em que voluntários e estagiários se reúnem antes e após as atividades, além da sala de recepção e um banheiro com duas repartições. Para além do espaço físico, há, em média, 8 voluntários que cuidam das tarefas de limpeza e organização do local, como também auxiliam os estagiários nas atividades ao longo da semana e 3 estagiários de Psicologia que realizam as 6 atividades em duplas com os voluntários durante as tardes e em dias alternados. Ademais, o CPIP atende até a presente data um total de 7 beneficiários sendo estes jovens adultos, adultos e idosos com comprometimento cognitivo leve a moderado e de classes econômicas diversificadas. Por ser uma organização da sociedade civil (OSC), todo o material é adquirido através da colaboração direta da comunidade, dos associados e do que é arrecadado em eventos promovidos pelo CPIP. No último ano, o brechó foi o único evento ocorrido e teve a duração de um mês, onde foram arrecadados valores que custearam a compra de materiais novos para as oficinas. 3 IDENTIFICAÇÃO DA DEMANDA Como já mencionado, uma das atividades realizadas pelo CPIP são as rodas de conversa que ocorrem todas as sextas-feiras. A cada semana, um beneficiário por vez escolhe o tema que será discutido no próximo encontro para que isso estimule a motivação e a participação de todos de modo que se impliquem ainda mais nos debates. A partir disso, um tema trazido por eles e que se repetiu diversas vezes no decorrer das rodas refere-se a identificação das emoções e sobre como lidar com elas. Para Denham et al (2003 apud Franco; Santos, 2015, p. 340), a compreensão das emoções é um processo psicológico básico essencial e diz respeito a “capacidade de identificar, reconhecer e nomear emoções; diferenciar as próprias emoções; compreender as emoções dos outros com base nas expressões faciais e nas características das situações de contexto emocional” . Isto posto, o presente projeto surge a partir da necessidade de abordar o tema das emoções de uma forma mais aprofundada, pois a sua compreensão auxilia no desenvolvimento do autoconhecimento e do repertório emocional. Constata-se, portanto, que por ter sido trazido mais de uma vez, a roda de conversa não esteja conseguindo, por si só, sanar as dúvidas a respeitodas questões trazidas sobre essa temática. 7 4 OBJETIVO DA INTERVENÇÃO 4.1 Objetivo geral O objetivo geral do projeto é o de aprimorar a compreensão das emoções e os modos de lidar com elas considerando todos os seus aspectos de forma a contribuir para o desenvolvimento do autoconhecimento e da inteligência emocional dos beneficiários. 4.1 Objetivos específicos Para atingir esse ideal, elencar-se-á como objetivos específicos: ● Apresentar as principais emoções primárias, secundárias e de fundo através de uma psicoeducação; ● Apresentar indicações sobre formas de desenvolver inteligência emocional; ● Oferecer material elucidativo e exemplos que possam auxiliar na compreensão do conteúdo; ● Propor atividade para fixação do conteúdo. 5 REFERENCIAL TEÓRICO Existem muitas definições para conceituar emoção, mas de modo geral, as emoções são entendidas como um processo biológico desencadeado por estímulos, que podem ser internos ou externos. Além disso, é a partir de determinada emoção vivenciada que também ocorrem respostas fisiológicas automáticas, como: sudorese, palpitações, tremores, entre outros. Para mais, as reações emocionais acontecem como uma maneira de o indivíduo avaliar o ambiente e reagir a ele de forma adaptativa, o que sugere que as emoções são ligadas a um instinto de proteção e preservação do indivíduo (DAMÁSIO, 2000). 8 Quando as emoções são experimentadas em excesso podem se tornar bastante desagradáveis, pois envolvem processos hormonais, cardiovasculares e outras respostas corporais que, devido a frequência e intensidade, podem resultar em danos prejudiciais à saúde (SILVESTRE; VANDENBERGUE, 2013). Isso acontece com o medo cuja reação fisiológica está relacionada ao aumento da frequência cardíaca, vertigem, falta de ar e entre outros sintomas. Nesse caso, quando o medo se manifesta de forma frequente na vida do indivíduo, este pode ser um indicador de alguma fobia ou transtorno de ansiedade, por exemplo. Ainda que todas as emoções sejam importantes para sobrevivência e adaptação, Arruda (2014) constata que há emoções categorizadas como sendo positivas e negativas, em que positivas seriam aquelas que os indivíduos buscam constantemente em suas vidas, enquanto as negativas seriam aquelas que os indivíduos não gostam de sentir e tentam evitar. No entanto, essa classificação não sugere se a resposta emocional dada a partir determinada situação é funcional ou disfuncional, pois para isso deve-se avaliar o contexto que o indivíduo se encontra e da resposta exigida para aquela circunstância, o que torna importante o uso de estratégias de gerenciamento de emoções e de processos regulatórios (GONDIM; PEREIRA; HIRSCHLE et al, 2015). O processo de regulação emocional envolve a compreensão e o equilíbrio sobre as próprias emoções, de modo a evitar que elas se tornem disfuncionais. Desse modo, o seu objetivo não consiste em eliminar as emoções negativas, mas fazer com que elas não provoquem um desgaste emocional no indivíduo. Para Leahy, Tirch & Napolitano (2013, p. 21): A regulação emocional pode incluir qualquer estratégia de enfrentamento (seja ela problemática ou adaptativa) que o indivíduo usa ao confrontar a intensidade emocional indesejada. É importante reconhecer que a regulação emocional é como um termostato homeostático capaz de regular as emoções e mantê-las em “nível controlável” para que se possa lidar com elas. Desse modo, a utilização de estratégias para regulação emocional podem evitar patologias que estão associadas à sua não regulação e permitir ter um maior controle sobre as emoções, o que proporciona sensação de bem-estar aos indivíduos e maior qualidade de vida emocional. Além disso, outro ponto importante 9 referente às emoções diz respeito à capacidade de identificar emoção em si e nos outros e perceber qual a função que cada uma desempenha, um processo que ocorre ao longo do desenvolvimento humano e que é essencial para compreender e regular as emoções. É a partir dessa designação que se torna possível aumentar o repertório emocional, aumentando também a possibilidade de lidar com as emoções de forma mais saudável. A junção dessas habilidades é chamada de inteligência emocional, conceito criado para definir o processo que envolve a identificação e compreensão das emoções como um todo. Nesse sentido, a inteligência emocional envolve: a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (MAYER; SALOVEY, 1997, p. 15). Em suma, essa teoria preconiza que o indivíduo deve ser capaz de compreender aquilo que está sentindo, assim como perceber expressões emocionais em outras pessoas para que, desse modo, consiga manifestar as suas necessidades de forma adequada; também deve ser capaz de utilizar as informações advindas de reações emocionais por meio do pensamento de modo a contribuir com a aprendizagem da descrição das emoções sentidas. Para mais, deve compreender e interpretar emoções complexas e, por fim, deve também ser capaz de controlar as emoções de si mesmo e lidar com as emoções de si e das outras pessoas. Goleman (1995 apud SIQUEIRA; BARBOSA; ALVES, 1999) irá dizer que inteligência emocional envolve cinco domínios principais: autoconsciência, autorregulação, automotivação, empatia e sociabilidade, das quais as três primeiras envolvem o indivíduo e a sua relação com as emoções, enquanto as duas últimas abrangem a percepção do indivíduo sobre as emoções das outras pessoas e essa ligação com as interações sociais. A autoconsciência é considerada como a mais importante, pois compreende a capacidade de analisar e nomear aquilo que se está sentindo de modo que, a partir disso, seja possível controlar e gerenciar emoções mais complexas. A 10 autorregulação é, nesse sentido, a capacidade advinda da autoconsciência que significa administrar as próprias emoções para lidar melhor com elas. Outra habilidade refere-se à automotivação que é a capacidade para motivar-se e manter-se otimista com as metas pessoais. Além dela, há a empatia que envolve considerar e compreender os sentimentos de outras pessoas e, por fim, a sociabilidade que inclui a capacidade de iniciar, aprofundar e manter relações sociais (SIQUEIRA; BARBOSA; ALVES, 1999). À vista disso, a inteligência emocional, de modo geral, é uma competência importante para administrar as próprias emoções de modo a solucionar conflitos e se adaptar aos eventos que acontecem no decorrer da vida. Uma das formas de se trabalhar os aspectos das emoções é por meio da psicoeducação. Para Oliveira et al (2018, p. 2): “a psicoeducação emocional consiste em uma ferramenta de aprendizagem que atua de forma preventiva, auxiliando os indivíduos a entender as suas próprias emoções e utilizá-las produtivamente”. Desse modo, quanto mais informada a pessoa estiver acerca do seu funcionamento emocional, mais preparada ela estará para engajar-se no seu processo de mudança (LUKENS; MCFARLENE, 2004). Wood, Brendro, Fecser et al (1999) explicam que a palavra “psico” diz respeito ao campo das teorias e técnicas psicológicas enquanto a palavra “educação” está associada à área pedagógica, pois compreende o processo de ensino-aprendizagem. Pode-se, portanto, dizer que a psicoeducação é uma abordagem que busca relacionar teorias e técnicas psicológicas e pedagógicas voltadas para o âmbito cognitivo, emocional e comportamental do indivíduo para que este seja capaz de desenvolver estratégias que ele mesmo possa aplicar (LEMES; NETO, 2017). A psicoeducação é uma abordagem que busca desenvolver pensamentos e reflexões acerca de si e do que está ao seu redor. Dessa forma, ela é uma importante ferramenta para orientar o sujeito a respeito das emoções, pois o auxilia a compreendero seu funcionamento podendo, assim, melhorar a motivação para a mudança e auxiliar no desenvolvimento do autoconhecimento. 11 6 MÉTODO A intervenção se dará através de uma oficina e para que possa ser realizada deverá seguir as seguintes etapas: 1. Observação das rodas de conversa; 2. Entrevista informal com os beneficiários para investigar o que eles gostariam de ver na oficina; 3. Pesquisa do material teórico que irá compor a oficina; 4. Processo de elaboração da oficina; 6.1 Observação das rodas de conversa A observação é um instrumento de coleta de dados que tem como objetivo investigar um fenômeno através do olhar e da escuta. Ela exige atenção plena para o objeto observado de modo que sejam definidas informações pertinentes a partir daquilo que se apresenta ao observador no seu campo perceptivo (PEDINIELLI & FERNANDEZ, 2015). Desse modo, a observação foi uma ferramenta fundamental no processo de identificação da demanda selecionada, pois foi a partir dela que tornou-se possível analisar os conteúdos que mais se manifestavam nas rodas de conversa. 6.2 Entrevista informal com os beneficiários Após realizada a observação e definida a demanda que será trabalhada, foi realizada uma entrevista informal com os beneficiários para definir os tópicos que serão trabalhados na oficina. Para tal, foi perguntado a eles quais as expectativas em relação à oficina e o que gostariam que fosse abordado. Nesse sentido, foi um processo muito importante para definir o planejamento e também para proporcionar um material que se encaixasse no interesse deles. 12 6.3 Elaboração da oficina A intervenção terá como elemento principal uma oficina online que será feita através da plataforma Google Meet e deverá incluir os seguintes tópicos: a) resumo sobre as emoções primárias, secundárias e de fundo; b) conceito de inteligência emocional e formas de desenvolver; e, por fim, c) análise de cenas de filmes para identificação das emoções. Nesse sentido, o primeiro e segundo encontro servirão para realizar uma psicoeducação a respeito de conceitos sobre emoções e inteligência emocional, assim como formas de desenvolvê-la. Para o terceiro encontro serão disponibilizadas cenas de filmes e séries para que eles identifiquem as expressões emocionais de outras pessoas de modo a auxiliar no processo de desenvolvimento da inteligência emocional. Para Salovey e Mayer (1990), o processo perceptual da inteligência emocional ocorre não só quando há avaliação da expressão das emoções e regulação emocional em si mesmo, mas quando se percebe essas situações em outras pessoas podendo ser observáveis tanto a nível verbal quanto não-verbal. Por fim, o último encontro será utilizado para fazer o fechamento dos encontros, onde serão debatidos os pontos principais tratados ao longo da oficina e também onde será feita uma breve roda de conversa como forma de avaliar a intervenção. 7 AVALIAÇÃO A avaliação da oficina será feita através de uma breve roda de conversa para captar o entendimento dos beneficiários a respeito dos tópicos trabalhados ao longo dos encontros. Nesse momento, eles poderão tirar dúvidas e fazer uma reflexão sobre o que foi abordado na oficina, assim como expressar de que forma se sentiram no decorrer da mesma. Além disso, será feito um questionário que será impresso e entregue aos beneficiários para compreender os pontos positivos e negativos dos encontros e como eles os afetaram. O resultado do questionário será muito importante para 13 analisar o impacto da oficina sobre os beneficiários e observar as contribuições da mesma em um âmbito pessoal e o alcance dos objetivos propostos priorizando a percepção dos beneficiários. 8 CRONOGRAMA O cronograma tem como finalidade a integração das etapas do projeto desde o início até o seu fim para ter uma visão mais organizada do tempo em que as atividades foram e serão executadas. Para realizar o projeto de intervenção no CPIP, foram formuladas as seguintes etapas: Quadro 1 - Etapas para a realização do projeto Etapa Descrição Data Primeira etapa Observação, identificação da demanda, definição de objetivos e método 18/03 a 14/04 Segunda etapa Elaboração da oficina 27/04 a 06/05 Terceira etapa Execução da oficina 09/05 a 19/05 Quarta etapa Aplicação e devolutiva do questionário 20/05 a 27/05 Fonte: Elaboração da autora, 2022 Quadro 2 - Organização da oficina Atividade Data Duração Encontro 1 - Apresentação da proposta, emoções primárias, secundárias e de fundo 09/05 1 hora Encontro 2 - Conceito de inteligência emocional e formas de desenvolver 12/05 1 hora Encontro 3 - Análise de cenas de filmes para identificação das emoções 16/05 1 hora Encontro 4 - Fechamento e discussão dos tópicos trabalhados 19/05 1 hora Fonte: Elaboração da autora, 2022 14 REFERÊNCIAS ARRUDA, M. J. F. C. ABC das emoções básicas: Implementação e avaliação de duas sessões de um programa para a promoção de competências emocionais. Um enfoque comunitário. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Educação) – Universidade dos Açores, Ponta Delgada, p. 27, 2014. CENTRO DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO NAS PSICOSES. Projetos. [2018]. Disponível em: https://cpip.org.br. Acesso em: 05 abr. 2022. DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes: Emoção, Razão e Cérebro Humano. Lisboa: Publicações Europa América, 2000. p. 147. DENHAM, S.; BLAIR, K.; DEMULDER, E.; LEVITAS, J. et al. Preschool emotional competence: pathway to social competence. 2003. In: FRANCO, M. G. S. E. C.; SANTOS, N. N. Desenvolvimento da Compreensão Emocional. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 31, n. 3, p. 340, 2015. GOLEMAN, D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. In: SIQUEIRA, M. M.; BARBOSA, N. C.; ALVES, M. T. Construção e Validação Fatorial de uma Medida de Inteligência Emocional. 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