Prévia do material em texto
MODULO 01 - GREGO - Alfabeto Apresentada a introdução geral a respeito das línguas bíblicas: grego, aramaico e hebraico, agora passamos a mostrar os pontos fundamentais de duas delas: do grego e do hebraico. O aramaico, como já foi destacado, não será abordado. Iniciaremos com o grego, o qual dividiremos em duas partes maiores e outras menores. As maiores estamos denominando aqui de “Os Primeiros Passos no Grego Bíblico”, e “Avançando no Conhecimento do Grego Bíblico”, em que aprofundaremos um pouco mais o estudo. OS PRIMEIROS PASSOS NO GREGO BÍBLICO Aqui trataremos daquilo que o título do ponto realmente descreve, dos primeiros passos. Eles incluem o estudo do alfabeto, da transliteração, dos acentos, da pontuação e de outros detalhes que orientam a leitura, além do estudo dos chamados casos gregos. Iniciaremos com o alfabeto e seguiremos esta ordem anunciada. O Alfabeto Grego O Alfabeto Grego possui vinte e quatro letras que são utilizadas em formas minúsculas e maiúsculas. Aqui você aprenderá o nome, as formas de cada uma delas e procurará decorar a sequência em que são utilizadas. Parece complicado, mas não é. Basta seguir as orientações, direitinho, e verificar que logo estará reconhecendo todas as letras gregas. O quadro geral do Alfabeto Grego Leia com calma cada uma das letras do Alfabeto Grego do quadro a seguir, seguindo linha por linha, verificando seus nomes e suas formas, maiúsculas e minúsculas. Desde este início já vá procurando decorar cada uma delas na ordem natural em que aparecem. Isto vai ser fundamental para ler as palavras gregas que serão apresentadas nas próximas lições e para encontrá-las, futuramente, nos dicionários. Atividade de aprendizagem Parte do processo de aprendizagem de uma língua são atividades manuais e repetitivas. Lembra quando fazíamos caderno de caligrafia, quando crianças? Então, baixe o arquivo a seguir, imprima e realize as atividades ali propostas! IntroduçãoLínguasOriginais_parte1_Exercicios1.pdf file:///C:/Users/MARCELODELIMAGRACINO/Downloads/IntroduçãoLínguasOriginais_parte1_Exercicios1.pdf Sugestão de bibliografia para pesquisa: REGA, Lourenço Stélio; BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental, São Paulo: Edições Vida Nova, 2014, p. 11. TAYLOR, William Carey. Introdução ao estudo do Novo Testamento. Rio de Janeiro: JUERP, 1983, p. 2-3. MODULO 2 – Os casos utilizados no grego Aqui você aprenderá a respeito dos chamados casos no grego. Isso é algo que não temos no português, o que, à primeira vista, pode parecer um pouco complicado, mas já veremos que não é assim. Os casos no grego são formas diferentes das palavras que mostram qual é a função delas dentro das frases. No português percebemos estas funções, geralmente, pela posição da palavra na frase. No grego ficamos conhecendo pela forma. Ou seja, os casos no grego, ainda que as palavras apareçam nas frases em posições diferentes daquelas que, normalmente, apareceriam no português, identificam a função de cada uma na frase por sua forma diferenciada. Os casos gregos são os seguintes: nominativo; vocativo; acusativo; genitivo e dativo. Veremos exemplos de cada um deles, como segue. A versão Almeida Revista e Atualizada traduziu assim: “E João, chamando dois deles...” Perceba que a ordem das palavras gregas dentro da frase pode ser muito diferente da ordem das palavras portuguesas. O caso vocativo Se a palavra está na forma vocativa, destaca uma invocação ou exclamação. Também é a forma da palavra que mostrará se ela está ou não neste caso. Ou seja, com esta função dentro da frase. Um exemplo pode ser visto em João 19.26 onde Jesus dirige sua palavra à sua mãe, chamando-a de mulher. O texto grego diz assim: Em uma tradução menos literal, como traduziu a versão Almeida Revista e Atualizada, diríamos assim: “Mulher, eis aí teu filho”. A palavra grega mulher, conforme aparece nos dicionários, no nominativo, tem a seguinte forma: O caso acusativo Se a palavra grega se encontra na forma do acusativo ela é o objeto direto da frase, mesmo que esteja em uma posição diferente da que estaria se seguisse a ordem das frases em português. No português o objeto direto vem depois do verbo e, simplesmente, sua posição na frase já demonstra que ele é o objeto. No grego não importa a posição em que ele aparece na frase, mas a sua forma. Vejamos dois exemplos: O caso genitivo A palavra grega na forma do genitivo especifica; define; descreve; além de indicar: posse, origem, procedência, derivação, separação. Normalmente é utilizado "de" em sua tradução. Assim, neste nível de estudo em que nos encontramos, o principal para o estudante é lembrar que o caso genitivo utilizará a palavrinha “de” quando for traduzida. Vejamos alguns exemplos: O caso dativo A forma do dativo pode estar indicando que a palavra é o objeto indireto da frase; referindo-se à posição ou lugar; indicando o meio (instrumento). Para o caso dativo utiliza-se o seguinte na tradução: a, para, em, entre, em cima de, com, por, por meio de, etc. Resumo Nesta lição você aprendeu que os casos no grego mostram qual é a função da palavra dentro da frase. Assim, as mesmas palavras podem aparecer no texto com formas diferentes, para destacar a função delas. Isso difere do português, pois nele a posição da palavra dentro da frase mostra qual é a sua função. Sugestão de bibliografia para pesquisa: GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 33-38. Procure fazer também os exercícios deste livro, isto será de grande ajuda para o seu aprendizado. 1) Qual é a ordem normal de uma frase em português? Sujeito, objeto direto, objeto indireto e verbo. Verbo, sujeito, objeto direto e objeto indireto. Sujeito, verbo, objeto direto, objeto indireto. 2) Qual a função do caso acusativo? Objeto direto da frase. Mostrar invocação. Sujeito da frase. 3) Qual a função do nominativo? Sujeito da frase. Objeto indireto da frase. Mostrar procedência. MODULO 3 – AVANÇANDO NO CONHECIMENTO DO GREGO BÍBLICO O Artigo – feminino, masculino e neutro Diferentemente do português, os artigos gregos são utilizados em três gêneros diferentes, o feminino, o masculino e o neutro. Para cada um deles existem quatro formas para o singular, e quatro formas para o plural, dependendo do gênero e do número. Vejamos um a um. O artigo feminino No quadro a seguir é apresentada a declinação completa do artigo feminino. Perceba que as formas mudam conforme o caso, o gênero ou o número. A quantidade de formas para o artigo talvez assuste um pouco ao iniciante, pois estamos acostumados com apenas quatro formas no português: o, a, os, as. Contudo, ninguém precisa se preocupar, pois qualquer artigo grego será traduzido para o português levando-se em conta o gênero gramatical da palavra portuguesa que ele define. Ou seja, qualquer artigo grego no singular poderá ser traduzido por “o” ou “a”, dependendo do gênero da palavra portuguesa que traduz a grega que ele acompanha. Se estiver no plural, naturalmente, traduziremos por “os” ou “as”, acompanhando a palavra portuguesa que a traduz. O artigo masculino Assim como o artigo feminino também o artigo masculino possui quatro formas diferentes para o singular e mais quatro para o plural, sempre de acordo com os casos. Veja a forma de cada um deles no quadro que segue: Aqui também a tradução será sempre “o” ou “a”, para os artigos que seguem palavras que serão traduzidas para o singular no português, e “os” ou “as”, para artigos que seguem palavras que serão traduzidas para o plural no português, seguindo o gênero da palavra portuguesa que traduz a grega definida. O artigoneutro Além dos artigos masculinos e femininos, no grego, também existe o artigo neutro. Assim como os demais artigos também ele possui formas diferentes para o singular e para o plural, sempre de acordo com os casos. Veja suas formas no quadro a seguir: Como no português não existem palavras neutras, as palavras neutras gregas serão sempre traduzidas para o masculino ou feminino no português, conforme o gênero de seus equivalentes em nossa língua. Assim, um artigo neutro singular será traduzido por “o” ou “a” no português, acompanhando o gênero da palavra portuguesa que a traduz. Da mesma forma, estando no plural, será traduzido por “os” ou “as”, sempre dependendo do gênero da palavra portuguesa que a traduz. Alguns exemplos de tradução dos artigos OBSERVAÇÕES Resumo Nesta lição você aprendeu a reconhecer as formas dos artigos definidos gregos e aprofundou seu conhecimento em relação à função dos casos, ou seja, das palavras dentro das frases. Aprendeu que os artigos definidos gregos, ainda que sejam muitos, serão sempre traduzidos por “o” ou “a”, quando estiverem no singular, dependendo do gênero de sua correspondente em português e, da mesma forma, “os” ou “as”, se estiverem no plural. Exercícios para treinamento Parte do processo de aprendizagem de uma língua são atividades manuais e repetitivas. Lembra quando fazíamos caderno de caligrafia, quando crianças? Então, baixe o arquivo a seguir, imprima e realize as atividades ali propostas! IntroduçãoLínguasOriginais_parte1_Exercicios4.pdf Sugestão de bibliografia para pesquisa GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 33-46. (Procure fazer também os exercícios deste livro, isto será de grande ajuda para o seu aprendizado). REGA, Lourenço Stélio e BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental, São Paulo: Edições Vida Nova, 2004, p. 65-74. O Substantivo Primeira Declinação do Feminino Terminados em eta ou alfa Video aula 05 - Substantivos Observações: 1) As traduções aqui propostas não são definitivas, mas apenas sugestões gerais. O contexto ajudará na decisão mais conveniente. 2) As palavras que se encontram no nominativo e no acusativo, no quadro anterior, receberam a mesma tradução. Isto não significa que elas têm as mesmas funções dentro das frases. Não se pode esquecer que, na frase, o nominativo é o sujeito e o acusativo é o objeto direto. Resumo Nesta lição você aprendeu a reconhecer as formas dos substantivos femininos da primeira declinação em cada um de seus casos. Por meio da comparação dos exemplos dados poderá reconhecer outros que são utilizados no texto grego. Exercícios para treinamento Parte do processo de aprendizagem de uma língua são atividades manuais e repetitivas. Lembra quando fazíamos caderno de caligrafia, quando crianças? Então, baixe o arquivo a seguir, imprima e realize as atividades ali propostas! IntroduçãoLínguasOriginais_parte1_Exercicios5.pdf Sugestão de bibliografia para pesquisa: GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 47-52 e 61-68. REGA, Lourenço Stélio e BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental, São Paulo: Edições Vida Nova, 2004, p. 83-89. MODULO 04 – AVANÇANDO NO CONHECIMENTO DO GREGO BÍBLICO Introdução ao Verbo – o Presente do Indicativo Ativo O estudo do verbo grego é uma das partes mais importantes de sua gramática, devido às suas variações. Em alguns pontos se assemelha ao português, mas, em outros, apresenta-se com funções bem diferentes. Aqui daremos os primeiros passos neste assunto. Verificaremos algumas das características gerais dos verbos e a conjugação do chamado "Presente do Indicativo Ativo". Vídeo 6- Introdução ao verbo Pessoa radical terminação do verbo É interessante que o estudante decore esta forma verbal, pois ela servirá de modelo para outros verbos na mesma conjugação. Singular Plural O tempo verbal no grego No português, acima de tudo, o tempo verbal indica o momento em que uma ação é praticada, se no passado no presente ou no futuro. No grego é diferente. Ainda que no modo indicativo este aspecto seja bastante importante, o tempo verbal, no geral, tem como função principal indicar o tipo de ação, não se importando tanto com o momento. Como bem destacaram Rega e Bergmann, pode-se dizer que no português o tempo verbal está mais relacionado com o "quando", enquanto no grego, primordialmente, diz respeito ao "como". O modo no verbo grego O modo indicativo é o "modo da declaração feita com segurança: afirma fatos como se fossem uma realidade. Este modo não esclarece se os fatos são verdadeiros ou falsos, simplesmente se limita a afirmá-los". Além do modo indicativo existe nos verbos gregos os seguintes modos: imperativo, subjuntivo e infinitivo. Alguns defendem que também o particípio seja um modo, contudo, outros defendem que não. Neste estágio do estudo conhecer um pouco do indicativo é suficiente. IntroducaoLiguasOriginais_parte1_Exercicios-6.pdf Sugestão de bibliografia para pesquisa GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 53-59. (Procure fazer também os exercícios deste livro, isto será de grande ajuda para o seu aprendizado) REGA, Lourenço Stélio e BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental, São Paulo: Edições Vida Nova, 2004, p. 25-44. As Vozes Utilizadas nos Verbos Gregos No grego, assim, como no português, a voz indica a relação que existe entre o sujeito e a ação verbal. No caso da voz ativa, não difere em nada do português. Ou seja, o sujeito pratica a ação descrita pelo verbo. Além da voz ativa também aparece no grego a voz passiva e a média. Diferentemente do português, no grego não se encontra a voz reflexiva. Memorização da conjugação em w do Presente do Indicativo Ativo *Decorar esta conjugação é muito importante para a continuidade do estudo do verbo grego. SINGULAR PLURAL OBSERVAÇÕES RESUMO Exercícios para treinamento Parte do processo de aprendizagem de uma língua são atividades manuais e repetitivas. Lembra quando fazíamos caderno de caligrafia, quando crianças? Então, baixe o arquivo a seguir, imprima e realize as atividades ali propostas! IntroduçãoLínguasOriginais_parte1_Exercicios5.pdf Sugestão de bibliografia para pesquisa: GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 53-59. REGA, Lourenço Stélio e BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental, São Paulo: Edições Vida Nova, 2004, p.p. 25-44. Material de Apoio para a Continuidade dos Estudos Nas lições anteriores já foram apresentadas algumas gramáticas. Elas ensinam as características gerais da língua e mostram como entendê-las. Não há como aprender uma língua que não seja utilizada em nosso dia a dia sem o estudo de uma boa gramática. Várias estão à disposição dos estudantes, mas destaco a minha própria que está voltada intencionalmente para os estudantes brasileiros e aborda as questões em uma forma progressiva que leva o interessado desde o aprendizado do alfabeto até à tradução dos textos bíblicos. Boa parte do ensino desta gramática já apareceu nas lições anteriores, mas para uma capacitação maior é necessário que ela seja estudada em todos os seus pontos, na sequência em que se encontram suaslições. Assim, se você deseja se aprofundar no estudo do grego, eu indico: GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013. Os dicionários Para que você possa aprofundar seus estudos na língua grega do Novo Testamento precisará de dois tipos de dicionários. Um para ajudar na tradução, fornecendo uma lista de possíveis significados de cada palavra, dependendo dos contextos em que ela se encontra, e outro que apresenta estudos mais aprofundados a respeito das palavras. Para ajudar na tradução eu indico o “Léxico do Novo Testamento Grego/Português” de F. Wilbur Gingrich, e para os estudos das palavras, como já apareceu em lições anteriores, destaco o “Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, ambos publicados por Edições Vida Nova. AT O nome provém da raiz geber (“homem” ou “forte”) juntamente com ’ēl (Deus). Isto sugere dois sentidos: homem de Deus, ou Deus é forte. No AT, Gabriel aparece apenas em Daniel, e ali como mensageiro celestial que surge na forma de um homem (Dn 8:16; 9:21). Suas funções são revelar o futuro ao interpretar uma visão (8:17), e dar entendimento e sabedoria ao próprio Daniel (9:22). Textos judaicos recentes revelam muito maior interesse em Gabriel. Ressalta-se sua posição de eminência na presença de Deus (Enoque Et. 9:1; 20:7; 40:3; Enoque Esl. 21:3). Especialmente digna de nota é sua posição à mão esquerda de Deus (Enoque Esl. 24:1), e sua autoridade sobre todas as potências (Enoque Et. 40:9). Suas funções se estendem além daquelas em Daniel, para intercessão (Enoque Et. 9:1; 40:6; Enoque Esl. 21:3) e a destruição dos maus (Enoque Et. 9.9-10; 54:6). Os participantes da Aliança de Cunrã mostraram interesse semelhante por anjos, e Gabriel é um dos quatro nomes angelicais escritos nos escudos dos Filhos da Luz enquanto saem para a batalha (1 QM 9:14-16). Os targuns introduzem Gabriel nas narrativas bíblicas como aquele que guia José para encontrar-se com seus irmãos (Gn 37:15), que enterra a Moisés (Dt 34:6), e que destrói o exército de Senaqueribe (2Cr 32:21). NT No NT Gabriel apenas surge na narrativa de Lucas que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro angelical que anuncia os nascimentos de João (1:11-20) e de Jesus (1:26-38). Como aquele que vem da presença imediata de Deus, ele tranquiliza Maria quanto à situação dela diante de Deus (1:30). P. J. Budd Os analíticos Os analíticos são diferentes dos dicionários normais. Um dicionário comum, geralmente, apresenta uma lista de possíveis significados de uma palavra, como, por exemplo, apareceram nos vocabulários utilizados neste material. Ele também só apresenta as formas básicas das palavras e não suas formas derivadas. Por exemplo, em um dicionário comum de português, se procurarmos a palavra “amou” não a encontraremos, pois esta não é sua forma básica, está conjugada. Teríamos que procurar a palavra “amar”, sua forma verbal que é utilizada nos dicionários. O analítico vai além, como o nome já indica, ele analisa a palavra. Ele não dá apenas o significado básico da palavra, mas também informa sua categoria gramatical. Nele é possível encontrar a palavra em qualquer uma de suas formas. No caso da palavra “amou”, ele nos informaria que é um verbo, sua forma básica da primeira pessoa, no grego, em que tempo se encontra, qual é a pessoa desta forma e, ainda, se está no singular ou no plural. Alguns bons analíticos em português são os seguintes: MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. São Paulo: Cultura Cristã, 2007. MOUNCE, William D. Léxico Analítico do Novo Testamento Grego. São Paulo: Edições Vida Nova, 2013. No apêndice de meu livro “Gramática Instrumental do Grego” há um analítico com todas as palavras gregas utilizadas em seus exercícios. Sugiro que você realize algumas traduções dos primeiros exercícios deste livro utilizando este analítico. Isto lhe ajudará a entender o mecanismo destes instrumentos de auxílio à tradução. Os interlineares Outro grande auxílio para quem deseja utilizar o grego em estudos, pregações, e mesmo para as devocionais próprias, são os textos interlineares. Eles apresentam o texto grego com uma tradução literal, palavra por palavra, o português sob o grego (daí o termo interlinear). Um texto assim, entre outras possibilidades, mostra as palavras de destaque e a forma delas para que sejam pesquisadas em dicionários especializados. A leitura regular neste tipo de texto também auxilia o leitor a entender a estrutura do grego neotestamentário, bem como leva o estudante a melhorar o seu vocabulário. Assim, sugiro que ele seja utilizado em leituras diárias. Um bom interlinear à disposição dos leitores brasileiros é o que tem sido publicado pela Sociedade Bíblica do Brasil, “O Novo Testamento Interlinear Grego-Português". Veja a seguir uma amostra básica e geral deste auxílio, destacando o texto de 1Cor 13.1-13: Observação: Os números que aparecem entre colchetes na tradução apresentada neste interlinear é um auxílio a respeito da ordem das palavras na frase ao ser traduzida. Como a ordem do grego é diferente da ordem do português, esta é uma grande ajuda para o iniciante. Veja, por exemplo, a primeira sentença do texto anterior. Ela aparece assim: Seguindo a ordem natural do grego, seria traduzido, sem muita lógica para o português, assim: “E ainda por[2] excelência[3] (o) caminho[1] a vós mostro”. Mas, levando-se em consideração a ordem expressa pelos números que aparecem em algumas das palavras de destaque ficaria bem mais claro. Assim: “E ainda o caminho por excelência mostro a vós. Ou, melhorado: “E ainda eu vos mostro o caminho por excelência”. Eu não poderia deixar de apresentar neste ponto, ainda, o meu interlinear do Livro de Lucas (“Leitura e Tradução do Grego Bíblico: Exercícios no Evangelho de Lucas”). Na verdade, ele é mais do que um interlinear, pois trata-se de um curso de grego com base no Livro de Lucas. Assim, em uma só obra apresenta o seguinte: a) Um curso de grego; b) O texto grego de Lucas; c) Transliteração do texto; d) Análise de todas as palavras do Evangelho Segundo Lucas; e) Tradução interlinear; f) Proposta de tradução final. Veja a seguir uma amostra de uma de suas partes: Promessa do nascimento de Jesus 26 E, no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 para uma virgem compromissada em noivado com um homem que era chamado José, da descendência de Davi. O nome da virgem era Maria. 28 E, tendo entrado à presença dela, disse: Alegra-te, oh abençoada! O SENHOR é contigo. 29 Então, ela ficou perplexa com a palavra, e considerava sobre que tipo de saudação seria esta. Resumo Apresentamos nesta unidade alguns dos auxílios para a melhor compreensão do grego e a continuidade dos estudos. Existem muitos outros, alguns, em especial, preparados para a utilização em computadores, mas estes são suficientes para quem se encontra neste estágio atual do aprendizado. Procure utilizá-los ao máximo; com o passar do tempo e com a prática, eles levarão o estudante a um domínio adequado desta tão importante língua para teólogos, professores de Bíblia e pregadores. IntroducaoLiguasOriginais_parte1_Exercicios-7.pdf Sugestão de bibliografia para pesquisa GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 53-59. (Procure fazer também os exercícios deste livro, isto será de grande ajuda para o seu aprendizado) REGA, Lourenço Stélio e BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental, São Paulo: Edições Vida Nova, 2004, p. 25-44. Referências Bibliográficas COENEN, L. & BROWN,C. Dicionário internacional de teologia do Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 2000. 2.v. GINGRICH, F. Wilbur. Léxico do Novo Testamento grego/português. São Paulo: Edições Vida Nova, 1984. GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013. GUSSO, Antônio Renato. Leitura e tradução do grego bíblico: exercícios no Evangelho de Lucas: texto analítico, transliterado e com tradução interlinear e formal. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018. MOULTON, Harold K. Léxico grego analítico. São Paulo: Cultura Cristã, 2007. SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Novo Testamento interlinear grego português. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2004. GUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do grego: do alfabeto à tradução a partir do Novo Testamento. 1. ed. ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2013. ALAND, Kurt; BLACK, Matthew; MARTINI, Carlo M.; METZGER, Bruce M., e WIKGREN, Allen. The Greek New Testament. (Deutsche Bibelgesellschaft Stuttgart) 1983. MILLER, Stephen M & HUBER, Robert V. A Bíblia e sua história: o surgimento e o impacto da Bíblia. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. REGA, Lourenço Stélio; BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental, São Paulo: Edições Vida Nova, 2014. ROSS, Allen P. Gramática do hebraico bíblico para iniciantes. São Paulo: Editora Vida, 2005. SCHOLZ, Vilson. Novo Testamento interlinear grego-português. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2004. ZIMMER, Rudi. Dicionário Aramaico-Português. In: KIRST, Nelson; KILPP, Nelson; SCHWANTES, Milton; RAYMANN, Acir; ZIMMER, Rudi. Dicionário Hebraico-Português & Aramaico-Português. 2. ed. São Leopoldo: Sinodal; Petrópolis: Vozes, 1989, p. 287, 301.