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1 
 
 
AUDITORIA EXTERNA E INTERNA 
1 
 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................................................ 2 
1. INTRODUÇÃO À AUDITORIA ....................................................................................................... 3 
1.1 Principais áreas de atuação da auditoria .............................................. 5 
1.1.1 Auditoria Operacional e de Gestão .............................................................................. 6 
1.1.2 Auditoria de TI ............................................................................................................ 7 
1.1.3 Auditoria contábil e Due Dilligence.............................................................................. 8 
1.1.4 Auditoria fiscal e governamental ....................................................................................... 9 
1.2 Auditoria Interna e Externa ................................................................. 10 
1.2.1 Auditoria Interna........................................................................................................11 
1.2.2 Auditoria Externa .......................................................................................................13 
1.2.3 Principais diferenças ..................................................................................................14 
2. PLANO DE AUDITORIA ...............................................................................................................15 
2.1 Análise Geral ...................................................................................... 17 
2.2 Análise Específica .............................................................................. 18 
2.3 Princípios do Planejamento ................................................................ 20 
2.4 Plano de Auditoria .............................................................................. 22 
2.5 Programas de Auditoria ...................................................................... 23 
3. FUNDAMENTOS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO E DA AUDITORIA NO HOSPITAL..............25 
4. Referências ...............................................................................................................................37 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO À AUDITORIA 
A origem da auditoria advém de tempos antigos, por volta do século XVII. 
Embora ainda não fossem intitulados auditores, alguns contadores introduziram em 
sua rotina as atividades de averiguação das contas, além das habituais rotinas de 
guarda livros. Com o crescimento do capitalismo, a partir de 1900, e a expansão dos 
mercados, as empresas passaram a buscar investimentos externos. Com isso, 
surgiram novas demandas e a instituição efetiva da profissão auditoria, tanto em 
âmbito interno como externo. 
Em seu aspecto interno, a auditoria foi criada para apoiar os administradores 
na otimização de processos e, consequentemente, de resultados. Em contrapartida, 
a necessidade de investimentos internos criou oportunidades para que auditores 
independentes pudessem emitir parecer alheio aos interesses da empresa, de forma 
a atender as necessidades de informações dos investidores e demais stakeholders. 
O mercado de auditoria independente chegou ao Brasil influenciado pelo 
mercado financeiro internacional, especialmente depois da criação da Securities and 
Exchange Commission (SEC), órgão que regula o mercado financeiro americano. 
Empresas estrangeiras, já auditadas, possuíam subsidiárias no Brasil, que também 
demandavam avaliação de resultados e demais informações contábeis. 
Em relação à auditoria interna no Brasil, os primeiros registros a respeito da 
profissão são de 1949, mas a profissão só foi de fato fortalecida a partir da criação do 
Instituto dos Auditores internos do Brasil, por volta de 1960. A partir desse momento, 
a profissão foi difundida e desenvolvida no país, pois a criação desse órgão 
apresentou, de forma clara, os benefícios da profissão – algo que hoje já é 
compreendido pelas empresas dos mais variados portes e regiões do país. 
Outro fato importante foi a homologação da Lei no 6.404/1976 (BRASIL,1976), 
que, através de seu artigo 177, instituiu que as demonstrações financeiras das 
companhias abertas deveriam ser, obrigatoriamente, submetidas a auditoria por 
auditores independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso 
impulsionou o mercado de auditoria no Brasil. Atualmente, quatro empresas de 
auditoria dominam o mercado no Brasil e no mundo, são as chamadas Big-Four: 
4 
 
 
 
 EY – Ernest Youg 
 PwC – Price Waterhouse Coopers 
 KPMG 
 Deloitte 
Toda e qualquer empresa, se for do desejo de seus administradores, poderá 
contratar firmas de auditoria externa para averiguação de sua situação econômica, 
financeira e, também, para prestação de outros serviços. No entanto, para as 
empresas que possuem ações negociadas na bolsa de valores, esse serviço externo 
é obrigatório. Esse é um fato normativo, que também contribuiu para o 
desenvolvimento da profissão auditoria. 
 
5 
 
 
1.1 Principais áreas de atuação da auditoria 
A abrangência da auditoria vai além da avaliação das demonstrações 
financeiras das empresas, embora essa seja a origem da profissão. Atualmente, as 
empresas utilizam os trabalhos de auditores em diversas áreas, com a finalidade de 
apoiar a gestão na tomada de decisão. 
Uma equipe de auditoria pode ser composta por pessoas com formações 
diferentes, pois muitas vezes é preciso cobrir diversos pontos de riscos, em diferentes 
áreas, em um único trabalho de auditoria. Por isso, temos a necessidade de formar 
um time de auditores que estará em campo, com pessoas de formações acadêmicas 
e curriculares distintas. 
 
6 
 
 
1.1.1 Auditoria Operacional e de Gestão 
A auditoria operacional é responsável por avaliar o nível de operacionalização 
dos processos de uma empresa e contribuir para a sua melhoria contínua, com 
recomendações sólidas, pautadas por evidências e material técnico. Além disso, tem 
em seu escopo, a missão de verificar se as normas e diretrizes operacionais estão 
adequadas ao negócio. 
Outra característica importante desse tipo de auditoria é a tempestividade dos 
dados analisados. A auditoria operacional avalia os fatos em uma linha temporal 
passado/presente, ou seja, trabalha em cima de eventos que já ocorreram ou que 
ainda estão ocorrendo. Além disso, neste tipo de auditoria, há uma maior liberdade 
em relação à formação de equipes de trabalho, ou seja, não há obrigatoriedade em 
relação à formação dos auditores, ou seja, o time poderá ser formado por pessoas de 
diferentes áreas de conhecimento.EXEMPLO 
Em uma auditoria operacional na área de produção, é comum a equipe ser formada por 
auditores com diferentes formações, por exemplo, administradores, contadores e engenheiros. 
Os administradores e contadores contribuem com o conhecimento metodológico da 
auditoria, avaliação de fluxo, pontos de ruptura, riscos e reflexos nos resultados da empresa, ao 
passo que os engenheiros apuram as perdas e demonstram as principais falhas identificadas, sob 
ponto de vista técnico. 
A auditoria de gestão é muito parecida com a auditoria operacional, em alguns casos, a 
mesma equipe que faz auditoria operacional faz a de gestão. As ferramentas e técnicas utilizadas 
para obtenção de resultados também são semelhantes e, às vezes, os trabalhos se 
complementam. No entanto, há algumas diferenças importantes entre esses dois tipos de auditoria, 
que estão baseadas em seus objetivos e na tempestividade dos dados. 
A auditoria de gestão tem como finalidade averiguar dados em uma linha de tempo 
presente/futuro, diferente da auditoria operacional, e seu objetivo é apoiar a empresa na tomada 
de decisão em relação a eventos futuros. É comum a realização de auditoria de gestão em 
empresas que estão se reestruturando organizacionalmente, ou que necessitam revisar e 
remodelar seu ambiente de controles internos para atender novas demandas de mercado. 
7 
 
 
1.1.2 Auditoria de TI 
É fato notório que as empresas estão cada vez mais investindo em tecnologia, 
algo que é primordial para a sobrevivência de qualquer empresa, já que a tecnologia 
traz agilidade e torna as empresas mais competitivas. Com esse movimento de 
crescimento tecnológico, cresce também a profissão de auditor de TI. 
É comum o auditor de TI estar integrado a equipes de auditorias operacionais, 
pois ele pode, entre outras atividades, dar suporte na extração e manipulação de 
dados. No entanto, a auditoria de TI tem como objetivo específico, garantir a 
segurança do ambiente tecnológico da empresa, desenvolvendo e testando controles 
que evitam a circulação indevida de informações internas. 
Outro ponto importante no portfólio de atividades vinculadas as auditorias de 
TI, é a investigação de fraudes cibernéticas, em que, por meio de técnicas forenses, 
os auditores identificam e evidenciam fatos que possam gerar perdas financeiras para 
as empresas, como falsificação de documentos, falsificação de boletos e vazamento 
de informações internas para concorrentes, entre outros. 
 
8 
 
 
1.1.3 Auditoria contábil e Due Dilligence 
A auditoria contábil é baseada em um conjunto de procedimentos técnicos e 
testes que são utilizados para examinar os dados contábeis das empresas, em todas 
as áreas de relevância, cujo o trabalho irá refletir nos resultados financeiros da 
entidade. 
O objetivo principal da auditoria contábil é emitir um parecer transparente e 
assertivo sobre os dados analisados. Portanto, esse tipo de auditoria pode ser 
realizado, tanto por auditores internos como externos, a única diferença é que quando 
realizada por auditoria independente (externa), os dados serão levados a 
conhecimento público, já em um trabalho interno, o resultado ficará em posse da alta 
administração de empresa. 
Uma auditoria de Due Dilligence, embora esteja bastante relacionada a outros 
tipos de auditoria, principalmente contábil e operacional, tem uma característica 
específica: esse tipo de trabalho é utilizado em transações de compras de empresa. 
Trata-se de um trabalho de averiguação dos dados da empresa que está sendo 
adquirida, no qual a equipe de auditoria irá examinar os dados contábeis e processos, 
para fundamentar um parecer sobre os riscos e oportunidades que o investidor terá, 
ao comprar a empresa auditada. 
 
9 
 
 
1.1.4 Auditoria fiscal e governamental 
A auditoria fiscal, também chamada de auditoria tributária, é bastante comum 
e importante no mercado de auditoria brasileiro, pois o país tem uma estrutura 
tributária complexa. As constantes alterações na legislação tributária, as diferentes 
aplicações da lei em determinadas regiões do país e por determinados seguimentos, 
contribuem para o crescimento desse mercado de auditoria, que é formado, 
fundamentalmente por contadores e advogados tributários. 
Esse tipo de auditoria pode ser realizado por servidores públicos, com a 
finalidade de identificar possíveis falhas na escrituração fiscal e consequente falta de 
recolhimentos, ou até mesmo manobras de estruturação fiscal realizadas pelas 
empresas para reduzir, indevidamente, sua carga tributária. No entanto, pode ser feita 
por auditores internos ou externos, contratados pela empresa, para averiguar se o 
planejamento tributário em curso ou futuro, está adequado às necessidades do 
negócio. 
Já a auditoria governamental, consiste em um conjunto de técnicas e 
procedimentos voltados a avaliação da gestão pública, que tem como finalidade 
básica comprovar a legalidade dos atos públicos realizados por seus dirigentes em 
âmbito administrativo, identificando e evidenciando atos de improbidade, quando 
existentes. 
O trabalho de auditoria governamental transita por diversas áreas da máquina 
pública, averiguando desde o cumprimento do plano de governo, passando pela 
gestão de áreas chaves como contabilidade orçamentária e patrimonial e operacional. 
Neste aspecto, é possível dizer que o auditor governamental contribui significativa e 
diretamente com a sociedade, pois cabe a ele apoiar a identificação de irregularidades 
e atos de improbidade cometidos pelo governo. 
 
10 
 
 
1.2 Auditoria Interna e Externa 
O trabalho do auditor interno e do auditor externo, na maioria das vezes, tem 
focos diferentes, no entanto, em ambos os campos de atuação os trabalhos devem 
ser pautados por compromisso ético, dedicação e técnica que requer a profissão de 
auditor. Em determinados casos, os trabalhos dos auditores internos e externos 
podem ser compartilhados com os auditores externos, o que demonstra que, do ponto 
de vista técnico, as profissões se assemelham. 
 
11 
 
 
1.2.1 Auditoria Interna 
A auditoria interna é uma área de staff dentro da empresa, trata-se de uma 
equipe de auditores que possui vínculo empregatício com a empresa e trabalha a 
serviço da alta administração. Ainda que o auditor interno faça parte do quadro laboral 
da empresa, seu trabalho precisa ser realizado com maior grau de independência 
possível, ou seja, a área de auditoria deve se reportar para o mais alto nível 
hierárquico da empresa, para que toda e qualquer inconformidade seja devidamente 
levada a conhecimento da alta administração. 
 
Além disso, outros dois fatores são de extrema importância no trabalho da 
auditoria interna: 
 Periodicidade dos testes: a equipe de auditores internos trabalha em tempo 
integral dentro de uma única empresa, os trabalhos de averiguações de áreas e 
controles-chave acontecem com maior frequência. 
 Profundidade dos testes: os testes feitos pela auditoria interna tendem a ser 
realizados com excelente nível técnico, pois além dos conhecimentos básicos da 
profissão de auditor, a equipe interna, geralmente, tem grande conhecimento dos 
processos e normas da empresa e conseguem fornecer excelente cobertura aos 
riscos dos negócios no qual operam. 
Uma equipe de auditoria interna, para gerar valor para à empresa, precisa estar 
apta a realizar diferentes tipos de auditoria. Precisa ter conhecimento sobre normas 
técnicas e práticas de mercado relativas à contabilidade, para poder averiguar os 
dados contábeis e acompanhar o trabalho de auditoria interna. Também necessita 
conhecer as diretrizes operacionais internas, bem como detalhes dos processos para 
realizar trabalhos operacionais, contribuindo, assim, com a identificação de riscos e 
melhoria contínuas. Além disso, precisa ter habilidade técnica para conduzir auditorias 
de gestão, além de apoiar a empresa em projetos e reestruturações.SAIBA MAIS 
Área de staff representa uma área de assessoria e consultoria vinculada a alta 
administração. 
12 
 
 
Por isso, o conhecimento técnico e a formação acadêmica da uma equipe de 
auditores internos pode variar, pois precisa acompanhar as necessidades dos 
negócios. Profissionais de administração de empresas e contabilidade são 
mandatórios na composição de uma equipe de auditoria interna, pois somente eles 
podem dar cobertura a alguns tipos de trabalhos anteriormente citados. 
Os trabalhos de auditoria interna são baseados em princípios éticos, 
procedimentos técnicos e metodologia, acompanhe, a seguir: 
 Testes de observância: visam à obtenção de uma segurança razoável quanto 
aos controles internos estabelecidos pela administração, se estão em efetivo 
funcionamento e, inclusive, quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da 
entidade. 
 Teste substantivos: visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão 
e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade. 
 Papéis de trabalho: são compostos por evidências (documentos) e apontamentos 
feitos pelo auditor ao longo do trabalho, visando a amparar as informações citadas 
em seu parecer 
 
13 
 
 
1.2.2 Auditoria Externa 
A auditoria externa, ou auditoria independente, cumpre uma função muito 
importante na sociedade. Seu trabalho se assemelha ao trabalho do auditor interno 
em alguns aspectos, porém há importantes fatores que diferenciam esses 
profissionais. O primeiro deles, e de maior importância é o vínculo trabalhista. O 
auditor externo não tem vínculo trabalhista com a empresa auditada, ele é um 
prestador de serviço, fato que gera maior independência nos trabalhos e, 
consequentemente, na emissão do parecer. 
Outro ponto importante e característico do trabalho da auditoria externa é a 
profundidade dos testes. O auditor externo possui algumas limitações em relação aos 
auditores internos no que se refere ao grau de conhecimento dos negócios e, também, 
não tem o mesmo prazo para realização dos testes, geralmente é menor. Dessa 
forma, a profundidade dos testes não é a mesma obtida em uma auditoria interna. 
 
14 
 
 
1.2.3 Principais diferenças 
Agora que você já conheceu um pouco mais das características das auditorias 
interna e externa e descobriu que o dever ético, o escopo e os testes dos auditores 
internos externos são tecnicamente semelhantes, vamos elencar e comparar as 
diferenças. Veja, no Quadro 1, a seguir, as principais diferenças entre essas duas 
profissões. 
Quadro 1 - Características das profissões 
 
 
Fonte: Mattos, 2020. 
 
15 
 
 
2. PLANO DE AUDITORIA 
Para uma execução eficaz e estratégica do plano de auditoria é necessário 
inicialmente um planejamento prévio do processo de auditoria, ou seja, o auditor deve 
estudar e conhecer aquilo que deve ser auditado, bem como traçar metas e objetivos 
e utilizar conhecimentos e legislação para verificar as informações declaradas. 
Como entendemos anteriormente, a auditoria tem como principal objetivo emitir 
um laudo técnico de conformidade ou não conformidade sobre o objeto de estudo. 
Inicialmente, precisamos entender o que seria o planejar. Podemos entender como 
planejar o processo de pensar agora as implicações futuras de nossas ações, ou seja, 
é buscar no dia de hoje prever o que poderá ocorrer no futuro. Para isso, precisamos 
sermos estratégicos em nosso planejamento. 
Podemos entender como planejamento de auditoria: 
 
é a etapa do trabalho na qual o auditor independente estabelece a 
estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada, 
elaborando-o a partir da contratação dos serviços, estabelecendo a 
natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de modo que 
possa desempenhar uma auditoria eficaz (SERGIO JUND, 2007, p. 
413). 
 
O planejamento da auditoria possui alguns propósitos, sendo eles: 
 auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; 
 auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; 
 auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja 
realizado de forma eficaz e eficiente; 
 auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de 
capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação 
apropriada de tarefas; 
 facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão 
do seu trabalho; auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por 
outros auditores e especialistas. 
 
 
16 
 
 
Como descrito, o planejamento de auditoria representa a fase inicial e basilar 
de todo o processo. Nele o auditor procura compreender o ente auditado, 
suas áreas-chave, avaliar os fatores internos e externos que podem afetar a 
execução do trabalho e definir as finalidades da ação a ser realizada. 
Consoante recomendam as normas de auditoria universalmente aceitas, o 
auditor responsável deve planejar seus exames de modo a atender aos 
objetivos da auditoria de forma eficiente e eficaz (BERNADO, 2020, p. 45) 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. 
O planejamento de auditoria pode ser dividido em dois estágios, sendo eles: 
análise geral e análise específica. Vejamos sobre cada tópico. 
 
 
Figura 1: Etapas Planejamento de Auditoria 
17 
 
 
2.1 Análise Geral 
A análise geral é o estágio do planejamento onde o auditor procura obter o 
conhecimento e a compreensão geral do auditado, avaliando as principais 
informações endógenas e exógenas inerentes ao trabalho a ser realizado. O objetivo 
fundamental dessa análise é obter e avaliar as principais informações sobre o objeto 
a ser examinado para fornecer subsídios para a elaboração do plano de auditoria e 
permitir uma adequada realização dos exames, com a identificação das áreas que 
serão examinadas e os respectivos critérios auditoriais (BERNADO, 2020). 
 As mencionadas informações são obtidas, normalmente, através de 
observações; análise da legislação básica inerente ao auditado; de exames de 
documentos, relatórios gerenciais, de auditorias anteriores, sendo complementadas 
por entrevistas e discussões, principalmente com funcionários-chave das principais 
áreas. Elas devem ser analisadas, levando-se em consideração os objetivos, metas, 
finalidades, principais antecedentes históricos, atividades, planos, recursos 
disponíveis, procedimentos e controles administrativos. Ainda nesta fase o auditor 
deve procurar avaliar o risco envolvido no processo auditorial (BERNADO, 2020). 
 
18 
 
 
2.2 Análise Específica 
E o estágio que representa o elo de ligação entre a fase do planejamento e a 
de execução. A análise específica corresponde à avaliação detalhada das áreas-
chave, objetivando verificar se os sistemas de controle interno existentes garantem a 
salvaguardado patrimônio, a adequação das informações e a eficiência e a eficácia 
operacional. Envolve os seguintes procedimentos: revisão dos sistemas de controle 
interno, exame de registros e documentos, entrevistas e discussões com as pessoas 
responsáveis pelas citadas áreas do auditado. Ao cabo desta etapa, deve ser 
elaborado o plano de auditoria, que é a materialização do planejamento, constituindo-
se em seu ponto de controle (BERNADO, 2020). 
Após identificação das áreas-chave e dos critérios de auditoria de modo a 
avaliar as principais atividades, os sistemas e controles aplicados e os pontos fortes 
e fracos, os auditores devem proceder, na análise específica, à avaliação dos pontos 
de potencial importância identificados. Nessa fase, caso os auditores julguem 
necessário, pode-se recorrer a peritos e especialistas para a definição e programação 
de procedimentos especiais (BERNADO, 2020). 
O prazo para a realização dos exames das áreas-chave identificadas pode 
variar de acordo como tamanho e a complexidade do negócio auditado que estão 
sendoexaminado (BERNADO, 2020). 
 
19 
 
 
Figura 2: Planejamento da Auditoria 
 
Fonte: Estratégia Concurso 
 
 
20 
 
 
2.3 Princípios do Planejamento 
 Princípio da contribuição aos objetivos 
Esse princípio propõe que planejamento deve visar as metas máximas da 
organização, além disso propõe que essas metas devem ser organizadas de forma 
hierárquica, e sempre que possível representar sua integralidade. 
 
 Princípio da procedência do planejamento 
Neste princípio, identificamos que o planejamento deve ser realizado de forma 
prévia, ou seja, antes da execução. Podemos dizer que o planejamento deve ser 
elaborado no início do processo e que ele seja um norteador durante o processo. 
 
 Princípio das maiores influência e abrangência 
Este princípio está relacionado as mudanças que o planejamento pode 
provocar nas atividades das organizações, dessa forma deve ser considerado a 
influência e abrangência dessa atividades, posteriormente avaliar o impacto sobre a 
organização, esse impacto pode provocar mudanças no quadro de pessoal, na 
aquisição de novas tecnologias e sistemas, dentre outros. 
 
 Princípio das maiores eficiência, eficácia e efetividade 
Inicialmente deve identificar a diferença de eficiência, eficácia e efetividade. 
Podemos entender por eficiência como fazer certo as coisas, ou seja, é uma atitude 
mais individual, por outro lado a eficácia é uma atividade mais coletiva, é significa 
fazer as coisas certas, e por fim, a efetividade é quando a organização consegue ser 
eficiente e eficaz, dessa forma se tornando efetiva perante as suas atividades. 
 
 Planejamento Participativo 
Esse ponto é de suma importância para o sucesso do planejamento, dessa 
forma não é necessário somente montar um plano de ação, contudo, deve ser montar 
um plano de ação efetivo, verificar se existe as condições para atingir esses objetivos 
e recursos facilitem a execução desses recursos. Dessa forma, é de grande valia um 
planejamento participativo, onde todos envolvidos se interage. 
 
 
21 
 
 
 Planejamento Coordenado 
Este princípio está relacionado uma visão sistêmica, sendo assim, baseado 
no princípio anterior a visão tem que ser de um todo, o planejamento deve ser 
realizado de forma Inter dependentemente, ou seja, todos os aspectos envolvidos no 
planejamento devem ser projetados em conjunto. 
 
 Planejamento Integrado 
Esse princípio está relacionado ao nível hierárquico da organização, dessa 
forma é de suma importância a integração desses planejamentos. 
 
 Planejamento permanente 
E por fim, esse princípio está relacionado a um constante planejamento, ou 
seja, um planejamento permanente. 
Agora que estudamos sobre a ferramenta de planejamento, focamos nossos 
estudos na utilização dessa ferramenta no planejamento da auditoria. 
 
 
22 
 
 
2.4 Plano de Auditoria 
O processo de auditoria é realizado sequencialmente, segundo a figura 3. 
 
Figura 3- Sequência Plano de Auditoria 
 
Fonte: Yoskitake, 2009. 
 
 
23 
 
 
2.5 Programas de Auditoria 
Os programas de auditoria serão elaborados de forma lógica, racional, clara 
e objetivo, garantindo o sucesso desse programa durante a sua execução. Dessa 
forma, deverá ser observados as seis etapas para construção desse programa. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. 
Explicando sobre a figura 4, temos como a primeira etapa a familiarização. 
Entende-se por familiarização o conhecimento do auditor a respeito das normas 
gerais, procedimentos e avaliação do objeto de estudo. Essa fase também está 
relacionada a análise de relatórios antigos, buscando identificar os enfoques 
anteriores. Essa etapa ainda, contempla a avaliação sobre o fluxograma de cada área, 
dessa forma o auditor decidirá em quais áreas dará maiores enfoques. 
De modo resumido, podemos dizer que essa etapa é o processo que o auditor 
se familiariza com os processos anteriores, bem como com as atividades 
desempenhadas pela empresa, baseado com seus conhecimentos prévios a auditória. 
A segunda etapa consiste na seleção dos testes, nessa fase o auditor deverá 
decidir sobre a extensão dos testes, além de realizar a seleção de itens ou atividades 
que serão analisadas. A seleção é feita por meio de instrumento de amostragem, 
podendo ser: amostragem aleatória, amostragem estatística, estratificação de 
elementos. O método utilizado deve ser apresentado nos atos (papéis) de trabalhos. 
A terceira etapa consiste na formalização dos itens selecionados, nessa 
fase o auditor deverá registrar nos atos do planejamento, após a seleção quais itens 
e atividades foram selecionados por meio da seleção dos testes. 
Figura 4 - Etapas Preparação dos Programas de Auditoria 
24 
 
 
Após definir quais itens e atividades que serão analisados, o auditor deverá 
definir os procedimentos e testes que serão executados, essa fase é a quarta etapa, 
é conhecida como estabelecimentos de testes e procedimentos, durante essa fase 
o auditor deverá anotar possíveis detalhamentos, além de confeccionar checklists 
para determinados programas de auditoria. 
A quinta etapa consiste na abordagem geral, nessa fase o auditor deverá 
registrar os aspectos relevantes, de acordo com os controles internos, legislação, 
princípios, dentre outros. 
E por fim, temos a sexta etapa que consiste na conclusão, nessa etapa o 
auditor deverá emitir seu parecer final sobre o processo de auditoria, apresentar 
pontos levantando durante o processo. 
 
25 
 
 
3. FUNDAMENTOS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO E DA 
AUDITORIA NO HOSPITAL 
O sistema de controle interno e a auditoria no hospital têm como objetivo 
melhorar a eficiência, a eficácia e a transparência de todas as responsabilidades que 
derivam de uma organização a serviço da comunidade, não importa se o hospital é 
uma instituição pública ou privada. Desse modo, o controle interno e a auditoria são 
processos que contribuem para garantir que a gestão administrativa dos hospitais 
possa cumprir o direcionamento estratégico formulado. 
O controle interno e a auditoria são fundamentais no que se refere à avaliação 
independente e à sua qualidade de processos, assessores, avaliadores, integradores 
e facilitadores, com o objetivo de melhorar a cultura organizacional e, por 
consequência, contribuir para a produtividade e a efetividade da instituição. 
As responsabilidades mais relevantes do controle interno e da auditoria são 
apresentadas na Figura 5. 
 
Figura 5 - Responsabilidades do controle interno e da auditoria.
 
Fonte: Londonõ, 2014 
. 
No hospital, o setor responsável pelo sistema de controle interno deve medir 
a eficiência, a eficácia e a efetividade de todos os demais controles adotados pela 
administração; é o sistema encarregado de assessorar a alta administração na 
continuidade do processo administrativo, na avaliação dos planos estabelecidos e na 
introdução das ações corretivas necessárias para o cumprimento das metas e dos 
objetivos previstos. 
Neste sentido, esse sistema é responsável por regular todos os mecanismos 
de controle adotados na organização, considerando que, com sua função avaliadora, 
deve determinar a efetividade desses controles no hospital, a fim de contribuir para a 
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administração com a tomada de decisões que orientem as diferentes ações para a 
consecução dos objetivos previstos. 
É evidente que a implementação, a manutenção e a execução dos controles 
estabelecidos são responsabilidade dos encarregados dos diferentes processos 
instituídos pelo hospital, e não do Departamento de Controle Interno (que é o setor 
responsável por racionalizar os processos de monitoramento e controle), ao qual cabe 
desenvolver um papel consultivo de avaliação e independente nos aspectos de sua 
competência. A função do Departamento de Controle Interno se concentrana 
assessoria e na avaliação, de acordo com uma dinâmica que retroalimente e facilite a 
melhoria contínua; desse modo, esse papel deve ser executado de maneira 
permanente e oportuna, pois o sucesso da administração está em tomar decisões 
assertivas no momento indicado. 
Quanto aos temas relacionados ao Departamento de Controle Interno, 
o Institute of Internal Auditors (IIA) desenvolveu as normas internacionais para o 
exercício da auditoria interna, entendidas como o marco de referência à disposição 
dos encarregados do Departamento de Controle Interno para a prática profissional 
dessa atividade. 
A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva de avaliação e 
assessoria, concebida com o objetivo de agregar valor às diferentes atividades do 
hospital e de aprimorá-las para, assim, ajudar a instituição a cumprir seus objetivos e 
metas, sobretudo, realizando um trabalho sistemático e disciplinado para avaliar e 
melhorar a eficácia e a eficiência de todos os processos normalizados pela 
administração. 
A avaliação inclui a análise e a verificação objetiva das evidências, 
executadas pelos responsáveis do Departamento de Controle Interno para 
proporcionar uma opinião ou uma conclusão independente sobre um processo ou 
outro assunto. A natureza e o alcance da atividade de avaliação são determinados 
pelo chefe do Departamento de Controle Interno e envolvem três agentes. 
27 
 
 
 
A natureza e o alcance da atividade de assessoria estão sujeitos ao acordo 
feito com a administração. Em geral, a assessoria é composta por duas partes: 
 A pessoa ou o grupo que oferece aconselhamento, ou seja, o chefe do 
Departamento de Controle Interno 
 A pessoa ou o grupo que busca e recebe o aconselhamento, ou seja, a 
administração do hospital. 
O chefe do Departamento de Controle Interno, em nenhuma circunstância, 
deve perder a objetividade e assumir responsabilidades próprias da gestão. Em suma, 
o objetivo das normas internacionais se concretiza nos seguintes pontos: 
 
 Definir os aspectos básicos que representam a prática da auditoria interna tal 
como deve ser 
 Fornecer um marco de referência para o exercício e a promoção de uma série 
de atividades de auditoria interna que agreguem valor para o hospital 
 Definir as bases para a avaliação de desempenho da auditoria interna 
 Promover a melhoria dos processos do hospital. 
 
O controle interno, como função independente e objetiva de avaliação e 
assessoria, deve agregar valor para a melhoria dos processos do hospital e orientá-
lo. Oferece à administração (e, em geral, à organização) um conhecimento real das 
condições em que ela se encontra em um período determinado, de modo a facilitar a 
reorientação oportuna das ações para o cumprimento dos objetivos propostos. 
28 
 
 
O controle interno é um meio, e não um fim em si mesmo. É um processo 
desenvolvido pelos funcionários da organização que não pode ser considerado 
infalível: oferece a penas uma segurança razoável; entretanto, nesse processo, 
convém adotar os princípios apresentados na Figura. 
 
O Departamento de Controle Interno é um setor que deve fazer parte da 
estrutura formal da instituição hospitalar, no nível de gestão, com funções específicas 
de assessoria e avaliação dos controles estabelecidos no hospital. 
A prática e a concepção de métodos e procedimentos de controle interno no 
hospital são independentes da existência de um departamento de controle interno, de 
modo que, se não houver esse departamento no hospital, a alta administração não é 
isenta da responsabilidade que o cumprimento de objetivos e metas envolve. 
Considerando que o Departamento de Controle Interno deve ser composto 
por um grupo multidisciplinar de profissionais, cada hospital deve definir diretamente 
o tamanho e a composição desse setor, de acordo com os critérios de abrangência, 
conveniência e especialização das funções pertinentes. A escolha dos funcionários 
não necessariamente envolve o aumento do quadro de cargos existentes, pois, para 
a designação das pessoas que integrarão esse departamento, deve-se considerar a 
capacidade profissional e pessoal necessária para realizar observações, verificações 
e análises técnicas especializadas, entre outras atividades; por isso, a equipe deve ter 
conhecimentos e experiência específicos relacionados ao objetivo do hospital. 
O Departamento de Controle Interno é o setor responsável por medir e avaliar 
a eficiência, a eficácia e a efetividade dos demais controles; deve assessorar a 
administração na continuidade dos processos, na reavaliação dos planos 
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estabelecidos e na aplicação das medidas corretivas necessárias para o cumprimento 
das metas e dos objetivos previstos. 
Para a verificação e a avaliação realizadas com o controle interno, devem ser 
utilizadas as normas de auditoria geralmente aceitas e deve-se considerar a escolha 
de indicadores de desempenho, relatórios de gestão e qualquer outro mecanismo de 
controle necessário que envolva o uso de novas tecnologias. O papel a ser 
desempenhado pelos departamentos de controle interno no hospital inclui os 
seguintes aspectos: acompanhamento e assessoria, avaliação e monitoramento e 
promoção de uma cultura de controle. 
O Departamento de Controle Interno deve considerar os seguintes aspectos 
para o desenvolvimento e o cumprimento de sua responsabilidade: 
 Plano de ação que fará parte do programa anual de auditoria: esse plano deve 
proporcionar benefícios como direcionamento dos esforços, redução do trabalho 
improdutivo, eliminação dos esforços em ações desnecessárias, monitoramento e 
acompanhamento permanente do trabalho do Departamento de Controle Interno 
 Execução: é fundamental que a função dos departamentos de controle interno seja 
executada de forma objetiva, abrangente e diligente; dessa maneira, é preciso que 
disponham dos instrumentos necessários para garantir resultados efetivos, além 
da tecnologia informática que agregue valor ao gerenciamento administrativo 
 Comunicação de resultados: esse aspecto é indispensável, por ser o mecanismo 
utilizado para a administração conhecer os resultados do trabalho desenvolvido. 
Dessa maneira, é necessário estabelecer como os departamentos de controle 
interno devem comunicar os resultados de suas atividades para a administração; 
os atributos da comunicação são, principalmente, a oportunidade, a clareza, a 
objetividade, a exatidão, a confiabilidade e a integralidade. Além disso, é 
fundamental que os relatórios sejam redigidos de modo a propor uma ação 
corretiva, e não uma defesa ineficaz 
 Elaboração dos relatórios: as oportunidades para divulgar o trabalho são múltiplas; 
entretanto, de acordo com seu teor, os relatórios podem ser classificados em: 
 Relatório final segundo a atividade realizada: cada ação realizada deve gerar um 
relatório que informe os resultados 
30 
 
 
 Relatório executivo anual: relatório que deve ser apresentado à autoridade máxima 
do hospital, no qual devem constar a situação do sistema de controle interno e os 
resultados da avaliação de gestão, incluindo recomendações e sugestões 
 Relatório de gestão: relatório sobre o progresso do plano geral do Departamento 
de Controle Interno. 
 
A função do Departamento de Controle Interno é a realimentação, porque 
deve contribuir para a melhoria contínua da administração do hospital. Por isso, é 
fundamental estabelecer quais são os aspectos e os papéis que definem o 
desempenho desses departamentos. Neste sentido, considera-se que há cinco 
funções essenciais: acompanhamento, assessoria, avaliação, monitoramento e 
promoção da cultura do controle. A seguir, cada uma dessas funções é descrita em 
detalhes. 
Um fator indispensável para que o acompanhamento e a assessoria sejam 
executados de maneira adequadaé a comunicação eficaz entre os departamentos de 
controle interno e a administração do hospital. 
Três aspectos, entre outros, correspondentes ao Departamento de Controle 
Interno são: assessorar a administração na continuidade do processo administrativo, 
reavaliar os planos estabelecidos e aplicar as medidas corretivas necessárias para o 
cumprimento dos objetivos e das metas. 
Em nenhuma circunstância o responsável pelo Departamento de Controle 
Interno pode participar da administração dos recursos do hospital. A neutralidade é a 
virtude que possibilita informar sobre o desenvolvimento e a efetividade do sistema de 
controle interno e da gestão, sem favorecer ninguém no hospital. Os achados e as 
conclusões devem ser embasados por evidências documentais. 
Os departamentos de controle interno devem entender que sua função de 
assessoria e acompanhamento consiste, principalmente, na orientação técnica. 
31 
 
 
A função de assessoria dos departamentos de controle interno desenvolve-se 
por meio dos seguintes mecanismos: 
 Fornecer as informações solicitadas 
 Fornecer soluções para os problemas identificados 
 Orientar o diagnóstico que possa redefinir um problema 
 Fornecer recomendações específicas e viáveis 
 Obter o consenso e o comprometimento 
 Facilitar a aprendizagem organizacional 
 Melhorar a efetividade da gestão voltada para resultados. 
Os princípios que podem ser consultados como referência para o 
desenvolvimento de trabalhos de assessoria são: 
 
Proposição de valor 
 Atividades distintas da avaliação e da assessoria 
 Inter-relações entre avaliação e assessoria 
 Atividades de assessoria promovidas pela administração 
 Pensamento objetivo 
 Comunicação de informações relevantes. 
Dentre todas, a melhor maneira de obter valor agregado das atividades de 
assessoria do Departamento de Controle Interno é aquela que considera o trabalho 
conjunto da administração do hospital e o referido departamento, para facilitar a 
identificação de necessidades e a formulação de soluções. 
O sucesso de uma boa assessoria ocorre à medida que é possível a 
comunicação efetiva entre os diferentes responsáveis pela execução dos processos; 
isso facilita a geração de compromissos que levam ao adequado funcionamento da 
organização e à solução dos problemas, de maneira colaborativa e acordada. 
A avaliação e o monitoramento são, talvez, as funções mais relevantes dentre 
as responsabilidades correspondentes aos departamentos de controle interno. A 
32 
 
 
função independente e objetiva de avaliação e acompanhamento atribuída aos 
departamentos de controle interno é a que define com mais clareza a natureza destes 
dentro do hospital e a que indica com maior precisão a diferença entre eles e as 
demais áreas da instituição. 
Ao desenvolver a avaliação e o acompanhamento, a neutralidade é a 
condição que permite emitir um julgamento sobre o desenvolvimento e a efetividade 
do sistema de controle interno e da gestão, sem favorecer nenhum colaborador ou 
área organizacional; a objetividade está relacionada à utilização de métodos que 
permitam observar os eventos do hospital e a gestão dos colaboradores, de maneira 
que os achados e as conclusões sejam embasados por evidências. 
É necessário considerar que a função avaliadora não se limita à avaliação do 
sistema de controle interno e de qualidade, mas envolve também o acompanhamento 
e a análise dos seguintes aspectos da instituição: 
 Gestão hospitalar 
 Execução do orçamento 
 Processos identificados 
 Processos de contratação 
 Legalidade dos atos administrativos expedidos pelo hospital 
 Planos de melhoria dos departamentos de controle 
 Fluidez e oportunidade nas inter-relações dentro do hospital 
 Relatórios para a administração do hospital. 
É preciso destacar que o Departamento de Controle Interno faz parte da 
estrutura do hospital e, neste sentido, procura atingir os objetivos por ele propostos; 
embora não participe da execução das ações que visam a alcançar tais objetivos, tem 
o dever, por meio de avaliação independente, objetiva e neutra, de fornecer ao hospital 
o feedback e as sugestões necessárias para que os objetivos propostos possam ser 
cumpridos. 
Dentre as funções do Departamento de Controle Interno, em relação à 
avaliação do sistema de controle interno, estão incluídas: 
 Planejar, dirigir e organizar a verificação e a avaliação do sistema de controle 
interno 
 Garantir que o sistema de controle interno seja estabelecido no hospital 
33 
 
 
 Assegurar que os controles definidos para os processos e as atividades do hospital 
sejam executados 
 Garantir que os controles para todas as atividades do hospital sejam definidos de 
maneira adequada e permanentemente aprimorados. 
O resultado do trabalho de avaliação deve fornecer as informações 
necessárias para que se possa verificar a efetividade dos controles adotados pelo 
Departamento de Controle Interno. Essa avaliação deve verificar, entre outros 
aspectos, se os responsáveis pelos processos, com o apoio da administração, 
adotaram os procedimentos para a administração e o controle do hospital e assegurar 
que eles sejam mantidos. 
 
 Auditoria interna 
A auditoria interna representa o outro elemento da avaliação independente; 
neste sentido, é descrita como um elemento para o controle, que possibilita a 
realização de exames sistemáticos, objetivos e independentes dos diferentes 
processos, procedimentos, atividades e resultados do hospital. Além disso, permite 
que sejam emitidas opiniões baseadas em evidências sobre todos os aspectos da 
gestão e dos resultados obtidos. 
A auditoria interna consiste em um instrumento para a realimentação do 
sistema de controle interno, que analisa os pontos fortes e fracos do controle, bem 
como o desvio dos objetivos e das metas propostos. Seu propósito é apresentar as 
recomendações necessárias para a melhoria dos processos. 
A auditoria interna é o segundo momento da avaliação independente e 
constitui um instrumento para a realimentação do sistema de controle interno, que 
examina os pontos fortes e fracos do controle nas atividades do hospital. Seu intuito 
é dar recomendações, com base em evidências, sobre o grau de cumprimento dos 
objetivos, das metas, dos planos, dos programas, dos projetos e dos processos, que 
os tornem operacionais, sobretudo o que está relacionado a desvios e erros 
34 
 
 
detectados na operação do hospital, a fim de apoiar a administração na tomada de 
decisões que possibilitem a correção dos desvios, por meio dos planos de melhoria 
elaborados para tal fim. A auditoria interna deve ter alcance em três aspectos básicos 
de avaliação. 
É responsabilidade do chefe do Departamento de Controle Interno estar 
atento às mudanças reais ou potenciais nas condições internas ou externas, que 
afetam ou colocam em risco as atividades do hospital. 
A avaliação independente, composta pela análise do sistema de controle 
interno e a auditoria interna, requer uma etapa de acompanhamento, com o objetivo 
de verificar se as ações derivadas dessas avaliações foram implementadas de 
maneira eficiente e eficaz. 
O acompanhamento é definido como um processo por meio do qual o 
Departamento de Controle Interno determina a adequação, a eficácia e a oportunidade 
das medidas tomadas pela alta administração quanto às observações e às 
recomendações dadas sobre o trabalho. 
O chefe do Departamento de Controle Interno deve realizar o respectivo 
acompanhamento para que sejam adotadas as medidas corretivas, considerando os 
seguintes aspectos: 
 Dirigir as observações e as recomendações aos responsáveis por realizar a ação 
corretiva 
 Receber e avaliar as respostas da administração para as observações e as 
recomendações 
 Receber atualizações periódicas da administração, a fim de avaliar os esforços 
empreendidos para corrigir os achados 
 Receber e avaliar relatóriosde outras áreas do hospital 
 Informar aos responsáveis pelos processos e à administração sobre a situação das 
respostas para as observações e as recomendações de trabalho. 
35 
 
 
 
O Departamento de Controle Interno deve verificar se as medidas corretivas 
foram tomadas e assegurar que sejam eficazes na obtenção dos resultados; ou se, 
pelo contrário, a administração não adotou as medidas corretivas sobre as 
observações informadas. 
É necessário que o Departamento de Controle Interno identifique se as ações 
executadas a respeito das observações e das recomendações sobre o trabalho 
solucionam os problemas subjacentes. 
O chefe do Departamento de Controle Interno é responsável por agendar as 
atividades de acompanhamento. As ações de acompanhamento devem referir-se aos 
achados. 
Para criar uma cultura do controle, é necessário elaborar critérios conceituais 
e metodológicos. Todos os colaboradores do hospital devem receber capacitação 
sobre o controle interno e a auditoria, buscando promover a cultura da melhoria 
contínua para o cumprimento do direcionamento estratégico, dos planos, das metas e 
dos objetivos previstos. 
Atualmente, considera-se que a cultura tem diversas subculturas que 
correspondem às necessidades de organização e de significados específicos de cada 
grupo. Uma delas é a cultura organizacional, presente em empresas e que se constitui 
em um meio para atingir seus objetivos. Neste sentido, entende-se por cultura 
organizacional um conjunto de valores, tradições, crenças, hábitos, normas, atitudes 
e condutas que dão identidade, personalidade e destino a uma organização para a 
realização de seus objetivos econômicos e sociais. 
36 
 
 
Vale ressaltar que o ambiente organizacional é mediado pela linguagem, que 
cria e recria a realidade da organização; dessa maneira, é necessário fortalecer o 
princípio do autocontrole nos colaboradores, definido como a capacidade que cada 
um tem de considerar o controle como inerente e intrínseco a suas responsabilidades, 
ações, decisões, tarefas e atividades. 
Para impulsionar a cultura do controle, é necessário e conveniente promover 
a conscientização, a capacitação e a disseminação, a fim de interiorizá-la e obter o 
comprometimento com ela. Associado a esse esforço, o hospital interessado na 
implementação de uma cultura do controle deve proporcionar espaços para a reflexão 
institucional, além de mecanismos de participação dos colaboradores na elaboração 
e na execução dos planos, a prática do controle por meio da auto avaliação e a 
geração de níveis de confiança aceitáveis nos mecanismos de controle. 
 
 
 
37 
 
 
4. Referências 
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2000;1-7. 
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YOSHITAKE, Mariano. Auditoria Contábil. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009. 
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