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Teorias e Técnicas da Comunicação - Unidade III

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Profa. Me. Tânia Trajano 
UNIDADE III
Teorias e Técnicas 
de Comunicação
 Apresentação e análise complementar de diversas teorias da comunicação.
 Proposta: oferecer um panorama histórico dos principais movimentos.
 Atenção especial para os conceitos relacionados à sociedade de massa, à indústria 
cultural e à opinião pública.
 Compreender o fenômeno da comunicação de maneira global, elucidando as relações de 
poder que existem nesse processo.
 Compreender as armadilhas da sociedade de consumo e, é 
claro, entender o papel social do jornalista.
Agenda de hoje
Algumas reflexões importantes:
 A linguagem, a cultura e a tecnologia são elementos indissociáveis do processo 
de comunicação;
 Cognição simbólica – linguagem;
 “Uma pessoa do século XXI vê o mundo de maneira bem diferente daquela de um cidadão 
da era vitoriana.” (MAYR, 2006, p. 95);
 Avanços da tecnologia.
Retomando os conceitos
Sobre as teorias:
 São escolhidas de modo que permitam os acréscimos ou as composições entre outras 
teorias, e que o estudante, o professor e a instituição de ensino possam fazer escolhas de 
acordo com as características específicas e com a discussão do problema escolhido, 
situando e atendendo às observações do problema com implicações das bases conceituais;
 Identificação, relacionada ao objeto de estudo, mas, também, à visão de 
mundo do pesquisador.
Retomando os conceitos
Histórico da cultura de massa:
 Desde os gregos, há mais de 2 mil anos, temos o registro da busca de conhecimentos 
sobre a comunicação;
 Exercitando o uso da palavra e ensinando a arte do discurso;
 Platão defende a importância do discurso;
 “A retórica não passa de pura adulação e adulteração do verdadeiro”;
 Aristóteles conceitua a retórica como a busca de todos os meios possíveis de 
persuasão, e classifica e organiza as suas técnicas.
Século XX:
 Estudos a respeito de comunicação, principalmente, em 
razão da difusão dos meios de comunicação;
 Primeiro produto da cultura de massa: romances de 
folhetim – não eram feitos por aqueles que o consumiam.
Teorias da comunicação
Histórico da cultura de massa:
 Era da eletricidade;
 Era eletrônica.
 Conceito importante: a cultura de massa está ligada ao fenômeno do consumo. Portanto, 
o momento de instalação definitiva dessa cultura seria mesmo o século XX, quando o 
capitalismo de organização (ou monopolista) gera as condições necessárias para uma 
efetiva sociedade de consumo cimentada, em ampla medida, por produtos como a TV.
Teorias da comunicação
Histórico da cultura de massa:
Indústria cultural:
 Objeto de estudo da área das Ciências Humanas por suas qualidades indicativas ou 
aspectos externos, ou por sua constituição interior, estrutural, ou seja, o estudo está 
relacionado não, somente, às origens, mas, principalmente, às consequências trazidas 
pela Revolução Industrial;
 Distinguir quais são os interesses que vêm por trás do produto na formação da sociedade; 
esta que consome os produtos que a indústria cultural vende.
 Conceito de cultura de massa – Transmitir as mensagens 
para uma quantidade infinita de receptores. E, para isso, 
utilizam-se os meios de comunicação de massa, como a 
imprensa escrita, o rádio, a televisão etc.
Teorias da comunicação
Indústria cultural:
 Gera muitos debates, principalmente, em torno da questão ética;
Os produtos da indústria cultural são bons ou maus para o homem, adequados, ou não, ao 
desenvolvimento das potencialidades e dos projetos humanos?
 Independentemente, da resposta, trata-se de uma realidade: a indústria cultural é fruto 
da sociedade industrializada, no período de consolidação de uma economia baseada no 
consumo de bens e produtos culturais em série, como: os filmes, os jornais e as revistas 
que são produzidos para a massa;
 Isso nos leva, também, ao debate sobre a opinião pública.
Teorias da comunicação
Opinião pública:
Algumas características:
 A opinião pública pode ter ou não um caráter político;
 É mais que a pura e simples soma das opiniões, pois resulta de uma elaboração maior;
 É influenciada pelos veículos de comunicação massiva;
 Poderá ou não ter origem na opinião resultante da formação do público;
 Não deve ser confundida com a vontade popular;
 A soma de opiniões não se caracteriza como opinião pública, 
uma vez que são necessárias a discussão e a incorporação da 
opinião pelo público; 
 O que não quer dizer que seja a opinião da maioria e, sim, de 
determinado grupo que foi atingido pela massa.
Teorias da comunicação
Opinião pública & internet:
 82,7% dos domicílios nacionais possuem acesso à internet (Ministério das Comunicações);
 Área rural – 55,6%;
 Domicílios urbanos – 86,7%;
 Desde a difusão da internet, a sociedade passa por um novo 
momento, no qual surge um novo espaço de comunicação 
com potencial imenso de exploração, no qual o cidadão, sem a 
necessidade de mostrar a sua cara, pode, a qualquer 
momento, expor a sua opinião, fazer comentários ou, mesmo, 
tornar públicas as suas histórias e indagações. Tem o poder, 
ainda, de interagir, diretamente, com outras pessoas de 
diversos continentes;
Teorias da comunicação
Opinião pública & internet:
 Nunca se comunicou tanto com tamanha velocidade em um espaço tão abrangente. No 
passado, a comunicação estava na mão de escritores e oradores; 
 No mundo virtual, tudo é tão instantâneo;
 Essa virtualização do saber, do conhecer, é o que gera a dependência das 
pessoas para promoverem a integração, assumindo um papel, cada vez mais, 
importante na vida em sociedade;
 Por isso fala-se em cibercultura que, na definição de Pierre 
Lévy, é “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de 
práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores 
que se desenvolvem juntamente com o crescimento do 
ciberespaço” (LÉVY, 2009, p. 17);
 Essa é a comunicação dos dias atuais; imediatismo e 
repercussão são características marcantes dessa nova fase.
Teorias da comunicação
Cultura x Tecnologia:
 Cuidado: determinismo.
Mudanças acontecem em função da cultura da sociedade, que demanda essas novas 
tecnologias, e não o contrário!
Contracultura:
 Anos 1960;
 Contrariando os costumes e os hábitos enraizados pela sociedade, gerando novas 
manifestações nos meios de comunicação em massa; 
 “Significava, também, novas maneiras de pensar, modos 
diferentes de encarar, e de se relacionar com o mundo e com 
as pessoas. Enfim, um outro universo de significados e 
valores, com suas regras próprias”. (PEREIRA, 1983, p. 8).
A efervescência deste momento motivou a aceleração dos 
estudos sobre a comunicação!
Teorias da comunicação
A propósito do desenvolvimento da cibercultura, podemos afirmar que:
I. O nascimento da cibercultura pode ser situado com o surgimento da microinformática, em 
meados da década de 1970;
II. O que determina o desenvolvimento da cibercultura é a questão tecnológica; 
III. A ideia de interação entre os seres humanos e as máquinas, no caso, o computador, 
existia desde de 1940; então, esse é o momento de nascimento da cibercultura.
Está correto o que se afirma, somente, em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Interatividade
A propósito do desenvolvimento da cibercultura, podemos afirmar que:
I. O nascimento da cibercultura pode ser situado com o surgimento da microinformática, em 
meados da década de 1970;
II. O que determina o desenvolvimento da cibercultura é a questão tecnológica; 
III. A ideia de interação entre os seres humanos e as máquinas, no caso, o computador, 
existia desde de 1940; então, esse é o momento de nascimento da cibercultura.
Está correto o que se afirma, somente, em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Resposta
Contexto social:
 Ao entrar em contato com essa teoria, não podemos isolá-la do contexto histórico, visto que, 
entre os anos de 1914 a 1918, há a explosão da Primeira Guerra Mundial, que começaa 
utilizar a propaganda de massa como estratégia de guerra e as pessoas despertam 
para os seus efeitos; 
 Surge entre as duas Guerras Mundiais;
 Momento de grande difusão em larga escala das comunicações de massa, o que resultou 
na primeira reação ao fenômeno das comunicações em massa.
Teoria Hipodérmica
Contexto social:
 Necessidade de cooperação dos indivíduos com o seu país;
 Força dos meios de comunicação é vista como ação de alienação;
 Propaganda = fonte de estímulo para que as pessoas promovessem 
determinada resposta;
 A base da Teoria Hipodérmica são as teorias psicológicas = Behaviorismo e Teoria do 
Comportamento Condicionado.
Vamos entendê-las melhor!
Teoria Hipodérmica
Contexto social:
 “Behaviorismo”, do inglês, significa “comportamento”;
 Teoria Comportamental, Análise Experimental do Comportamento e 
Comportamento Condicionado;
 Em 1913, Watson escreveu um artigo com o título “Psicologia como os behavioristas a veem” 
– Discute o comportamento como objeto da Psicologia; 
 Medir e aplicar em diferentes sujeitos, e em diferentes condições;
 Relação entre os aspectos do comportamento com os do meio – possibilidade de existir 
uma psicologia científica.
Teoria Hipodérmica
Contexto social:
 Comportamento e ambiente são amplos e multifacetados;
 Psicólogos e estudiosos entenderam, e chegaram aos conceitos de “estímulo e resposta”; 
 Ponto de partida para essa ciência do comportamento;
 Proposta: estudar o homem desde os anos mais tenros de sua infância, observando o 
processo de aprendizagem e como resultam esses produtos das associações que ele 
estabelece, com o meio no qual está inserido durante toda a sua vida, entre os estímulos 
desse meio e as respostas comportamentais.
Teoria Hipodérmica
Primeiras escolas:
 Defesa de que os meios de comunicação têm influência direta sobre as pessoas e a 
sociedade;
 Podem provocar as mudanças de opinião e de comportamento;
 Senso comum = comunicação vista como algo perverso.
1º Modelo: 
Teoria das Balas Mágicas ou da Agulha Hipodérmica:
 Pessoas apresentam o mesmo comportamento mecânico (a 
resposta) ao serem atingidas pelas mensagens midiáticas 
(o estímulo);
 Comunicação é vista como “reativa”.
Teoria Hipodérmica
Contexto social:
 Primeiros estudos envolveram, justamente, o rádio, meio de comunicação utilizado para 
divulgar as notícias da época;
 Reação à mensagem radiofônica correspondia à aceitação das massas; 
 Segundo os teóricos, quando isso ocorre significa que não há o feedback, propriamente 
dito, uma crítica ou uma análise quanto ao conteúdo exposto ao público, considerado 
atomizado, amorfo;
 Há uma reação de maneira uniforme e imediata;
 Orson Welles.
Teoria Hipodérmica
Contexto social:
 Entretanto, a Teoria do Comportamento Condicionado também está relacionada 
à Hipodérmica;
 Exemplo: à visão da comida, o cachorrinho respondia salivando – uma reação do 
organismo preparatória para o ato de digerir a comida;
 No estudo, uma sineta era tocada toda vez em que o animal era alimentado. Por fim, 
tocava, apenas, a sineta;
 Mesmo não havendo a comida, o cão respondia ao estímulo (som da sineta) com uma 
resposta (salivando).
Teoria Hipodérmica
Modelo de Lasswell:
 A Teoria Hipodérmica abraça a ideia de que os meios de comunicação são soberanos e 
manipuladores das massas;
 Ainda na década de 1930, Harold Lasswell descreve o ato comunicativo de outra forma, 
superando a Teoria das Balas Mágicas;
 O Modelo de Lasswell é uma evolução da Teoria Hipodérmica.
O estudioso acredita que, para a perfeita compreensão da mensagem, é necessário o 
levantamento de cinco questionamentos: 
Quem? Diz o quê? Através de que canal? A quem? 
Com que efeito?
 Baseado nessas cinco perguntas, Lasswell aplicava 
as questões e, conforme as respostas dos 
entrevistados, o autor qualificava como 
completa e clara.
Modelo de Lasswell
Modelo de Lasswell:
Diretrizes do processo de comunicação de massa:
 Um agente ativo estimulante sob uma massa, totalmente, passiva e absorvente;
 Um modelo cheio de intenção, pois a ideia era, justamente, obter um efeito, um resultado 
por meio da influência da comunicação;
 Efeitos dizem respeito aos destinatários atomizados, isolados, ou seja, mesmo sendo a 
massa como um todo, existe a individualidade de cada um, resultando em uma absorção 
e interação em graus diferentes;
 A partir dessa compreensão, podemos observar a eficácia do 
modelo que tinha como objetivo influenciar a massa;
 Para o Modelo de Lasswell, as relações informais eram pouco 
relevantes ou, mesmo, irrelevantes, e pouco acrescentavam 
ao resultado das campanhas publicitárias. Para a análise dos 
resultados, a massa era dividida por critérios de faixa 
etária, sexo e outros.
Modelo de Lasswell
 Leva-se em conta as diferenças entre os indivíduos e são essas particularidades que atrairão 
a atenção dos destinatários.
 Como premissa, o grupo dos indivíduos utiliza a homogeneidade, ou seja, características 
semelhantes entre eles, servindo de critérios de divisão para compor os subgrupos.
 Exemplo: uma campanha publicitária deverá atender às expectativas de determinado 
grupo de interesse e a ideia é que o destinatário adapte a mensagem aos seus valores, 
pois, ao longo do tempo, a tendência é que esse valor se acentue.
 Portanto, que a propaganda deve promover o interesse do destinatário e, principalmente, ser 
reconhecida e estar de acordo com os valores do indivíduo.
Teoria Empírico-Experimental ou Teoria da Persuasão
 Para essa teoria de manipulação de massa, há o filtro do próprio indivíduo, envolvendo a 
análise e a reflexão de cada um. 
 Sendo assim, a mídia exerce uma influência desde que o indivíduo aceite ser influenciado.
 Logo, essa influência é limitada, uma vez que o destinatário pode sofrer outras 
influências do meio.
Teoria Empírica de Campo ou Teoria dos Efeitos Limitados
 A teoria funcionalista é baseada em uma visão mais ampla e não, apenas, no olhar dos 
efeitos da manipulação sobre o indivíduo. 
 Foco: funções exercidas pela comunicação de massa na sociedade.
 O objetivo é entender o quanto os meios de comunicação contribuem para a sociedade.
 Communication research.
 Retomando: o funcionalismo e a teoria crítica constituem num campo teórico, tendo as 
temáticas e as visões comuns sobre inúmeros aspectos, mas, também, contendo 
divergências entre os seus membros e as suas gerações distintas. 
Funcionalista das comunicações de massa
Comparando:
Teoria Hipodérmica e Paradigma de Lasswell:
 Assegurou mais complexidade à análise da comunicação;
 Cada componente deve ser analisado;
 Na Hipodérmica, o foco era na mensagem e nos efeitos desejados.
Teorias
A Primeira Guerra Mundial (1914-1919) motivou o surgimento da primeira teoria crítica da 
comunicação de massa – a Teoria Hipodérmica, que pretendia evidenciar que:
a) A mensagem afeta os grupos sociais, não de forma individual.
b) Nem todo indivíduo pode ser “afetado” pela mensagem.
c) Para atingir determinado indivíduo, a mensagem precisa ser direcionada, somente, a ele.
d) Uma mensagem lançada pela mídia é, imediatamente, aceita e espalhada entre todos os 
receptores, em igual proporção.
e) Nenhuma das anteriores.
Interatividade
A Primeira Guerra Mundial (1914-1919) motivou o surgimento da primeira teoria crítica da 
comunicação de massa – a Teoria Hipodérmica, que pretendia evidenciar que:
a) A mensagem afeta os grupos sociais, não de forma individual.
b) Nem todo indivíduo pode ser “afetado” pela mensagem.
c) Para atingir determinado indivíduo, a mensagem precisa ser direcionada, somente, a ele.
d) Uma mensagem lançada pela mídia é, imediatamente, aceita e espalhada entre todos os 
receptores, em igual proporção.
e) Nenhuma das anteriores.
Resposta
 A emergência dos estudos culturais e a sua análise dos meios de comunicação de massa 
vieram para romper com a polarização,e procuram oferecer uma visão mais ampla e 
mediada para o entendimento do papel dos meios de comunicação.
 Teóricos europeus divergiam tanto das posturas funcionalistas como das frankfurtianas 
(Teoria Críticas). 
 Focaram os seus estudos e as suas análises para o conteúdo das mensagens da cultura 
de massa.
 Esses teóricos concordavam com a postura crítica, mas não 
preconceituosa em relação aos produtos culturais.
Estudos culturais
Edgar Morin:
 Nasceu em 08 de julho de 1921;
 Formação em Economia Política, 
História, Geografia e Direito;
 Pesquisador, professor e escritor;
 Apontou os problemas da Pós-
Modernidade e defende que devemos 
incorporar, na educação, os 
problemas cotidianos;
Estudos culturais
Fonte: Menezes (1983, p. 15).
 Publica desde 1977;
 Interesse na “complexidade”;
 Entende que o ser humano é reducionista, ou seja, ele tem um pensamento simplista. O 
grande trabalho, segundo o autor, é trabalhar com o homem, de forma que ele 
compreenda a complexidade e propõe a reforma do pensamento humano;
 Para construir “o pensamento complexo” é preciso esforçar-se para compreender a 
complexidade e combater a simplificação;
Estudos culturais (Edgar Morin)
 O estudioso entende que a cultura é um corpo muito complexo de normas e 
símbolos, imagens e mitos, que são os responsáveis para estruturar as ordens das 
emoções e dos instintos; 
 Morin = acredita que a cultura de massa também é baseada na industrialização, que 
transfere às imagens à fábrica de sonhos e que, por sua vez, são apropriados pela alma 
humana por meio dos objetos;
 Esse progresso técnico, consequentemente, invade intimamente a vida das pessoas e, como 
o autor afirma, há um derramamento de mercadorias culturais em suas residências, 
orientando as emoções e fornecendo os apoios imaginários à vida, à alma e aos sonhos.
Estudos culturais
Morin:
 “Todo um setor das trocas entre o real e o imaginário se efetua no modo estético, através 
das artes, dos espetáculos, dos romances e das obras ditas de imaginação”. (1969, p. 18);
 E acrescenta que as vedetes, a quem chama de Olimpianos, são também os playboys, 
artistas, astros de cinema, atletas, reis, Picasso e Dalí, entre outros; 
 O capitalismo também tem a função de desviar as massas de seus problemas; o nomeia 
como “o barbitúrico do povo ou a mistificação deliberada”;
 A cultura de massa mantém e amplifica esse voyeurismo, 
fornecendo os mexericos, as confidências, a revelação sobre 
a vida das celebridades. O espectador moderno é aquele que 
sempre vê tudo em plano aproximado (1969, p. 27).
Estudos culturais
Outras ideias de Morin:
 A sociedade norte-americana construiu as suas estruturas de massa baseada na sua cultura, 
juntamente ao capitalismo que se desenvolveu ao lado dos meios de comunicação de 
massa, mostrando que o seu interesse é o retorno lucrativo; 
 O que é pior é que essa sociedade criou uma dependência das marcas e das 
imagens mais vendidas;
 Essas marcas e imagens mais vendidas se tornam os símbolos de uma cultura, e tudo o que 
faz parte de uma cultura, como a arte e as expressões culturais de todos os tipos de 
apresentações, representando um mundo possível a todos; 
 Sem se importar, a cultura de massa produz a realidade de 
muitos. Além disso, tais produtos, que se tornaram marcas e 
imagens mais vendidas aprisionam o humano, condicionando-
o às compras, comprometendo o seu salário e acumulando as 
dívidas. Depois de certo tempo, logo, essas marcas e imagens 
serão substituídas por outras;
Estudos culturais
 Em seus estudos, o teórico insere “cabeça bem-feita” para dizer que não é uma cabeça 
cheia, mas uma cabeça com conteúdos e aprendizados acumulados, que haja uma ligação 
organizada de inteligência e aptidão geral entre esses saberes, de forma que todos os 
elementos possibilitem as competências cognitivas para a resolução de problemas.
No livro Cabeça bem-feita (2003), Morin inicia com Montaigne e as suas preocupações com a 
educação quando escreve que: “Mais vale uma cabeça bem-feita que bem cheia”.
 O saber é acumulado, empilhado, e não dispõe de um princípio de seleção e organização 
que lhe dê sentido.
 “Uma cabeça bem-feita” significa que, em vez de acumular o 
saber, é mais importante dispor, ao mesmo tempo, de: uma 
aptidão geral para colocar e tratar os problemas; princípios 
organizadores que permitam ligar os saberes e lhes dar 
sentido (MORIN, 2003. p. 17).
Estudos culturais
 Em 03 de fevereiro de 1932, Stuart Hall nasceu na cidade 
de Kingston, Jamaica. Trabalhou no Reino Unido e 
contribuiu com as obras e os estudos da cultura dos meios 
de comunicação. 
 Trabalhou na Universidade de Birmingham e tornou-se 
entre 1979 e 1997 professor na Open University. 
 Autor de várias obras, entre elas Diáspora: identidade e 
mediações culturais e Questões de identidade cultural.
Estudos culturais – Stuart Hall 
Fonte: 
http://negrosgeniais.blogspot.com/2014/10/stuart-
hall-sociologo-1932-2014.html
 Hall entende que o uso da linguagem é determinado por uma moldura de poderes, 
instituições, política e economia. Em seu postulado, apresenta as pessoas como “produtores” 
e “consumidores” de cultura ao mesmo tempo.
Ideias:
 Até o século XX, tínhamos uma sociedade moderna sólida diante de paisagens culturais de 
classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, traçados por esta mesma 
sociedade, fornecendo-nos, igualmente, sólidas localizações e estruturas para a construção 
de indivíduo social;
 “Modernidade tardia”;
 A partir das transformações, essas paisagens foram 
fragmentadas e modificadas; consequentemente, ocorreram 
modificações das identidades dessas pessoas;
 “Deslocamento ou descentração do sujeito”. A 
descentração dos indivíduos sucedeu tanto do seu lugar no 
mundo social e cultural quanto em si mesmo. 
Estudos culturais – Stuart Hall 
Ideias importantes:
 Os estudiosos percebiam que a cultura popular era, muitas vezes, utilizada como um 
instrumento de libertação. Ou seja, diante da opressão característica de toda sociedade 
dividida em classes sociais, restava aos oprimidos criarem estratégias que servissem de 
contraponto à atitude opressora praticada pelas elites; 
 Se a opressão é uma forma de cultura, a contracultura era manifestada através do 
folclore, por exemplo; 
 Contribuição importante: reconhecer a importância do receptor e o fato de haver 
resistência, ressignificação...; 
 Pessoas comuns estão inseridas num contexto, a partir do 
qual conseguem obter informações capazes de fazer com que 
elas adquiram, à sua maneira, consciência daquilo que 
representam na sociedade; 
 São capazes de refletir, a partir de seu repertório cultural, 
sobre as informações recebidas da mídia. 
Estudos culturais – Stuart Hall 
A partir da década de 1960, os produtos culturais passaram a ser encarados de uma nova 
forma. Neste contexto, alguns pesquisadores europeus lançaram os seus estudos, observando 
o conteúdo das mensagens da cultura de massa. Esses intelectuais tinham uma postura 
crítica, mas não preconceituosa. Este texto faz referência:
a) À Escola de Frankfurt.
b) Aos Estudos culturais.
c) À Escola canadense.
d) Aos funcionalistas norte-americanos.
e) Aos pesquisadores da Teoria Hipodérmica.
Interatividade
A partir da década de 1960, os produtos culturais passaram a ser encarados de uma nova 
forma. Neste contexto, alguns pesquisadores europeus lançaram os seus estudos, observando 
o conteúdo das mensagens da cultura de massa. Esses intelectuais tinham uma postura 
crítica, mas não preconceituosa. Este texto faz referência:
a) À Escola de Frankfurt.
b) Aos Estudos culturais.
c) À Escola canadense.
d) Aos funcionalistas norte-americanos.
e) Aos pesquisadores da Teoria Hipodérmica.
Resposta
Algumas ideias centrais do seu trabalho:
 Tudo o que é produzido pelo homem e usado em seu 
próprio benefício torna-se uma extensãodo corpo 
físico desse indivíduo; 
 A televisão, enquanto produto da criação humana e 
de usufruto próprio, torna-se uma extensão dos 
olhos e ouvidos do ser, bem como o computador 
é a extensão do cérebro. 
Estudos culturais – Marshall McLuhan
Fonte: McLuhan (1998, p. 73).
 McLuhan chama de prótese técnica e, ainda, utiliza a expressão “o meio é a mensagem”, 
referindo-se à televisão como meio e à comunicação como a mensagem, ressaltando ser o 
meio um elemento de grande importância para o processo de comunicação e não, apenas, 
uma via de acesso.
 “O meio é a mensagem” significa, em termos da era eletrônica, que já se criou um ambiente 
totalmente novo. O conteúdo deste novo ambiente é o velho ambiente mecanizado da era 
industrial. O novo ambiente reprocessa o velho tão radicalmente quanto a TV está 
reprocessando o cinema.
Estudos culturais – McLuhan
McLuhan enunciou outros princípios da comunicação: 
 A galáxia de Gutenberg – O advento da imprensa fomentou no homem o desenvolvimento 
da visão, em detrimento de outros canais sensoriais. Logo, o homem ficou mais lógico, 
racional e fechado. O aprendizado, a partir do livro impresso, dispensou a intermediação do 
ser humano, causando o desaparecimento do debate de ideias e a forma linear de entender 
o mundo; 
 Aldeia global – O desenvolvimento dos meios eletrônicos devolveu ao homem a relação 
social que ele tinha antes da era tipográfica, só que, desta vez, o homem voltou a fazer parte 
de uma tribo global, de uma aldeia.
Estudos culturais – McLuhan
Para o teórico canadense, a evolução humana pode ser dividida em três estágios: 
 Primitiva: fase pré-tecnológica caracterizada pelo inter-relacionamento dos sentidos; 
 Tipográfica: fase pós-renascentista, quando é valorizada a razão (pensamento linear); 
 Reenvolvimento verbivocovisual: fase marcada pela evolução tecnológica 
e pela era eletrônica. 
 Para McLuhan, na primeira etapa evolutiva, o homem 
necessitava utilizar todos os seus sentidos para poder se 
inter-relacionar com os seus pares. Após o advento da 
imprensa, o homem passa a intensificar o uso da visão e, 
posteriormente, com a era da eletrônica, o homem pode se 
desenvolver tecnologicamente, criando os meios 
eletrônicos de comunicação.
Estudos culturais – McLuhan
 Em 1929, na França, nasce Jean Baudrillard, sendo o primeiro de sua família a cursar o 
Ensino Superior; realizou os seus estudos em Sorbonne e foi professor da Universidade de 
Nanterre, em Paris.
 Autor do livro Esquecer Foucault, que divulgou o seu nome aos meios acadêmicos.
 O pesquisador caracterizou os fenômenos do simulacro, da simulação e do hiper-realismo e, 
por meio dos media, principalmente, a televisão, teve o domínio de sua teoria no ocidente, 
desde os anos 1970. 
Escola Culturológica:
 Aborda os aspectos da sociedade de consumo desde o 
impacto da comunicação de massa na sociedade, onde os 
indivíduos estão inseridos numa realidade construída, 
denominada de realidade virtual (hiper-realidade).
Jean Baudrillard
 Baudrillard diz que a simulação é o fingimento orquestrado, de forma que as pessoas são 
donas do seu destino por meio de um cenário que lhes permitem a ilusão de um mundo real. 
O autor cita, como exemplo, o programa do Big Brother ou os programas televisivos que 
expõem grupos de pessoas exibindo a sua intimidade, o seu caráter e modos de viver. 
 O pesquisador entende que tanto a plateia quanto os atores sociais passam a ter os seus 
poderes, haja vista a mídia que trabalha com a interatividade, deixando nas mãos dos 
telespectadores e/ou atores, as decisões aos finais de séries, realities e outros.
 Quanto ao hiper-realismo, o estudioso defende que este 
conceito é a realidade sem o sonho, as elites subvertem e 
manipulam os valores éticos, estéticos e políticos das massas 
populares em seu grau extremo. É a síntese fechada, 
englobando a tese e a antítese, de modo “pluralista”.
Jean Baudrillard
 Biosfera é um processo biológico e, por ele, estamos conectados à biomassa e à nossa 
interação humana com a simbiose do planeta. 
 Sobre as previsões revolucionárias, não foi previsto o computador quântico, alguma 
descoberta que ocasione novos materiais ou algum fator que altere o curso da tecnologia, 
acelerando o desenvolvimento dos computadores pessoais e a expansão das redes, e, 
posteriormente, dos sites. 
 De forma bastante abrangente, vamos pensar na imensidão do universo. Assim, como temos 
a atmosfera, a biosfera, a geosfera, a tecnosfera existe, também, a noosfera.
Noosfera
 No momento atual, nos encontramos na tecnosfera, em que há a interação do homem com a 
máquina, por meio de toques e movimentos físicos; por vezes, são atendidos por comandos 
orais até por piscadas dos cílios. 
 A neurociência vai mais adiante, realizando a comunicação entre a máquina e o indivíduo, 
diretamente, por meio do cérebro humano. A próxima fase evolutiva será a noosfera e isso 
significa permear um mundo de ideias. 
 A noosfera tem início com o pensamento humano, a partir do “passo da reflexão”. 
 Alguns autores referem-se à noosfera como sendo uma rede 
mundial de comunicação dos pensamentos humanos.
Noosfera
Edgar Morin:
 Esclarece que “a noosfera não é, apenas, o meio condutor/mensageiro do conhecimento 
humano. Produz, também, o efeito de um nevoeiro, de tela entre o mundo cultural, que 
avança cercado de nuvens, e o mundo da vida”;
 Pensamento coletivo, procedente dos sistemas virtuais e globalizados do mundo moderno;
 O autor, ainda, acrescenta que as “coisas do espírito” possuem autonomia, se 
reproduzem, se reconstituem e se reelaboram; 
 “As ideias são dotadas de vida própria porque dispõem, como os vírus, de um meio 
(cultural/cerebral) favorável da capacidade de autonutrição e de autorreprodução” .
(MORIN, 2001, p. 138)
Noosfera
 Teorias revolucionárias e complexas do pensamento humano defendidas pela 
comunicação de massa.
 A tecnologia tem um grande impacto diante da sociedade ou, até, podemos comparar o seu 
impacto com a força de um míssil, afinal, somos como alvos. 
 A questão não é se somos alvos, mas, sim, o que a tecnologia tem a nos oferecer de 
vantagens e desvantagens.
O que vimos
 Com as evoluções ocorridas em toda a Terra fomos obrigados a abrir nossos horizontes e 
buscarmos novas informações, ou seja, nos reciclar em todos os sentidos.
 Conceitos: mundo virtual – internet, cibercultura, globalização, interatividade, simulacro, 
simulação, hiper-realismo etc.
Proposta:
 Estudo e aprofundamento em seus teóricos e em suas teorias tão complexas, pois estarão 
sempre presentes em sua profissão, que tem a comunicação como base teórica;
 O efeito das propagandas no ser humano, o poder de 
manipulação das mídias, os exageros midiáticos 
apoteóticos que buscam resultados comerciais despejando 
os objetos, os costumes, os valores, as comidas, as roupas, 
separando o indivíduo dele mesmo.
O que vimos
Fenômeno decorrente da implementação de novas tecnologias de comunicação e informação, 
isto é, de novas redes técnicas, que permitem a circulação de ideias, mensagens, pessoas e 
mercadorias, num ritmo acelerado, e que acabaram por criar a interconexão entre os lugares 
em tempo simultâneo. A descrição revela o fenômeno da:
a) Digitalização.
b) Metropolização.
c) Globalização.
d) Revolução Industrial.
e) Virtualização.
Interatividade
Fenômeno decorrente da implementação de novas tecnologias de comunicação e informação, 
isto é, de novas redes técnicas, que permitem a circulação de ideias, mensagens, pessoas e 
mercadorias, num ritmo acelerado, e que acabaram por criar a interconexão entre os lugares 
em tempo simultâneo. A descrição revela o fenômeno da:
a) Digitalização.
b) Metropolização.
c) Globalização.
d) Revolução Industrial.
e) Virtualização.
Resposta
 LÉVY, P. Cibercultura. Trad. de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2009.
 MAYR,E. O impacto de Darwin no pensamento moderno. Scientific American. Edição Especial 
n. 17. São Paulo: Duetto, 2006. 
 MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensão do homem. Tradução de Décio 
Pignatari. 9. ed. São Paulo: Cultrix, 1998. 
 MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES. Pesquisa mostra que 82,7% dos domicílios brasileiros 
têm acesso à internet. Disponível em: https://www.gov.br/mcom/pt-
br/noticias/2021/abril/pesquisa-mostra-que-82-7-dos-domicilios-brasileiros-tem-acesso-a-
internet#:~:text=Em%202019%2C%20entre%20as%20183,estudantes%20(75%2C8%25). 
Acesso em: 29 jul. 2021.
Referências
 MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 8. ed. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
 MORIN, E. Cultura de massa no século XX. v. 1. Neurose. Rio de Janeiro: Forense 
Universitária, 1989.
 MORIN, E. Um terceiro problema. In: _____. Cultura de massas no século XX. 2 ed. Rio de 
Janeiro: Forense, 1969. cap. 1, p. 15-23.
 PEREIRA, C. A. M. O que é contracultura? São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção Primeiros 
Passos, n. 100).
Referências
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