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Enfermagem - Rinite alérgica

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Rinite alérgica: diagnóstico e 
tratamento 
Paciente com congestão nasal após iniciar um novo estágio 
acadêmico 
Publicado em 24 de Março de 2017
 
Autores: Laís Melo Corrêa, Renata Pinto Gottinari de Lima, Isadora da Luz Silva 
Editores: Anaclaudia Fassa e Luiz Augusto Facchini 
Editores Associados: Everton Fantinel, Maria Laura Carrett, Rogério Linhares 
Você já respondeu todas as 5 questões deste caso. 
Sua média de acertos final foi de 100,00%. 
RECOMEÇAR 
Caso 
Branca 
M.A.L.V. 
17 anos 
Solteira, Estudante de Biblioteconomia 
Anamnese 
Queixa principal 
Congestão nasal com piora há 1 semana 
Histórico do problema atual 
Paciente vem à consulta com queixa de congestão nasal que piorou há uma semana, 
desde que começou a fazer estágio na biblioteca e passou a manipular muitos livros - 
precisou faltar durante os últimos dois dias, por piorar dos sintomas. Refere que desde 
então tem apresentado crises de espirros frequentes, bem como prurido nasal e ocular, 
lacrimejamento e coriza hialinos. Dificuldade para dormir por causa dos sinais e 
sintomas, além de dificuldade para realizar suas atividades na biblioteca. Mãe da 
paciente afirma que essas queixas a acompanham desde infância, especialmente durante 
os meses de setembro a novembro. Relata que costuma ter alívio do quadro com uso 
eventual de “antialérgicos” (SIC) e piora quando permanece próxima ao namorado, que, 
por sua vez, é tabagista. Paciente sem comorbidades, não faz uso contínuo de 
medicações. 
Revisão de sistemas 
Sistema respiratório: sem particularidades. 
Histórico 
História social 
Mora com a mãe e a irmã (13 anos). Mãe é faxineira, contando com renda mensal de 
aproximadamente 1,5 salários mensais. Paciente entrou na universidade há 6 meses e 
está fazendo estágio voluntário na biblioteca da universidade. 
Antecedentes pessoais 
História de atopia na infância. Foi diagnosticada como lactente sibilante e apresentava 
reações alérgicas a picadas de inseto. 
Antecedentes familiares 
Pai morreu há três anos por infarto agudo do miocárdio. Mãe e irmã com história de 
asma na infância. 
Medicações em uso 
Sem uso de medicamentos atualmente 
Exame Físico 
 
Sintomas gerais: 
• T.Ax.: 37,0°C 
• PA: 110/70 mmHg 
• Frequência cardíaca: 72 bpm 
• Frequência respiratória: 16 irpm 
• Peso: 54 Kg; 
• Altura: 1,57 m; 
• IMC: 21,9 kg/m²; 
• Geral: Bom estado geral, lúcida, orientada e coerente, mucosas úmidas e coradas. 
Presença de prega nasal transversa. 
• Face: presença de coriza nasal hialina, prega nasal transversa 
• À rinoscopia anterior: presença de secreção nasal mucoide, cornetos nasais 
edemaciados, mucosa pálida 
• Cardiovascular: ritmo regular em dois tempos, sem sopro, sem alterações 
• Respiratório: murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios 
• Abdome: ruídos hidroaéreos presentes, depressível, indolor à palpação, ausência 
de visceromegalias. 
Questão 1Escolha simples 
De acordo com o quadro clínico apresentado, qual 
o diagnóstico mais provável para a paciente? 
Rinite alérgica 
Conjuntivite bacteriana 
Resfriado comum 
Síndrome gripal 
Asma 
 
Acertou 
Rinite alérgica é a inflamação aguda ou crônica da mucosa nasal. O diagnóstico da 
rinite alérgica é clínico, com base nos dados da história e exame físico. Conforme os 
sintomas da paciente (congestão nasal, rinorreia aquosa, obstrução e prurido nasal e 
ocular e espirros em salvas). 
 
Resfriado comum, embora seja a principal causa de rinossinusite aguda, costuma ter 
sintomas mais intensos até três dias, regredindo por volta do sétimo dia. 
 
A síndrome gripal é um quadro agudo, de febre de início súbito, acompanhada de tosse 
ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou 
artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico. Dura até três dias após final da 
febre, apresentando-se de rinorreia, mal-estar geral, febre, tosse e dor de garganta. 
 
A conjuntivite bacteriana costuma manifestar-se apenas com alterações oculares como 
sensação de corpo estranho, hiperemia conjuntival, edema palpebral, fotofobia e 
secreção que varia de acordo com o agente etiológico, além de prurido e lacrimejamento 
que também ocorrem no caso em questão. 
 
O quadro atual difere do quadro de asma, no qual o paciente queixar-se-ia 
principalmente de sintomas como dispneia e tosse. 
(BRASIL, 2010; 2013; 2015) 
Saiba mais 
 
Síndrome gripal: infecção aguda das vias aéreas, causada pela Influenza, que 
costuma cursar com sintomas como mal-estar geral, febre ≥ 37,8ºC, tosse ou dor de 
garganta, calafrios, cefaleia, mialgia, dor de garganta, artralgia, tosse seca, 
prostração e rinorreia. Ocorre mais frequentemente no outono e inverno, com 
temperaturas mais baixas. 
A Influenza pode levar a quadro mais grave como a síndrome respiratória aguda 
grave, onde o indivíduo apresenta os sinais e sintomas da síndrome gripal, 
acompanhando piora do comprometimento respiratório. 
 
Condições e fatores de risco para complicações: 
 
• Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o 
parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal). 
• Adultos ≥ 60 anos. 
• Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 
2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade). 
• População indígena aldeada. 
• Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido 
acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye). 
• Indivíduos que apresentem: 
o Pneumopatias (incluindo asma); 
o Pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior 
complicação e possibilidade de reativação); 
o Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); 
o Nefropatias; 
o Hepatopatias; 
o Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); 
o Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus); 
o Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem 
comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração 
(disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, 
síndrome de Down, acidente vascular encefálico - AVE ou doenças 
neuromusculares); 
o Imunossupressão associada a medicamentos, neoplasias, HIV/aids ou 
outros; 
o Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal - IMC 
≥ 40 em adultos). 
Tratamento: 
 
• Medicamentos sintomáticos e estimular a hidratação; 
• Antiviral: o fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) é o medicamento indicado para 
todos os casos de síndrome gripal que apresentem condições e fatores de risco 
para complicações, independentemente da situação vacinal. Deve ser iniciado 
em, no máximo, 48 horas a partir da data de início dos sintomas. Não há 
recomendação para uso em todos os casos de síndromes gripais, pois pode 
induzir resistência dos vírus influenza se utilizado de forma indiscriminada. A 
dose recomendada de Oseltamivir é de 75mg, duas vezes ao dia, por cinco 
dias, para adultos. Para crianças acima de 1 ano de idade e com menos de 
40kg, as doses variam de acordo com o peso. 
Questão 2Escolha simples 
De acordo com os dados fornecidos pelo caso, 
qual a classificação de gravidade da rinite da 
paciente: 
Rinite exacerbada 
Rinite intermitente moderada/grave 
Rinite intermitente leve 
Rinite persistente leve 
Rinite persistente moderada/grave 
 
Acertou 
A rinite da paciente em questão pode ser classificada como rinite persistente 
moderada/grave. 
 
Para ser considerada como persistente, é necessário que a frequência e duração dos 
sintomas sejam maiores ou iguais a 4 dias por semana ou maiores do que 4 semanas de 
duração (ano). No caso de M.A.L.V., ela tem os sintomas, todos os anos, de setembro a 
novembro. 
 
Em relação à intensidade, ela é classificada como moderada/grave, pois a paciente está 
apresentado alteração do sono, interferiu em seu estágio e presença de sintomas 
desagradáveis. 
Saiba mais 
 
EXAME FÍSICO DO PACIENTE COM RINITEALÉRGICA 
Ao exame físico da rinite alérgica, pode-se encontrar linha de Dennie-Morgan (prega 
em pálpebras inferiores secundárias ao edema, sulco ou prega nasal transversa). À 
rinoscopia anterior, observam-se frequentemente presença de secreção nasal mucoide, 
cornetos nasais edemaciados, mucosa pálida. 
Questão 3Escolha simples 
Com relação ao tratamento não farmacológico da 
rinite alérgica, assinale a afirmação correta, 
levando em consideração a história clínica da 
paciente: 
O tabagismo passivo deve ser desencorajado. 
A realização de atividades físicas deve ser desencorajada nas crises. 
Não é preciso fazer prevenção do sobrepeso e obesidade. 
Não é preciso fazer controle ambiental. 
Não é preciso fazer orientação quanto à doença, visto que não é uma afecção grave. 
 
Acertou 
A fumaça do cigarro é considerada um dos principais irritantes inespecíficos da mucosa 
nasal, devendo ser desencorajada. A paciente M.A.L.V. não apresenta excesso de peso. 
A atividade física não deve ser desencorajada. O controle ambiental é fundamental 
como adjuvante no tratamento não farmacológico da rinite alérgica, colaborando para a 
redução dos sintomas e recidivas do quadro. 
Saiba mais 
 
TRATAMENTO DA RINITE ALÉRGICA 
O tratamento não farmacológico da rinite deve seguir os itens abaixo listados: 
• Educação e orientação quanto à doença; 
• Uso correto das medicações inalatórias; 
• Cessação do tabagismo, tanto ativo quanto passivo; 
• Prevenção do sobrepeso e obesidade; 
• Realização de atividades físicas; 
• Controle ambiental; 
• Reduzir a exposição a fatores desencadeantes de forma individualizada levando em 
consideração a história do paciente. 
Fatores desencadeantes da rinite alérgica, os quais precisam ser reduzidos, de forma 
individualizada e levando em consideração a história de cada paciente: 
 
• Exposição a ácaros ou alérgenos relacionados; 
• Exposição a mofo; 
• Tabagismo ativo e passivo; 
• Animais domésticos; 
• Odores fortes; 
• Exposição ocupacional; 
• Locais de poluição atmosférica.; 
Fonte: Ministério da Saúde, 2010. 
Questão 4Escolha simples 
De acordo com a classificação de rinite alérgica 
da paciente, indique qual seria a indicação de 
tratamento farmacológico mais adequada: 
Corticoide sistêmico 
Anti-histamínicos HI oral 
Antileucotrienos 
Corticoide tópico nasal 
Apenas redução dos fatores desencadeantes 
 
Acertou 
No tratamento farmacológico da rinite alérgica nos adultos, as principais drogas 
disponíveis são os anti-histamínicos H1 orais, e os corticoides tópicos nasais. A escolha 
dessas medicações é realizada de acordo com a classificação do tipo de rinite alérgica: 
Rinite intermitente leve: Anti-histamínico H1 oral (Loratadina ou Dexclorfeniramina). 
Rinite intermitente moderada a grave: Corticoide inalatório nasal 
Rinite persistente leve: Anti-histamínico H1 oral 
Rinite persistente moderada a grave: Corticoide tópico nasal. 
A paciente M.A.L.V. apresenta rinite persistente moderada/grave, portanto, a droga 
mais adequada nessa situação é o corticóide tópico nasal. 
Saiba mais 
 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NA RINITE ALÉRGICA 
Doses das medicações usadas para tratar a rinite alérgica: 
 
Fonte: Ministério da Saúde, 2010. 
RETORNO 
Após uma semana de tratamento, paciente retorna, referindo permanecer com intensa 
congestão e prurido nasal, não percebendo quase nenhuma melhora dos sintomas. 
Realizou tratamento com corticoide tópico inalatório corretamente (Beclometasona 
spray aquoso, 50mvg/dose, 2 jatos em cada narina a cada 12 horas). Diz que namorado 
não tem fumado quando está com ela e que durante o período, foi o mínimo possível 
para a biblioteca. 
Exame físico sem alterações. 
Questão 5 
Escolha múltipla 
A partir das queixas e quadro clínico presentes na 
consulta de retorno de M.A.L.V., qual(is) o(s) 
fármaco(s) deveria(m) ser prescrito(s)? 
 Iniciar com antileucotrieno 
 Manter o corticoide tópico nasal - Beclometasona spray aquoso, 50mvg/dose, 2 
jatos em cada narina a cada 12 horas no mínimo por 60 dias. 
 Encaminhar para especialista. 
 Iniciar com anti-histamínico oral (Loratadina ou Dexclorfeniramina) 
 Substituir o corticoide tópico nasal por corticoide sistêmico por via oral. 
 
100 / 100 acerto 
Na rinite persistente moderada a grave (caso de M.A.L.V), é recomendável o tratamento 
com corticóide tópico nasal por pelo menos 60 dias. Como a paciente não apresentou 
melhora dos sintomas, podemos acrescentar anti-histamínico H1 oral e/ou curso breve 
de corticoide oral durante três a sete dias. O antileucotrieno apresenta menor grau de 
recomendação para controle de sintomas. 
Os corticoides tópicos nasais reduzem a inflamação da mucosa nasal, levando à melhora 
da obstrução e prurido, dos espirros e da rinorreia. Seu efeito terapêutico máximo ocorre 
a partir da segunda semana de utilização. A boa ação sobre a obstrução nasal e melhora 
do sono aliada à facilidade posológica, contribuem para maior adesão ao tratamento. 
Os efeitos colaterais locais são raros: presença de irritação, sangramento e perfuração 
septal. 
Objetivos do Caso 
 
Abordagem sindrômica dos sintomas nasais

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