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Resumo da Transcrição de PPR 2 Etapas da montagem dos dentes: 1 - Montagem da bateria labial superior; 2- Fechamento do ASA de DVR para DVO; ➔ Estamos montando o articulador em DVR e agora vamos fechar para DVO, liberando o espaço funcional livre. 3- Montagem da bateria labial inferior; 4- Montagem dos dentes posteriores superiores; 5- Obtenção da chave de oclusão (1° molar inferior); 6- Montagem dos dentes posteriores inferiores, fechando com os prés inferiores. 1 - Montagem da bateria labial superior (o que devemos considerar): - A forma do arco e o rebordo residual do paciente: oval, triangular ou quadrado; (Paciente com reabsorção do rebordo: seguir formato do rosto) - Os eixos longitudinais (inclinações) dos incisivos centrais e a face; - Relação dos dentes com a linha do sorriso do lábio inferior; - Eixos vestibulares dos dentes opostos (inclinações dos dentes opostos entre si); - Inclinação dos dentes e o perfil facial; (Fazer uma retroinclinação para corrigir classe II ou III) - Desgaste incisal com a idade. (Desgaste na ponta do canino) - Linha média facial coincidente ou trazer harmonia; - Altura em relação ao plano oclusal; (Há um degrau da borda incisal do central pro lateral que devemos reproduzir) - Inclinação em relação ao plano mediano (O incisivo central deve ter o eixo paralelo à linha mediana. Temos que reproduzir a inclinação do colo para a distal conforme vamos percorrendo os dentes) - Inclinação em relação à vestibular (É aquela inclinação que ajustamos para minimizar a classe III ou classe II) ➔ O terço do incisivo central que estará mais projetado para vestibular é o terço médio. ➔ No incisivo lateral, o terço mais projetado é o incisal, sendo o colo mais lingualizado. ➔ O canino possui o terço cervical mais projetado e o terço incisal mais lingualizado. ▪→🔺: mais quadrado com os anteriores mais alinhados. Se a gente quisesse ajustar essa prótese para se adequar para um rosto mais triangular, a gente poderia projetar mais os incisivos e rotacionar mais os laterais e caninos para dar uma profundidade maior para a bateria labial sup. obs: A face vestibular do dente NÃO pode ficar para fora do plano do plano de cera. 2- Fechamento do ASA de DVR para DVO: Os modelos estão montados em DVR e em RC. Usamos a RC porque o paciente não possui dentes, logo, não temos referências oclusais e por isso usamos uma referência esquelética que é a RC. Já a DVR, usamos também porque o paciente não possui dentes e por isso não conseguimos usar a DVO Removemos o espaço referente ao espaço funcional livre para que ele chegue na DVO, quando trabalhamos com ASA, a ideia é que os ramos superior e inferior do articulador estejam paralelos entre si e para isso o pino incisal precisa estar no 0 e o paciente em DVO. Podemos terminar de montar a prótese do paciente em DVR? Não! Porque em DVR o espaço funcional está sendo invadido, logo, o paciente não conseguirá articular palavras, mastigar, ele vai ficar com uma pressão nos rebordos e uma reabsorção acelerada se não for colocado em DVO. Antes de montar a bateria labial inferior precisamos fechar o articulador em DVO para ter a referência do overbite. Importância da DVO em PT: ➔ preservação dos rebordos residuais ➔ evita tensão e fadiga dos músculos da mastigação ➔ permite a articulação correta das palavras ➔ facilita a deglutição Passar o pino de +3mm para 0 (DVR ➡ DVO) e junto com isso vamos continuar removendo cera no plano oclusal inferior. 3- Montagem da bateria labial inferior: A borda incisal dos incisivos inferiores não podem tocar a superfície palatina dos superiores em oclusão, devendo ficar afastada de 0,5 a 3mm. Eles não foram feitos para receber carga mastigatória, mas sim para orientar o deslizamento da mandíbula durante os movimentos excêntricos. Não podemos montar o dente muito verticalizado porque a área incisal vai ficar na região de ação da língua e a cervical entra em área de ação do orbicular do lábio, causando desequilíbrio na prótese. Inclinação em relação ao plano mediano, da mesma forma que no superior, vamos ter o incisivo central mais vertical e a medida que vamos para o canino, o colo dos dentes vai tomando uma posição mais distalizada. Inclinação em relação ao plano oclusal: os três dentes (incisivos e canino) devem ficar alinhados e margear o plano oclusal (na altura da cera mais alta, que não pode ser desgastada para não perder a referência de altura na montagem). Inclinação em relação ao plano vestibulo-lingual: IC tem o terço incisal mais projetado para vestibular, o IL tem o terço médio mais projetado para vestibular e o Canino segue com o terço cervical mais projetado para vestibular. (obs: IC superior equivale ao IL inferior, IC inferior equivale ao IL superior, e o Canino segue igual na superior e na inferior) Decorar o terço + inclinado pra vestibular: Sup. IC - Médio Inf. IC - Incisal IL - Incisal IL - Médio C - Cervical C - Cervical pra lembrar: o inferior começa com incisal, os dois começam com a letra i e o canino é sempre cervical, que começam com a letra c 4- Montagem dos dentes posteriores superiores: A principal questão é a eficiência mastigatória do paciente; oclusão. Mas também se trata da estabilização da prótese, impedir interferências na língua e estética (confecção do corredor bucal). Objetivo da oclusão dos dentes artificiais: ➔ Otimizar a eficiência mastigatória ➔ Conservar os rebordos remanescentes obs: Uma das condições que possibilita essa instabilidade é quando a carga mastigatória não é direcionada para o rebordo porque os dentes não estão sobre a crista óssea dele. Logo, as superfícies oclusais devem estar centralizadas em relação à crista do rebordo. A prioridade é identificar o equilíbrio na inferior e transmitir para a prótese superior, devemos encontrar a zona principal de suporte, área em que é desejável que as cargas se incidam. Para isso, devemos seguir os seguintes passos: ➔ Marcação de linha na distal dos caninos ➔ Marcação, com régua flexível, do ápice do rebordo inferior, cruzando a linha na distal dos caninos inferiores. ➔ Liga-se a marcação do topo do trígono retromolar com a marcação da distal dos caninos: delimitamos a Zona Principal de Suporte. ➔ Remoção de cera (em rampa) da porção posterior do plano de cera inferior delimitada pela ZPS ➔ Transferência da marcação realizada no modelo inferior para o plano de cera superior obs: A marcação no plano de cera superior serve como orientação de onde o sulco central dos dentes posteriores superiores deverão estar alinhados. No plano de cera inferior, entretanto, o topo da rampa deve ser alinhado com as cúspides vestibulares (de trabalho) dos dentes posteriores inferiores. *possível questão de prova obs2: *possível questão de prova: O objetivo de marcarmos as linhas de orientação posteriores é determinar a zona principal de suporte com intuito de direcionar as cargas mastigatórias para o rebordo ósseo do paciente. Todos os dentes posteriores superiores devem tocar a placa de vidro quando apoiados nela (inclusive ambas as cúspides vestibulares dos molares), mantendo o plano oclusal obtido na régua de fox. 1º pré-molar superior: deve ser mais verticalizado que o canino, mas pode ter leve inclinação para a distal, seguindo a do canino. (para não ocorrer desnivelamento das cristas marginais mesial e distal) Corredor bucal: É o “triângulo escuro/sombreado” entre o plano de cera e a mucosa jugal do paciente. O estabelecimento do corredor bucal adequado proporciona profundidade no sorriso. Se este espaço for invadido, a impressão gerada é a de que o paciente tem mais dentes do que realmente tem (sorriso de piano). Somente a mésio-vestibular dos dentes posteriores deve estar a mostra para que fique harmônico, a distal não deve aparecer. Mas também, se nem a mésio-vestibular aparecer, vai parecer que aquele dente está ausente. 5- Obtenção da chave de oclusão (1º molar inferior) A chave de oclusão que inicialmentedeve ser reproduzida na prótese do paciente é a chave Classe I da relação molar, ou seja, cúspide mesial do 1º molar superior sendo direcionada para o sulco ocluso mesio-vestibular do 1º molar inferior. Classe I de caninos - ponta do canino inferior apontando para entre o canino e o incisivo lateral superiores => Paciente com harmonia óssea entre arcos. Definir a chave de oclusão para a prótese - colocar um pouco cera para unir os 1ºs molares superior e inferior em classe I (superior no plano de cera e o inferior unido a ele por cera estando “solto”, ou seja, fora do plano de cera inferior). Depois, fazemos a abertura do espaço do 1º molar inferior no plano de cera inferior para que dê para ocluir certinho no articulador. A chave de oclusão é uma das etapas que devem ser provadas em boca para verificar se a relação do articulador é a mesma em boca, se a oclusão ocorre da mesma forma. Os prés são montados no espaço remanescente. Se não houver o espaço adequado (maior ou menor) no caso do paciente ser prognata ou retrognata, são realizados ajustes como mesializar ou distalizar o 1º molar inferior, respectivamente. (PM e DR). (memorizar: os pré molares são um casal e tão tendo uma dr pq um deles tem ciúmes do 1° molar kkkkkkk) O “espaço adequado” é dado pela quantidade de cera remanescente entre a mesial o 1ºMi (que está em chave de oclusão Classe I) e a distal do Ci. Se tiver muita cera (muito espaço, sobrando cera, prognata) para os 2 PMs, precisaremos mesializar o 1ºMi, perdendo a chave de oclusão; se tiver pouca cera (pouco espaço, retrognata) para os 2 PMs, precisaremos distalizar o 1ºMi (perdendo a chave) ou fazer desgastes nas proximais do 1ºMi e/ou do 2ºPMi e/ou do 1ºPMi 6 - Montagem dos dentes posteriores inferiores Temos o primeiro molar montado em chave de oclusão dos dois lados do arco, e o espaço que sobrou para montagem dos pré-molares inferiores, podemos observar os seguintes casos e respectivas soluções: ➔ Se tem pouco espaço: basta fazer ajustes/desgastes nas mesial do 1°molar, e nas mesiais e distais dos pré molares ou distalizar o 1ºM (pct retrognata) ➔ Se tem muito espaço: resolver somente mesializando o primeiro molar. (pct prognata) Após inserir os dentes em posição avaliamos o alinhamento das cúspides inferiores no sulco traçado da linha de orientação posterior no topo do rebordo (do trígono retromolar até ponta do canino), que ligará as cúspides do molar à ponta de canino. E depois, fechar articulador para buscar oclusão do pré-molar inferior com o pré-molar superior. ERRO: se colocamos a cervical dos prés superiores distalizada (igual a inclinação do canino), isso pode interferir na montagem dos pré-molares inferiores. Causando: extrusão do pré-molar inferior OU um buraco negro/ black space OU não conseguimos subir com o 2° pré inferior pois bate na crista marginal distal do pré superior inclinado. na faculdade NÃO montamos os 2° molares, porque é a área que ocorre as interferências oclusais e por isso evitamos montar esses dentes, pois esse contato pode tirar nossa prótese de posição = INSTABILIDADE. Colocamos o 2°M quando: ➔ Pacientes com sorriso muito amplo: cria um espaço fazendo o paciente parecer sem dentes ➔ Rebordo alveolar muito longo: o alimento está passando para o fundo de vestíbulo inferior e o 2°M cria uma contenção/anteparo Sendo que o 2°M superior será montado normal em oclusão, mas o inferior será montado em infra-oclusão sem contato com o superior. Moldagem Funcional: Copiar com mais detalhes os tecidos de suporte e as estruturas para-protéticas, buscando de fato uma justaposição da prótese com o rebordo usando materiais de moldagem que sejam mais fiéis, assim melhorando a retenção e estabilidade da prótese. Pasta leve do silicone de condensação (vaza na hora na faculdade) ou adição (espera 1h e manda para o laboratório vazar)= tem que ter fluidez e escoar para ficar fino. Espera 1h para vazar para liberar todo o O2 do molde e não criar bolhas no modelo de gesso. Realizar pressão no palato na porção anterior da prótese para não alterar a altura dos incisivos / tracionar os tecidos no sentido da movimentação muscular = capturar os movimentos funcionais do paciente durante a moldagem (fazer o mesmo com a língua) obs: Pq a moldagem funcional é feita no final? O paciente pode ter perdido dentes ao longo do tratamento, tratamento de candida e hiperplasia, rebordo pode mudar de espessura. Selamento posterior: Comprimir de leve o palato mole em sua parte fixa(que é a região do término posterior da PT = linha vibratória) impedindo que entre ar naquela região. (Cera 9) Modelo de gesso final: Fazer outro modelo de gesso que será necessário para acrilização da prótese. Usar gesso tipo IV Cor da gengiva: -Sistema Tomaz Gomes: o protético do laboratório terá que aplicar camada em camada de cor para caracterização da gengiva, por isso é mais caro. -Sistema convencional: vem com cores padrão, sem caracterização logo mais barato. (chaveiro com as opções de cores) -Técnica: Apoio o chaveiro com a cor no lábio do paciente e verifica qual obtêm maior harmonia (sim, é em relação ao lábio, não com a gengiva) Entrega da prótese: Realizar uma inspeção digital da prótese buscando arestas cortantes ou pequenos excessos de resina nos bordos e nas superfícies de assentamento. Verificação de contatos prematuros: checar se ela está encaixando, observar se há alguma báscula (se algum dente estiver com contato prematuro). Colocação cuidadosa → molhar as próteses, colocar primeiro a prótese superior e depois a prótese inferior Pedimos para o paciente ocluir e avaliamos: DV e perfil ➔ Perfil errado: contato prematuro (pode causar deslocamento da próteses, ela rotaciona na boca que causa a instabilidade). O paciente não consegue ficar em RC e projeta a mandíbula para frente (protrusão) - contato deflectivo. Contatos deflectivos são os contatos prematuros que alteram o deslizamento/fechamento mandibular, pode ser para a direita e esquerda também. ➔ DV errada: erro na determinação ou na moldagem funcional ou dente fora de posição (dente posterior que saiu de posição pode causar mordida aberta. 1 mm de diferença na região posterior equivalem a 3mm na região anterior). -Avaliar dor prontamente verificada: colocar 2 roletes de algodão na superfície oclusal, levar o paciente para RC e deixá-lo em oclusão por 15 min. (ajusta imediatamente com as fresas) -Teste grosseiro da oclusão: utilizando carbono -Avaliação da estética -Instruções ao paciente (leia o folder pra lembrar!!) -Teste após 24h: feedback do paciente (ajuste mais refinado) ➔ Teste de estabilidade ➔ Teste fonético Síndrome da combinação: (cai na prova!! - tá no áudio da marcela) “Caracteriza-se pela combinação do arco superior totalmente desdentado com o arco inferior, havendo espaço protético com extremidade livre (Classes I ou II de Kennedy).” (lembrar da capivara que tem os dentes anteriores) a capi é classe I ➔ Reabsorção óssea do rebordo residual na região abaixo da PPR do arco inferior; ➔ Reposicionamento anterior da mandíbula (causando o prognatismo relativo); Reabsorção óssea na porção anterior da maxila; ➔ Extrusão dos dentes ântero-inferiores do arco inferior; ➔ Hiperplasia fibrosa inflamatória (épulis/epúlide fissurada) na região do fundo de vestíbulo ântero-superior; ➔ Aumento da tuberosidade; ➔ Hiperplasia inflamatória no palato duro. Reabsorve, reposiciona, extrui, machuca, aumenta e hiperinflama (RREMAHI) obs: lembrar que no “reposiciona” tem a reabsorção anterior da maxila também. Soluções: Recuperar contato oclusal posterior Alívio da flange vestibular Remoção do tecido flácido do rebordo anterior antes da confecção da nova prótese Condicionamento tecidual, reembasamento ou regularização da prótese Instrução de higiene da boca e prótese. Aula Ney de Materiais reembasadores: Indicações do uso de materiais reembasadores: ➔ Estomatite Protética (Hiperplasia papilar inflamatória, Candidíase eritematosa, Candidíase atrófica crônica) - queilite angular e glossite ➔Hiperplasia fibrosa inflamatória ou Epúlide fissurada ➔ Rebordo flácido ➔ Reabsorção do rebordo residual Os materiais de revestimento resilientes formam um grupo de materiais elásticos que preenchem total ou parcialmente a base da prótese, com a finalidade de diminuir o impacto das forças mastigatórias sobre a mucosa de revestimento. Existem 2 tipos de materiais resilientes: ➔ À base de resina acrílica (curto tempo) ➔ À base de silicone (tempo prolongado) Prótese Total Imediata: vantagens: ➔ Controle de Hemorragia:fazendo a proteção das feridas cirúrgicas; ➔ Condiciona o tecido acomodado sobre aquela região que foi operada; ➔ Serve para colocação de medicação tópica; ➔ Impedir que o paciente tenha perda da dimensão vertical e impedir o colapso facial; ➔ Diminuição das alterações do sistema estomatognático, do sistema neuromuscular, da ATM, alterações musculares; ➔ Minimização do dano psicológico da perda dentária (estético, social e emocional); ➔ Evitar o espraiamento lingual, que é a acomodação da língua pela ausência de dentes; ➔ Diminui os transtornos e reajustes fonéticos; ➔ Diminui o processo de reabsorção óssea. Questões do Pedro: Qual é a importância em impedir o contato dos incisivos superiores e inferiores em DVO? - estética: linhas do sorriso -biológico: preservação do rebordo alveolar - oclusal: guia incisivo e guia de canino -retenção: preserva a região de vedamento (contato palato e prótese) Qual é a importância da montagem dos dentes posteriores? - eficiência mastigatória - oclusão e preservação dos dentes anteriores - estabilização da prótese - estética: corredor bucal - preservação do rebordo alveolar - impedir interferências na língua (?) Zona Principal de Suporte: marcada no modelo inferior após a montagem dos dentes anteriores, a ZPS é a área em que desejamos que as cargas oclusais incidam para que haja equilíbrio entre as próteses superior e inferior durante as forças mastigatórias e preservação óssea, além de criar uma zona neutra da ação dos músculos sobre a prótese, garantir que o bucinador se movimente sem interferência dos dentes e que a língua se movimente/posicione corretamente. A ZPS é marcada tendo como pontos de referência a distal do canino e o topo do trígono retromolar no modelo de gesso, traçando-se uma linha reta sobre o ápice do rebordo alveolar ligando esses dois pontos de referência. Essa linha é chamada de “linha de orientação”. Depois de marcada no modelo de gesso, a linha de orientação é transferida para o conjunto PB+PC, para que possa servir como referência para a montagem dos dentes posteriores inferiores. A ZPS não pode ficar muito para lingual e invadir o espaço da língua. Caso isso aconteça, pode haver retração e mudança de posicionamento da língua, diminuição do espaço para passagem de ar e ocasionando ronco, dificuldades para respirar, falar, deglutir e mastigar. Posteriormente, a ZPS deve ser transferida para o PC superior. (Fazemos uma “rampa”, removendo cera na vestibular do PC inferior, deixando a linha como o “ápice” da rampa. Depois traçamos a linha na superior usando esse “ápice” como referência.) Na superior, a linha transferida servirá de orientação para alinhamento dos sulcos centrais do dentes posteriores superiores. Na inferior, a linha será para orientação das cúspides de trabalho (vestibulares) dos dentes posteriores inferiores. Montagem errada dos PM superiores: - na montagem dos PMS, devemos tentar deixa-los verticalizados, evitando acompanhar a distalização feita no canino. Essa inclinação errada causará desnivelamento das cúspides/cristas dos PMs. A distal dos PMs ficará mais “baixa” e a mesial ficará mais “alta”. Com esse erro, ao montarmos os PM inferiores teremos mais erros. Durante a montagem dos PM inferiores, ao movimenta-los para buscar a oclusão com os superiores, poderemos ter: extrusão dos PM inferiores ou formação do Black Space ou não conseguiremos subir os PM inferiores, pois haverá impacto na crista marginal distal dos PM superiores inclinados. Qual é a importância da Moldagem Funcional no final do processo? - a moldagem funcional, com silicone de condensação ou silicone de adição, permite copiar com mais detalhes os tecidos moles de suporte e as estruturas para-protéticas, buscando copiar com mais fidelidade a justaposição da prótese com o rebordo alveolar, fornecendo melhor retenção, estabilidade e conforto da prótese. O material de moldagem precisa ter fluidez e precisa ter bom escoamento para ficar “fino”, sem fazer com que haja alterações na altura incisal, por exemplo. Durante a moldagem, o material deverá extravasar para garantir que todo o rebordo seja copiado e o dentista deve realizar e simular a movimentação dos músculos e tecidos moles para capturar os movimentos funcionais do paciente. As principais vantagens da moldagem ao final do processo são: tempo de cicatrização de possíveis cirurgias realizadas ao longo do tratamento; tempo de conformação de rebordo fibromucosa após possíveis tratamentos ao longo do processo (candida/hiperplasia); possíveis alterações biologicas do rebordo ao longo de um tratamento longo; possíveis alterações de perda/ganho de massa/peso ao longo do tratamento. Após a moldagem, será necessário obter o modelo de gesso final, pois a placa base não caberá mais no modelo inicial. Caso o material de moldagem tenha sido a pasta leve do silicone de condensação, deveremos vazar o modelo no próprio consultório e enviá-lo ao laboratório. Caso tenha sido silicone de adição, deveremos esperar 1h para vazar ou poderemos envia-lo para o laboratório vazar. Qual é a importância do Selamento Posterior na Moldagem Funcional? - melhorar o vedamento da prótese no palato realizando uma leve compressão do palato mole em sua parte fixa, diminuindo a chance de entrar ar nessa região. Quais testes devemos realizar durante a instalação e entrega das próteses finais? - inspeção digital da protese (superfice interna/assentamento e superficie vestibular) buscando defeitos, excessos de resina, arestas cortantes - teste grosseiro da oclusao: utilizar carbono para encontrar contatos prematuros/deflectivos, alteração da DV planejada, deslocamento de dentes durante a acrilização - avaliar se há dor prontamente verificada causada pela prótese sobre (levar o paciente a RC e ocluir com 2 roletes de algodão) - avaliação estética Quais testes devemos realizar 24/48h após a entrega e tempo de uso? - teste de retenção: machucados/lesões na área chapeável, salivação, vedamento, sobre ou sob extensão da protese, quaisquer outros incomodos - teste de estabilidade: feedback da movimentação da protese durante as funcoes basicas diarias - teste fonético Por que não devemos realizar refinamento da oclusão na consulta de entrega, sendo recomendado ajustar apenas contatos prematuros nítidos? - a mucosa é resiliente e influenciável, sofrendo alterações de formato pela dinâmica do próprio organismo do paciente. Sendo assim, é importante dar tempo para a mucosa se moldar e se acomodar de acordo com a nova prótese. - o refinamento da oclusão é realizado em uma consulta posterior, após algum tempo de uso, momento em que não houve adaptação ou que não houve estabilização ideal ou que o incômodo é excessivo (dor, lesão, hiperplasia, úlcera) Por que é controverso afirmar se pode ou não dormir com as próteses? - positivo de dormir com: cada remoção causa perda da DV; a prótese mantém a posição do côndilo mandibular dentro da cavidade articular; a DV reduzida (sem a prótese) altera a posição da língua, espaço intraoral, entrada e saida de ar, alterando a qualidade do sono; questões sociais (love love) - positivo de dormir sem: recuperação do trauma físico entre protese e mucosa; liberacao da microcirculação e chegada de celulas de defesa; maior contato da saliva com a fibromucosa; higiene oral/prótese nem sempre é ideal, então reduz formação de placas/cálculos - recomendação da retirada: candidíase; má higienização; baixa salivação; distúrbios parafuncionais (bruxismo) A prótese sai do lugar quando o pacienteabre muito a boca, o que pode ser? - fundo de vestíbulo anterior ou volume do lábio esta causando interferência na movimentação do orbicular da boca Dor na tuberosidade/sulco pterigomaxilar, o que pode ser? - provavel escoamento indesejado do material de moldagem durante o vedamento posterior para a região O que é e como se inicia a Síndrome da Combinação/Kelly? - é o conjunto de alterações fisiologicas causadas pela combinacao do arco superior totalmente desdentado com o arco inferior parcialmente desdentado, havendo extremidades livres no espaço protético (Classes I e II de Kennedy). A síndrome de inicia a partir da reabsorção óssea do rebordo residual na região a abaixo da PPR do arco inferior. Quais são as principais alterações da Sindrome da Combinacao? - reabsorção ossea do rebordo abaixo da PPR inf - reposicionamento anterior da mandibula (prognatismo relativo) - reabsorção ossea na porcao anterior da maxila - extrusao dos dentes antero-inferiores da mandibula - aumento/extrusão/projeção da tuberosidade - inversao do plano oclusal (aspecto de sorriso invertido) - hiperplasia fibrosa inflamatoria na regiao de fundo de vestibulo ântero-superior - hiperplasia inflamatoria no palato duro O que pode ser feito em pacientes com sindrome da combinação? - criar ambiente limpo e instrucoes de higiene - recuperar o contato oclusal posterior - alivio da flange vestibular da protese total - remoção do tecido flacido do rebordo pre confecção da nova protese (controverso) - condicionamento tecidual, reembasamento ou regularizacao da protese Como prevenir a síndrome da combinação? - correta relação oclusal entre os dentes posteriores - máxima extensão da base da PPR na extremidade livre - moldagem funcional - ausência de contato dos dentes anteriores em DVO - instalação de implantes ou sepultamento de raízes sob a PPR - visitas regulares ao dentista para reembasamento Qual é o benefício do sepultamento radicular ou instalação de implantes osteointegrados nesses casos? - ambos reduzem a reabsorção do rebordo alveolar dissipando forças e estimulando o equilíbrio de absorção/produção óssea. No caso das raízes, ainda há remanescentes do ligamento periodontal estimulando naturalmente o equilíbrio da remodelação óssea. Por que as overdentures são indicadas, em sua maioria, para edêntulos mandibulares? - por causa do padrão de perda óssea mandibular, que é vertical, havendo mais dificuldades para criar vedamento e retenção com próteses totais inferiores convencionais, e também devido à qualidade óssea mandibular, que é mais densa do que a maxilar. Quais são as condições para uma boa osseointegração de um implante? - quantidade e qualidade ósseas - biocompatibilidade - design apropriado do implante - cirurgia menos traumática O que devemos avaliar a nível ósseo para indicar ou não um paciente para implantodontia? - quantidade óssea: dimensões ósseas nos sentidos latero-lateral, vestíbulo-lingual/palatina e ínfero-superior (altura) - qualidade óssea: nível de densidade óssea e proporção de osso medular e cortical. Quanto mais cortical, mais fixo um implante pode ficar. Quanto mais medular, maior vascularização um implante irá receber. O ideal é um meio termo, qualidades 2 e 3. Qualidade 1: osso compacto homogêneo, osso cortical, osso denso, quase sem osso medular Qualidade 2: osso com camada espessa de osso cortical envolvendo osso trabecular denso; cortical espessa e pouco osso medular Qualidade 3: fina camada cortical envolvimento osso trabecular menos denso; menor espessura da cortical e maior quantidade de osso medular Qualidade 4: muito fina camada de osso cortical envolvendo osso trabecular de baixa densidade; pouco osso cortical e muito osso medular. Mandíbula anterior: Q1 Mandíbula posterior: Q3 Maxila anterior: Q3 Maxila caninos: Q2 Maxila posterior: Q4 Maxila tuberosidade: Q2 Como classificar os tipos de prótese sobre implante de acordo com Misch? - PF1: prótese fixa que repõe apenas a coroa - PF2: prótese fixa que repõe a coroa e parte da raiz - PF3: prótese fixa que repõe a coroa, a gengiva e o rebordo - PR4: prótese removível sobre dentadura suportada totalmente pelo implante (implantossuportada e implantorretida) - PR5: prótese removível sobre dentadura suportada por tecido mole e retida por implante (mucossuportada/muco implantossuportada e implantorretida) Como reduzir traumas cirúrgicos durante implantodontia? - evitar sobreaquecimento: irrigação com soro, brocas afiadas, gradual aumento dos diâmetros das brocas - utilizar guias cirúrgicos - planejamento reverso - guias tomográficos - diametro de perfuracao ligeiramente menor que diâmetro do implante para ter maior estabilidade primaria e melhor osseointegração O que é overdenture e qual a principal diferença para o protocolo de branemark? - overdenture, ou sobredentadura, é um modelo de prótese total removível no qual a retenção é incrementada por implantes osseointegrados ou por raízes naturais. A principal diferença para o protocolo é que a overdenture é removível e o protocolo é fixo, alterando, principalmente, a retenção e a higienização diária realizada pelo paciente. Quais fatores devemos levar em consideração para indicar PT convencional, overdenture ou protocolo? - anatomia óssea - financeiro - comprometimento do paciente - habilidade, motricidade, capacidade motora do paciente Por que a prótese fixa protocolo tem indicação baixa para arco superior? - na maioria dos casos, para proporcionar suporte labial superior, é necessário confeccionar uma prótese com flange vestibular. Como a prótese é fixa e justaposta, o paciente não consegue removê-la para higienização e não há instrumento que permite higienizar “por baixo” da região de flange, não sendo possível garantir higienização ideal. Paciente relata que está sentindo “choques” durante o uso da prótese. O que pode ser? - pressão sobre o nervo mentoniano. Devemos localizar o forame, marcá-lo com lapis copia, assentar a prótese e desgastar onde ficar marcado. Quais posições iniciamos a montagem em pacientes edêntulos? - DVR e RC, pois não possuímos dentes para referência, utilizando apenas referências esqueléticas e musculares. Por que não podemos terminar de montar a protese em DVR no articulador? - porque precisamos respeitar o espaço funcional livre, sendo importante para preservação dos rebordos residuais, evitar tensão e fadiga dos músculos da mastigação, permitir correra articulação das palavras, facilitar a deglutição e respiração Quais sao os planos a serem levados em consideração na montagem dos dentes anteriores? Como posicionar cada um dos dentes anteriores de acordo com os planos? - plano da linha média, plano vestíbulo-lingual e plano oclusal. Na superior, IC e Caninos deverão tocar o plano oclusal, enquanto que o lateral fica ligeiramente para cima, sem encostar na linha do plano. Na inferior, os 3 encostam na linha do plano. Em relação ao plano da linha média, tanto na superior como na inferior os dentes vão sendo mais inclinados para distal, sendo o IC menos inclinado (mais paralelo) e o Canino mais inclinado. Em relacao ao plano vestíbulo-lingual, o terço mais projetado para vestibular é: IC sup: medio IL sup: incisal Canino sup e inf: cervical IC inferior: incisal IL inferior: medio Questões que mandaram no wpp: Decisão se vai ser overdentures ou prótese fixa sobre implante --> A resposta envolvia suporte de lábio na região anterior da maxila e higienização Reparo de prótese (prótese fraturou no meio) Espaço funcional livre (definir o que era) Síndrome da combinação (ele não lembra se foi ajustes imediatos ou como prevenir - era só citar) Caiu sobre aquele desgaste que temos que fazer no plano de cera: cúspide vestibular inferior representada pelo topo da rampa oclui sobre a marcação no plano de cera superior que representa o sulco central superior Possível questão de prova do Ney (ele perguntou no seminário de nutrição em pct edentulo): Indicação de dentes não anatômicos - pacientes com rebordo muito reabsorvido = diminui o risco de uminstabilidade da prótese pq vai sofrer menos influência oclusal, e como não apresenta mto rebordo pra reter e estabilizar a PR qualquer coisinha tira a prótese do lugar
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