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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Curso: Medicina Disciplina/Módulo: Sistema Orgânicos Integrados – TIC´s KARINA LOURANA OLIVEIRA DE QUADROS – 4 º PERÍODO Tipos de aborto PARNAÍBA MAIO/2022 1- Existem vários tipos de aborto, comente sobre o abortamento: ● Completo ● retido ● incompleto ● infectado ● inevitável Encaminhe aqui sua tarefa do tipo texto! Primordialmente, vale lembrar que aborto é definido como uma interrupção da gestação com o feto pesando menos de 500 gramas ou com idade gestacional inferior a 20 ou 22 semanas, no qual esse número de semanas sofre variações de acorodo com cada literatura. O abortamento é caracterizado como processo de eliminação, enquanto o produto é o eliminado. A OMS define aborto inseguro como um procedimento para o término da gestação, realizado por pessoas sem a habilidade necessária ou em um ambiente sem padronização para a realização de procedimentos médicos, ou a conjunção dos dois fatores. Apesar dos avanços científicos capazes de proporcionar um abortamento seguro para a mulher, abortos inseguros continuam a ocorrer, causando aumento dos custos ao sistema de saúde, complicações e mortes maternas. No Brasil, o aborto é considerado crime contra a vida, quando induzido pela própria gestante (autoaborto) ou terceiros, sendo enquadrado nos artigos 124 ao 127 do Código Penal. Já o artigo 128 prevê o abortamento legalizado para gestações resultantes de estupro e para o caso de risco de morte para a mulher. O artigo 2º da lei nº 10.406 do Código Civil Brasileiro estabelece desde a concepção, a proteção jurídica aos direitos do nascituro, e o artigo 7º da lei 8.069 do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que a criança tem direito à vida, mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento saído e harmonioso. Além disso, o aborto é considerado um problema de saúde pública no Brasil, configurando uma importante causa de óbito materno, pois um grande número de mulheres executam o aborto de forma insegura com pessoas que não são profissionais ou até mesmo sozinhas, resultando em hemorragia, choque hipovolemico e morte. Portanto, as evidências têm mostrado que a proibição legal do aborto não impede a realização do mesmo, pelas mulheres que não desejam levar suas gravidezes adiante. Os estudos têm mostrado que essas proibições têm aumentado as taxas de abortamento inseguro. Portanto, define-se como abortamento incompleto a expulsão parcial do concepto ou da placenta, todavia a expulsão total do concepto nomeia-se como abortamento completo. Enquanto o abortamento retido é a morte fetal sem a expulsão do concepto, podendo ter ou não sangramento vaginal. Já o abortamento habitual é a interrupção sucessiva de gestações. Quando ocorre infecção no processo de aborto, este é definido, como infectado, que em muitos casos está associado ao aborto induzido ou provocado sob más condições de higiene. O abortamento é considerado espontâneo, quando se inicia independentemente de qualquer procedimento ou mecanismo externo, e considerado provocado, quando resulta da utilização de qualquer processo abortivo externo, químico ou mecânico. Esse pode ter motivação voluntária ou involuntária da gestante, e ser considerado legal ou ilegal. Parte dos abortos espontâneos constitui-se como resultado de um feto com poucas chances de sobrevivência até o final da gravidez ou que não se encontra em um desenvolvimento saudável. Algumas causas já são conhecidas como anomalias cromossômicas, baixos níveis de progesterona, infecções e doenças bacterianas e virais. Outras causas podem estar associadas a idade da mãe, gestações em mulheres com mais de 40 anos, bem como doenças autoimune, estresse e consumo de cigarro e outras drogas. Ademais, o aborto pode ser natural, acidental, criminoso, legal ou permitido. O abortamento espontâneo, também chamado de aborto natural, é uma situação relativamente frequente. Estima-se que essa intercorrência ocorra entre 10% e 25% de todas as gestações. Normalmente ocorre sem a vontade da mulher, podendo acontecer por uma série de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Os motivos podem variar de esforço físico excessivo a má formação no feto, ou até mesmo grandes níveis de stress. Essa espécie de aborto não é crime. O acidental também não é crime, geralmente o feto não apresenta O acidental também não é crime, geralmente o feto não apresenta características favoráveis à sua sobrevivência ou não está apresentando um desenvolvimento adequado. Isso pode ocorrer devido a causas, como: alterações cromossômicas, alterações uterinas, quedas nos níveis de progesterona, alterações nos hormônios tireoidianos, doenças virais, bacterianas e autoimunes, e também consumo de drogas. Apesar de tantas causas possíveis, na maioria das mulheres, o abortamento permanece sem explicações. O aborto criminoso é aquele vedado pelo ordenamento jurídico. Feito pela própria mulher, com agulhas de tricô, cabides de ferro ou qualquer ferramenta em que ela, num ato de desespero, tentará realizar o aborto. Podem ser consideradas formas perigosas de realizar esse procedimento também quando se tomam remédios abortivos sem orientação médica ou de origem duvidosa e, também, quando ele é realizado em clínicas clandestinas, muitas vezes com profissionais sem preparo e/ou com materiais e medicamentos defeituosos. O aborto legal ou permitido se subdivide em: ● terapêutico ou necessário: utilizado para salvar a vida da gestante ou impedir riscos iminentes à sua saúde em razão de gravidez anormal; ● eugenésico ou eugênico: é o feito para interromper a gravidez em caso de vida extra-uterina inviável; É legalizado também no caso de gravidez resultante de estupro. Tendo também a hipótese do aborto miserável ou conhecido como econômico social, sendo eles praticados por motivos de dificuldades financeiras e prole numerosa. O aborto honoris causa é feito para salvaguardar a honra no caso de uma gravidez adulterina ou outros motivos morais, aniquila o feto, ocultando sua gravidez da sociedade, mantendo sua reputação social. - Referencias: RIBEIRO, Letícia Elen; DOS SANTOS, Maira Esthefany Pereira. Percepção dos acadêmicos de enfermagem sobre o aborto. Anais Eletrônicos de Iniciação Científica, v. 2, n. 1, 2018. CARDOSO, Bruno Baptista; VIEIRA, Fernanda Morena dos Santos Barbeiro; SARACENI, Valeria. Aborto no Brasil: o que dizem os dados oficiais?. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, 2020. DE CARVALHO, Antônia Deiza Rodrigues et al. Abortion: a situational analysis. Rev Enferm UFPI, v. 9, n. 1, 2020. SILVA, Beatriz Nascimento; ALMEIDA, Amanda Cristina De Souza. UMA ANÁLISE DO ABORTO SOB A ÓTICA DA PROTEÇÃO DA GESTANTE.
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