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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA:NUTRIÇÃO E DIETÉTICA NO CICLO DE VIDA I INTERFERÊNCIA DAS DROGASINTERFERÊNCIA DAS DROGAS ILÍCITAS NA GESTAÇÃO EILÍCITAS NA GESTAÇÃO E LACTAÇÃOLACTAÇÃO Introdução -O que são drogas? -Drogas lícitas e ilícitas -Exemplos 1 Efeitos da maconha para mãe e para o bebê2 4 Efeitos do crack/ cocaína para a mãe e para o bebê3 Tópicos Papel do Supervisor e Visitador Também conhecidas como medicamentos, esses componentes podem lesar e matar em quantidades relativamente pequenas. Também podem ser chamados de venenos, já que é característica de todas as drogas serem tóxicas ou venenosas. “Toda substância natural ou sintética, que ao ser introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções” Drogas lícitasDrogas lícitas Drogas ilícitasDrogas ilícitas É considerada ilícita aquelas não permitidas por lei, dessa forma, sua posse, venda ou produção não é permitida no país. Exemplos: maconha, ecstasy, LSD, cocaína, heroína, dentre outros. Porque as drogas geram dependência química?Porque as drogas geram dependência química? As drogas afetam o sistema nervoso, liberando a dopamina, neurotransmissor responsável por provocar a sensação de prazer e motivação. São aquelas comercializadas legalmente, por exemplo, álcool, cigarro e alguns medicamentos que podem ser adquiridos por meio de receita médica (BRASIL, 2021) Uso de drogas ilícitas como maconha, cocaína e crack durante a gestação tornou-se problema de saúde pública. O uso de drogas durante a gestação pode provocar má-formação, prematuridade, baixo peso, diminuição do perímetro cefálico, morte súbita. Incidência de complicações como deslocamento de placenta, isquemias, infarto e morte. (TACON; AMARAL; TACON, 2018) Seus ativos delta-9-hydrocannabiol (THC) têm ação alucinógena e são altamente lipossolúveis, facilitando sua entrada na placenta. O uso abusivo dessa droga pode causar intoxicação, resultando na morte da gestante. (TACON; AMARAL; TACON, 2018) Os efeitos da maconha na gravidez e lactaçãoOs efeitos da maconha na gravidez e lactação A maconha é uma das drogas mais utilizadas no período gestacional. Os efeitos da maconha na gestação Comprometimento no crescimento fetal Maior chance de nascimento prematuro Aumento de chance de natimorto Maior chance de baixo peso ao nascer Os efeitos da maconha para a gestante Inalação da maconha provoca taquicardia Congestão conjuntival Ansiedade Letargia Irritabilidade Alterações no sistema respiratório (BRASIL, 2021); (RIBEIRO et al. 2016) Os efeitos da maconha na gravidez e lactaçãoOs efeitos da maconha na gravidez e lactação Os produtos químicos na maconha (em particular, o tetrahidrocanabinol ou THC) podem ser passados para o bebê através da placenta e do leite materno. Os efeitos da maconha para o feto Prejudica o crescimento Retardo no desenvolvimento do sistema nervoso Distúrbios neurocomportamentais Más-formações congênitas Prejuízos no sistema cardiovascular e no sistema gastrointestinal A maconha pode afetar a qualidade e a quantidade do leite materno. Recomendações sobre o tempo de interrupção da amamentação após o uso de droga de abuso pela nutriz: 24horas + COMUM Dependendo do tipo de uso, a droga chega mais rápido ao cérebro (maior dependência) INJETADA Os efeitos do crack/cocaína na gestaçãoOs efeitos do crack/cocaína na gestação Antes de tudo, é importante evidenciar que o CRACK pode ser consumido das seguintes formas: (BRASIL, 2021); (TACON; AMARAL; TACON, 2018) ASPIRADA FUMADA A cocaína fumada ou injetada Chegam rapidamente no Cérebro Abstinências intensas A cocaína é uma droga estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC). Assim como o álcool, sedativos e hipnóticos, atravessa a barreira hematoencefálica devido seu baixo peso molecular e lipossolubilidade, consegue atravessar a placenta, indo diretamente para a circulação do feto. Maior chance de problemas renais Maior chance de descolamento prematuro da placenta Maior chance de baixo peso ao nascer Maior chance de nascimento prematuro Maior chance de o bebê nascer com perímetro cefálico reduzido ou anormal Os efeitos do crack/cocaína na gestaçãoOs efeitos do crack/cocaína na gestação (BRASIL, 2021); (GASPAR et al., 2020) Efeitos fisiológicos Dependendo do momento em que o feto foi exposto à ação da cocaína, age diretamente no SNC provocando reações semelhantes da mãe, podendo influenciar no desenvolvimento cerebral, anormalidades do lábio, anormalidades renais, gastrosquise e anomalias cardíacas. Causa: exposição de tecido cardíaco à droga, causando sua morte. Os efeitos do crack/cocaína noOs efeitos do crack/cocaína no desenvolvimento do bebêdesenvolvimento do bebê Anormalidades no desenvolvimento , antes e depois do nascimento; Malformações estruturais; Subdesenvolvimento de ambos os lados do coração; Arritmia (batimento cardíaco irregular) CARDIOPATIAS (doenças do coração) 1. 2. 3. Prejudica a capacidade do rim de filtrar o sangue; Prejuízos na produzir urina; Rins afetados ficam cheios de cistos; Quando ambos os rins são afetados, os bebês raramente sobrevivem. DISPLASIA RENAL Desenvolvimento anormal do órgão; (BRASIL, 2021) Os efeitos do crack/cocaína noOs efeitos do crack/cocaína no desenvolvimento do bebêdesenvolvimento do bebê Bebê: cocaína e/ou crack causam constrição dos vasos sanguíneos; Mãe: pode reduzir o fluxo de oxigênio para a placenta; DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA DANOS: Pulmões, coração, cérebro, sistema gastrointestinal e sistema imunológico do bebê; Gestantes que usam cocaína e/ou crack tem três vezes mais chances de dar à luz prematuramente NASCIMENTO PREMATURO (BRASIL, 2021) Interferência das drogas ilícitas na lactaçãoInterferência das drogas ilícitas na lactação As drogas de abuso podem gerar intoxicação no lactente e causar alteração no desenvolvimento neurocomportamental a longo prazo Uma porcentagem destas drogas pode ser excretada no Leite Materno quando a mãe utiliza durante a amamentação. A quantidade de substância a qual o lactente estará exposto depende de fatores ligados a droga envolvida: peso molecular ligação a proteínas plasmáticas pH ionização, entre outros. O potencial de metabolismo pelo lactente é muito menor do que o materno e o efeito na infância pode ser prejudicial. (GASPAR et al., 2020) Interferência das drogas ilícitas na lactaçãoInterferência das drogas ilícitas na lactação (GASPAR et al., 2020) Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2017), as mães usuárias de drogas ilícitas não devem amamentar seus filhos. Aquelas que utilizam drogas ocasionalmente devem suspender a amamentação por um período que varia após o consumo da droga utilizada por ela. Dados epidemiológicosDados epidemiológicos No Brasil, a prevalência do uso desta droga também é alta, assim como para cocaína e crack; A maconha é a droga mais utilizada no mundo e seu uso apresenta-se predominante em determinados países, como por exemplo nos EUA onde a prevalência é de 5,4%, sendo 11-20% o índice do uso por gestantes. Contudo, devido à carência de estudos sobre a consequência do uso de droga durante a gestação, os resultados obtidos com as pesquisas acerca da temática tentem a ser muito específicos e restritos a determinados territórios (MACHADO,2021) Evite estigma e julgamentos; Procurar saber se as gestantes e mães fazem uso de substâncias psicoativas; Informar sobre os efeitos das drogas na gestação e amamentação e as suas consequencias no desenvolvimento do bebê; Caso identifique que a gestante apresenta problemas relacionados ao uso de drogas, demonstre interesse em ajudar e buscar o apoio profissional de que ela precisa; Papel do supervisor (Família, Profissional de saúde) (BRASIL, 2021) Conheça a rede de apoio social e de saúde disponível onde essa gestante ou mãe reside. Tenha uma postura respeitosa e empática, demonstrando que entende o uso de drogas como um problemade saúde; Verifique se as gestantes estão realizando o pré-natal; oriente sobre a importância do pré-natal para a saúde do bebê; ; Informe sobre a importância da vacinação; Papel do supervisorPapel do supervisor (BRASIL, 2021) CAPS - Centro de Atenção Psicossocial , Ambulatório de Saúde Mental , UBS - Unidade Básica de Saúde, Pronto-Socorro Hospital Geral , Hospital Psiquiátrico CREAS, CRAS, Centro POP Grupo de Mútua Ajuda Comunidade Terapêutica (BRASIL, 2021) PARA ONDE ENCAMINHAR?PARA ONDE ENCAMINHAR? Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Centro de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) Centro de Referência Especializados para População em Situação de Rua – Centros POP (BRASIL, 2021) REDE DE ASSISTÊNCIA SOCIALREDE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL BRASIL. Ministério da Cidadania.Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância. Conhecendo os efeitos do uso de drogas na gestação e as consequências para os bebês. Brasília-DF. 2021. Acesso em; <https://www.gov.br/cidadania/pt-br/noticias-e-conteudos/desenvolvimento-social/noticias-desenvolvimento-social/ministerio-da- cidadania-lanca-cartilha-sobre-efeitos-e-consequencias-do-uso-de-drogas-na-gestacao/30042021_cartilha_gestantes.pdf>. GASPAR et al.,Aleitamento materno. Volume 1.Triunfo, PE: Omni Scientia, 2020. 121 p. : il.; PDF MACHADO, Thaisa Orona et al. Uso de drogas ilícitas na gestação: quais os malefícios à integridade do bebê?. Global Academic Nursing Journal, v. 2, n. Spe. 1, p. e102-e102, 2021. ROSA, Pablo Ornelas. Uso abusivo de drogas: da subjetividade à legitimação através do poder psiquiátrico. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua , v. 1, n. 1, p. 27-32, mar. 2010 . Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176- 62232010000100005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 dez. 2022. http://dx.doi.org/10.5123/S2176-62232010000100005. TACON, F. S.de A.; AMARAL, W. N. do; TACON, K. C. B.. Drogas ilícitas e gravidez Influência na morfologia fetal. Femina, 2018. RIBEIRO, H. L. et al. Efeitos do consumo de cannabis na gravidez e no período pós-parto. Debates em Psiquiatria, v. 6, n. 2, p. 16-24, 2016. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RIBEIRO, H. L. et al. Efeitos do consumo de cannabis na gravidez e no período pós-parto. Debates em Psiquiatria, v. 6, n. 2, p. 16-24, 2016.
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