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Alta Idade Media

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Alta Idade Media 
O período de desintegração do 
Império Romano foi marcado pelas 
crises que ocasionaram a queda de 
Roma. Mas antes disso, houve a 
dificuldade administrativa de um 
território, o imperador Teodósio 
restabeleceu uma divisão que já 
havia sido tentada no passado, com 
Constantino. A ideia era criar dois 
impérios, a capital em Roma no 
ocidente e Constantinopla, 
conhecido como Império Bizantino. 
 Constantinopla vivia de riquezas, ao 
contrário de Roma, que vivia em 
crise econômica, fome, miséria e 
crimes. Muitos romanos 
abandonaram a cidade e foram viver 
no campo, iniciando um processo de 
êxodo rural. 
A escravidão greco-romana foi 
substituída pela servidão. Pela 
insegurança de guerras e pelos 
saques foi impedido a circulação 
segura de moedas e mercadorias. 
Pela falta de segurança, senhores 
decidiram reforçar a proteção dos 
castelos, ampliando o isolamento. 
O estado de guerra na Europa era 
devido a queda do Império Romano 
do Ocidente, por conta disso muitos 
povos passaram a disputar 
territórios, sobretudo no norte da 
Europa. Alguns anexaram ao império 
como povos federados, como os 
francos, visigodos e os búlgaros. 
Portanto, muitos não consideravam 
a cultura romana e mal sabiam quem 
era o imperador. 
O início da idade média foi marcado 
por uma fase caótica e insegura, e o 
multiculturalismo predominava a 
região. 
Apesar da queda de Roma, a Igreja 
Católica continuava a crescer, 
difundindo o cristianismo pelo 
mundo, crescendo o poder do clero. 
Esse apoio foi fundamental, 
inclusive, para a luta dos francos 
contra a expansão árabe em 732 
d.C. 
Apesar do apoio, os reis foram 
perdendo seus poderes, passando a 
ser conhecidos como “reis 
indolentes”, deixando o poder para 
uma espécie de “primeiro ministro”, 
responsável pela administração do 
reino. Dentre eles, é possível 
destacar Carlos Martel e seu filho, 
Pepino, o Breve, que em um golpe 
apoiado pelo Papa depôs a dinastia 
dos merovíngios construindo a 
dinastia carolíngia. A igreja recebeu 
uma vasta doação de terras, 
formando o que é hoje o Vaticano. 
O Império Carolíngio se expandiu 
bastante, chegando a dominar a 
Europa com os francos. O rei Carlos 
Magno chegou a receber o título do 
papa, no ano de 800 d.C., de 
imperador do novo Império Romano 
do Ocidente, sendo responsável pela 
defesa e difusão do cristianismo na 
luta contra o paganismo e contra 
invasões árabes. Carlos Magno 
também foi responsável pela 
realização do movimento 
renascimento carolíngio, que 
incentivou a cultura, criando escolas, 
prevenção de obras clássicas e 
estudo de grandes pensadores. 
Com a morte de Carlos Magno, o 
império ruir, mesmo com o esforço 
do filho. Luiz, dividiu as terras que 
formaram o embrião da nobreza 
medieval, decentralizando o poder. 
Isso acabou reduzindo a importância 
do rei, após a morte do rei, o império 
foi dividido entre seus três filhos, 
deixando mais fragmentado, 
fortalecendo nobrezas locais e 
consolidando o sistema conhecido 
como feudalismo. 
Feudalismo 
Foi um sistema de relações sociais e 
produção de riquezas que se 
concretizou na Europa durante a 
Idade Média. Com a inexistência de 
um rei e a ausência da circulação de 
moeda, a terra se tornou o bem mais 
valioso e passou a ser utilizada como 
ferramenta de troca de serviços, 
favores ou fidelidade. 
Desse modo, o feudalismo foi 
responsável pela definição de como 
as pessoas viviam, trabalhavam ou 
se relacionavam, além da 
manutenção da sociedade, em que o 
topo se encontrava o clero, os 
nobres e donos de terra, também 
chamados e senhores feudais e a 
última camada e também a maioria 
os que produziam e trabalhavam no 
campo. Apesar de a base dessa 
camada ser composta por servos, 
pessoas ligadas a terra por servidão, 
também existiam os vilões, 
conhecidos por seus trabalhos ou 
pequenos proprietários livres, ainda 
assim subordinados pelos nobres. 
A economia feudal ocorria de forma 
descentralizada, dentro dos feudos, 
que se baseavam em atividades 
agrícolas, realizadas pelos servos, 
que produziam os produtos 
necessários para a sobrevivência de 
seus habitantes, tendo pouca troca 
entre os feudos, gerando o 
desaquecimento do comércio e 
atividades urbanas. 
A sociedade era caracterizada por 
uma estrutura estamental, eram 
divididos entre os que guerreavam 
(nobreza), os que rezavam (clero) e 
os que trabalham (servos). A 
mobilidade social, ou seja, a troca 
não existia, pois, a posição era 
denominada pelo nascimento. 
Somente os servos não possuíam 
privilégios, sendo condenados ao 
pagamento de tributos e serviços 
para poderem viver no feudo. Dentre 
os chamados impostos feudais, 
cobrados aos servos pode-se citar: 
Talha: pagamento com parte da 
produção no manso servil. 
Corveia: de dois a quatro dias da 
semana os servos eram obrigados a 
trabalharem no manso senhoral. 
Banalidade: para utilizar 
equipamentos do senhor deveriam 
pagar taxas. 
Tostão de Pedro: destinava parte 
da produção para a igreja. 
Mão morta: tributo pago pela família 
ao senhor para continuar morando 
na terra caso o patriarca morresse. 
Formariage: tributo pago quando 
um servo ou parente de algum nobre 
se casava. 
Por parte da nobreza e dos senhores 
feudais, a principal obrigação era 
manter a segurança do feudo e a 
estabilidade de terras. Para isso, era 
realizado alianças com outros feudos 
e contratos de suserania e 
vassalagem. Um nobre doava um 
pedaço de terra para outro nobre de 
menor influência. Dessa forma, o 
que doava era o que protegia, o 
suserano, e o que recebia a terra se 
tornava o vassalo, um cavaleiro do 
senhor, jurando lealdade, apoio em 
guerras, protegendo o feudo, 
cobrando impostos e realizando 
serviços ao suserano. 
Esse contrato era conhecido como 
homenagem, dividido em juramento 
e investidura. O juramento o vassalo 
anunciava lealdade, pela investidura 
o senhor doava as terras ao vassalo, 
ato realizado com testemunhas, com 
o tempo reis passaram a ter cada 
vez mais vassalos. 
Igreja Medieval 
As características essenciais de 
diversas culturas e, no caso 
europeu, desde o fim do Império 
Romano, o cristianismo se tornava a 
influência religiosa da região. No 
império Carolíngio essa influência 
aumentou, adentrando também nas 
questões políticas dos reinos, 
passou a influenciar decisões, 
controlar a vida das pessoas e se 
tornou grande proprietária de terras. 
Logo, a igreja tinha um vasto poder 
sobre calendários, datas, decisões, 
horas de trabalho e até dias de 
batalhas. 
 
Nos mosteiros e abadias, monges 
preservavam textos antigos, 
traduziam livros, organizavam 
bibliotecas e escolas. Muitos 
abandonaram a “vida secular” para 
se dedicarem ao cristianismo, 
ficando conhecidos por clero regular. 
O clero secular manteve-se ligado às 
riquezas da igreja católica e 
administração de terras, muitos 
acumularem riquezas recebidas de 
fiéis que buscavam o perdão de seus 
pecados. Com o número de fieis 
aumentando, as riquezas se 
tornaram ainda maior. O apego aos 
materiais acabou gerando críticas e 
denúncias por parte de fieis que não 
concordavam com as atitudes. 
Dinastia 
Merovíngia 
O primeiro rei foi Clovis, conseguiu 
promover a unificação dos francos, 
ampliou terras e converteu-se ao 
cristianismo. Após sua morte, seu 
reino foi dividido entre os quatro 
filhos, enfraquecendo-o 
politicamente. Após houve uma nova 
reunificação em 629, mas houve 
novas lutas internas. 
Dinastia 
Carolíngia 
Pepino, o Breve, teve o 
reconhecimento pelo papa. Dividiu o 
reino entre Carlos Magno e 
Carlomano, que morreu tempo 
depois deixando Carlos Magno como 
soberano do reino franco. 
Império Carolíngio 
A igreja católica se aliou a Carlos 
Magno, com o desejo de proteção de 
um soberano e cristão, que 
possibilitasse a expansão do 
cristianismo.Durante o governo de 
Carlos Magno, houve grande doação 
de terras aos nobres, que tornavam 
vassalo do rei, formando uma 
sociedade feudal. 
Renascença 
Carolíngia 
Carlos Magno promoveu o 
desenvolvimento cultural do império 
franco. Abriu escolas e mosteiros, 
estimulou tradução e cópia de 
manuscritos antigos. 
A divisão e a 
Decadência do 
Império 
Ao morrer em 814 Carlos Magno 
deixou o império para seu filho Luiz, 
o Piedoso. Em seu reinado o império 
de manteu unido, mas após sua 
morte começou a ser disputado por 
seus herdeiros. Houve 
descentralização e fragmentação do 
poder, além da crise que se alastrou. 
Exercícios 
1)Igreja, em torno de 1030, 
proclamou que, segundo o plano 
divino, os homens dividiam-se em 
três categorias: os que rezam, os 
que combatem, os que trabalham, e 
que a concórdia reside na troca de 
auxílios entre eles. Os trabalhadores 
mantêm, com sua atividade, os 
guerreiros, que os defendem, e os 
homens da Igreja, que os conduzem 
à salvação. Assim a igreja defendia, 
de madeira lúdica, o sistema político 
baseado na senhoria. 
Segundo essa definição do universo 
social, feita pela igreja cristã da 
Idade Média, a sociedade medieval 
era considerada 
a) Injusta e imperfeita, na medida em 
que as atividades dos servos os 
protegiam dos riscos a que estavam 
submetidos os demais grupos 
sociais. 
b) Perfeita, porque era sustentada 
pelas atividades econômicas da 
agricultura, do comércio e da 
indústria. 
c) Sagrada, contendo três grupos 
sociais que deveriam contribuir para 
o congraçamento dos homens. 
d) Dinâmica e mutável, na medida 
em que estava dividida entre três 
estamentos sociais distintos e rivais. 
e) Guerreira, cabendo à igreja e aos 
trabalhadores rurais a participação 
direta nas lutas e empreitadas 
militares dos cavaleiros. 
 
2)Os homens da Idade Média 
estavam persuadidos de que a terra 
era o centro do universo e que Deus 
tinha criado apenas um homem e 
uma mulher, Adão e Eva, e seus 
descendentes. Não imaginavam que 
existissem outros espações 
habitados. O que viam no céu, o 
movimento regular da maioria dos 
astros, era a imagem do que havia 
de mais próximo no plano divino de 
organização. 
O texto revela, em relação a idade 
Média ocidental: 
a) O prevalecimento de uma 
mentalidade fortemente religiosa, 
indicativa da força e da influência do 
cristianismo. 
b) A consciência da própria gênese e 
origem, resultante das pesquisas 
históricas e científicas realizadas na 
Grécia Antiga. 
c) O esforço de compreensão 
racionalista dos fenômenos naturais, 
base do pensamento humanista. 
d) A construção de um pensamento 
mítico, provavelmente originário dos 
contatos com povos nativos da Ásia 
e do Norte da África. 
e)A presença de esforços constantes 
de predição do futuro, 
provavelmente oriundos das crenças 
dos primeiros habitantes do 
continente. 
 
3)Quando ninguém duvida da 
existência de um outro mundo, a 
morte é uma passagem que deve ser 
celebrada entre parentes e vizinhos. 
O homem da Idade Média tem a 
convicção de não desaparecer 
completamente, esperando a 
ressureição. Pois nada se detém e 
tudo continua na eternidade. A perda 
contemporânea do sentimento 
religioso faz da morte uma provação 
aterrorizante, um trampolim para 
trevas e o desconhecido. 
Ao comparar as maneiras com que 
as sociedades têm lidado com a 
morte, o texto considera que houve 
um processo de: 
a) Mercantilização das crenças 
religiosas. 
b) Transformação das 
representações sociais. 
c) Disseminação do ateísmo nos 
países de maioria cristã. 
d) Diminuição da distância entre 
saber científico e eclesiástico. 
e) Amadurecimento da consciência 
ligada à civilização moderna. 
 
4)Analisando as condições de 
trabalho da Europa Medieval, o 
historiador Marc Bloch afirmou: O 
servo, em resumo, dependia tão 
estreitamente de um outro ser 
humano que, fosse ele para onde 
fosse, este laço seguia e se imprimia 
à sua descendência. Essas pessoas, 
para com o senhor, não estavam 
obrigadas apenas às múltiplas 
rendas ou prestações de serviços. 
Deviam-lhe também auxílio e 
obediência, e contavam com a sua 
proteção. 
De acordo com o texto, é correto 
afirmar que a servidão na Europa 
medieval 
a) Baseava-se na cobrança de taxas 
e no trabalho em troca de proteção e 
moradia. 
b) Organizava a proteção 
monocultora de exportação que 
predominava no período. 
c) Proporcionava ampla mobilidade 
social para os servos e seus 
descendentes. 
d) Garantia aos servos a 
participação nas decisões políticas 
dentro dos feudos. 
E) Impedia a circulação dos 
trabalhadores nas lavouras dos 
territórios senhoriais. 
Gabarito 
1)C 
Essa divisão defendida pelos 
religiosos, com base na fé favorecia 
as classes que batalhavam e 
oravam, enquanto os servos eram 
obrigados a trabalhar. 
2)A 
Durante a Idade Média, as 
explicações dos fenômenos naturais 
estavam intimamente ligadas ao 
desejo e a vontade de Deus, o que 
mostra o domínio da igreja. 
3)B 
As mudanças sociais, culturais e 
econômicas realizadas entre o ano 
1000 e o ano 2000 provocam 
alterações também na forma como o 
ser humano se relaciona com o 
mundo físico espiritual, ou seja, 
houve uma mudança nas 
representações sociais do que serial 
entendido como vida, morte e 
eternidade. 
4)A 
Os servos, presos a terra, deviam 
uma série de obrigações ao senhor 
cobradas na forma de impostos, 
como a corveia e a talha, em troca, 
lhe era concedido moradia e 
proteção por parte do dono da terra.

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