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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS GRANDES ESTRUTURAS DOCENTE: MSc. LUCAS CARVALHO Engenheiro Civil Mestre em Cidades Inteligentes e Sustentáveis Especialista em Engenharia de Estruturas Especialista em Formação de Docentes para o Ensino Superior INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES EMENTA DA DISCIPLINA Materiais Utilizados em Pontes Histórico da utilização de Pontes Classificação das Pontes Elementos estruturais utilizados em Pontes Dimensionamento de Cargas Permanentes Esforços Cortantes e Momento Fletor Linhas de Influência Dimensionamento de Trem-Tipo Concreto Protendido – teoria e dimensionamento Manifestação Patológica em Pontes Grandes Estruturas (estruturas de aeroportos; usina hidrelétrica; metrô; obras portuárias etc.) INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES EMENTA DO CURSO Avaliações – Atividades Semanais - Artigo Teórico – Desenvolvimento de Protótipo - Seminários Avaliação – 4,0 Pontos PI e Seminário Grandes Estruturas – 2 Pontos Seminário Artigo – 1,5 Ponto Atividades semanais – 1,5 Pontos Trabalho em Sala – 1,0 Ponto Qual a diferença entre ponte e viaduto? INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Qual é a diferença entre ponte e viaduto? INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Ponte x Viaduto (PFEIL, 1979) Pode-se definir Ponte como uma estrutura capaz de transpor um acidente natural como um rio ou um vale, ou mesmo quando não se trata de acidentes naturais, veja-se o caso das rodovias, é condição obrigatória e indispensável não bloquear o caminho sob ela (CARRIERI, 2007). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES https://www.executivosincero.com.br/pib-global-e-concentrado-em-20-megalopoles-como-sp-rj/ Quando a ponte tem por objetivo a transposição de vales, outras vias ou obstáculos em geral não constituídos por água é, comumente, denominada viaduto. Se a barreira é constituída por lagos, mar ou quaisquer obstáculos constituído por cursos d’água, a estrutura é denominada ponte. Denominações de Viadutos Viaduto de acesso: viaduto que serve para dar acesso a uma ponte A diferença entre os cálculos é que para a água se considera a movimentação do fluído. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Denominações de Viadutos Viaduto de meia encosta: Viaduto empregado em encostas com o objetivo de minimizar a movimentação de solo em encostas íngremes, ou como alternativa ao emprego de muro de arrimo ou similar. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Denominações de Pontes Existe um tipo de construção que em determinadas situações pode ser enquadrado na categoria de pontes, que são as galerias (ou bueiros). Pode ser vista uma situação em que a galeria apresenta as características das pontes (a) e uma outra situação em que as características fogem muito daquelas apresentadas pelas pontes (b). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Pontes - Aspectos Históricos INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Antiguidade As pontes primitivas muito provavelmente devem ter sido construídas em pedra natural ou em madeira, visto que um simples tronco de árvore deitado e apoiado nas margens de um pequeno córrego constitui, sem dúvida, uma estrutura de ponte (CARRIERI, 2007). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Fonte: https://pt.depositphotos.com/5335537/stock-photo-shoes-on-bank-and-tree.html Arco de pedra com 80 metros de vão. Utah, EUA Aspectos Históricos Antiguidade Conhecida pela imensidão dos campos do Pampa, pelas pastagens de gado e pelas lavouras, a região de “Campanha” do RS é capaz de surpreender visitantes com paisagens incomuns e pouco conhecidas. Uma delas é a Ponte de Pedra do Tigre, uma formação rochosa esculpida a milhões de anos pela natureza. O curioso complexo de rochas parece ter sido construído por um engenheiro, tamanha a semelhança com uma ponte. Mas segundo geólogos, ele é resultado dos efeitos da erosão sobre as rochas areníticas, que acabaram formando um dos mais belos cartões-postais da cidade. https://www.youtube.com/watch?v=djUQGMd33Og INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Antiguidade “Na parte superior, a rocha é muito sólida. Mas na parte de baixo ela é muito friável, está se esfarelando. Pela precariedade dessa formação rochosa e pelos riscos de uma queda, não é muito aconselhável cruzar de um lado para o outro” A ponte com formação natural de rochas de arenito ficava em Alegrete , no RS, e desabou em 14/05/2021. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Antiguidade Além das primeiras pontes construídas pelo homem serem extremamente simples, existem formações naturais. Como o arco de pedra que cruza o rio Ardeche na França, o que dificulta ainda mais a determinação da primeira ponte feita pelo homem (figura do meio) (CARRIERI, 2007). As culturas mais antigas já usavam diversos princípios estruturais. A forma mais simples de uma ponte, uma viga apoiada em dois pontos extremos, possivelmente foi o antecessor de qualquer outro tipo de ponte (LUCKO, 1999). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Fonte: http://jp-lugaresfantasticos.blogspot.com/2013/05/pont-darc-franca.html Aspectos Históricos Antiguidade O homem aperfeiçoou os incidentes naturais e passou a criar outras pontes feitas com associação dos materiais (pedras, cipós, cordas e pedaços de madeira) para que estas não fossem derrubadas facilmente. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Fonte: https://pt.depositphotos.com/5335537/stock-photo-shoes-on-bank-and-tree.html Ponte de corda de videira Evolução técnica e histórica na construção de Pontes INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Antiguidade Os Romanos contribuíram de muitas formas para a Engenharia. Desde a criação de estradas e edificações até a obras como pontes e viadutos (CARRIERI, 2007). Os Romanos inventaram o concreto ciclópico, material composto por pedaços de tijolo fragmentado e cacos de mármore assentados com argamassa, cal e pozzolana associado ao uso deformas possibilitando o uso do concreto nas fundações sob a água como no caso da Ponte Sant’Angelo [114 – 138 d.C.] no Rio Tiber em Roma. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES A utilização do arco em concreto embora com vãos limitados, constituem uma avanço notável no processo de construção de pontes e aquedutos. Fonte: https://goo.gl/FgRf4u Aspectos Históricos Antiguidade – Aqueduto Romano Aquedutos são galerias subterrâneas ou expostas à superfície que servem para conduzir água. Quase todas as civilizações da antiguidade construíram seus aquedutos, mas foi com os romanos que houve um grande desenvolvimento dos aquedutos (maior deles possuía 90 Km de extensão). Os condutores eram feitos de tijolos e revestidos internamente por cimento. A água chegava nas proximidades das cidades e era despejada em reservatórios e conduzida por tubos de chumbo ou bronze para as residências INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Para o funcionamento da estrutura, a água era sempre proveniente de locais mais elevados, o que impulsionava a distribuição pelo sistema. Canal da Engenharia: https://www.youtube.com/watch?v=IblCNw36A_s Aspectos Históricos – Arcos da Lapa Os Arcos da Lapa (Aqueduto da Carioca) foram construídos no século XVIII (1725-1744). O objetivo da obra era transportar a água da nascente do Rio Carioca até o Largo da Carioca. Sua primeira estrutura foi feita com canos de ferro, mas logo foi trocada porque o material não resistia às condições e sofria corrosões. Pedra e cal foram as matérias-primas mais usadas para reerguer o Aqueduto. Misturadas ao óleo de baleia, produziam uma liga de concreto extremamente resistente. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Esse composto era a principal base da construção civil da época, bastante utilizado por todo o país em obras de fortes, igrejas e outras edificações robustas. Aspectos Históricos Foram os Romanos que usaram os arcos pela primeira vez, para a construção de pontes e aquedutos, e até hoje ainda podemos ver estas construções. Existem algumas pontes que permanecematé os dias de hoje com sua estrutura original. Outras não resistiram ao tempo e foram reconstruídas. Um exemplo é a ponte de Scaligero Verona, cartão postal na Itália. Construída no ano 106 pelos Romanos, a Ponte de Alcântara tem 194m de comprimento, 8m de largura e 71m de altura. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Ponte romana de Alcantara Ponte de Scaligero A estrutura mais antiga construída pelo homem e que chegou aos nossos dias foi a ponte de pedra, feita em arco, no Rio Meles, na região de Esmirna, na Turquia, construída século IX a.C. A ponte Ponte di Pietra (figura), em Verona, Itália, cruza o Rio Ádige e foi concluída em 100 a.C. Destruída pelas tropas alemãs durante a segunda guerra, a ponte foi reconstruída em 1957 com os materiais originais. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES No século XVIII, período em que a engenharia civil foi reconhecida como uma profissão, várias pontes cobertas foram construídas, e os irmãos Grubenmann na Suíça estiveram na liderança deste desenvolvimento. A mais notável das suas pontes foi a ponte de Schaffhausen, construída sobre do Rio Reno em 1758 (SILVESTRE, 2017). Desde a Idade Média até o século XVIII, o conhecimento científico desenvolveu-se e influenciou o projeto e a construção de pontes de madeira. Palladio projetou várias pontes de madeira com arco e treliças (SILVESTRE, 2017). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Idade Média (CARRIERI, 2007) Iniciada em 1177 e finalizada em 1187, a ponte d’Avignon se tornou uma das mais importantes pontes medievais. Infelizmente, devido aos bombardeios que aconteceram nas duas grandes guerras mundiais e ao gelo no rio, boa parte da estrutura não continua em pé. Pode-se dizer que a Ponted’Avignon foi a primeira a superar o nível de engenharia dos Romanos. A ponte cruzava o rio por meio de 20 imponentes arcos elípticos cada um com 30 metros. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Fonte: http://uk.france.fr/en/discover/pont-avignon Aspectos Históricos na Renascença Fonte (1): https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/01/ponte-idealizada-por-da-vinci-e-construida-500-anos-depois.html/ Fonte (2): Fonte: https://engenharia360.com/ponte-projetada-por-leonardo-da-vinci/ Leonardo da Vinci fez um esboço de ponte para a cidade de Constantinopla (hoje Istambul, na atual Turquia), que na época foi rejeitada pelo Bayezit II, líder do antigo Império Turco-Otomano por ser muito engenhosa (1). A ideia era de que a ponte de sustentaria como as pontes de alvenaria clássicas dos romanos: sem argamassa para manter as pedras juntas (2). Pesquisadores do MIT reproduziram a ponte por meio de uma impressora 3D, em que cada bloco demorou 6 horas para ser feito (2). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos na Renascença Fonte (1): https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/01/ponte-idealizada-por-da-vinci-e-construida-500-anos-depois.html/ Fonte (2): https://www.hypeness.com.br/1/2014/01/GoldenHorn_daVinci1.jpg Em 1995, ao visitar uma exposição de Leonardo da Vinci, o arquiteto norueguês Vebjørn Sand teve a ideia de aproveitar o projeto A diferença em relação ao projeto original é que, ao invés de ser construída em pedra, a ponte foi edificada com madeira e aço. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Renascença (CARRIERI, 2007) Na França, “por volta dos séculos XVII e XVIII, o assunto construção de pontes na Europa que era empírico tornou-se científico. Em 1716 foi criado o Corpo dos Engenheiros de Pontes e Estradas. Com o sucesso da criação deste grupo foi criada a primeira escola de engenharia do mundo, a Escola de Pontes e Estradas criada em 1747 dirigida pelo engenheiro Jean-Rodolphe Perronet. Como exemplo de pontes construídas neste período podem ser citadas a Ponte Neuf (1558 – 1607) e a Ponte de Rialto de 1588 – 1591. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos - Revolução Industrial No final do século XVII e início do século XIX, com a criação da máquina a vapor e posteriormente da locomotiva a vapor, houve intensivo impulsionamento nos continentes, o que culminou na necessidade transpor barreias cada vez mais árduas, como vales, rios e sucessivamente continentes (LUCKO, 1999). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES O tempo de execução de obra foi reduzido e diversas técnicas construtivas foram criadas, bem como a possibilidade de vencer vãos cada vez maiores (CARRIERI, 2007). A Iron bridge foi a primeira ponte exclusivamente de ferro no mundo, existente até os dias de hoje (CARRIERI, 2007). Fonte: CARRIERI (2007) Aspectos Históricos - Revolução Industrial (CARRIERI, 2007) Construir ferrovias significava transpor rios vales e desfiladeiros, e para isso obviamente se tornou imperativo a construção das pontes de todos os tipos em prazos recordes, desoprimindo o uso de pedras e madeiras. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Viaduto Gabarit - 1985 (4 anos mais tarde, Eiffel construiria a torre Eiffel) Maria Pia Bridge de 1877 (primeira ponte projetada por A. G. Eiffel) Aspectos Históricos - Revolução Industrial (CARRIERI, 2007) A ponte de Firth of Forth foi primeira ponte construída inteiramente em aço no mundo e uma das maiores existentes, é uma ponte ferroviária escocesa com vão de 518 metros. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Fonte: http://stlouispatina.com/wp-content/uploads/2013/05/England-Scotland-0661.jpg Aspectos Históricos - Revolução Industrial (CARRIERI, 2007) Um conceito importante sobre pontes passou a ser utilizado, as pontes que possibilitam liberar o tráfego nas vias fluviais rotacionando, girando ou elevando sua seção transversal ou longitudinal. As pontes com estrado móvel podem ser corrediças, levadiças basculantes ou giratórias. Um exemplo de ponte cujo tabuleiro pode ser erguido é a Tower, construída entre 1886 e 1894. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Notaram algo em comum com as pontes construídas antes dos anos 1900? INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Notaram algo em comum com as pontes construídas antes dos anos 1900? INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Na antiguidade as pontes necessitavam de um vão maior para vencer os obstáculos. Como era possível criar um arco em pedra ou tijolo com a ausência de tecnologia que temos hoje? INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Aspectos Históricos Antiguidade Os romanos tinham o conhecimento de uma técnica muito apurada para a construção de pontes de pedra, utilizando pontes em arco de pedra dos tipos “Vassouir” e “Corbelled” (LUCKO, 1999). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Fonte: LUCKO (1999) Aspectos Históricos – Pontes em Concreto INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES (LEONHARDT, 1979) Aspectos Históricos – Pontes em Concreto Em 1824 Joseph Aspdin (pedreiro) inventou o Cimento Portland, e pouco tempo depois, em 1867, o Engenheiro Joseph Monier patenteou um vaso de flores que misturava o concreto com uma malha de aço. Joseph Monier foi o responsável pela primeira ponte de concreto armado do mundo, em 1875, no Castelo de Chazelet na França (LUCKO, 1999). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Maior ponte do mundo – (Atualizado) No século XX ocorreram grandes avanços tecnológicos nos projetos de estruturas de madeira, laminação e tratamentos de conservação. No entanto, o aço e o concreto (betão) armado tornaram-se como principais materiais na execução de pontes (SILVESTRE, 2017). INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES https://www.accessengineeringblog.com/danyang-kunshan-grand-bridge-2010/ https://www.maioresemelhores.com/as-15-maiores-pontes-do-mundo/ Grande parte das maiores pontes do mundo estão localizadas na china. Danyang-Kunshan: Nesta ponte passam trens-balas com velocidade média de 350 km/h País: China Extensão: 164,8 km Inauguração: 2011 224 pontes no total Maiorponte do Brasil - Ponte Rio–Niterói A Ponte Presidente Costa e Silva, mais popularmente conhecida como Ponte Rio–Niterói, é a maior ponte brasileira. Com 13.290 metros de extensão. A ponte atravessa a baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, e liga a cidade do Rio de Janeiro a Niterói. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES https://www.viagensecaminhos.com/2019/05/as-10-maiores-pontes-do-brasil.html Seu pilar mais alto tem 72 metros e sua estrutura foi construída com blocos de concreto maciço, tubos metálicos e pilares. Foi inaugurada em março de 1974, após mais de 5 anos de construção. Ponte com maior vão do mundo - Akashi Kaikyo A Akashi-Kaikyo conquistou três recordes na época: o de vão mais extenso, o de ponte mais alta e o de ponte mais cara. Durante os dez anos de construção, nunca houve um acidente fatal na Akashi-Kaikyo. O comprimento total de fios de aço usados nos cabos na ponte é de 300 000 km, quantidade suficiente para dar 7,5 voltas ao redor da Terra. Cerca de mil barcos passam por baixo da ponte por dia. Foi feita com concreto autoadensável. Há uma ponte na Turquia que irá superar este vão, mas ainda está em construção. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES https://www.atex.com.br/blog/cases/grandes-vaos-engenharia/#:~:text=O%20recorde%20de%20maior%20vão,gigante%20vão%20de%202.023%20metros. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS Modal de Transporte As pontes devem ser classificadas quanto ao seu sistema de transporte principal, podendo ser rodoviárias, ferroviárias, aeroviárias, marítimas ou para pedestres (passarelas). Também têm a finalidade de servirem de suporte para tubulações (água, esgoto, óleo ou gás) havendo a possibilidade de se assumir dois ou mais sistemas de transporte simultaneamente. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES Ponte ferroviária e rodoviária (pontes sobre o rio Paraná) METODOLOGIAS CONTRUTIVAS CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES Ponte em forma de canal navegável (Magdeburg - Alemanha) A ponte com água localizada na Alemanha é o maior aqueduto navegável do mundo. Foi inaugurado em Outubro de 2003 e possui um comprimento total de 918 metros. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES Ponte em forma de canal navegável (Holanda) A obra do Arqueduto Veluwemeer está localizado na Holanda e possui 25 metros de comprimento e 3 metros de profundidade, o que permite a passagem de pequenos barcos. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES Passarelas Este tipo de estrutura é destinado a passagem de pedestres. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES Viaduto aeroviário (Alemanha) Os esforços se diferenciam em relação ao carregamento de rodovias. “Nos casos de inexistência de Normas Brasileiras ou quando estas forem omissas, será permitida a utilização de normas estrangeiras, mediante autorização, por escrito, do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER. Em particular, para obras de concreto armado, convencional ou protendido, recomenda-se o CEB-FIP Model Code 1990 e, para pontes metálicas, Normas Americanas ou a DIN-1045, alemã”. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTES EM LAJE São utilizadas em vãos pequenos ou médios com uma velocidade de execução considerável. É constituída apenas de uma laje, pilares de apoio e eventualmente reforço dos aterros de acesso. Fonte: https://www.lajeshertel.com.br/obras/pontes---laje-painel-trelicado#prettyPhoto[pp_gal]/3/ METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTES EM VIGA São constituídas de uma estrutura horizontal rígida apoiada sobre colunas, que podem ser simplesmente biapoiadas, com balanços ou com sucessão de vãos. Fonte: https://www.dywidag.com.br/projetos/2013-info-21/ponte-de-laguna-brasil-balanco-sucessivo-com-elementos-pre-moldados-protendidos-utilizando-barras-dywidag/ METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTES EM VIGA A seção transversal pode ser constante ou variável, seu eixo longitudinal consegue assumir uma forma retilínea ou curvilínea, as vigas podem apresentar uma curvatura côncava ou convexa. Fonte: https://www.transportabrasil.com.br/2017/06/tarifa-de-pedagio-da-ponte-rio-niteroi-teve-reajuste/ METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTES EM VIGA TRELIÇADA São estruturas constituídas de vigas de alma vazada retas, são leves e possibilitam atingir alturas maiores em relação as Pontes em Viga (constituídas de vigas de alma cheia), o que reduz as deformações. Fonte: https://www.ferias.tur.br/fotogr/87119/pontefrancisosafotofabiupin/pedreiras/ METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTES EM PÓRTICO São estruturas em que a Superestrutura está ligada diretamente a Mesoestrutura, não havendo a necessidade do uso de aparelhos de apoio (neopreme) que são submetidos a manutenções periódicas, demandando menos manutenção em sua vida útil. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_de_São_João METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTE ESTAIADA São estruturas que o tabuleiro é suspenso por cabos inclinados ancorados (estais) que são fixados às torres de sustentação. Possibilitam a transposição de grandes vãos, esbeltez da seção transversal e apelo estético. Fonte: https://mobilidadesampa.com.br/2016/05/ponte-estaiada-sera-interditada-para-evento/ METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTE EM ARCO Devido a sua forma, é muito vantajoso o uso de materiais maciços, como o concreto e a pedra, já que são estruturas em que o peso próprio ajuda a suportar as cargas solicitantes. É recomendável sua utilização para transposição de vales que possuem relevo íngremes e rochosos com tabuleiro superior e em terrenos planos utilizando arcos com o tabuleiro inferior (Figura 2.34) Fonte: http://visiteuniao.com.br/city-tour/city-tour-uniao-da-vitoria-ponte-manoel-ribas-ponte-do-arco/ METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTE PENSIL Ponte pênsil ou suspensa é constituída de cabos dispostos parabolicamente e o seu tabuleiro é sustentado por pendurais verticais atirantados nas torres de sustentação. Um cuidado que se deve ter com essas estruturas é a suscetibilidade aos esforços oriundos do vento que podem causar desconforto ao tráfego sobre a ponte. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS PONTE PENSIL RUPTURA DA PONTE TACOMA Além da ressonância, a variação na tensão dos cabos que mantinham a estrutura foi responsável pelo fenômeno. A força do vento fez com que as tensões nos diversos cabos de aço fossem diferentes em um mesmo instante. Assim, a força da gravidade foi a única a atuar no momento em que o cabo estava afrouxado, o que proporcionou o movimento ondulatório, que cessou no momento em que a ponte não suportou as oscilações. Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ponte-tacoma-narrows.htm A única vítima fatal da tragédia foi um cachorro deixado dentro de um carro abandonado no centro da ponte. No momento do colapso, o carro caiu no rio juntamente à estrutura que compunha a ponte. Nova ponte Tacoma Narrows, Washington – EUA. As colunas da direita, feitas de concreto, são da ponte que caiu em 1940 Vídeo ponte Tacoma: https://www.youtube.com/watch?v=zqpzIDedSiY METODOLOGIAS CONTRUTIVAS COMPRIMENTOS DE VÃO PARA VÁROS TIPOS DE SUPERESTRUTURAS Fonte: O’CONNOR (1975, apud NUNES 2017) METODOLOGIAS CONTRUTIVAS CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS Superestrutura: é constituída das barreiras de proteção, pistas de rolamento, lajes e vigas. É o elemento responsável pela transferência das cargas móveis (q) e de seu peso próprio (g) para a Mesoestrutura. Mesoestrutura: é constituída dos aparelhos de apoio e dos pilares. É o elemento responsável por receber as cargas provenientes da superestrutura através dos aparelhos de apoio e transferir as cargas para a Infraestrutura Infraestrutura: ou Fundação é constituída pelas alas, estacas, sapatas, tubulões e blocos de coroamento. É o elemento que responsável por receber as cargas da Mesoestrutura e transmiti-las ao solo. METODOLOGIAS CONTRUTIVAS COMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS DAS PONTES O aparelho de apoio (neopreme) é o elemento colocadoentre a infraestrutura e a superestrutura. É responsável por receber todas as cargas da superestrutura e transferir para os pilares. É submetido a solicitações dinâmicas (cargas cíclicas), portanto está sujeito ao efeito de fadiga. Esse equipamento ajuda a ponte a se movimentar de forma natural. A cada 5 anos deve-se fazer a troca desse elemento. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES MARCHETI (2008) Requisitos gerais para pontes INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Requisitos gerais para pontes INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Requisitos gerais para pontes INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Requisitos gerais para pontes INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES Nas pontes, como em qualquer tipo de construção, deve-se procurar minimizar o custo, que é a soma dos custos da infraestrutura, dos aparelhos de apoio e da superestrutura. Diversos fatores influem no custo de uma ponte, alguns de ordem técnica e outros não, sendo portanto difícil estabelecer regras gerais para considerá-los. Para uma ponte de determinado comprimento, um dos fatores mais importantes que influem no custo são os vãos. Quanto maior é o vão, maior é o custo da superestrutura e menor a soma dos custos da infraestrutura e dos aparelhos de apoio, e vice-versa, quanto menor é o vão, menor é o custo da superestrutura e maior a soma dos custos da infraestrutura e dos aparelhos de apoio, conforme mostra o diagrama a seguir, para uma situação genérica (TAKEYA; EL DEBS, 2007). Requisitos gerais para pontes INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES 4) Economia Numa primeira aproximação, o vão indicado é aquele em que o custo da superestrutura resulta aproximadamente igual ao custo da infraestrutura (TAKEYA; EL DEBS, 2007). Requisitos gerais para pontes INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES A respeito das obras dos arquitetos, Artigas, o Pai da Arquitetura Moderna Paulista, disse uma vez (CARRIERI, 2007): “Tenho a impressão de que a maior coragem que um artista pode ter é ser arquiteto! Uma obra de arquitetura fica lá, milhares de anos, aquela porcaria colocada lá, todo mundo passa pela frente e olha, e não dá para esconder dentro de um Museu, não é para por em uma sala, ela é a própria sala, é uma barbaridade!!!...” INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PONTES NORMAS BRASILEIRAS ABNT NBR 9452:2016 – Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto – Procedimento; ABNT NBR 12655/2015 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento; ABNT NBR 6118/2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento; ABNT NBR 7188/2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas; ABNT NBR DNIT / 2009 – ES – Pontes e viadutos rodoviários. Rio de Janeiro, IPR. ABNT NBR 7480/2007 – Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especificação; •BNT NBR 7187/2003 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido – Procedimento; ABNT NBR 8681/2003 – Ações e segurança nas estruturas; ABNT NBR 6123/1988 – Forças devido ao vento em edificações – Procedimento (versão corrigida 2:2013); ABNT NBR 10839/1989 – Execução de obras de arte especiais em concreto armado e protendido – Procedimento. BIBLIOGRAFIA Qual a diferença entre ponte e viaduto? Explique com suas palavras por qual motivo as pontes em arco predominavam na antiguidade. 3) Identifique os tipos de pontes conforme a sua nomenclatura 4) Qual a diferença entre a superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura em uma ponte? 5) Para que servem os aparelhos de apoio de uma ponte? ATIVIDADE AVALIATIVA PFEIL, W. Pontes em concreto armado. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora, 1979. LEONHARDT, F. Construções de concreto, vol. 6: Princípios básicos da construção de pontes de concreto. Rio de Janeiro, Editora Interciencia, 1979. LUCKO, Gunnar. Means and Methods Analysis of a Cast-In-Place Balanced CantileverSegmental Bridge: The Wilson Creek Bridge Case Study. 1999. 292 p. Dissertação(Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Virginia Polytechnic Institute And State University,Virginia, 1999. Disponível em: <http://theses.lib.vt.edu/theses/available/etd-120199-224950/>. Acesso em: 13 abr. 2017. MARCHETTI, Osvaldemar. Pontes de Concreto Armado. São Paulo: Blucher, 2008. CARRIERI, Renato. Estruturas: a resistência pela forma, à luz da produção contemporânea. Tese (Doutorado), São Paulo: Universidade de São Paulo, 2007. SILVESTRE, A. R. J. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE ESTRUTURAS DEMADEIRA EXISTENTES: CASO DE ESTUDO - PONTE DE ACESSO À PRAIA DA QUINTA DO LAGO. Dissertação. Universidade do Algaverde, 2017. EL DEBS, M. K. TOSHIAKI, T. Introdução as pontes de concreto. Texto de apoio a disciplina de engenharia civil. Escola de engenharia de São Carlos, USP. BIBLIOGRAFIA
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