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OBJETIVO 
Este material de estudo tem como objetivo 
auxiliar todos aqueles que utilizam a voz, seja, 
servindo dentro de um ministério de louvor, 
ministério independente, aqueles que utilizam a 
voz profissionalmente ou professores que atuam 
na área de voz cantada. 
Esperamos que cada aluno(a), dedique-se na 
leitura e nas tarefas propostas para que possa 
tirar o maior proveito. Além disso, esperamos 
também que este material desperte em cada 
um o desejo de ampliar seus conhecimentos 
através de livros, palestras, cursos, seminários, 
etc. Todo crescimento sempre será útil. 
 
Agradecemos a confiança, que Deus abençoe 
grandemente cada um de vocês! 
 
 
 
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Este kit ONLINE de 
TÉCNICA VOCAL 
contém: 
 
 1 Apostila em PDF de Técnica Vocal 
 1 Vídeo de Apresentação 
 2 Vídeos Informativos 
 14 Vídeo Aulas (assuntos abaixo) 
 1 Vídeo de estudo Excelência no Louvor 
 55 Áudios em MP3 Masculino (em vídeo) 
 55 Áudios em MP3 Feminino (em vídeo) 
 
 
 
 
 
 
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VÍDEO APRESENTAÇÃO 
 
 
 Assuntos e exercícios que serão abordados neste kit de aulas 
online. 
 
 
VÍDEO INFORMATIVO 1 - Saúde Vocal 
 
 
 Saúde Vocal, o que é necessário para mantermos o bom 
funcionamento da voz. 
 
 Hábitos e alimentação saudável, mitos e verdades sobre o 
cuidado das pregas vocais. 
 
 
VÍDEO INFORMATIVO 2 - A Produção do Som 
 
 
 Como Nasce a Voz, neste vídeo entenderemos o processo de 
fonação para emissão do som. 
 
 
VÍDEO AULA 1 - Aquecimento Vocal 
 
 
 Tem como objetivo principal preservar a saúde do aparelho 
fonador, além de aumentar a temperatura muscular e o fluxo 
sangüíneo, favorecer a vibração adequada das pregas vocais, 
melhorar a produção vocal, dentre outros benefícios. 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
VÍDEO AULA 2 - Desaquecimento Vocal 
 
 
 Visa o relaxamento da musculatura intrínseca da laringe 
retornando a voz chamada “Flow Phonation”. 
 
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ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
VÍDEO AULA 3 - Alongamento Corporal 
 
 
 Exercício físico que relaxa a musculatura deixando-a mais flexível. 
 
 
VÍDEO AULA 4 - Respiração Diafragmática 
Apoio do Diafragma 
 
 
 (Combustível para a fonação) é chamada assim porque expande 
o diafragma e leva o ar rico em oxigênio até o abdômen. É 
através dessa técnica que se consegue aumentar 
significantemente a capacidade volumétrica dos pulmões em 
mais do dobro. 
 
 Nada mais é do que permanecer em uma nota longa, sustentá-la 
soltando o ar devagar. Quando não fazemos isso, desafinamos 
sem perceber. Ao longo das aulas vamos praticar esta técnica. 
 
 
 
VÍDEO AULA 5 - Afinação 
 
 
 Na música, embora muitas vezes confundido com calibragem, a 
afinação corresponde ao processo de produzir um som 
equivalente a outro (embora provavelmente de timbre diferente), 
por comparação. É, assim, classificado qualitativamente como 
bom ou mau (boa afinação/má afinação). 
 
 A comparação pode ser entre uníssonos ou com intervalos vários. 
Próxima à afinação entre uníssonos está a utilização de um 
intervalo de oitava (por ser a mesma nota, embora numa escala 
diferente). 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Música
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calibragem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Som
https://pt.wikipedia.org/wiki/Timbre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uníssono
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intervalo_(música)
 
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VÍDEO AULA 6 - Dicção 
 
 
 A dicção é o modo em que uma pessoa articula e pronuncia as 
palavras de uma língua. Denota a pronúncia clara e na correta 
entonação de um texto no seu meio linguístico. 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
VÍDEO AULA 7 - Ressonância Vocal 
 
 
 A ressonância vocal que é o fenômeno de ampliação e 
modificação do som que emitimos. Todo o trato vocal funcionará 
como filtro do som que é produzido na laringe, nossa fonte 
sonora. 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
VÍDEO AULA 8 - Vocalizes 
 
 
 É um exercício vocal que consiste em cantar sobre uma ou mais 
vogais, várias linhas melódicas com notas especificamente 
arranjadas como prática didática. Também é a parte vocal sem 
palavras da música polifônica do Século XIII e XIV, quando a 
música não possuía texto. Podem ser realizados em várias escalas 
sendo elas maiores ou menores com auxílio do piano. 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
VÍDEO AULA 9 - Percepção Musical 
 
 
 Escalas Maiores, menores, pentatônicas maiores e menores. 
 Fade In, Fade Out vocal 
 Dinâmica Vocal 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronúncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idioma
 
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VÍDEO AULA 10 - Impostação Vocal 
 
 
 Impostar a voz nada mais é do que projetá-la. Fazer a voz chegar 
até onde eu preciso, sem forçar a laringe e respirando da forma 
correta. Para atingir notas agudas é necessária a utilização desta 
técnica. 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
VÍDEO AULA 11 - Registro Vocal 
 
 
 Um registro vocal é uma série especial de sons, produzidos no 
mesmo padrão vibratório das pregas vocais e que possuem a 
mesma qualidade. Esses registros são originários da laringe e 
ocorrem porque as pregas vocais são capazes de produzir vários 
padrões vibratórios diferentes. 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
VÍDEO AULA 12 - Registro Modal 
 
 
 A voz modal (chest voice) é o tipo de registro vocal mais comum 
ao falar ou cantar, na linguística, é o tipo de fonação mais 
comum dos fonemas sonoros, embora em algumas línguas, como 
no caso da língua inglesa, as pregas vocais podem não ser tão 
vibrantes como numa fonação modal ao pronunciar obstruíntes 
fonêmicamente 
 Vocal Fry ou Registro basal 
 Registro Modal- Denso, médio e Tênue 
 Voz mista 
 Registro de falsete 
 Registros especiais- Flauta e assovio (Whistle) 
 
ACOMPANHA ÁUDIO EM MP3 COM EXERCÍCIOS. 
 
 
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VÍDEO AULA 13 - Timbre Vocal 
 
 
 O timbre da voz humana é a identidade vocal de cada ser 
humano, sendo única em cada indivíduo e depende das várias 
cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. Aí 
se incluem as cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a 
garganta, a traqueia e os pulmões, bem como a própria laringe. 
 
 
VÍDEO AULA 14 - Classificação Vocal 
 
 
 A classificação do naipe vocal é feita a partir de tabelas 
classificatórias cientificas de tessitura e extensão. Nestas tabelas, é 
possível observar a confortabilidade vocal nos diferentes registros, 
bem como as quebras nas passagens dos registros e estabilidade 
vocal nos diferentes tons. 
 
 
VÍDEO DE ESTUDO - Excelência no Louvor 
 
 
 Estudos sobre louvor e adoração e sua importância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Timbre
 
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SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ____________________________________________________________ 11 
VÍDEO INFORMATIVO 1 - Saúde Vocal ______________________________________ 12 
Movimento das Pregas Vocais ___________________________________________ 15 
Quais as consequências que os abusos vocais podem me causar? _________ 15 
Qual o primeiro passo a ser tomado para cuidar da minha voz? ___________ 16 
VÍDEO INFORMATIVO 2 - A Produção do Som______________________________ 17 
O que é FONAÇÃO? ______________________________________________________ 17 
O que é LARINGE? _______________________________________________________ 18 
O que é TRATO VOCAL? _________________________________________________ 18 
O que são PREGAS VOCAIS? ______________________________________________ 19 
O que é LARINGOSCOPIA? _________________________________________________ 20 
Como se realiza a laringoscopia? _______________________________________ 21 
Quem não deve se submeter à laringoscopia? ___________________________ 23 
E após a laringoscopia? __________________________________________________ 23 
Músculos Intrínsecos da laringe __________________________________________ 24 
VÍDEO AULA 1 - Aquecimento Vocal ______________________________________ 27 
Exercícios de Aquecimento 1 _____________________________________________ 27 
Exercícios de Aquecimento 2 ______________________________________________ 28 
Exercícios de Aquecimento 3 ______________________________________________ 29 
Exercício do Espaguete ___________________________________________________ 30 
Exercícios Vocais Isométricos, Isotônicos, Isocinéticos _______________________ 31 
VÍDEO AULA 2 - Desaquecimento Vocal ___________________________________ 34 
Exercícios Desaquecimento ______________________________________________ 34 
VÍDEO AULA 3 - Alongamento Corporal __________________________________ 35 
Exercícios de Alongamento _____________________________________________ 36 
 
 10 
VÍDEO AULA 4 - Respiração Diafragmática _______________________________ 37 
Apoio Diafragmático 
Exercícios para controle da Respiração __________________________________ 38 
VÍDEO AULA 5 - Afinação ________________________________________________ 39 
O que significa a música estar no meu tom? ______________________________ 40 
VÍDEO AULA 6 - Dicção _________________________________________________ 42 
Exercícios de Dicção ____________________________________________________ 42 
O que são ARTICULADORES? _____________________________________________ 43 
VÍDEO AULA 7 - Ressonância Vocal ______________________________________ 45 
VÍDEO AULA 8 - Vocalizes _______________________________________________ 48 
VÍDEO AULA 9 - Percepção Musical ______________________________________ 49 
VÍDEO AULA 10 - Impostação da Voz ____________________________________ 51 
VÍDEO AULA 11 e 12 - Registro Vocal e Registro Modal _____________________ 52 
VÍDEO AULA 13 - Timbre Vocal ___________________________________________ 55 
VÍDEO AULA 14 - Classificação Vocal ____________________________________ 56 
VÍDEO DE ESTUDO - Excelência no Louvor ________________________________ 59 
CONCLUSÃO ____________________________________________________________ 63 
Técnicas que compõem o Módulo 2 _____________________________________ 64 
Técnicas que compõem o Módulo 3 _____________________________________ 65 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ___________________________________________ 67 
PLANO DE ESTUDO _______________________________________________________ 68 
 
 
 
 
 
 
 11 
INTRODUÇÃO 
 
A comunicação por meio da palavra é a característica mais expressiva 
da espécie humana e está intimamamente ligada as funções cognitivas e até 
hoje se discute qual é a ponta inicial deste novelo que elas formam. Esta 
apostila tem como objetivo auxiliar todas as pessoas que utilizam a voz 
profissionalmente, ministros de louvor, professores, jornalistas, pastores 
locutores, advogados, atores, vendedores, operadores de telemarketing, 
telefonistas, enfim, todos aqueles que se interessam em utilizar as técnicas 
apresentadas aqui em prol da melhoria da sua qualidade vocal. Informo que 
esta apostila não dispensa as aulas de técnica vocal ou sessões de 
fonoterapia, ao contrário, é o primeiro passo para que você se conscientize do 
quão importante é a presença de um profissional para acompanhar seu 
progresso. 
Fabio Vaz 
Vocal Coach e Produtor Vocal 
www.dvoxcompany.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.dvoxcompany.com/
 
 12 
VÍDEO INFORMATIVO 1 - Saúde Vocal 
Iremos apresentar hábitos e alimentações saudáveis ou não para uma 
boa higiene vocal. Prestem bastante atenção e vamos, desde já, procurar 
cuidar bastante do nosso instrumento de trabalho que é precioso e único, 
nosso Aparelho Vocal. 
Permitido Evitar  Proibido
Beba bastante água em temperatura natural! (no mínimo de 7 a 8 
copos por dia não mais que isso para evitar sobrecarga renal) Um corpo 
permanentemente hidratado significa pregas vocais hidratadas e com melhor 
flexibilidade em boa condição de vibração. Se a mucosa das pregas vocais 
estiver ressecada, a probalidade de desenvolver alterações orgânicas 
secundárias (nódulos, edemas e hiperemias) passa a ser muito maior, devido 
ao atrito de uma prega contra a outra. Um meio excelente de checar o nível 
de hidratação do corpo é através da urina. Quanto mais hidratamos o corpo, 
mais clara será a coloração da nossa urina. 
 Coma maçã! A maçã possui propriedades adstringentes que auxiliam 
na limpeza da boca e da faringe, favorecendo uma voz com melhor 
ressonância. 
 Beba suco de frutas! Naturais, não açucarados e um suco que você 
saiba que não tenha distúrbios gástricos. (Principalmente de frutas cítricas). 
Refrigerantes em excesso prejudicam a livre movimentação do diafragma 
devido ao gás. 
 Evite usar roupas apertadas, principalmente nas regiões do abdômen, 
cintura, peito e pescoço, pois isso poderá dificultar a respiração. 
 
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 Não use pastilhas, sprays, anestésicos sem orientação médica, pois para 
cada caso existe uma medicação específica, portanto não se automedique 
nunca! 
 Evite alimentos gordurosos e "pesados" antes das apresentações, pois 
dificultam a digestão.
 Dê preferência aos alimentos leves e de fácil digestão (verduras, frutas, 
peixe, frango).
 Durma bem! Procure dormir, no mínimo, 8 horas por dia. 
 Não durma de estômago cheio, pois pode provocar refluxo 
gastresofágico que é altamente prejudicial às pregas vocais.
 Não cante se estiver doente! Quando cantamos envolvemos todo o 
nosso corpo e gastamos muita energia, então se recupere antes de voltar a 
cantar. 
 Evite ficar exposto por muitas horas em ambiente que utiliza ar-
condicionado, pois provoca o ressecamento das mucosas do trato vocal 
respiratório. Em casos onde isso não for possível, procure estar sempre 
lubrificando as pregas vocais com água ou suco sem gelo. 
 Evite ambiente com mofo, poeira ou cheiros muito fortes, 
principalmente se você for alérgico. 
 
 14 
 Evite a competição sonora, ou seja, falar ou cantar em lugares 
muito barulhentos.
 Evite choques bruscos de temperatura
 Evite bebidas geladas se você tiver sensibilidade ao gelado. 
 Evite cochichar, pois, ao contrário do que pensamos, no ato de 
cochichar submetemos nossas pregas vocais a um grande esforço 
provocando um desgaste muitas vezes maior do que se conversarmos 
normalmente.
 É proibido gritar, pigarrear, falar durante muito tempo sem 
lubrificar as pregas vocais, fumar, ingerir bebidas alcoólicas antes de 
cantar para "melhorar" a voz.
Hidratação direta por inalação de vapor em temperatura 
ambiente, por cinco minutos, utilizando soro fisiológico, propicia 
umidificação direta do trato vocal e pregas vocais, facilitando sua 
vibração e reduzindo o atrito entre elas. 
IMPORTANTE! 
Se você utiliza sua voz profissionalmente, é indispensável à consulta com 
um médico especialista para que ele possa fazer uma avaliação do seu 
aparelho vocal. Não se esqueça de que o nosso "instrumento detrabalho" é 
único e merece toda a nossa dedicação e atenção. Nossas pregas vocais são 
a nossa identidade, é nosso registro pessoal, portanto não se esforce para 
cantar músicas em tons que não lhes são confortáveis, pois assim você estará 
 
 15 
prejudicando-as. 
 Mel possui propriedades antibióticas, mas não é bom antes de cantar, 
pois forma uma película sobre os tecidos da mucosa deixando a saliva grossa. 
Gengibre possui propriedades anti-inflamatórias - Chá não muito forte ao sentir 
dores-tomar e relaxar. 
 
 Movimento das Pregas Vocais 
As pregas vocais fazem o movimento abre-fecha, ou seja, quando 
estamos em silêncio elas estão abertas (momento da respiração) e quando 
falamos ou cantamos se fecham (momento da fonação) infelizmente elas não 
fazem somente estes movimentos, mas também se chocam (Golpe de glote) 
quando são submetidas a abusos vocais como: gritos, pigarreio e tosses 
excessivos, utilizar tons graves ou agudos demais, praticar esportes falando, 
competição sonora, etc... Estes choques podem prejudicar demasiadamente 
as pregas vocais. 
 
Quais as consequências que os abusos vocais podem me causar? 
Estes abusos podem provocar alterações como: 
 Calos vocais 
 Nódulos 
 Pólipos 
 Edemas 
 Fendas 
 
 16 
Dentre outras alterações ocasionadas pelas constantes formas de abuso 
vocal. 
 
Qual o primeiro passo a ser tomado para cuidar da minha voz? 
A primeira providência a ser tomada é a consulta a um especialista, o 
OTORRINOLARINGOLOGISTA, que é o médico que poderá detectar se há ou 
não alguma alteração no seu aparelho fonador. A partir do diagnóstico feito 
pelo Otorrinolaringologista, se necessário o médico indicará o tratamento para 
a correção de tais alterações com outro especialista, o FONAUDIÓLOGO, que 
fará a correção destes problemas através de exercícios. 
Estes cuidados servem para todos ou apenas para os cantores? 
"As normas de cuidados com a voz devem ser seguidas por todos, 
particularmente por aqueles que utilizam mais a voz ou que apresentam 
tendências a alterações vocais. Esses são chamados de Profissionais da Voz, 
ou seja, professores, pastores, atores, cantores, locutores, apresentadores, 
advogados, telefonistas, telemarketing, vendedores, palestrantes, dentre 
outros. Entretanto muito destes profissionais às vezes por falta de tempo para 
se dedicar ao cuidado de sua voz, podem estar cultivando um distúrbio vocal 
decorrente do abuso ou mau uso da voz". 
 
 
 
 
 
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VÍDEO INFORMATIVO 2 - A Produção do Som 
 
A produção da fala envolve três processos básicos. São eles: 
 
1. Produção do sinal laríngeo pela vibração das pregas vocais. 
 
2. A ressonância vocal que é o fenômeno de ampliação e 
modificação do som que emitimos. Todo o trato vocal funcionará 
como filtro do som que é produzido na laringe, nossa fonte sonora. 
 
3. Articulação do som gerado que ocorre no trato vocal supra-
glótico. 
 
 
 
O que é FONAÇÃO? 
 
A fonação é o ato físico de produção do som por meio da interação das 
pregas vocais com a corrente de ar exalada. Os puffs de ar são liberados em 
frequência audível (Fonte Glótica) ressoando nas cavidades supra-glóticas do 
trato vocal (Filtro) 
 
1. Cavidades: Oral, Nasal e seios paranasais. 
 
2. Regiões: Parte Nasal da faringe (Nasofaringe, rinofaringe ou cavum) 
parte oral da faringe (orofaringe) e parte laríngea da faringe 
(laringofaringe ou hipofaringe). 
 
 
 
 
 18 
O que é LARINGE? 
 
É um órgão extremamente complexo, responsável por diversas e 
importantes atividades fisiológicas. A laringe é constituída pelas cartilagens 
ímpares: cricóidea, tireóidea e epiglote. 
Pares: Aritenóideas, corniculadas, cuneiformes, e o osso hióde (ímpar). 
As funções básicas da laringe (proteção, respiração e fonação) são o 
resultado de diversos reflexos inter-relacionados que ocorrem no tronco 
encefálico. A vibração das pregas vocais (Fonte glótica) é responsável pela 
conversão da energia aerodinâmica em energia acústica. Ela depende de 
um componente mioelástico e outro aerodinâmico para ocorrer. Sob controle 
neuromuscular, as pregas vocais são aduzidas em linha média, assumindo 
postura fonatória. A atividade neuromuscular é fundamental no controle da 
massa, tensão e elasticidade das pregas vocais que constituem o 
componente mioelástico. A partir daí o fenômeno vibratório ocorre 
basicamente por forças aerodinâmicas relacionadas com fluxo aéreo 
expiratório. 
 
 
O que é o TRATO VOCAL? 
 
Trato Vocal é o espaço compreendido entre as pregas vocais e as 
cavidades de ressonância (Boca e Nariz) Tubo por onde o som produzido 
pelas pregas vocais passa, sendo modificado e amplificado em direção as 
cavidades bucal e oral. O aparelho fonador é constituído pelo aparelho 
respiratório, pela laringe (a fonte de vibração) e o trato vocal (Filtro) o sistema 
ressonador composto pela faringe, boca e nariz. O fluxo aéreo respiratório, ao 
passar pelos ciclos de abertura e fechamento das pregas vocais, constituirá 
uma vibração que irá ressonar pelo trato vocal. 
 
 
 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O que são PREGAS VOCAIS? 
 
As pregas vocais são músculos de tecido fibroelásticas que se 
distendem ou se relaxam pela ação dos músculos da laringe, com isso 
modulando e modificando o som que produzimos enquanto falamos ou 
cantamos. A espessura e o comprimento é que vão determinar se a voz é 
aguda ou grave. Os homens têm as pregas vocais maiores do que as 
mulheres. De 1,5 cm nas mulheres e entre 2 e 2,5 cm nos homens. Estão 
alojadas atrás do gogó em posição horizontal em relação ao solo. As 
verdadeiras são as branquinhas, e podem ser vistas no exame chamado 
“Vídeo laringoscopia”. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Músculo
 
 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O que é LARINGOSCOPIA? 
 
Laringoscopia é o exame da porção mais alta das vias aéreas (nariz, 
laringe e faringe) por meio de um aparelho endoscópico chamado 
laringoscópio. Há dois tipos de aparelhos para laringoscopia: um aparelho 
rígido, que normalmente é introduzido pela boca, e um aparelho que consiste 
de um fino tubo flexível de fibras óticas, que é introduzido através do nariz 
(nasolaringoscopia), ambos portando em sua extremidade uma mini câmera 
que permite ao médico visualizar, por via direta ou através de um monitor de 
 
 21 
vídeo, o interior das vias aéreas superiores e gravar as imagens. No caso de 
visualização em vídeo, o exame recebe o nome de videolaringoscopia ou 
videonasolaringoscopia. 
 
 
Como se realiza a laringoscopia? 
 
O exame simples de laringoscopia não exige qualquer preparo prévio e 
permite ao paciente retornar às suas atividades logo após o procedimento. A 
laringoscopia pode ser feita em pacientes de qualquer idade, mas a 
laringoscopia feita pela boca geralmente precisa contar com alguma 
colaboração do paciente, o que só é possível a partir dos 12 ou 13 anos de 
idade. Em crianças menores o endoscópio flexível é mais aconselhável. 
O exame de laringoscopia geralmente é feito em ambulatório e dura 
de 5 a 10 minutos. Normalmente, o paciente está assentado e apenas pede-se 
a ele que ponha língua para fora. A laringe e a faringe devem receber 
previamente uma anestesia tópica, geralmente sob a forma de spray, após o 
que o laringoscópio é introduzido pela boca ou por via nasal, conforme o 
caso, e direcionado às regiõesque se deseja examinar. O exame não causa 
maiores incômodos que os decorrentes da introdução do aparelho, mas 
alguns pacientes podem reagir com espirros, tosse, náuseas e vômitos. Outros 
podem ter uma maior reação ao exame necessitando, a critério médico, 
receber uma sedação venosa, que os mantenha mais calmos e adormecidos, 
caso em que devem estar deitados em uma cama ou maca. 
O endoscópio permite que seja feita uma biópsia de tecido, para 
posterior exame em laboratório, nos casos em que ela for indicada. Quando 
isso ocorre, o procedimento é feito no bloco cirúrgico de um hospital. 
Quem deve se submeter à laringoscopia? 
A laringoscopia é uma importante ajuda no diagnóstico de lesões 
orgânicas ou funcionais da cavidade oral, orofaringe, hipofaringe, laringe e, 
 
 22 
em especial, das pregas vocais. Assim, deve se submeter ao exame quem 
apresente: 
 
 
Rouquidão ou disfonia por um longo período de tempo 
 
 
Tosse crônica ou com sangue 
 
 
Dificuldade ou dor para engolir 
 
 
Refluxo gastroesofágico 
 
 
Aftas frequentes 
 
 
Sensação de globus faríngeo 
(sensação comum e desconfortável de um caroço na garganta) 
 
 
Pacientes com antecedentes familiares de câncer de cabeça e 
pescoço 
 
 
Tabagistas crônicos, etc. 
 
 
http://www.abc.med.br/p/23375/refluxo+ou+doenca+do+refluxo+gastroesofagico+drge.htm
http://www.abc.med.br/p/294165/aftas+o+que+fazer+com+elas.htm
 
 23 
Além disso, a laringoscopia pode permitir que, sejam realizados alguns 
tipos de intervenções terapêuticas, tais como retiradas de pólipos e nódulos, 
cauterização de lesões vasculares, dilatações de estreitamentos, retiradas de 
corpos estranhos, etc. e permite o controle da evolução de algumas 
patologias e cirurgias. 
 
 
Quem não deve se submeter à laringoscopia? 
 
A laringoscopia é um exame que quase não tem contraindicações. 
Cabe ao médico avaliar cada caso específico, mas os pacientes que 
merecem maior atenção são aqueles portadores de cardiopatias graves, 
doenças pulmonares crônicas, com distúrbios neurológicos ou que sejam 
alérgicos aos medicamentos usados no exame, se for o caso. 
 
 
E após a laringoscopia? 
 
Quando se trata do exame simples, o paciente pode ser liberado em 
seguida, para retomar sua rotina diária. Quando recebe sedação, ele deve 
aguardar pelo menos por trinta minutos para que o efeito da medicação se 
desfaça. Nesses casos, deve contar com um acompanhante, uma vez que 
não deve dirigir ou realizar tarefas complexas nas doze horas que se seguem à 
sedação. Também há possibilidade, embora rara, da medicação da sedação 
causar agitação, amnésia prolongada ou sonolência excessiva. Nas horas que 
se seguem ao exame o paciente deve evitar tossir, espirrar ou assoar o nariz. 
Pode ocorrer uma rouquidão após o exame, rapidamente passageira. 
Falsas pregas vocais são as partes superiores, chamadas “pregas 
ventriculares”. Quando estamos em silêncio elas se encontram abertas 
(Abdução) e quando falamos, elas se fecham e vibram (Adução). 
 
 24 
As bandas ventriculares são formadas por um tecido conjuntivo de grandes 
células e fibras musculares, recobertas por uma mucosa ciliada exceto a 
borda livre onde há o epitélio pavimentoso. As fibras musculares provém do 
músculo tireoaritenóideo (TA) e são chamadas músculos ventriculares.” 
(Perelló, 1980). As pregas ventriculares são de cor vermelha e ao laringoscópio 
são plenamente distinguíveis dos ligamentos brancos. Curiosamente é na 
região das bandas ventriculares que são encontrados os quistos de laringe, 
apesar de raros. Quase todos são quistos de retenção nas falsas pregas vocais 
e desenvolvem processos secundários ou degenerativos no sistema ductal do 
sistema das glândulas da mucosa. Podem se apresentar no fundo da prega 
vocal falsa e não provocam dor. A remoção destes não ocasiona alteração 
na voz, apesar de haver muitos encaminhamentos para a Fonoterapia. 
 
 
Músculos Intrínsecos da laringe 
 
São eles quem controlam a frequência e a intensidade da voz, por 
promoverem tensão das pregas vocais, modificações da massa vibrante e 
variações na pressão aérea subglótica. A Adução sustentada das pregas 
vocais, promovida pela atividade intrínseca da laringe é necessária para se 
construir a pressão subglótica, imprescindível a produção da voz. 
 
Existem dois movimentos das pregas vocais: 
 
 
 
 
 
Em geral, para a passagem do ar, as pregas vocais estão em Abdução, 
ou seja, abertas, afastadas da linha média. Para que haja produção da voz, é 
ADUÇÃO ABDUÇÃO 
 
 25 
preciso que as pregas vocais estejam em Adução, ou seja, fechadas, na linha 
média. 
Os músculos intrínsecos atuam predominantemente no ajuste da fonte 
glótica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
Dividem-se em: 
 
ABDUTORES 
CAP-Cricoaritenóideos posteriores (Compartimento horizontal e vertical, 
Músculos pares) 
Função: Atuam durante a respiração promovendo a abertura das pregas 
vocais. Quando em atividade, causam além da abdução, a elevação, o 
alongamento e o adelgaçamento das pregas. 
 
 
 
ADUTORES 
AA- Aritenóideos (Transverso-ímpar-oblíquos-músculos pares) 
CAL- Cricoaritnóideos laterais (Músculos pares) 
TA externo- Tireoaritenóideos externos (Músculos pares, 
porção tireomuscular ou compartimento externo) 
 
Função: Fecham a glote e controlam as diferenças na intensidade 
vocal por variações no grau de adução glótica. 
 
 
 
TENSORES 
TA interno- Tireoaritenóideos internos (Músculos pares, porção vocal ou 
compartimento interno) 
CT-Cricotireóideos-Parte reta e parte oblíqua (Músculos pares) 
Função: Alongam e encurtam as pregas vocais e controlam 
as diferenças de frequências de voz. 
 
 
 
 27 
O principal abaixador da laringe é o músculo ET- Esternotireóideo. 
 
 
VÍDEO AULA 1 - Aquecimento Vocal 
 
Aquecer a voz é imprescindível a todos os profissionais que utilizam a voz 
falando ou cantando. O aquecimento vocal visa o prepara da musculatura 
para a recepção dos estímulos que permitem ajustar e potencializar a 
atividade fonatória evitando o esforço e a sobrecarga muscular; o organismo 
inicia seu trabalho no limite mais alto da sua capacidade, levando á redução 
das resistências elásticas e viscosas, e reduzindo o atrito interno. Isto também 
melhora a elasticidade dos tendões, e ligamentos e a velocidade da 
condução nervosa. 
 Exercícios de Aquecimento 1: 
Inspire (armazenando o ar na região abdominal, como vocês já 
aprenderam) até que o diafragma esteja repleto de ar. 
Agora solte o ar aos pouco utilizando o som durante uns 10 ou 15 
segundos. 
 Drrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr 
Observe que neste exercício a língua deve vibrar bastante. Caso a sua 
língua não vibre e você esteja forçando para emitir este som, PARE! Pois estará 
fazendo da forma errada. Entre em contato comigo se surgir alguma dúvida. 
 Mas se você conseguiu emitir o som com a vibração constante da 
língua, repita este exercício todos os dias pelo menos durante 5 minutos. 
 Se for cantar em uma apresentação, na igreja ou ensaiar com sua 
1 
2 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 28 
banda por muito tempo, pré-aqueça sua voz durante 15 minutos (no mínimo) 
antes de começar a cantar. 
Pode-se também utilizar outras consoantes que possibilitarão o mesmo efeito 
como, por exemplo, o som: 
Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr 
Ou ainda pronunciar um Z com o som fechado,imitando uma abelha ou um 
celular no modo vibra. 
 Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz 
 
Durante alguns segundos para causar o efeito esperado. 
Como se você fosse imitar o som do telefone (' TRRRRRIM!), mas lembrando de 
prolongar bastante a letra r (RRRR...) até acabar o ar. 
 Exercícios de Aquecimento 2: 
Depois de já haver treinado bastante e já estar emitindo os sons PRRRR... e 
TRRRR... Sem falhas ou interrupções, vamos repetir o exercício anterior com 
uma diferença: 
No final de cada som iremos acrescentar as vogais A,E,I,O,U. 
 
 
 
 
 
 29 
Exemplo1: 
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ 
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ 
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ 
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ 
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ 
Exemplo2: 
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ 
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ 
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ 
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ 
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ 
 
 Exercícios de Aquecimento 3: 
Muito importante também é aquecer os músculos do rosto. Para isso, inspire 
pelo nariz e solte o ar pela boca fazendo os lábios vibrarem, (boca mole) 
soltando o ar lentamente. 
 
 
 30 
IMPORTANTE! 
Assim como nos exemplos acima, o som que você estiver produzindo 
para pré-aquecer, deverá estar no mesmo volume, intensidade e tom. 
Você também pode fazer estes exercícios nas regiões graves e agudas, 
para aquecer as 3 regiões da voz, que são Médio, Grave e Agudo. Cuidado 
para não forçar a laringe. 
Inicie os exercícios SEMPRE no seu tom natural e depois vá mudando 
para as demais regiões. 
 
Exercício do Espaguete: 
 
Favorece o alongamento do trato vocal com arredondamento labial 
(lábios na forma da vocal u), a elevação do palato mole e do dorso lingual, a 
ampliação faríngea e o abaixamento laríngeo, por contração do músculo 
Esternotireóideo, predominantemente. Esse exercício de sucção do ar pode 
ser realizado em várias modalidades e com enfoques distintos. A primeira 
modalidade é o exercício de sucção progressiva do ar que deve ser feito 
inspirando-se progressivamente a máxima quantidade de ar possível 
(utilizando-se do volume inspiratório de reserva, sem tensionar a musculatura 
do pescoço) ampliando-se progressivamente a duração do tempo 
inspiratório, até por volta de 10 segundos. A repetição deste procedimento por 
5 vezes, teoricamente, alonga o trato vocal e prepara a musculatura 
envolvida para as demandas que dependerão da contração de suas partes. 
A utilização de um aparelho nebulizador (com inalação de soro fisiológico em 
temperatura ambiente) é indicada durante a realização desse exercício, 
evitando o ressecamento do trato vocal pela passagem da corrente aérea 
através da cavidade oral Fortalecendo a musculatura laríngea. 
 
 31 
 
 Exercícios Vocais Isométricos, Isotônicos, Isocinéticos: 
 
Seriam os chamados exercícios: “isométricos”, “isotônicos” e “isocinéticos”. 
Para ficar mais claro sobre a função e definição de cada um deles, coloco 
aqui a descrição que encontrei na literatura. 
“Os exercícios isométricos são definidos como resistência sem 
movimento, desenvolvendo-se tensão muscular, contudo o músculo não 
encurta nem alonga. Ocorre contração muscular estática, sem movimento.” 
 
Os exercícios isométricos têm sido considerados grandes aliados para o 
desenvolvimento e do fortalecimento de toda a musculatura corporal. 
No canto tratam-se de emissões com sustentação de notas longas. Acredita-
se que possam ser efetivos para o trabalho da estabilidade e resistência vocal. 
 
Os exercícios isotônicos são mais dinâmicos e realizados com movimento, 
envolvendo a contração e extensão muscular controlada. No canto são os 
exercícios com intervalos tonais curtos e rápidos, como os intervalos de 2ª ou 3ª 
menor ou maior, trabalhados em colcheias ou semicolcheias. 
 
Os exercícios isocinéticos são conseguidos quando o músculo encurta contra 
uma resistência cooperante igualada com a força produzida pelo músculo e 
requerem uma velocidade constante durante toda a amplitude do 
movimento. 
No canto seriam os exercícios realizados com três ou mais notas, com 
repetições, variações e velocidade constantes. 
Como por exemplo, repetir a sequência de notas “dó, ré, mi, fá, sol, fá, 
mi, ré, dó” três vezes, numa mesma respiração com velocidade moderada. 
Antes do trabalho de manutenção ou aquecimento vocal, vale a pena 
ter um olhar atento a toda a musculatura de pescoço e tronco. 
 
 32 
Qualquer tensão nessa área pode influenciar negativamente em toda a 
musculatura vocal, como a elevação excessiva da laringe, dificultando a 
emissão ou gerando tensões indesejadas. 
Por isso faz-se necessário o uso de alongamentos de toda a musculatura 
extrínseca, como rotações circulares de ombros, sustentação da cabeça para 
os lados e para baixo, micro movimentos da cabeça, com movimentos do 
“sim”, “não”, ou “cabeça de boneca” (para os lados com orelhas em direção 
aos ombros). 
Segundo a fonoaudióloga Sílvia Pinho em seu livro: Músculos Intrínsecos 
da Laringe e Dinâmica Vocal, 2014, “estimular o abaixamento laríngeo por 
sucções do ar, simulando a sucção de “espaguete”, promove a ampliação 
faríngea e supraglótica. 
E ainda: “O Exercício do Espaguete favorece o arredondamento labial 
(lábios na forma da vogal /u/), a elevação do palato mole e do dorso lingual 
e realiza o abaixamento laríngeo por contração do músculo esternotireóideo.” 
Depois de alongar a musculatura extrínseca da laringe, é importante atentar-
se a maneira como são realizados os exercícios vocais que devem ser 
sempre em pouca intensidade, porém sem soprosidade. 
Não há exatamente uma “receita” exata que estabeleça um tempo 
padrão para fazer os exercícios. 
Certamente cada um, a medida que for ganhando maior 
propriocepção corporal, com o tempo conseguirá observar na própria voz, 
quais os exercícios que funcionam mais ou menos em suas rotinas de 
aquecimento. 
É importante observar que a voz não deve piorar o seu padrão de 
qualidade depois da realização de algum exercício. Voz abafada e disfônica 
sugere fadiga vocal ou qualquer outra disfunção funcional ou orgânica. 
Por isso tenha sempre a orientação de um bom professor de cantor ou um 
fonoaudiólogo especialista em voz para ajudá-lo em seu aprimoramento no 
 
 33 
canto. E qualquer alteração na voz procure um otorrino e faça uma 
avaliação. 
 
 Sugestões de exercícios: 
 
 
Isométrico: Emissões longas com duração em torno de 7‟ (segundos) cada, 
subindo de meio em meio tom; 
 
 
Isotônico: Intervalos crescentes e decrescentes em glissandos de 2ª m (dó, 
dó#, dó), 3ª M (dó, mi, dó), 4ª (dó, fá, dó) ou 5ª (dó, sol, dó) subindo de meio 
em meio tom. 
 
 
Isocinético: Vocalizes em escalas curtas com três ou mais notas, com 
repetições e velocidades constantes. 
 
Por exemplo: fazer a sequência “dó, ré mi, fá, sol, fá, mi, ré dó”, 
repetindo-a duas com velocidade moderada e depois subindo de meio em 
meio tom; 
Observe a extensão dos exercícios! Os faça de forma gradativa, indoaos poucos para o agudo e para o grave. 
Em direção ao agudo diminua a intensidade da emissão para fazer a 
troca muscular (TA/CT) necessária para o trabalho da região aguda da voz, 
ou seja, meninas caminham em direção a voz de cabeça e meninos para o 
falsete. 
 
 
 
 34 
Todos esses exercícios podem ser feitos com as fricativas sonoras, “Z”, 
“J”, “V” e vibrantes de língua ou lábios. 
Vale repetir que os exercícios de manutenção e aquecimento da voz 
sempre devem ser feitos com pouca intensidade, porém sem soprosidade. 
 
VÍDEO AULA 2 - Desaquecimento Vocal 
 
Tão importante quanto aquecer a voz é desaquecer a voz ao 
final do uso, relaxando assim a musculatura envolvida na performance, 
voltando a “Flow Phonation” (voz de economia). O tempo para 
desaquecer é de 5 minutos. 
 Exercícios Desaquecimento: 
O primeiro exercício é o som de M... lábios encostados um ao outro, som 
nasal, pronuncia 5 vezes: 
Ummmmmmmmmmmmmmmmmmm 
O segundo exercício é o bocejo com som. Boceje 5 vezes emitindo o 
som natural deste movimento e sinta a musculatura relaxando. 
Como fazer para identificar o seu tom natural? 
É simples, o seu tom natural é aquele que você fala. 
"Falar”, é um som natural que sai sem esforço nenhum. 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 35 
 Se você não conseguiu fazer estes exercícios até acabar o ar armazenado 
(sem utilizar o ar de reserva), ou seja, você começou bem, mas no meio do 
exercício o som falhou !! 
Pare! Respire fundo por 3 vezes, beba água, relaxe um pouco e só então 
recomece. 
É muito comum, no início, não conseguirmos emitir estes sons até o final, pois se 
trata de sons que nós não estamos habituados a produzir, mas com o treino 
diário, fica cada vez mais fácil. 
 
 
VÍDEO AULA 3 - Alongamento Corporal 
 
Alongamento é um tipo de exercício físico que relaxa a musculatura 
deixando-a mais flexível. Previne lesões durante atividades físicas e 
movimentos de repetições, sendo necessário a pratica antes e depois de 
atividades físicas. O alongamento evita dores lombar após exercícios físicos. 
Além da proteção contra lesões, o alongamento atua também no preparo 
emocional e mental antes de atividades que em volta elasticidade corporal, 
plasticidade e envolvimento corporal e pessoal por completo. 
Sentir as partes do corpo alongando é fundamental para o 
autoconhecimento e aumenta a flexibilidade do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
A Postura Ideal 
Devemos estar atentos a alguns aspectos relacionados à postura no canto: 
- Os pés devem estar afastados na direção dos ombros 
- Coluna reta Ombros e braços relaxados a fim de não tencionar o pescoço 
- Queixo reto, olhando sempre para frente. 
- Fixar o olhar em um ponto para ter uma maior concentração. 
Podemos também cantar sentados observando: 
- Sentar na ponta da cadeira sobre os ossos das nádegas (faça o movimento 
para os lados, como uma canoa e verifique se está na posição correta). 
- Manter a coluna e o queixo retos, para não pressionar o diafragma. 
- Braços e ombros relaxados 
 
Exercícios de Alongamento: 
 
 
 
 
 
 37 
VÍDEO AULA 4 - Respiração Diafragmática 
Apoio do Diafragma 
 
Para uma boa projeção da voz no canto, é necessário obter o controle 
da respiração. Para realizarmos uma respiração correta, devemos estar numa 
postura adequada, pois a postura e a respiração andam juntas. 
Existem duas formas sucção do ar dentro da técnica vocal. A primeira 
somente pela boca, e a segunda é a chamada respiração mista, pela boca e 
nariz ao mesmo tempo. Cabe a você se atentar ao tipo de respiração que 
está usando, dependendo muito do estilo musical que se está cantando. A 
respiração dentro do canto é a parte fundamental para que todo o processo 
futuro tenha êxito, ou seja, se dominamos a respiração, tudo ficará mais fácil 
de compreender. Quando respiramos da forma correta para cantar, evitamos 
fazer esforço na laringe (garganta). 
 Existem 4 formas de respirar ao cantar. A primeira não é indicada para o 
canto, pois é uma respiração alta onde sugamos o ar pelo nariz e levantamos 
os ombros no movimento de inspiração. As outras são Respiração 
diafragmática de contração abdominal, respiração diafragmática de 
expansão abdominal e a respiração diafragmática intercostal de expansão 
das costelas. (Canto lírico) 
1. Devemos inspirar pela boca/nariz juntos e canalizarmos esse ar em 
direção à região abdominal (enchendo o diafragma de ar). Sinta a 
abertura das costelas. É importante que os ombros e o peito não se 
movam. 
2. Expire pela boca observando que enquanto o ar é expelido a 
barriga vai esvaziando lentamente até chegar ao normal 
 
 38 
ATENÇÃO! 
 Cuidado para não utilizar o ar de reserva, ou seja, não pressione a 
barriga forçando-a a se esvaziar mais depressa que o normal, pois este feito 
poderá causar mal-estar. 
 
 Exercícios para controle da Respiração: 
 
Inspire lentamente (pela boca) até encher bastante as paredes 
abdominais e sinta as costelas “se abrindo” (APOIO). 
Ao mesmo tempo contraia seu abdômem para dentro (CONTRA-
APOIO) Junte as costas de suas mãos e leve até o diafragma, e então 
como se fosse atiçar um cachorro, pronuncie um quissssssssssssssssss 5 
vezes em stacatto e na 6º vez você deverá pronunciar o quissssssssssss 
de forma lenta esvaziando todo o ar. 
Cronometre quanto tempo você consegue ficar soltando o ar 
lentamente, esse número é importante saber. 
Inspire lentamente e leve o dorso da mão até o nariz e expire. Observe 
que o ar expirado estará quente 
Repita este exercício por 15 vezes (3 sequências de 5) em frente a um 
espelho (de preferência vertical) para que você possa corrigir a postura 
e observar os ombros e peito (que não deverão se movimentar) 
 
 *Lembre-se de que ao término de cada sequência, você deverá 
relaxar, respirar fundo, encher os pulmões e soltar o ar pela boca por 3 vezes 
1 
2 
3 
4 
5 
 
 39 
para evitar mal-estar. 
 **Este tipo de respiração é uma novidade para muitos de vocês, sendo 
assim, não deverá ser usada no dia-a-dia sem que haja necessidade. 
 
VÍDEO AULA 5 - Afinação 
 
Na música, embora muitas vezes confundido com calibragem, a 
afinação corresponde ao processo de produzir um som equivalente a outro 
(embora provavelmente de timbre diferente), por comparação. É, assim, 
classificado qualitativamente como bom ou mau (boa afinação/má 
afinação). A comparação pode ser entre uníssonos ou com intervalos vários. 
Próxima à afinação entre uníssonos está a utilização de um intervalo de oitava 
(por ser a mesma nota, embora numa escala diferente). 
 Um fato curioso que pode ocorrer durante a afinação (dependendo do 
instrumento), é a ressonância. Por exemplo, é frequente, durante a afinação 
de uma guitarra, uma corda reagir ao som de outra corda, sinal de que a 
afinação está bem feita. 
A afinação pode processar-se de diversas maneiras: 
• aumentando ou diminuindo a tensão das cordas, nos instrumentos de 
cordas; 
• aumentando ou diminuindo a largura ou comprimento dos instrumentos 
de sopro; 
Afinação e temperamento não são a mesma coisa. A afinação envolve o 
ajuste, por uníssonos ou intervalos naturais (que podem ser expressos por 
fracções de inteiros), da altura das notas de um instrumento às de um outro 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 40 
ou, por exemplo, de uma corda de guitarra a uma outra. Se o intervalo não 
estiver afinadonaturalmente, ouve-se um batimento produzido pelos 
harmônicos desafinados (uma vibração ondulante tipo «uáuáuáuá»); se estiver 
afinado, não se ouve esse batimento. O temperamento envolve o ajuste da 
altura de notas afastando os intervalos do seu valor natural «harmônico» para 
fazer com que os intervalos caibam numa oitava. Os intervalos resultantes 
geram batimentos e são intervalos que só podem ser expressos por números 
irracionais. Em se tratando de voz cantada, é imprescindível que ao cantar, 
mantenhamos uma boa afinação do início a fim da canção, se atentando 
aos detalhes inclusos na música, e também aos registros utilizados para a 
execução da mesma. 
 Uma dica preciosa para melhorar a afinação é a realização de 
vocalizes com o apoio do piano. Vocalizes são exercícios realizados 
ajuntamento com um instrumento (geralmente o piano) em reprodução de 
escalas maiores, menores, pentatônica maior e menor, menor melódica, 
menor harmônica e outras centenas de escalas existentes. Para a “educação” 
do ouvido musical, é necessário sempre ouvir boa música, se atentando aos 
detalhes que ela traz, como métrica, tonalidade, variedades de instrumentos, 
timbres vocais e instrumentais e efeitos de mixagem. 
 
O que significa a música estar no meu tom? 
Quer dizer que eu consigo cantá-la sem me esforçar demais até minha 
garganta doer ou minha voz falhar ou até mesmo eu engasgar. Isso acontece 
com muita frequência por falta de informação e orientação. 
Muitas vezes é difícil, principalmente para quem não toca nenhum 
instrumento, identificar em que tom está a música que queremos cantar e 
mais ainda qual é o tom confortável para mim. 
 
 41 
Segue uma dica: 
Escolha uma música de sua preferência e cante junto com o cantor 
observando alguns pontos: 
 Não deixe que as veias do seu pescoço saltem 
 Não se esforce até ficar vermelho 
 Não se preocupe em imitar a voz do cantor, cante do seu jeito, 
com sua voz natural. 
 Não se preocupe se está desafinando, pense apenas em seguir a 
música de uma forma bem confortável para você. 
Se ao final da música você verificou que: 
 Suas veias do pescoço não saltaram... 
 Você não ficou vermelho... 
 Não engasgou e sua voz não falhou em momento algum... 
 Você não ficou rouco... 
PARABÉNS! 
VOCÊ ACABA DE CANTAR NO SEU TOM. 
A partir de agora você precisa descobrir o seu estilo de cantar, ou seja, quem 
é você dentro do canto? Qual a sua identidade vocal? 
Sem imitar ninguém. 
SEJA CRIATIVO SEMPRE! 
 
 
 
 42 
VÍDEO AULA 6 - Dicção 
 
 
Para obtermos uma boa projeção vocal cantando ou falando é de 
extrema importância atentar a nossa dicção, que nada mais é do que 
ARTICULAR as palavras ao falar e ao cantar. Muitas vezes nosso nervosismo nos 
impede de termos uma boa projeção vocal, e não nos atentamos em falar 
lentamente, fazendo com que quem nos ouve nos compreenda com clareza. 
No canto funciona da mesma forma, precisamos aprender a articular as 
palavras. Seguem alguns exercícios específicos: 
ARTICULAÇÃO DE ENCONTROS CONSONANTAIS 
 
 Exercícios de Dicção: 
LEIA EM VOZ ALTA ESSAS FRASES: 
O crépido crepúsculo da crendice creditou a crença na criação 
crente. 
A cretinização do cretense cravou a cruz crócea na cromática do 
croinha. 
Na clava do clássico clarim clareou a clemência do clero clínico. A 
clina do claro ciclita clamou à clã eclética 
DITONGOS, TRITONGOS E HIATOS ARTICULE ESSAS FRASES: 
O aio da aia aiou aiuê / aio da aia aiou aiuê / O aio da aia aiou aiuê. O 
réu Leléu tirou o véu seu para ver o céu. 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 43 
 
PARA ARTICULAR AS VOGAIS PRONUNCIE ALTO: 
A aramaica falava da clara mata, pois cantava a alva Lalá alada. 
Belelelê fez belelelé para a lebre a leve do célebre dendê do Belém 
ARTICULAÇÃO DE CONSOANTES, LEIA EM VOZ ALTA ESSES EXERCÍCIOS: 
O forte fossilizado ofuscou o fragor do frade. O fotófobo fugiu da 
fotocromia fragmentada. A fraga foi ferida pela francesa fornalha do 
funcional fumívoro forqueado 
 
O que são ARTICULADORES? 
 
São os responsáveis em transformar o som da fonte glótica, produzido 
pelas pregas vocais, que passaram pelo trato (filtro) em sons compreensíveis a 
linguagem humana, de acordo com cada etnia. Dividem-se em: 
 
Articuladores ativos: movimentam-se em direção ao passivo, são eles: 
Lábio inferior, a língua, o véu palatino ou palato mole e as pregas vocais. 
 
Articuladores passivos: localizam-se na mandíbula superior 
Lábio superior, dentes superiores, céu da boca- que se divide em alvéolos, 
palato duro, palato mole ou véu palatino e úvula. 
 As categorias abaixo caracterizam os lugares de articulação dos 
segmentos consonantais relevantes para a descrição do português: 
 
Bilabial - O articulador ativo- lábio inferior; articulador passivo- lábio superior. 
Ex. :pá, boa, má. 
 
 44 
 
Labiodental - O articulador ativo- lábio inferior; articulador passivo- dentes 
incisivos superiores. 
Ex.: faca, vá. 
 
Dental - O articulador ativo- ápice da língua ou lâmina (parte superior da 
língua); articulador passivo - dentes incisivos superiores. 
Ex.: data, sapa, Zapata, nada, lata. 
 
Alveolar - O articulador ativo – ápice ou ponta da língua; articulador passivo- 
os alvéolos. 
Ex.: data, sapa, nada, lata. 
 
Alvéolo palatal - O articulador ativo- ápice da língua ou lâmina (parte superior 
da língua) ;articulador passivo- parte medial do palato duro. 
Ex.: tia, dia (no dialeto carioca), chá, já. 
 
Palatal - O articulador ativo- parte média da língua; articulador passivo- parte 
final do palato duro. 
Ex.: banha, palha. 
 
Velar - O articulador ativo- parte posterior da língua; articulador passivo- véu 
palatino ou palato mole. 
Ex.: casa, gata, rata (dialeto carioca). 
 
Glotal - Os músculos ligamentais da glote se comportam como articuladores. 
Ex.: rata (no dialeto de Belo Horizonte). 
 
 
 
 45 
 
VOCÊ SABIA QUE... 
* Pregas vocais é o nome correto e não "cordas vocais", pois tratam-se 
de duas pregas de tecido fibro-elástico e muscular revestidas por uma 
mucosa. 
* As pessoas que necessitam do uso mais intenso da voz, deve 
conscientizar-se que há um gasto considerável de energia nesta ação, sendo 
de grande importância a ingestão de alimentos de fácil digestão antes das 
atividades vocais 
 
 
VÍDEO AULA 7 - Ressonância Vocal 
 
 
 
 
Trata-se portanto do fenômeno de ampliação e modificação do som 
que emitimos. 
 Todo o trato vocal funcionará como filtro do som que é produzido na 
laringe, nossa fonte sonora. 
 Saber usar bem esses espaços de ressonância, trará mais domínio sobre 
nosso “corpo” e o “brilho” do som que produzimos, podendo utilizar esses 
recursos para melhorar a “projeção”. 
 A voz gerada na laringe é formada por uma “frequência fundamental” 
(F0) determinada pela velocidade de vibração das pregas vocais e por 
diversas frequências múltiplas desta, conhecidas como harmônicos. 
 Podemos realizar ajustes em nosso trato vocal, como por exemplo, fazer 
constrições em músculos específicos ou alterar a proporção entre a abertura 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 46 
da boca e o comprimento do tubo. 
 Estes ajustes possibilitam a valorização dos harmônicos graves (quando 
produz um espaço maior de ressonância) ou a valorização dos harmônicos 
agudos (quando diminui este espaço). 
 A forma como realizamos esse conjunto de ações (parte funcional) mais 
a sua estrutura anatômica vocal, ditará o seu timbre, ou seja, darãoa 
qualidade e características distintas à sua voz. 
 A PHD em voz Sílvia Pinho, ao tratar do assunto ressonância vocal, fala 
em níveis de projeção (M, N, NH) levando em consideração a posição da 
laringe e do véu palatino em cada emissão. 
 Ela fala também de constrições nos “cinturões de brilho” (região inferior, 
médio e superior), que seria o aumento do tônus em regiões setorizadas da 
faringe. 
 Segundo a fonoaudióloga, esses ajustes faríngeos influenciam 
diretamente no brilho e consequentemente na projeção da voz. 
 Marconi Araújo, um dos maiores especialistas em Belting 
contemporâneo, fala de ressonância vocal considerando três espaços do 
trato vocal: regiões laringofaringe, orofaringe e rinofaringe. 
 Marconi considera a ressonância orofaríngea a mais utilizada no Belting, 
mas também não descarta o uso das demais. 
 No livro Belting Contemporâneo, Marconi ressalta a importância dos 
diversos elementos que trabalham no ajuste destas ressonâncias, sendo a 
língua, os lábios, o palato mole e a musculatura extrínseca (que abaixa ou 
eleva a laringe, criando maior ou menor espaço laringolfaríngeo). 
 Vale observar que não necessariamente um cantor utilizará apenas um 
foco ressonantal de cada vez, sendo possível utilizar mais de um desses ajustes 
simultaneamente. Sílvia Pinho, no livro “Fundamentos em Fonoaudiologia”, fala 
da possibilidade de realizar a ampliação do espaço na região posterior do 
trato vocal mesmo com o uso de ressonâncias nasais. Isto se daria pela 
atividade da musculatura extrínseca abaixadora da laringe associada à 
 
 47 
atividade da musculatura de expansão faríngea, mesmo havendo produção 
de nasalidade, ou seja, sem elevação velar. 
 Didaticamente, gosto de falar sobre ressonância vocal identificando 
três regiões do trato vocal que darão a voz qualidades distintas: 
 Foco Nasal (com ou sem constrição rinofaríngea); 
 Foco Faríngeo (constrição orofaríngea); 
 Foco Laringofaríngeo (maior espaço de ressonância por elevação de 
palato e abaixamento laríngeo). 
Foco Nasal: Ou ressonância nasal consiste no direcionamento do fluxo aéreo 
para as cavidades nasais. Pode resumidamente ser dividido em: 
1- Hipernasalidade: gera nasalidade nos sons orais. 
Muitas vezes ocorre apenas por uma questão funcional e em outras 
circunstâncias é por causa orgânica, comprometendo o fechamento 
velofaríngeo. 
2- Rinolalia fechada: certamente neste caso há presença de alteração 
nasal por causa orgânica. 
O fluxo aéreo vai para a cavidade nasal, mas é distorcido devido a 
presença de edema das estruturas internas do nariz, rinite alérgica ou gripe, 
pólipos nasais, desvio de septo, entre outros. 
3- Hiponasalidade: diminuição da passagem do fluxo aéreo pela 
cavidade nasal, reduzindo a nasalidade dos fonemas nasais (m, n, nh, ã, õ). 
Pode ter tanto por causa orgânica como funcional. Voz do “Bob Pai”. 
 
 48 
4- Denasalidade: com ausência completa dos sons nasais por distúrbios 
orgânicos ou funcionais como no caso dos deficientes auditivos. 
Foco Faríngeo: Ocorre por constrição faríngea, por contração dos pilares 
faríngeos, abaixamento velar e elevação do dorso da língua. 
A voz fica com uma característica brilhante e metalizada. Neste caso a 
projeção da voz é aumentada. 
Foco laringofaríngeo: Neste caso há maior espaço no trato vocal em função 
do abaixamento da laringe e elevação do palato mole. A voz soa mais 
“escura”, mais “abafada”, com menor projeção. 
 
VÍDEO AULA 8 - Vocalizes 
 
Vocalizes são exercícios vocais para o canto. Os mais tradicionais – 
usados por quase todos os professores de canto – são frases musicais bem 
simples, como “do-re-mi” ou “do-re-mi-fá-sol”, cantadas em bocca chiusa ou 
humming (um som de “M” feito de boca fechada) ou então sobre vogais 
simples (á_____, é_____ i...) ou ainda com combinações de fonemas (Lá, lá, lá, 
lá). Geralmente são feitos com acompanhamento do piano e podem ser 
realizados com ajustes ou de emissão na máscara. 
 Vocalizes de aquecimento preparam de forma gradual a musculatura 
técnica vocal, uma palestra, uma peça de teatro ou qualquer outra situação 
em que se requer um uso intenso da voz. Podem ser realizados em escala 
ascendente e descendente com sons fricativos e vibratórios. 
 Existem outros vocalizes que têm objetivos específicos, como por 
exemplo, aumentar a extensão vocal, melhorar a articulação e a dicção, 
reforçar a capacidade respiratória, desenvolver a projeção e a ressonância; e 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 49 
outros que trabalham dois ou mais destes aspectos e podem ser classificados 
em isométricos, isotônicos ou isocinéticos. 
 Há também vocalizes mais avançados, com belas melodias, que são 
mais parecidos com pequenas peças musicais. É de extrema importância que 
os estudantes de técnica vocal façam os vocalizes frequentemente para que 
estes atinjam seus objetivos. 
 
VÍDEO AULA 9 - Percepção Musical 
 
É a capacidade de perceber as ondas sonoras como parte de uma 
linguagem musical. Envolve especialmente a identificação dos atributos físicos 
do som, como volume, timbre e afinação (percepção sonora), mas também 
elementos musicais como melodia (percepção melódica) e ritmo (percepção 
rítmica). 
 O termo percepção musical é, muitas vezes, usado como sinônimo de 
percepção sonora, nesse caso desconsiderando melodia, ritmo e elementos 
de linguagem musical. Altos níveis de percepção musical são sinais de 
apurada capacidade de análise sonora. Ajudam muito, mas não garantem a 
musicalidade do indivíduo, visto que não tem relação direta com 
capacidades de produção sonora. Algumas tarefas esperadas de uma alta 
percepção musical incluem a identificação de escalas a partir de melodias; 
acordes e progressões de acordes em trechos musicais; nunances 
interpretativas; harmônicos; vozes em meio a uma polifonia; e até ruídos 
indesejáveis em meio a música. O chamado "ouvido absoluto" refere-se à 
capacidade de identificar e nomear notas musicais apenas pela audição de 
sons correspondentes. Dimensão do tempo métrico, ou medido, onde se ouve 
um tempo „de metrônomo‟, um tempo contado por unidades de igual 
duração (tempo de relógio). Nesta dimensão, o conhecimento técnico, 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 50 
analítico prevalece; pensa-se em cada material da música, como por 
exemplo, no compasso (binário conta 1 2; no ternário conta 1 2 3), no 
andamento (andante, rápido, lento), na acentuação, na agógica 
(acelerando, ralentando), e outros. Dimensão de tempo não métrico, que 
pode ser vivenciado por meio das palavras da canção, seguindo mais os 
acentos, entonações das frases do texto do que propriamente da métrica 
definida do compasso. O tempo é mais flexível, elástico, com componentes 
de expressividade do conteúdo semântico. 
 Dimensão da corporeidade, que pode ser métrico ou não, mas que 
seguirá a intuição auditiva; o corpo 'pensa' e responde gestualmente; a 
percepção é orientada pelos componentes mental (ou cognitivo), afetivo (ou 
psicológico) e físico-corporal. O corpo expressa a percepção do tempo que 
pode suspender e/ou deixar o „métrico‟, para realçar outro componente 
(melodia, acorde, uma suspensão, uma palavra, etc.) que foi sentido ou 
percebido como significativo para o intérprete e/ou ouvinte. Dimensão 
expressivo-individual que é essencialmente não métrico, ou, se há métrica, 
com certeza está livre da medida 'contada'. É essencialmente flexível e 
elástica a vivência temporal nesta dimensão. Um exemplo Que acontece 
frequentemente é quando o ouvinte tem toda a música na mente, e com isso 
tem a capacidade de „parar‟ em uma determinada melodia,evento, ou 
sonoridade, e lá fica repetindo, voltando, refazendo, curtindo o mesmo em um 
tempo não-métrico. O tempo, neste caso, é tão variável quanto variável é a 
concepção do tempo musical. 
 Para desenvolver sua percepção musical (vocal) é de suma 
importância saber tocar algum instrumento harmônico (violão, guitarra, sax, 
piano, teclado) Isso trará uma melhor “educação” musical para o ouvido que 
com o tempo irá se acostumar e gravar os sons reproduzidos pelos 
instrumentos podendo ser imitados na voz. 
 
 
 51 
 
VÍDEO AULA 10 - Impostação Vocal 
 
 
 
Impostar a voz é usar todos os recursos técnicos disponíveis como 
respiração, apoio, Articulação e ressonância, tirando a voz de lugares que 
podem prejudicar o Canto, por exemplo: garganta (Voz gutural), nariz (Voz 
anasalada) e faringe (voz entubada, abafada). O ideal é uma voz equilibrada 
usando todos os pontos de ressonância procurando sempre colocar a voz, 
pressão de som para cima, preenchendo toda a cabeça, principalmente a 
máscara. 
 Colocar a voz pra cima, encaixar a voz geralmente são termos usados 
pelos professores quando querem se referir a impostação da voz. 
 A impostação se dá através de exercícios específicos como Boca 
Chiúsa (Boca fechada) e vocalizes usando diversas combinações de vogais, 
escalas e tonalidades, exercitando a voz em toda a sua extensão, aplicando 
a técnica respiratória, abertura de boca e projeção do som. 
 Existem pelo menos três maneiras de se cantar ou de impostação vocal, 
dependendo do timbre vocal ou gênero musical. 
 1) Impostação Total: Impostação usada no canto Lírico. 
 Este tipo de Impostação Surgiu na Itália como "Bel Canto", pela beleza, 
pelo uso máximo da Técnica, trabalhando a igualdade do timbre e por 
trabalhar a extensão total das vozes. Esse estilo é muito usado e aproveitado 
na Ópera. O trabalho é feito principalmente em cima de Vogais. 
 2) Impostação da Fala: Aqui se canta como se fala. 
 Não há uma preocupação em igualar a voz e sim o aproveitamento 
do seu timbre particular e sua região confortável. Esse jeito de cantar, impostar 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 52 
a voz é utilizado no Canto popular e em alguns casos no Gospel. A técnica 
visa aprimorar o que cada um tem de especial. 
3) Impostação Mediana: É a que se usa nos musicais. 
Chamamos de mediana porque ela fica entre a fala e o Lírico (Bel 
Canto) e por isso é conhecida como Belting, pensando em um diminutivo do 
Bel canto já que não tem tanto volume e há uma importância grande com o 
texto uma extensão da fala. No Belting além do canto também utilizamos 
outros recursos como dança, teatro, figurino e etc. É uma modernização da 
Ópera, uma vez que na ópera também utilizamos teatro, figurino e etc. No 
Belting na maioria das vezes em uma nota aguda o som é um tanto nasal 
enquanto que no popular iria para o falsete e na ópera para a Voz de 
Cabeça, ou seja: já que o belting fica no Meio podemos ter um agudo 
nasalizado, um agudo bem cheio com voz de cabeça (registro tênue) e 
podemos ter também meio falseteado dependendo do papel no Musical. 
 
VÍDEO AULA 11 e 12 - Registro Vocal e Registro Modal 
 
 
 
Um registro vocal é uma série de tons homogêneos que se caracterizam 
por um especial timbre sonoro, distinto dos outros registros e independente da 
frequência do tom emitido. Este é um evento totalmente laríngeo, consistindo 
de séries de frequências, ou em uma faixa de frequências vocais, que podem 
ser produzidas com qualidades aproximadamente idênticas. A definição de 
registro vocal deve depender de evidências perceptivas, acústicas, fisiológicas 
e aerodinâmicas. 
A terminologia utilizada para os vários registros é confusa. Basicamente 
são divididos em: 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 53 
1- Vocal Fry ou basal; 
2- Modal (Subdividido em Denso {peito}, Médio e Tênue {cabeça} ) 
3- Falsete (Registro leve) 
4- Flauta 
5- Whistle (Assovio) 
Alguns autores atribuem ao sexo masculino apenas dois registros 
principais: Modal e falsete, e ao sexo feminino, três registros, ou melhor, três 
sub-registros do modal: denso, médio e tênue, excluindo os registros especiais 
como falsete, flauta e assovio, alegando que são recursos alcançados por 
apenas alguns indivíduos. Muitos confundem registro vocal com ressonância 
vocal, e são assuntos completamente diferentes, por isso o conceito de 
registro vem sofrendo modificações. Antigamente atribuía-se justificativas 
puramente ressonantais (Bel canto), porem recentemente, demonstrou-se por 
EMG (Eletromiografia) a íntima relação entre os diferentes registros e a 
contração de grupos musculares intrínsecos laríngeos específicos. 
Vocal Fry: Também chamado de registro basal, corresponde a região mais 
grave da extensão vocal, abrangendo faixa de frequências de 30 a 75 Hz. É 
produzido com pouco fluxo de ar e amplitude mucosa reduzida. A atividade 
do músculo TA é predominante, principalmente seu compartimento externo, 
correspondendo ao que chamamos de fry relaxado e, outras vezes, do TA 
(Tireoaritenóideo) juntamente com o CAL (Cricoaritenóideo Lateral) 
correspondendo ao que chamamos de fry tenso (Produzido com laringe alta). 
Registro modal: Ocorre grande atividade de ambos os músculos tensores (TA e 
CT, sendo o TA o mais solicitado a modificar seu tônus) ao longo de toda a 
extensão vocal. No sub-registro denso (peito) há predomínio de atividade do 
TA, enquanto no sub-registro tênue (cabeça) ocorre predomínio de atividade 
 
 54 
do CT. A extensão possível de se produzir com facilidade tanto em registro de 
falsete quanto em modal no homem fica em torno de 200 a 350 Hz (de G2 a F3 
aproximadamente). Na voz feminina as faixas de sobreposição de registros 
encontram-se em aproximadamente na região ao redor de 400 Hz 
(denso/médio, G3) e 660 Hz (médio/tênue E4) 
Subdividem-se em: 
Denso: (Voz de Peito) maior predominância da atividade do TA, músculo 
tensor responsável pelo fechamento e encurtamento das pregas vocais. A voz 
é mais “densa”, pregas vocais mais encurtadas com maior arredondamento 
de suas bordas livres, produção de onda mucosa ampla e amplitude de 
harmônicos em toda sua extensão vibrante. 
 
Médio: corresponde à região que o cantor apresenta maior dificuldade em 
transitar entre um subregistro e outro dosando com precisão a atividade do TA 
antes da troca muscular ou “zona de passagem” (passagio) 
 
Tênue: maior predominância da atividade do CT, músculo tensor responsável 
pelo alongamento das pregas vocais na produção dos sons agudos. A voz é 
mais tênue, com a borda livre das pregas vocais, pouco espessa, onda 
mucosa atenuada e amplitude de harmônicos diminuída. 
 
Registro de falsete: Caracterizado por grande atividade do CT com TA quase 
totalmente relaxado e atividade de CAL e AA (músculos adutores) levemente 
reduzida, o que justifica o aparecimento de uma fenda paralela em toda a 
extensão das pregas vocais durante a sua emissão, permitindo maior 
 
 55 
passagem do ar, tornando o som mais soproso, e isso é o que o diferencia do 
sub-registro tênue. 
Registro de flauta: predominância de CT com redução progressiva da zona 
vibrante, pelo maior alongamento das pregas vocais e aumento da pressão 
subglótica. Som leve realizado com a emissão vocal de notas em torno de Sol 
5 e Lá 5, em torno de 1.760 Hz. 
Registro de assovio (Whistle): Neste caso o que ocorre é a ausência de 
vibração das pregas vocais, com um mecanismo peculiar em seu 
fechamento, e a produção de um orifício glótico que varia de tamanho 
conforme ocorre a modulação dos sons e modificação nofluxo de ar. Esses 
hiperagudos acontecem em torno de Dó 6. A cantora brasileira Georgia 
Brown atinge a frequência de 6.272 Hz (G7/G8) sendo considerado este o 
recorde mundial em produção vocal aguda. 
 
VÍDEO AULA 13 - Timbre Vocal 
 
É o resultado dos fenômenos acústicos que se localizam nas cavidades 
supra-laríngeas. É modificando o volume, a tonicidade dessas áreas, assim 
como a dos lábios e ajustes vocais, que o som fundamental, emitido pela 
laringe, vai ser enriquecido ou empobrecido voluntariamente segundo a 
ordem, o número, a intensidade dos harmônicos que o acompanham e que 
são filtrados nestas cavidades conforme a altura tonal e a vogal. 
 A riqueza do timbre está em função do uso correto dos “cinturões de 
brilho” (médio, inferior e superior), da pressão sub-glótica, da posição da 
laringe, fechamento glótico e qualidade das mucosas, condições destas, 
essenciais à qualidade do timbre. O timbre é definido de diferentes maneiras. 
Fala-se do seu colorido e este está diretamente relacionado com a forma dos 
COM 
ÁUDIO DE 
EXERCÍCIOS 
 
 56 
ressonadores, tamanho do crânio, tamanho do trato vocal, tamanho das 
pregas vocais, tamanho do tórax, tamanho da laringe. Fala-se da amplitude 
que corresponde às sonoridades extensas e redondas, do mordente, da 
espessura, do brilho que cresce e decresce com as modificações da 
intensidade e estão em correlação com a tonicidade das pregas vocais. Estas 
diferentes formas acústicas são realizadas por mecanismos extremamente 
delicados, por todo um conjunto de movimentos musculares e pela maior ou 
menor tonicidade. Mas o timbre pode ser transformado com a utilização de 
certos métodos que o modificam, enquanto a realização do mecanismo 
fisiológico da voz que permitirá desenvolver e apreciar nosso timbre natural. 
 
VÍDEO AULA 14 - Classificação Vocal 
 
Classificação vocal é um assunto muito sério. Uma classificação vocal 
inadequada, pode influenciar diretamente na saúde vocal do cantor. Alguns 
cantores ainda acreditam, que o bonito é cantar em um determinado 
“naipe”, em tonalidade mais aguda ou mais graves. Definitivamente, a beleza 
vocal não esta em cantar em um determinado naipe e sim, explorar 
sonoridades, elementos vocais e habilidades em cada “naipe”. 
 A classificação vocal não deve ser feita comparando a voz cantada 
com a voz falada, pois, voz falada e voz cantada são realidades diferentes (no 
que se refere a fisiologia vocal – ajustes fonatórios ). Algumas pessoas, possuem 
uma flexibilidade muscular grande, que os permite cantar utilizando uma 
tessitura vocal maior. Vale aqui descrever, que TESSITURA vocal é diferente de 
EXTENSÃO vocal. 
TESSITURA VOCAL- Refere-se aos tons que o cantor pode emitir sem esforço, e 
com habilidades vocais. 
 
 57 
EXTENSÃO VOCAL- Refere-se ao máximo de tons que o cantor pode emitir 
tanto nas frequências graves, quanto nas frequências agudas. Nesta medição, 
o que esta sendo avaliado e a maior possibilidade muscular vocal, do cantor. 
 Não se deve cantar jamais no limite da Extensão vocal, ou seja, não é 
por que o cantor alcança aquela nota mais aguda que ela pode ser cantada 
com saúde e habilidade vocal. 
 A classificação vocal deve englobar alguns parâmetros tais como: 
1. O exame de vídeolaringoestroboscopia (onde podemos ver a 
flexibilidade das pregas vocais nos diferentes tons e termos resultados 
específicos de frequências emitidas) 
2. A classificação do naipe vocal é feita a partir de tabelas classificatórias 
cientificas de tessitura e extensão. Nestas tabelas, é possível observar a 
confortabilidade vocal nos diferentes registros, bem como as quebras 
nas passagens dos registros e estabilidade vocal nos diferentes tons. 
3. Observação e anotações do preparador vocal em relação às 
habilidades vocais do cantor. 
A avaliação da tessitura vocal deve ser periódica. Se considerarmos o 
desenvolvimento e a aquisição de novos ajustes vocais, ela ira variar de 
acordo com o desenvolvimento vocal do cantor. 
 Já a extensão vocal varia de acordo com fatores ligados ao 
desenvolvimento ontogênico do ser humano (mudanças anatômicas que 
ocorrem de acordo com as diferentes idades de vida). 
 Muitas pessoas desenvolvem problemas vocais por uma classificação 
vocal inadequada. 
 A dor e a rouquidão, podem ser um sinal de que alguma coisa não está 
bem. 
 Se todas as vezes que você faz uso da voz para o canto, você sente 
dor, ou fica rouco logo em seguida ou durante a apresentação ou ensaio, 
 
 58 
provavelmente você esta usando sua musculatura vocal de maneira 
inadequada e se esforçando para produção de tons que não sejam 
confortáveis a você. 
 
 
 
 
 
 
 
 59 
 
VÍDEO DE ESTUDO - Excelência no Louvor 
Para entendermos melhor: 
 Na bíblia o louvor é basicamente definido por três palavras: 
Barak (bendizer); 
Yadah (dar graças); 
Halal (aleluia – louvai ao Senhor). 
 Essas palavras são associadas a alegria manifestada diante de Deus, de 
diversas formas, canto, gestos, instrumentos. 
 Definição da Palavra LOUVAR (dicionário): elogiar, exaltar, enaltecer, 
glorificar, aplaudir, bendizer, expressar admiração, relatar os méritos. 
 Definição da Palavra ADORAR (dicionário): render culto, expressar uma 
admiração reverente, venerar, amar extremamente. 
RESUMINDO: Louvar está ligado ao elogio, ou exaltação que damos a Deus 
em uma espontânea manifestação de alegria, ADORAR está ligado a nossa 
atitude de cultuar que deve ser a expressão de um coração sincero e 
verdadeiro. 
DAVI FOI UM COMPOSITOR DE POEMAS MUSICAIS, QUE ERAM CHAMADOS 
SALMOS. UMA DAS RAZÕES PRINCIPAIS PORQUE DAVI ESCREVEU OS SALMOS ERA 
ENCONTRAR MANEIRAS CRIATIVAS DE EXPRESSAR LOUVOR, ADORAÇÃO E 
GRATIDÃO A DEUS. 
LEITURA BÍBLICA: Lc. 18:43 | Mc 2:12 | At 2:46,47 ; 3:8; 11:18; 16:25. 
 
 60 
 O louvor é algo que existe deste antes da fundação do mundo, porém 
muitos ainda não conseguem entender a importância de faze-lo com 
excelência. O Senhor deve ser a inspiração para nossa adoração, 
simplesmente pelo que é, e não pelo o que pode nos dar. 
 É necessário que o ministro de louvor esteja preparado, com o coração 
limpo diante de Deus, em sintonia com todo o ministério. "Preparado está o 
meu coração, ó Deus, preparado está o meu coração; cantarei, e darei 
louvores." (Salmos 57 : 7). 
 É necessário diminuir cada vez mais para que Deus cresça, somos 
apenas instrumentos nas mãos d´Ele, só ele é digno de todo louvor. Devemos 
priorizar nosso relacionamento com Deus, ser um verdadeiro adorador desde o 
momento que levantamos, e não somente no altar de uma igreja, nos já 
somos o altar de Cristo. Ele sempre te dará um cântico novo e te mostrará o 
que cantar, o que tocar e o que dizer. "Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha 
boca entoará o teu louvor." (Salmos 51 : 15). 
 O período do louvor é o momento de levar a igreja a adora-lo, conduzir 
a noiva a adoração verdadeira, e é nesse momento que há libertação, cura, 
restauração, livramentos, pois o louvor quebra as cadeias e laços de Satanás 
que há sobre as pessoas. “Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; 
então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele. 
(1 Samuel 16:23 b)”; No livro de II Crônicas, Cap. 20, encontramos a história em 
que os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, com um grande exército vieram 
à peleja contra o rei de Judá Jeosafá. O rei temeroso sabendo que era 
impossível vencê-los buscou socorro ao Senhor. Em jejum e constante oração o 
Espírito de Deus veio sobre eles e disse o Senhor:

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