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CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO- QUÍMICA DE ÓLEOS E GORDURAS Professora: MSc. Carolina Claudio Não segue características estruturais como as proteínas e carboidratos. DEFINIÇÃO São compostos de origem biológica solúveis em solvente orgânicos apolares e insolúveis em água. LIPÍDIOS - CONSTITUIÇÃO ÁCIDOS GRAXOS o Os ácidos graxos, quimicamente, são classificados em saturados e insaturados. ESTRUTURA QUÍMICA Cis – 14°C Trans – 44°C Isomeria Cis x Trans apresentam diferentes pontos de fusão. ÁCIDOS GRAXOS Nome Número de carbonos Ponto de fusão °C Saturados Butirico 4 -7,9 Caproico 6 -3 Caprílico 8 16,5 Caprico 10 31,6 Láurico 12 43,2 Mirístico 14 53,9 Palmítico 16 63,1 Esteárico 18 68,8 Araquídico 20 76,5 Insaturados Palmitoleico (16:1 ω7) 16 -0,1 Oleico (18:1 ω9) 18 13,4 Linoleico (18:2 ω6) 18 -12 Linolênico (18:3 ω3) 18 -11 Araquidônico (20:4 ω6) 20 -49,5 Ponto de fusão de ácidos graxos saturados e insaturados ÓLEOS X GORDURAS Definição • Óleos vegetais se apresentam na forma líquida em temperatura ambiente 25°C. • As gorduras vegetais se apresentam na forma sólida ou pastosa à temperatura ambiente 25°C. ÓLEOS VEGETAIS %Ácidos graxos saturados %Ácidos graxos poliinsaturados %Ácidos graxos monoinsaturados Ponto de fumaça* Óleo de canola 7 30 59 213-223 Óleo de girassol 10 40 45 226-232 Óleo de milho 13 59 24 204-212 Óleo de soja 14 58 23 226-232 Azeite de oliva 14 8 74 175-190 Óleo de algodão 26 52 18 218-228 Óleo de coco 87 2 6 170-177*temperatura onde é perceptível a degradação lipídica por meio de fumaça branco-azulada. Composição em ácidos graxos de óleos vegetais e respectivos pontos de fumaça COMPOSIÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS EM DIFERENTES TIPOS DE ÓLEOS CLASSIFICAÇÃO ▪ Azeite de Oliva: é o produto obtido somente dos frutos da oliveira (Olea europaea L. ). ▪ Azeite de Oliva virgem: é o produto obtido do fruto da oliveira (Olea Europaea L.), somente por processos mecânicos ou outros meios físicos. ▪ Óleos mistos ou compostos: são os produtos obtidos a partir da mistura de óleos de duas ou mais espécies vegetais. ▪ Óleos vegetais e Gorduras vegetais com especiarias: são os óleos e gorduras vegetais adicionados de especiarias. Resolução RDCnº270,de 22 de setembro de2005 CLASSIFICAÇÃO ▪Lipídeos simples: ácidos graxos e ceras ▪Lipídeos compostos: fosfolipídeos ▪Lipídeos derivados: carotenóides LIPÍDEOS SIMPLES • Formados a partir da esterificação de ácidos graxos e álcoois LIPÍDEOS COMPOSTOS • São formados por grupo éster + outros grupamentos LIPÍDEOS DERIVADOS • Obtidos por hidrólise dos lipídeos, carotenoides e esteróis. TEOR DE ÁCIDOS GRAXOS EM DIFERENTES ALIMENTOS (ÓLEOS E GORDURAS) Fonte: Adaptado de Gonçalves, 2015. PROPRIEDADES QUÍMICAS • Óleos e gorduras vegetais modificados: são os produtos obtidos a partir de óleos ou gorduras submetidos a processos físicos ou químicos tais como fracionamento, hidrogenação e interesterificação. Óleo (insaturado) Gordura (saturada) Hidrogenação Formação de isômeros trans PROPRIEDADES QUÍMICAS Interesterificação enzimática: Promove a redistribuição dos ácidos graxos nas moléculas de triglicerídeos, resultando na modificação da composição triacilglicerídica. Óleo (insaturado) Gordura (saturada) PROPRIEDADES QUÍMICAS Saponificação: ao serem neutralizados, os ácidos graxos formam sais e esta reação é conhecida como saponificação. NaOH Triglicerídeo Glicerol Ácido graxo neutralizado SAL DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DOS LIPÍDEOS Ácidos graxos, ésteres e triacilglicerídeos Saturados Insaturados Reações termolíticas Oxigê nio Reações termolític as Oxigênio Ácidos, hidrocarbo netos, ésteres, acroleína, cetona (T > 200°C). Alcanos, aldeídos, cetonas, lactonas de cadeia longa Dímeros, acíclicos e cíclicos (T > 180°C). Dímeros e voláteis da oxidação (T baixa) PROCESSAMENTO Mudanças físicas Ocorre no óleo ou gordura durante o processo de fritura. • Escurecimento • Aumento na viscosidade • Diminuição do ponto de fumaça • Formação de espumas Degradação lipídica de óleo de girassol em diferentes condições de armazenamento (Kerrihard et al., 2015) PROCESSAMENTO Mudanças químicas Ocorrem pela ação do calor (fritura) Degradação químicas envolvendo proteínas e carboidratos Produtos da decomposição são absorvidos pelo alimento Processo desejávelCaracterísticas sensoriais Processo indesejável Acúmulo de substâncias tóxicas DEGRADAÇÃO LIPÍDICA PROCESSAMENTO Hidrólise dos triglicerídeos Ranço hidrolítico Ocorre por ação térmica, enzimática e variações do p.H Produtos da hidrólise são absorvidos pelo alimento Formação de glicerol e liberação de ácidos graxos no meio PROCESSAMENTO Oxidação lipídica Reação induzida por oxigênio e facilitadas pelo calor, radicais livres, luz, pigmentos fotossensibilizantes e íons metálicos. Interações entre Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) e os ácidos graxos insaturados. Alteram sabor REFINO DO ÓLEO VEGETAL https://www.youtube.com/watch ?v=DZ3TxhPv28s https://www.youtube.com/watch?v=DZ3TxhPv28s RESOLUÇÃO RDC N°270 DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. Aprova o “REGULAMENTO TÉCNICO PARA ÓLEOS VEGETAIS, GORDURAS VEGETAIS E CREME VEGETAL.” ANÁLISES PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE ÓLEOS E GORDURAS oDensidade Relativa oÍndice de Refração oÍndice de Saponificação oÍndice de Iodo (grau de instauração) oÍndice de Acidez oÍndice de Peróxido oReação de Kreiss oClorofila oMatéria Insaponificável CONTROLE DE QUALIDADE Densidade Relativa Modificada quando ocorre uma mudança na concentração de ácidos graxos Quanto menor é o peso molecular dos ácidos graxos, menor é a densidade. CONTROLE DE QUALIDADE Índice de Refração É característico para cada tipo de óleo e está relacionado com o grau de instauração, compostos de oxidação e tratamento térmico . O índice aumenta com o número de duplas ligações, conjugações e peso molecular dos ácidos graxos. CONTROLE DE QUALIDADE Índice de Saponificação • Determina a quantidade de KOH necessários para neutralizar os ácidos graxos provenientes de 1g de amostra. CONTROLE DE QUALIDADE Índice de Iodo Avalia o grau de instauração CONTROLE DE QUALIDADE Índice de Acidez Resolução RDCnº270, de 22 de setembro de 2005. CONTROLE DE QUALIDADE Índice de peróxido Quantifica os peróxidos no meio Reação de Kreiss CONTROLE DE QUALIDADE • Requisitos específicos para Peróxidos em óleos vegetais Resolução RDCnº270, de 22 de setembro de 2005. CONTROLE DE QUALIDADE INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 49, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006 CONTROLE DE QUALIDADE
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