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JÉSSICA PAIVA 2022 – ANESTESIOLOGIA – PUC MINAS Anatomia aplicada à anestesia local Nas áreas onde a lâmina vestibular óssea é mais delgada e porosa (maxila), o anestésico difunde-se com maior facilidade, sendo assim pode-se optar por anestesias paraperiósticas (ápice radicular). Na mandíbula, a cortical óssea é bem mais espessa, dificultando essa dissipação do anestésico até a área alvo. Anestesia paraperióstica: -apenas filetes nervosos terminais de uma região; - um ou poucos dentes (maxila: pré molares e anteriores/ mandíbula: anteriores); - Injeta-se o anestésico perto do ápice do dente, externamente ao periósteo (SUPRAperiostial), se aplicada SUBperiostial, provoca distensão do periósteo do osso e causa dor ao paciente. Acidentes ósseos – MAXILA: Canal infraorbital: Percorre o assoalho da órbita e termina na face anterior da maxila através do forame infra-orbital. Forame infra-orbital: vasos e nervos infra-orbitais; Canais e foraminas alveolares: O processo alveolar origina-se da parte inferior do corpo da maxila, que aloja os alvéolos dentais superiores. É formado por duas lâminas ósseas irregulares e paralelas que se reúnem numa saliência arredondada atrás do ultimo dente (túber da maxila); Canais e forame incisivo: Na região anterior do palato, atrás dos incisivos nota-se uma depressão, a fossa incisiva, que marca a abertura dos canais incisivos que comunicam a cavidade nasal com a oral. A abertura do canal é o forame incisivo, por onde passam vasos e nervos nasopalatinos. JÉSSICA PAIVA 2022 – ANESTESIOLOGIA – PUC MINAS Canal e forame palatino maior e menor: Na região posterior do palato entra a lâmina horizontal do palato e a maxila, abre-se o canal palatino maior pelo forame palatino maior e ambos são atravessados por vasos e nervos palatinos maiores e atrás do forame maior pode haver um ou mais forames palatinos menores para vasos e nervos de mesmo nome. Crista infrazigomática: Onde se finaliza o processo maxilar do osso zigomático, que se inicia na margem infraorbital. Face posterior da maxila (túber da maxila): Saliência arredondada que une as duas lâminas do processo alveolar (alvéolo do 3º molar); JÉSSICA PAIVA 2022 – ANESTESIOLOGIA – PUC MINAS Hâmulo pterigóideo: Um pequeno gancho na parte inferior da lâmina pterigóidea medial. Bloqueios regionais em Maxila BLOQUEIO Nervo alveolar superior posterior; Nervo alveolar superior anterior, médio e infraorbitário; Nervo nasopalatino; Nervo palatino maior JÉSSICA PAIVA 2022 – ANESTESIOLOGIA – PUC MINAS PULPAR PULPAR (dentística/ endo) (cirurgia perio/bucomaxilo) N. alveolar superior posterior PERIODONTO DENTE 26 N.A. superior médio 28% N. posterior médio Técnicas anestésicas Infiltração local – único ponto; Bloqueio de campo – mais de um ponto; Bloqueio de nervo (troncular). Trajeto do Nervo Alveolar superior posterior Ramos descem pelo tuber da maxila; Penetram nas foraminas alveolares; Passam pelo seio maxilar – pequenos canais alveolares. Nervo infraorbitário; Nervo alveolar superior Bloqueio N. Alveolar superior posterior Inerva: - Polpa de molares superiores (exceto raiz mésio-vestibular do primeiro molar); - Periodonto; - Tecido mole (vestibular – região de molares); - Mucosa do seio maxilar; - Maxila; - Porção póstero-superior da bochecha. Bloqueio N. Alveolar superior médio Trajeto: - Originam-se do nervo infra-orbital; - Os ramos no N.A.S.Médio nem sempre estão presentes e podem não existir (1ºM e 2ºP.M serão inervados pelos ramos do N.A.S.Posterior e o 1ºP.M será inervado pelos ramos do N.A.S.Anterior). Tecidos moles; Ligamento periodontal; Osso alveolar. O Posterior Médio Anterior JÉSSICA PAIVA 2022 – ANESTESIOLOGIA – PUC MINAS Indicado para procedimentos apenas nos pré-molares. Bloqueio N. Alveolar superior anterior Bloqueio terminal – supraperiosteal Inerva: - Polpa dos caninos superiores; - Incisivos superiores; - Periodonto; - Tecido mole nesta região; Parte da membrana da mucosa do seio maxilar. Indicações: - Procedimentos em caninos e incisivos superiores e estruturas adjacentes por vestibular. Bloqueio N. Infra-orbital Trajeto: Emerge pelo forame infra-orbital, emite os ramos N.A.S.Médio e N.A.S.Anterior (antes de emergir pelo forame infra-orbital) e após emergir pelo forame termina em 3 ramos: palpebral inferior, labial superior e nasal. Indicação: Para intervenções em caninos, incisivos centrais e laterais e tecido mole adjacente; Usado também em traumatologia. Bloqueio N. Nasopalatino Anatomia: Origina-se do nervo pterigopalatino, penetra na cavidade nasal pelo forame esfenopalatino, passa pelo canal incisivo, pela cavidade bucal e dirige-se posteriormente até região dos caninos. Inervação: Mucosa do septo nasal e mucosa da região anterior do palato de canino a canino. Áreas anestesiadas: Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) da face mesial do 1ºP.M direito à face mesial do 1ºP.M esquerdo. Indicações: anestesia dos tecidos moles palatinos para tratamento envolvendo mais de dois dentes; Controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos envolvendo os tecidos palatinos. Contraindicações: Se houver inflamação ou infecção no local da injeção; Pequenas áreas de tratamento (1 ou 2 dentes). Técnica: Área de introdução – mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva (linha média atrás dos incisivos centrais); Área alvo – forame incisivo sob a papila incisiva; Pontos de referência – incisivos centrais e papila incisiva; Utilizar agulha curta; Aproximar do Local de injeção, a 45º da papila incisiva. JÉSSICA PAIVA 2022 – ANESTESIOLOGIA – PUC MINAS Bloqueio N. Palatino maior Trajeto: Origina-se do nervo palatino, chega a cavidadade oral pelo forame palatino maior, dirige-se anteriormente sob a mucosa do palato. Inervação: Mucosa do palato duro até a região de pré molares ou caninos, pode ocorrer troca de fibras com o N. nasopalatino. Área anestesiada: Porção posterior do palato duro e seus tecidos sobrejacentes; Anteriormente até o 1ºP.M e medialmente até a linha média. Técnica: Área de introdução – tecidos moles levemente anteriores ao forame palatino maior; Área alvo – nervo palatino maior anterior; Pontos de referência – forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino; Avançar a seringa a partir do lado oposto da boca, formando um ângulo reto com a área alvo.