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Anatomia fisiologia e patologia de Aves

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Medicina de Aves 
Classe das Aves 
• São animais endotérmicos e ovíparos 
• Possuem penas – feitas de queratina, auxiliam a 
termorregulação 
• Bico sem dentes 
• Metabolismo muito elevado, por isso a 
temperatura corporal é de 41-42ºC 
- quanto menor a ave, mais elevado é o 
metabolismo e consequente temperatura 
• Ausência de glândulas mamárias e sudoríparas 
- não é normal respiração com bico aberto, pode 
indicar uma hipertermia ou dispneia 
- asas abertas e penas eriçadas ajudam a 
aumentar a superfície de contato corporal 
• Sacos aéreos – auxiliam o voo e flutuação 
- auxiliam na respiração e estão presentes na 
cavidade celomática 
• Coração possui 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos 
• Esqueleto pneumático – resiste e leve 
- ossos trabeculados (aerado semelhante ao 
Suflair) 
- pesa 25% do PV da ave 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tegumento 
• Possuem a pele muito fina, delgada e flexível 
• Queratina – patas, bico e penas 
• Glândula uropigiana: na base da cauda 
- secreta uma substância oleosa, que a ave 
distribui pelas penas conferindo 
impermeabilidade e auxiliando na 
termorregulação 
- na clínica sempre devemos examinar essa 
glândula pois pode ocorrer inflamações e 
obstruções 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de penas 
• Rêmiges – penas das asas (penas de voo) 
• Retrizes – penas da cauda 
• Tetrizes ou penas de contorno 
Abaixo das penas há a penugem (que é um tipo de 
plumagem) também presente em aves filhotes 
 
PENAS DE CONTORNO 
Mais presentes no peitoral das aves 
- Escondem o real escore corporal desses animais, 
que é medido pela quilha e musculatura que a 
recobre 
 
PLUMAS 
- Primeiras penas dos filhotes 
- Não são impermeáveis 
- Conferem certa capacidade de termorregulação 
- Animais adultos também possuem plumas, que 
ficam abaixo das penas de contorno 
 
• As penas da cauda (retrizes) que irão dar a 
direção do voo da ave, por isso animais com as 
penas das asas mas sem penas na cauda não 
consegue voar 
 
OLHAR CLÍNICO: 
Quando as penas da cabeça estão intactas e as do restante 
do corpo estão faltando, pode indicar que o animal está 
fazendo o arrancamento e não uma doença sistêmica. 
FUNÇÃO DAS PENAS 
• Proteção térmica 
• Impermeabilidade (glândula uropigiana) 
• Camuflagem 
• Voo 
• Identificação de macho e fêmea (algumas 
espécies com dimorfismo sexual, por exemplo o 
pavão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Outras espécies sem dimorfismo como o 
Papagaio, a sexagem é feita por coleta de DNA e 
exame PCR – pode ser coletado do corte de unhas (irá 
sangrar algumas gotas) ou arrancamos as penas de 
contorno (de 5 a 8 penas), porém o animal sente dor 
- não há indicação de sedação nesse caso 
 
 
FORMAÇÃO DAS PENAS E MUDAS 
• Folículo da pena – produzido apenas na fase 
embrionária, depois que o animal nasce se 
houver danos nesse folículo não nascerá mais 
penas, ou nascerão defeituosas 
• As penas são formadas da ponta para a base 
• Base da pena – formação da polpa, que é irrigada 
e inervada, nutrindo os queratinócitos que irão 
produzir queratina beta e formará a pena 
• Canhão de sangue – presente em animais filhotes 
ou em épocas de troca de penas 
- depois desse momento a pena formada não irá 
mais ter irrigação nem inervação, fixando-se 
completamente no periósteo 
- NÃO podemos cortar as penas que possuem 
canhão de sangue pois poderá ocorrer uma 
hemorragia e até mesmo uma infecção sistêmica 
 
 
 
Fraturas de penas de sangue também podem causar 
hemorragia e infecção – se for na base da pena corre 
o risco de não nascer mais 
 
• O que confere coloração às penas são pigmentos 
chamados de carotenoides e melanina 
• O tempo da muda varia conforme a espécie 
- exemplo: pinguins fazem a troca em 2 semanas, 
já os papagaios fazem a muda completa em 6 
meses em média 
- o tempo de formação de cada pena pode levar 
2 meses em média 
- sabe-se que o fotoperíodo, manejo ambiental e 
nutricional também estão ligados a troca de 
penas 
 
Exemplo: em aves de produção, realiza-se a 
muda forçada, mantendo o animal sem comer e 
em galpões privados de luz solar, para que a troca 
aconteça em 2 semanas 
 
• Pigóstilo – osso da cauda das aves em que as 
penas estarão conectadas 
- sendo as penas das asas conectadas a todos os 
ossos das asas 
 
• Coverts são as penas que recobrem as Rêmiges 
 
CORTE DE PENAS 
O corte de penas tem como objetivo limitar o voo da 
ave evitando fugas, porém, é um mito. Muitas aves 
conseguem pegar correntes de vento e planar até 
longas distâncias. 
 
• Também pode ser feito para amansar aves que 
convivem no mesmo ambiente 
- exemplo: uma ave atacando a outra, corta-se as 
penas da ave “agressiva” para dar mais chance a 
outra de conseguir fugir e se defender 
• Evitar acidentes em cativeiro – bater contra 
vidros e espelhos, cair em privadas, ventiladores 
de teto etc 
 
Contudo, ao cortar as asas do animal, estamos o 
impedindo de exercer seus comportamentos 
naturais. Atualmente já existem alternativas como: 
telar a casa, adesivos nos vidros, ambientes sem 
ventiladores de teto, e supervisão do tutor ao deixa-
los livres pela casa. 
 
• Telas de mosquiteiro ou nylon – mas não deixar 
os animais soltos nesses ambientes sem 
supervisão 
• Telas de metal – mais confiável para deixa-los 
soltos 
 
Motivos de fugas estão mais relacionados ao instinto 
da ave de fugir de possíveis ameaças, como: barulhos, 
animais entrando no ambiente delas, etc 
 
COMPLICAÇÕES DO CORTE DE PENAS 
• Corte adequado 
- Pode gerar atrofia da musculatura peitoral 
- Artrose: degeneração das articulações 
- Dependência emocional do tutor pois irá 
precisar dele para se locomover pelo ambiente 
- Estresse no caso de animais que tinham o hábito 
de voar e tiveram suas penas cortadas 
- Obesidade 
- Ave torna-se presa fácil em ambientes com 
outros contactantes 
• Corte inadequado 
- Lesões na quilha por queda 
- Fratura de rinoteca (parte superior do bico) 
- Traumas crânio encefálicos 
 
 
 
 
O corte por um médico veterinário pode ser feito da 
seguinte forma: 
• Deixa-se as 3 primeiras penas (de fora para 
dentro) e cortamos 9 penas de voo na altura do 
cálamo, de forma que as penas coverts as 
recubram – esteticamente mais bonito e 
importante pro tutor 
• Se houverem penas de sangue, NÃO devemos 
cortar, e sim pular essas na contagem das 9 penas 
• Também podemos deixar as penas vizinhas à 
pena de sangue para conferir proteção e maior 
estabilidade a elas, sendo assim, essas penas NÃO 
farão parte da contagem e as 3 serão puladas 
• OBS: o corte deve ser feito de forma bilateral 
 
Sistema esquelético 
Ossos mais leves, chamados de pneumáticos 
Fusão do tronco – esterno 
Fusão dos ossos pélvicos – sínfise pélvica 
 
 
 
 
• Sinsacro – união das vértebras lombares e sacrais 
• Pigóstilo 
 
 
MEMBROS ANTERIORES 
• Úmero – osso pneumático e tem conexão com os 
sacos aéreos 
• Ulna – osso medular, maior que o rádio (diferente 
dos mamíferos) 
• Rádio 
• Dígito alular 
• Carpometacarpo 
• Dígitos 
 
MEMBROS PÉLVICOS 
• Fêmur – osso pneumático com conexão com os 
sacos aéreos 
• Tibiotarso – osso medular 
• Fíbula 
• Tarsometatarso 
• Dígitos (a maioria das aves possuem 4) 
 
 
 
 
Aplicações e acessos intraósseos são feitos em ulna e 
tibiotarso, que são ossos medulares. Não podemos 
acessar ossos pneumáticos. 
 
EXEMPLO CLÍNICO 
Um papagaio com fratura de fêmur e 
opacidade em sacos aéreos direito no 
exame RX (ventro-dorsal) 
- Pode significar que a hemorragia 
ocasionada pela lesão progrediu pelo 
fêmur até os sacos aéreos 
- Pode ocorrer osteomielite 
secundária a fratura exposta e 
aerossaculite secundária 
 
 
 
 
Sistema respiratório 
• Epiglote AUSENTE 
- Pode haver aspiração de alimentos e fármacos, 
por isso ter cuidado ao realizar com seringas• Laringe sem cordas vocais e sem papel de 
vocalização 
• Traqueia localiza-se ao lado esquerdo e 
possui anéis cartilaginosos completos 
• Siringe – localizada na bifurcação caudal da 
traqueia e produz a vocalização por meio de 
vibrações 
- Siringite: decorrente do esforço do canto 
prolongado (também associado à 
imunossupressão) 
• Coana* – fenda no palato, fazendo uma 
comunicação da cavidade oral e nasal 
- Sinusite pode causar obstrução da coana, 
levando secreção da cavidade nasal para oral, e 
possíveis formações de abcessos caseosos 
 
 
 
• Pulmões fixos (ou seja, não contraem nem 
expandem) próximos a coluna – realizam as 
trocas gasosas; 
• Parabrônquios – fazem as trocas no pulmão 
• Brônquios primários e secundários 
• Sacos aéreos – NÃO fazem trocas gasosas 
 
SACOS AÉREOS 
Função de ventilar o pulmão, expandem e contraem 
levando e recebendo ar dos pulmões. Além disso 
diminuem o peso e a temperatura das aves. Em média 
as aves possuem 9 sacos aéreos 
 
Levam o ar para os pulmões: 
• Sacos aéreos torácicos craniais (2) 
• Intraclavicular (1) 
• Sacos aéreos cervicais (2) 
 
Recebem o ar dos pulmões: 
• Sacos aéreos abdominais (2) 
• Sacos aéreos torácicos caudais (2) 
 
A musculatura peitoral – intercostais – irá 
movimentar os sacos aéreos (expansão e contração) 
de forma que o ar se movimente em direção aos 
pulmões e para fora do corpo da ave 
 
A anestesia pode ser feita direta nos sacos aéreos 
caudais, principalmente em afecções de traqueia ou 
emergências 
Drenos podem ficar fixados nos sacos por até 7 dias 
 
É uma estrutura pouco vascularizada, por isso, em 
aerossaculite faz-se nebulização. E em uma 
necrópsia, nota-se áreas mais opacas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema cardiovascular 
• Frequência cardíaca 250-550bpm 
- Quanto menor o tamanho da ave, maior será a 
frequência 
• Volume de sangue – 7% do PV 
• Coração localizado entre os lóbulos hepáticos 
- Diâmetro é de 50 a 60% do tórax 
- Possível avaliar se há cardiomegalia ou 
hepatomegalias por esse parâmetro 
- Forma de ampulheta na imagem radiográfica 
 
 
 
 
Sistema digestório 
• Língua – formato varia conforme a espécie e seus 
hábitos alimentares 
• Esôfago 
• Inglúvio (papo) 
• Proventrículo 
• Ventrículo (moela) 
• Fígado 
• Intestinos 
• Pâncreas 
• Ceco 
INGLÚVIO 
Popularmente chamado de papo, tem como função 
armazenar comida e permitir que o animal tenha 
reserva energética 
• Não realiza digestão 
• Permite a ingestão de grandes quantidades de 
alimento de uma vez 
• NÃO existe em todas as espécies, principalmente 
em piscívoros (pinguins) 
• Cabe de 3 a 5% do PV da ave 
• Alimentar adultos a cada 6h e filhotes a cada 4 
horas 
• Ao dilatar exageradamente o papo, pode ocorrer 
estase de Inglúvio – pela compressão da 
circulação, ocorre fermentação do alimento e 
proliferação de leveduras como a Candida 
 
Na contenção é necessário tomar cuidado com o 
Inglúvio cheio, além disso, nessa condição a coleta de 
sangue pela jugular é dificultada 
 
CASO CLÍNICO 
Um proprietário veio em sua clínica com sua calopsita 
filhote, ainda sem penas, recebendo papinha no bico, 
apresentando com os seguintes sinais clínicos: 
- dispneia 
- estertor em sacos aéreos 
- escore corporal baixo 
 
1- Qual (s) regiões anatômicas estão envolvidas? R: 
Sistema respiratório e digestório 
2- Qual característica anatômica das aves facilita a 
ocorrência deste problema? R: Ausência da 
epiglote e traqueia na base da língua 
3- Qual o possível diagnóstico? R: aspiração de 
alimento 
 
ESTÔMAGO 
• Proventrículo 
Estômago químico, revestido por glândulas que 
secretam muco, pepsinogênio e ácido clorídrico – 
digere principalmente as proteínas 
• Ventrículo – moela 
Estômago muscular que realiza a digestão 
mecânica – trituração do alimento pelas 
contrações musculares e pela presença de 
gastrólitos (estruturas que parecem pedras e 
ajudam a macerar o alimento) 
É revestido por uma membrana de queratina – 
Membrana de Coilina – que protege a mucosa do 
ventrículo de traumas causados pela 
movimentação do alimento 
 
 
 
 
Em avaliações de exames radiográficos é 
importante conhecer a radiopacidade dos 
gastrólitos e a localização anatômica do 
ventrículo, para não confundir com possíveis 
corpos estranhos 
 
 
 
INTESTINO 
Duodeno x jejuno x íleo 
• Intestino Delgado – realiza digestão enzimática e 
absorção de nutrientes 
• Duodeno tem um loop onde está localizado o 
pâncreas 
• Pâncreas – similar aos mamíferos, secreta 
amilase, lipase e tripsina 
• NÃO produzem lactase – por isso, não devemos 
oferecer leite com fubá para filhotes, ele não irá 
conseguir digerir e irá ocorrer fermentação 
• Algumas espécies possuem vesícula biliar 
 
 
 
Ceco x cólon x reto 
• Intestino grosso – relativamente curto e sem 
demarcações definidas, é dividido em: 
• Ceco – junção do intestino delgado com o 
grosso, geralmente tem formato em par, realiza 
a fermentação de matéria vegetal com digestão 
microbiana 
- o ceco é mais desenvolvido em espécies que 
ingerem grandes quantidades de matéria vegetal 
Ex: papagaios, calopsitas, psitacídeos e 
passeriformes possuem ceco vestigial 
• Cólon/reto – tubo curto e estreito, responsável 
pela reabsorção de água (lembrar que são 
animais que não apresentam vesícula urinária) 
• Cloaca – compartimento comum aos sistemas 
digestório, urinário e reprodutor 
 
FÍGADO 
• Síntese de colesterol, albumina, vitaminas, 
fatores de coagulação e ácidos biliares 
• Maior órgão do corpo 
• Vesícula biliar presente em galiformes, 
rapinantes e alguns passeriformes 
BAÇO 
• Colado ao fígado em formato de meia lua 
• Doenças virais podem causar esplenomegalia 
 
 
CLOACA 
• Coprodeo: reto – maior porção da cloaca 
(presença de um esfíncter para evitar 
contaminação dos outros sistemas) 
• Urodeo: menor porção, recebe o ureter e oviduto 
• Proctodeo: parte final da cloaca – presença da 
Bursa de Fabrícius (na maturidade sexual há uma 
regressão desse órgão linfóide) 
 
 
 
Excretas: 
As fezes normais tem formato de “minhoca” com 
coloração esverdeada e amarronzada 
Cristais de urato – coloração branca (em outras cores 
pode indicar problema hepático e dependendo da 
quantidade um problema renal) 
Parte líquida – halo de urina transparente em volta 
das excretas sólidas, em grandes quantidades indica 
poliuria e possíveis problemas renais 
 
• A ausência da vesícula urinária facilita o voo 
 
Sistema renal e urinário 
RIM 
• Pode ser dividido em porção cranial, medial e 
caudal 
- em passeriformes a medial é junta com a cranial 
- rins são aderidos ao sinsacro – difícil acesso em 
uma necrópsia 
• Não há distinção clara de medula e córtex 
 
 
10 a 30% dos néfrons tem alça de Henle 
90 a 70% néfrons reptilianos – não 
possuem alça de Henle e estão 
localizados no córtex (não são capazes 
de concentrar a urina) 
 
 
• Lobo cranial – próximo a ele estão localizados os 
ovários (as fêmeas só possuem o esquerdo 
funcional) e os testículos nos machos 
• Produzem ácido úrico como produto final do 
metabolismo do nitrogênio 
• Vantagem na produção de urina dentro dos ovos 
pois a ureia é tóxica para o desenvolvimento 
embrionário 
• SISTEMA PORTA RENAL 
- em situações de adrenalina, ativação do sistema 
nervoso simpático, o sangue que chega da veia 
ilíaca externa passa pela válvula porta renal 
aberta e vai para a veia cava caudal 
- já em situações de relaxamento (sistema 
nervoso parassimpático) o sangue que chega da 
veia ilíaca NÃO consegue passar pela válvula 
porta renal, e segue DIRETO para os rins 
 
 
 
Sistema reprodutor feminino 
• Ovários localizados na parte cranial do rim, sendo 
somente o esquerdo funcional 
• Fêmeas em período de reprodução apresentam 
diversos folículos (gemas) 
• Animais adultos fora da época de 
reprodução apresentam ovários e 
testículos diminuídose inativos (atresia) 
• Infundíbulo – local onde ocorre a 
fertilização 
- o sêmen escorre da cloaca do macho 
para a cloaca da fêmea 
• Útero ou glândula da casca – 
formação da casca pela deposição de 
cálcio (galinhas podem passar até 20h 
nesse processo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema reprodutor masculino 
• 2 testículos intracavitários 
• Região cranial ao rim 
• Mudança de cor e 
tamanho na época 
reprodutiva 
• Ausência de pênis – 
algumas espécies 
apresentam o falo 
erétil 
 
Nutrição 
ORDEM PSITTACIFORMES 
Família: Loridae, cacatuidae e psittacidae 
• Peso de 30g a 1,7kg 
• Animais zigodáctilos (4 dedos – sendo dois para 
frente e dois para trás) 
• Muda de penas no outono e inverno 
• Monogâmicos 
• Reprodução na primavera e verão 
• Filhotes nascem sem penas – os pais cuidam até 
120 dias de vida 
• Não possuem vesícula biliar nem ceco 
 
 
 
Granívoros – sementes (porém as aves vão preferir as 
sementes mais palatáveis, e apesar de virem 
balanceadas, irão selecionar as que querem – sendo 
assim, não devem ser oferecidas como alimento base, 
mas sim como petisco) 
Frugívoros – frutas 
Nectarívoros – néctar de flores 
A ração vem em pó, ao misturar com água forma uma 
papa, e por conter muito açúcar deve ser trocada 2 
vezes ao dia 
 
A base da alimentação para todos deve ser de ração 
extrusada (nutrópica e megazoo) 
 
 
Além disso, podemos oferecer verduras verde 
escuras, vegetais (chuchu, abobrinha, cenoura, 
abóbora etc) e frutas como complemento da dieta 
• Verduras e vegetais – todos os dias 
• Frutas – 2 a 3 vezes por semana (petisco) 
- maracujá, goiaba, melancia, banana, 
mamão etc 
- NUNCA dar abacate pois é tóxico 
- evitar uva e morango (a menos que 
sejam de criações orgânicas) 
 
ENRIQUECIMENTO: colocar pimentas e alecrim para 
a ave interagir, mudar a apresentação dos vegetais 
etc 
 
 
ORDEM PICIFORMES 
• Família: picidae e ramphastidae 
• Peso de 125 a 600g 
• Zigodáctilos 
• Não possuem inglúvio 
• Monogâmicos 
• Territorialistas – principalmente machos, podem 
brigar até a morte 
• Filhotes nascem sem penas 
 
 
 
Tucanos brigam com o bico, podendo ocorrer fraturas 
e até mesmo ser necessário implantes de bico 
- comem outras aves e ovos 
- invadem outros ninhos 
- possuem ceco vestigial e vesícula biliar 
 
Animais onívoros, alimentação a base de ração 
extrusada, e complementar com frutas, pequenos 
roedores, insetos 
• Alimentos cítricos NÃO são recomendados pois 
aumentam a disponibilidade de ferro no 
intestino, ocorrendo uma hemocromatose – 
acumulo de ferro nos tecidos; são animais 
predispostos 
 
 
 
ORDEM PASSERIFORMES 
• Peso de 15 a 100g 
• Aves canoras 
• Siringe bem desenvolvida 
• Territorialistas – brigam 
até a morte 
• Monogâmicos 
• Anisodáctilos (3 dedos para frente e 1 para trás) 
• Ceco vestigial e vesícula biliar 
 
 
Granívoros 
Insetívoros (tenébrios) 
Existem rações específicas 
Frutas e verduras como complemento, vegetais 
amargos como jiló 
 
 
Algumas rações são lançadas em determinada época 
do ano com funções e sabores específicos – edições 
limitadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIXANDO O CONHECIMENTO 
1. Explique o que são ossos pneumáticos, e a 
importância de sabermos quais são estes 
ossos durante um atendimento clínico. 
São ossos que tem passagem de ar, e 
comunicação com o sistema respiratório 
(sacos aéreos). Auxiliam na termorregulação 
do animal e também confere maior leveza. É 
importante saber quais são os ossos 
pneumáticos, porque não podemos, por 
exemplo, realizar aplicações; caso isso 
aconteça poderá ocasionar problemas 
respiratórios para a ave. 
 
2. Cite os componentes do sistema respiratório 
das aves e explique onde ocorre a troca 
gasosa e armazenamento de ar durante a 
respiração. 
Narinas, traqueia, sacos aéreos, pulmão e 
Parabrônquios. A troca gasosa ocorre no 
pulmão, enquanto o armazenamento de ar 
ocorre nos sacos aéreos. 
 
3. Cite os componentes do sistema digestório 
das aves e suas devidas funções. 
Língua, esôfago – passagem de alimento e 
lubrificação, inglúvio – armazenamento do 
alimento, proventrículo – digestão química, 
ventrículo – digestão mecânica, intestino 
delgado: duodeno – digestão enzimática com 
auxilio das enzimas secretadas pelo pâncreas, 
jejuno e íleo – absorção, ceco – digestão 
microbiana, cólon – absorção de água, reto e 
cloaca. 
4. Explique como deve ser feita a contenção 
física da ave e a importância de conhecer a 
fisiologia respiratória neste processo. 
A contenção deve ser feita na cabeça, e 
membros (asas e pés). É importante sempre 
manter a musculatura peitoral livre, pois é 
responsável pelo controle da respiração, uma 
vez que esses animais não possuem 
diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vias de administração 
• GAVAGEM 
Sondar o animal a partir da cavidade oral até o 
inglúvio – posição bem lateralizada para 
conseguir entrar no esôfago, sempre da direita 
para a esquerda (da perspectiva do veterinário) 
Acoplar a sonda à seringa e então administrar o 
alimento 
- VANTAGEM: evita falsa via 
Existem vários 
tamanhos de sonda: 
 
 
 
VIAS SUBCUTÂNEAS PARA FLUIDOTERAPIA 
• Interior de asa 
• Prega inguinal e dorso 
Soluções de Ringer Lactato 50mL/kg 
- muito fluído em um local só atrapalha a 
absorção 
- fluídos aquecidos são recomendados para 
animais muito debilitados 
- passar somente um algodão com álcool no local 
da aplicação, não jatos de álcool, pois isso 
atrapalha a termorregulação das aves 
- Geralmente usamos agulhas 20x5,5 
 
Aplicação em prega inguinal 
 
Aplicação em interior e asa e região dorsal 
• MUSCULATURA PEITORAL 
Área em que não é necessário arrancar as penas, 
basta abri-las que teremos uma área própria para 
aplicação. 
- Método mais seguro: dividir a musculatura em 3 
pedaços. No primeiro terço, se a ave se mexer, 
podemos atingir o inglúvio. No terço final, se algo der 
errado, podemos atingir as alças intestinais. Por isso, 
o local mais seguro é no terço médio. 
 
• Com uma angulação de 45º, sem introduzir a 
agulha toda, fazemos a aplicação. Evitando, assim 
que a agulha atinja o osso do esterno. 
• Em animais muito grandes e com musculatura 
bem desenvolvida podemos entrar com a agulha 
em um ângulo de 90º 
 
 
 
• INTRAÓSSEA 
- Pode ser feita em ulna ou tibiotarso – ossos 
medulares 
- Ocorre mais em casos de emergência, quando 
precisamos estabilizar o animal rapidamente, 
para depois pegarmos outra via de acesso menos 
dolorosa 
 
 
Coleta de sangue 
• Veia ulnar ou braquial na asa (pele 
extremamente fina, sendo possível ver a 
vascularização) 
• Veia jugular – bem calibrosa 
 
Coletar 1% do peso vivo do animal (exemplo: 
calopsitas de 80g coletamos 0,8mL de amostra) 
 
Veia ulnar 
 
Em aves, usamos o tubo com EDTA como via de regra 
para coletas de hemograma (tubo roxo) – atentar-se 
ao tamanho do tubo 
• Algumas espécies como corvos, avestruz etc 
usamos heparina, mas não são regra 
 
 
CELULARIDADE 
Algumas células são diferentes das células dos 
mamíferos, por isso a análise precisa ser feita de 
forma manual – não há máquinas que avaliam 
• Hemácias nucleadas 
• Heterófilos – mesma função dos neutrófilos 
• Trombócitos – plaquetas 
 
Aves não apresentam icterícia, pois não há a 
conversão de biliverdina em bilirrubina. Sendo assim, 
o plasma amarelado pode significar dietas ricas em 
betacaroteno 
 
 
 
 
Anamnese 
• Nome, espécie e sexo (alguns tutores não sabem) 
• Exposição a doenças infecciosas 
• Exposição a toxinas – inseticidas, produtos de 
limpeza, plantas, fumaça de cigarro, 
medicamentos, ingestão de metais, gás liberado 
pelas panelas de teflon (pode levar a hemorragia 
pulmonar e óbito), tintas de gaiola etc 
• Ambiente onde vive 
• Práticas de manejo – limpeza do recinto (nãopodemos usar cloro) 
• Dieta – conferir se o animal realmente come 
ração ou se é um mix de sementes vendido como 
se fosse ração (comum na clínica); perguntar 
sobre petiscos, frutas, legumes, quantidade e 
quantas vezes ao dia é oferecido 
• Estado reprodutivo – se já fez postura de ovos, se 
já entrou em maturidade sexual, se há alterações 
hormonais 
• Contactantes – se houve quarentena 
• Enfermidades anteriores 
 
EXAME FÍSICO A DISTÂNCIA 
• Postura do animal 
• Estado de alerta – animais no fundo da gaiola, 
apáticos, com penas eriçadas, olhos fechados, 
geralmente é urgência 
• Equilíbrio – aves que se apoiam com o bico nas 
grades podem estar com dificuldades 
• Sinais respiratórios – bico aberto, ou bico fechado 
com penas eriçadas e meneio de cauda (cauda 
balançando) – indicam esforço respiratório; 
secreções nas narinas 
• Penas arrepiadas 
• Fezes e urina 
• Poleiros 
• Comedouros 
• Higiene do recinto 
 
Animais que ficam com poleiros muito próximo às 
grades da gaiola podem ter fratura de penas 
 
EXAME FÍSICO 
• Estado nutricional – escore corporal (palpação da 
musculatura peitoral: palpar a quilha preenchida 
pela musculatura) 
Escore 1 – caquético (popularmente chamado de 
“peito seco” – SINAL CLÍNICO de alguma doença 
Escore 2 – magro 
Escore 3 – ideal 
Escore 4 – sobrepeso 
Escore 5 – obeso 
 
 
• Hidratação – prega palpebral (normal é 1s) 
• Temperatura – medica na cloaca, mas não 
utilizamos em todas as espécies (ideal 41-43ºC) 
• Empenamento – verificar se o animal todo está 
recoberto com penas alinhadas (pode haver 
alterações dermatológicas ou sinais de 
arrancamento de pena) 
- APTERIA – equivalente a alopecia em 
mamíferos, significa ausência de penas 
- verificar presença de ácaros nas pelas, piolhos, 
vírus, penas distróficas (característico de vírus) 
 
• Examinar cavidades (oral, cloaca, ouvido, narinas, 
coana) – não é normal haver sujidades na cloaca 
- conduto auditivo é interno 
- narinas localizadas na base do bico 
• Examinar membros – palpação para conferir se 
não há fraturas ou luxação 
• Exame de bico – hiper crescimento pode indicar 
alterações hepáticas ou hipovitaminose A, vírus 
ou sarnas 
• Pesagem do animal 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Exames radiográficos – com ou sem contraste 
(sulfato de bário) 
• US – poucas pessoas fazem 
• Perfil hematológico e bioquímico 
• Exame de Gram (triagem, candidíase) 
- Gram positivas são geralmente benéficas, 
compondo 90% das bactérias encontradas em 
situações fisiológicas – coradas em ROXO 
- Gram negativas – são patogênicas em sua 
maioria (Salmonela, Escherichia coli) – coradas 
em ROSA 
• Cultura bacteriana e antibiograma 
• Exames de biologia molecular (clamidiose, 
poliomavírus, circovírus, bornavírus) – PCR 
• Necrópsia e histopatológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais enfermidades 
Bornavírus 
Doença da dilatação proventricular (PDD) 
É um vírus de RNA fita simples da família Bornaviridae 
 
TRANSMISSÃO 
- oro-fecal 
- vertical 
- pode haver portador subclínico ou saudável 
- qualquer idade está suscetível, porém mais comum 
em adultos 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Animal com penas escurecidas e oleosas 
Alterações neurológicas: head tilt, convulsões, 
encefalomielite, ganglioneurite dos nervos do plexo 
Sinais de sistema nervoso central: ataxia, alteração 
em propriocepção e tremores 
Alterações gastrointestinais: disfagia, dilatação 
proventricular, dificuldade na passagem de alimento, 
presença de alimentos não digeridos nas fezes 
 
Não existe cura nem antivirais específicos, apenas 
tratamento dos sintomas. O animal pode ficar 
portador do vírus a vida toda, e ao voltar a manifestar 
sinais clínicos, podem voltar a transmitir. 
 
 
 
NECROPSIA 
• Macroscópico: 
- emaciação, caquexia, dilatação do 
proventrículo, alimentos não digeridos no TGI, 
erosões e ulcerações com ou sem hemorragia na 
mucosa proventricular. 
• Microscópico: 
- Infiltrado de linfócitos e plasmócitos em nervos 
do trato gastrointestinal (ganglioneurite 
linfoplasmocitária), cérebro, medula espinhal e 
adjacente aos vasos do proventrículo 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Histórico e sinais clínicos 
• RX simples ou contrastado – apresentará 
dilatação de proventrículo – diferenciar de corpo 
estranho e megabacteriose 
- OBS: o contrastado gera muito estresse no 
animal devido às sucessivas contenções 
• Achados macro e micro de necrópsia 
• Detecção de RNA com PCR ou anticorpos (ELISA) 
– não é muito utilizado no Brasil, apenas em 
projetos de pesquisa) 
 
 
 
TRATAMENTO 
Sintomático 
• Antibióticos para infecções secundárias 
• Metoclopramida para estimular a motilidade 
• Fluidoterapia e gavagem (suporte nutricional) 
• Anti-inflamatórios: Celecoxibe (AINE seletivo de 
cox2 e pode ser utilizado por até 4 meses), sulfato 
de amantadina; meloxicam é ineficaz nesse caso 
• Antivirais: Interferon alfa e ribavirina 
• Gabapentina: pode ser utilizada para quadros 
neurológicos, demorando em média 15 dias para 
começar a fazer efeito – e em crises convulsivas 
podemos utilizar também Diazepam (no 
consultório) para estabilizar o animal 
 
Circovírus 
Doença do bico e das penas de psitacídeos 
É uma doença endémica em aves na Austrália, e mais 
comum em cacatuas 
 
ETIOLOGIA 
O Circovírus é um vírus não envelopado de DNA, da 
família Circoviridae 
- Afeta órgãos linfoides facilitando infecções 
secundárias e imunossupressão 
 
TRANSMISSÃO 
Suscetíveis: aves silvestres e exóticas (papagaio 
ecletus, ring neck, calopsita, cacatua etc) 
O vírus é eliminado pelo pó das penas e pelas fezes 
Via oro-fecal, aerógena e vertical 
Período de incubação: 21 dias a anos 
 
 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Hiperaguda, aguda, crônica ou portador 
assintomático 
• Hiperaguda: neonatos apresentam pneumonia, 
enterite, sepse e óbito 
• Aguda: jovens em fase de muda desenvolvem 
apatia, alterações no desenvolvimento das 
penas, diarreia e óbito 
• Crônica: adultos apresentam distrofia de penas, 
sangramento, perda de pigmentação, 
alongamento de bico, necrose de palato e 
ulceração da mucosa oral 
• Imunossupressão: possibilita infecções 
secundárias 
 
O animal infectado apresentará penas distróficas, 
podendo haver hemorragia, e penas de outras 
colorações crescendo em lugares incomuns; 
hiperqueratose do bico (se torna mais poroso) 
 
NECRÓPSIA 
Necrose de Bursa e timo 
Necrose e hiperplasia de células epiteliais na camada 
epitelial intermediária e basal 
 
DIAGNÓSTICO 
• PCR das penas, fezes (coletar amostra de 3 dias 
seguidos) e swab de cloaca 
• Histopatológico: corpúsculo de inclusão 
intranuclear basofílico – biópsia de pele 
• DIFERENCIAL: bicamento de penas, deficiência 
nutricional, alterações endócrinas, reações 
medicamentosas, infecções bacterianas fúngicas 
 
TRATAMENTO 
Não há tratamento específico, apenas para os 
sintomas e prevenção das infecções secundárias. 
• Recomendado: eutanásia 
 
Por ser uma doença extremamente contagiosa, deve-
se alertar o proprietário que possui mais de uma ave 
a isolar o animal infectado, e evitar contato com 
outros animais enquanto estiver na clínica veterinária 
 
Clamidiose 
Etiologia: Chlamydophila psittaci 
Ocorre principalmente em calopsitas, mas todas as 
aves silvestres e exóticas estão suscetíveis 
Sorovares: A – F 
 
TRANSMISSÃO: contato direto com fezes, secreções 
e aerossóis 
 
Fatores estressantes associados ao manejo 
inadequado – como má nutrição e excesso 
populacional – são predisponentes 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Prostração 
Anorexia 
Desidratação 
Secreção ocular, nasal ou conjuntival 
Conjuntivite, blefarite 
Dispneia 
Poliúria 
Biliverdinúria – hepatomegalia 
Diarreia 
Aerossaculite e pneumonia 
 
• Mais comuns são os sinais respiratórios 
Porta de entrada: pulmão – macrófagos carreiam o 
vírus para os outros órgãos 
 
 
HepatomegaliaATENÇÃO: Clamidiose é uma zoonose – sendo idosos 
e crianças mais propensos a infecção – e os sintomas 
humanos são de gripe forte 
 
DIAGNÓSTICO 
• PCR em amostras (swab) de cloaca ou coana, ou 
de órgãos mais acometidos: fígado, baço, sacos 
aéreos; e sorologia 
• Notificar a ocorrência às autoridades sanitárias e 
testar as aves suspeitas ou que tiveram contato 
 
TRATAMENTO 
Doxiciclina (10 – 20 mg/kg VO BID, durante 45 dias) 
Tratar e isolar os animais positivos e suspeitos 
Limpeza e desinfecção do ambiente 
 
Megabacteriose 
É uma doença fúngica: Macrohabdus ornithogaster 
Transmissão por contato direto (fezes) 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Regurgitação e polifagia 
Perda de peso 
Alimentos não digeridos nas fezes 
Diarreia 
Dilatação proventricular e ventricular 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Sinais clínicos e achados radiográficos 
Exame de coloração de Gram 
 
TRATAMENTO 
Anfotericina B (100 mg/kg VO, BID por 7 dias) 
Nistatina (20 a 30 dias) ou Fluconazol 
Probióticos 
Controle com exames de gram 
 
Doenças não infecciosas 
Hipovitaminose A 
ETIOLOGIA: quantidade de vitamina A insuficiente na 
alimentação ou alterações de absorção (parasitas 
intestinais) 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Ressecamento e irritação da conjuntiva ocular e da 
córnea – opacidade e infecção 
Infecções em epitélio de trato respiratório, pele e 
patas 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Histórico alimentar, sinais clínicos e dosagem de 
vitamina A 
 
TRATAMENTO 
Suplementação com vitamina A parenteral 
Tratar as infecções secundárias 
Correção de dieta (cenoura, manga, melão, melancia, 
espinafre, couve) 
 
Lipidose hepática 
Etiologia: ingestão de mais triglicerídeos que o 
metabolismo suporta – acumulo – lipidose 
 
Causada pela alimentação inadequada (semente de 
girassol), falta de exercício e idade da ave 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Anorexia, letargia, fraqueza, diarreia, penas com 
alteração de cor, poliuria e polidipsia, dispneia, uratos 
amarelados ou esverdeados, aumento de volume 
abdominal, ascite, coagulopatias, anormalidades em 
bico e unhas 
 
 
Consequências da obesidade: lipidose hepática, 
aterosclerose (placas de gordura na parede das 
artérias), imunossupressão, aumento da incidência 
de diabete melitos, neoplasias e riscos inerentes à 
anestesia 
 
DIAGNÓSTICO 
Exame radiográfico – hepatomegalia 
Ultrassonografia – ascite 
Biópsia ou citologia guiada por US 
Tomografia e ressonância 
 
Bioquímica sérica: 
 
 
Hemograma: 
Anemia 
 
TRATAMENTO 
Implementar dietas com baixo teor de gordura 
Vitaminas antioxidantes 
Anemia – vitamina B e ferro 
Silimarina – protege a integridade da função hepática

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