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DOENÇAS DA BANANEIRA

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Prévia do material em texto

DOENÇAS DAS BANANEIRAS
(Musa spp)
Prof.ª Miriã C P Fagundes
Informações gerais da cultura
➢ Originária do Sudoeste do Continente Asiático e as espécies que participaram de sua
evolução foram a Musa acuminata Colla (AA) e a Musa balbisiana Colla (BB).
➢ A banana, é a fruta mais consumida no Brasil.
➢ O Brasil é o quarto produtor mundial, produzindo cerca de 7 milhões de toneladas.
➢ Os principais estados produtores são: São Paulo (1.008.877 t), Bahia(828.284 t),
Minas Gerais (825.124 t), Santa Catarina (723.435 t) e Pernambuco (491.911 t).
➢ Entre os patógenos que atacam a cultura estão os fungos, vírus, bactérias e
fitonematoides.
➢ Entre as doenças, mais importantes, estão a sigatoka-amarela, sigatoka-negra,
mal-do-Panamá, causadas por fungos e o moko, por bactéria.
➢ Podem ser classificadas em função do dano fisiológico que causam: a) Doenças que
afetam a capacidade fotossintética; b) afetam a capacidade de absorção de água e
nutrientes; c) afetam os frutos.
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
Sigatoka amarela 
➢Conhecida também como cercosporiose ou mal-de-sigatoka.
➢ Causada por Mycosphaerella musicola, Leach (forma telemórfica) ou Pseudocercospora musicola
(Zimm) Deighton (forma anamórfica).
➢ No Brasil foi detectada pela primeira vez em 1944 no Estado do Amazonas.
➢Atualmente encontra-se em todos os estados produtores de banana.
➢As perdas são de 50% em média, podendo chegar a 100%, quando as infecções são severas, pois
podem impedir completamente o enchimento dos frutos, perdendo totalmente a produção.
➢Estas perdas são também atribuídas a morte precoce das folhas.
Sigatoka amarela 
➢Disseminação - Dá-se principalmente pelo vento.
➢Infecção - Através dos estômatos, abertos ou não.
➢Em condições favoráveis (chuva, orvalho e temperatura acima de 21ºC) os
esporos germinam, sobre as folhas, dentro de duas a seis horas.
➢ As folhas mais suscetíveis à infecção, em ordem decrescente, vão da
“vela” à folha 3.
Sintomas
➢ Os sintomas ocorrem da folha zero ou vela (ainda não aberta) até a terceira folha. Na
quarta folha, ocorre excepcionalmente (a contagem é feita das folhas mais novas para as
mais velhas).
➢ Inicialmente ocorre uma descoloração em forma de pontos entre as nervuras
secundárias.
➢ Estes pontos aumentam formando estrias amareladas e, mais tarde, necróticas,
elípticas e alongadas.
➢ Posteriormente, as lesões ficam com o centro deprimido, de cor cinza e com um halo
amarelo.
➢ Observam-se, nas manchas, frutificações do fungo em forma de pontuações negras.
➢ Ocorre coalescência das lesões e morte das folhas.
Sintomas da sigatoka amarela (Mycosphaerella musicola)
Fontes: A) www.infobibos.com,
B) Fitopatologia Bras. V.30, n.3, 2005, 
C) sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br,
D) www.ufrgs.b.
A
B
C
D
http://www.infobibos.com/
http://www.ufrgs.b/
Sigatoka-amarela (Mycosphaerella musicola) - Estrias
amareladas, necróticas, elípticas e alongadas, dispostas entre as
nervuras da folha.
Viagem técnica em Cruz das Almas – 2008-2
Sigatoka negra
➢ Causada por Mycosphaerella fijiensis, Leach (forma telemórfica) ou
Pseudocercospora fijiensis (Zimm) Deighton (forma anamórfica).
➢É considerada a mais grave doença da cultura.
➢Está disseminada em toda a América Central, algumas regiões da África, da Ásia e
na América do Sul (Colômbia, Equador, Venezuela e Brasil).
➢Foi relatada sua ocorrência na Colômbia em 1981, na Bolívia (700 Km da
fronteira com o Brasil) em 1997 e no Brasil em 1998.
➢É uma doença quarentenária A2 para o Brasil.
➢ No Brasil, foi constatada em 1998, na fronteira do Estado do Amazonas com a Colômbia e o
Peru.
➢ Já foi detectada em vários Estados da Federação.
➢ Disseminação - O patógeno tem uma alta taxa de reprodução e a água e
o vento são os principais disseminadores. (Ciclo apresentado para
Sigatoka amarela)
➢ As manchas produzidas pelas duas sigatokas são muito semelhantes.
➢ Na sigatoka-amarela predomina a cor amarela enquanto na sigatoka-
negra a cor escura.
Sintomas
➢ Os conídios são formados isoladamente ou em pequenos grupos principalmente
na face inferior da folha.
➢ Inicialmente observa-se a descoloração da face inferior da folha. Nesta área
surgem estrias de cor café em ambas as faces das folhas.
➢ Essas estrias aumentam em largura e comprimento e tornam-se pretas. Com
a evolução da doença as estrias ganham formato de manchas com halos
amarelos.
➢ Os frutos ficam pequenos, desuniformes e com maturação precoce.
Sintomas causados pela sigatoka-negra, observados nas folhas e na planta -
Mycosphaerella fijiensis.
Fonte: EMBRAPA (2004)
Sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis )
Fontes: A e D) sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br, 
B) g1.globo.com, C) hotsites.sct.embrapa.br
A
B
C D
Controle das Sigatokas
➢ São doenças de difícil controle.
➢ Basicamente, em todo o mundo, o controle é feito de três formas.
1. Uso de cultivares resistentes
2. Utilização de práticas culturais:
➢ Estabelecer a cultura em área bem drenada;
➢ Fazer desfolha retirando folhas atacadas e enterrá-las (folhas velhas, fonte de inóculo, aeração,
M.O);
➢ Diminuir a densidade de plantas;
➢ Fazer uma adubação balanceada.
3. Interação de práticas culturais e o químico.
➢ Fungicidas de contato - A base de mancozeb de 0,75 Kg a 1,5 Kg misturado
com 10 a 15 L/ha de óleo mineral.
Inibem a germinação de esporos da superfície das folhas.
➢ Intervalo e época de aplicação - De três a seis semanas para a mistura de
óleo e fungicida e, de duas a três semanas para óleo puro.
➢ Fungicidas sistêmicos - A base de benzimidazóis, o mais usado é o benomyl
aplicando 140 g/ha e, dos triazóis o mais usado é o propiconazol na dosagem
de 100 g/ha.
Mal-do-Panamá
➢ Também conhecida como Fusariose ou Murcha-de-fusarium-da-bananeira
➢ Causada por Fusarium oxysporum f.sp. cubense.
➢ No Brasil foi detectada pela primeira vez em Piracicaba-SP em 1930, sobre o cultivar Maçã.
➢ Este cultivar foi substituído pelo subgrupo Cavendish, o qual tornou-se suscetível com o surgimento da raça
4 do fungo.
➢A raça 4 foi detectada em junho de 2019 na Colômbia. Ela já ocorria no continente Americano, na Ásia,
Austrália, África e Oriente Médio.
➢As raças 1, 2 e 4 infectam a bananeira e a raça 3 infecta Heliconia sp.
➢ É um fungo de solo e pode permanecer em estádio de dormência por vários anos. Quando estimulado,
germina, desenvolve micélio, produz conídios em poucas horas e clamidósporos (estruturas de resistência),
após dois a três dias.
➢O patógeno penetra no sistema radicular, principalmente nas raízes secundárias, atingindo posteriormente o
xilema.
➢ Disseminação: homem, água, animais e vento.
Sintomas externos
➢ Amarelecimento progressivo das folhas mais
velhas para as mais novas, começando dos
bordos em direção á nervura principal.
➢ Estreitamento do limbo nas folhas mais novas.
➢ Engrossamento da nervura secundária.
➢ Rachadura do feixe da bainha próximo ao
solo.
➢ Ocorre murcha com posterior quebra do pecíolo
junto ao pseudocaule.
➢ A planta fica com aspecto de um guarda-chuva
fechado.
Ruptura das bainhas do pseudocaule, formando
rachadura, em plantas infectadas com Fusarium
oxysporum f.sp. cubense - mal-do-Panamá.
Fonte: minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da
http://minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da-bananeira-e-seus-metodos-de.html
Sintomas internos
➢ Em cortes transversais ou longitudinais do
pseudocaule ou rizomas de plantas em estágio
mais avançado da doença, observam-se
pontuações pardo-avermelhadas.
➢ A descoloração vascular no pseudocaule é mais
periférica.
➢ Nos rizomas a descoloração é mais pronunciada
na área de densa vascularização e o sintoma
progride para as brotações a eles aderidas.
Obs. Parece sintomas do Moko - Ralstonia
solanacearum Escurecimento dos vasos, observado por meio de corte 
realizado no pseudocaule de plantas afetadas pelo mal-do-
Panamá. 
Fonte: A) minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da
B) sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ (Fotos: L. Gasparotto) 
http://minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da-bananeira-e-seus-metodos-de.html
Controle
➢ Apenas os métodos de exclusão e o uso de cultivares resistentes são eficientes.
➢ Variedades resistentes – É a melhor alternativa.
Exemplos:
Grupo AAA – Yangambi, Nanica, Nanicão, Grande Naine são resistentes às raças
1 e 2 mas, são suscetíveis à raça 4.
Grupo AAB – Terra, Terrina e D’Angola (todas do subgrupo Terra) e Mysore
Grupo AAAB – Ouro da Mata conhecida como Prata Maçã .
Cuidados a serem tomados, mesmo quando se usa variedade resistente
➢ Plantar em áreas onde não ocorreu a doença.
➢ Utilizar mudas sadias de bananais jovens e vigorosos.
➢ Limpar as mudas, retirando rizomas com sintomas da doença.
➢ Corrigir o pH do solo para níveis próximo ao neutro.
➢ Dar preferência a solos ricos em matéria orgânica.
➢ Evitar solos mal drenados.
➢ Controle de nematoides e da broca-do-rizoma ou “moleque” da bananeira (Cosmopolites
sordidus).
➢ Erradicar plantas, que surgirem posteriormente, com sintomas da doença e fazer calagem na
região da planta erradicada.
Podridão da coroa ou almofada 
Causada por complexo de fungos:
➢Colletotrichum musae (Berk & Curtis) Arx;
➢Fusarium spp. (F. pallidoroseum, F. verticillioides (sin. F. moniliforme) e F.
sobglutinans (sin. F. moniliformis var. subglutinans);
➢Ceratocystis paradoxa (Dade) C. Moureau,
➢Verticillium theobromae (Turconi) E. Mason & S.J. Hughe;
➢Cephalosporium sp.;
➢Deighthoniella torulosa.
Sintomas
Com a prática do despencamento dos frutos,
esta é a doença mais importante em pós-
colheita. Geralmente surgem sete dias após o
contato com o(s) patógeno(s):
➢ escurecimento e necrose do tecido,
seguido do aparecimento de sinais dos
patógenos;
➢ os sintomas espalham-se rapidamente
com a maturação dos frutos;
➢ a doença pode progredir da almofada para
o pedicelo e também para os frutos.
Penca de banana mostrando os sintomas de
podridão-da-coroa, desenvolvidos a partir de
infecção ocorrida no ferimento criado após o
despencamento.
Fonte: minhasfrutas.blogspot.com/2009_06_01
http://minhasfrutas.blogspot.com/2009_06_01_archive.html
Controle
➢Eliminação de fontes de inóculo no campo
(folhas secas, restos florais, brácteas).
➢Redução do tempo entre a colheita e a
refrigeração do fruto.
➢Limpar e desinfestar os tanques de
despencamento e lavagem.
➢Imersão ou pulverização dos frutos com
fungicidas a base de tiabendazol, benomyl
ou tiofanato metílico.
➢ Colletotrichum musae
➢ Estas doenças são importantes em pré-colheita quando o patógeno fica
quiescente até o início da maturação e, em pós-colheita, quando o fungo causa
lesões escuras e deprimidas e, sobre as quais, em condições de alta umidade,
aparecem frutificações rosadas do fungo.
➢ A polpa do fruto, geralmente não é afetada, exceto em condições de altas
temperaturas ou quando o ponto ótimo de maturação é ultrapassado.
➢ Obs.: Acredita-se que os taninos presentes na casca verde, e ausentes na madura,
possam estar envolvidos na quiescência do patógeno, em frutos verdes.
Antracnose e Podridão-do-colo
A) Sintomas de antracnose no fruto e na coroa - Colletotrichum musae.
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro.
B) Mancha losango - Cercospora hayi, seguida por Fusarium solani, F. roseum e
possivelmente outros fungos. Foto: Aristoteles Pires de Matos.
A B
Fonte: www.reddelcampo.net
Fonte: www.agencia.cnptia.embrapa.br 
Fonte: www.biology.ed.ac.uk
Fonte: www.univ-brest.frFonte: www.agriculturacanaria.com
Antracnose no fruto causada por Colletotrichum musae
Controle
➢ Deve-se eliminar fontes de inóculo no campo (folhas secas,
restos florais, brácteas).
➢ Cobertura dos cachos antes da abertura das pencas, com
sacos de polietileno perfurados.
➢ Limpeza e desinfestação dos tanques de despencamento e
lavagem após o uso.
➢ Trocar periodicamente a água dos tanques, para evitar
acúmulo de inóculo.
➢ Imersão ou pulverização dos frutos com fungicidas a base
de tiabendazol, benomyl ou tiofanato metílico em
concentração variando de 200 a 400 ppm.
➢ Embalagem e refrigeração dos frutos.
DOENÇAS CAUSADAS POR 
BACTÉRIAS
➢ Ralstonia solanacearum
➢ É uma doença vascular sistêmica, atingindo todos os órgãos da planta.
São reconhecidas três raças desta bactéria:
➢ Raça 1 infecta plantas da família Solanaceae (berinjela, jiló, pimentão,
pimenta, etc.);
➢ Raça 2 infecta bananeiras e helicônias;
➢ Raça 3 infecta a batata.
Moko ou murcha-bacteriana-da-bananeira
Disseminação
➢ Material de plantio, tanto a curta como a longa distância.
➢ Através do contato inter-radicular de touceiras doentes com touceiras sadias.
➢ Ferramentas usadas na capina, desbaste, desfolha, corte do coração.
➢ Insetos visitantes de inflorescência.
Hospedeiros
➢ No Brasil, em várzeas do Estado do Amazonas, a cana-da-índia (Canna
generalis L.), através de inoculação artificial, revelou-se como hospedeira.
➢ No Pernambuco, em Heliconia spp. e bastão-do-imperador.
Sintomas externos
➢ Plantas jovens – Nas brotações ocorre
malformação das folhas, as quais
permanecem enroladas até a necrose total
da brotação. Ocorre também, murcha e
amarelecimento das folhas basais, com
posterior colapso dos folíolos e necrose da
folha vela antes das demais mostrarem
qualquer sintoma da doença.
➢ Plantas adultas – Ocorre murcha,
amarelecimento e necrose das folhas,
iniciando geralmente pelas folhas centrais, as
quais podem curvar-se dorsalmente e o
pecíolo ficar comprometido em qualquer
ponto.
➢ O fruto apresenta rachadura,
amarelecimento precoce e irregular, seca e
escurecimento total.
A) Planta jovem afetada pelo moko, apresentando as folhas
baixeiras murchas e o cartucho com necrose e murcha.
Ralstonia solanacearum, raça 2.
B) Folhas basais mortas, outras amarelas apresentando 
colapso do pecíolo. 
Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br (Fotos: L. Gasparotto) 
Sintomas internos do moko
➢ Rizoma – Descoloração dos feixes vasculares com pontos
escurecidos de coloração parda a vermelho-tinto em
todo o rizoma e, muitas vezes, concentrando-se na parte
central, formando um anel de coloração marrom.
➢ Pseudocaule – Nos cortes transversais observam-se
pontos escurecidos e nos cortes longitudinais, estrias
escurecidas. Os sintomas, nas plantas em produção,
concentram-se nas bainhas mais centrais e no eixo floral.
➢ Cacho – No engaço observam-se os feixes vasculares de
coloração avermelhada.
➢ Na ráquis (eixos das inflorescências) feminina e
masculina (coração) os sintomas são também observados.
➢ Os frutos seccionados apresentam podridão seca e
escurecimento da polpa.
➢ Na casca, em cortes transversais do fruto, observam-se
feixes vasculares escurecidos.
Sintomas de moko - Ralstonia solanacearum
A) Pseudocaule de bananeira com escurecimento dos
feixes vasculares, inclusive os localizados no cilindro
central.
B) Engaço do cacho de banana com escurecimento dos
feixes vasculares.
C) Frutos de bananeira apresentando polpa escurecida.
Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Fotos: L. Gasparotto
Controle
Medidas de exclusão
➢ Através da vigilância fitossanitária no sentido de impedir, por vias legais ou
disciplinares, a entrada da doença em áreas não afetadas.
Medidas de erradicação
➢ O ideal é a detecção antecipada de plantas doentes e sua imediata
erradicação.
➢ Para esta erradicação, em nossas condições, pode-se usar glifosato a 20% (3-30
mL/planta e 5 mL para brotação) dependendo da altura da planta.
➢ Após a erradicação a área deve passar por um período de pousio (18 meses)
para garantir a eliminação da bactéria.
➢ Pode-se cultivar plantas supressivas à bactéria, como o milho.
Medidas profiláticas
➢ Uso de mudas sadias; desinfecção de ferramentas (formaldeído/água = 1:3 ou
formaldeído a 5% ou formol a 10%, ou ainda outros produtos biocida como a
creolina);
➢ Evitar injúrias do sistema radicular, através de capinas manuais ou mecânicas;
➢ Usar herbicidas ou fazer roçagens;➢ Eliminar o coração após a emissão da última penca pois, ele é um atrativo para
insetos como a abelha irapuá (Trigona sp.) e a vespa (Polybia sp.).
Resistência varietal
➢ É a medida mais promissora e viável.
➢O cultivar Pelipita (ABB) é resistente ao moko e, a Manang (AA) mostrou-se
moderadamente resistente.
Características Mal do Panamá Moko
Início e progressão dos
sintomas
Folha velha para nova Folha nova para velha
Sintomas nos perfilhos Não Sim
Presença de sinais ou
exudados
Não Sim
Sintomas em frutos Não Sim
Diferenças entre Mal do Panamá e Moko
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
➢ Banana bunchy top virus – BBTV
➢ É a principal virose da bananeira.
➢ Não há relatos de sua ocorrência no Brasil.
➢ A transmissão se dá de forma persistente por meio do pulgão Pentalonia nigronervosa, mas não
mecanicamente.
➢ A disseminação ocorre principalmente por meio de mudas infectadas.
Sintomas
➢ Nas folhas aparecem estrias verde-escuras contínuas;
➢ As folhas ficam amareladas, mais estreitas, mais eretas do que o normal, frágeis e
quebradiças;
➢ Há formação de rosetas e as folhas no ápice do pseudocaule tem o aspecto típico de um leque.
Controle
➢ Medidas quarentenárias (A1 para o Brasil), erradicação de plantas contaminadas e controle do
pulgão.
“Buchy top” ou Topo-em-leque
Fonte: www.aphidweb.com/Aphids Fonte: www.protecnet.go.cr
Fonte: www.ctahr.hawaii.edu
Pulgão - Pentalonia nigronervosa
Sintomas de Banana Bunchy Top Virus.
Fonte: www.hear.org
Folhas novas são menores e em feixes.
Folhas velhas ficam deformadas e amarelas.
Fonte: hawaii.gov/hdoa
Banana plant displaying the bunched-up leaf symptoms characteristic of banana bunchy
top disease.
Fonte: plant-doctor.net 
Fonte: www.infonet-biovision.org 
A) Normal banana infloresence not mottled and not infected – Inflorescência normal
da bananeira sem estrias (matiz) e não infectada.
B) Mottling of a banana infloresence, infected with Banana Bunchy Top Virus (BBTV)
– Inflorescência de uma bananeira com estrias, infectada com o vírus
Fonte: www.ctahr.hawaii.edu
A B
Cavendish banana that is infected with
Banana Bunchy Top Virus (BBTV)
Fonte: farm4.static.flickr.com 
Fruit infected with Banana Bunchy Top vVrus
(Photo: Ron Heu, Survey Entomologist – Hawaii 
Department of Agriculture).
Fonte: feww.files.wordpress.com/2009/08 
Mosaico da 
bananeira
➢ Vírus-do-mosaico-do-pepino – Cucumber mosaico virus – CMV
➢ É a doença mais comum, afetando cerca de 10% da cultura no Brasil.
➢ Ocorre em plantios de qualquer idade, porém os danos são maiores em
plantios novos.
➢ O CMV é cosmopolita, presente em praticamente todas as regiões
produtoras de banana e é capaz de infectar mais de 500 gêneros de
plantas com aproximadamente 1.300 espécies.
➢ A transmissão é feita por mais de 60 espécies de afídeos (pulgões), sendo
o mais importante o Aphis gossypii.
➢ A relação vírus-vetor é não-persistente.
➢ Hospedeiros - Cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, chuchu, melancia,
melão, moranga, pepino), tomate, milho, etc.
➢ Plantas daninhas hospedeiras: trapoeraba, melão São Caetano e maxixe.
Sintomas
➢ Suaves estrias, formando mosaico nas
folhas mais velhas até formação de roseta
no ponto de saída das folhas.
➢ A bainha tende a despregar-se do
pseudocaule.
➢ Ocorre necrose na folha central ou
cartucho.
➢ Folhas atrofiadas, lanceoladas e
cloróticas, exibindo mosaico.
➢ Nos frutos são mais raros, mas podem
ocorrer na forma de distorção dos
“dedos”, estrias cloróticas ou necrose
interna.
Fonte: minhasfrutas.blogspot.com/2009/06
Sintomas do mosaico da bananeira: estrias 
formando mosaico nas folhas causado pelo 
vírus do mosaico do pepino (CMV).
Mosaico causado pelo
Cucumber mosaic virus (CMV)
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro 
Fonte: www.agencia.cnptia.embrapa.br 
Controle
➢ Conhecer a procedência das mudas;
➢ Eliminar hospedeiros alternativos;
➢ Controlar pulgões (pode utilizar óleo de 
neem (Azadirachta indica ) e,
➢ Erradicar plantas infectadas.
➢ Banana streak virus – BSV
➢ A relação vírus-vetor é semipersistente.
➢ Transmitida por cochonilhas - Planacocus citri que é uma cochonilha
dos citros e Pseudococcus sp. que coloniza a bananeira.
➢ Provavelmente é transmitido por sementes.
➢ A principal via de disseminação é através de material propagativo
infectado.
Risca ou estrias-da-bananeira 
Cochonilha -Planacocus citri
Pseudococcus sp. – Em banana
Sintomas
➢ São semelhantes aos causados pelo vírus do pepino, evoluindo posteriormente
para estrias necróticas.
➢ Não são visíveis em todas as folhas.
➢ As plantas infectadas crescem menos e produzem cachos menores.
➢ Às vezes ocorre morte de plantas jovens.
Controle
➢ Medidas quarentenárias
➢ Uso de mudas sadias 
➢ Erradicar plantas jovens com sintomas.
Sintomas das riscas ou estrias-da-bananeira
causada pelo vírus Banana streak virus – BSV
DOENÇAS CAUSADAS POR 
NEMATOIDES
➢Radopholus similis (nematoide cavernícola), Meloidogyne spp. (nematoide-das-galhas) e
Helicotylenchus multicinctus (nematoide espiralado) são os mais comuns em cultivos de bananeira.
Sintomas
➢Na parte aérea, pode ocorrer clorose foliar e diminuição no tamanho das plantas (nanismo). O ciclo
vegetativo pode ser mais prolongado e ocorre menor produção de frutos. Pode ocorrer redução no
perfilhamento, atraso na emissão e maturação dos cachos.
➢No sistema radicular, observa-se depauperamento das raízes e deformações e, em estágios mais
avançados, a planta não tem sustentação. Nos horários mais quentes do dia, as plantas também podem
apresentar murcha, mesmo na presença de água. De maneira geral, as plantas apresentam-se com
sintomas de deficiência de nutrientes, decorrentes do mau funcionamento do sistema radicular.
Controle
➢Eliminação das plantas e isolamento da área são as medidas mais seguras. Contudo, a
eliminação do nematoide na área é praticamente impossível.
➢O melhor controle é o preventivo, devendo ser feita amostragem de solo das áreas, em
diferentes profundidades, antes do plantio.
➢Deve-se conhecer o histórico da área, e sempre efetuar o monitoramento.
➢ Recomenda-se o plantio de mudas sadias e o uso de água de irrigação de boa qualidade.
➢Matéria orgânica, de plantas não hospedeiras, antagônicas ou supressivas a fitonematoides,
pode ser usada como alternativa para o controle químico.
➢Na renovação do pomar, deve-se destruir os restos da cultura, e promover uma aração para a
exposição do solo e das raízes ao sol.
➢Sempre que possível deve-se utilizar a solarização no tratamento do solo.

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