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DOENÇAS DAS BANANEIRAS (Musa spp) Prof.ª Miriã C P Fagundes Informações gerais da cultura ➢ Originária do Sudoeste do Continente Asiático e as espécies que participaram de sua evolução foram a Musa acuminata Colla (AA) e a Musa balbisiana Colla (BB). ➢ A banana, é a fruta mais consumida no Brasil. ➢ O Brasil é o quarto produtor mundial, produzindo cerca de 7 milhões de toneladas. ➢ Os principais estados produtores são: São Paulo (1.008.877 t), Bahia(828.284 t), Minas Gerais (825.124 t), Santa Catarina (723.435 t) e Pernambuco (491.911 t). ➢ Entre os patógenos que atacam a cultura estão os fungos, vírus, bactérias e fitonematoides. ➢ Entre as doenças, mais importantes, estão a sigatoka-amarela, sigatoka-negra, mal-do-Panamá, causadas por fungos e o moko, por bactéria. ➢ Podem ser classificadas em função do dano fisiológico que causam: a) Doenças que afetam a capacidade fotossintética; b) afetam a capacidade de absorção de água e nutrientes; c) afetam os frutos. DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS Sigatoka amarela ➢Conhecida também como cercosporiose ou mal-de-sigatoka. ➢ Causada por Mycosphaerella musicola, Leach (forma telemórfica) ou Pseudocercospora musicola (Zimm) Deighton (forma anamórfica). ➢ No Brasil foi detectada pela primeira vez em 1944 no Estado do Amazonas. ➢Atualmente encontra-se em todos os estados produtores de banana. ➢As perdas são de 50% em média, podendo chegar a 100%, quando as infecções são severas, pois podem impedir completamente o enchimento dos frutos, perdendo totalmente a produção. ➢Estas perdas são também atribuídas a morte precoce das folhas. Sigatoka amarela ➢Disseminação - Dá-se principalmente pelo vento. ➢Infecção - Através dos estômatos, abertos ou não. ➢Em condições favoráveis (chuva, orvalho e temperatura acima de 21ºC) os esporos germinam, sobre as folhas, dentro de duas a seis horas. ➢ As folhas mais suscetíveis à infecção, em ordem decrescente, vão da “vela” à folha 3. Sintomas ➢ Os sintomas ocorrem da folha zero ou vela (ainda não aberta) até a terceira folha. Na quarta folha, ocorre excepcionalmente (a contagem é feita das folhas mais novas para as mais velhas). ➢ Inicialmente ocorre uma descoloração em forma de pontos entre as nervuras secundárias. ➢ Estes pontos aumentam formando estrias amareladas e, mais tarde, necróticas, elípticas e alongadas. ➢ Posteriormente, as lesões ficam com o centro deprimido, de cor cinza e com um halo amarelo. ➢ Observam-se, nas manchas, frutificações do fungo em forma de pontuações negras. ➢ Ocorre coalescência das lesões e morte das folhas. Sintomas da sigatoka amarela (Mycosphaerella musicola) Fontes: A) www.infobibos.com, B) Fitopatologia Bras. V.30, n.3, 2005, C) sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br, D) www.ufrgs.b. A B C D http://www.infobibos.com/ http://www.ufrgs.b/ Sigatoka-amarela (Mycosphaerella musicola) - Estrias amareladas, necróticas, elípticas e alongadas, dispostas entre as nervuras da folha. Viagem técnica em Cruz das Almas – 2008-2 Sigatoka negra ➢ Causada por Mycosphaerella fijiensis, Leach (forma telemórfica) ou Pseudocercospora fijiensis (Zimm) Deighton (forma anamórfica). ➢É considerada a mais grave doença da cultura. ➢Está disseminada em toda a América Central, algumas regiões da África, da Ásia e na América do Sul (Colômbia, Equador, Venezuela e Brasil). ➢Foi relatada sua ocorrência na Colômbia em 1981, na Bolívia (700 Km da fronteira com o Brasil) em 1997 e no Brasil em 1998. ➢É uma doença quarentenária A2 para o Brasil. ➢ No Brasil, foi constatada em 1998, na fronteira do Estado do Amazonas com a Colômbia e o Peru. ➢ Já foi detectada em vários Estados da Federação. ➢ Disseminação - O patógeno tem uma alta taxa de reprodução e a água e o vento são os principais disseminadores. (Ciclo apresentado para Sigatoka amarela) ➢ As manchas produzidas pelas duas sigatokas são muito semelhantes. ➢ Na sigatoka-amarela predomina a cor amarela enquanto na sigatoka- negra a cor escura. Sintomas ➢ Os conídios são formados isoladamente ou em pequenos grupos principalmente na face inferior da folha. ➢ Inicialmente observa-se a descoloração da face inferior da folha. Nesta área surgem estrias de cor café em ambas as faces das folhas. ➢ Essas estrias aumentam em largura e comprimento e tornam-se pretas. Com a evolução da doença as estrias ganham formato de manchas com halos amarelos. ➢ Os frutos ficam pequenos, desuniformes e com maturação precoce. Sintomas causados pela sigatoka-negra, observados nas folhas e na planta - Mycosphaerella fijiensis. Fonte: EMBRAPA (2004) Sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis ) Fontes: A e D) sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br, B) g1.globo.com, C) hotsites.sct.embrapa.br A B C D Controle das Sigatokas ➢ São doenças de difícil controle. ➢ Basicamente, em todo o mundo, o controle é feito de três formas. 1. Uso de cultivares resistentes 2. Utilização de práticas culturais: ➢ Estabelecer a cultura em área bem drenada; ➢ Fazer desfolha retirando folhas atacadas e enterrá-las (folhas velhas, fonte de inóculo, aeração, M.O); ➢ Diminuir a densidade de plantas; ➢ Fazer uma adubação balanceada. 3. Interação de práticas culturais e o químico. ➢ Fungicidas de contato - A base de mancozeb de 0,75 Kg a 1,5 Kg misturado com 10 a 15 L/ha de óleo mineral. Inibem a germinação de esporos da superfície das folhas. ➢ Intervalo e época de aplicação - De três a seis semanas para a mistura de óleo e fungicida e, de duas a três semanas para óleo puro. ➢ Fungicidas sistêmicos - A base de benzimidazóis, o mais usado é o benomyl aplicando 140 g/ha e, dos triazóis o mais usado é o propiconazol na dosagem de 100 g/ha. Mal-do-Panamá ➢ Também conhecida como Fusariose ou Murcha-de-fusarium-da-bananeira ➢ Causada por Fusarium oxysporum f.sp. cubense. ➢ No Brasil foi detectada pela primeira vez em Piracicaba-SP em 1930, sobre o cultivar Maçã. ➢ Este cultivar foi substituído pelo subgrupo Cavendish, o qual tornou-se suscetível com o surgimento da raça 4 do fungo. ➢A raça 4 foi detectada em junho de 2019 na Colômbia. Ela já ocorria no continente Americano, na Ásia, Austrália, África e Oriente Médio. ➢As raças 1, 2 e 4 infectam a bananeira e a raça 3 infecta Heliconia sp. ➢ É um fungo de solo e pode permanecer em estádio de dormência por vários anos. Quando estimulado, germina, desenvolve micélio, produz conídios em poucas horas e clamidósporos (estruturas de resistência), após dois a três dias. ➢O patógeno penetra no sistema radicular, principalmente nas raízes secundárias, atingindo posteriormente o xilema. ➢ Disseminação: homem, água, animais e vento. Sintomas externos ➢ Amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para as mais novas, começando dos bordos em direção á nervura principal. ➢ Estreitamento do limbo nas folhas mais novas. ➢ Engrossamento da nervura secundária. ➢ Rachadura do feixe da bainha próximo ao solo. ➢ Ocorre murcha com posterior quebra do pecíolo junto ao pseudocaule. ➢ A planta fica com aspecto de um guarda-chuva fechado. Ruptura das bainhas do pseudocaule, formando rachadura, em plantas infectadas com Fusarium oxysporum f.sp. cubense - mal-do-Panamá. Fonte: minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da http://minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da-bananeira-e-seus-metodos-de.html Sintomas internos ➢ Em cortes transversais ou longitudinais do pseudocaule ou rizomas de plantas em estágio mais avançado da doença, observam-se pontuações pardo-avermelhadas. ➢ A descoloração vascular no pseudocaule é mais periférica. ➢ Nos rizomas a descoloração é mais pronunciada na área de densa vascularização e o sintoma progride para as brotações a eles aderidas. Obs. Parece sintomas do Moko - Ralstonia solanacearum Escurecimento dos vasos, observado por meio de corte realizado no pseudocaule de plantas afetadas pelo mal-do- Panamá. Fonte: A) minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da B) sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ (Fotos: L. Gasparotto) http://minhasfrutas.blogspot.com/2009/06/doencas-da-bananeira-e-seus-metodos-de.html Controle ➢ Apenas os métodos de exclusão e o uso de cultivares resistentes são eficientes. ➢ Variedades resistentes – É a melhor alternativa. Exemplos: Grupo AAA – Yangambi, Nanica, Nanicão, Grande Naine são resistentes às raças 1 e 2 mas, são suscetíveis à raça 4. Grupo AAB – Terra, Terrina e D’Angola (todas do subgrupo Terra) e Mysore Grupo AAAB – Ouro da Mata conhecida como Prata Maçã . Cuidados a serem tomados, mesmo quando se usa variedade resistente ➢ Plantar em áreas onde não ocorreu a doença. ➢ Utilizar mudas sadias de bananais jovens e vigorosos. ➢ Limpar as mudas, retirando rizomas com sintomas da doença. ➢ Corrigir o pH do solo para níveis próximo ao neutro. ➢ Dar preferência a solos ricos em matéria orgânica. ➢ Evitar solos mal drenados. ➢ Controle de nematoides e da broca-do-rizoma ou “moleque” da bananeira (Cosmopolites sordidus). ➢ Erradicar plantas, que surgirem posteriormente, com sintomas da doença e fazer calagem na região da planta erradicada. Podridão da coroa ou almofada Causada por complexo de fungos: ➢Colletotrichum musae (Berk & Curtis) Arx; ➢Fusarium spp. (F. pallidoroseum, F. verticillioides (sin. F. moniliforme) e F. sobglutinans (sin. F. moniliformis var. subglutinans); ➢Ceratocystis paradoxa (Dade) C. Moureau, ➢Verticillium theobromae (Turconi) E. Mason & S.J. Hughe; ➢Cephalosporium sp.; ➢Deighthoniella torulosa. Sintomas Com a prática do despencamento dos frutos, esta é a doença mais importante em pós- colheita. Geralmente surgem sete dias após o contato com o(s) patógeno(s): ➢ escurecimento e necrose do tecido, seguido do aparecimento de sinais dos patógenos; ➢ os sintomas espalham-se rapidamente com a maturação dos frutos; ➢ a doença pode progredir da almofada para o pedicelo e também para os frutos. Penca de banana mostrando os sintomas de podridão-da-coroa, desenvolvidos a partir de infecção ocorrida no ferimento criado após o despencamento. Fonte: minhasfrutas.blogspot.com/2009_06_01 http://minhasfrutas.blogspot.com/2009_06_01_archive.html Controle ➢Eliminação de fontes de inóculo no campo (folhas secas, restos florais, brácteas). ➢Redução do tempo entre a colheita e a refrigeração do fruto. ➢Limpar e desinfestar os tanques de despencamento e lavagem. ➢Imersão ou pulverização dos frutos com fungicidas a base de tiabendazol, benomyl ou tiofanato metílico. ➢ Colletotrichum musae ➢ Estas doenças são importantes em pré-colheita quando o patógeno fica quiescente até o início da maturação e, em pós-colheita, quando o fungo causa lesões escuras e deprimidas e, sobre as quais, em condições de alta umidade, aparecem frutificações rosadas do fungo. ➢ A polpa do fruto, geralmente não é afetada, exceto em condições de altas temperaturas ou quando o ponto ótimo de maturação é ultrapassado. ➢ Obs.: Acredita-se que os taninos presentes na casca verde, e ausentes na madura, possam estar envolvidos na quiescência do patógeno, em frutos verdes. Antracnose e Podridão-do-colo A) Sintomas de antracnose no fruto e na coroa - Colletotrichum musae. Foto: Zilton José Maciel Cordeiro. B) Mancha losango - Cercospora hayi, seguida por Fusarium solani, F. roseum e possivelmente outros fungos. Foto: Aristoteles Pires de Matos. A B Fonte: www.reddelcampo.net Fonte: www.agencia.cnptia.embrapa.br Fonte: www.biology.ed.ac.uk Fonte: www.univ-brest.frFonte: www.agriculturacanaria.com Antracnose no fruto causada por Colletotrichum musae Controle ➢ Deve-se eliminar fontes de inóculo no campo (folhas secas, restos florais, brácteas). ➢ Cobertura dos cachos antes da abertura das pencas, com sacos de polietileno perfurados. ➢ Limpeza e desinfestação dos tanques de despencamento e lavagem após o uso. ➢ Trocar periodicamente a água dos tanques, para evitar acúmulo de inóculo. ➢ Imersão ou pulverização dos frutos com fungicidas a base de tiabendazol, benomyl ou tiofanato metílico em concentração variando de 200 a 400 ppm. ➢ Embalagem e refrigeração dos frutos. DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS ➢ Ralstonia solanacearum ➢ É uma doença vascular sistêmica, atingindo todos os órgãos da planta. São reconhecidas três raças desta bactéria: ➢ Raça 1 infecta plantas da família Solanaceae (berinjela, jiló, pimentão, pimenta, etc.); ➢ Raça 2 infecta bananeiras e helicônias; ➢ Raça 3 infecta a batata. Moko ou murcha-bacteriana-da-bananeira Disseminação ➢ Material de plantio, tanto a curta como a longa distância. ➢ Através do contato inter-radicular de touceiras doentes com touceiras sadias. ➢ Ferramentas usadas na capina, desbaste, desfolha, corte do coração. ➢ Insetos visitantes de inflorescência. Hospedeiros ➢ No Brasil, em várzeas do Estado do Amazonas, a cana-da-índia (Canna generalis L.), através de inoculação artificial, revelou-se como hospedeira. ➢ No Pernambuco, em Heliconia spp. e bastão-do-imperador. Sintomas externos ➢ Plantas jovens – Nas brotações ocorre malformação das folhas, as quais permanecem enroladas até a necrose total da brotação. Ocorre também, murcha e amarelecimento das folhas basais, com posterior colapso dos folíolos e necrose da folha vela antes das demais mostrarem qualquer sintoma da doença. ➢ Plantas adultas – Ocorre murcha, amarelecimento e necrose das folhas, iniciando geralmente pelas folhas centrais, as quais podem curvar-se dorsalmente e o pecíolo ficar comprometido em qualquer ponto. ➢ O fruto apresenta rachadura, amarelecimento precoce e irregular, seca e escurecimento total. A) Planta jovem afetada pelo moko, apresentando as folhas baixeiras murchas e o cartucho com necrose e murcha. Ralstonia solanacearum, raça 2. B) Folhas basais mortas, outras amarelas apresentando colapso do pecíolo. Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br (Fotos: L. Gasparotto) Sintomas internos do moko ➢ Rizoma – Descoloração dos feixes vasculares com pontos escurecidos de coloração parda a vermelho-tinto em todo o rizoma e, muitas vezes, concentrando-se na parte central, formando um anel de coloração marrom. ➢ Pseudocaule – Nos cortes transversais observam-se pontos escurecidos e nos cortes longitudinais, estrias escurecidas. Os sintomas, nas plantas em produção, concentram-se nas bainhas mais centrais e no eixo floral. ➢ Cacho – No engaço observam-se os feixes vasculares de coloração avermelhada. ➢ Na ráquis (eixos das inflorescências) feminina e masculina (coração) os sintomas são também observados. ➢ Os frutos seccionados apresentam podridão seca e escurecimento da polpa. ➢ Na casca, em cortes transversais do fruto, observam-se feixes vasculares escurecidos. Sintomas de moko - Ralstonia solanacearum A) Pseudocaule de bananeira com escurecimento dos feixes vasculares, inclusive os localizados no cilindro central. B) Engaço do cacho de banana com escurecimento dos feixes vasculares. C) Frutos de bananeira apresentando polpa escurecida. Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Fotos: L. Gasparotto Controle Medidas de exclusão ➢ Através da vigilância fitossanitária no sentido de impedir, por vias legais ou disciplinares, a entrada da doença em áreas não afetadas. Medidas de erradicação ➢ O ideal é a detecção antecipada de plantas doentes e sua imediata erradicação. ➢ Para esta erradicação, em nossas condições, pode-se usar glifosato a 20% (3-30 mL/planta e 5 mL para brotação) dependendo da altura da planta. ➢ Após a erradicação a área deve passar por um período de pousio (18 meses) para garantir a eliminação da bactéria. ➢ Pode-se cultivar plantas supressivas à bactéria, como o milho. Medidas profiláticas ➢ Uso de mudas sadias; desinfecção de ferramentas (formaldeído/água = 1:3 ou formaldeído a 5% ou formol a 10%, ou ainda outros produtos biocida como a creolina); ➢ Evitar injúrias do sistema radicular, através de capinas manuais ou mecânicas; ➢ Usar herbicidas ou fazer roçagens;➢ Eliminar o coração após a emissão da última penca pois, ele é um atrativo para insetos como a abelha irapuá (Trigona sp.) e a vespa (Polybia sp.). Resistência varietal ➢ É a medida mais promissora e viável. ➢O cultivar Pelipita (ABB) é resistente ao moko e, a Manang (AA) mostrou-se moderadamente resistente. Características Mal do Panamá Moko Início e progressão dos sintomas Folha velha para nova Folha nova para velha Sintomas nos perfilhos Não Sim Presença de sinais ou exudados Não Sim Sintomas em frutos Não Sim Diferenças entre Mal do Panamá e Moko DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS ➢ Banana bunchy top virus – BBTV ➢ É a principal virose da bananeira. ➢ Não há relatos de sua ocorrência no Brasil. ➢ A transmissão se dá de forma persistente por meio do pulgão Pentalonia nigronervosa, mas não mecanicamente. ➢ A disseminação ocorre principalmente por meio de mudas infectadas. Sintomas ➢ Nas folhas aparecem estrias verde-escuras contínuas; ➢ As folhas ficam amareladas, mais estreitas, mais eretas do que o normal, frágeis e quebradiças; ➢ Há formação de rosetas e as folhas no ápice do pseudocaule tem o aspecto típico de um leque. Controle ➢ Medidas quarentenárias (A1 para o Brasil), erradicação de plantas contaminadas e controle do pulgão. “Buchy top” ou Topo-em-leque Fonte: www.aphidweb.com/Aphids Fonte: www.protecnet.go.cr Fonte: www.ctahr.hawaii.edu Pulgão - Pentalonia nigronervosa Sintomas de Banana Bunchy Top Virus. Fonte: www.hear.org Folhas novas são menores e em feixes. Folhas velhas ficam deformadas e amarelas. Fonte: hawaii.gov/hdoa Banana plant displaying the bunched-up leaf symptoms characteristic of banana bunchy top disease. Fonte: plant-doctor.net Fonte: www.infonet-biovision.org A) Normal banana infloresence not mottled and not infected – Inflorescência normal da bananeira sem estrias (matiz) e não infectada. B) Mottling of a banana infloresence, infected with Banana Bunchy Top Virus (BBTV) – Inflorescência de uma bananeira com estrias, infectada com o vírus Fonte: www.ctahr.hawaii.edu A B Cavendish banana that is infected with Banana Bunchy Top Virus (BBTV) Fonte: farm4.static.flickr.com Fruit infected with Banana Bunchy Top vVrus (Photo: Ron Heu, Survey Entomologist – Hawaii Department of Agriculture). Fonte: feww.files.wordpress.com/2009/08 Mosaico da bananeira ➢ Vírus-do-mosaico-do-pepino – Cucumber mosaico virus – CMV ➢ É a doença mais comum, afetando cerca de 10% da cultura no Brasil. ➢ Ocorre em plantios de qualquer idade, porém os danos são maiores em plantios novos. ➢ O CMV é cosmopolita, presente em praticamente todas as regiões produtoras de banana e é capaz de infectar mais de 500 gêneros de plantas com aproximadamente 1.300 espécies. ➢ A transmissão é feita por mais de 60 espécies de afídeos (pulgões), sendo o mais importante o Aphis gossypii. ➢ A relação vírus-vetor é não-persistente. ➢ Hospedeiros - Cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, chuchu, melancia, melão, moranga, pepino), tomate, milho, etc. ➢ Plantas daninhas hospedeiras: trapoeraba, melão São Caetano e maxixe. Sintomas ➢ Suaves estrias, formando mosaico nas folhas mais velhas até formação de roseta no ponto de saída das folhas. ➢ A bainha tende a despregar-se do pseudocaule. ➢ Ocorre necrose na folha central ou cartucho. ➢ Folhas atrofiadas, lanceoladas e cloróticas, exibindo mosaico. ➢ Nos frutos são mais raros, mas podem ocorrer na forma de distorção dos “dedos”, estrias cloróticas ou necrose interna. Fonte: minhasfrutas.blogspot.com/2009/06 Sintomas do mosaico da bananeira: estrias formando mosaico nas folhas causado pelo vírus do mosaico do pepino (CMV). Mosaico causado pelo Cucumber mosaic virus (CMV) Foto: Zilton José Maciel Cordeiro Fonte: www.agencia.cnptia.embrapa.br Controle ➢ Conhecer a procedência das mudas; ➢ Eliminar hospedeiros alternativos; ➢ Controlar pulgões (pode utilizar óleo de neem (Azadirachta indica ) e, ➢ Erradicar plantas infectadas. ➢ Banana streak virus – BSV ➢ A relação vírus-vetor é semipersistente. ➢ Transmitida por cochonilhas - Planacocus citri que é uma cochonilha dos citros e Pseudococcus sp. que coloniza a bananeira. ➢ Provavelmente é transmitido por sementes. ➢ A principal via de disseminação é através de material propagativo infectado. Risca ou estrias-da-bananeira Cochonilha -Planacocus citri Pseudococcus sp. – Em banana Sintomas ➢ São semelhantes aos causados pelo vírus do pepino, evoluindo posteriormente para estrias necróticas. ➢ Não são visíveis em todas as folhas. ➢ As plantas infectadas crescem menos e produzem cachos menores. ➢ Às vezes ocorre morte de plantas jovens. Controle ➢ Medidas quarentenárias ➢ Uso de mudas sadias ➢ Erradicar plantas jovens com sintomas. Sintomas das riscas ou estrias-da-bananeira causada pelo vírus Banana streak virus – BSV DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATOIDES ➢Radopholus similis (nematoide cavernícola), Meloidogyne spp. (nematoide-das-galhas) e Helicotylenchus multicinctus (nematoide espiralado) são os mais comuns em cultivos de bananeira. Sintomas ➢Na parte aérea, pode ocorrer clorose foliar e diminuição no tamanho das plantas (nanismo). O ciclo vegetativo pode ser mais prolongado e ocorre menor produção de frutos. Pode ocorrer redução no perfilhamento, atraso na emissão e maturação dos cachos. ➢No sistema radicular, observa-se depauperamento das raízes e deformações e, em estágios mais avançados, a planta não tem sustentação. Nos horários mais quentes do dia, as plantas também podem apresentar murcha, mesmo na presença de água. De maneira geral, as plantas apresentam-se com sintomas de deficiência de nutrientes, decorrentes do mau funcionamento do sistema radicular. Controle ➢Eliminação das plantas e isolamento da área são as medidas mais seguras. Contudo, a eliminação do nematoide na área é praticamente impossível. ➢O melhor controle é o preventivo, devendo ser feita amostragem de solo das áreas, em diferentes profundidades, antes do plantio. ➢Deve-se conhecer o histórico da área, e sempre efetuar o monitoramento. ➢ Recomenda-se o plantio de mudas sadias e o uso de água de irrigação de boa qualidade. ➢Matéria orgânica, de plantas não hospedeiras, antagônicas ou supressivas a fitonematoides, pode ser usada como alternativa para o controle químico. ➢Na renovação do pomar, deve-se destruir os restos da cultura, e promover uma aração para a exposição do solo e das raízes ao sol. ➢Sempre que possível deve-se utilizar a solarização no tratamento do solo.
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