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DOENÇAS DO MAMOEIRO Informações da cultura ➢ O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma das principais fruteiras das regiões tropicais e subtropicais do mundo, sendo seu fruto bastante consumido in natura ou industrializado. ➢ O centro de origem é, provavelmente, o noroeste da América do Sul, ou mais precisamente, a bacia Amazônica Superior. ➢As cultivares de mamoeiros mais exploradas no Brasil são classificadas em dois grupos: Solo e Formosa. ➢ O Brasil é o terceiro produtor mundial, produziu em 2019 1.661.808 toneladas . ➢ Os principais estados produtores são Espírito Santo (403.278 t), Bahia (390.075 t), Ceará (118.717 t), Rio Grande do Norte (78.858 t) e Minas Gerais (51.613 t). ➢ Entre as doenças, mais importantes, estão Mancha-anelar, amarelo- letal-do-mamoeiro, meleira, podridão-de-Phytophthora, mancha-de- Corynespora, antracnose, varíola, mancha-chocolate, oídio, nematoide- das-galhas e nematoide reniforme. DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS PODRIDÃO DE PHYTOPHTHORA – Phtophthora palmirova ➢ Essa doença está descrita com nomes diferentes, como podridão das raízes, do caule, dos frutos, gomose ou podridão de Phytophthora ➢Perdas enormes em frutos e morte de plantas são registradas frequentemente durante períodos de chuvas intensas. ➢As chuvas e as altas temperaturas também podem resultar em severo declínio da planta devido à podridão de raízes em solos argilosos e pouco drenados. Sintomas ➢Na porção superior do mamoeiro, o patógeno penetra no fruto, nas cicatrizes do caule deixadas pelas folhas ou em ferimentos do caule. ➢O fruto verde é mais resistente, porém pode ser infectado, o fruto fica enrugado, com áreas escuras e duras, chegando a cair no solo, que fica contaminado pelos seus esporos. ➢Nos frutos maduros, observa-se uma podridão cujos tecidos ficam consistentes e recobertos por um micélio aéreo branco e em forma de algodão. ➢Os maiores danos acontecem quando a infecção se dá nas raízes das plantas, cujos sintomas, inicialmente não são notados porque estão abaixo do solo ➢Na parte aérea ocorre os sintomas de murcha, amarelecimento e queda de folhas ➢Enquanto as raízes já estão muito apodrecidas, com os tecidos moles Na região do caule, os tecidos superficiais são destruídos, aparecendo feixes mais internos que, com a continuação ficam escuros, delimitadas por uma área aquosa Controle ➢ Uso de mudas e sementes sadias; ➢ Água de irrigação livre do patógeno; ➢ Como prevenção, irrigar com suspensão de fungicida apropriado após a semeadura do mamão; ➢ Instalar o pomar em áreas com boa drenagem; ➢ Evitar ferimentos nas raízes e/ou no colo das plantas; ➢ Coletar e destruir os frutos caídos no solo; ➢ Evitar o enterrio de restos culturais (clamidósporos) ➢ Erradicar plantas doentes e queima-las; Controle ➢ Raspar o tecido doente do caule, e pincelar com fungicida; ➢ Pulverizações com mancozeb, captan e sulfato tribásico de cobre reduzem a incidência da doença na parte aérea da planta, mas não no colo e nas raízes; ➢ Fungicidas sistêmicos (metalaxil, fosetyl-al ou atridiazole) aplicados por meio de encharcamento no pé da planta, reduzem a intensidade da doença em mudas e em plantas adultas. Obs. Não existem, ainda, cultivares comerciais resistentes. O patógeno uma vez presente no pomar é, praticamente, impossível eliminá-lo. MANCHA-DE-CORYNESPORA Corynespora cassiicola ➢ No Brasil, foi relatada nos Estados da Bahia, Amazonas, Ceará, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte, Goiás e Espírito Santo. ➢ Esta doença é muito comum no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia. ➢ O fungo pode permanecer meses em restos de cultura e é disseminado pelo vento. Danos ➢ No Brasil não há dados sobre danos na produção da cultura. ➢ Na Índia, verificaram 100% de incidência em plantas e danos de 35 a 40 %, na produção dos frutos. Hospedeiros -Tomateiro, berinjela, melancia, pepino, abóbora, seringueira, soja, cacaueiro, algodoeiro, etc. Sintomas ➢ Ocorrem no caule, fruto e principalmente no pecíolo e na folha. ➢ O fungo esporula nas duas faces foliares, porém com maior intensidade na inferior. ➢ Os conídios e conidióforos são marrom-avermelhados e escuros. ➢ Nas folhas as manchas são acinzentadas com áreas necrosadas, formato arredondado a irregular e, halo amarelado. ➢ Nos pecíolos os sintomas são similares aos das folhas e as lesões são mais alongadas. ➢ No caule elas são elípticas, deprimidas, de cor cinza-clara, que podem se tornar escura. ➢ Nos frutos verdes e maduros as manchas coalescem e podem atingir extensas áreas. ➢ Nos frutos depois de colhidos, o fungo causa podridão, infectando-os via ferimentos. As lesões são pretas com aspecto aveludado, deprimidas e secas. Controle Não foi detectada, ainda, resistência genética à doença, em mamoeiro. ➢Retirar folhas doentes senescentes; ➢Queimar restos culturais; ➢Aplicar fungicidas protetores. Obs. Em áreas onde o controle da varíola e da antracnose é realizado regularmente obtém, também, o controle da mancha-de-Corynespora. VARÍOLA OU PINTA-PRETA- Asperisporium caricae ➢É uma doença muito comum e ocorre em plantações de mamoeiro em vários países. ➢No Brasil, já foi detectada no Rio de Janeiro (primeiro relato em 1913), São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte. ➢A doença é mais severa em períodos chuvosos e em regiões com alta umidade relativa. Sintomas ➢ Inicialmente as pústulas são pequenas, esparsas, visíveis em ambas as faces da folha. No final da infecção surgem pústulas pretas e tornam-se esbranquiçadas quando o fungo é hiperparasitado pelos fungos Cephalosporium, Rhinotrichum gossypinum e Verticillium. ➢ Diminui o vigor da planta e pode causar queda das folhas, completamente desenvolvidas, de 50 a 60% em um período de dois a três meses. ➢ As folhas mais velhas são mais atacadas e acarreta em amarelecimento e queda precoce. ➢ Nos frutos a infecção ocorre em vários estágios de desenvolvimento, principalmente nos mais velhos. ➢ As lesões lembram pústulas de varíola, daí o nome da doença. Elas são superficiais, não atingem a polpa do fruto nem causam apodrecimento mas, deprecia o fruto inviabilizando sua comercialização e principalmente exportação. Obs. Fruto, provavelmente, hiperparsitado por fungos (Cephalosporium, Rhinotrichum gossypinum ou Verticillium) ??? Varíola nas folhas e nos fruto (não atinge a polpa - danos qualitativos) Controle Obs. Ainda não tem variedades resistentes (Giliardi Alves, 2019). Quando o controle não é feito nas folhas causa danos nos frutos, pois servem de inóculo para os frutos. ➢ Retirar as folhas senescentes ou com muitas pústulas. ➢ Aplicar fungicidas protetores. ➢ Há casos em que a aplicação de fungicida sistêmico, com efeito curativo, é necessária. Controle Controle químico: Amistar Top (300mL/ha) (proteção). Controle biológico: Tricoderma sp. (Erradicação; proteção). Oídios ➢ A doença foi relatada pela primeira vez em São Paulo em 1944 e na Bahia, em 1977. ➢ Recebe os nomes de cinza e/ou míldio-pulverulento e é amplamente disseminada em regiões tropicais e subtropicais. Existem dois tipos de oídio no mamoeiro: 1. “oídio” – causado por Oidium sicula, Phyllactinia caricaefolia, Ovulariopsis papayae e Streptopodium . Causam danos nas mudas em viveiros com excesso de sombreamento e no campo, geralmente, tem pouca importância. 2. “oídio-comum” - causado por Oidium caricae, O. papayae, O. caricicola e O. caricae-papayae. Os sintomas são mais intensos durante o inverno e no verão, praticamente desaparece. Sintomas ➢ “Oídio” surge apenas nas folhas. Na parte superior as manchas são cloróticas de formato irregular e não se observa estrutura do patógeno. Na parte inferior surgem pontos encharcados, com poucas frutificações do fungo podendo formar uma massa pulverulenta branco-acinzentada. ➢ “Oídio-comum” pode desenvolver nas folhas, caules de plântulas e sobre os frutos jovens. Com o desenvolvimentodo fruto, os sinais desaparecem, mas podem ficar marcas na superfície diminuindo seu valor comercial. “Oídio” na superfície da folha do mamoeiro - Massa pulverulenta branco- acinzentada . Oídio em quiabo e, pimentão livre da doença – Casa de vegetação da UESC Controle ➢ Aplicar enxofre, para controlar o “oídio-comum”, molhando adequadamente as folhas. ➢ O fungicida não deve ser aplicado em dias quentes, pois pode causar fitotoxidez. ANTRACNOSE e MANCHA-CHOCOLATE – Colletotrichum gloeosporioides Sintomas de antracnose ➢ Iniciam-se na superfície do fruto em maturação, com pequenas manchas “rosadas” não deprimidas, de aspecto seco, onde ocorre exsudação de goma “látex”. ➢ Posteriormente, as manchas ficam deprimidas, circulares, de coloração marron a negra e podem coalescer. Obs. Em Petrolina, PE e Juazeiro, BA, mais de 70% dos frutos comercializados apresentam antracnose. A e B) Antracnose em frutos, C) corte longitudinal em fruto com lesão de antracnose. A B C Mancha-chocolate ➢ Os sintomas são muito parecidos com os da antracnose. ➢ As lesões são superficiais, às vezes levemente deprimidas. ➢ São irregulares a circulares, bem definidas, com coloração marrom-avermelhada, característica. ➢ Pode ocorrer exsudação de látex no centro da lesão. . A e B) Mancha–chocolate superficiais em frutos, C1) mancha-chocolate e C2) antracnose em fruto – Causadas por Colletotrichum gloeosporioides. A B C C1 C2 Controle de Antracnose e Mancha chocolate ➢O meio mais eficiente de controle da antracnose deve ser um programa de pulverização pré-colheita, seguido de cuidados essenciais e preventivos na pós- colheita. ➢Utilização de espaçamento maior, ➢Retirada e a queima de folhas velhas, pulverizando imediatamente as marcas deixadas pelas folhas com fungicidas cúpricos ou mancozebe. ➢O armazenamento deve ser feito em locais ventilados, com temperatura nunca superior a 20 °C, e a umidade deve ser abaixo de 70%. ➢Evitar ferimentos passa a ser um ótimo meio de prevenção. ➢Os galpões de armazenamento e os vasilhames de transporte e embalagem devem ser desinfetados, e a colheita deve ser feita com os frutos em estado de maturação de uma faixa amarela. ➢Os frutos atacados devem ser retirados das plantas, apanhados do solo e enterrados. DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS MANCHA-ANELAR OU MOSAICO – Papaya ringspot virus – Papaya strain (PRSV-P ou PRV) ➢É a mais importante virose que ataca o mamoeiro. ➢No Brasil o primeiro relato se deu no final da década de 60. ➢Não existe resistência a este vírus nas espécies de C. papaya. ➢Todas as variedades obtidas por melhoramento genético convencional são suscetíveis a este patógeno. ➢Perdas: reduz em até 70% a produtividade, com a redução do tamanho e número de frutos. ➢Hospedeiros: seis espécies de cucurbitáceas são citadas como hospedeiras - Melões (Cucumis melo, C. metuliferus cv. accession 2459, C. sativus) e abóboras (Cucurbita maxima, C. moschata, C. pepo ➢Vetores: diversos afídeos (pulgões). Sintomas ➢ Mamoeiro em todas as idades são suscetíveis ao vírus. ➢ Os sintomas ocorrem nas folhas, na superfície dos frutos, no pecíolo e na parte superior do caule, tornando-se mais severos com o frio. ➢ Nas folhas ocorrem intenso mosaico, má formação, com redução em tamanho e perda do limbo foliar, diminuição na taxa de crescimento da planta e, conseqüentemente, redução na produção dos frutos. ➢ Na parte superior do caule e no pecíolo, os sintomas apresentam-se como estrias oleosas. ➢ Nos frutos os sintomas aparecem na superfície externa, na forma de manchas anelares. ➢ A quantidade de sólidos solúveis nos frutos é afetada. ➢ As plantas infectadas, quando novas, não chegam a produzir frutos, mas raramente morrem. Mancha anelar Mancha anelar Controle ➢ Com a maneira não persistente pela qual o vírus é transmitido por diversas espécies de afídeos faz do controle uma tarefa árdua. ➢ Remover fontes de inóculo; ➢ proteção cruzada tem sido citada como forma de controle deste vírus desde a década de 80. (Proteção cruzada = Uso de estirpes atenuadas ou “fracas” de PRSV, como vacina na prevenção do estabelecimento de infecção por estirpes “severas”); ➢ eliminar mamoeiros de fundo de quintal; ➢ emprego de inseticidas na produção de mudas no viveiro e nas suas proximidades; ➢ eliminação de plantas sintomáticas (“roguing”) deve ser iniciada no viveiro logo após a germinação, e se estender por todo o ciclo da cultura. ➢ Uso de variedades tolerantes (‘Califórnia’- variedade dos USA), ‘Thapra 1’, ‘Thapra 2’ e ‘Thapra 3’ desenvolvidas na Tailândia. MELEIRA-DO-MAMOEIRO – Papaya meleira virus (PMeV) ➢ Na Bahia a meleira foi detectada pela primeira vez em 1987 em pomares de mamoeiro, no município de Teixeira de Freitas. Atualmente encontra-se no Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. ➢ A doença ocorre com maior intensidade nos períodos quentes do ano, condição de clima favorável. ➢ Perdas - Variam de 30 a 100% até o final do ciclo da cultura. ➢ Vetores de transmissão: existem divergências se a disseminação se dá pela mosca-branca (Bemisia tabasi) ou por cigarrinhas. ➢ A transmissão por semente não foi comprovada. ➢ Os sintomas apresentam em reboleira, com maior incidência nas bordas da plantação e onde o vento incide. ➢ Das reboleiras o vírus se espalha ao longo das fileiras. Sintomas ➢ Consiste basicamente na exsudação excessiva e natural do látex, que oxida na parte externa do mamão, dando aspecto de borrado ou melado. ➢ O látex de uma planta sadia é leitoso e coagula com facilidade, enquanto o de uma planta infectada é translúcido, menos viscoso e não coagula com facilidade. ➢ Os frutos ficam deformados, apresentam manchas na parte exterior da casca e necroses na polpa. Apresentam amadurecimento desuniforme e as características organoléptica alteradas, tornando-se imprestáveis para o consumo e a comercialização. Na maioria das vezes os sintomas somente se manifestam nos frutos em plantas com mais ou menos seis meses de idade. ➢ Os sintomas podem ser, às vezes, observados nas folhas novas, as quais apresentam deformações e extremidades queimadas. A) Sintomas externos com aspecto de borrado. B1) Fruto sadio com látex leitoso. B2) Fruto doente com látex translúcido. C) Necrose na polpa do fruto. A B1 C B2 Meleira-do-mamoeiro Meleira em frutos exsudação natural do látex Controle ➢ A erradicação é a principal medida de controle da meleira no início da infecção quando se observa necrose na borda foliar e, ou exsudação natural do látex. A planta deve ser arrancada; ➢ Toda a planta e, ou sua parte aérea (folhas, flores e frutos), devem ser enterradas em locais distantes do pomar; ➢ Controlar plantas daninhas, por serem possíveis fontes de multiplicação do vírus ou de seu vetor. ➢ Usar herbicidas nas linhas e roçadeira nas entrelinhas; AMARELO-LETAL-DO-MAMOEIRO – Papaya lethal yellowing virus (PLYV) ➢ No Brasil foi constatado pela primeira vez no Estado do Pernambuco, em 1983. ➢ No Nordeste chega a 70% de perda na produção de lavouras comerciais. Transmissão - O vírus não é transmitido por sementes e não existe um vetor biológico no campo para a disseminação. Ele sobrevive no solo e na água, o que evidencia a possibilidade de ser propagado na natureza por essas duas vias. É facilmente transmitido por ferramentas contaminadas, por ferimentos causados durante os tratos culturais e pelo contato de folhas de plantas doentes com plantas sadias. Sintomas - Variam com o cultivar ➢ No cv. ‘Solo’, o vírus ocasiona retorcimento do ponteiro e amarelecimento das folhas da parte superior da copa, evoluindo do topo para baixo da planta. ➢ Nos pecíolos surgem depressões longitudinais e lesões necróticas nas nervuras da face inferior da folha. Posteriormente as folhas murcham e caem, provocando a morte da planta. ➢ Nos frutos - O vírus causa, na casca, manchas circulares, inicialmente de coloração verde-clara,amarelecimento com o tempo, empedramento da polpa, maturação retardada, murcha e queda. ➢ Nos outros cultivares, com exceção do retorcimento do ponteiro e da morte da planta, os sintomas são os mesmos apresentados acima. Amarelo-letal-do-mamoeiro – Papaya lethal yellowing virus (PLYV) Controle Não existem medidas de controle efetivas para o PLYV. Recomenda-se medidas preventivas de manejo e práticas culturais. ➢ Deve-se evitar, pelo menos por um ano, a formação de novos pomares em locais infestados pelo vírus; ➢ Não utilizar na irrigação dos pomares água coletada próxima a pomares infectados com o patógeno; ➢ Evitar contaminações por meio de roupas, mãos (lavar com água e sabão) e ferramentas (desinfeta-las, mergulhando-as em uma solução de fosfato trissódico 3-10% ou hipoclorito de sódio 10-20%), pois o vírus é facilmente transmitido mecanicamente; ➢ Utilizar sementes certificadas e de boa procedência; ➢ Erradicar plantas contaminadas e corta-las em pequenos pedaços antes de transporta-las, para evitar disseminação e contato com plantas sadias; ➢ Instalar os viveiros em locais protegidos por telas e afastados dos pomares velhos e infectados, destruir plantas isoladas doentes e os pomares velhos infectados. Meloidogyne spp. e Rotylenchulus reniformis são os principais fitonematoides associados ao mamoeiro ➢Estes patógenos podem reduzir o teor de clorofila da folha, a taxa de fotossíntese, a absorção de nutrientes e de água e, o desenvolvimento vegetativo. ➢Perdas: Há poucas informações sobre danos causados por esses fitonematoides ao mamoeiro no Brasil. Em Fortaleza, CE, constatou-se que 64% dos pomares estavam infectados por M. javanica. ➢No Hawaí, as perdas são de 15-20% da produção. Em Mamanguape, PB, estimou-se em 25% a redução na produção de frutos, causada por M. javanica. ➢Na Índia ocorre uma redução em torno de 37% da produtividade devido a M. incognita. Sintomas Meloidogyne spp. – As plantas jovens, são mais atacadas por estes fitopatógenos, a resistência aumenta com a idade da plântula. ➢ O sistema radicular apresenta-se reduzido e deformado, exibindo galhas, que são bastante variadas quanto a forma, tamanho (algumas galhas atingem diâmetro de até sete vezes o diâmetro normal da raiz). ➢ Na parte aérea a planta pode apresentar sintomas de clorose, queda de folhas mais velhas, redução e até paralisação do crescimento, com diminuição da produtividade. Galhas causadas por Meloidogyne javanica Rotylenchulus reniformis – Este nematoide não causa galhas nas raízes. Ele alimenta no córtex e floema de raízes. Quando as raízes estão muito infectadas, elas tornam-se marrons e necrosadas. Na parte aérea da planta, ocorrem sintomas semelhantes aos causados por Meloidogyne. Controle ➢ É fundamental a escolha de áreas “livres” de fitonematoide. ➢ Evitar a entrada desses fitonematoides nos pomares (mudas contaminadas, etc.). ➢ Em áreas infestadas, após o cultivo, o revolvimento do solo por meio de aração e gradagem em período quente, seguido por irrigação, repouso por duas semanas e nova gradagem, reduz drasticamente a população de fitonematoides. Após essa medida, recomenda-se o plantio de plantas antagonistas, principalmente leguminosas. ➢ Utilizar mudas sadias para instalação de pomares. ➢ Evitar água de irrigação contaminada. ➢ Limpar e desinfetar máquinas e equipamentos que foram utilizados em outras áreas. ➢ Obs. No Brasil não há, ainda, cultivares recomendadas que sejam resistentes e não há, também, registros de nematicidas para uso na cultura do mamoeiro. ➢ Controle biológico: constatou-se potencial no controle de M. incognita, e conseqüentemente aumento de produtividade, com a aplicação do fungo Paecilomyces lilacinus (parasita os ovos deste e de outros fitonematoides). ObrigadO!
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