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18
Quadro 5 - Antecipação e reconhecimento 
dos riscos ambientais
	
  
Empresa:
Setor: Local 
Avaliado: 
Masculino: 5 Feminino: 0
Função
Quantidade 
Trabalhadores 
Expostos
Riscos Agentes Fonte Geradora
Trajetória ou 
Meio de 
Propagação
Exposição 
diária 
Supervisor 1 Físicos Ruído
Serra circular de 
bancada; quando de 
acesso à obra
Ar Eventual
Físicos Radiação solar
Sol; acompanhamento 
das montagens Ar Eventual
Montador/
Instalador 
de Vidros
2 Físicos Ruído Serra circular de bancada Ar Intermitente
Acidentes
Queda de 
Trabalho em 
níveis elevados
Utilização de 
andaime/escadas 
portáteis/ plataforma 
elevatória
Níveis 
diferentes
Intermitente
Físicos Radiação solar
Sol; montagem dos 
vidros nos caixilhos Ar Intermitente
Químicos Substância 
química
Adesivo à base de 
borracha de silicone; 
montagem de perfis e 
vidros
Contato Eventual
Ajudante 
Geral 2 Físicos Ruído
Serra circular de 
bancada
Ar Eventual
Acidentes
Queda de 
Trabalho em 
níveis elevados
Utilização de 
andaime/escadas 
portáteis/ plataforma 
elevatória
Níveis 
diferentes Eventual
Físicos Radiação solar Sol; montagem dos 
vidros nos caixilhos
Ar Intermitente
Químicos Substância 
química
Adesivo à base de 
borracha de silicone; 
montagem de perfis e 
vidros
Contato Eventual
COMÉRCIO E DISTRIBUIDORA DE VIDROS Ltda.
Montagem Canteiro de Obras
Quantidade de Trabalhadores 
Atividades 
Desenvolvidas:
Realizar atividades de dimensionamento de área a ser envidraçada,
mensurar espessura, tipo de vidro, de acordo com a determinação do cliente, 
medir, cortar vidro e cantoneiras para a construção de caixilhos,
transportar até o cliente e realizar serviços de instalação e acabamento. 
Medidas de Controle 
Existentes (EPI/EPC):
Relacionar as medidas existentes
EPIs fornecidos: Relacionar os EPIs fornecidos, por função. 
1.1.4. Análise dos Riscos Ocupacionais
Seguem as avaliações quantitativas efetuadas para 
os níveis de pressão sonora (ruído) e iluminância.
19
Quadro 6 - Análise dos riscos ambientais
1.1.5. Critérios de avaliação e Metodologias 
	
  
Valores 
Encontrados
Máxima 
Exposição 
Diária 
Permitida (h)
Valores 
Encontrados
Iluminância 
Mínima Exigida 
(NBR ISO/CIE 
8995-1) em lux 
Serra 
circular
Bancada de 
corte 89 dB(A) 04h30min 570 lux 300 lux
Furadeira 
Elétrica 86 dB(A) 07 h 568 lux 300 lux
Níveis de ruído em dB(A)
Posto de 
Trabalho
Iluminância em lux
a) Agente Físico Ruído:
A Legislação brasileira considera como prejudiciais 
à saúde dos trabalhadores níveis de exposição ao agente 
ruído, conforme estabelecido na Portaria n.º 3.214/78 
do MTE, NR-15, Anexo 1, para níveis de ruído contí-
nuo ou intermitente e de impacto que ultrapassem os 
limites de tolerância estabelecidos.
A metodologia utilizada neste trabalho levou em 
conta a determinação dos níveis de ruído medidos em 
decibéis (dB), obtidos os valores médios, utilizando ins-
trumento de medição de nível de pressão sonora, ope-
rando em circuito de resposta lenta “Slow” e circuito de 
compensação “A”. 
20
Para elaboração do PPRA, adotaremos os parâ-
metros da legislação brasileira, mais especifi camente, a 
NR15 e a legislação da previdência social com base na 
Instrução Normativa nº 118 de 14/04/2005.
A NR-15 estabelece os seguintes principais critérios:
Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois 
ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes 
níveis, devem ser considerados os efeitos combina-
dos, de forma que, se a soma das seguintes frações 
exceder a unidade, a exposição estará acima do Limite 
de Tolerância. 
Na equação, temos:
Cn - indica o tempo total em que o trabalhador fi ca 
exposto a um nível de ruído específi co;
Tn - indica a máxima exposição diária permissível a 
este nível;
Deq - representa a Dose equivalente para jornada de 8 
horas.
A grandeza mais importante que caracteriza a real 
condição de exposição aos níveis de ruído é o Lavg, 
que corresponde ao Nível Sonoro Contínuo equivalen-
te (nível médio integrado ao longo do tempo de medição). 
Os níveis sonoros em ambientes industriais variam ale-
atoriamente ao longo da jornada de trabalho. Pode-se, 
todavia, determinar um valor médio ou Lavg, que re-
21
presente o nível de pressão sonora durante o intervalo 
de tempo analisado (no mínimo 75% da jornada diária 
de trabalho).
Medições e Conclusões:
O risco físico ruído é predominante para as fun-
ções operacionais, sempre que ocorre o acesso às áreas 
operacionais, porém, com níveis de ruído entre o nível 
de ação e acima dos limites de tolerância estabeleci-
dos. Devem, portanto, ser adotadas normas rígidas de 
controle como o uso obrigatório de proteção auditiva, 
obtendo-se, desta forma, a atenuação a níveis aceitáveis 
de exposição.
 
Interpretação dos resultados:
Para ruído contínuo ou intermitente, a exposição 
do trabalhador em jornada de trabalho diária de 08 ho-
ras deverá ser limitada, quando, sem a devida utilização 
do protetor auditivo adequado, ao nível equivalente de 
85 dB(A), e ao nível máximo de 115 dB(A), medidos 
no circuito de resposta lenta (SLOW), sendo a dose de 
duplicação de 5 dB(A) e o limiar de contabilização para 
a dose, o nível de 80 dB(A).
Para ruído de impacto, a exposição do trabalha-
dor em jornada de trabalho diária de 8 horas, deverá 
ser limitada, quando sem a utilização de protetor ade-
quado, a um número de impactos que não excedam 140 
dB(lin), medidos no circuito de resposta rápida (FAST).
Considerando-se ainda o conceito de nível de ação, 
introduzido pela NR9 em sua redação, conforme Por-
22
taria n.° 25, de 29/12/1994, que criou o Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, temos que 
o Nível de Ação é o nível equivalente de ruído a partir 
do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma 
a minimizar a probabilidade da ocorrência de efeitos 
adversos à saúde do trabalhador. Estabelece a NR9, 
quanto ao Nível de Ação em 9.3.6.1, subitem b: “para 
o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme 
critério estabelecido na NR-15, anexo 1 – item 6”. 
Observamos que, interpretado pelo procedimento 
NHO-01 da FUNDACENTRO, o nível de ação é de 82 
dB(A), pois este estabelece a taxa de duplicação de dose 
igual a 3 dB(A), enquanto que interpretado pela NR15, 
o nível de ação é de 80 dB(A), pois estabelece a taxa de 
duplicação de dose igual a 5 dB(A).
Deve-se ainda considerar os Níveis de Atenuação 
da exposição ao ruído pela utilização de proteção audi-
tiva, sendo descritos conforme os dois métodos abai-
xo apresentados. Assim, para verificação da adequação 
do protetor auditivo utilizado na empresa, tomando-se 
por base os dados disponíveis de redução como NRR 
e NRsf para o protetor auditivo, o valor da atenuação 
poderá ser calculado como segue:
Método A: Para estimar a adequação dos pro-
tetores auditivos, a OSHA 29 CRF 1910.9 recomenda 
redução de 50% no valor do NRR para todo tipo de 
protetor, enquanto que o NIOSH (Compendium of 
Hearing Protection Devices) recomenda fator de redu-
ção (f), em função do tipo de protetor, como segue:
23
• 25% para abafadores tipo concha;
• 50% para abafadores plugs moldáveis;
• 70% para outros tipos de plugs;
A exposição estimada ao ruído, com uso do prote-
tor auditivo é dada pela expressão:
NPSc = NPSa – (NRR x f – 7), sendo:
NPSc - nível de pressão sonora no ouvido em dB(A), 
no ouvido protegido;
NPSa - nível de pressão sonora no ambiente em dB(A);
NRR - nível de redução de ruído do fabricante;
f - fator de correção.
Método B: Para determinar a atenuação pela 
norma ANSI S.12.6-1997 B, deve ser utilizada a seguin-
te expressão:
NPSc = NPSa – NRRsf, sendo:
NPSc - nível de pressão sonora no ouvido em dB(A), 
no ouvido protegido;
NPSa - nível de pressão sonora no ambiente (Lavg) em 
dB(A);
NRRsf - nível de redução de ruído do fabricante.
Conclusão sobre adequação dos proteto-
res utilizados: Em virtude do nível de redução de 
ruído calculado pelo Método B (NRRsf), os valores de 
24
atenuação poderão ser calculados em conformidadecom a expressão abaixo:
NPSc = NPSa – NRRsf
Logo, o trabalhador protegido estará sujeito à ex-
posição ao nível reduzido dado por:
NPSc = Leq – NRRsf, sendo:
Leq - nível de pressão sonora obtida por audiodosime-
tria de tempo integral, obtida pelo método FUNDA-
CENTRO, representativo do risco de exposição da fun-
ção ou para o Grupo de exposição semelhante.
Assim, para o protetor utilizado, abaixo identifi-
cado:
Tipo plug, marca Max Plus, CA 11.512, NRRsf = 16 dB
será considerado adequado para a redução do risco 
de exposição ao ruído para níveis abaixo do limite de 
tolerância, quando utilizado em atividades com níveis 
equivalentes iguais ou menores que 95 dB(A).
b) Agente Físico Calor:
Avaliações quantitativas dos níveis de calor podem 
ser necessárias quando os trabalhadores realizam ativi-
dades por longos períodos sob exposição solar ou em 
condições de temperaturas elevadas e que possam dar 
margem a atividades consideradas insalubres e que re-
queiram medidas de controle. 
25
Neste caso deve-se usar como referência, o Anexo 
3 da NR-15, conforme a seguir.
A avaliação da exposição ao calor deve ser reali-
zada através “Índice de Bulbo Úmido Termômetro 
de Globo” – IBUTG, definidos pelas equações abaixo 
apresentadas: 
Para ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Para ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
Nas equações temos: 
tbn - temperatura de bulbo úmido natural
tg - temperatura de globo
tbs - temperatura de bulbo seco
Para avaliação, devem ser utilizados: termômetro 
de bulbo úmido natural (tbn), termômetro de globo (tg) 
e termômetro de mercúrio comum (tbs).
As medições de exposição devem ser realizadas no 
local de trabalho do trabalhador, à altura da região do 
corpo mais atingida. 
O Quadro a seguir estabelece os Limites de To-
lerância para exposição ao calor, quando há regime de 
trabalho intermitente com períodos de descanso no lo-
cal de prestação de serviço.
26
Tipo de Atividade
(por hora)
Leve Moderada Pesada
Trabalho Contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos de trabalho
15 minutos descanso
30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
30 minutos de trabalho
30 minutos de descanso
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
15 minutos de trabalho
45 minutos de descanso
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
Não é permitido o tra-
balho, sem a adoção de 
medidas adequadas
acima de 
32,2
acima de 
31,1
acima de 
30,0
Fonte: NR15 – Anexo 3
Os períodos de descanso são considerados tempo 
de serviço para efeitos legais.
As atividades consideradas Leve, Moderada ou Pe-
sada são determinadas por consulta ao Quadro Taxas 
de Metabolismo por tipo de atividade:
Quadro V - Taxa de Metabolismo por tipo de atividade
Quadro 7 - Regime de Trabalho Intermitente com 
Descanso no Próprio Local de Trabalho
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO 100
27
Fonte: NR15 – Anexo 3
TRABALHO LEVE
- Sentado, movimentos moderados com braços 
e tronco (ex.: datilografia).
- Sentado, movimentos moderados com braços 
e pernas (ex.: dirigir).
- De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, 
principalmente com os braços
125
150
150
TRABALHO MODERADO
- Sentado, movimentos vigorosos com braços 
e pernas.
- De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, 
com alguma movimentação.
- De pé, trabalho moderado em máquina ou 
bancada, com alguma movimentação.
- Em movimento, trabalho moderado de levan-
tar ou empurrar.
180
175
200
300
TRABALHO PESADO
- Trabalho intermitente de levantar, empurrar 
ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá).
- Trabalho fatigante
440
Os limites de tolerância para exposição ao calor 
em regime de trabalho intermitente com período de 
descanso em outro local são apresentados no quadro 
Limites de Tolerância, conforme abaixo apresentado:
28
M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
Quadro VI - Limites de Tolerância
Fonte: NR15 – Anexo 3
Considera-se local de descanso como aquele am-
biente termicamente mais ameno, com o trabalhador 
em repouso ou desenvolvendo atividade leve. 
De acordo com o estabelecido na NR15 – Anexo 
3, a taxa de metabolismo (M) é assim determinada:
M = Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:
M - taxa de metabolismo média ponderada para uma 
hora
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se perma-
nece no local de trabalho.
Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se perma-
nece no local de descanso.
29
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para 
uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
60
IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período 
mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo 
Tt + Td = 60 minutos corridos.
Realizada avaliação qualitativa nas áreas onde os 
trabalhadores realizam suas atividades não foram evi-
denciadas atividades propensas às condições de des-
conforto térmico, consideradas insalubres ou nocivas à 
saúde dos trabalhadores.
c) Outros Agentes Físicos:
Realizada avaliação qualitativa nas áreas onde os 
trabalhadores desenvolvem suas atividades e foi eviden-
ciada exposição à radiação não ionizante, exposição à 
luz solar, quando os trabalhadores estão realizando a 
instalação dos vidros nos fechamentos.
Os demais agentes, como frio, radiações ionizan-
tes, pressões anormais, vibrações e umidade não foram 
evidenciados em avaliações qualitativas realizadas nos 
postos de trabalho. 
30
d) Agentes Químicos:
Os empregados da COMÉRCIO E DISTRIBUI-
DORA DE VIDROS Ltda. realizam atividades de 
instalação de vidros em caixilhos de vitrôs, portas, co-
berturas translúcidas, podendo utilizar cola siliconada 
(adesivo à base de borracha de silicone) para fixação. Os 
riscos de contato quando da aplicação podem ocorrer, 
porém, devido ao uso de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI), os riscos são neutralizados. Observa-
mos que as atividades descritas acima ocorrem de for-
ma eventual.
e) Agentes Biológicos:
Realizadas avaliações nos postos de trabalhos. Não 
foram evidenciadas nas atividades exposição aos agen-
tes biológicos.
1.1.6. Avaliações Ambientais – Conclusões
1) Níveis de ruído:
Realizadas avaliações quantitativas através de me-
dições do NPS (nível de pressão sonora) pontual de ru-
ído foram encontrados níveis de ruído entre o nível de 
ação e LT (limite de tolerância) acima dos limites de to-
lerância estabelecidos, somente na atividade de utiliza-
ção da serra de corte e furadeira elétrica, exigindo o uso 
de proteção auditiva, o que neutraliza os riscos a níveis 
aceitáveis, atendendo o Anexo 1 da NR15 Atividades e 
Operações Insalubres.

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