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Sara Rodrigues GINECOLOGIA ACRETISMO PLACENTÁRIO E PLACENTA PRÉVIA PLACENTA PRÉVIA Definição · É aquela que se insere total ou parcialmente no segmento inferior do útero localizando-se próxima ou sobre o orifício interno do colo uterino. · É a principal causa de hemorragia no 3º trimestre podendo levar também a hemorragia pós parto. · Inserção viciosa da placenta; implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação. · Diagnóstico de 24-28 semanas, pois antes disso, pode migrar. Classificação Placenta prévia central · Quando a placenta recobre totalmente o orifício interno do colo Placenta prévia parcial · quando a placenta obstrui parcialmente o orifício interno do colo Placenta prévia marginal · Quando a borda inferior da placenta atinge o orifício interno do colo sem ultrapassá-lo · Toca o orifício, mas não recobre Placenta de implantação baixa · Quando a borda da placenta se encontra próxima ao orifício interno do colo porém sem atingi-lo · próxima ao colo uterino, mas não chega tão perto Fatores de risco * · Tabagismo · Multiparidade · Uso de cocaína · Curetagem ou cirurgia uterina prévia · Cesariana anterior · Prenhez Gemelar Etiologia Teorias · Hipoatividade do ovo com a maturação tardia e a implantação quando o blastocisto está próximo ao seguimento inferior do útero · Deficiências de vascularização endometrial no fundo uterino · Cicatriz anterior devido a neovascularização Diagnóstico Quadro clínico **** · Sangramento vermelho vivo, indolor com tônus uterino normal e sem sofrimento fetal. Aparece após a 24° semana de gestação. · Sublinhado= diferença de dpp · Apresenta início e cessar súbitos; é repetitivo e progressivo. Tende a aumentar com as contrações. Exame físico · Exame especular: avaliar intensidade do sangramento e as condições do colo. Sangramento insidioso, vermelho vivo, de pequena quantidade e repetitivo. · Toque vaginal NÃO deve ser realizado. Pode provocar descolamentos maiores e aumento do volume do sangramento. Diagnóstico Ultrassonografia abdominal · Visualização da placenta posterior é dificultada pelo o polo cefálico, em casos de obesidade e enchimento incompleto da bexiga. Ultrassonografia endovaginal · Padrão ouro – avalia com precisão as relações entre o colo uterino e a placenta. Rastreamento para placenta prévia: suspeita de baixa implantação placentária em USG entre 20 e 24 semanas. · Pois pode migrar Acompanhamento da gestação Pré natal · Pacientes assintomáticas ou com sangramento de pequena monta: avaliar níveis hematimétricos regularmente, suplementar ferro, repouso e abstinência sexual. Hemorragias · Hospitalização, hemotransfusão, se necessário. · Pacientes estáveis após 48h sem sangramento - acompanhar ambulatorialmente (permanecer prox. ao hospital e manter banco de sangue com pelo menos 4 concentrados de hemácias). · Progesterona: diminui o risco de parto pré-termo. Diminui alterações do colo e pode consequentemente diminuir o risco de sangramento. Dose: 200 mg/dia via vaginal. · Tocólise: Em contrações e hemorragia com idade gestacional precoce. Não usar em assintomáticas. · Profilaxia da isoimunização Rh: Uma dose na vigência de sangramentos, a cada 12 semanas, até o parto. Conduta na placenta prévia hemorrágica **** · Estabelecer dois acessos intravenosos e administrar cristaloides. · Pressão arterial, debito urinário, estado mental e perfusão periférica, muitas vezes são suficientes para guiar a reanimação. · Está contraindicada tocólise após 34 semanas. · Corticóide antenatal: Deve ser administrado em mulheres sintomáticas entre 26 e 34 semanas. · Indicações de parto: Cardiotocografia não tranquilizadora; Morte materna iminente: hemorragia refratária; Sangramento vaginal significativo após 34 semanas. Via de parto Placenta previa total · Risco de hemorragia e descolamento de placenta · Cesariana indicação absoluta · Pacientes controladas: agendar cesariana para 38 semanas. · Pacientes com sangramento e que precisem de transfusão: cesariana após 34 semanas. · Hemorragias intensas: mãe deve ser estabilizada 48h antes da cirurgia e fazer corticoterapia para maturação pulmonar fetal. Via de parto Placenta previa marginal · Parto vaginal: se em USG endovaginal com 36 semanas mostrar a borda da placenta mais que 2 cm do orifício interno do colo · Cesariana: para distâncias menores que 2 cm do orifício interno do colo. ACRETISMO PLACENTÁRIO Implantação anômala ou patológica do tecido trofoblastico · A placenta se adere de forma anormal ao útero em virtude de uma invasão mais profunda do trofoblasto. · Placenta prévia é um dos principais fatores de risco. · Coexistência de cesariana anterior e placenta previa: Aumento do risco de acretismo (principalmente quando implantada na cicatriz). · Incidência tem aumentado nos últimos anos: 1 a cada 2.500 partos. · Paciente com placenta prévia anterior associado a duas cesáreas anteriores: 35 a 47% de risco de desenvolver placenta acreta. Quatro ou mais cesáreas anteriores: 50 a 67%. · Outros fatores de risco: multiparidade, Curetagens de repetição, endometrite prévia e cicatrizes uterinas. Classificação ** grau de penetração da placenta · Placenta acreta: as vilosidades penetram mais profundamente no endométrio até a camada esponjosa e fica mais aderida. · Há plano de clivagem para o descolamento manual · Invade tecido endometrial, mas não atinge miometrio · consigo fazer parto cesáreo e descolar a placenta.* · Placenta increta: as vilosidades penetram até o miométrio não há plano de clivagem para o descolamento manual Além de invadir endométrio, invade tecido miometrial e pode chegar até a serosa do útero, mas está RESTRITA ao útero · Placenta percreta: as vilosidades alcançam a serosa chegando a perfura-la e podem invadir órgãos adjacentes Pega endométrio, miométrio, serosa e invade outros tecidos (intestino, bexiga etc) Sinais ultrassonográficos de Acretismo placentário * · Sinais são sutis e a visualização de toda interface placentária é frequentemente difícil, principalmente nos casos de inserção posterior e central. · Doppler: fluxo turbulento espalhando se da placenta aos tecidos circunjacentes. · Desaparecimento do espaço hipoecogênico retroplacentário e anterior ao miométrio; surgimento de vasos dilatados no miométrio. · Irregularidade na interface entre bexiga e serosa uterina. · Extensão da placenta para o miométrio, serosa ou bexiga. · Ressonância Magnética: em casos onde o US não consegue realizar o diagnóstico preciso. Tratamento Depende do grau de invasão do útero, na maioria das vezes a histerectomia é necessária. Se Acreta tentar dequitação manual · Histerectomia Cirurgião geral de sobreaviso Cordão umbilical cortar próximo a placenta de deixa- la in situ · Conduta conservadora · Se há invasão de estruturas adjacentes · Embolizar vasos uterinos · Reservado a casos com alto risco de hemorragia ( ex: extenso acometimento de bexiga, trígono vesical, colo uterino, paramétrios, grandes vasos pélvicos). · Histerometria extração do feto, cordão umbilical e membranas amnióticas histerorrafia com placenta in situ e laparorrafia Uterotônicos, suturas compressivas, ligaduras e embolização arterial. · Metotrexate não tem sido mais recomendado
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