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Resumo I - Saúde da Gestante

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1 
 
 
Rafaela Pamplona 
Resumo I – SAÚDE DA GESTANTE 
ASISTENCIA AO PARTO NORMAL ......................................................................................................................................................... 1 
PARTO HUMANIZADO ............................................................................................................................................................................. 6 
PREVANÇÃO DA PREMATURIDADE ...................................................................................................................................................... 7 
PROPEDEUTICA OBSTETRA ................................................................................................................................................................ 11 
ASISTENCIA AO PARTO NORMAL 
 
Antes de 22s = aborto 
Pré-termo < 37s 
Termo = 37s – 40s 
Pós-termo >40s 
 
Mecanismo do parto 
• São movimentos passivos que o feto executa no transcurso 
do canal de parto 
• Tem características gerais constantes e variações de acordo 
com a pelve e o tipo de apresentação 
• 95% a 96% dos casos, o parto ocorre em apresentação 
cefálica fletida 
 
Apresentação cefálica 
• Ocorre em 96% 
 Fletida 99,9% – flexão 
 Defletida 1% - quanto mais defletido, pior o prognóstico 
- 1º Grau – Bregma 
- 2º Grau – Fronte 
- 3º Grau – Face 
 
 
 
Morfologia da pelve – bacia 
• Ginecoide 
 A pelve ginecoide é a mais comum entre as mulheres (50%) 
 Estreito superior arredondado 
 Melhor prognóstico para parto vaginal 
• Antropoide 
 20-25% da mulheres 
 O maior diâmetro do estreito superior é ântero-posterior 
 
• Androide (triangular) 
 Bacia típica de homens 
 Péssimo prognostico para normal 
 Utilizar via abdominal alta 
 
• Platipeloide (chata) 
 5% das mulheres 
 Normalmente não traz dificuldades para o parto 
 
 
 
Planos da bacia 
• Utilizados para definir a altura da apresentação fetal 
• Plano de DeLee (mais utilizado) 
 Correspondem a uma ferramenta importante na construção 
de partogramas na obstetrícia, sendo analisados 
juntamente com a dilatação do canal cervical e a variedade 
de posição 
 Os planos relacionam o posicionamento do ponto mais 
baixo do polo cefálico fetal em relação às espinhas 
isquiáticas maternas, configurando a apresentação do feto 
• Plano de Hodge 
 São quatro divisões anatômicas imaginários, que projetam 
sobre a pélvis da mulher grávida e servem como um guia 
para a posição do feto no canal do parto 
 
Nº mín de consultas: 6 
 
2 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
Contratilidade uterina 
• Durante toda a gestação 
• Progesterona: essencial para manutenção da gravidez 
• As contrações apresentam um triplo gradiente descendente 
• São Involuntárias 
• Frequência: 2 a 5 em 10min 
• Intensidade: 30 A 50 MMHG 
• Duração: 60s 
• CONTRAÇÃO = DILATAÇÃO = EXPULSÃO FETAL 
 
Feto de termo – características 
• Peso 3.000 a 3.500g 
• Altura/Comprimento 49 – 50 cm 
• Pólo cefálico: suturas e fontanelas 
• Variedades de posição 
• Apresentação fetal: região do concepto – estreito superior 
1 - Cefálica 96,5% - pólo cefálico 
2 - Pélvica 3% - pólo pélvico 
3 - Córmica 0,5% - acrômio 
 
Apresentação pélvica 
• Completa 
 Modo de nádegas mais membros inferiores 
• Incompleta 
 Joelhos (coxa em extensão) 
 Pés (1 membro em extensão) 
 
 
Tempos do mecanismo do parto 
 
 
• Insinuação ou encaixamento 
 É a passagem da maior circunferência da apresentação 
através do anel do estreito superior 
 Está o ponto mais baixo da apresentação à altura das 
espinhas ciáticas (plano “0” de DeLee) 
 
 
 
• Descida 
 Inicia desde o início do trabalho de parto e termina no 
momento da expulsão fetal 
 Na tentativa de completar a insinuação, a cabeça migra até 
as proximidades do assoalho pélvico, mantendo o mesmo 
sentido e levemente em flexão 
 Durante esse mecanismo do parto à medida que o polo 
cefálico roda, vai progredindo no seu trajeto descendente. É 
a penetração rotativa 
 
 
 
 
3 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Desprendimento 
 Após o movimento de rotação, o suboccipital coloca-se 
sobre a arcada púbica e a sutura sagital orienta-se em 
sentido anteroposterior 
 O desprendimento acontece por meio do movimento de 
deflexão 
 
• Restituição ou rotação externa da cabeça 
 Assim que ocorre o desvencilhamento, a cabeça agora livre 
e no exterior, sofre novo e ligeiro movimento de flexão, pelo 
seu próprio peso e executa rotação de 1/4 a 1/8 de 
circunferência, voltando o occipital para o lado onde se 
encontrava na bacia 
 Este movimento é simultâneo a rotação interna das 
espáduas 
 
 
 
Períodos do parto 
• Pré-parto ou premonitório 
 Não é considerado período para alguns autores 30 – 36s 
 Descida do fundo uterino (2-4cm), com acomodação da 
apresentação no canal de parto 
 Contrações irregulares e incoordenadas; aumento das 
secreções cervicais com saída de muco e raios de sangue 
(“sinal de parto”) 
 Culmina nos pródromos de trabalho de parto (contrações 
progressivamente mais intensas amolecimento, 
apagamento e centralização do colo) 
 Termina na fase de pródromos do trabalho de parto (fase 
latente do trabalho de parto) 
 Duração da fase latente: 14h a 20h 
 
OBS: a fase latente ocorre quando as contrações se tornam 
mais intensas, mas não há dilatação progressiva e rápida 
do colo 
 
1º Dilatação 
 Início: começo do trabalho de parto 
 Término: colo totalmente dilatado (10cm) 
 Diagnóstico 
- Contrações uterinas regulares (3/10 de 40mmHg de 
intensidade) 
- Dilatação de 4cm 
- Multíparas: dilatação e apagamento do colo durante o 
trabalho de parto 
- Primíparas: apagamento ocorre antes do início do trabalho 
de parto 
 Conduta 
- Monitoramento do bem-estar materno-fetal 
- INTERNAÇÃO 
 
Oque fazer? O que NÃO fazer? 
Intervir o mínimo possível 
Deambulação 
Presença do acompanhante 
Ingestão de líquidos claros 
Ausculta fetal (intermitente e 
continua) 
Avaliação da contratilidade 
uterina 
Conforto físico e psicológico a 
parturiente 
Enterocolite 
Tricotomia 
Toque vaginal 
desnecessário 
Amniotomia de rotina 
Orientar a paciente a fazer 
força nesse período 
 
2º Expulsão 
3º Dequitação 
4º Greenberg 
 
 
4 
 
 
Rafaela Pamplona 
Partograma 
• É uma representação gráfica da evolução do trabalho de 
parto, cujo uso se tornou obrigatório em toda maternidade a 
partir de 1994 (OMS) 
• O primeiro partograma desenvolvido surgiu em 1978 com 
Friedman 
 
1º período – dilatação 
• Toque vaginal: dilatação, apagamento, orientação, 
consistência, altura da apresentação, variedade de posição, 
grau de flexão, sinclitismo/assinclitismo, integridade da bolsa 
• Amniotomia: indicada para correção de distocias funcionais, 
avaliação da variedade de posição (caso não seja possível 
com a bolsa íntegra), avaliação do líquido amniótico em 
alguns casos de parto operatório 
• Alívio da dor 
 Métodos não farmacológicos: imersão em água, hipnose, 
acupuntura entre outros 
 Métodos farmacológicos: analgesia regional ou inalatória 
 
• Período de dilatação toques 
 
 
 
2º período – Expulsivo 
• Início: quando a dilatação do colo – completa (10cm) 
• Término: com a expulsão total do bebê 
• Duração 
 Primíparas: 30min a 2h30 
 Multíparas: 1h 
• Apresentação fetal comprime o períneo e observa-se a rima 
vulvar abrindo-se 
• Contrações: 5/10 de 50-70mmHg de intensidade 
• Gestante apresenta esforços expulsivos, desejo de defecar, 
agitação e dores intensas caso não tenha realizado analgesia 
• Conduta: posição de litotomia (Bonnaire-Bué), mais utilizada, 
analgesia perineal e episiotomia, se necessárias 
Oque fazer? O que NÃO fazer? 
Intervir o mínimo possível 
Proteção do períneo 
Manobra de Ritgen modificada 
Episiotomia seletiva 
Ausculta fetal (continua) 
Circular de cordão devem serreduzidas ou pinçadas antes 
da saída do feto 
Conforto físico e psicológico a 
parturiente 
Posição de livre escolha da 
paciente 
Instruir a paciente a fazer 
força nesse período 
Tricotomia 
Toque vaginal 
desnecessário 
Episiotomia de rotina 
Manobra de Kristeller 
Sala de parto muito fria ou 
muito ruidosa 
 
• Parto espontâneo – Manobra de Ritgen modificada 
 O objetivo desta manobra é evitar a deflexão rápida da 
cabeça, comprimindo o períneo posterior e controlando a 
deflexão da cabeça fetal com a mão oposta 
 
 
 
• Atualmente não é recomendada 
 Manobra de Kristeller 
 Usada no período expulsivo 
 
• Episiotomia 
 Mediana 
- Bulbocavernoso 
- Transverso superficial do períneo 
 Médio lateral 
- Bulbocavernoso 
- Transverso superficial do períneo 
- Puborretal do elevador do ânus 
 
 
 
 Tipos e indicações 
- A episiotomia não deve ser realizada rotineiramente 
- As indicações frequentemente presentes na literatura são 
~ Parto operatório (fórcipe ou vacuoextração) 
5 
 
 
Rafaela Pamplona 
~ Períneos rígidos 
~ Exaustão materna 
~ Feto grande 
~ Período expulsivo prolongado 
~ Variedades occipitoposteriores 
~ Distocia de escapulas 
~ Insuficiência cardíaca materna 
~ Sofrimento fetal agudo 
~ Apresentação pélvica 
 
 
 
• Saída do feto 
 Mantê-lo na altura do introito vaginal 
 Face voltada para baixo e para o lado ou apoiá-lo sobre o 
abdome materno, para evitar aspiração do líquido amniótico 
 Clampeamento do cordão, aproximadamente 10 cm de sua 
inserção no RN 
 Esperar 3min em média para clampear o cordão, a fim de 
permitir maior transfusão de sangue do cordão e da 
placenta para o feto 
 Benefícios* e Contraindicações* 
 
3º período – Dequitação ou Secundamento 
• Começa após a saída do feto e termina com a saída da 
placenta 
• Descolamento e expulsão da placenta e das membranas 
ovulares 
• Ocorre entre 10 e 20min após o período expulsivo 
(prolongado se ultrapassar 30 min) 
• Diagnóstico 
 Pinçamento do cordão umbilical próximo a vulva 
- Sinal de Ahfeld 
 Tração intermitente discreta do cordão umbilical 
- Sinal de Fabre 
 Elevação do corpo uterino através da palpação abdominal 
não acompanhada da movimentação do cordão umbilical 
- Sinal de Kustner 
 Sinal da placenta: sensação de peso sobre o reto referida 
pela paciente 
 
• Assistência 
 Conduta: se a placenta já se descolou, adota-se uma 
conduta ativa para diminuir as perdas sanguíneas e 
hemorragias puerperais 
- Ocitocina profilática,10U, IM 
- Massagem uterina imediatamente após expulsão da 
placenta e a cada 15min nas primeiras 2h de puerpério 
- Revisão do canal de parto após saída da placenta para 
identificar alguma laceração e correção se houver 
~ 1° grau: lesão da pele do períneo, fúrcula e mucosa 
vaginal 
~ 2° grau: fáscia e músculo do períneo, sem lesão da 
musculatura do esfíncter 
~ 3° grau: lesão da camada muscular do esfíncter anal 
~ 4° grau: lesão que atinge a mucosa retal, expondo a luz 
do reto 
- Episiorrafia ou rafia das lacerações do períneo 
 
• Episiotomia 
 É uma incisão efetuada na região do períneo (área muscular 
entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto 
• Episiorrafia 
 É uma sutura da incisão efetuada na região do períneo para 
ampliar o canal de parto, sutura de um períneo lacerado 
 
• Mecanismo de deslocamento placentário 
 Baudelocque-Schultze 
- Implantação placentária no fundo uterino (corporal) 
- É a forma mais comum (75%) 
- A placenta exterioriza-se pela face fetal em forma de 
guarda-chuva, com sangramento surgindo após a saída 
da placenta 
 Baudelocque-Duncan 
- Implantação placentária nas paredes laterais uterinas 
- Ocorre em 25% das vezes 
- A placenta exteriorização da mesma ocorre pela borda 
inferior, com sangramento precedendo a saída da 
placenta 
 
 
6 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Mecanismo de deslocamento uterino 
 Harvey 
 Credé 
 Jacob-Dublin 
- Rotação placenta para total retirada das membranas fetais 
 
OBS.: verificar forma placentária, inserção e comprimento do 
cordão umbilical e nº vasos 
 
 
 
4º período – Greenberg 
• Inicia após o secundamento e estende-se por 1h 
• Período de hemostasia do local onde estava inserida a 
placenta 
• Mecanismos 
 Miotamponagem: contração uterina, compressão e 
laqueadura dos vasos uteroplacentários (ligadura vivas de 
Pinard) 
 Trombotamponagem: formação de coágulos (trombos) nos 
grandes vasos uteroplacentários e hematoma intrauterino, 
que recobre a ferida aberta no sítio placentário 
 Indiferença miouterina: útero torna-se “apático”, apresenta 
fases de contração e relaxamento, podendo se encher 
progressivamente com sangue 
 Contração uterina “fixa”: após 1h, o útero adquire maior 
tônus, e a contração se sobrepõe ao relaxamento, passando 
a se manter contraído - globo de segurança de Pinard 
• Período de maior risco de hemorragia – cuidado 
• Parto normal – 500ml de sangue 
• Cesárea – 1000ml de sangue 
 
 Hemorragia decorrente da involução uterina 4”T” 
Tônus – Trauma – Tecido – Trombina 
❤ RESUMO 
1º - Fase de dilatação Ampliação do diafragma cérvico-
segmentário 
2º - Fase de expulsão Passagem do feto pelo diafragma 
vulvoperineal 
3º - Secundamento Expulsão dos anexos 
4º período Primeira hora pós-parto (fase de riscos 
para a paciente) 
PARTO HUMANIZADO 
 
História 
• No início da década de 70, diversos questionamentos foram 
levantados sobre o excesso de intervenção médica durante o 
parto a partir da divulgação dos princípios preconizados por 
Frederick Leboyer, médico francês da Clínica Obstétrica de 
Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, na sua obra 
“Por um Nascimento Sem Violência” 
• Criou-se, então, um novo olhar para a mulher que estava 
vivenciando a cerimônia do nascimento e, nesse momento, 
surgiu o conceito de parto humanizado 
 
Conceito 
• É um conjunto de condutas e procedimentos que promovem 
o parto e o nascimento saudáveis, pois respeita o processo 
natural e evita condutas desnecessárias ou de risco para a 
mãe e o bebê 
• Manual Técnico de Assistência Pré-natal do MSB-2000, 
“humanização da assistência ao parto pressupõe a relação de 
respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as 
mulheres durante o processo de parturição”, envolvendo 
conceitos como considerar a naturalidade do parto, que não 
requer condutas intervencionistas, levar em conta as 
necessidades, os valores individuais e os sentimentos da 
parturiente, reconhecendo o seu protagonismo durante toda a 
gestação, parto e nascimento 
 
Princípios do programa de humanização no 
pré-natal e nascimento (PHPN) 
• Toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e 
de qualidade no decorrer da gestação, parto e puerpério 
• Toda gestante tem direito de saber e ter assegurado o acesso 
à maternidade em que será atendida no momento do parto 
• Toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao 
puerpério e que esta seja realizada de forma humanizada e 
segura, de acordo com os princípios gerais e condições 
estabelecidas na prática médica 
• Todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de 
forma humanizada e segura 
 
Tipos de violência durante o parto 
• Violência obstétrica (1/4 mulheres) 
 Institucional 
 Moral 
 Física 
 Psicológica 
 Verbal 
7 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Brasil apresenta uma das maiores taxas de cesarianas e 
intervenções obstétricas 
• Alto índice de morbimortalidade materna 
• Maior taxa de cesarianas na rede privada (85% dos partos) 
• Maior grau de instrução – menor número de intervenção 
• Ciclo gravídico-puerperal não deve ser considerado uma 
doença, com condutas autoritárias, sem evidências científicas 
e invasivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREVANÇÃO DA PREMATURIDADE 
 
Testes preditivosdo parto prematuro 
• Monitorização das contrações uterinas 
• Avaliação do comprimento do colo uterino 
• Marcadores bioquímicos 
 
Medidas preventivas diante do risco de 
aumento do trabalho de parto pré-termo 
• Estágio I → opções para terapêutica inibitória 
• Estágio II 
• Estágio III 
• Estágio IV → profilaxia para infecção neonatal pelo 
Streptoccocos do grupo B 
 
Principais pontos 
• Quais as hipóteses diagnósticas para a paciente do caso 
clínico em questão? 
• Quais os fatores de risco observados nesse caso clínico estão 
envolvidos com o risco de TPP? 
• O que poderia ter sido feito no pré-natal desta paciente para 
tentar conseguir evitar o ocorrido? 
• Em qual estágio evolutivo da classificação de Hobel para 
trabalho de parto pré-termo a paciente se encontra? 
• Quais testes preditivos do parto pré-termo poderiam ter sido 
utilizados para essa paciente durante o pré-natal? 
 
Prematuridade 
• Principal causa de morte em menores de 5 anos registradas 
no mundo 
• As complicações associadas à prematuridade são as 
principais causas de óbito nos primeiros 5 anos de vida 
• Etiologia multifatorial 
• Nascimento antes de 37s ou <259 dias 
• Pré-termo tardio: entre 34s e 0 dias a 36s e 6 dias 
• Pré-termo moderado: entre 32s e 0 dias e 33s e 06 dias 
• Muito pré-termo: entre 28s e 0 dias e 31s e 6 dias 
• Pré-termo extremo: menor que 28s e 0 dias 
• Ações para reduzir mortalidade infantil, devem focar no 
componente neonatal 
 
Parto pré-termo 
• Espontâneo: acontece naturalmente. Ex.: rompimento da 
bolsa antes do esperado 
• Eletivo: existe algum problema na mãe ou no feto que exige a 
antecipação desse parto 
• Prevenção da prematuridade eletiva: melhoria nas condições 
maternas pré-concepcionais e durante o pré-natal 
8 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Estratégias preventivas para evitar o nascimento pré-termo 
 Progesterona exógena 
 Identificação de fatores de risco 
 
• Fatores de risco 
 Epidemiológicos 
- Baixo nível socioeconômico 
- Ambientais 
- Nutrição inadequada 
- Idade materna 
- Estresse físico e psicológico 
- Fumo 
- Drogas 
 
 Obstétricos 
- RPMO 
- Parto prematuro anterior 
- Gemelaridade e RCIU 
- IIC, dist líquido amniótico 
- Sangramento no 1º e 2º trimestre 
- DPP e PP 
- Alterações hormonais 
- DHEG 
- Malformações fetais 
 
 Ginecológicos 
- Alterações anatômicas do colo uterino 
- História de amputação do colo uterino 
- Malformações uterinas 
- Miomatose 
 
 Clínico-cirúrgicos 
- Infecções 
- Doenças maternas 
- Procedimentos cirúrgicos na gravidez 
 
 Genéticos 
 Iatrogênicos 
 Desconhecidos 
 
• 50% dos partos não possuem fator associado 
• Identificação de fatores de risco: primeira estratégia na 
redução da incidência e/ou complicações inerentes ao parto 
pré-termo 
 
 
 
 
Testes preditivos 
• Monitorização das contrações uterinas 
 Atividade uterina presente durante toda a gestação 
 Observar-se 
- 4 ou mais contrações por hora IG < 30s 
- 6 ou mais contrações por hora IG > 30s 
 Tocodinamômetro externo 
 
• Avaliação do comprimento do colo uterino (CC) 
 Encurtamento cervical e abertura do orifício interno (OI) 
 Modificações bioquímicas do tecido cervical 
 Contrações silenciosas ou processo inflamatório local 
 Toque vaginal (TV): baixa sensibilidade 
 US: maior acurácia 
- Entre 22 e 24 semanas CC > 20mm 
 
• Marcadores bioquímico – fFN (fibronectina fetal) 
 fFN elevado valor preditivo negativo 
 Glicoproteína de alto peso molecular produzida pelo 
trofoblasto – assegura aderência do blastocisto à decídua 
 Desaparece com 22 semanas – após fusão do âmnio com 
o córion 
 Reaparece após 36 semanas 
 
Medidas preventivas 
• Classificação de Hobel 
Nível Característica 
Estágio I Presença de fatores de risco 
Estágio II Útero irritável 
Estágio III 
Trabalho de parto reversível, contrações 
uterinas e alterações cervicais 
Estágio IV Trabalho de parto irreversível 
 
• Estagio I – presença de fatores de risco 
 Boa assistência pré-natal 
 Orientações higiene, evitando vulvovaginites e 
corioamnionites 
 Orientações nutricionais 
 Suporte psicológico 
 US precoce: IG, presença de malformações, miomas e 
gestação gemelar 
 Medida do colo 
 Rastrear vaginose 
 CDC: Rastreio vaginose no primeiro trimestre 
 Tratamento vaginose e controle pós-tratamento 
 Metronidazol 
 Clindamicina 
 ITU também deve ser investigada e tratada bacteriúria 
assintomática: 1° consulta, 24-28 sem 
9 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Progesterona micronizada: nas anomalias congênitas do 
útero sem incompetência cervical, nas portadoras de 
mioma, na presença de colo curto ao US e nos partos 
prematuros de repetição 
 Cerclagem nos casos confirmados de incompetência 
cervical – 12 a 16 sem 
 Cerclagem apresenta riscos 
 Diante de situações específicas – orientações de repouso a 
partir de 25 sem 
 Importante orientar gestante dos sintomas 
- Contrações regulares por pelo menos 1h mesmo 
indolores, peso em BV, alteração do fluxo vaginal 
 
• Estágio II – útero irritável (contrai), mas sem dilatação cervical 
 Aparecimento de contrações sem repercussão cervical 
 Repouso, progesterona 
 Tratar intercorrências clínicas – ITU, vaginose 
 US avaliar: IG, estruturas anatômicas e crescimento fetal 
 US e Ffn servem para evitar intervenções desnecessárias 
 Diante do aumento das contrações e mudança do colo atuar 
com estagio III 
 
• Estágio III – parto reversível (dilatação e apagamento) 
 Tocólise 
 Corticóide 
 Repouso 2 a 3 h para observação clínica 
 Comprimento cervical e fFN auxiliam diagnóstico diferencial 
 Critérios: contrações regulares a cada 5 min, dilatação de 
pelo menos 1cm e esvaecimento cervical e/ou progressão 
das alterações cervicais 
 Condições para uso de tocolíticos 
- Período de latência 
- Esvaecimento não pronunciado 
- IG entre 22 e 34 sem e 06 dias 
- Ausência de contraindicações 
 Contraindicações 
- Morte fetal 
- Sofrimento fetal 
- Malformações fetais incompatíveis com a vida 
- RCF 
- Infecção amniótica 
- DCP/PP sangrante 
- Síndromes hipertensivas 
- DM insulino- dependente instável 
- Cardiopatias 
- Hipertireoidismo descompensado 
- Anemia falciforme 
 
 Hospitalização 
 Vitalidade fetal - cardiotoco 
 US - peso, ILA, IG, apresentação, mal formações 
 Exame bacterioscópico – cultura vaginal: anaeróbios e 
aeróbios, cultura vaginal e anal p Streptococcus do grupo B, 
pesquisa de chlamydia e Neisseria 
 Acesso venoso e exames laboratoriais 
 Uterolíticos: devem ser prescritos se o trabalho de parto for 
verdadeiro 
 Postergar parto por 48h 
 Permitir transporte 
 Prolongar gestação - pielonefrite, cirurgia abdominal 
 
 Opções para terapêutica inibitória 
- Uterolíticos 
- Beta- agonistas 
~ Terbutalina, salbutamol, isoxsuprina, fenoterol, ritodrina* 
~ Terbutalina: 05 amp (0,5 mg) + SG 5% 500 ml 
~ Iniciar 10 gotas por min, aumentar 10gts/min a cada 20 
min até máx 80 gotas/min 
~ Manter por 24h 
~ Não devem ser administrados via oral após infusão 
endovenosa 
~ Utilizar progesterona concomitante 
~ Cuidados 
▫ ECG materno prévio 
▫ Controlar pulso e PA, manter pulso < 120 
▫ Ausculta pulmonar e cardíaca 
▫ Monitorar BCF 
▫ Adm de líquidos NÃO deve ultrapassar 2l/24h 
 
- Sulfato de magnésio 
~ Compete com Ca+ 
~ 4g em SG a 10% IV em 20 min, seguidos de 2 a 3g hora 
até cessar as contrações 
 
- Inibidores de prostaglandinas 
~ 100mg retal seguida de 25mg oral a cada 6h por 24h, 
em IG < 33 sem 
~ Complicações: enterocolite, fechamento do ducto 
arterioso, HP, oligoâmnio, hemorragia intracraniana 
~ NÃO são empregados rotineiramente 
 
- Bloqueadores dos canais de cálcio 
~ Inibem a entrada de cálcio extracelular através da 
membrana citoplasmática, impedem a liberação de 
cálcio intracelular no retículo endoplasmático 
10 
 
 
Rafaela Pamplona 
~Nifedipina – 30 mg, seguida de 20 mg VO a cada 8 
horas. 
~ Enrubescimento, náuseas e cefaleia 
~ Tão efetivos quanto os beta-agonistas com menos 
efeitos colaterais 
 
- Antagonistas da ocitocina 
~ Atosiban 
~ Efetivo na diminuição das contrações uterinas, 
apresentando efeitos colaterias mínimos (náuseas, 
cefaléia, vômitos, tonturas, taquicardia e hipotensão) 
 
- Corticoterapia 
~ Redução da membrana hialina de 28 a 34 sem 
~ Menor gravidade da SAR 
~ Menor incidência de hemorragia intracraniana 
~ Menor risco de enterocolite necrotizante 
~ Melhor sobrevida do RN , estabilidade circulatória e 
necessidade reduzidas de o2 
~ Melhor resposta ao surfactante neonatal 
~ 26-34 sem- betametasona 
~ Contraindicado em infecção materna e ovular, DM 
descompensado e úlcera péptica 
 
• Estágio IV – parto irreversível 
 Profilaxia do estreptococos do grupo B 
 Streptococcus B-hemolítico do grupo B de Lancefield ou 
Streptococcus agalactiae (SGB) 
 40% dos 5 milhões de óbitos de RN por ano nos países 
desenvolvidos 
 Transmissão da mãe para filho 30 a 70% dos RN cuja mães 
apresentam cultura positiva 
 Profilaxia do estreptococos do grupo B 
- Importante AE em processos pneumônicos, septicêmicos 
e meníngeos, menos frequentemente associados à 
osteomielite e à artrite séptica 
- Tratar profilaticamente todas que não tenham cultura 
negativa nas últimas 5 sem anteriores ao TP 
Profilaxia intraparto 
Recomendação Alergia a penicilina 
Penicilina G Cristalina 
Dose ataque: 5 milhões IV 
Dose de manutenção: 2,5 milhões 
IV de 4/4h 
Parto após 4h do ataque 
Manutenção manter até o parto 
Baixo risco para anafilaxia 
Cefazolina 
Ataque: 1,0G IV 
Manutenção: 1g IV de 8/8h 
Mantida até o parto 
Alternativa 
Ampicilina 
Ataque: 2g IV 
Manutenção:1g 4/4h 
Alto risco para anafilaxia 
Clindamicina 
Ataque:900mg IV 8/8h 
Vancomicina 
Ataque:1g IV 8/8h 
Manutenção:1g IV 12/12h 
- Ácido fólico 
~ 34.480 mulheres – redução de 34 a 70% 
 
- Sulfato de magnésio 
~ Efeito neuroprotetor: reduz incidência de paralisia 
cerebral e disfunção motora na infância 
~ Segurança: não houve diferença (óbito materno, 
hipotensão, PCR, depressão respiratória, EAP, 
incidência de PC, hemorragia pós-parto) 
 
Conclusão 
• Identificar fator de risco e uso da progesterona exógena 
• Antecedentes prematuridade, gemelaridade, colo curto no 
segundo trimestre são FR mais associados ao PPT 
• Monitorar contrações, avaliar colo e fFN são testes rastreio 
melhor resultado 
• Avaliação cervical e Ffn podem ser utilizadas em 
assintomáticas tb. As contrações - melhor empregada nas 
sintomáticas. 
• Bacteriúria assintomática pesquisada na 1° consulta , 24 e 28 
sem 
• Cerclagem de 12 a 16 sem na IIC, sem evidências na 
profilaxia de colo curto. 
• No estágio II não está indicado nem corticóide nem tocolítico 
• No estágio III tocolítico para postergar pelo menos 48 h 
• Antibioticoprofilaxia para infecção neonatal precoce pelo 
streptococus do grupo B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Rafaela Pamplona 
PROPEDEUTICA OBSTETRA 
 
Assistência pré-natal 
• Primeira consulta 
 Pré-natal = prevenção 
- conhecer a paciente 
 Estabelecer o risco obstétrico 
 Definir diagnóstico 
 
Anamnese 
• Identificação 
 Idade – melhor idade entre 20 e 30 anos 
 Cor – mulheres negras possuem vicio pélvico, bacia com 
maior dificuldade para parto normal, maior probabilidade de 
ruptura da pelve durante o parto 
 Naturalidade 
 Procedência (doença de chagas, esquistossomose, 
malária) 
 Estado Civil 
 Profissão 
 Grau de Instrução 
 
• Antecedentes 
 Familiares - influência materna é maior que a materna 
- Hipertensão 
- Diabetes 
- Cardiopatias 
- Hemopatias 
- Epilepsia 
- Doenças congênitas 
- Gemelaridade 
 
 Pessoais 
- Hipertensão arterial 
- Cardiopatias 
- Diabetes 
- Doenças renais crônicas 
- Anemia 
- Transfusões de sangue 
- Doenças neuropsíquicas 
- Viroses 
- Cirurgias 
 
 Obstétricos 
- Paridade 
~ Primigrávida ou primigesta – primeira concepção 
~ Primípara – já pariu ou está na iminência de parir 
~ Multigesta ou multigrávidica – gestou muitas vezes 
~ Paucípara – pariu até 3x 
~ Nulípara – nunca pariu Nuligesta – nunca gestou 
- Tipo dos partos – GII P0 A0 GI Pi (gemelar) 
- Intercorrências – abortamentos, curetagem 
~ Incompetência istmo-cervical 
- Peso dos fetos 
- Intervalo interpartal – mínimo 2 anos 
- Puerpério 
- Interrogatório sistemático 
- Prematuridade 
 
• Prenhez vigente 
 Data da última menstruação (DUM) – 1º dia!! 
 Data provável do parto (DPP) 
- Calculada pela regra de Nagele 
+ 7 dias ao 1º dia da última menstruação 
- 3 ao mês 
~ DUM = 20/05/2020 
~ DPP= 27/02/2021 
 Idade gestacional (semanas) 
 Hábitos: tabagismo, etilismo 
 Fármacos 
 Queixas 
 
Exame físico 
• Inspeção 
 Cabeça e pescoço: lanugem – sinal de Halban 
 Mamas: colostro >16s 
- Auréola primitiva mais escura, aréola secundaria – sinal 
de Hunter 
 Ausculta cardiopulmonar 
 Abdome: linha alba – linea nigra 
estrias violáceas e brancas 
 Membros inferiores – edema 
 Aparelho genital 
 
• Palpação 
 Manobra de Leopold-Zweifel 
 
 1ª Manobra de Leopold: situação da parte fetal e delimitação 
do fundo uterino 
Longitudinal – transversa – obliqua 
 
Situação Posição Apresentação Insinuação 
12 
 
 
Rafaela Pamplona 
 2ª Manobra de Leopold: posição fetal 
Se longitudinal: Direita – Esquerda 
Se transversal: Anterior – Posterior 
 3ª Manobra de Leopold: apresentação fetal/altura 
Cefálica – Pélvica – Córmica 
- Apresentação pélvica ou córmica ao final da gestação 
~ Encaminhar para serviço de alto risco 
~ Parto hospitalar 
 4ª Manobra de Leopold: atitude ou insinuação. Confirma a 
apresentação fetal 
 
• Ausculta fetal 
 Pinard 
 Sonar Doppler 
• Mensuração uterina: borda superior da sínfise púbica, segue 
a linha da cicatriz umbilical 
- Até 6 semanas – sem alteração 
- 8 semanas – 2 x normal 
- 10 semanas – 3 x normal 
- 12 semanas – palpável sínfise púbica 
- 16 semanas – ½ entre SP e cicatriz umbilical 
- 20 a 30 semanas – AU = IG 
• Sinais vitais + BCF (mín 110 e máx160) 
• Exame especular 
• Toque vaginal 
 
Procedimentos complementares 
• Dosagens hormonais 
 BHCG quantitativo 
- 3 semana: 100-150 
- 4 semanas: 500-1.000 
- 5 semanas: 1.000-3.000 
- 6-8 sem: 3.000-5.000 
- 2-3 meses: 10.000-100.000 
 
• USG 
 Exame obrigatório na atualidade 
- Tópico ou ectópica 
 Ultrassonografista precisa informar corretamente seus 
achados 
 Ultrassonografia 3D – 4D 
 
Exames laboratoriais 
• Hemograma 
• Tipagem sanguínea 
• Glicemia de jejum 
• TSH – T4L 
• Sumário de urina – urocultura com antibiograma 
• VDRL 
• HBsAg 
• Anti-HCV 
• Sorologia ANTI-HIV 
• Sorologias toxoplasmose: IgG - IgM 
• Sorologia para rubéola: IgG e CMV IgG - IgM 
 
USG 
• A ultrassonografia é a melhor ferramenta propedêutica para o 
estudo fetal 
 Está grávida ou não? É tópica ou ectópica? É gemelar? 
• US obstétrica transvaginal (obstétrica inicial) 
• US morfológica no primeiro trimestre - 11 – 13 sem 
 IG, nº de fetos, ducto venoso, osso nasal e transluscência 
nucal 
 Período mais importante para o rastreio de aneuploidias 
• US Morfologia segundo trimestre – 20 e 24s de gestação em 
toda grávida 
 Quanto menor o colo (“espessura”) maior o risco de 
prematuridade 
• USG da 24º semana 
 Possível avaliar 
- Pacientes probabilidade de parto prematuro - análise do 
colo uterino (comprimento > 3cm, canal e OCI) 
- Colo → Pérvio 
 
• “Dez mandamentos” a serem lembrados pelo USG 
1 - Determinar a idade gestacional 
2 - Avaliar a morfologia fetal 
3 - Analisar o crescimento fetal 
4 - Avaliar a vitalidade fetal 
5 - Verificar a maturidade fetal 
6 - Analisar a placenta e o cordão umbilical 
7 - Medir o ILA 
8 -Medir o colo uterino 
9 - Verificar a existência de doenças maternas associadas 
(leiomiomas, cistos, malformações uterinas, neoplasias) 
10 - Analisar o fluxo sanguíneo das principais circulações 
(materna, umbilical e fetal) 
 
USG morfologia 
• Transluscência nucal < 2,5mm 
 Alterado pode ser alterações genéticas 
 Pode ser característica fenotípica (pescoço gordo) 
 Exame genético feito durante a ultrassonografia 
 É analisado o acúmulo de líquido sob a pele atrás do 
pescoço fetal, sendo possível identificar possíveis 
13 
 
 
Rafaela Pamplona 
complicações, como Síndrome de Down, Síndrome de 
Patau, Síndrome de Edwards, entre outras 
 
 
 
• CNN – comprimento cabeça-nádega 
 11semanas: mínimo 45mm máximo 84mm 
 
 
• Polo cefálico 
 
 
• Fêmur 
 
 
• Cabeça face 
 
 
• Coração 
 
 
 
• Circunferência abdominal 
 SEMPRE buscar visualizar o estomago! 
- Caso não veja, pode estar diante de atresia do esôfago 
 
• Coluna 
 
 
 
• Mãos e pés 
 
 
 
 
Avaliação da vitalidade fetal 
• Determinação da frequência cardíaca fetal (BCF) 
• Perfil biofísico fetal 
• Cardiotocografia basal – pelo menos 2AT em 20 min 
 Movimentos corpóreos ≥3 
• Movimentos respiratórios 
• Reatividade cardíaca fetal 
• Tônus 
• Quantidade de líquido amniótico 
14 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Dopplervelocimetria: alta especificidade nas alterações fetais 
• O Doppler possibilita diagnosticar a insuficiência placentária e 
a resposta do feto à HIPOXIA 
 Doppler das artérias uterinas – circulação uteroplacentária 
= Detecção precoce da toxemia gravídica 
 Doppler da artéria umbilical – CIRCULACAO 
FETOPLACENTARIA = “Radar qualitativo” na análise do 
bem-estar fetal 
• Doppler da artéria cerebral media = circulação fetal 
 Em condições de hipóxia fetal, ocorre vasodilatação 
cerebral compensatória, que poupa o cérebro fetal e diminui 
a resistência vascular 
 
Medida do ILA 
• ILA – índice de líquido 
amniótico 
• “Radar quantitativo” 
• Oligoâmnio – ILA reduzido, 
afastando-se amniorrexe 
prematura, deve-se rastrear 
trato urinário (agenesia 
renal) e investigar hipóxia 
fetal crônica 
• Poliâmnio – ILA aumentado, 
malformações fetais em 1/3 dos casos. Também associado 
a diabetes, toxemia e gemelaridade 
• Bolsão de LA 
 
Placenta 
• Localização placentária: diagnóstico diferencial das 
hemorragias maternas no último trimestre da gestação 
 Identificar a distância do orifício interno do colo uterino e a 
borda inferior da placenta 
 Visibilização do espaço retroplacentário em busca de áreas 
de descolamento 
• Placenta grau 3 
 Significa que a placenta atingiu o nível máximo de 
amadurecimento 
 Não precisa fazer cesárea por isso, apenas quando há 
indicação apropriada 
 
• Placenta prévia 
 É quando a placenta está presa (implantada) sobre a 
abertura do colo do útero, na parte inferior do útero, em vez 
de na parte superior 
 É possível que a mulher tenha sangramento indolor, às 
vezes abundante, no final da gestação. A ultrassonografia 
pode normalmente confirmar o diagnóstico 
 
 
 
Propedêutica não invasiva em obstétrica 
• Cardiotocografia 
 CTG – registro contínuo da FCF, da contratilidade uterina e 
movimentos fetais 
- Monitorização abdominal = transdutores 
 Cardiotocografia computadorizada 
• Ecocardiografia fetal – 30s 
 Estudo anatômico e funcional do coração fetal 
 Realizado por ultrassonografista e cardiologistas 
especializados 
 Diagnostico de cardiopatia fetal 
 Programar parto em centro de referência em cirurgia 
cardíaca infantil – melhora sobrevida do RN 
 
Propedêutica invasiva 
• Biópsia de vilo corial 
 Coleta de material do cório frondoso, sob ultrassonográfico 
por via transcervical ou *transabdominal (mais usada) 
 1º trimestre – 10 a 12 semanas 
- Agulha de raquianestesia com mandril – calibre 
 19 – 20G + seringa de 10 a 20ml 
 Risco de perda fetal na BVC Transabdominal 1 – 2% 
15 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Diagnóstico bioquímico, molecular ou citogenético. 
Infecções, paternidade 
 DNA – hemofilia, anemia falciforme, fibrose cística, 
talassemia, fenilcetonúria 
 
 
• Amniocentese – 15 a 17s 
• Controle ultrassonográfico 
• Agulha epidural 
 Risco de perda fetal – 0.5 a 1,0% 
 Cavidade amniótica evitando placenta, cordão e feto 
 Estudo cariótipo no LA 
 Bioquímica 
 Infecções fetais 
 Avaliar maturidade fetal 
 Terapêutico no polidrâmnio (retirada de 1000 a 2000ml de 
LA) 
 
• Cordocentese 
 18 a 20s – veia umbilical (mais calibrosa e parede delgada) 
 Assepsia rigorosa + bloqueio anestésico local 
 Agulha de raquianestesia 20 ou 22 gauge + seringa com ou 
sem anticoagulante Cariótipo fetal 
 Estudo hematológico do feto com infecções congênitas, 
cariótipo fetal, transfusão intravascular (doença hemolítica 
perinatal) 
 Determinação de anemia fetal na DHPN 
 
 Infusão intravascular de albumina 
 Infusão de medicamentos 
 Transplante de medula óssea 
 Feticidio seletivo

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