Olmecas - resumo América colonial

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Olmecas 
· Os nomes dos lugares e das civilizações são nomes anacrônicos, porque as próprias etnias não se chamavam assim. Os espanhóis que ouviam os astecas chamando outros grupos pelos nomes e registravam, mas isso não queria dizer que os próprios se chamavam daquela maneira. 
· Alguns termos como “império” ou “imperador” são utilizados erroneamente para os mesoamericanos, porque não havia uma forma de governo centralizada, por isso não se deve usar esses conceitos. O ideal seria usar os termos na língua original – como para os olmecas não se tem língua escrita, é mais complicado achar termos originais que expliquem a forma de governo.
· Os olmecas não podem ser chamados de “povo”, porque esse é um conceito criado pelo romantismo europeu do século XIX. Antes desse período, povo era definido como etnia. Além disso, olmeca é uma generalização feita pelos astecas muito tempo depois para indicar toda uma área onde havia diversas cidades e comércio, as quais não se sabe com precisão quem são os grupos inclusos. 
· Na geografia mexicana tem a parte do deserto, uma área úmida de floresta e os picos, então cada civilização que habitava esses espaços, tinha seu próprio sistema de organização. 
· La Venta é o sítio arqueológico associado aos olmecas, o nome foi dado pelos espanhóis posteriormente e esse território era a principal cidade olmeca. Essa poderia ser considerada a capital olmeca? Não, já que nunca existiu um centro unificado de poder que pudesse ser chamado de capital, rede ou país. 
· Toda história pré- colombiana é feita de cidades-estados que são independentes. 
· O que iria variar era que entre os diferentes períodos, haviam cidades de destaque, que variam em suas organizações militares e economia. Mas a cidade que se destacasse não podia ser chamada de capital, porque cada uma das cidades continuava tendo seu próprio governo e esses governos submetiam tributos para a cidade mais forte, mas continuava independente. No período dos olmecas, a cidade mais forte (rica e populosa) era La Venta. 
· Como no sítio arqueológico de La Venta foram encontrados inúmeros objetos que são usados ou são semelhantes aos usados em outras religiões (que indicam finalidade religiosa), tende-se acreditar que foi o primeiro centro de peregrinação religiosa, ou seja, de La Venta partiam missionários para todo o México Central para formar outras cidades ou levar a mitologia deles para outras cidades, e da mesma forma, religiosos saíam dessas cidades para visitar La Venta para adquirir conhecimento ou se inteirar nessa mitologia. Então foi uma civilização que se expandiu por um processo de aglutinação religiosa, talvez até mais conexão por peregrinação religiosa que por conquista política e econômica, porque não há sinais que indicam que havia essa conquista, ou que exista alguma cidade que tenha poder suficiente para dominar uma área muito grande de territórios. 
· Nesse período, cidades se conectam umas às outras por meio da peregrinação e das primeiras relações comerciais organizadas. Não é muito claro se houve algum esforço de expansão militar, mas isso virá a acontecer em outros períodos. 
· Esse mundo pré-colombiano é um mundo extremamente violento, guerra é praticamente presença inevitável em todas as sociedades dessa época, a guerra é constante. Não é um mundo pacífico. Isso marca a forma como essas sociedades são organizadas, quem são as elites, quem governa e qual é a força dos militares.
· Nesse mundo, sacerdotes também são guerreiros.
· No quesito religioso, as primeiras divindades mesoamericanas são antropozoomórficas (semelhantes a homens e animais simultaneamente), sendo que o jaguar era uma figura muito marcante na cultura religiosa dos olmecas. E nesse universo não se trabalhava com a representação de forma realista, o objetivo era passar uma imagem de poder e agressividade, por isso o jaguar sempre é representado com dentes pra fora. Portanto, a maioria das estátuas desse período Olmeca, são figuras representativas.
· Apesar de se ver as imagens e se identificar certos padrões de animais, não se conhece histórias ou mitos ligados a essas divindades. Isso é uma coisa que se sabe apenas de épocas posteriores com Teotihuacan.