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Patologia Tegumentar

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Nathália Muniz Medicina Veterinária UFRB 
Introdução – Funções da pele 
• Maior órgão do corpo 
• Barreira de proteção contra a perda de 
fluido, agentes infecciosos, químicos e 
injúria física 
• Regulação de temperatura por cobertura 
pilosa e sudorese 
• Produção de vitamina D 
• Atua como órgão sensitivo 
• Função imunológica: ceratnócitos, 
Langerhans, linfócitos 
• Indicador de saúde, estado da pele auxilia 
no diagnóstico e evolução terapêutica 
Estrutura da pele 
 
Epiderme 
• Camada basal – células progenitoras, 
melanócitos 
• Camada espinhosa – desmossomos 
• Camada granulosa – substância formadora 
da proteína dos pelos 
• Camada córnea – camada mais exterior 
 
Derme 
• A derme é composta de fibras, substância 
básica amorfa e células, além de conter os 
anexos epidérmicos, músculo eretor do 
pelo, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e 
nervos. 
• Oferece arcabouço nutricional para as 
glândulas e folículos pilosos. 
• A matriz do tecido conjuntivo dérmico 
compreende principalmente as fibras 
colágenas, elásticas e reticulares. 
• Glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 
Hipoderme 
• A mais profunda e espessa camada da 
pele. 
• Principais funções: reserva de energia, 
coxim de proteção, termogênese, 
manutenção da forma externa, reserva e 
metabolismo de esteroides. 
 
Diagnóstico dermatológico 
 
Abordagem clínica sistemática 
- Ficha clínica dermatológica 
- História clínica completa 
- Exame dermatológico minucioso 
 
Exames complementares 
Coerência x baseado nos sinais clínicos 
- Exame parasitológico 
- Tricograma 
- Citológico 
- Micológico 
- Bacteriológico 
- Histopatológico 
 
Exame histopatológico 
O clínico deve descrever com precisão o local da 
lesão e ter cuidado com as amostras. 
Indicações: 
- Neoplasias 
- Ulcerações persistentes 
- Dermatose não responsiva 
- Lesões vesiculares, bolhosas 
A biópsia pode ser feita de duas formas: 
Punch → biópsia incisional 
Bisturi → biópsia excisional. Tira-se toda a borda 
lesão, com a utilização de sedativos. 
 
Exame parasitológico 
- Simples e de baixo custo 
- É indicado quando há suspeita de dermatopatias 
parasitárias (sarnas) 
Raspado cutâneo → um problema deste método 
de diagnóstico é a dor que o animal sente, pois 
deve-se raspar até sangrar. Raspar pelo menos 3 
locais de forma correta. 
Patologia tegumentar 
Coleta com swab → cotonete livre de 
antifúngicos e antibacterianos. Pode não ser tão 
sensível a depender da qualidade da amostra e é 
muito usado em orelhas para diagnóstico 
principalmente de malassezia. 
- Evitar utilizar cotonete 
- Evitar transportar a amostra 
 
Exame citológico 
- Simples e de baixo custo 
- Avalia o tipo celular: inflamatório ou neoplásico 
- Observação de microrganismos: bactérias, 
protozoários, fungos (leveduras ou hifas). 
- Diagnóstico de Malassezia → achar mais que 3 
campos, menos que isso é habitante natural. 
- Pode ser feita impressão direta no tecido, 
auxílio de swab e punção aspirativa em casos de 
neoplasias. 
 
Vocabulário 
dermatopatológico 
Hiperplasia (acantose): a hiperplasia epidérmica 
representa o aumento da espessura da epiderme 
devido ao maior número de células. Leva-se em 
consideração apenas a porção não queratinizada 
da epiderme. Embora o termo acantose seja 
usado como sinônimo, ele significa aumento da 
espessura do estrato espinhoso. 
Hiperqueratose: refere-se ao aumento da 
espessura do estrato córneo da epiderme. Essa 
alteração pode ser subdividida em 
hiperqueratose ortoqueratótica (anuclear) e 
paraqueratótica (nuclear). 
Espongiose (edema): refere-se ao edema 
intercelular (entre os queratinócitos). Recebe 
esse nome devido ao aspecto de esponja que a 
epiderme adquire. Representa a presença de um 
processo exsudativo comum a vários quadros 
inflamatórios agudos ou subagudos. O 
ceratinócito apresenta-se vacularizado, vacúolo 
irregular. 
Acantólise: é o fenômeno resultante da 
separação da camada espinhosa da epiderme. 
Ocorre nas doenças autoimunes vesicopustulares, 
como as do complexo pênfigo (imunomediada) e 
algumas neoplasias. O tratamento principal se dá 
por corticoide. 
Hiperpigmentação: hiperpigmentação, ou 
hipermelanose, refere-se à quantidade excessiva 
de melanina existente na epiderme e, com 
frequência, nos melanófagos dérmicos. Ocorre 
comumente em lesões crônicas. Gatos possuem 
lentigo na cavidade oral, o que é comum. 
Hipopigmentação: refere-se à quantidade 
diminuída de melanina na epiderme. Pode estar 
associada a processos idiopáticos, congênitos ou 
adquiridos na melanização, efeitos tóxicos de 
substâncias químicas sobre os melanócitos, 
distúrbios pós-inflamatórios e hormonais e 
doenças imunomediadas. 
Crosta: chama-se crosta a massa ressecada 
formada pela combinação variada de queratina, 
soro, restos celulares, microrganismos e restos de 
medicamentos. A presença de crosta indica que 
houve um processo exsudativo anterior e pode 
ter importância diagnóstica; portanto, deve ser 
sempre rigorosamente pesquisada. 
Pústulas: referem-se às coleções intra ou 
subepidérmica de fluido (pus) e células 
inflamatórias. 
Mácula: vasculossanguíneas (eritemas ou 
púrpuras) ou pigmentares/discrômicas 
(hiperpigmentação, hipopigmentação, acromia...) 
Pápula: Decorre de infiltração da derme por 
células inflamatórias, edema ou hipertrofia da 
epiderme. Deve-se descrever o local e tamanho. 
Vesícula/bolha: São elevações intra ou 
subepidérmicas preenchidas por fluido claro. 
Colarete epidérmico: Remanescente de vesículas, 
bolhas ou pústulas após ruptura. 
Liquenificação: Espessamento e endurecimento 
da pele, caracterizado por um excesso de 
demarcações cutâneas superficiais. Processos 
inflamatórios crônicos ou regiões de 
traumatismos repetidos. 
Erosão: Perda superficial da epiderme. 
Úlcera: Perda circunscrita da epiderme e derme, 
podendo atingir a hipoderme e tecidos 
subjacentes. 
Escoriação: Erosão ou ulceração geralmente 
decorrente de trauma autoinduzido (por prurido). 
Alopecia: Perda de pelo parcial ou completa. 
Pode ser uma lesão primária ou secundária ao 
trauma/inflamação. Se for simétrica e bilateral 
pode ser doença endócrina. 
Dermatopatias alérgicas 
 
Atopia 
Epidemiologia 
Predisposição etária: 1-3 anos (70% dos casos). 
- Média 1 ano e meio 
- Variação 2 meses a 8 anos 
- Raramente antes dos 6 meses. 
Predisposição racial: Lhasa Apso, Shih-Tzu, 
Labrador, Golden, Shar-Pei, Bichon Frisé, Boxer, 
Bull Terrier, Chihuahua, Tibetan Terrier, Yorkshire 
Terrier, Cocker Spaniel, Springer Spaniel e West 
Highland White Terrier. 
Predisposição sexual: não há um consenso na 
literatura sobre prevalência em fêmeas. 
Principais alérgenos: poeira doméstica, mofo, 
ácaro e pólen. 
Sazonalidade: pode ou não ocorrer. 80% dos cães 
são afetados na primavera; 20% dos cães são 
afetados no inverno. 
Principais achados epidemiológicos 
• Ocorrer a 1ª crise entre 1-3 anos de idade. 
• Afetar cães de pequeno porte, 
principalmente Poodle, Lhasa, Shih-Tzu, 
Bichon Frisé, York, Cocker Spaniel e 
Westie. 
• Ser sazonal. 
• O prurido ser responsivo ao corticoide. 
Principais achados macroscópicos 
• Lesões cutâneas pruriginosas 
• Lesões cutâneas eritematosas (aguda), 
lesões cutâneas hiperpigmentadas e 
liquenificadas (crônica) ou ambas (crônica 
com agudização) 
• Lesões cutâneas na face e nas patas 
(membros torácicos) 
• Ocorrência concomitante de otite crônica 
por Malassezia sp. 
• Lesões complicadas por piodermite 
superficial a profunda 
• Ocorrência concomitante de conjuntivite 
• Pode haver alopecia, escoriações 
Outras características 
- Lambedura excessiva 
- Pododermatite, hipotricose, alopecia, 
hiperpigmentação, dermatite úmida aguda 
- Ocasionalmente pode desenvolver pústula 
- Sem presença de eosinófilos 
Patogenia 
O complexo mecanismo da patogênese da 
dermatite atópicaenvolve diminuição da barreira 
epidérmica (possivelmente ligada à alteração do 
perfil lipídico da epiderme), participação das 
células dendríticas apresentadoras de antígenos, 
queratinócitos (que liberam grande quantidade 
de citocinas), resposta da fase tardia da 
desgranulação de mastócitos, influência genética 
e determinantes ambientais. A IgE também está 
envolvida na patogênese. 
Histologia 
O exame histopatológico revela dermatite crônica 
hiperplásica perivascular superficial com 
diferentes intensidades. 
 
Dermatite alérgica à picada de pulga 
(DAPP) 
Epidemiologia 
Predisposição etária: 
- Média de 3-5 anos 
- Raramente antes dos 6 meses 
Predisposição racial: Chow-Chow, Labrador, Fox 
Terrier, Pequinês, Brittany Spaniel, Setter 
Irlandês, Airedale Terrier, Lhasa Apso, Golden 
Retriever, SRD, Pastor Alemão. 
Predisposição sexual: não há 
Principais achados epidemiológicos 
• Ocorrer a 1ª crise entre 3-5 anos de idade. 
• Afetar cães de qualquer porte, incluindo 
cães SRD. 
• Ocorrer variação nas lesões de acordo 
com o uso de anti-pulgas ou com a época 
do ano. 
• O prurido ser responsivo ao corticoide. 
Principais achados macroscópicos 
• Lesões cutâneas pruriginosas. 
• Lesões cutâneas eritematosas (aguda) ou 
lesões cutâneas hiperpigmentadas e 
liquenificadas (crônica) ou ambas (crônica 
com agudização). 
• Lesões cutâneas iniciadas na região 
lombossacral, podendo se estender para 
membros posteriores, base da cauda e 
abdômen ventral. 
• Lesões complicadas por piodermite 
superficial a profunda. 
• Lesões complicadas por miíase cutâneo-
traumática (“bicheira”). 
• Pápulas crostosas 
Outras características 
- A lesão comumente possui um aspecto 
triangular “triângulo da Flórida” 
Patogenia 
A patogênese da DAP envolve os mecanismos da 
hipersensibilidade tipos I e IV direcionados aos 
componentes antigênicos presentes na saliva da 
pulga. 
Histologia 
O exame histopatológico das lesões 
papulocrostosas revela dermatite hiperplásica, 
ulcerada ou não, perivascular a intersticial 
superficial a profunda. 
 
Alergia alimentar (AA) 
Epidemiologia 
Predisposição etária: 
- Menos de 1 ano de idade (33%-50%) 
Predisposição racial: não há. 
Predisposição sexual: não há. 
Sazonalidade: não há. 
Principais achados epidemiológicos 
• Ocorrer a 1ª crise antes de 1 ano de idade. 
• Afetar cães de qualquer porte, incluindo 
cães SRD. 
• Ocorrer variação nas lesões de acordo 
com a alimentação. 
• O prurido não ser responsivo ao 
corticoide. 
Principais achados macroscópicos 
• Lesões cutâneas pruriginosas. 
• Lesões cutâneas eritematosas (aguda) ou 
lesões cutâneas hiperpigmentadas e 
liquenificadas (crônica) ou ambas (crônica 
com agudização). 
• Lesões cutâneas mais frequentemente 
disseminadas. 
• Lesões complicadas por piodermite 
superficial a profunda. 
Outras características 
- Os fatores predisponentes para a HA são quebra 
da barreira mucosa (p. ex., aumento da 
permeabilidade da mucosa intestinal e 
inflamação da mucosa) e imunorregulação 
deficiente (p. ex., deficiência na produção de IgA). 
- As reações adversas a alimentos podem causar 
sintomas cutâneos, gastrintestinais, respiratórios, 
neurológicos ou hematológicos. 
 
Diagnóstico histológico das 
dermatopatias alérgicas 
Padrão alérgico (atopia) 
- Dermatite perivascular linfoplasmocitária 
moderada 
- Aumento de mastócitos 
- Dilatação dos vasos linfáticos 
- Acantose regular moderada com espongiose 
- Não há predominância de eosinófilos 
Padrão alérgico (DAPP) 
- Hiperemia e edema superficial acentuados. 
Resumindo, as diferenças são: 
- Na atopia, o predomínio inflamatório é de 
linfócitos, plasmócitos e macrófagos, já na DAPP 
e na AA a eosinofilia tecidual pode ocorrer. 
- Na atopia, quando a biópsia foi feita dos pés, 
pode haver eosinófilos. 
- Na atopia, ocasionalmente, podem ocorrer 
pústulas de eosinófilos. 
- Nos casos crônicos de DAPP pode não haver 
eosinófilos. 
- Na AA pode ocorrer exacerbação na quantidade 
de mastócitos. 
 
Dermatopatias bacterianas 
As principais são: 
- Foliculite superficial (12,7%) 
- Foliculite profunda/furunculose (4,6%) 
- Furunculose interdigital (2,0%) *traumático 
- Impetigo (0,8%) 
 
Foliculite ou furunculose 
É uma enfermidade muito frequente em cães, 
cuja principal característica são pápulas ou 
pústulas centradas em um folículo piloso. 
Principais achados epidemiológicos 
• Secundária a Doença coexistente 
• Dermatites alérgicas, hipotireoidismo, 
demodicose, uso prolongado de 
corticoides, FIV, FELV. 
Principais achados macroscópicos 
• Pouco exsudato purulento 
• Pápulas eritematosas, pústulas que 
podem se romper, escamas, crostas, 
alopecia, colaretes epidérmicos, etc. 
• Regiões de pele glabra – inguinal e axilar e 
regiões interdigitais são mais acometidas, 
porém, não existe um padrão de 
distribuição de lesões que seja 
característico. O padrão de distribuição 
lesional dependerá e seguirá o padrão da 
doença primária. 
Achados histológicos 
• Foliculite supurativa acentuada com 
dilatação e ruptura folicular e furunculose. 
• Inflamação folicular neutrofílica, 
perifoliculite crônica, furunculose e 
dermatite nodular/difusa 
piogranulomatosa. 
 
Dermatopatias parasitárias 
As principais são: 
- Sarna demodécica (10,5%) 
- Sarna sarcóptica (3,8%) 
- Miíase (3,6%) 
- Miíase cutâneo-traumática (2,4%) 
- Miíase furunculosa (1,2%) 
 
Sarna demodécica 
Sinônimos: 
- Demodicose 
- Demodiciose 
- Sarna vermelha 
- Sarna negra 
- Sarna folicular 
 
A sarna demodécica trata-se de uma doença 
parasitária inflamatória, não contagiosa, causada 
pela proliferação supranumérica de ácaros 
Demodex spp. dentro dos folículos pilosos e 
glândulas sebáceas. Como os ácaros Demodex 
spp. são encontrados em pequeno número na 
pele normalmente, os animais que adoecem têm 
algum tipo e grau de imunossupressão e/ou são 
geneticamente predispostos. Outros fatores 
predisponentes são estresse, doenças 
debilitantes, câncer, doenças degenerativas, má 
nutrição, estro e parto. 
Padrão macroscópico da Demodicose 
• Hipotricose ou alopecia com ou sem 
descamação 
• Hipotricose ou alopecia com 
liquenificação e hiperpigmentação 
• Hipotricose ou alopecia com eritema 
• Hipotricose ou alopecia com eritema e 
liquenificação 
• Pápulas e pústulas 
• Lesões podais (pododemodicose): 
alopecia, edema e eritema difusos com 
pústulas hemorrágicas multifocais. Há 
também onicogrifose. 
Classificações 
Quanto à faixa etária e ocorrência da primeira 
crise: 
• Sarna demodécica juvenil 
- Filhotes (cães até um ano de idade) 
• Sarna demodécica juvenil persistente 
(não tratada) 
- Adultos jovens (cães entre 1-4 anos de 
idade) 
• Sarna demodécica adulta 
- Adultos maduros (cães com ≥ 4 anos) 
Quanto à distribuição das lesões 
• Localizada: Face e membros torácicos 
• Generalizada/disseminada: ≥ 5 lesões 
localizadas 
- Lesão única, mas focalmente extensa 
- Lesão que afeta toda uma região 
- Pododemodicose que afeta pelo menos 
dois pés/mãos 
Os animais jovens são acometidos com maior 
frequência e ocorre regressão espontânea na 
maioria dos casos. O prurido é pouco comum. É 
comum o desenvolvimento de 
linfoadenomegalia, foliculite e furunculose 
bacteriana secundária, que podem avançar para 
um quadro celulítico. Nesse ponto, os animais 
geralmente apresentam-se sistemicamente 
doentes. 
 
 
 
Sarna sarcóptica 
A sarna sarcóptica (escabiose) é uma causa 
comum de dermatite pruriginosa principalmente 
em cães e gatos. É uma zoonose, ou seja, pode 
acometer também humanos. 
Padrões das lesões macroscópicas 
• Hipotricose ou alopecia com eritema 
• Pápulas e pústulas 
• Crostas 
• Hipotricose ou alopecia com 
liquenificação e hiperpigmentação 
Acometem principalmente locais de face, 
pavilhão auricular, região da articulaçãoumerorradioulnar, tarsometatarsiana e região do 
tronco lateroventral. 
O prurido geralmente é intenso e pode associar--
se a infecções bacterianas secundárias e à 
dermatite úmida aguda. 
 
Dermatopatias fúngicas 
 
Dermatite por Malassezia 
A Malassezia pachydermatis, é uma levedura 
saprófita, lipofílica, não micelial, que tem forma 
de amendoim. Essa espécie é encontrada 
normalmente no canal auditivo, saco anal, pele 
interdigital, lábio, ânus, vagina e, em menor 
número, no tronco de cães. 
Alguns fatores predisponentes são produção 
excessiva de sebo ou cerume, umidade excessiva, 
quebra da barreira epitelial, alterações do 
microclima cutâneo e diminuição das defesas 
imunológicas. O crescimento de Staphylococcus 
spp. pode resultar em efeito sinérgico com a 
Malassezia sp. Doenças tidas como facilitadoras 
para o desenvolvimento da malassezíase incluem 
enfermidade cutânea seborreica, doenças 
alérgicas (p. ex., atopia e alergia alimentar), 
enfermidades endócrinas, piodermites, 
dermatites intertriginosas, assim como a 
administração crônica de antibióticos e 
glicocorticoides. 
Sinais clínicos 
- Eritema 
- Prurido 
- Liquenificação 
- Alopecia 
- Hiperpigmentação 
As áreas mais acometidas são: região ventral do 
pescoço, axilas, face, interdigital, dobras 
cutâneas. 
Nos felinos, a enfermidade é bem menos 
frequente, mas citam-se otite externa 
ceruminosa, acne felina recorrente, quadros 
seborreicos generalizados e eritrodermia. A 
malassezíase felina pode se associar à infecção 
pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV), ao 
diabetes mellitus, ao timoma e à alopecia 
paraneoplásica. As lesões podem localizar-se na 
região ventral, meato acústico, patas e mento. 
 
Esporotricose 
A esporotricose é uma micose subcutânea cujo 
agente etiológico é o fungo dimórfico, saprofítico, 
que habita o solo e vegetais em decomposição, 
conhecido como Sporothrix schenckii. Esse fungo 
é capaz de causar doença no homem e em várias 
espécies de animais, sendo no gato a de maior 
importância em saúde pública. 
Transmissão 
• A infecção se estabelece por meio de 
feridas traumáticas contaminadas com o 
elemento fúngico. 
• Na espécie felina, as arranhaduras e 
mordeduras também são descritas como 
forma de contágio. 
• Em humanos – jardinagem e contato com 
animais infectados. 
Padrão das lesões macroscópicas 
• Nódulos firmes, alopécicos fistulam e 
ulceram com secreção serossanguinolenta 
• Linfadenopatia 
• Envolvimento visceral 
Regiões de maior acometimento: face e 
membros. 
Três formas clínicas são descritas para a 
esporotricose: cutânea, cutânea linfática e 
disseminada; combinações dessas formas podem 
coexistir em um animal. Nos gatos, a forma mais 
comum é a cutânea linfática. Nos casos graves, 
observam-se apatia, febre, anorexia e perda de 
peso. 
 
 
Dermatofitose 
A dermatofitose é a infecção fúngica superficial 
causada por fungos que infectam e se nutrem da 
porção queratinizada da epiderme e de anexos 
cutâneos. Os gêneros Microsporum e Tricophyton 
são os mais importantes. O principal agente 
etiológico da dermatofitose felina e canina é o 
Microsporum canis. A enfermidade parece 
ocorrer com maior frequência nos locais com 
temperatura e umidade elevadas. Certamente, a 
doença assume maior importância em animais 
jovens, especialmente os mal nutridos e 
parasitados. No entanto, animais idosos 
imunossuprimidos podem desenvolver uma 
forma grave da doença. 
Transmissão 
• Contato direto com pelos e escamas de 
cães e gatos 
• Fômites 
• Ambientes contaminados 
Obs: resolver a questão ambiental é um dos 
tratamentos. 
Padrão das lesões macroscópicas 
• Foco alopécico circular com borda 
eitematosa crostosa 
• Pápulas e pústulas 
• Geralmente, o prurido é mínimo ou 
ausente, podendo, em poucos casos, ser 
intenso. 
Regiões de maior acometimento: abdômen 
ventral, face, membros torácicos. 
A inflamação cutânea é fruto da ação de várias 
toxinas produzidas pelo fungo, que, por sua vez, 
induz à dermatite de contato. Nessa reação, 
participam tanto as toxinas fúngicas 
quimiotáticas como as citocinas produzidas pelos 
queratinócitos e células inflamatórias. 
 
Pitiose equina 
A pitiose equina, também conhecida como 
“ferida brava”, “mal dos pântanos”, é uma 
enfermidade granulomatosa subcutânea de 
evolução crônica que acomete principalmente os 
equinos, embora os bovinos e os cães também 
possam ser acometidos. Em bovinos é limitante e 
em equinos é considerada mais grave, tendo em 
vista que possuem menor imunidade. 
Tem como agente etiológico o Pythium 
insidiosum, que não é um fungo verdadeiro. 
- O Pythium vive em regiões aquáticas 
- Os primeiros casos foram descritos no Pantanal 
- Pode ocorrer também em regiões secas devido 
aos açudes 
- Os animais infectam-se frequentando ou 
bebendo nos alagados de água estagnada 
Não existe predisposição racial, sexual ou etária 
para o desenvolvimento da doença nos equinos. 
A existência de lesão cutânea prévia parece ser 
um pré-requisito para a infecção. 
Padrões macroscópicos das lesões 
Nos equinos, a pitiose caracteriza-se, 
clinicamente, por lesão única, que pode alcançar 
grandes dimensões. 
- Lesão edematosa no início 
- Evolui para grande massa ulcerada de aspecto 
granulomatoso 
- Secreção hemorrágica ou piossanguinolenta 
- Muito frequente extrusão de tecido necrótico 
amarelado, que se assemelha a pequenos corais 
(kunkers) → piogranuloma eosinofílico 
- As lesões ocorrem comumente no abdômen 
ventral, local em maior contato com a água, mas 
também pode ocorrer em outros locais como 
membros e boca. 
- O prurido é geralmente importante e os animais 
esfregam-se contra objetos fixos 
Achados microscópicos 
Dermatite nodular a difusa piogranulomatosa a 
granulomatosa, com numerosos eosinófilos. Os 
granulomas envolvem focos centrais de material 
necrótico, granular e eosinofílico. 
Obs: A mortalidade nos casos não tratados 
aproxima-se de 100%. O diagnóstico também 
pode ser feito por meio de imuno-histoquímica. 
 
Protozoários 
 
Leishmaniose 
A leishmaniose visceral (LV) é uma enfermidade 
infectocontagiosa dos seres humanos e animais 
que é causada por protozoário do gênero 
Leishmania spp. e que cursa com caráter cutâneo 
e visceral (cães são reservatórios). 
Aparentemente, não há predileção racial e 
sexual, sendo raro o acometimento de animais 
com menos de 6 meses de idade. Animais 
infectados pela leishmania possuem quadros de 
imunossupressão, doenças concomitantes ou 
fazem uso de drogas imunossupressoras. Os 
vetores são insetos que não se reproduzem na 
água (flebotomíneos do gênero Lutzomyia e 
Phlebotomus). 
Padrões macroscópicos das lesões 
• O quadro dermatológico consiste, na 
maioria dos casos em dermatite 
esfoliativa não pruriginosa 
• Alopecia e distúrbio de queratinização 
simétrica 
• Despigmentação de plano nasal 
• Nódulos e ulceração cutânea e 
mucocutânea 
• Hiperqueratose nasodigital 
• Onicogrifose (nem sempre ocorre) 
• Os locais mais frequentes são: região 
cefálica (focinho, periorbital e pinas), 
pavilhões auriculares e progride 
caudalmente. 
Achados microscópicos 
O padrão predominante é a perifoliculite 
granulomatosa. As formas amastigotas são 
visualizadas dentro de macrófagos ou no espaço 
extracelular em quantidade variável. 
Sinais clínicos 
Linfoadenomegalia, dermatose, caquexia, apatia, 
febre, queratoconjuntivite, blefarite, uveíte, 
anorexia, diarreia, vômito, melena, epistaxe, 
pneumonia, hepato e esplenomegalia, poliúria, 
polidipsia, icterícia e claudicação. 
 
Neoplasias cutâneas 
As neoplasias da pele são muito variáveis quanto 
à sua histogênese, uma vez que, potencialmente, 
todos os diversos componentes tissulares da pele 
podem dar origem a diferentes processos 
neoplásicos. 
- São muito frequentes as neoplasias cutâneas de 
origemepitelial, que têm origem não somente na 
epiderme, mas também nos anexos cutâneos. 
- As neoplasias mesenquimais, melanocíticas e de 
células redondas são também muito comuns nos 
animais domésticos. 
- De acordo com um estudo retrospectivo de 761 
tumores cutâneos em cães, os mais comuns são: 
Mastocitoma, carcinoma de células escamosas, 
adenoma perianal, lipoma, tricoblastoma, 
carcinoma perianal, papiloma, cistos foliculares, 
hemangioma, hemangiossarcoma, melanoma, 
adenoma sebáceo, histiocitoma. 
 
Neoplasmas cutâneos 
epiteliais 
 
Carcinoma de Células Escamosas 
(CCE) 
Também conhecido como carcinoma 
espinocelular ou carcinoma epidermoide (CEC), é 
um tumor epidermal com diferenciação 
escamosa. O carcinoma de células escamosas é 
muito comum em felinos, bovinos, equinos e 
cães, sendo menos frequente em pequenos 
ruminantes e suínos. 
Fator predisponente: o principal é a exposição 
prolongada à luz solar (raios UV - dímeros da 
piramidina) bem como áreas despigmentadas da 
pele ou com ausência ou escassez de pelos. 
Epidemiologia: Atinge animais adultos a idosos. 
Macroscopia: as lesões tendem a ser placas 
ulceradas e com infecção secundária, resultando 
em acúmulo de exsudato purulento na superfície. 
Histologia: as células neoplásicas se dispõem em 
ilhas ou cordões ligados à superfície epidermal. 
Na maioria dos casos, bem diferenciados, é 
observada a formação de “pérolas córneas”. 
Sinais clínicos: O CEC é a neoplasia digital mais 
comum no cão. O quadro inicia-se com dor, 
aumento de volume e claudicação e pode ser 
tratado inicialmente como um processo 
inflamatório infeccioso, devido à descarga de 
material purulento. Crescimento endofítico 
(penetrante) ou exofítivo. 
Regiões de maior acometimento: 
• Equino – glande 
• Gato – orelha e plano nasal 
• Bovinos – pálpebra, glande e vúlva 
Tratamento: eletroquimioterapia para 
citoredução. 
 
Papiloma 
 
São neoplasias benignas da epiderme, com 
aspecto macroscópico de crescimento exofítico, 
semelhante à couveflor. Esse tipo de neoplasia 
frequentemente é causado por um vírus. É uma 
doença bastante infecciosa. 
Bovinos: 
• Geralmente causada pelo vírus da 
papilomatose bovina (VPB). 
• Acomete bovinos leiteiros principalmente 
até os 2 anos de idade. 
• A ocorrência está ligada ao estado imune 
do animal. Imunidade baixa e sistema de 
criação em confinamento aumentam a 
incidência. 
• A transmissão se dá por contato direto 
entre animais ou contato indireto por 
meio de cordas, bebedouros, cercas e 
também carrapatos e moscas. 
• As lesões ocorrem mais na cabeça, ao 
redor dos olhos e no pescoço, nas tetas e 
outras regiões podem ser afetadas. 
Cães: 
• O papiloma cutâneo ocorre geralmente 
em cães de meia-idade a idosos. 
• É notado principalmente na cabeça, 
pálpebras e patas. 
• Trata-se de lesões, em geral, 
pedunculadas ou com aspecto de couve-
flor, bem circunscritas, hiperceratóticas e 
de pequeno tamanho. 
• Notam-se várias máculas, pápulas e placas 
fortemente enegrecidas. 
 
Neoplasmas cutâneos 
mesenquimais 
 
Mastocitoma 
Proliferação neoplásica de mastócitos que ocorre 
em todas as espécies de animais domésticos. Sua 
manifestação mais comum é a cutânea. 
Macroscopia: As lesões podem ser macias a 
firmes, papulosas a nodulares, sésseis a 
pedunculosas, bem ou mal circunscritas, 
alopécicas ou não. Nódulos únicos ou múltiplos, 
macios e elevados, sempre aderidos a pele, de 
cor branco homogêneo. 
Regiões de maior acometimento: escroto, 
prepúcio e dedo. 
Sinais clínicos: Hiperemia, dor, úlcera gástrica, 
vômito. 
Diagnóstico: citologia aspirativa 
• 10% dos casos são de grau I – crescimento 
lento, não ulcerado (morrem por 
metástase ou recidiva) 
• 45% grau II 
• 85% grau III (crescimento rápido, atinge 
derme profunda e subcutâneo, ulcerado). 
• 50% dos mastocitomas caninos recidivam. 
Expectativa de vida: grau I (51 semanas) > grau II 
(28 semanas) > grau III (18 semanas). 
 
Fibrossarcoma 
São neoplasias malignas dos fibroblastos que 
produzem tecido conjuntivo colagenoso, mas não 
osso ou cartilagem. 
Macroscopia: Nos cães, os fibrossarcomas são 
geralmente solitários, irregulares e nodulares, 
firmes e mal circunscritos, e acometem mais 
comumente os membros. São branco-
acinzentados, preenchem parte da cavidade 
medular e substituem os ossos porosos e 
corticais. 
Microscopia: as células neoplásicas são 
fusiformes e dispostas em feixes. As células 
exibem núcleos que variam de volumosos e 
homogêneos até intensamente pleomórficos e 
hipercromáticos. A matriz não mineraliza nem 
circunscreve as células em lacunas. 
• Fibrossarcomas centrais: originam-se do 
tecido fibroso na cavidade medular. Estes 
crescem mais lentamente, menor 
formação de osso reativo, maior tempo 
para metastatizar e produz massa tecidual 
menor que os osteossarcomas. 
• Fibrossarcomas periosteais: originam-se 
do tecido conjuntivo periosteal. 
 
Sarcoide equino 
Trata-se de uma neoplasia que ocorre em 
equinos, devido à infecção com papilomavírus 
bovino. São os tumores de pele mais comuns nos 
equinos, responsáveis por mais de 30% dos 
tumores e ocorrem em qualquer raça, sexo ou 
idade. Os equinos adultos jovens com três a seis 
anos de idade geralmente são os mais afetados. 
Macroscopia: são reconhecidos quatro tipos de 
sarcoide: verrucoso, fibroblástico, misto e 
achatado. Embora o sarcoide possa ocorrer em 
qualquer local do corpo, é mais frequente na 
cabeça, nos membros e nas porções ventrais do 
tórax e do abdome. 
Microscopia: há intensa proliferação fibroblástica 
na epiderme, com pequena quantidade de matriz 
extracelular colagênica e hiperplasia da 
epiderme. 
 
Histiocitoma cutâneo 
É um tumor em histiócitos (macrófagos) de 
crescimento lento. Regride e desaparece, mas 
não responde bem a quimioterapia. 
Macroscopia: lesões solitárias, firmes, mal 
circunscritas, invasivas (aos ossos e músculos), 
com variação na forma e tamanho. Ocorre 
comumente em locais de face e tronco em cães 
de meia idade (2 a 5 anos). 
Microscopia: Embora esse tumor seja classificado 
em diferentes tipos histológicos, a característica 
comum é uma proliferação fibroblástica com 
células histiocíticas, frequentemente 
multinucleadas. 
 
Hemangiossarcoma 
Hemangiossarcomas podem ocorrer como 
neoplasias cutâneas ou podem se desenvolver 
em locais internos, como o átrio ou o baço. A 
literatura, bem como a experiência desses 
autores, diz que os hemangiomas e os 
hemangiossarcomas ocorrem com maior 
frequência no abdome ventral glabro dos cães de 
pele e pelagem claras e são devidos ao dano 
actínico crônico (radiação ultra-violeta). Nos cães, 
os hemangiossarcomas induzidos pelo sol podem 
ser múltiplos, de coloração eritematovinhosa, e 
podem ulcerar, sangrando com facilidade por 
ação do trauma, o que resulta, por vezes, em 
importantes quadros anêmicos. 
 
 
 
Neoplasmas melanocíticos 
 
Melanoma 
Melanomas são tumores malignos, metastáticos 
e bastante comuns. No que se refere às 
neoplasias cutâneas malignas, o melanoma é 
relativamente comum nos equinos, 
principalmente nos cavalos tordilhos e idosos. 
Macroscopia: As lesões apresentam 
circunscrição, aspecto (placa, nódulo, tumor, 
verrucoso, hiperceratótico) e pigmentação (cinza, 
marrom, preto, eritematoso) variados. Quanto 
mais claro, mais grave (melanoma 
amelanocítico). 
Regiões de maior acometimento: As lesões se 
localizam, principalmente, na região perianal e 
face ventral da base da cauda e, com menor 
frequência, nos lábios, base da orelha e região 
periorbital. 
Patogênese: A patogênese inclui, provavelmente, 
um distúrbio no metabolismo da melanina que 
leva à formação de novos melanoblastos, que, 
com o tempo, sofrem transformação maligna.

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