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Como se caracteriza a dpoc? A DPOC é uma condição comum, previnível e tratável Caracteriza-se por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo de ar resultante de alterações alveolares causada por exposição significativa a partículas/gases nocivos e influenciados pelas características do doente. Qual a epidemiologia da dpoc? A DPOC é a terceira principal causa de morte em termos globais e a quinta principal causa de anos vividos com incapacidade Qual principal fator de risco da dpoc? O principal fator de risco da dpoc é o tabagismo Quando o VEF1 alcança seu valor máximo? O volume expiratório final no 1° segundo alcança seu valor máximo em torno dos 25 anos. A perda dessa função começa a vim por volta dos 30 anos. Qual a relação doo tabagismo com a DPOC? O tabagismo provoca o declínio na função pulmonar que excede aquele esperado apenas pelo envelhecimento e a magnitude é dependente da intensidade e da duração da exposição à fumaça do cigarro. Qual relação da exposição ambiental com a dpoc? Poeira de minas, fábricas de algodão, instalação de manuseio de grãos comumente desenvolve sintomas de expectoração e podem sofrer perda permanente da função pulmonar. O que é hiperresponsividade bronquica? É como se denomina a broncoconstricção aguda na prova farmacodinâmica Ela prediz uma perda acelerada da função pulmonar em pacientes com DPOC leve a moderada Referência: Aula teória Prof. Aquiles Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Pneumologia Qual relação da genética com o desenvolvimento da dpoc? O fator de risco genético comprovado é o deficit grave da alfa 1 antitripsina É encontrado em 1% - 2% dos pacientes com um diagnóstico estabelecido O alfa-1 antitripsina é um inibidor da serina protease secretado pelo fígado na circulação. Na sua ausência o fígado fica desprotegido contra a agressão pela elastase dos neutrófilos e por serina proteinase, podendo gerar lesão no tecido alveolar. O que é enfisema? É o aumento anormal dos espaços aéreos distais aos brônquios terminais com destruição das paredes alveolares, mas sem fibrose evidente Como ocorre a inflamação crônica do parênquima pulmonar pela fumaça do cigarro? A inflamação crônica induzida pela fumaça do cigarro aumenta a quantidade de proteinases, particularmente aquelas capazes de hidrolisar a elastina inativa Entretanto é a elastina a substância responsável pela integridade estrutural e eslasticidade das paredes alveolares. Quais dois principais subgrupos do enfisema? Enfisema centroacinar Enfisema panacinar Quais características do enfisema centroacinar? O enfisema centroacinar se localiza nos bronquiolos respiratórios distais aos bronquiolos terminais As lesões INIDIVIDUAIS tendem a ser mais proeminentes no lobo superior Enfisema centroacinar grave é quase sempre relacionado com o tabagismo Quais características do enfisema panacinar ? Nesse enfisema os ductos alveolares sã difusamente aumentados Os alvéolos adjacentes podem ser destruídos a tal ponto que unidades Com a progressão individuais não podem mais ser identificadas Com a progressão da doença as lesões individuais vão se ajuntando para formar bolhas grandes É típico da deficiência de alfa 1 antitripsina e nos pacientes cujo principal fator de risco é o tabagismo. O que acontece com a perda do recolhimento elástico pulmonar do enfisema? A perda do recolhimento elástico pulmonar resulta em danos às fibras elásticas do pulmão e perda da área de superfície alveolar, com obstrução subsequente do fluxo aéreo. Quais alterações pulmonares da bronquite crônica e qual quadro clínico? Ocorre aumento das glândulas mucosas e à expansão da população de células caliciformes epiteliais brônquicas, que ocorrem mais comumente na DPOC. O quadro clínico cursa com excesso de tosse, produção de escarro, mas não com obstrução do fluo aéreo. Qual fisiopatologia da bronquite crônica? Na bronquite crônica os gases tóxicos e a fumaça inalada iniciam uma resposta inflamatória composta principalmente por macrófagos e neutrófilos. Essa resposta pode ser mediada pelo sistema de defesa inato com uma resposta à lesão celular Na doença avançada a inflamação persiste mesmo após o paciente parar de fumar Qual característica de uma dpoc mais avançada? Infiltração das vias aéreas com CD4+, CD8+ e linfócitos B O reparo de qualquer tipo de resposta imune pode causar? Remodelação das vias aéreas por estimular a síntese da matriz de tecido conjutivo Formação de músculo liso Pelo aumento da proporção de células caliciformes secretoras dentro da camada epitelial Quais os principais sítios de aumento da resistência do fluxo aéreo na dpoc? Pequenas vias aéreas distais que têm um diâmetro interno de menos de 2mm, conhecido como pequenas vias aéreas Quais são as identificações patológicas mais precoces identificadas no jovem tabagista? Coleções focais de macrófagos com pigmentos marrons no bronquíolo respiratório Infiltrado esparso de neutrófilos e linfócitos nas paredes dos brônquios terminais Como é a resposta inflamatória de dpoc no paciente idoso? A resposta inflamatória é mais intensa, mais ainda uma mistura similar de neutrófilos, macrófagos e linfócitos A DPOC pode ocasionar quais alterações patológicas nas vias aéreas distais? Fibrose Metaplasia de células caliciformes Epitélio escamoso de revestimento Aumento do músculo liso nas paredes das vias aéres Regiões esparsas de formação de tampões mucoso Parede de vias aéreas mais espessas Lúmens menores Qual alteração vascular pulmonar na dpoc? Hipoxemia → vasoconstricção em pequenas artérias pulmonares e consequentemente aumento na resistência vascular pulmonar Remodelação vascular → em resposta à hipoxemia crônica que resulta em hipertensão pulmonar irreversível Aumento da musculatura lisa e fibrose da túnica média em pequenas artérias pulmonares Qual principal aspecto fisiológico da dpoc? O principal aspecto fisiológico da DPOC é a limitação do fluxo aéreo expiratório devido a perda do recolhimento elástico pulmonar e ao aumento da resistência viscosa do fluxo aéreo nas pequenas vias aéreas O que é visto na espirometria do paciente com dpoc? Limitação do fluxo expiratório máximo mesmo em repouso e deve respirar em volumes pulmonares maiores para otimizar o fluxo aéreo respiratório. O que é hiperinsuflação dinâmica? É um mecanismo importante no qual o pulmão e a parede torácica tornam-se mais rígidos Esse efeito é acentuado durante o exercício e aumenta o volume expiratório final, limitando o exercício e causando dispneia. Como é a troca gasosa na dpoc? Na DPOC tem "ventilação desperdiçada", pois o fluxo sanguíneo pulmonar é inadequado para a ventilação gerando desequilíbrio na relação ventilação-perfusão Na maioria dos casos há aumento na fração inspirada de oxigênio que resultam em uma resolução da hipoxemia clínica A hipoxemia torna-se mais proeminente coma piora do fluxo aéreo Qual quadro clínico do paciente com dpoc? História e exame físico: Dispneia progressiva com piora ao exercício e persistente Tosse crônica intermitente, possivelmente improdutivo e acompanhada de chiado recorrente Produção de expectoração Infecção recorrente do trato respiratório inferior e/ou histórico de exposição a fatores de risco para a doença História familiar de DPOC e/ou fatores na infância, como baixo peso ao nascer, infecção respiratória infantil Qual exame físico do paciente com dpoc? Geralmente normal Aparecimento de um tórax em formato de barril Diafragma rebaixado detectado por percussão Fase expiratória prolongada Frenação labial e uso de músculos acessórios da respiração Bulhas hipofonéticas Ausculta do tórax pode revelar sons expiratórios diminuídos ou uma variedade de roncos sibilos e extertores Sibilos auscultatórios podem ser proeminentes Hipoxemia grave, cianose Caqueticos, com perda de massa muscular e de gordura subcutânea Quais os fatores variáveis em relação ao quadro clínico do paciente com dpoc? Gravidade da dispneia Diminuição da tolerância a exercícioFrequência de exacerbações Constituição corporal Gravidade da gasometria arterial 1. 2. 3. 4. 5. Quais sinais de hipertensão pulmonar e cor pulmonare ? Baqueteamento digital não associado a DPOC Edema nos tornozelos Distensão das veias jugulares Congestão hepática Qual melhor exame para diagnóstico de dpoc e o que podemos analisar neles? Espirometria é o melhor exame A espírometria consegue ver obstrução do fluxo aéreo Geralmente com obstrução do fluxo aéreo a relação VEF1/CVF é < 0,7 após administração de um broncodilatador Como é dado o diagnóstico de dpoc? Espirometria → determinar gravidade do fluxo aéreo Avaliação de dispneia usando o questionário modificado do Medical Research Council ou dos sintomas usando o teste de avaliação da DPOC História de exacerbações moderadas e graves (incluindo hospitalizações anteriores) deve ser registrada 1-4 → Informações sobre gravidade da limitação do fluxo aéreo A-D → Carga de sintomas e risco de exacerbações Por que realizar espirometria de seguimento? A espirometria de seguimento pode ajudar a determinar se a piora da dispneia se deve à DPOC. NÃO deve ser usado como guia para a terapia medicamentosa Como a espirometria determina diagnóstico? Prova de broncodilatador Espirometria → VEF1/CVF < 0,7 Como vemos gravidade e limitação do fluxo aéreo no paciente com dpoc? GOLD 1 → ≥ 80 GOLD 2 → 50 - 79 GOLD 3 → 30 - 49 GOLD 4 → < 30 Como é possível analisar carga de sintomas e risco de exacerbação no paciente com dpoc? Por quais meios a hipoxemia pode ser detectada e quantificada? Oximetria Gasometria arterial 1. 2. Quais sinais comum de dpoc grave no rx de tórax? Pulmões hiperinsuflados Diafragma retificado Espaço claro retroesternal aumentado As paredes de grandes bolhas enfisematosas podem ser visualizadas como linhas finas e curvilíneas Enfisema grave O coração é mais verticalmente orientado do que o normal por causa do deslocamento caudal do diafragma, e o diâmetro transversal do gradil costal aparece aumentado A largura do coração em relação ao gradil costal na incidência postero-anterior é diminuída Espaço entre esterno, coração e grandes vasos é aumentado na visão lateral 1. 2. 3. 4. 5. 6. a. 7. ≥ 2 ou ≥ 1 admissão hospitalar 0 ou 1 admissão hospitalar Por que pede-se RX de tórax na dpoc? É um exame adequado para diagnóstico? Geralmente os RX são normais Não é um teste diagnóstico, é mais usado para excluir outras doenças pulmonares Para que pode ser usada a tc em pacientes portadores de dpoc? A TC serve para avaliar a magnitude e distribuição do enfisema, não é útil para condução do tratamento usual de dpoc Quais são os sintomas crônicos respiratórios mais comuns na dpoc? Tosse Secreção Dispneia Sibilos Quais principais fatores de risco para dpoc? Tabagismo Poeira ocupacional Fumaça de lenha Quais podem ser diagnósticos diferenciais de dpoc? Asma Bronquiectasias Bronquite obliterante ICC Panbronquite difusa Tuberculose 1. 2. 3. 4. 5. 6. Como é feito o tratamento não farmacológico da dpoc? Cessar tabagismo Vacinação → pneumococica, contra gripo, Tdap Reabilitação pulmonar com seus componentes principais Oxigenioterapia a longo prazo 1. 2. 3. 4. O que deve ser avaliado na hora de introduzir a terapia farmacológica? O tratamento farmacológico deve ser individualizado e orientado pela gravidade dos sintomas, risco de exacerbação, efeitos colaterais, comorbidades, disponibilidade e custo de medicamentos A técnica do inalador deve ser avaliada regularmente Quais os principais objetivos do tratamento terapêutico? Os principais objetivos do tratamento são a redução dos sintomas e o risco futuro de exacerbação Como é feito o tratamento do paciente com dpoc? Qual o tratamento do grupo A? todos os pacientes do grupo A devem receber broncodilatador, podendo ser de curta ou longa ação Qual o tratamento do grupo B? O paciente do grupo B deve receber broncodilatador de ação prolongada Os broncodilatadores de ação prolongada são superiores aos broncodilatadores de ação curta Para pacientes com falta de ar grave a terapia inicial com 2 broncodilatadores pode ser considerada Qual o tratamento do grupo c? A terapia incial deve ser com um único broncodilatador de ação prolongasa Terapia com LAMA Qual o tratamento do paciente do grupo d? A terapia pode ser inciada com LAMA pois tem efeito na falta de ar e na exacerbação Pacientes com sintomas mais graves podem ter maior dispneia e ou limitação ao exercício, LABA/LAMA pode ser escolhido como tratamento inícial Em pacientes com eosinófilos no sangue de 300 células e história de asma ICS+LABA pode ser a escolha inicial Qual risco do uso do corticoide inalatório no paciente com dpoc? O CI pode causar efeitos colaterais como pneumonia, portanto deve ser usado como terapia incial somente pós possíveis benefícios clínicos versus risco de terem sido considerados Como é guiada a gestão farmacológica do acompanhamento medicamentoso? Reveja → rever sintomas (dispneia) e risco de exacerbações Avaliar → avaliar a técnica inalatória e a adesão, e o papel da abordagem não farmacológica Ajustar → ajustar o tratamento farmacológico, incluindo escalonamento ou desescalonamento. A troca de dispositivo inalador ou moléculas da mesma classe. Qual tratamento para pacientes com falta de ar persistente? Para pacientes com falta de ar persistente ou limitação ao exercício físico em monoterapia com broncodilatador de longa duração, o uso de dois broncodilatadores é recomendado se a adição de um segundo broncodilatador de ação prolongada não melhorar os sintomas Tratamento pode ser reduzido novamente para monoterapia A troca do dispositivo inalador ou das moléculas também pode ser considerada ≥ 2 exacerbação moderada ou ≥ 1 hospitalização 0 - 1 exacerbação moderada Sem hospitalização Grupo A: Broncodilatador Grupo B: LABA ou LAMA Grupo C: LAMA Grupo D: LAMA ou LAMA + LABA ou ICS + LABA mMRC 0 - 1 < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10 Qual tratamento deve ser feito em pacientes tendo exacerbações? Pacientes em monoterapia de broncodilatador de longa duração tendo exacerbações devem escalonar o tratamento para LAMA/LABA ou LABA/ICS Qual tratamento deve ser utilizado no paciente com 2 ou mais exacerbações em um ano ou pelo menos uma exacerbação grave que requer hospitalização no ano anterior? O taratmento LABA/ICS pode ser considerado em contagens de eosinófilo no sangue de 100 células por microlitro ou mais. Quando se observa uma resposta benéfica ao uso de CI ? Se observa quando contagens de eosinófilos no sangue de 100 células por microlitro ou mais Quando devemos adicionar roffumilaste ou azitromicina no paciente com dpoc? Deve-se adicionar Roffumilaste ou azitromicina no paciente com dpoc cujos eosinófilos no sangue forem inferiores a 100 células por microlitro Quando deve ser feita a terapia tripla no paciente com dpoc? Se exacerbações adicionais na terapia LABA/ICS deve-se escalar a terapia tripla adicionando um LAMA. No paciente em uso de LABA/LABA/ICS que ainda tem exacerbações, quais opções podem ser consideradas? Adicionar roflumilaste → Paciente com VEF1 < 50% e bronquite crônica Adicionar macrolídeo →Azitromicina em não fumantes atuais Para ICS → Efeitos adversos (pneumonia) ou falta de eficácia relatada Como tratar o paciente com dpoc e hipoxemia grave em repouso? Oxigenioterapia de longo prazo é indicada Como tratar paciente com hipercapnia crônica grave e história de hospitalização por insuficiência respiratória aguda? ventilação invasiva de longo prazo pode ser considerada O que são exacerbações da dpoc? Agravamento agudo dos sintomas respiratórios que resulta em uma terapia adicional Trata-las tem como objetivo minimizar o impacto negativo da exacerbação atual e prevenir eventos subsequentes O que é o paciente exacerbador frequente? É o paciente que possui quadros de exacerbação duas ou mais vezes por ano ou tenha uma ou mais internações por ano Quais são as causas mais comunsde exacerbação no paciente com dpoc? Infecções do tratato respiratório Quais características de exacerbação por infecção bacteriana? Piora da dispneia Aumento da expectoração Aumento da purulência do escarro Quais vantagens do uso de corticóides sistêmicos no paciente com dpoc? O uso do corticosteroide sistêmico pode melhorar a função pulmonar (VEF1) e a oxigenação, além de diminuir o tempo de recuperação e a duração da hospitalização Lembrando que a duração da terapia não deve ser superior a 5 - 7 dias Qual vantagem do uso de antibiótico no paciente com dpoc? Os antibióticos podem encurtar o tempo de recuperação e reduzir o tempo de recaída precoce
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