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PELVIOLOGIA E PELVIOMETRIA APLICADA A OBSTETRICIA VETERINÁRIA Pélvis tem três ossos de cada lado (osso coxal), que compõem o osso da coxa, a saber, ílio, ísquio e púbis; - Em animais jovens, cada osso é delimitado por margens cartilaginosas, as quais permitem o crescimento. -No adulto, os ossos se encontram completamente fusionados e seus corpos formam a cavidade para a articulação com o fêmur, o acetábulo; PELVE Complexo osteoligamentoso Formato cônico – cone truncado Funções múltiplas PELVE ÓSSEA Composta: 1. Cíngulo pélvico – ossos coxais e sínfise pélvica 2. Sacro- ligado ao cíngulo pélvico por articulações firmes (não rígida) 3. Primeiras vertebras caldais – posterior ao sacro -Já as partes moles são: ligamentos sacro-isquiáticos laterais e caudais, nervo isquiático, nervo pudendo, nervo obturatório, vasos, músculos superficiais e profundo, órgãos genitais e nas fêmeas ovários, trompas uterinas e útero. O cíngulo pélvico do gato apresenta algumas diferenças: Cranialmente, os ílios divergem ligeiramente, produzindo uma entrada afunilada em direção à pelve, a partir da cavidade abdominal; As asas desses ossos são relativamente mais rasas e menores, o que facilita a transição. Os túberes isquiáticos estão mais próximos do que no cão, proporcionando um aspecto mais retangular à pelve em projeção ventrodorsal e uma saída mais confinada; Em consequência desta última característica, o períneo é mais estreito. Não há ligamentos sacrotuberais nessa espécie. ARTICULAÇÕES E LIGAMENTO 1. Sínfise pélvica- articulação sinfisial do púbis e isquio 2. Articulação sacroiliaca – articulação sinovial + união fibrosa 3. Ligamento sacrotuberal – Cão: Arredondado e solido Ungulado : Ligamento sacrotuberal largo ou lig. Sacroisquiatico. a. Membro pélvico se une ao tronco por meio do cíngulo do membro pélvico; - ossos coxais são unidos medioventralmente por uma cartilagem fibrosa para formar a sínfise pélvica; 1. Intrínsecas ou próprias: ➔ Articulação sacroilíaca - articulação sinovial plana; faz a união do ílio, ísquio e púbis com o sacro; firmemente, formada pelas faces auriculares da asa do ílio e da asa do sacro; As faces auriculares são cobertas por cartilagem; A cápsula articular se encaixa próxima à articulação e é reforçada pelos ligamentos sacroilíacos ventrais; Ligamento sacrotuberal é outra corda fibrosa no cão que se prolonga entre processo transverso das últimas vértebras sacrais e a tuberosidade isquiática; inexiste no gato. Em ungulados, ele se prolonga em uma lâmina ampla que se situa entre a parte lateral do sacro no bovino ou nos processos transversos das primeiras vértebras caudais no equino e no suíno, e a margem dorsal do ílio e do ísquio. Portanto, ele é denominado ligamento sacrotuberal largo; forames isquiáticos maior e menor permanecem descobertos para permitir a passagem de vasos, nervos e tendões. arranjo parece ser projetado de forma a combinar a firmeza da fixação com certa capacidade de absorção de choque, já que tais articulações são necessárias à transmissão do peso do tronco aos membros pélvicos quando o indivíduo está em estação e ao impulso destes para o tronco durante a marcha . ➔ Articulação Sacrococcígea - é uma anfiartrose (articulação cartilaginosa, semimóvel) localizada entre o ápice do sacro e a base do cóccix; ➔ sínfise isquiopúbica b. Extrínsecas ou de vizinhança: Lombo-sacral - constituída pelo processo articular superior do sacro, que se articula com as facetas articulares inferiores de L5. Coxal (coxo-femoral) - articulação sinovial esferóide formada pela cabeça do fêmur em combinação com o acetábulo; cápsula articular é ampla, se fixa ao lábio do acetábulo e recebe o ligamento da cabeça do fêmur; OBS: Em ungulados, a amplitude de movimento é em grande parte restrita a flexão e extensão com capacidade limitada de rotação, adução e abdução > Essa restrição de movimento na articulação coxofemoral esferóide se deve ao formato da cabeça do fêmur, aos ligamentos intra-articulares e aos imensos músculos femorais. Essas estruturas permitem uma amplitude maior de movimentos no cão e no gato em comparação com as outras espécies domésticas ASSOALHO PÉLVICO RUMINANTES Acentuadamente rinári na transversal e inclinado dorsalmente na parte caudal. EQUINOS Pelve plana e vertical CARNÍVOROS Concavo raso FUNÇÕES CONSTRUÇÃO ANATÔMICA Fixação de ligamentos, músculos e tendões SUSTENTAÇÃO E LOCOMOÇÃO Ponto de fixação dos membros pelvicos ESTÁTICA E PROTEÇÃO DAS VÍSCERAS Intestinais, rinário e reprodutor OBSTETRICIA Via de passagem do feto -proteção das vísceras pélvicas e dos órgãos reprodutivos e urinários; - essencial na locomoção e postura > no sentido de assegurar uma transmissão eficaz da força dos membros pélvicos para o tronco; -estrutura de forma cônica, com base (maior diâmetro) voltada cranialmente e ápice (menor diâmetro) caudalmente. Desse modo, dependendo da espécie, quando associado ao eixo longitudinal da coluna vertebral, forma um ângulo obtuso com amplitude variada. -A pelve é o elemento de integração na transmissão e difusão de forças para os membros pélvicos. Sua porção ventral (face cranial) atua como ponto de ancoragem e tração da aponeurose do músculo reto abdominal (tendão pré-púbico), e também como estojo protetor das vísceras contidas nessa região. -apesar de ser estrutura rígida, no período próximo ao parto e por ação hormonal ocorre ampliação em seu diâmetro interno com conseqüente afrouxamento dos ligamentos pélvicos, deslocamento dorsal do sacro e lateral dos ílios, além da abertura da sínfise púbica; -contém o canal pélvico que, dependendo do tamanho, pode causar problemas durante o parto. -Sustentação; -funções do tecido ósseo são as de sustentar os tecidos moles, fornecer pontos de fixação para os músculos esqueléticos e propiciar movimento junto a eles, proteger órgãos internos, armazenar e liberar minerais, e conter a medula óssea que produz células sangüíneas e armazena gordura; -Via de passagem do feto; -Contribui para a estática dos intestinos, órgãos reprodutivos e urinários. -Serve como ponto de ancoragem e tração para a aponeurose do músculo reto abdominal, além de ser o estojo protetor das vísceras dessa região; -Nas fêmeas no período próximo ao parto acontece o aumento do diâmetro interno como consequência do afrouxamento dos ligamentos pélvicos > pois Existem três ligamentos extracapsulares da articulação do quadril. Eles são os ligamentos iliofemoral, isquiofemoral e pubofemoral; Eles formam um mecanismo de torção que envolve o colo do fêmur; Ao sentar com a articulação do quadril flexionada, esses ligamentos tornam-se frouxos e permitem um alto grau de mobilidade na articulação; O ligamento intracapsular, transmite vasos sanguíneos que nutrem a cabeça femoral. Nos estágios posteriores da gravidez, a cabeça do feto se alinha dentro da pelve; As articulações dos ossos amolecem devido ao efeito dos hormônios da gravidez. Isso pode causar dor nas articulações pélvicas; Quando o final da gravidez se aproxima, os ligamentos da articulação sacroilíaca começam a se soltar e isso permite que a saída pélvica comece a se alargar um pouco; Durante o parto, o feto passa pela abertura pélvica materna; DIFERENÇAS SEXUAIS Diferença entre as pelves: -a abertura cranial da pelve óssea é considerada uma entrada pélvica; É formado pela extremidade cranial do sacro, diáfise do ílio e borda anterior do osso púbico. -a saída pélvica é menor e formada pelas vértebras caudais acima do arco isquiático e tuberosidade isquiática abaixo; ➔ FÊMEAS - pelve constitui o canal do parto e em um momento complicado pode ser um impedimento ao parto. Assim, acavidade pélvica, do teto ao chão, tem uma importância significativa; o osso é mais inclinado para a frente; A saída pélvica e o arco isquiático são maiores na pelve feminina do que nos homens; os ísquios de ambos os lados se unem em um ângulo mais amplo nas fêmeas e tornam a cavidade pélvica mais espaçosa para passagem do feto; se mostra maior, mais larga, mais rasa, possui um intóito pélvico oval, forame obturado oval. Tudo isso para que além das funções de locomoção, sustentação ela também possa alojar o feto gerado. O sacro feminino é mais curto, mais largo, mais curvo posteriormente e possui um promontório menos pronunciado; Os acetábulos são mais afastados nas fêmeas do que nos machos; ➔ MACHOS - pelve é mais alta, mais estreita e mais compacta; A entrada masculina é mais em forma de coração; Os lados da pelve masculina convergem da entrada para a saída, enquanto os lados da pelve feminina são mais afastados; A distância entre os ossos do ísquio é pequena nos machos e isso torna a saída pélvica estreita; Nas fêmeas são grandes e isso torna a saída grande ; A incisura ciática maior é mais larga nas fêmeas; As cristas ilíacas são mais altas e mais pronunciadas nos machos; Isso torna a pelve masculina mais profunda, mais estreita e mais estreita do que nas mulheres; Nas fêmeas são grandes e isso torna a saída grande; A incisura ciática maior é mais larga nas fêmeas; O sacro masculino é longo, estreito, mais reto e possui um promontório sacral pronunciado; O acetábulo nos machos está voltado mais lateralmente; Nas fêmeas, está voltado mais anteriormente; A pelve do macho é mais pesada, apresenta mais pontos de inserção muscular, tem o arco púbico mais estreito, o Ângulo subpúbico menor, espaço entre as tuberosidades isquiáticas menor, intróito pélvico menor, intróito pélvico (entrada pélvica) arredondado. PELVIMETRIA -Consiste na determinação métricas das dimensões pélvicas; -Sua principal utilização está relacionada a obstetrícia, pois com esse método se evita complicações causadas por influência da mesma; - corresponde à mensuração de distâncias e ângulos entre estruturas da pélvis ou pelve; -método profilático contra possíveis complicações que possam ocorrer durante o parto, além de proporcionar a classificação anatômica e obstétrica da pelve; -método profilático contra possíveis complicações que possam ocorrer durante o parto, além de proporcionar a classificação anatômica e obstétrica da pelve; -podendo-se evitar casos de distocias, cesarianas ou morte de vaca e/ou bezerros ao parto; -podem ser obtidas quer direta (mensurações internas) quer indiretamente (mensurações externas); -Serve para: A. identificação e avaliação prévia das conformações das pelves das fêmeas B. Avaliação das proporções relativas entre canal do parto e feto - desproporção feto-materna – e de conformações pélvicas anormais; Predição da dificuldade do parto por comparação da circunferência do casco do feto C. finalidade zootécnica de melhoramento genético animal - Fatores que contribuem para a dificuldade do parto são a inclinação e circunferência da pélvis (diâmetro sacro-púbico x diâmetro bi-ilíaco médio), Disposição das estruturas que compõem a pélvis, incluindo a inserção do tendão pré-púbico e ainda o tamanho e formato do feto; ➔ Diâmetros estudados na Pelve -Sacro-púbico (vertical) - Bi-ilíaco superior (transversal ou horizontal) -Bi-ilíaco inferior (transversal ou horizontal) -Sacro-ilíaco esquerdo (oblíquo) -Sacro-ilíaco direito(oblíquo) PELVIOMETRIA DIRETA São medições internas realizadas no estreito anterior, não totalmente consentâneas. Podem ser efetuadas por palpação retal (em animais de grande porte), com auxílio de compasso obstétrico (Menissier Vissac , compasso de Rice) ou ainda por métodos complementares (radiologia, TAC). Utiliza-se palpação retal para mensuração da pelve bovina, da medida sacro-pubiana e a medida biilíaca superior; A mensuração é realizada por meio de um pelvímetro. Todos São utilizados por meio da inserção do aparelho no reto do animal e da leitura das medidas de interesse realizadas externamente; Faz-se o uso de aparelhos para a medição das proporções da cavidade pélvica. 1. Diâmetro Sacropubiano (CV: conjugado Verdadeiro): Relevo ventral do sacro x protuberância da sínfise púbica 2. Diametro Bi-ilíaco (transverso): • Superior: • Médio • Inferior PELVIOMETRIA INDIRETA Baseiam-se em relações (coeficientes de correlação) entre medidas pélvicas e outras obtidas externamente no animal, Baseia no princípio da correlação entre área pélvica e outras estruturas corporais, Diâmetro sacro-púbico Altura da cernelha O diâmetro bi-ilíaco externa Largura da garupa (medida entre os ângulos externos do ílion); Comprimento, circunferência torácica (peso) e conformação externa da pelve. Se baseia no principio da correlação entre as medidas corporais e diâmetros pélvicos. Medindo-se: 1. Altura da Cernelha – Diâmetro Sacropubiano. 2. Distancia das Tuberosidade ilíacas – Diâmetro Bi-ilíaco. Calculando com o coeficiente corresponde para se determinar as proporções da cavidade pélvica. FORMULA PARA A PELVIOMETRIA ALTURA DA CERNELHA AO SOLO X COEFICIENTE PRÓPRIO DA ESPÉCIE = DIÂMETRO SACROPUBIANO OU CONJ. VERDADEIRO MEDIDA ENTRE TUBER COXAIS X COEFICIENTE PRÓPRIO DA ESPÉCIE = DIÂMETRO BIILÍACO Classificação das pelves 1. DOLICOPÉLVICO: CV > BI Oval e achatada lateralmente. Bovinos, caprinos, ovinos, suínos e caninos de grande porte Vaca CV: 22 a 26cm - BI: 17 a 20cm Animal dolicopélvico - caracterizado por apresentar face cranial da pelve em forma oval e achatada lateralmente; o ísquio é sensivelmente escavado e arqueado ventralmente em sua extremidade caudal, o diâmetro conjugado verdadeiro é maior que o biilíaco, como ocorre nos cães da raça Whippet; Diâmetro CV: 22 A 24 cm |Diâmetro BI: 16 A 18 cm |CV>BI Ruminantes,suínos e cadelas de grande porte (pastor alemão, galgo). 2. MESATIPÉLVICO: CV = BI Circular. Equino, caninos de médio porte e felinos Égua CV: 21 a 23cm - BI: 21 a 23cm Mesatipélvico - apresenta a face cranial da pelve quase circular, com discreto estreitamento na porção ventral, o diâmetro conjugado verdadeiro é similar ao biilíaco, como no Dálmata e Pointer; Diâmetro CV: 21 A 24 cm |Diâmetro BI: 21 A 24 cm |CV=BI Equinos, felinos, cadelas de médio porte (dálmata,pointer). 3. PLATIPÉLVICO CV < BI Caninos de pequeno porte Animais platipélvicos - apresentam o diâmetro pélvico conjugado verdadeiro menor que o biilíaco, como ocorre nos cães da raça Pequinês; CV < BI; OBSERVAÇÔES OBS: duas medidas são fundamentais para a classificação dos tipos pélvicos: 1. Diâmetro Conjugado Verdadeiro (sacropúbica), que é a medida da extremidade cranial da sínfise púbica até o promontório 2. diâmetro biilíaco ou médio, que é a medida dorsal aos tubérculos de psoas no corpo do ílio (do esquerdo ao direito). 3. outras medidas podem ser consideradas: diâmetros verticais das faces cranial e caudal da pelve, diâmetro transversal da cavidade pélvica, diâmetro transversal da face caudal da pelve e diâmetros oblíquos sacro-ilíacos direto e esquerdo. ● RADIOGRAFIA: É possível a determinação do padrão pélvico de raças e posteriormente utilizar como subsídio para métodos profiláticos contra possíveis complicações que podem ocorrer durante o parto. ● NERVOS -nervos pudendo e retal caudal fornecem fibras aferentes e eferentes para o períneo, e sua integridade é necessária para a realização do reflexo perineal, proporcionando assim uma maneira de avaliar a profundidade da anestesia. -A pele ao redor do ânus, modificada, é especialmente sensível, e até mesmo um toque suave induz a vigorosa contração do esfíncteranal do animal consciente ou levemente anestesiado. ● ARTÉRIAS -no Término da aorta abdominal emite as Artérias ilíacas externas direita e esquerda e Artérias ilíacas internas direita e esquerda; A. Artéria ilíaca externa > é a artéria principal do membro pélvico; Após emergir como um dos ramos terminais da aorta, ela percorre o corpo do ílio, acompanhada pela veia com a mesma denominação, e pelo nervo genitofemoral, e emite a artéria ilíaca circunflexa profunda em animais de grande porte; Ao deixar o abdome, prossegue como artéria femoral, a qual passa através do canal femoral e é acompanhada pela veia femoral e pelo nervo safeno; artéria femoral então passa entre os músculos adutores na face medial do fêmur para alcançar a face caudal da articulação do joelho , de onde continua como a artéria poplítea Artéria poplítea se divide nas artérias tibiais cranial e caudal na parte proximal do espaço interósseo; A artéria tibial cranial > é maior e passa distalmente na face craniolateral da tíbia até alcançar a face dorsal da articulação tibiotarsal como a artéria dorsal do pé > Ela continua entre os ossos metatarsais III e IV como a artéria metatarsal dorsal III, o principal vaso do pé. Ela termina proximal ao joelho ao se dividir em artérias digitais lateral e medial. -Ramos e estruturas vascularizadas da artéria ilíaca externa: Artéria ilíaca externa: – Artéria uterina: apenas na égua; – Artéria circunflexa ilíaca profunda – Artéria cremastérica – Artéria femoral profunda: musculatura femoral; – Tronco pudendoepigástrico – Artéria pudenda externa: escroto, glândula mamária; – Artéria epigástrica caudal: musculatura abdominal; – Artéria circunflexa femoral medial Artéria femoral: – Artéria circunflexa femoral lateral: musculatura femoral; – Artéria safena: pele, musculatura femoral e da perna, dedos; – Artérias femorais caudais: musculatura femoral; Artéria poplítea: – Artérias geniculares: articulação caudal do joelho; – Artéria genicular média: interior da articulação do joelho; – Artéria tibial caudal: perna caudal; Artéria tibial cranial: perna caudolateral; Artéria dorsal do pé: articulações do tarso; Artéria metatarsal dorsal III: – Artérias digitais plantares lateral e medial: dedos. B. Artéria ilíaca interna >> irriga as vísceras pélvicas e as paredes da cavidade pélvica, incluindo a musculatura lombar e os músculos sobrejacentes da região glútea; Trata-se de um dos ramos terminais da aorta, e, no equino, a artéria sacral mediana pode se originar da artéria ilíaca interna direita ou esquerda; prossegue como a artéria pudenda interna que irriga as vísceras pélvicas; Seus ramos recebem denominações diferentes e se posicionam distintamente em machos e fêmeas; Ela abastece a vesícula urinária, os ureteres, a uretra e os órgãos genitais masculinos e femininos. VEIAS -Veia cava caudal > se inicia no teto do abdome na altura da última vértebra lombar através da convergência da veia sacral mediana e das veias ilíacas comuns , que por sua vez são formadas pela união das veias ilíacas interna e externa; Veias ilíacas externas e grande parte de seus afluentes - são satélites de artérias e coletam o sangue dos membros pélvicos; Veias ilíacas internas - drenam as paredes pélvicas e grande parte das vísceras pélvicas; Elas se comunicam com o plexo vertebral e o sistema venoso dos intestinos através da veia sacral mediana; -A veia cava caudal passa cranialmente na extensão do teto do abdome para a direita da aorta; Em seu curso intra-abdominal, juntam-se a ela as veias renais e as veias segmentares da coluna lombar antes de prosseguir entre o lobo do fígado, onde se une às veias hepáticas e recebe as veias do diafragma. Ela penetra o tórax passando através do diafragma no forame da veia cava e segue um curso dentro da borda livre de uma prega pleural especial, a prega da veia cava no lado direito do mediastino caudal, acompanhada pelo nervo frênico; -A veia cava caudal termina ao se abrir no átrio direito; Veias do membro pélvico - Em correspondência ao membro torácico, as veias do membro pélvico se originam nas redes venosas na parte terminal do dedo (arco terminal); Essas redes confluem para formar as seguintes veias (em ordem distal a proximal): o Veias digitais plantares medial e lateral o Veias metatarsais o Veia dorsal do pé o Veia tibial cranial com: – Veia safena medial – Veia safena lateral o Veia poplítea o Veia femoral o Veia ilíaca externa o Veia ilíaca interna o Veia cava caudal - As veias profundas são basicamente satélites das artérias; -Como ocorre no membro torácico, determinadas veias superficiais, entre elas as veias safenas laterais, correm sozinhas; -Cada veia safena se origina de um ramo caudal e cranial do tarso, e se unem na metade da perna; Na altura do tarso, se comunicam com as veias metatarsais profundas. -Na perna, as veias safenas correm medial e lateralmente entre o tendão calcanear e a massa muscular caudal. -A veia medial é a maior das duas em todos os animais domésticos, com exceção do cão, e cruza a face femoral medial para se abrir na veia femoral; - A veia lateral se une à veia femoral profunda no joelho; *No gato, a veia safena medial pode ser usada para injeções intravenosas, especialmente durante anestesia TIPOS MORFOLÓGICOS EM MEDICINA VETERINÁRIA O tipo morfológico é um esquema arquitetônico que caracteriza os animais como apto a desenvolver determinada produção ou função econômica. Essa condição depende do genótipo e do fenótipo Ex: vaca leiteira, cavalo de corrida, gado de corte Classificação: Fatores observados para determinar o tipo morfológico nos animais 1) Perfil ou Aloidismo Há 3 classificações: Perfil Retilíneo ou Ortóide: predomina retas no corpo. Ex: pastor alemão, cavalo andaluz. Perfil Concavilíneo ou Celóide: predomina linhas côncavas. Ex: boxer, vaca jersey. Perfil Conexilíneo ou Certóide: predomina linhas convexas. Ex: Bull Terrier, cavalo bretão 2) Formato ou Heterometria Segundo o Formato os animais podem ser Classificados em: Eumétrico: dimensões padrões da raça. Ex: suíno hampshire. Hipermétrico: dimensões grandes. Ex: Landrance. Elipométrico: dimensões pequenas. Ex: Small White. 3) Índices zoométricos Importante no estudo das proporções (Adulto) Índice do perfil corpóreo Comprimento do tronco X 100 / perímetro torácico Índice torácico transverso Largura do tórax X 100 / altura do tórax Índice dátilo- transverso Perímetro do metacarpo X 100/perímetro torácico Índice cefálico Largura do fronte nas órbitas X 100 / comprimento da cabeça No índice cefálico, os animais podem ser classificada em: Dolicocéfalico (ex: Cão da raça galgo) Mesaticéfalo (Ex: Cão da raça Golden) Braquicéfalo ( Ex: Cão da raça Pug) Outros animais como o equino, bovinos e caprinos também podem ser classificados assim. Ex: o cavalo OS Inglês é dolicocéfalo. O tipo morfológico independe da raça, da espécie animal e do sexo do animal. Por exemplo: a raça de cão de guarda como o bulldog apresenta as mesmas características de um bovino de carne, ou são bem semelhantes entres estes fatores determinantes.. 4) Proporções Corpóreas ou Anamorfose Brevilíneo predomina a largura do animal sobrepondo a sua altura e seu comprimento. • Mediolíneo é todo proporcional: altura, largura e comprimento são equilibrados. Muitos exemplos de animais são assim como o cão pastor e o cavalo de sela. • Longilíneo predomina a comprimento e a altura do animal sobrepondo a sua largura. • Anacolimorfo predomina a altura, com o resto do corpo todo proporcional 5) Harmonia de Conformação Relaciona-se ao tipo constitucional e a aptidão funcional• Animais de trabalho (cães, Equinos). • Animais de produção (bovinos, caprinos, ovinos, suínos). A. Tipos Morfológicos Definidos para os Cães • Tipo guarda: braquicéfalo, grandes diâmetros transversais, possui grande força. Ex: Boxer. • Tipos pastoreio: Mesaticéfalo e mediolíneos. Equilibram força, resistência e velocidade médias; Especializados em apontar a caça e recolhê-las após o abate; Ex: Cocker, setter, dálmata, pastor alemão, pointer; • Tipo velocidade: dolicocéfalo, grandes diâmetros longitudinais (longilíneos); Cães de grande velocidade; Usados em corrida; Perseguição de caça viva; Ex: Galgo, Collie B) Tipos Morfológicos Definido para os Equinos: • Cavalos de Tração: braquicéfalos, brevilíneos, grande massa corpórea. Pescoço e troco curtos e musculosos. Cabeça com perfil convexilíneo. Ex: Crioulo, Bretão, Percheron • Cavalos de Sela ou Passeio: mesaticéfalo, mediolíneo. Proporções mais harmoniosas entre os diâmetros. Perfil é reto ou convexo. Ex: Campolina, Mangalarga • Cavalo de Velocidade: dolicocéfalo, longilíneo. Membros longos. Grande velocidade. Perfil retilíneo (tendendo a côncavo). Ex: Árabe, PSI C) Tipos Morfologicos para Bovinos Basicamente são dois tipos: • Produção de Leite: tende ao longilíneo. Cabeça leve e pescoço longo. Perfil côncavo. Ossatura fina. Posteriores e úberes bem desenvolvidos. Ex: Holandesa, Jersey e Gir. • Produção de Carne: Cabeça média e curta. Pescoço e tronco curtos e musculosos. Membros curtos e musculosos. Tende a brevilíneo. Ex: Charolês, Shorthorn e Hereford; D) Suínos • Carne: cabeça, corpo e membros longos. Ex: landrance. • Banha: tronco largo e cpmpacto, membros curtos. Ex: Piau. E) Ovinos: • Produção de leite: Ex: Lacaune. • Produção de carne: Ex: Suffolk. • Produção de lã: Ex: Merino. F) Caprinos: • Produção de leite e carne: Ex: Anglo Nubiano, Gurguéia; • Produção de leite: Ex: Parda, saaner; • Produção de lã: Ex: Angorá; • Resistência (Raças nativas): Moxotó, Canindé; Tipos morfológicos Alodismo e perfil Conjunto de linhas de contorno que delimitam o corpo do animal do perfil. A cabeça é o perfil mais apreciado por ser o segmento dos animais que menos tem alteração por fatores externos (obesidade, gestação e etc) Perfil retilíneo ou ortoide - caracterizado por linhas retas e ângulos agudos nas junções entre as linhas - predomina linha longitudinal que se prolonga sem sinuosidades, cabeças alongada, região cervical e membros longos e pouco musculoso. - Neste perfil encontram-se os equinos das raças Andaluz e Puro Sangue Inglês, e cães das raças Greyhound e Afghan Hound. Perfil concavilíneo ou celoide - caracterizado por linha longitudinal côncava, com ângulos mediamente proeminente entre as junções das linhas das demais porções do corpo, cabeça mediana, região cervical e membros medianamente musculosos e curtos, no entanto o tórax é alargado. -Este perfil é observado nos bovinos Jersey e Holandês Perfil convexilineo ou certóide - característica por linhas convexas unidas por ângulos obtusos, cabeças mais largas que longas, região cervical e membros mais curtos e musculosos. - predominando a largura do que tronco sobre o comprimento. - Este perfil é encontrado nos equinos Percherón e Bretão, bovinos Charolês e Normanda e cães Rottweiler e Staffordshire Terrier. Em medo geral pode ser identificado pela cabeça do animal: HETEROMETRIA E FORMATO Após analisado o perfil do animal deve-se observar o formato, que exprime a massa corpórea do animal adulto, considerando as dimensões, peso, volume e forma. O formato exprime mais diretamente a aptidão funcional do animal e revela as variações ou alterações do genótipo-fenótipo realizadas pela seleção artificial. Eumétrico - Animal apresenta proporção entre altura, massa corporal, volume, peso e forma. - Categoria: os equinos Crioulo e Mangalarga, os cães Beagle e Pointer. Hipométrico ou Elipometrico - Animais com proporções reduzidas em relação ao padrão original da espécie. - São exemplos de animais hipométricos os Pôneis e os cães Pinscher, Pequinês e Yorkshire Terrier. Hipermétrico -Neste perfil observa-se um aumento em todas as características morfológicas que definem o tamanho do animal, estando geralmente associado ao perfil convexilíneo ou certóide. - São exemplos de animais hipermétricos os equinos Bretão e Percherón, os cães Fila Brasileiro, Mastin Napoitano e São Bernardo, os bovinos Hereford, Simental, Limousin Retilineo ou ortoide : linhas do rosto em planos paralelos: “//” (planos retos para o mesmo sentido ) Concavilineo ou celoide: linhas côncava (depressão): “~” (linhas se juntam – exemplos um planos (linha) sai do nariz e outro na face da testa, e elas se encontram) - planos convergem – se cruzam. Convexilineo ou certoide: linhas sai do mesmo ponto de origem mais não se cruzam. (Planos divergente- divergem) e Brahma e os suínos Duroc e Large White. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS CONSTITUCIONAIS Brevilíneo (Braquimorfo) predomina a largura do animal sobrepondo a sua altura e seu comprimento. (Perfil que marcadamente convexilineo ou certóide , onde os eixos transversais ultrapassam os longitudinais, o corpo é curto e o tórax largo, membros curtos, grossos e musculosos, como também a região cervical que é curta e musculosa, sendo a cabeça também curta e larga. A idéia geral é de compacticidade, robustez e estabilidade.) Mediolíneo (mesomorfo) é todo proporcional: altura, largura e comprimento são equilibrados. Muitos exemplos de animais são assim como o cão pastor e o cavalo de sela. (Perfil Celóide tendendo à convexilíneo, possuem proporções equilibradas, em que nenhum dos segmentos corpóreos apresentam extremos de relação entre os eixos de medida. Também no aspecto funcional equilibram força e velocidade moderadamente, entretanto, não são dotados de grande resistência física para toda uma jornada de trabalho) Longilíneo (Dolicomorfo) predomina a comprimento e a altura do animal sobrepondo a sua largura. (Perfil é retilíneo ou ortóide, com predomínio acentuado dos eixos longitudinais sobre os transversais: o crânio é longo e estreito, a região cervical e tronco são longos, o tórax é relativamente estreito, os membros são longos, delgados e pouco musculosos. O aspecto geral é de beleza e aerodinamismo, este tipo engloba os cães de grande velocidade, como os Borzóis, Whippets) Anacolimorfo predomina a altura, com o resto do corpo todo proporcional. (Apresentam a cabeça, o pescoço e o tronco em proporções normais, porém alguns possuem os membros extremamente encurtados facilitando o trabalho junto ao solo) HARMONIA DE CONFORMAÇÃO Animais de trabalho: cães e equinos Animais de produção: bovinos, caprinos, ovino e suínos Tipos Morfológicos Definidos para os Cães • Tipo guarda: braquicéfalo, grandes diâmetros transversais, possui grande força. Ex: Boxer. Mesaticéfalo: proporções semelhantes entre o nariz e a testas com os dois olhos (+). Dolicocéfalo: a proporção do nariz e testa é maior que os olhos. ( - Cruz) Braquicéfalo: a proporção do nariz e testa é menor que as dois olhos. ( ) • Tipos pastoreio: Mesaticéfalo e mediolíneos (proporções equilibradas em todo o corpo). Equilibram força, resistência e velocidade médias; Especializados em apontar a caça e recolhê-las após o abate; Ex: Cocker, setter, dálmata, pastor alemão, pointer; • Tipo velocidade: dolicocéfalo (face emformato de cruz) , grandes diâmetros longitudinais (longilíneos); Cães de grande velocidade; Usados em corrida; Perseguição de caça viva; Ex: Galgo, Collie Tipos Morfológicos Definido para os Equinos: •Cavalos de Tração: braquicéfalos, brevilíneos (predomina a largura), grande massa corpórea. Pescoço e troco curtos e musculosos. Cabeça com perfil convexilíneo (planos saem do mesmo ponto, mas se cruzam). Ex: Crioulo, Bretão, Percheron. •Cavalos de Sela ou Passeio: mesaticéfalo, mediolíneo (proporções equilibradas em to o corpo). Proporções mais harmoniosas entre os diâmetros. Perfil é reto ou convexo. Ex: Campolina, Mangalarga. •Cavalo de Velocidade: dolicocéfalo (face em formato de cruz), longilíneo (prepomina altura e comprimento em vez de largura). Membros longos. Grande velocidade. Perfil retilíneo (tendendo a côncavo). Ex: Árabe, PSI. Tipos Morfologicos para Bovinos •Produção de Leite: tende ao longilíneo (predomina altura e comprimento em vez de largura). Cabeça leve e pescoço longo. Perfil côncavo (planos sai de áreas distintas e se encontram). Ossatura fina. Posteriores e úberes bem desenvolvidos. Ex: Holandesa, Jersey e Gir. •Produção de Carne: Cabeça média e curta. Pescoço e tronco curtos e musculosos. Membros curtos e musculosos. Tende a brevilíneo (predominar a largura). Ex: Charolês, Shorthorn e Hereford;