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Marianny Rabelo – M37 
Sistema respiratório 
Anatomia 
=> Sistema respiratório superior (nariz, faringe e laringe) 
=> o sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traqueia, os brônquios e os 
pulmões 
 
Nariz => 
- O nariz constitui uma passagem para o ar, funciona como uma estrutura 
condicionadora do ar (filtra, aquece e umidifica), recebe as lágrimas, as secreções 
da mucosa nasal e paranasal e é órgão periférico do sentido da olfação. 
- consiste em uma parte externa visível e uma parte interna (intracraniana) chamada 
de cavidade nasal. 
- Parte externa do nariz 
• Formado por pele, musculatura, osso e cartilagem 
• O frontal, os ossos nasais e as maxilas formam a estrutura óssea da parte 
externa do nariz 
• Raiz: primeira região do nariz externo, fica entre os olhos e é formada pelos ossos nasais e um pouco do processo frontal 
das maxilas 
• Dorso: cartilagem hialina 
• Base: ápice (cartilagem hialina) + asas (cartilagem elástica) + narinas => as narinas, separadas por um septo, e que 
comunicam o meio externo com a cavidade nasal. 
• O ponto mais projetado, anteriormente, da base do nariz recebe o nome de ápice e entre ele e a raiz estende-se o dorso 
do nariz, cujo perfil é variável, apresentando-se retilíneo, côncavo ou convexo. 
 
- cavidade nasal 
• A cavidade nasal comunica-se com o meio externo através das narinas, situadas anteriormente, e com a porção nasal da 
faringe posteriormente, através dos cóanos, aberturas que marcam o limite entre a cavidade nasal e a porção nasal da 
faringe. 
• A cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda pelo septo nasal; O septo nasal apresenta-se quase sempre 
desviado para a direita ou para a esquerda e grandes desvios podem dificultar a respiração, exigindo correção cirúrgica. 
Está constituído por partes cartilagínea (cartilagem do septo nasal) e óssea (lâmina perpendicular do osso etmóide e osso 
vômer). 
• As estruturas internas do nariz têm três funções: (1) aquecimento, 
umidificação e filtragem do influxo de ar; (2) detecção de estímulos 
olfatórios; e (3) modificação das vibrações da fala à medida que elas 
passam pelas grandes e ocas câmaras de ressonância. 
• Ductos dos seios paranasais (que drenam muco) e os ductos 
lacrimonasais (que drenam lágrimas) também se abrem na cavidade 
nasal. 
• Os seios paranasais são cavidades em determinados ossos cranianos 
e faciais revestidos por túnica mucosa que são contínuos com o 
revestimento da cavidade nasal. Os ossos do crânio que contêm seios 
paranasais são o frontal, o esfenoide, o etmoide e a maxila. Além de 
produzir muco, os seios paranasais servem como câmaras de 
ressonância para um som ao falar ou cantar. As paredes laterais da 
cavidade nasal são formadas pelos ossos etmoide, maxila, lacrimal, 
palatino e concha nasal inferior 
• A cavidade nasal está dividida em uma parte respiratória inferior 
maior e um parte olfatória superior menor. A região respiratória é 
revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com 
diversas células caliciformes, que é frequentemente chamada de 
epitélio respiratório. A parte anterior da cavidade nasal logo no 
interior das narinas, chamada de vestíbulo do nariz, é circundada por 
cartilagem; a parte superior da cavidade nasal é circundada por osso. 
Marianny Rabelo – M37 
-> Osso etmoide 
• Fica situado abaixo da porção mediana do osso frontal e entre as órbitas. 
• apresenta duas massas laterais constituídas de células-pneumáticas, isto é, espaços delimitados por delgadas trabéculas 
ósseas, que são denominadas labirintos etmoidais; 
• na sua parte superior, unindo os labirintos, aparece a lâmina cribriforme apresentando numerosas aberturas destinadas à 
passagem de fibras do nervo olfatório (forames da lâmina cribriforme); 
• a última porção é a lâmina perpendicular que contribui para a formação do septo nasal. No plano mediano a lâmina 
cribriforme apresenta uma projeção, a crista etmoidal 
• Os labirintos etmoidais recebem também o nome de seios etmoidais, projeções da face medial de cada labirinto, 
geralmente duas, como lâminas ósseas recurvadas, que são as conchas nasais superior e média; a concha inferior é um 
osso separado. Estas conchas projetam-se na cavidade nasal, estão recobertas pela mucosa e delimitam espaços 
denominados meatos: o meato superior fica entre a concha superior e a média; o meato médio, entre a concha média e 
inferior; o inferior, sob a concha inferior. 
• Os seios paranasais desembocam nestes meatos, e no inferior encontra-se a abertura do ducto lacrimonasal, responsável 
pela drenagem da secreção lacrimal em direção às cavidades nasais. As conchas nasais existem para aumentar a superfície 
mucosa da cavidade nasal, pois é esta superficie mucosa que umedece e aquece o ar inspirado, "condicionando-o" para 
que seja mais bem aproveitado na hematose que se dá ao nível dos pulmões. 
 
- Quando o ar entra pelas narinas, passa primeiro pelo vestíbulo do nariz, que é revestido por pele contendo pelos grossos 
que filtram grandes partículas de poeira. Três conchas formadas por projeções das conchas nasais superior, média e inferior 
se estendem de cada parede lateral da cavidade nasal. 
- Perto de alcançar o septo nasal, as conchas se subdividem em cada lado da cavidade nasal em várias estruturas semelhantes 
a cavernas – os meatos nasais superior, médio e inferior. Túnicas mucosas revestem a cavidade nasal e suas conchas. O arranjo 
das conchas e meatos aumenta a área de superfície da cavidade nasal e evita a desidratação por aprisionamento de gotículas 
de água durante a expiração. Desta região partem as fibras nervosas que, em conjunto, constituem o nervo olfatório e que 
atravessam as aberturas da lâmina cribriforme do osso etmóide. 
- Conforme o ar inspirado circula pelas conchas e meatos, é aquecido pelo sangue nos capilares. O muco secretado pelas 
células caliciformes umedece o ar e retém as partículas de poeira. A drenagem do ducto lacrimonasal também ajuda a 
umedecer o ar e às vezes é assistida por secreções dos seios paranasais. Os cílios movem o muco e as partículas de poeira 
retidas em direção à faringe, onde podem ser engolidas ou cuspidas, removendo assim as partículas do sistema respiratório. 
- As células receptoras olfatórias, as células de sustentação e as células basais se encontram na região respiratória, que está 
perto da concha nasal superior e septo adjacente. Essas células formam o epitélio olfatório. Este contém cílios, mas não há 
células caliciformes. 
- Convém ressaltar que a mucosa da cavidade nasal é extremamente vascularizada, particularmente na porção anterior do 
septo nasal que, frequentemente, é sede de hemorragias nasais (epistaxe). A vascularização abundante, além de aquecer o ar 
inspirado, tem grande poder de absorção, o que é aproveitado para a administração, por via nasal, de substâncias 
medicamentosas. 
• Limite anterior: narinas (início da cavidade nasal) 
• Limite posterior: coana/tonsila faringea (local onde ocorre a adenoide) que é o final da cavidade nasal 
• Limite lateral: paredes laterais onduladas, compostas por: 
-3 conchas nasais (paredes onduladas) em cada lado (superior, média, essas duas são partes do etmóide, e inferior, osso 
da face) 
-3 meatos nasais (vãos) entre cada concha (superior, médio e inferior) 
Marianny Rabelo – M37 
• Limite inferior: palato duro (céu da boca) formado por dois ossos pares (maxilas na parte anterior, palatinas parte 
posterior) 
• Limite superior: osso etmóide 
• palato mole (final apresenta a úvula) 
• parede medial das fossas: septo nasal, o qual é formado por cartilagem hialina (à frente dos ossos), lâmina perpendicular 
do etmóide (póstero-superior) e o osso vômer (póstero-inferior). A túnica mucosa é constantemente umedecida, colada 
ao septo nasal 
 
 
Faringe => 
- é um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestório, situando-se 
posteriormente à cavidade 
nasal, oral e à laringe, 
- Se estende desde a coana até o final da laringe (nonível da cartilagem cricóidea), 
formado por uma musculatura esquelética. Sendo dividida em: 
• Nasofaringe: posterior às cavidades nasais, começa na coana até à úvula (exclusiva 
respiratória), A parede posterior também contém a tonsila faríngea. 
• Orofaringe: posterior à cavidade oral, começa na úvula até a epiglote (comum ao 
respiratório e digestório), Dois pares de tonsilas, as tonsilas palatina e lingual, são 
encontradas na parte oral da faringe. 
• Laringofaringe: posterior à laringe, começa na epiglote até a cavidade cricoide (exclusiva 
digestório) 
- Não existem limites precisos entre as três partes da faringe 
- Trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado e, no seu trajeto, as vias seguidas 
pelo bolo alimentar e pela corrente aérea se cruzam; 
- Músculos esqueléticos relaxados ajudam a manter a faringe patente. A contração dos músculos esqueléticos auxilia na 
deglutição. A faringe atua como uma passagem para o ar e comida, fornece uma câmara de ressonância para os sons da fala 
e abriga as tonsilas, que participam das reações imunológicas contra invasores estranhos. 
 
Laringe => 
- é uma pequena conexão entre a parte laríngea da faringe e a traqueia. 
Encontra-se na linha média do pescoço anteriormente ao esôfago e às 
vértebras cervicais IV a VI 
- Órgão cartilaginoso, formada por 9 cartilagens= 3 ímpares (epiglote, 
tireoide e cricoide) e 3 pares (aritenoides, cuneiformes e corniculadas) 
- Participa tanto do sistema respiratório quanto do aparelho fonador 
(pregas vocais) 
- Tubo cartilaginoso no terço médio e superior do pescoço 
- epiglote é aderida ao osso hioide (fixa a musculatura da laringe e da 
língua) 
- tireoide formada por 2 lâminas de cartilagem hialina que se fundem no 
meio, de modo que a parte onde as lâminas são fundidas chama-se de 
proeminência laringea (pombo de adão, gogó) que é o ponto mais alto 
do pescoço 
- cricoide bem estreita na frente marcando o final da laringe, e na parte 
de trás é bem larga 
- membrana tireo-hioidea: conecta a cartilagem tireoidea ao osso hioide 
- membrana crico-tireoidea: obstrução de via aérea 
- Valécula: espaço entre a raiz da língua e a epiglote 
- Ádito da faringe: entrada/abertura para que o ar possa fluir 
- Vestíbulo: parte interna da epiglote 
- 2 pares de pregas musculares, um inferior e outro superior 
• pregas vestibulares ou falsas pregas vocais: não produzem som; são as primeiras as 
após o vestíbulo 
• pregas verdadeiras: mais espessas e produzem som 
- Ventrículo da laringe: espaço lateral entre os 2 pares de pregas 
- Rima da glote: vão entre as pregas verdadeira 
Marianny Rabelo – M37 
- Durante a deglutição, a faringe e a laringe se movem para cima. A elevação da faringe amplia-a para receber alimentos ou 
bebidas; a elevação da laringe faz com que a epiglote se mova para baixo e cubra a glote, fechando-a. A glote é composta 
por um par de pregas de túnica mucosa, as pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) na laringe, e o espaço entre elas é 
chamado de rima da glote. O fechamento da laringe desta maneira durante a deglutição desvia líquidos e alimentos para o 
esôfago e os mantêm fora da laringe e das vias respiratórias. Quando pequenas partículas de poeira, fumaça, alimentos ou 
líquidos passam para a laringe, ocorre um reflexo de tosse, geralmente expelindo o material. 
- O muco produzido pelas células caliciformes ajuda a reter a poeira que não foi removida nas vias superiores. Os cílios da 
parte superior do sistema respiratório movem o muco e as partículas aprisionadas para baixo em direção à faringe; os cílios 
da parte inferior do sistema respiratório os movem para cima em direção à faringe. 
 
Traqueia => 
- é uma via tubular para o ar com aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 
cm de diâmetro. 
- Está localizada anteriormente ao esôfago e se estende desde a laringe até a 
margem superior da vértebra T V, onde se divide em brônquios primários direito 
e esquerdo 
- constituída por cartilagens, cerca de 16 a 20 anéis cartilaginosos ou traqueais 
(círculos incompletos/semicírculos), formados pela cartilagem hialina (resistência, 
para evitar que as paredes se colarem). Na parte posterior da traqueia tem-se 
músculo liso/traqueal que fecha os anéis 
- Após a laringe, antecede os brônquios principais e “colada” ao esôfago 
- Carina da traquéia (formato de V), última cartilagem que termina a traquéia de 
modo que a partir dai ela irá se dividir em 2 tubos que são os brônquios principais. 
Internamente nessa região da carina da traqueia, tem-se estruturas nervosas 
chamadas de baro-receptores que são receptores de pressão que servem para 
proteger o trato respiratório a partir da carina -> caso algum corpo estranho passe 
ativa o reflexo de tosse 
-Os sólidos anéis de cartilagem em formato de C fornecem um suporte semirrígido para manter a desobstrução de modo 
que a parede traqueal não colapse para dentro (especialmente durante a inspiração) obstruindo a passagem de ar. 
 
Brônquios => 
- Brônquios principais/primários direito e esquerdo: o esquerdo é mais comprido e o direito é mais largo (diferenças 
anatômicas devido a presença do coração). Devido a isso quando se fala de patologias, o pulmão direito está mais suscetível 
a doenças, pois seu trajeto é “mais fácil”, já que o brônquio principal direito é mais curto e mais largo. Cada brônquio se 
encaminha para seu respectivo pulmão 
- Brônquios lobares/secundários: são ramificações dos principais e 
se encaminham para os lobos dos pulmões. O brônquio principal 
direito vai se dividir em 3 lobares: um superior, um médio e um 
inferior; já o brônquio principal esquerdo se divide em 2 lobares: 
um superior e um inferior 
- Brônquios segmentares/terciários: se encaminham para 
subdivisões dos pulmões (segmentos), de modo que cada pulmão 
tem 10 segmentos 
Obs: toda a junção de traquéia com todas as ramificações dos 
brônquios = árvore traqueobrônquica 
- Cartilagens iguais as da traquéia até os segmentares para da 
sustentação 
- Bronquíolos: não tem mais cartilagem hialina; terminais-> 
respiratórios -> ductos alveolares e alvéolos. Os sáculos alveolares 
são alvéolos associados. Capilares alveolares. Apenas nesse último 
ponto em si (capilares alveolares e parede dos alvéolos) que tem 
de fato as trocas gasosas, ou seja, a concretização da respiração. 
Logo, até os bronquíolos terminais e respiratórios é ventilação 
Marianny Rabelo – M37 
 
Pulmões => 
- Órgão par: direito e esquerdo; sendo separados um do outro pelo coração e por outros órgãos chamados de mediastino 
(espaço no meio dos pulmões onde tem-se o coração, traquéia, brônquios, esôfago, artéria aorta, veia cava) 
- Estrutura dessa víscera é basicamente alvéolo 
- Tem formato de cone e repousa sobre o músculo diafragma 
- Tem uma ponta/ápice que ultrapassa as clavículas 
- A frente e lateral dos pulmões onde tem contato com as costelas= face costal dos pulmões (frente e lateral) 
- Toda a base do órgão, que repousa sobre o diafragma= face diafragmática 
- Parte interna, medial, voltada para o mediastino -> face medial ou mediastínica dos pulmões 
- Pleura: saco de dupla face que vai revestir as superfícies dos pulmões e a parte interna da cavidade torácica. Dividida em 2 
folhetos: 
• visceral: é mais interno, colada a superfície do pulmão, tocando-o e envolvendo-a toda inclusive entre os lobos e 
posteriormente 
• parietal: é o desdobramentoda pleura visceral sobre ela mesma formando um folheto mais externo que não toca a 
superfície do pulmão, recobrindo a parte interna da cavidade torácica, sem contato direto com o pulmão 
-Entre os 2 folhetos tem-se um espaço chamado de cavidade pleural revestida por uma camada muito fina de líquido pleural, 
para evitar o atrito entre as duas pleuras mas é descrito como uma cavidade virtual pois anatomicamente não consegue ser 
visto, já que as pleuras são “coladas” 
- Na parte externa tem-se as faces costal e diafragmática e a parte interna face mediastínica 
- Pulmão direito é maiscurto e mais largo que o esquerdo, devido a presença do fígado que acaba pressionando esse pulmão 
direito. Enquanto o esquerdo é mais comprido e mais estreito pois abaixo tem-se órgãos que não são muito volumosos 
(estômago, baço) 
- Pulmão direito dividido em 3 lobos: superior, médio e inferior; entre os lobos tem-se as fissuras: fissura horizontal (entre o 
superior e o médio) e a fissura oblíqua (separa o superior e o médio do inferior) 
- Pulmão esquerdo dividido em 2 lobos: um inferior e um superior; entre os lobos uma única fissura que é a fissura oblíqua 
- Toda a vascularização do pulmão se resume a uma região específica uma fissura da face mediastínica: hilo pulmonar, tendo-
se as duas veias pulmonares e uma artéria pulmonar, além de vasos linfáticos, nervos e brônquios 
- A face mediastínica do pulmão esquerdo apresenta uma depressão que é onde o coração ocupa -> impressão cardíaca, e 
na borda da impressão cardíaca tem-se uma “curvinha” no final do lobo superior esquerdo -> incisura cardíaca. Presença de 
uma “ponta” chamada de língula que envolve o ápice do coração, com uma função de proteção no finalzinho do lobo 
superior do pulmão esquerdo. 
Marianny Rabelo – M37 
Histologia 
Fossas Nasais=> 
As fossas nasais são constituídas por três regiões: 
1. Vestíbulo: porção mais anterior e dilatada. Formado por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, lâmina 
própria de tecido conjuntivo, glândulas sebáceas e sudoríparas e vibrissas (pelos curtos). 
2. Área respiratória: A maior parte das fossas nasais. Mucosa de epitélio respiratório e lâmina própria com glândulas mistas. 
Apresenta expansões ósseas chamadas conchas ou cornetos com plexo venoso. 
3. Área olfatória:Responsável pela sensibilidade olfatória. É revestida por epitélio olfatório: neuroepitélio colunar 
pseudoestratificado formado por células olfatórias (neurônios bipolares), de sustentação e basais/fontes (regeneração). Sua 
lâmina própria é rica em vasos, nervos e glândulas ramificadas túbuloacinosas alveolares (glândulas de Bowman). 
Seios Paranasais=> 
- São cavidades nos ossos com função de aquecimento do ar. Possui epitélio respiratório com poucas células caliciformes e 
menos glândulas. 
Nasofaringe=> 
- é a primeira parte da faringe de epitélio respiratório. Continua com a orofaringe, sua porção oral, de epitélio pavimentoso 
estratificado. Apresenta lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo com glândulas mistas. 
Laringe=> 
- Formada por epitélio respiratório, cartilagem hialina – tireoide, cricoide e maior parte da aritenoides – e elástica, ligamentos 
e músculos voluntários. A epiglote é um prolongamento que se estende da laringe na direção da faringe, responsável por abri-
la e fechá-la. As cordas vocais, presentes nesse órgão, são de tecido epitelial pavimentoso estratificado não queratinizado. 
-Lâmina própria rica em fibras elásticas e com pequenas glândulas mistas. Sem submucosa bem definida. 
Traquéia=> 
- Apresenta mucosa com tecido epitelial pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes (secretam muco). 
apresenta cartilagem hialina com células condroblastos (paralelas ao pericôndrio) e condrócitos, avascular, músculo liso e não 
tem muscular da mucosa. Sua lâmina própria é de tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. 
- Pericôndrio: tecido conjuntivo denso não modelado que nutre a cartilagem, continuo, vascular e desalinhado. Células: 
fibrocitos e fibroblastos. 
- A sua submucosa é constituída de tecido conjuntivo e apresenta diversas glândulas mucosas e serosas. 
- A traqueia é revestida externamente por um tecido conjuntivo frouxo, constituindo a camada adventícia. 
Brônquios=> 
- São divididos em extrapulmonares e intrapulmonares. Os extrapulmonares possuem mucosa com tecido epitelial 
pseudoestratificado ciliado com celulas caliciformes . Enquanto os intrapulmonares possuem epitélio cilíndrico simples ciliado. 
Lâmina própria de tecido conjuntivo com fibras elásticas. 
- Apresenta uma camada muscular lisa em espiral, pedaços de cartilagem e glândulas. Adventícia de tecido conjuntivo. 
Bronquiolos=> 
- Não apresentam cartilagem, glândulas, e nem nódulos linfáticos. O epitélio, nas porções iniciais, é cilíndrico simples ciliado, 
passando a cúbico simples, ciliado ou não, na porção final. Este apresenta regiões denominadas corpos neuroepiteliais 
(quimiorreceptores). As células caliciformes diminuem em número e podem, até mesmo, estar ausentes. Lâmina própria 
delgada e rica em fibras elásticas. Podem ser de três tipos: 
• Bronquíolos propriamente ditos; 
• Bronquíolos terminais: parede mais delgada e revestida internamente por epitélio colunar baixo ou cúbico, com células 
ciliadas e não ciliadas. Possuem as células de Clara, as quais produzem proteínas contra poluentes e contra inflamação, e, 
em menor quantidade, produzem surfactante; 
• Bronquíolos respiratórios: constituem a transição entre a porção condutora e respiratória. Possuem estrutura semelhante 
aos bronquíolos terminais, porém apresentam expansões saculiformes constituídas por alvéolos. As porções dos 
bronquíolos respiratórios não ocupadas pelos alvéolos são revestidas por epitélio simples que varia de colunar baixo a 
cuboide, podendo ainda apresentar cílios na porção inicial. Esse epitélio simples contém também células de Clara. O 
músculo liso e as fibras elásticas formam uma camada mais delgada do que a do bronquíolo terminal. 
Ductos Alveolares e Alvéolos=> 
- Epitélio plano simples. Nas bordas dos alvéolos, a lâmina própria apresenta feixes de músculo liso. Apresentam fibras elásticas 
e reticulares. 
- O ducto alveolar termina em um alvéolo único ou em sacos alveolares constituídos por diversos alvéolos. A parede comum 
a dois alvéolos é denominada septo interalveolar. 
Marianny Rabelo – M37 
- Nos alvéolos encontramos os pneumócitos tipo I que formam a barreira hematoaérea (citoplasma, células endoteliais e 
lâmina basal), cerca de 95% da área superficial alveolar é utilizada para a troca de gases, essas células são muito delgadas, 
então os gases se difundem rapidamente através delas. Na maior parte da área de troca, uma camada de membrana basal 
funde o epitélio alveolar ao endotélio do capilar. E pneumócitos tipo II menor e mais espessa, sintetiza e secreta uma substância 
química conhecida como surfactante. O surfactante mistura-se com o líquido fino que reveste o alvéolo para ajudar os 
pulmões quando eles se expandem durante a respiração. As células tipo II também ajudam a minimizar a quantidade de 
líquido presente nos alvéolos, transportando solutos e água para fora do espaço aéreo alveolar. 
- As paredes finas do alvéolo não contêm músculo, uma vez que as fibras musculares poderiam bloquear a rápida troca gasosa. 
Como resultado, o próprio tecido pulmonar não pode se contrair. Entretanto, o tecido conectivo entre as células epiteliais 
alveolares contém muitas fibras de colágeno e de elastina que criam a energia potencial elástica quando o tecido pulmonar é 
estirado. 
- Nos septos interalveolares estão presentes os poros alveolares que são responsáveis pelo equilíbrio da pressão e passagem 
de macrófagos alveolares, células que removem partículas estranhas do surfactante 
Pleura=> 
- é a serosa que reveste o pulmão, constituída de mesotélio e conjuntivo frouxo (rico em fibras elásticas), sendo formada pelo 
folheto visceral e folheto parietal. Primeiro, ele cria uma superfície úmida e escorregadia para que as membranas opostas 
possam deslizar uma sobre a outra enquanto os pulmões se movem dentro do tórax. Segundo, ele mantém os pulmões ade- 
ridos à parede torácica, da qual transudam, continuamente, pequenas quantidades de líquido intersticial para o espaço pleural. 
Esses líquidos carreiam proteínas teciduais, dando ao líquido pleural sua aparência mucoide, que é o fator que permite o fácil 
deslizamento dos pulmões em movimento. 
 
Funções do sistema respiratório 
Gerais=> 
- Contribui para a homeostasia ao realizar a troca gasosa – oxigênioe dióxido de carbono – entre o ar atmosférico, o sangue 
e as células teciduais: 
• A troca do dióxido de carbono pelo oxigênio ocorre nos pulmões. O ar fresco, contendo oxigênio, é inspirado e penetra 
nos pulmões através das vias respiratórias condutoras. As forças necessárias para que o ar possa fluir são geradas pelos 
músculos respiratórios, que respondem aos comandos iniciados pelo sistema nervoso central. Ao mesmo tempo, o sangue 
venoso que retorna dos vários tecidos corporais é bombeado pelo ventrículo direito e penetra nos pulmões. Esse sangue 
venoso misto tem alto teor de dióxido de carbono e baixo teor de oxigênio. Nos capilares pulmonares, processa-se a 
troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. O sangue que deixa os pulmões, que tem então um alto teor de oxigênio e 
um teor relativamente baixo de dióxido de carbono, é distribuído para os tecidos do corpo pelo lado esquerdo do 
coração. Durante a expiração, o gás com uma alta concentração de dióxido de carbono é expelido do corpo. 
- Regulação homeostática do pH do corpo: 
• Os pulmões podem alterar o pH corporal retendo ou eliminando seletivamente o CO2. 
- Conter receptores para o sentido do olfato. 
- Produzir sons vocais (fonação): 
• é a produção de sons pelo movimento do ar através das cordas vocais. A fala, o canto e outros sons são produzidos pelas 
ações dos controladores do sistema nervoso central sobre os músculos da respiração, acarretando o fluxo de ar através 
das cordas vocais e da boca. 
- equilíbrio ácido-básico: 
• No corpo, os aumentos no dióxido de carbono acarretam aumentos na concentração hidrogeniôntica (e vice-versa). 
• O sistema respiratório pode, portanto, participar do equilíbrio ácido-básico removendo o CO2 do corpo. O sistema 
nervoso central possui sensores para o CO2 e os níveis dos íons hidrogênio no sangue arterial e no líquido cérebro-
espinhal que enviam informação aos controladores da respiração. 
Vias aéreas=> 
- Durante a respiração, as vias aéreas superiores e os brônquios fazem mais do que simplesmente servirem de passagem para 
o ar. Eles desempenham um papel importante no condicionamento do ar antes que ele alcance os alvéolos. O 
condicionamento possui três componentes: 
1. Aquecimento do ar à temperatura do corpo (37°C), de modo que a temperatura corporal não mude e os alvéolos não 
sejam danificados pelo ar frio: 
-> O ar inalado é aquecido pelo calor do corpo e umedecido pela água evaporada do revestimento mucoso das vias 
aéreas. Sob condições normais, quando o ar alcança a traqueia, ele foi condicionado a 100% de umidade e 37°C. A 
respiração pela boca não é tão eficaz em aquecer e umedecer o ar como a respiração pelo nariz. Se você se exercita ao 
ar livre em um clima muito frio, pode sentir uma dor em seu peito, que resulta de respirar ar frio pela boca. 
2. Adiciona vapor de água até o ar atingir a umidade de 100%, de modo que o epitélio de troca úmido não seque. 
Marianny Rabelo – M37 
3. Filtra materia lestranho,de modo que vírus, bactérias e partículas inorgânicas não alcançam os alvéolos: 
-> A filtração do ar ocorre na traqueia e nos brônquios. Tanto a traqueia quanto os brônquios são revestidos com um 
epitélio ciliado, cujos cílios são banhados por uma camada de solução salina. 
-> Uma camada viscosa de muco flutua sobre os cílios para prender a maior parte das partículas inaladas. A camada de 
muco é secretada pelas células caliciformes no epitélio. Os cílios batem com um movimento ascendente que move o 
muco continuamente em direção à faringe, criando o que é chamado de movimento mucociliar (“escada rolante” 
mucociliar). O muco contém imunoglobulinas que podem atuar sobre muitos patógenos. Uma vez que o muco chega até 
a faringe, ele pode ser expelido (expectorado) ou deglutido. No muco deglutido, o ácido do estômago e as enzimas 
destroem os microrganismos restantes. 
Alvéolos=> 
- são uma série de sacos interconectados e associados aos seus respectivos capilares 
pulmonares. Essas estruturas formam a superfície de troca, onde o oxigênio se move 
do ar inalado para o sangue, e o dióxido de carbono move-se do sangue para o ar 
que será exalado. 
- A associação íntima dos alvéolos com uma extensa rede de capilares demonstra a 
estreita ligação entre os sistemas circulató- rio e respiratório. Os vasos sanguíneos 
preenchem 80 a 90% do espaço entre os alvéolos, formando uma “camada” quase 
contínua de sangue que está em contato íntimo com os alvéolos cheios de ar. A 
proximidade do sangue capilar com o ar alveolar é essencial para a rápida troca de 
gases. 
 
Ventilação pulmonar 
- é a troca da massa de ar entre a atmosfera e os alvéolos, também chamada de respiração; 
- Um único ciclo respiratório consiste em uma inspiração seguida por uma expiração. 
- O ar flui em decorrência da diferença de pressão produzida pelo processo de contração e relaxamento da musculatura, 
além de outros fatores. Sendo assim, o ar se move para dentro dos pulmões quando a pressão de ar intrapulmonar é menor 
do que na atmosfera, e o ar se move para fora dos pulmões quando a pressão de ar intrapulmonar é maior do que a pressão 
do ar na atmosfera. 
Inspiração => 
- Pouco antes de cada inspiração, a pressão do ar intrapulmonar é igual à pressão do ar atmosférico. 
- Para o ar fluir para os pulmões, a pressão intraalveolar tem de se tornar mais baixa do que a pressão atmosférica, de modo 
que essa condição é alcançada pelo aumento do tamanho dos pulmões. 
- Durante a inspiração normal tranquila, os músculos diafragma e intercostais externos se contraem, os pulmões se expandem, 
o que aumenta o volume pulmonar e, assim, diminui a pressão nos pulmões para níveis inferiores aos da pressão atmosférica, 
e o ar entra nos pulmões; 
- durante a expiração normal tranquila, os músculos diafragma e intercostais externos relaxam e os pulmões recuam, forçando 
o ar para fora dos pulmões. 
- Músculos importares para a respiração: 
• O músculo mais importante da inspiração é o diafragma, um músculo esquelético em formato de cúpula que forma o 
assoalho da cavidade torácica. A contração do diafragma é responsável por aproximadamente 75% do ar que entra nos 
pulmões durante a respiração tranquila. 
Marianny Rabelo – M37 
• Os próximos músculos mais importantes à inspiração são os intercostais externos. Quando estes músculos se contraem, 
eles elevam as costelas. Como resultado, há aumento nos diâmetros anteroposterior e lateral da cavidade torácica. A 
contração dos intercostais externos é responsável por aproximadamente 25% do ar que entra nos pulmões durante a 
respiração tranquila normal. 
• Diafragma e músculos intercostais externos se contraem ->↑o diâmetro da cavidade torácica ->↑volume da cavidade 
pleural ->↓pressão intrapleural (754mmHg) -> pleura parietal é “puxada”para fora em todas as direções -> pleura visceral 
e os pulmões são puxados com ela -> ↓ pressão alveolar (760 -> 758mmHg) -> diferença de pressão -> ar flui da pressão 
mais alta para a mais baixa -> inspiração 
- Pressão interpleural: 
• Durante a expansão do tórax, as pleuras parietal e visceral normalmente estão firmemente aderidas uma à outra, em 
decorrência da pressão subatmosférica entre elas e da tensão superficial criada pelas suas superfícies úmidas adjacentes. 
• Conforme a cavidade torácica se expande, a pleura parietal que reveste a cavidade é “puxada” para fora em todas as 
direções, e a pleura visceral e os pulmões são puxados com ela. 
 
- Pressão alveolar: 
• Conforme o volume dos pulmões aumenta desta maneira, 
a pressão no interior dos pulmões, a chamada pressão 
alveolar (intrapulmonar), cai de 760 para 758 mmHg. Uma 
diferença de pressão é então estabelecida entre a 
atmosfera e os alvéolos. 
• Como o ar flui sempre da região de pressão mais alta para 
a região de pressão mais baixa, ocorre a inspiração. O ar 
continua fluindo para os pulmões enquanto existir 
diferença de pressão. Durante inspirações profundas e 
forçadas, os músculos acessórios da inspiração também 
atuam noaumento do tamanho da cavidade torácica. 
• Durante a inspiração, o diafragma se contrai, o tórax se 
expande, os pulmões são puxados para fora e a pressão 
alveolar diminui. Durante a expiração, o diafragma relaxa, 
os pulmões recuam para dentro e a pressão nos alvéolos 
aumenta, forçando o ar para fora dos pulmões. 
• O ar se move para os pulmões quando a pressão alveolar é inferior à pressão atmosférica, e para fora dos pulmões 
quando a pressão alveolar é superior à pressão atmosférica. 
 
Marianny Rabelo – M37 
- Inspiração forçada: 
• o diafragma pode descer até 10 cm, o que produz uma diferença de pressão de até 100mmHg e a inspiração de 2 a 3L de 
ar. Além disso, tem-se a atuação de músculos acessórios que atuam no aumento da cavidade torácica, sendo eles: os 
músculos esternocleidomastóideos, escalenos e o músculo peitoral menor. 
 
- Ventilação pulmonar total: 
• é o volume de ar movido para dentro e para fora dos pulmões a cada minuto 
• A frequência ventilatória normal para um adulto é de 12 a 20 respirações (ciclos ventilatórios) por minuto. 
• Uma parte do ar que entra no sistema respiratório não al- cança os alvéolos, uma vez que parte do ar de cada ciclo venti- 
latório permanece nas vias aéreas condutoras, como a traqueia e os brônquios. Como as vias aéreas condutoras não 
trocam gases com o sangue, elas são denominadas espaço morto anatômico. O espaço morto anatômico médio é de 
cerca de 150 mL. 
• Assim, apesar da entrada de 500 mL de ar nos alvéolos em cada respiração, apenas 350 mL correspondem à entrada de 
ar “novo”. O volume de ar “novo” que entra nos alvéolos é igual ao volume corrente menos o volume do espaço morto. 
 
- Ventilação alveolar: 
• Devido ao fato de uma porção significativa de ar inspirado nunca alcançar a superfície de troca, um indicador mais 
acurado da eficiência da ventilação é a ventilação alveolar, a quantidade de ar novo que alcança os alvéolos a cada 
minuto. A ventilação alveolar é calculada multiplicando-se a frequência ventilatória pelo volume de ar novo que alcança 
os alvéolos. 
 
 
 
 
Marianny Rabelo – M37 
Expiração => 
- é o ato de soprar o ar; 
- é também decorrente de um gradiente de pressão, mas neste caso o gradiente é no sentido oposto: a pressão nos pulmões 
é maior do que a pressão atmosférica. A expiração normal durante a respiração tranquila, ao contrário da inspiração, é um 
processo passivo, pois não há contrações musculares envolvidas. Em vez disso, a expiração resulta da retração elástica da 
parede torácica e dos pulmões, sendo que ambos têm uma tendência natural de retornar à posição inicial depois de terem 
sido distendidos. 
- Duas forças dirigidas para dentro contribuem para a retração elástica: 
1. a retração das fibras elásticas que foram distendidas durante a inspiração 
2. a força para dentro da tensão superficial decorrente da película de líquido alveolar. 
- A expiração começa quando a musculatura inspiratória relaxa. À medida que o diafragma relaxa, sua cúpula se move 
superiormente, graças a sua elasticidade. Conforme os músculos intercostais externos relaxam, as costelas são deprimidas. 
Estes movimentos reduzem os diâmetros vertical, lateral e anteroposterior da cavidade torácica, o que diminui o volume do 
pulmão. Por sua vez, a pressão alveolar aumenta para aproximadamente 762 mmHg (milímetros de mercúrio). O ar então flui 
da área de pressão mais elevada nos alvéolos para a área de pressão mais baixa na atmosfera. 
- A expiração torna-se ativa apenas durante a respiração forçada, como ocorre ao tocar um instrumento de sopro ou durante 
o exercício. Nestes momentos, os músculos expiratórios – abdominais e intercostais internos se contraem, o que aumenta a 
pressão nas regiões abdominal e torácica. 
- A contração dos músculos abdominais move as costelas inferiores para baixo e comprime as vísceras abdominais, forçando 
assim o diafragma superiormente. A contração dos músculos intercostais internos, que se estendem inferior e posteriormente 
entre costelas adjacentes, puxa as costelas inferiormente. Embora a pressão pleural seja sempre menor do que a pressão 
alveolar, pode exceder brevemente a pressão atmosférica durante uma expiração forçada, como durante a tosse. 
 
Outros fatores que influenciam a ventilação pulmonar => 
- Tensão superficial do líquido alveolar: força por uma fina camada de líquido alveolar que reveste a face luminar dos alvéolos. 
Ocorrem quando a água forma uma superfície de contato com o ar, as moléculas da água na superfície têm atração 
especialmente forte umas pelas outras do que pelo ar, criando-se uma força para dentro, como se a água estivesse o tempo 
todo tentando se contrair. Causa uma compressão nos alvéolos Obs: o surfactante é uma mistura de fosfolipídeos e 
lipoproteínas presente no líquido alveolar que reduz a tensão superficial abaixo da tensão superficial da água pura, e sua 
deficiência em prematuros provoca a síndrome da angústia respiratória do recém-nascido-> ↑tensão superficial do líquido 
alveolar -> muitos alvéolos colabam ao final de cada expiração, necessitando de um grande esforço para a próxima inspiração 
Marianny Rabelo – M37 
- Complacência dos pulmões: se refere a quanto esforço é necessário para distender os pulmões e a parede torácica. Alta 
complacência significa que os pulmões e a parede torácica se expandem facilmente, enquanto uma baixa complacência 
significa que eles resistem à expansão. Está relacionada a elasticidade e a tensão superficial. Sua redução é característica 
comum em condições pulmonares que levam a cicatrizes no tecido pulmonar, provocam edema (presença de líquido), 
provocam deficiência de surfactante ou impedem a expansão pulmonar 
- Resistência das vias respiratórias: está relacionada com algum fator que dificulte a passagem de ar. Vias respiratórias mais 
calibrosas têm menor resistência, de modo que essa aumenta durante a expiração conforme o diâmetro dos bronquíolos 
diminui. 
 
Volumes Pulmonares 
- Volume corrente: volume de uma respiração, ou seja, é o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal. 
Efetivamente, 70% desse volume (350ml) alcança a zona respiratório, e os outros 30% (150ml) permanecem nas vias respiratórias 
de condução; 500ml total 
- Volume de reserva inspiratória: é o volume de ar adicional ao realizar-se uma inspiração mais profunda; cerca de 3000ml 
em um homem 
- Volume de reserva expiratório: volume de ar adicional ao realizar-se uma expiração forçada; cerca de 1200ml em um homem 
adulto 
- Volume residual: é um volume considerável de ar que permanece nos pulmões mesmo depois que o volume de reserva 
expiratório é expirado, pois a pressão intrapleural subatmosférica mantém os alvéolos discretamente insuflados, e um pouco 
de ar permanece nas vias respiratórias não colábeis; não pode ser medido pela espirometria 
- Volume mínimo: é um pouco do volume residual que é forçado para fora caso a cavidade torácica é aberta, já que a pressão 
intrapleural sobe para se igualar à pressão atmosférica. 
 
 Capacidades Pulmonares 
- Capacidade inspiratória: volume corrente + volume de reserva inspiratório 
- Capacidade residual funcional: volume residual + volume de reserva expiratório (quantidade de ar que permanece nos 
pulmões após ao final da expiração normal) 
- Capacidade vital: volume de reserva inspiratório + volume corrente + volume de reserva expiratória (capacidade máxima 
de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após enchê-los previamente a sua extensão máxima e então expirar, também a 
sua extensão máxima 
- Capacidade pulmonar total: capacidade vital + volume residual (volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos 
com o maior esforço) 
- Obs: os volumes e capacidades pulmonares nas mulheres são cerca de 20 a 25% menores que nos homens; além de serem 
maiores em pessoas atletas e com maiores massas corporais. 
 
Marianny Rabelo – M37 
 
Difusão 
- A troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar alveolar e o sangue pulmonar ocorrepor meio da difusão passiva, que 
é regida pelo comportamento dos gases, como descrito por duas leis dos gases, a lei de Dalton e a lei de Henry. 
Lei de Dalton=> 
- é importante para a compreensão de como os gases reduzem seus gradientes de pressão por difusão 
- De acordo com a lei de Dalton, cada gás em uma mistura de gases exerce a sua própria pressão como se não houvesse 
outros gases. A pressão de um gás específico em uma mistura é chamada de pressão parcial (Px); o subscrito é a fórmula 
química do gás. A pressão total da mistura é calculada simplesmente adicionando-se todas as pressões parciais. 
- O ar atmosférico é uma mistura de gases – nitrogênio (N2), oxigênio (O2), argônio (Ar), dióxido de carbono (CO2), volumes 
variáveis de vapor de água (H2O), além de outros gases presentes em pequenas quantidades. A pressão atmosférica é a soma 
das pressões de todos estes gases: 
 
 
 
- O ar atmosférico contém 78,6% de nitrogênio, 20,9% de oxigênio, 0,093% de argônio, 0,04% de dióxido de carbono e 0,06% 
de outros gases; também existe um volume variável de vapor de água. A água varia de praticamente 0% em um deserto para 
4% sobre o oceano, a aproximadamente 0,4% em um dia frio e seco. Assim, as pressões parciais dos gases no ar inspirado 
são: 
 
 
 
 
 
 
 
- Estas pressões parciais determinam o movimento de O2 e CO2 entre a atmosfera e os pulmões, entre os pulmões e o sangue, 
e entre as células do sangue e o corpo. Cada tipo de gás se difunde através da membrana permeável da área em que sua 
pressão parcial é maior para a área em que sua pressão parcial é menor. Quanto maior a diferença na pressão parcial, mais 
rápida será a velocidade de difusão. 
- O ar alveolar tem menos O2 e mais CO2 se comparado ao ar inspirado, pois as trocas gasosas nos alvéolos aumentam o 
teor de CO2 e diminuem o teor de O2 do ar alveolar, e quando o ar é inspirado torna-se umidificado conforme passa ao 
longo dos revestimentos úmidos da tûnicas mucosas; sendo assim, conforme o vapor de água no ar aumenta o O2 diminui. 
Em contraste o ar expirado contém mais O2 do que o ar alveolar e menos CO2 porque uma parte do ar expirado estava no 
espaço morto anatômico e não participou das trocas gasosas. 
 
Lei de Henry=> 
- ajuda a explicar como a solubilidade de um gás se relaciona com a sua difusão. 
- afirma que o volume de um gás que se dissolve em um líquido é proporcional à pressão parcial do gás e à sua solubilidade. 
- Nos líquidos corporais, a capacidade de um gás de ficar em solução é maior quando a sua pressão parcial é maior e quando 
ele tem elevada solubilidade em água. Quanto maior a pressão parcial de um gás em um líquido e mais elevada a sua 
solubilidade, mais gás vai ficar em solução. Em comparação ao oxigênio, muito mais CO2 está dissolvido no plasma sanguíneo, 
porque a solubilidade do CO2 é 24 vezes maior do que a do O2. Mesmo que o ar que respiramos contenha principalmente 
N2, este gás não tem qualquer efeito sobre as funções corporais; ao nível do mar, sua pressão muito pequena se dissolve no 
plasma sanguíneo, porque a sua solubilidade é muito baixa. 
Marianny Rabelo – M37 
A principal aplicação clínica da lei de Henry está na oxigenação hiperbárica, o uso da pressão para fazer com que mais O2 se 
dissolva no sangue. É uma técnica efetiva no tratamento de pacientes infectados por bactérias anaeróbias, como aquelas que 
causam o tétano e a gangrena. 
Respiração externa=> 
- ou troca gasosa pulmonar é a difusão do O2 do ar nos alvéolos pulmonares para o sangue dos capilares pulmonares e a 
difusão do CO2 na direção oposta. 
- A respiração externa nos pulmões converte o sangue venoso (discretamente depletado de O2) que vem do lado direito do 
coração em sangue oxigenado (saturado com O2) que retorna para o lado esquerdo do coração. 
- Conforme o sangue flui pelos capilares pulmonares, capta O2 do ar alveolar e descarrega CO2 no ar alveolar. Embora este 
processo geralmente seja chamado de “troca” gasosa, cada gás se difunde independentemente da área em que sua pressão 
parcial é maior para a área em que sua pressão parcial é menor. 
- o O2 se difunde do ar alveolar, onde sua pressão parcial é 105mmHg, para o sangue nos capilares pulmonares, onde a PO2 
é de apenas 40mmHg. A difusão continua até que a PO2 do sangue capilar pulmonar aumentar para coincidir com o PO2 do 
ar alveolar, 105mmHg. 
- como o sangue que sai dos capilares pulmonares próximos dos alvéolos se mistura com um pequeno volume de sangue que 
fluiu pelas partes condutoras do sistema respiratório, onde não podem ocorrer trocas gasosas, a PO2 do sangue nas veias 
pulmonares é discretamente menor do que a PO2 nos capilares pulmonares, de aproximadamente 100 mmHg. 
- ao mesmo tempo o CO2 está se difundindo no sentindo oposto. A PCO2 do sangue venoso é de 45mmHg em uma pessoa 
em repouso, e a PCO2 do ar alveolar é de 40mmHg, devido essa diferença na PCO2, o dióxido de carbono se difunde do 
sangue oxigenado para os alvéolos até que a PCO2 do sangue diminua para 40mmHg. 
Respiração interna=> 
- ou trocas gasosas sistêmicas consiste em, que após o ventrículo esquerdo bombeiar sangue oxigenado para a aorta e pelas 
artérias sistêmicas para os capilares sistêmicos, ocorre a troca de O2 e CO2 entre os capilares sistêmicos e as células teciduais. 
- Conforme o O2 deixa a corrente sanguínea, o sangue oxigenado é convertido em sangue venoso. Ao contrário da respiração 
externa, que ocorre somente nos pulmões, a respiração interna ocorre nos tecidos de todo o corpo. 
- A PO2 do sangue bombeado para os capilares sistêmicos é maior (100 mmHg) do que a PO2 nas células teciduais (40 mmHg 
em repouso), porque as células usam constantemente O2 para produzir ATP. 
- Em razão desta diferença de pressão, o oxigênio se difunde para fora dos capilares em direção às células teciduais e a PO2 
do sangue cai para 40 mmHg no momento em que o sangue sai dos capilares sistêmicos. 
- Enquanto o O2 se difunde dos capilares sistêmicos para as células teciduais, o CO2 se difunde no sentido contrário. Dado 
que as células teciduais estão constantemente produzindo CO2, a PCO2 das células (45 mmHg em repouso) é maior do que 
a do sangue capilar sistêmico (40 mmHg). Como resultado, o CO2 se difunde das células teciduais pelo líquido intersticial 
para os capilares sistêmicos até que a PCO2 no sangue aumenta para 45 mmHg. O sangue desoxigenado então retorna para 
o coração e é bombeado para os pulmões para outro ciclo de respiração externa. 
Marianny Rabelo – M37 
Fatores que influenciam a taxa de troca gasosas pulmonar e sistêmica=> 
- Diferença de pressão parcial dos gases: a PO2 alveolar deve ser superior à PO2 arterial para que o oxigênio se difunda do 
ar alveolar para o sangue. A taxa de difusão é mais rápida quando a diferença entre a PO2 no ar alveolar e no sangue capilar 
pulmonar é maior. As pressões parciais de O2 e CO2 no ar alveolar também dependem da taxa de fluxo de ar para dentro 
e para fora dos pulmões. 
- Área de superfície disponível para as trocas gasosas: tem-se uma enorme área de superfície dos alvéolos (70 metros 
quadrados). Além de que devido ao fato de muitos capilares circundarem cada alvéolo, até 900 ml podem participar das 
trocas gasosas em um dado instante. 
- Distância de difusão: a membrana respiratória é muito fina, de modo que a difusão ocorre rapidamente. Os capilares são 
tão estreitos que os eritrócitos precisam passar por eles em fila indiana, o que minimiza a distância de difusão do espaço do 
ar alveolar para a hemoglobina no interior dos eritrócitos. 
- Peso molecular e solubilidade dos gases: como o peso molecular do O2 é inferior ao do CO2, pode-se esperar que se 
difunda através da membrana respiratória aproximadamente 1,2 vez mais rápido. No entanto, a solubilidade do CO2 na 
porção líquida da membrana respiratória é aproximadamente 24 vezes maior do que a do O2. 
 
Perfusão 
- Quando o O2 e o CO2 entram no sangue, ocorrem determinados reações químicas que ajudam no transporte de gases e 
nas trocas gasosas.Transporte de oxigênio=> 
- O oxigênio não se dissolve facilmente em água, de modo que somente aproximadamente 1,5% do O2 inspirado está 
dissolvido no plasma sanguíneo, que é composto principalmente por água. Aproximadamente 98,5% do O2 no sangue está 
ligado à hemoglobina nos eritrócitos. 
- Cada 100 ml de sangue oxigenado contém o equivalente a 20 ml de O2 gasoso. Usando as porcentagens indicadas, a 
quantidade dissolvida no plasma é de 0,3 ml e a quantidade ligada à hemoglobina é de 19,7 ml. 
- A porção heme da hemoglobina contém quatro átomos de ferro, cada um capaz de se ligar a uma molécula de O2. O 
oxigênio e a hemoglobina se ligam em uma reação facilmente reversível para formar a oxi-hemoglobina: 
Marianny Rabelo – M37 
 
- Os 98,5% do O2 que estão ligados à hemoglobina estão “presos” nas hemácias, de modo que apenas o O2 dissolvido (1,5%) 
é capaz de se difundir para fora dos capilares teciduais para as células teciduais. Assim, é importante compreender os fatores 
que promovem a ligação e a dissociação do O2 da hemoglobina. 
 
Marianny Rabelo – M37 
- Relação entre a hemoglobina e a pressão arterial: 
• O fator mais importante para determinar quanto O2 que se liga à 
hemoglobina é a PO2; quanto maior for a PO2, mais O2 se combina à 
Hb. Quando a hemoglobina reduzida (Hb) é completamente convertida 
em oxi-hemoglobina (Hb-O2), diz-se que a hemoglobina está totalmente 
saturada; quando a hemoglobina é constituída por uma mistura de Hb e 
Hb-O2, está parcialmente saturada. 
• A porcentagem de saturação da hemoglobina expressa a saturação média 
de hemoglobina com oxigênio. Por exemplo, se cada molécula de 
hemoglobina se ligou a 2 moléculas de O2, então a hemoglobina está 50% 
saturada, porque cada Hb pode se ligar a no máximo quatro O2. 
• quanto maior a PO2, mais O2 vai se ligar à hemoglobina, até que todas as 
moléculas de hemoglobina disponíveis estejam saturadas. Portanto, nos 
capilares pulmonares, onde a PO2 é alta, uma grande quantidade de O2 
se liga à hemoglobina. Nos capilares teciduais, em que a PO2 é menor, a 
hemoglobina não prende tanto O2, e o O2 dissolvido é descarregado nas células teciduais via difusão. 
• Conforme o pH diminui ou a PCO2 aumenta, a afinidade da hemoglobina pelo O2 diminui, de modo que menos O2 se 
combina à hemoglobina e mais O2 está disponível para os tecidos. 
 
 
- Outros fatores que afetam a afinidade da hemoglobina ao oxigênio: 
• Acidez (pH): 
-> conforme a acidez aumenta (pH diminui), a afinidade da hemoglobina ao O2 diminui e o O2 se dissocia mais facilmente 
da hemoglobina. Quando o pH diminui, toda a curva de dissociação da oxi- hemoglobina se desloca para a direita; 
-> em uma dada PO2, a Hb está menos saturada com O2, mudança denominada efeito Bohr, o qual funciona tanto no 
aumento de H+ no sangue faz com que o O2 seja descarregado da hemoglobina, quanto na ligação do O2 à hemoglobina 
causando a descarga de H+ da hemoglobina. 
-> A explicação para esse efeito é que a hemoglobina pode atuar como um tampão para os íons hidrogênio (H+). Mas 
quando os íons H+ se ligam a aminoácidos na hemoglobina, eles alteram um pouco a sua estrutura, diminuindo a sua 
capacidade de transporte de oxigênio. Assim, o pH reduzido expulsa o O2 da hemoglobina, disponibilizando mais O2 
para as células teciduais; em contraste o pH elevado aumenta a afinidade da hemoglobina pelo O2 e desloca a curva de 
dissociação oxigênio-hemoglobina para a esquerda -> Pressão parcial de dióxido de carbono: o CO2 também pode se 
ligar à hemoglobina, e o efeito é semelhante ao do H+. 
-> Conforme a PCO2 sobe a hemoglobina libera O2 mais facilmente. A PCO2 e o pH são fatores relacionados, porque 
o baixo pH do sangue (acidez) resulta em PCO2 elevada. Conforme o CO2 entra no sangue, grande parte dele é 
temporariamente convertido em ácido carbônico (H2CO3), por uma reação catalisada pela enzima anidrase carbônica 
(AC): CO2 + H20 -> H2CO3 -> H+ + HCO3-. O ácido carbônico assim formado nos eritrócitos se dissocia em íons 
hidrogênio e íons bicarbonato. 
Marianny Rabelo – M37 
-> Quando a concentração de H+ aumenta, o pH diminui. Assim, um aumento na PCO2 produz um ambiente mais 
ácido, o que ajuda na liberação de O2 da hemoglobina. A PCO2 diminuída (e o pH elevado) desloca a curva de saturação 
para a esquerda 
• Temperatura:↑temperatura ->↑quantidade de O2 liberado da hemoglobina. O calor é um subproduto das reações 
metabólicas de todas as células. Células metabolicamente ativas requerem mais O2 e liberam mais ácidos e calor. Sendo 
assim, os ácidos e o calor promovem a liberação de O2 da oxi-hemoglobina 
• BPG: o 2,3-bifosfoglicerato é uma substância encontrada nos eritrócitos. Que diminui a afinidade de hemoglobina pelo 
O2, e, assim, ajuda a descarregar o O2 da hemoglobina. O BPG é formado nos eritrócitos quando eles quebram a glicose 
para produzir ATP na glicólise. Quando o BPG se combina à hemoglobina 
 
- Afinidade ao oxigênio da hemoglobina fetal e adulta: 
• A hemoglobina fetal (Hb-F) difere da hemoglobina adulta (Hb-A) em estrutura e afinidade ao O2. 
• A Hb-F tem uma maior afinidade ao O2 porque se liga menos fortemente ao BPG. Assim, quando a PO2 está baixa, a 
Hb-F é capaz de transportar até 30% mais O2 do que a Hb-A materna. 
• À medida que o sangue materno entra na placenta, o O2 é prontamente transferido para o sangue fetal. Isto é muito 
importante porque a saturação de O2 no sangue materno na placenta é bastante baixa, e o feto poderia sofrer de hipoxia 
se não fosse a maior afinidade da hemoglobina fetal ao O2. 
 
Transporte de dióxido de carbono=> 
- Em condições normais de repouso, cada 100 ml de sangue venoso contêm o equivalente a 53 ml de CO2 gasoso, que é 
transportado no sangue de três maneiras principais: 
1. CO2 dissolvido. Uma pequena porcentagem – aproximadamente 7% – está dissolvida no plasma sanguíneo. Ao alcançar 
os pulmões, o CO2 dissolvido se difunde no ar alveolar e é expirado. 
2. Compostos carbamino. Uma porcentagem um pouco mais elevada, aproximadamente 23%, combina-se aos grupos amina 
dos aminoácidos e proteínas no sangue para formar compostos carbamino. Como a proteína mais prevalente no sangue 
é a hemoglobina (no interior dos eritrócitos), a maior parte do CO2 transportado deste modo está ligada à hemoglobina. 
Os principais locais de ligação do CO2 são os aminoácidos terminais das duas cadeias globina alfa e duas cadeias globina 
beta. A hemoglobina que se ligou ao CO2 é denominada carbamino-hemoglobina (Hb-CO2): 
A formação da carbamino-hemoglobina é muito influenciada pela PCO2. Por exemplo, nos capilares teciduais, a PCO2 
é relativamente elevada, o que promove a formação de carbamino-hemoglobina. Mas nos capilares pulmonares, a PCO2 
é relativamente baixa, e o CO2 se separa facilmente da globina e entra nos alvéolos por difusão. 
3. Íons bicarbonato. O maior percentual de CO2 – aproximadamente 70% – é transportado no plasma sanguíneo como 
íons bicarbonato (HCO3–). Conforme o CO2 se difunde para os capilares sistêmicos e entra nos eritrócitos, ele reage 
com a água na presença da enzima anidrase carbônica (AC) para formar o ácido carbônico, que se dissocia em H+ e 
HCO3–: 
Assim, conforme o sangue capta CO2, o HCO3– se acumula no interior das hemácias. Um pouco de HCO3– se move 
para o plasma sanguíneo, abaixando seu gradiente de concentração. Em troca, íons cloreto (Cl–) se movem do plasma 
para as hemácias. Essa troca de íons negativos, que mantém o equilíbrio elétrico entre o plasma sanguíneo e o citosol das 
hemácias, é conhecida como deslocamento de cloreto. O efeito líquido destas reações é que o CO2 é removido das 
células teciduais e transportado para o plasma sanguíneo como HCO3–. Conforme o sangue passa pelos capilares 
pulmonares nos pulmões, todas estas reações se revertem e o CO2 é expirado. 
- A quantidade de CO2 que pode ser transportada no sangue é influenciada pela porcentagem de saturação da hemoglobina 
com oxigênio. Quanto menor a quantidade de oxi-hemoglobina (Hb-O2),maior a capacidade de transporte de CO2 do 
sangue, uma relação conhecida como efeito de Haldane. Duas características da desoxi-hemoglobina dão origem ao efeito de 
Haldane: (1) a desoxi-hemoglobina se liga ao CO2 e, assim, transporta mais CO2 do que a Hb-O2. (2) A desoxi-hemoglobina 
também tampona mais H+ do que a Hb-O2, desse modo removendo H+ da solução e promovendo a conversão do CO2 em 
HCO3– por meio da reação catalisada pela anidrase carbônica. 
Marianny Rabelo – M37 
 
Marianny Rabelo – M37 
Controle do sistema respiratório 
- Em repouso, aproximadamente 200 ml de O2 são utilizados a cada minuto pelas células do corpo. Durante o exercício 
extenuante, no entanto, o uso de O2 tipicamente aumenta de 15 a 20 vezes em adultos saudáveis e normais, e em até 30 vezes 
em atletas de resistência de elite. Diversos mecanismos ajudam a adequar o esforço respiratório à demanda metabólica. 
Centro respiratório=> 
- O tamanho do tórax é alterado pela ação dos músculos respiratórios, que se contraem como resultado dos impulsos nervosos 
transmitidos dos centros no encéfalo e relaxam na ausência de impulsos nervosos. Estes impulsos nervosos são enviados de 
grupos de neurônios localizados bilateralmente no tronco encefálico. Este grupo amplamente disperso de neurônios, chamados 
coletivamente de centro respiratório, pode ser dividido em duas regiões principais de acordo com sua localização e função: 
(1) o centro respiratório bulbar no bulbo e (2) o grupo respiratório pontino na ponte. 
 
Centro respiratório bulbar: 
- é composto por duas coleções de neurônios chamados de grupo respiratório 
dorsal (GRD), antigamente chamado de área inspiratória, e o grupo respiratório 
ventral (GRV). 
- Durante a respiração tranquila normal, neurônios do GRD produzem impulsos 
para o diafragma por meio dos nervos frênicos e para os músculos intercostais 
externos por meio dos nervos intercostais. 
- Esses impulsos são liberados em pulsos, que começam fracos, aumentam em força 
por aproximadamente 2 s e então cessam completamente. Quando os impulsos 
nervosos alcançam o diafragma e os músculos intercostais externos, eles se 
contraem e ocorre a inspiração. Quando o GRD se torna inativo após 2 s, o 
diafragma e os músculos intercostais externos relaxam por aproximadamente 3 s, 
possibilitando a retração passiva dos pulmões e da parede torácica. Em seguida, o 
ciclo se repete. 
- Complexo pré-Bötzinger: 
• Localizado no GRV está um aglomerado de neurônios. 
• Este gerador de ritmo, análogo ao do coração, é composto de células 
marca-passo que estabelecem o ritmo básico da respiração. O mecanismo exato 
dessas células marca-passo é desconhecido e é tema de muitas pesquisas em 
andamento. No entanto, acredita-se que as células marcapasso contribuam para 
o GRD ao controlar a taxa na qual os neurônios do GRD disparam potenciais 
de ação 
Marianny Rabelo – M37 
• Os neurônios restantes do GRV não participam da respiração tranquila normal. O GRV é ativado quando é necessária 
respiração forçada, como durante o exercício, ao tocar um instrumento de sopro ou em altas altitudes. Durante a 
inspiração forçada, os impulsos nervosos do GRD não só estimulam os músculos do diafragma e intercostais externos a 
se contraírem, como também ativam os neurônios do GRV envolvidos na inspiração forçada a enviar impulsos aos 
músculos acessórios da inspiração (esternocleidomastóideo, escalenos e peitoral menor). A contração destes músculos 
resulta na inspiração forçada. 
• Durante a respiração tranquila normal, o grupo respiratório ventral está inativo; durante a respiração forçada, o grupo 
respiratório dorsal ativa o grupo respiratório ventral. 
 
Grupo respiratório pontino 
- O grupo respiratório pontino (GRP), antigamente chamado de área pneumotáxica, é uma coleção de neurônios na ponte. 
- Os neurônios no GRP estão ativos durante a inspiração e a expiração. O GRP transmite impulsos nervosos para o GRD no 
bulbo. O GRP participa tanto na inspiração quanto na expiração, modificando o ritmo básico da respiração produzido pelo 
GRV, como ao exercitar-se, falar ou dormir. 
 
Regulacao do centro respiratório => 
- A atividade do centro respiratório pode ser modificada em resposta às informações provenientes de outras regiões do 
encéfalo, receptores na parte periférica do sistema nervoso e outros fatores, a fim de manter a homeostasia da respiração. 
 
Influências corticais na respiração 
- Como o córtex cerebral tem conexões com o centro respiratório, podemos alterar voluntariamente nosso padrão 
respiratório. Podemos até mesmo parar de respirar completamente por um curto período de tempo. 
- O controle voluntário é protetor, pois nos possibilita evitar que água ou gases irritantes entrem nos pulmões. No entanto, 
a capacidade de não respirar é limitada pelo acúmulo de CO2 e H+ no corpo. Quando a PCO2 e a concentração de H+ 
aumentam a um certo nível, os neurônios do GRD do centro respiratório bulbar são fortemente estimulados, impulsos 
nervosos são enviados pelos nervos frênico e intercostal à musculatura inspiratória, e a respiração é retomada, quer a pessoa 
queira ou não. 
- Se a respiração for suspensa por tempo suficiente para causar desmaio, a respiração é retomada quando a consciência é 
perdida. Impulsos nervosos do hipotálamo e do sistema límbico também estimulam o centro respiratório, possibilitando que 
estímulos emocionais alterem a respiração, como por exemplo ao rir e chorar. 
 
Regulação da respiração por quimiorreceptores 
- Determinados estímulos químicos modulam quão rapidamente e quão profundamente respiramos. 
- O sistema respiratório atua para manter níveis adequados de CO2 e O2 e é muito sensível a mudanças nos níveis desses 
gases nos líquidos corporais. 
- Os quimiorreceptores, neurônios sensitivos que são sensíveis a produtos químicos, em dois locais do sistema respiratório 
monitoram os níveis de CO2, H+ e O2 e fornecem informações ao centro respiratório. 
- Os quimiorreceptores centrais estão localizados no bulbo ou próximo a ele na parte central do sistema nervoso. Eles 
respondem a mudanças na concentração de H+ ou PCO2, ou ambos, no líquido cerebrospinal. 
- Os quimiorreceptores periféricos estão localizados nos glomos para-aórticos (que são aglomerados de quimiorreceptores 
localizados na parede do arco da aorta) e nos glomos caróticos, que são nódulos ovais na parede das artérias carótidas comuns 
direita e esquerda no ponto em que elas se dividem em artérias carótidas interna e externa. (Os quimiorreceptores dos glomos 
Marianny Rabelo – M37 
para-aórticos estão localizados próximo dos barorreceptores aórticos, e os glomos caróticos estão localizados próximo dos 
barorreceptores do seio carótico. 
- Estes quimiorreceptores fazem parte do sistema nervoso periférico e são sensíveis a alterações na PO2, H+ e PCO2 no 
sangue. Os axônios dos neurônios sensitivos dos glomos para-aórticos fazem parte do nervo vago (NC X), e aqueles dos 
glomos caróticos são parte dos nervos glossofaríngeo (NC IX) direito e esquerdo. Os receptores olfatórios para o sentido do 
olfato e as células receptoras gustativas para o sentido do paladar também são quimiorreceptores. Ambos respondem a 
estímulos externos. 
- Os quimiorreceptores são neurônios sensitivos que respondem a alterações nos níveis de determinados produtos químicos 
no corpo. 
- na condição de hipercapnia (aumento da PCO2), os quimiorreceptores centrais são estimulados e respondem vigorosamente 
ao aumento resultante no nível de H+. 
- na hipoxemia (falta de oxigênio), os quimiorreceptores periféricos que respondem, sendo estimulados; a carência significativa 
de O2 deprime a atividade dos quimiorreceptores centrais e do GRD, que não responde algumas aferências e envia menos 
impulsos para os músculos inspiratórios; quando a frequência respiratória diminui ou a respiração cessa por completo, a PO2 
cai cada vez mais, estabelecendo um ciclo de feedback positivo com um desfecho possivelmente fatal. 
- os quimiorreceptores participamde um sistema de feedback negativo que regula os níveis de CO2, O2 e H+ no sangue. 
Como resultado do aumento da PCO2, diminuição do pH ou diminuição da PO2, as aferências dos quimiorreceptores centrais 
e periféricos fazem com que o GRD se torne muito ativo, e a frequência e a profundidade da respiração aumentam, de modo 
que a respiração rápida e profunda chama-se hiperventilação, a qual possibilita a inspiração de mais O2 e a expiração de mais 
CO2 até que a PCO2 e o H+ sejam reduzidos ao normal. 
- na hipocapnia/hipocarbia (diminuição da PCO2), os quimiorreceptres centrais e periféricos não são estimulados, e os 
impulsos estimulantes não são enviado para o GRD os quais definem seu próprio ritmo moderado até que o CO2 se acumule 
e a PCO2 suba ao normal. 
- Obs: as pessoas que hiperventilam voluntariamente e causam hipocapnia podem prender a respiração por um período 
excepcionalmente longo 
 
 
 
 
Estimulação da respiração por proprioceptores 
- Assim que você começa a se exercitar, a sua frequência e profundidade respiratória aumentam, mesmo antes que haja 
alterações nos níveis de PO2, PCO2 ou H+. 
- O principal estímulo para essas mudanças rápidas no esforço respiratório são as aferências dos proprioceptores, que 
monitoram o movimento das articulações e músculos. 
Marianny Rabelo – M37 
- Os impulsos nervosos dos proprioceptores estimulam o GRD do bulbo. Ao mesmo tempo, axônios colaterais (ramos) dos 
neurônios motores superiores que se originam no córtex motor primário (giro pré-central) também alimentam os impulsos 
excitatórios no GRD. 
 
Reflexo de insuflação 
- Similares aos dos vasos sanguíneos, receptores sensíveis ao estiramento chamados barorreceptores ou receptores de 
estiramento estão localizados nas paredes dos brônquios e bronquíolos. 
- Quando estes receptores são distendidos durante a hiperinsuflação dos pulmões, impulsos nervosos são enviados pelo nervo 
vago (X) para o grupo respiratório dorsal (GRD) no centro respiratório bulbar. Em resposta, o GRD é inibido e os músculos 
diafragma e intercostais externos relaxam. Assim, a inspiração adicional é interrompida e a expiração começa. 
- Conforme o ar sai dos pulmões durante a expiração, os pulmões se esvaziam e os receptores de estiramento não são mais 
estimulados. Assim, o GRD não é mais inibido, e começa uma nova inspiração. Esse reflexo é chamado de reflexo de insuflação 
ou reflexo de Hering-Breuer. 
- Em recém- nascidos, o reflexo parece funcionar na respiração normal. Em adultos, no entanto, o reflexo não é ativado até 
que o volume corrente (normalmente 500 ml) alcance mais do que 1.500 ml. Portanto, o reflexo em adultos é um mecanismo 
de proteção que evita a insuflação excessiva dos pulmões, como por exemplo durante o exercício intenso, em vez de um 
componente essencial no controle normal da respiração. 
 
Outras influências na regulação da respiração 
- Estimulação do sistema límbico: antecipação de uma atividade ou a ansiedade emocional podem estimular o sistema límbico, 
que envia impulsos excitatórios para o GRD, aumentando a frequência e a profundidade da respiração. 
-Temperatura: elevação da temperatura corporal aumenta a frequência respiratória, enquanto a diminuição reduz a 
frequência. Um estímulo frio repentino pode levar à apneia temporária (ausência de respiração). 
- Dor: súbita e intensa provoca breve apneia, mas a dor somática prolongada aumenta a frequência respiratória, e a dor 
visceral pode diminuir -> Estiramento do músculo esfíncter ânus: isso aumenta a frequência respiratória, e pode ser usada 
para estimular a respiração em um recém-nascido ou em uma pessoa que parou de respirar. 
-Irritação das vias respiratórias: irritação física ou química da faringe ou laringe provoca a cessação imediata da respiração, 
seguida de tosse ou espirro. 
- Pressão arterial: um aumento súbito na pressão arterial diminui a frequência respiratória, e uma queda aumenta-a. 
 
Hipoxemia 
- é a diminuição da pressão parcial de oxigênio no sangue, sem outras especificações, que incluem tanto a concentração de 
oxigênio dissolvido, e oxigênio ligado à hemoglobina 
- Diferente de hipóxia (pouco oxigênio para o corpo/tecido/órgão), mas essa pode ser causada por hipoxemia (“hipóxia 
hipoxêmica”) quando o seu sangue não carrega oxigênio suficiente para os tecidos para atender às necessidades do seu corpo 
- Causas: 
• pressão inspirada baixa parcial de oxigênio: uma quantidade reduzida de oxigênio é fornecido ao gás, troca de peças 
(alvéolos) dos pulmões a cada minuto. A pressão parcial de oxigênio reduzida pode ser um resultado do teor de oxigênio 
reduzidos fracionária ou simplesmente um resultado da pressão barométrica baixa, como pode ocorrer em grandes 
altitudes. Essa causa pode resultar em hipoxemia mesmo quando os pulmões são normais. Além disso, é o conteúdo de 
oxigênio inspirado''''que é importante, neste caso, ao invés da''''concentração atmosférica como a pessoa pode não estar 
respirando gás atmosférico (por exemplo, durante um anestésico) 
• hipoventilação alveolar: se a ventilação alveolar é baixa, pode haver insuficiência de oxigênio entregue aos alvéolos a cada 
minuto. Isto pode causar hipoxemia mesmo quando os pulmões são normais, assim como a causa pode estar fora dos 
pulmões 
• comprometimento da difusão através da membrana gás-sangue: a difusão diminuída através da membrana gás-sangue no 
pulmão pode causar hipoxemia. No entanto, essa é uma causa muito rara, pois é apenas em circunstâncias extremamente 
incomum que realmente pode causar um problema. A maioria dos casos passados que se pensava ser devido a um 
problema de difusão são agora reconhecidos como sendo devido à desigualdade de ventilação-perfusão 
• ventilação-perfusão desigualdade: uma causa comum de hipoxemia em pessoas com doença pulmonar. É a área do 
pulmão, com ventilação/ perfusão índices que são menos de um (mas não zero) que causam hipoxemia por este 
mecanismo. A relação ventilação/perfusão de zero é considerado um shunt 
• desvio: desvio de sangue do lado direito para o lado esquerdo da circulação (à direita para a esquerda shunt) é uma causa 
poderosa de hipoxemia.O shunt intracardíaco pode ser intrapulmonar. Tem sido tradicionalmente uma causa que poderia 
ser facilmente distinguido dos outros, mas a única causa que não pode ser corrigida pela administração de oxigênio a 
100%.No entanto, esta pode ser uma simplificação exagerada, como alguns tipos de shunts intrapulmonares pode ser 
fechado com 100% de O2 e a hipoxemia sanadas 
Marianny Rabelo – M37 
Obs: shunt é para descrever o sangue que entra no leito arterial sistêmico sem 
passar pelas áreas ventiladas do pulmão, levando à redução da pressão arterial 
parcial de oxigênio (PaO2). 
- Sinais e sintomas clássicos: agitação, confusão mental, taquipnéia, taquicardia, 
arritmias, sonolência, cianose central e hipotensão arterial 
- A hipoxemia é determinada medindo-se o nível de oxigênio em uma amostra de 
sangue retirada de uma artéria (gás de sangue arterial) 
- Também pode ser estimado medindo a saturação de oxigênio do sangue usando 
um oxímetro de pulso (um pequeno dispositivo que se encaixa no dedo), e se uma 
pessoa tiver 90% de saturação de oxigênio ou menos, pode ser hipoxemia, visto 
que o normal é entre 95 e 100. 
 
Hipóxia 
- é a falta de oxigênio nos tecidos do corpo, podendo atingir o corpo geral ou uma área específica 
- Os tratamentos para essa condição geralmente começam com o fornecimento de oxigênio concentrado ao paciente com a 
finalidade de estabilização e, em seguida, abordam a causa subjacente da hipóxia 
- Causas: 
• oxigenação inadequada do sangue nos pulmões por causa de razões extrínsecas (deficiência de O2 na atmosfera e/ou 
hipoventilação) 
• doença pulmonar (hipoventilação pelo aumento da resistência das vias aéreas ou diminuição da complacência pulmonar; 
proporção ventilação- perfusão alveolar anormal, incluindo o aumento do espaço morto fisiológico ou aumento da 
derivação fisiológica; diminuição da difusãopela membrana respiratória) 
• desvios arteriovenosos (desvios cardíacos “direita-esquerda”) 
• inadequação do transporte sanguíneo de 02 aos tecidos (anemia ou anormalidade da hemoglobina; deficiência circulatória 
generalizada; deficiência circulatória localizada, periférica, cerebral, vasos coronarianos; edema tecidual) 
• inadequeção da capacidade tecidual de usar o O2 (envenenamento das enzimas de oxidação celular; diminuição da 
capacidade metabólica celular de usar 02 por causas da toxicidade, deficiência vitamínica ou outro fatores) 
• envenamento por cianeto é a causa mais clássica: a enzima citocromo oxidase é bloqueada pelo cianeto, de modo que 
os tecidos não podem usar o O2 até mesmo quando grande quantidade está disponível 
- Se grave o suficiente pode causar a morte celular por todo o corpo, mas de forma menos intensa pode causar: depressão 
da atividade mental e redução da capacidade de trabalho muscular 
- Essa condição pode ser diagnosticada pela extração de sangue e determinação da quantidade de oxigênio dissolvido presente, 
ou pela procura de sinais óbvios de condições que poderiam causar privação de oxigênio, variando de derrames a pulmões 
colapsados 
- Os tratamentos para essa condição geralmente começam com o fornecimento de oxigênio concentrado ao paciente com a 
finalidade de estabilização e, em seguida, abordam a causa subjacente da hipóxia. 
 
Hipercapnia 
- Aumento de dióxido de carbono no sangue, que geralmente ocorre como resultado de hipoventilação ou incapacidade de 
respirar corretamente de forma a captar oxigênio suficiente para os pulmões 
- Com esses altos níveis de PCO2, o excesso de CO2 começa a deprimir a respiração mais do que estimulá-la, causando, 
assim, um ciclo vicioso: ↑ CO2 ->↑redução da respiração ->↑CO2 
- Pode ocorrer de repente e causar um aumento da acidez do sangue -> acidose respiratória 
- Causas: 
Marianny Rabelo – M37 
• doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): os alvéolos são danificados ou destruídos, prejudicando as trocas gasosas, 
deixando menos superfície para captar oxigênio e eliminar o dióxido de carbono a partir dos pulmões para a corrente 
sanguínea -> hipoxemia e hipercapnia 
• hipoventilação: geralmente ocorre em associação à hipóxia. 
• Outras: overdose de estupefaciente, convulsões, overdose de drogas, lesões de tronco encefálico, fraqueza muscular 
esquelética, asma, apneia obstrutiva do sono 
- Sinais e sintomas: insuficiência respiratória, pele corada, tontura, aumento da pressão arterial, respiração rápida, aumento 
da frequência cardíaca, cansaço excessivo, dispnéia, cefaléia e contrações musculares 
- O diagnóstico da hipercapnia pode ser feito por meio de uma gasometria arterial. Ela pode medir a pressão parcial de gás 
carbônico (PCO2). 
- Os níveis normais variam entre 35 e 45 mmHg. Se a PCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilado, e 
se estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilado. O médico pode ainda optar por realizar um raio-X ou 
tomografia computadorizada aos pulmões, para verificar se existe algum problema pulmonar 
- Em pessoas com abaixamento do nível de consciência, instabilidade hemodinâmica ou risco eminente de paragem 
cardiorrespiratória, deve-se proceder a intubação orotraqueal. Em casos menos graves, pode ser realizada uma monitorização 
cardíaca e da pressão arterial, oximetria de pulso e suplementação de oxigênio por máscara ou cateter. Além disso, pode ser 
recomendada a administração de medicamentos, como broncodilatadores ou corticoides e, caso se trate de uma infecção 
respiratória, pode ser necessário tomar antibiótico. 
 
Relação com os demais sistemas 
- As células do seu corpo usam oxigênio (O2) continuamente para as reações metabólicas que liberam energia de moléculas 
de nutrientes e produzem ATP. Ao mesmo tempo, estas reações liberam dióxido de carbono (CO2). Como o excesso de 
CO2 provoca acidez que pode ser tóxica para as células, o excesso de CO2 precisa ser rápida e eficientemente eliminado. Os 
sistemas circulatório e respiratório cooperam para fornecer O2 e eliminar CO2. O sistema respiratório possibilita a troca 
gasosa – aporte de O2 e eliminação de CO2 – e o sistema circulatório transporta o sangue contendo os gases entre os 
pulmões e as células do corpo. A falha em algum destes sistemas perturba a homeostasia, causando uma morte rápida das 
células pela falta de oxigênio e acúmulo de produtos residuais. 
- As células do corpo humano realizam glicólise, para tanto elas precisa receber a glicose e o oxigênio. Ambos são 
transportados pelo sistema circulatório; a glicose do sistema digestório para a célula e o oxigênio do sistema respiratório para 
a célula. Os produtos da glicólise são a água, o gás carbônico e a energia em forma de ATP. Os ATPs produzidos ficam 
armazenados no interior da célula para serem usados conforme a necessidade de energia para a manutenção do metabolismo. 
- A água e o gás carbônico saem da célula e são levados pelo sistema circulatório, respectivamente, para o sistema urinário e 
para o sistema respiratório. Na expiração pulmonar o gás carbônico é eliminado do corpo. Já a água é eliminada do corpo 
na forma de urina. Se um desses sistemas não está em perfeito funcionamento e/ou em perfeita sintonia com os demais 
sistemas, tanto nossa saúde quanto nosso metabolismo ficam comprometidos.

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