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Aula 05 - PGR

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PGR
 
PGR
 
1. Contextualização
O PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos tem por objetivo a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores. Nele são avaliados os riscos potenciais, aos quais os trabalhadores estão expostos no exercício de suas atividades, e previstas medidas de controle para eliminar ou minimizá-los.    
O processo de gestão compreende o planejamento, organização, direção e controle dos recursos humanos e materiais da empresa. O processo de gestão de riscos busca controlar os riscos, quando não for possível eliminá-los.
Mas, para darmos continuidade, precisamos entender melhor os conceitos de perigo e risco.
 
2. Perigo x Risco
O perigo consiste em algo – como uma situação, condição, conjunto de circunstâncias ou ainda um agente químico, biológico ou físico – que pode vir a causar ou contribuir para a ocorrência de lesão, doença ou até mesmo morte. Já o risco é a probabilidade de uma lesão, doença ou morte ocorrer e sua severidade.
Sobre a ótica da higiene ocupacional, o perigo, ou fonte de risco, pode ser visto como um fator de risco no local de trabalho, uma circunstância que põe em risco a saúde e segurança do trabalhador, uma situação com potencial de causar dano, ou a capacidade intrínseca de um agente, seja ele de ordem física, biológica, mecânica etc., capaz de causar um efeito particular à saúde do trabalhador ou ao meio ambiente. Ele pode ser, portanto, material ou imaterial, mas tem o potencial intrínseco de originar riscos à saúde e segurança do trabalhador. O perigo pode, ainda, ser um conjunto de propriedades inerentes a um processo, que em certas condições, dependendo do grau de exposição, seja a causa de efeitos adversos à saúde ou ao meio ambiente. Sendo assim, ele pode ser tudo aquilo que causa danos, ou seja, materiais, equipamentos, métodos e práticas de trabalho.
O perigo relacionado aos materiais corresponde às substâncias perigas/tóxicas, tais como solventes, ácidos, metais, gases etc. Com relação aos equipamentos, consiste nas partes móveis sem dispositivo de proteção e nas condições de uso (defeituoso, má conservação, impróprio para o serviço, uso incorreto, inseguro e inadequado). No que tange aos ambientes de trabalho, está nas áreas muito quentes, frias, empoeiradas, sujas, ruidosas e escuras, com presença de gases, vapores, fumos etc., e nos postos de trabalhos inadequados ergonomicamente. Do ponto de vista dos trabalhadores, consiste na falta ou insuficiência de capacitação, inexistência de políticas de segurança, fadiga, uso de drogas e álcool, pressão no trabalho, assédio moral, carga de trabalho excessiva etc. E, por último, temos o perigo associado ao sistema de trabalho, que está no conteúdo e organização do trabalho, gerenciamento e cultura organizacional.
Ainda sobre a ótica da higiene ocupacional, o risco ocupacional é a probabilidade de ocorrer um dano à saúde ou meio ambiente ou a possibilidade de alguém sofrer os danos provocados por um perigo existente.
O risco está sempre ligado à exposição a um perigo. As consequências negativas ou danos relacionados ao trabalho podem ser de ordem física ou moral. O nível do risco é determinado pela combinação da severidade dos danos e da probabilidade ou chance dos mesmos ocorrerem.      
Visto isso, o risco está em função do perigo e da exposição, que leva em consideração a intensidade, duração e frequência do contato com o agente. Desta forma, sem exposição, não há risco.
Indo um pouco mais além, podemos dizer que o risco é uma fonte de perigo não controlada. Por isso, quando não for possível eliminá-lo, devemos controlá-lo, a fim de que não ultrapasse os limites toleráveis pelo ser humano, equipamentos ou processos e gere um incidente.
E por falar em incidente, você sabe a diferença entre ele e um acidente?
 
3. Acidente x Incidente
Enquanto o acidente de trabalho, conforme a Lei Nº 8.213 (1991), é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de uma empresa provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho, o incidente não chega a ser totalmente prejudicial, ou seja, não causa uma lesão ou dano, mas é algo que poderia vir a causá-los.       
Logo, o acidente de trabalho é aquele acontecimento inesperado que interrompe a rotina profissional, levando a lesões corporais por parte do empregado ou até prejuízo material para a empresa, quando visto do ponto de vista gerencial (ISO 45001, 2018). Por outro lado, o incidente é algo mais ameno, mas que também ocorre de forma inesperada, e que, devido ao seu potencial pode ser considerado como um quase acidente.
Para deixar mais clara a diferença entre acidente e incidente dentro do ambiente do trabalho, considere o exemplo:
· Imagine que um funcionário carrega uma caixa de um departamento até outro. No meio do caminho, ele deixa a caixa cair, sem querer, de maneira imprevista. Se esse evento não causar nenhum dano físico ao funcionário ou de material para a empresa, se trata de um incidente. Por outro lado, se esse acontecimento acarretar lesão física ao trabalhador – se a caixa cair em seu pé e o machucar, por exemplo – ou prejuízo no ambiente de trabalho (inutilização de material é uma das possibilidades), se trata de um acidente.
O PGR, então, utiliza um conjunto de técnicas para eliminação ou redução máxima dos efeitos das perdas, sejam elas pessoais, ambientais, à propriedade ou imagem da empresa.
 
4. Gestão de Riscos
A primeira coisa a ser feita é procurar, encontrar e identificar os perigos e riscos existentes na empresa como um todo.
A procura é uma atividade multidisciplinar, que deve envolver profissionais que conheçam em profundidade as instalações, processos e atividades realizadas na empresa, e atuem diretamente nas suas áreas de conhecimento e competência. Os profissionais envolvidos nessa atividade devem ser treinados sobre como agir e atuar, a fim de que registrem os pontos encontrados de forma prática e objetiva. Os registros, além de servirem como evidência da atividade, servem de entrada para a etapa de análise dos riscos.
Após procurar possíveis perigos e riscos, através da inspeção de instalações, máquinas, equipamentos etc., os agentes ambientais responsáveis pelas doenças do trabalho encontrados devem ser mensurados em função de suas concentrações, população exposta e tempo de exposição, por exemplo. Os agentes associados aos riscos ergonômicos, dentre outros, têm limites de tolerância bem definidos.
Na fase de identificação, são anotadas as medidas de controle dos riscos identificados, cuja eficiência e eficácia serão avaliadas na fase de análise.
Após a identificação e mapeamento dos perigos e riscos existentes nas instalações, máquinas e processos, identifica-se aqueles de ordem operacional, ou seja, para cada atividade operacional são descritos, por etapa, os perigos e riscos identificados e as medidas de controle adotadas. A Análise de Risco da Tarefa (ART) analisa, então, os trabalhos e não os trabalhadores. Ela deve ser registrada em um documento entitulado Inventário de Riscos, feita por uma equipe formada pelos profissionais que executam a tarefa e um profissional especializado em SST (Saúde e Segurança do Trabalho), e coordenada pela chefia imediata dos trabalhadores que executam a tarefa, o que gera maior credibilidade e comprometimento com o trabalho realizado. É na etapa de análise dos riscos que são identificadas as medidas de controle existentes e o nível de cada risco mapeado.
Sendo assim, é recomendado que o perigo seja classificado na análise de risco. Para que isso seja feito, pode-se utilizar os seguintes atributos: (1) Dano, lesão ou doença: descreve a consequência potencial do perigo associado, caso resulte em um acidente ou doença. (2) Medidas de controle: indica as ações protetivas ou preventivas efetivamente adotadas na atividade para reduzir a probabilidade de ocorrer um acidente quando alguém interagir com o perigo. (3) Classe do perigo: indica a natureza do perigo, que pode ser física, química,biológica, ergonômica ou mecânica.
Uma boa prática recomendada é a adoção de descrição uniforme para os perigos mapeados, o que contribui para a comparação das atividades de empresas de diferentes ramos e viabiliza a realização de trabalhos técnicos e estatísticos, apesar de engessar a descrição.
Após analisados, os riscos devem ser avaliados. A avaliação consiste na comparação dos riscos encontrados com base nos critérios estabelecidos para que os mesmos possam ser priorizados e tratados ou não. Vale ressaltar que há riscos considerados pequenos ou de impacto muito baixo, cujo tratamento pode ser aceitá-los. Uma vez identificados e avaliados, eles são monitorados, para que recebam um novo tratamento, caso se tornem maiores.
Após identificação, análise e avaliação, a implantação das medidas de controle dos riscos deve ser realizadas de forma continuada tanto para as atividades rotineiras, quanto para aquelas esporádicas e ainda para as que envolvem todas as pessoas com acesso ao ambiente de trabalho, como contratados e visitantes, e as que possuam infraestrutura disponível no ambiente de trabalho que sejam fornecidas ou não pela empresa. Logo esse processo é cíclico e não acaba nunca. Ele deve ser feito de forma periódica.
Conforme vimos, o risco está associado à exposição ao perigo. Portanto, quanto maior o perigo, a exposição, ou o produto dos dois, maior o risco. Nesse contexto, identificar os perigos e riscos é agir preventivamente, antecipando os fatores que geram acidentes e doenças, possibilitando a adoção de medidas adequadas de eliminação, redução e controle, e protegendo a população exposta aos perigos e riscos existentes nas atividades.
A NR 22 estabelece a obrigatoriedade das empresas ou permissionárias de lavra garimpeira de elaborar e implementar o PGR.
 
 
 
Atividade extra
Assista ao filme Horizonte Profundo: Desastre no Golfo, que trata do acidente ocorrido em 2010 e cuja resposta a emergência contou com recursos humanos, equipamentos, materiais e tecnologias de diversos países do mundo, inclusive do Brasil. Reflita onde o PGR falhou e as medidas preventivas que podem ser adotadas para que outros acidentes não ocorram.
 
Referência Bibliográfica
ISO 45001. ISO 45001 - Occupational health and safety management systems – Requirements for guidance use. 1. ed. Geneva: ISO, 2018a.
LEI Nº 8.213 que Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. 24 julho 1991. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/lei8213.htm. Acesso em: 19 jul. 2020.
Norma Regulamentadora 22 (NR 22) sobre Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. 2018. Disponível em:. Acesso em: 19 jul. 2020.
OLIVEIRA, U. R. Legislação de segurança do trabalho: textos selecionados. São Paulo: Saraiva. 2017.
Site:https://www.unifal-mg.edu.br/riscosambientais/perigoseriscos#:~:text=%E2%80%9CRisco%20%C3%A9%20a%20probabilidade%20ou,675). Acesso em: 19 ago. 2020.
01
Marque a opção correta:
1. O PGR avalia o(s) perigo(s) que levou à ocorrência de determinado acidente e os danos causados aos trabalhadores em função dele.
2. O processo de gestão de riscos visa o controle dos riscos, quando os mesmos não podem ser eliminados.
3. Todos os riscos potenciais têm que ser eliminados ou minimizados.
4. Todo perigo deve ser eliminado.
5. Todo perigo é material.
02
Marque a opção que NÃO apresenta uma verdade no que se refere ao nível do risco.
1. A gradação da probabilidade de ocorrência do dano não deve levar em conta as medidas preventivas existentes em relação àquelas exigidas legalmente.
2. O nível de risco deve ser determinado pela combinação da severidade dos possíveis danos com a probabilidade ou chance de sua ocorrência.
3. A gradação da severidade dos danos deve levar em conta a magnitude da consequência, o número de pessoas afetadas, podendo ser expressa por descritor qualitativo ou valor numérico.
4. A gradação da probabilidade do dano pode ser expressa por descritor qualitativo ou valor numérico.
5. Na possibilidade de mais de um dano para um mesmo evento de risco, a gradação da severidade deve ser feita para cada risco gerado.
03
Os dados das avaliações dos riscos devem ser consolidados em documento denominado:
1. Controle de Riscos.
2. Registro de Riscos.
3. Avaliação de Riscos.
4. Inventário de Riscos.
5. Monitoramento de Riscos
04
A empresa deve tomar as medidas necessárias e suficientes para eliminar ou reduzir os riscos sempre que houver:
1. Descrição dos riscos, com identificação dos trabalhadores expostos, fatores determinantes dos riscos e das medidas de controle existentes.
2. Avaliação dos riscos, incluindo sua estimativa e classificação em termos da importância para fins preventivos.
3. Dados disponíveis relativos a monitoramentos de exposições a agentes ambientais, de acidentes e danos à saúde relacionados ao trabalho.
4. Evidências, na organização ou em processos de trabalho e produção análogos, de relação entre o trabalho e danos à saúde dos trabalhadores.
5. Caracterização sucinta dos processos e ambientes de trabalho, das funções e atividades.
05
Considere as seguintes situações:
I – Augusto, funcionário do setor de projetos da empresa Maggessi recebe uma ligação informando que a usinagem de uma peça está parada até que ele entregue a especificação do serviço. Ciente de que está comprometendo o prazo de entrega e a produtividade da operação, ele imprime a especificação que esqueceu de entregar e desce correndo as escadas do setor administrativo para a fábrica, sem segurar no corrimão, pulando alguns degraus. No final, ele se desequilibra, dá uma cambaleada, chega a colocar a mão no chão, mas, felizmente, não se machuca.
II – Mariângela trabalha no estoque da empresa Maggessi. Ela recebeu uma carga grande de insumos às 7h e trabalhou duro para registrar e colocar todos os insumos nos seus devidos lugares. Às 13h ela já estava exausta, quando seu colega, Renato, a lembrou que o horário do refeitório encerra às 14h. Já não faltava muito para acabar o serviço. Ela resolve, então, dar uma pausa e vai almoçar. Antes que ela retorne, Renato passou pelo estoque, conversando com a gerente de suprimentos que estava estressada procurando um anel de vedação que ela tinha certeza que havia comprado e estava no estoque. Preocupado com a situação e tentando encontrar o anel, Renato não prestou atenção quando se virou rapidamente e derrubou uma peça de 30kg, que Mariângela havia deixado sobre um banco ao lado do computador, na passagem, para facilitar seu trabalho. A peça caiu no pé da gerente, que fraturou um dos ossos do pé e ficou afastada do trabalho por 15 dias.
III – Luiza trabalha no setor de pintura da empresa Maggessi. Ela estava trabalhando na pintura de uma estrutura metálica quando uma lata de óleo que utilizava na mistura caiu no chão e espalhou o produto. Luiza decidiu terminar o pequeno pedaço que faltava para acabar o serviço, coisa de 5 minutos, para então sinalizar que havia óleo no chão e providenciar a limpeza. Nesse pequeno intervalo, o óleo escorreu e se espalhou na área de passagem, cujo piso é liso. Fernanda, que estava a caminho do escritório, não viu o óleo e não teve tempo de reagir quando Fernanda gritou: “Cuidado!”. Ela escorregou. Por ser funcionária da área administrativa, usava uma confortável sapatilha de sola lisa para trabalhar todos os dias. Fernanda levou um tombo grande, caiu estatelada no chão. Sofreu uma leve escoriação na mão e cotovelo direitos, mas, tirando a vergonha e as escoriações, não sofreu nada mais grave.
Marque a alternativa correta:
1. As 3 situações configuram acidentes de trabalho.
2. As 3 situações configuram incidentes no trabalho.
3. As situações I e III configuram incidentes no trabalho, enquanto a situação II configura um acidente de trabalho.
4. As situações I e II configuram incidentes no trabalho, enquanto a situação III configura um acidente de trabalho.
5. As situações I e II configuram acidentes de trabalho, enquanto a situação III configura um incidente no trabalho.
06
Marque a alternativa que apresentaas etapas do processo de Gestão de Riscos a serem contempladas no PGR:
1. Identificação, análise, avaliação e tratamento.
2. Levantamento, identificação, correção e monitoramento.
3. Identificação, análise, mensuração e registro.
4. Levantamento, análise, avaliação e registro.
5. Análise, mensuração, tratamento e registro.

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