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Assistência de Enfermagem ao Idoso

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Prévia do material em texto

Indaial – 2022
do Idoso
Prof.ª Ana Beatriz de Pinho Barroso
1a Edição
AssIstêncIA de 
enfermAgem nA 
sAúde
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 1Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 1 05/01/2023 14:54:3005/01/2023 14:54:30
Elaboração:
Prof.ª Ana Beatriz de Pinho Barroso
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI.
Núcleo de Educação a Distância. BARROSO, Ana Beatriz de Pinho.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso. Ana Beatriz de Pinho Barro-
so. Indaial - SC: UNIASSELVI, 2022.
XXXp.
ISBN XXX-XX-XXX-XXXX-X
“Graduação - EaD”.
1. Assistência 2. Enfermagem 3. Idoso 
CDD XXXXX
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 2Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 2 05/01/2023 14:54:3005/01/2023 14:54:30
O Brasil tem passado por um intenso e rápido processo de envelhecimento 
populacional. O número de brasileiros idosos de 60 anos de idade ou mais era de 2,6 
milhões em 1950 (4,9% do total), passando para 29,9 milhões em 2020 (14% do total) 
e devendo alcançar 72,4 milhões em 2100 (40% do total populacional). O número de 
brasileiros idosos de 80 anos de idade ou mais era de 153 mil em 1950 (0,3% do total), 
passando para 4,2 milhões em 2020 (2% do total) e devendo alcançar 28,2 milhões em 
2100 (15,6% do total populacional) (FIOCRUZ, 2020).
O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns 
indicadores de saúde, especialmente à queda da fecundidade e da mortalidade e ao 
aumento da expectativa de vida. Não é homogêneo para todos os seres humanos, 
sofrendo influência dos processos de discriminação e exclusão associados ao gênero, à 
etnia, ao racismo, às condições sociais e econômicas, à região geográfica de origem e à 
localização de moradia. O envelhecimento populacional é uma realidade, sendo assim, 
os serviços de saúde, bem como os seus profissionais, necessitam estruturar-se para 
atender à demanda vigente.
A Enfermagem tem um papel fundamental na manutenção da capacidade 
funcional do idoso e no atendimento nos diversos níveis de atenção, desde a atenção 
básica aos cuidados paliativos – é sobre esses conteúdos importantes para a sua 
formação, enquanto agente de transformação, que iremos tratar neste livro, o qual está 
dividido em três unidades.
Na Unidade 1, abordaremos o contexto do envelhecimento populacional, 
a promoção e a defesa dos direitos da pessoa idosa, bem como o estatuto do idoso, 
as ações de promoção da saúde da pessoa idosa e o papel do enfermeiro na saúde 
do idoso.
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos a importância da classificação do 
idoso para a gestão dos cuidados de enfermagem nos diferentes níveis de atenção, 
a importância da identificação de sinais e sintomas, a prevenção e o tratamento da 
queda no idoso e o planejamento e implantação da Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE).
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos sobre o cuidado integral dos idosos com 
as principais doenças crônicas transmissíveis e não transmissíveis; os cuidados de 
enfermagem com o idoso oncológico e idosos dependentes para as atividades de vida 
diária, um olhar especial para o cuidador e família; os cuidados paliativos; a prevenção e 
o tratamento das feridas mais prevalentes nos idosos; as atribuições de enfermagem na 
administração e os cuidados com nutrição enteral.
APRESENTAÇÃO
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 3Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 3 05/01/2023 14:54:3005/01/2023 14:54:30
Acadêmico, desejamos que você se torne um enfermeiro com atuação no 
melhor cuidado à pessoa idosa e na melhor gestão assistencial, empoderando idosos, 
famílias e cuidadores.
Bons estudos!
Prof.ª Ana Beatriz de Pinho Barroso
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 4Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 4 05/01/2023 14:54:3005/01/2023 14:54:30
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a 
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo 
interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse 
as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade 
para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Você lembra dos UNIs?
Os UNIs eram blocos com informações adicionais – muitas 
vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico 
como um todo. Agora, você conhecerá a GIO, que ajudará 
você a entender melhor o que são essas informações 
adicionais e por que poderá se beneficiar ao fazer a leitura 
dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará 
informações adicionais e outras fontes de conhecimento que 
complementam o assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os 
acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. A partir 
de 2021, além de nossos livros estarem com um novo visual 
– com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a 
leitura –, prepare-se para uma jornada também digital, em que 
você pode acompanhar os recursos adicionais disponibilizados 
através dos QR Codes ao longo deste livro. O conteúdo 
continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada 
com uma nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo 
o espaço da página – o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por 
exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto 
de ações sobre o meio ambiente, apresenta também este 
livro no formato digital. Portanto, acadêmico, agora você tem a 
possibilidade de estudar com versatilidade nas telas do celular, 
tablet ou computador. 
Junto à chegada da GIO, preparamos também um novo 
layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual 
adquirido. Todos esses ajustes foram pensados a partir de 
relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os 
materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, 
possa continuar os seus estudos com um material atualizado 
e de qualidade.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 5Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 5 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 6Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 6 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - ENVELHECIMENTO POPULACIONAL, TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E
 EPIDEMIOLÓGICA, PROMOÇÃO DA SAÚDE E POLÍTICA NACIONAL 
 DA PESSOA IDOSA ...........................................................................................1
TÓPICO 1 - ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E O PAPEL DO ENFERMEIRO 
 NO CUIDADO COM A PESSOA IDOSA .................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CUIDADO À PESSOA IDOSA .............................................6
RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................10
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................................11
TÓPICO 2 - LEGISLAÇÃO DA PESSOA IDOSA ..................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13
2 POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO ....................................................................................... 13
3 ESTATUTO DA PESSOA IDOSA .........................................................................................14
4 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA 
 A PESSOA IDOSA ............................................................................................................... 21
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 24
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 25
TÓPICO 3 - PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA ....................................................27
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................27
2 ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E IDADISMO ..................................................................27
3 PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA .................................................................... 28
4 A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM PARA O AUTOCUIDADO DA PESSOA IDOSA ............. 34
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 36
RESUMO DO TÓPICO 3 ......................................................................................................... 41
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 42
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 44
UNIDADE 2 — REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE E ESTRATIFICAÇÃO DO IDOSO – 
 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) 
 E PREVENÇÃO DE QUEDA ........................................................................... 49
TÓPICO 1 — A IMPORTÂNCIA DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) –
 ESTRATIFICAÇÃO DA PESSOA IDOSA PARA 
 O PLANEJAMENTO ASSISTENCIAL ................................................................ 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 51
2 REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) ............................................................................. 53
2.1 OS PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA DAS REDES DE ATENÇÃO 
 À SAÚDE (RAS) ....................................................................................................................................58
2.1.1 Os pontos de atenção secundária ambulatorial nas Redes de Atenção 
 à Saúde (RAS) .............................................................................................................................59
2.1.2 Os hospitais nas Redes de Atenção à Saúde (RAS) .........................................................59
2.1.3 Os sistemas de apoio das Redes de Atenção à Saúde (RAS) ........................................59
2.2 OS SISTEMAS DE ACESSO REGULADO À ATENÇÃO À SAÚDE ................................................59
2.3 OS SISTEMAS DE TRANSPORTE EM SAÚDE ................................................................................60
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 7Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 7 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
2.4 SISTEMAS DE GOVERNANÇA DA REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE ..........................................60
2.5 A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS...................................................60
3 ESTRATIFICAÇÃO DO IDOSO .......................................................................................... 62
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 66
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................67
TÓPICO 2 - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) 
 NO CUIDADO COM A PESSOA IDOSA .............................................................. 69
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 69
2 A IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 NO CONTEXTO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ...............................................70
3 CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS ........................................ 77
3.1 ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ...................................... 77
3.2 DEZ PASSOS PARA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA 
 DE ENFERMAGEM ...............................................................................................................................78
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 80
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................81
TÓPICO 3 - A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE QUEDA DA PESSOA IDOSA ................ 83
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 83
2 A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE QUEDA NO CONTEXTO 
 DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ........................................................................ 84
2.1 IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO ...................................................................................................... 84
3 FATORES DE RISCO PARA A QUEDA ............................................................................... 85
3.1 MEDICAMENTOS ..................................................................................................................................85
3.2 EQUILÍBRIO ...........................................................................................................................................85
3.3 TONTURA ..............................................................................................................................................85
3.4 AMBIENTE FÍSICO ..............................................................................................................................86
3.5 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A PREVENÇÃO DE QUEDAS NA PESSOA IDOSA ..................86
3.5.1 Cuidados para a prevenção de quedas no quarto ............................................................87
3.5.2 Cuidados para a prevenção de quedas na sala e em corredor(es) ..............................87
3.5.3 Cuidados para a prevenção de quedas na cozinha.........................................................87
3.5.4 Cuidados para a prevenção de quedas na escada ..........................................................87
3.5.5 Cuidados para a prevenção de quedas no banheiro ......................................................88
3.6 CONSIDERAÇÕES SOBRE A COMPREENSÃO DA QUEDA EM PESSOAS IDOSAS .............. 88
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 89
RESUMO DO TÓPICO 3 .........................................................................................................96
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................97
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................99
UNIDADE 3 — CUIDADOS COM OS IDOSOS NAS DOENÇAS 
 E NAS CONDIÇÕES CRÔNICAS ..................................................................105
TÓPICO 1 — MANEJO DA PESSOA IDOSA COM CÂNCER E ATRIBUIÇÕES 
 DO ENFERMEIRO NA NUTRIÇÃO PARENTERAL DA PESSOA IDOSA 
 E NOS CUIDADOS PALIATIVOS ......................................................................107
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................107
2 DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO CÂNCER .................................................................108
3 FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER ......................................................................................109
4 TERAPIAS PARA O TRATAMENTO DO CÂNCER ............................................................ 112
5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O PACIENTE IDOSO ONCOLÓGICO ...................... 113
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 8Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 8 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
6 MANUSEIO DE QUIMIOTERÁPICOS ............................................................................... 114
7 NUTRIÇÃO PARENTERAL EM IDOSOS – O PAPEL DO ENFERMEIRO ............................ 116
8 CUIDADOS PALIATIVOS NO PACIENTE IDOSO ............................................................. 121
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 127
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................128
TÓPICO 2 - O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CUIDADO COM A PESSOA 
 IDOSA DEPENDENTE ...................................................................................... 131
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 131
2 OS DESAFIOS DO CUIDADO COM A PESSOA IDOSA DEPENDENTE .............................133
3 ATENÇÃO DOMICILIAR ..................................................................................................135
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 141
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................142
TÓPICO 3 - PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS ..................................................145
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................145
2 PRINCIPAIS TIPOS DE FERIDA .......................................................................................145
3 CLASSIFICAÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO ............................................................... 147
3.1 DEFINIÇÕES ADICIONAIS DAS LESÕES POR PRESSÃO ........................................................... 149
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................152
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 157
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................158
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................160
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 9Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 9 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 10Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 10 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
1
UNIDADE 1 - 
ENVELHECIMENTO 
POPULACIONAL, 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
E EPIDEMIOLÓGICA, 
PROMOÇÃO DA SAÚDE 
E POLÍTICA NACIONAL 
DA PESSOA IDOSA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender o contexto do envelhecimento populacional;
• atuar em consonância com a promoção e a defesa dos direitos da pessoa idosa;
• entender a importância de promover ações para a saúde da pessoa idosa, 
compreendendo o papel do enfermeiro;
• conhecer a Política Nacional do Idoso e os fundamentos do Estatuto do Idoso.
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E O PAPEL DO ENFERMEIRO 
NO CUIDADO COM A PESSOA IDOSA
TÓPICO 2 – LEGISLAÇÃO DA PESSOA IDOSA
TÓPICO 3 – PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 1Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 1 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 2Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 2 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
3
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
E O PAPEL DO ENFERMEIRO NO 
CUIDADO COM A PESSOA IDOSA
1 INTRODUÇÃO
A população mundial está envelhecendo e todos os países do mundo assistem 
a um crescimento no número e na proporção de pessoas idosas de sua população. O 
envelhecimento populacional está prestes a tornar-se uma das transformações sociais 
mais significativas do século XXI, com implicações transversais a todos os setores da 
sociedade – no mercado laboral e financeiro; na procura de bens e serviços, como 
a habitação, transportes e proteção social; e nas estruturas familiares e em laços 
intergeracionais (UNRIC, 2022). 
Em todo o mundo, a população com 60 anos de idade ou mais tem crescido 
mais rapidamente do que todos os grupos etários mais jovens, crescendo a uma taxa 
de cerca de 3% ao ano. Em 2017, estimava-se que, em todo o mundo, 962 milhões de 
pessoas tinham 60 anos de idade ou mais, o que representava 13% da população global. 
Atualmente, a Europa tem a maior porcentagem da população com 60 anos ou mais 
(25%). O envelhecimento rápido também ocorrerá em outras partes do mundo e, até 
2050, todas as regiões, exceto África, terão quase um quarto ou mais das respectivas 
populações com mais de 60 anos de idade. Globalmente, o número de pessoas com 80 
anos de idade ou mais deverá triplicar até 2050, passando de 137 milhões, em 2017, para 
425 milhões em 2050 (UNRIC, 2022).
A população brasileira tem envelhecido de forma rápida desde o início da década 
de 1960, quando a queda das taxas de fecundidade começou a alterar sua estrutura 
etária, estreitando progressivamente a base da pirâmide populacional. Passados 35 
anos, a sociedade já se depara com um tipo de demanda por serviços de saúde e sociais 
outrora restrita aos países industrializados.
A pirâmide etária brasileira passa por enorme transformação. Em grande parte 
do século passado, a pirâmide tinha uma base larga e um topo muito estreito. No final 
do século XX e no início XXI, a base da pirâmide se estreitou e houve um alargamento do 
meio da pirâmide (FIOCRUZ, 2020).
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 3Assistênciade Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 3 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
4
Figura 1 – Pirâmide populacional (distribuição por sexo e idade) do Brasil referente aos períodos, 
respectivamente, de 1950, 1985 e 2020
Fonte: adaptada de https://population.un.org/wpp/Graphs/DemographicProfiles/Pyramid/76. Acesso 
em: 8 set. 2022.
O conceito de “transição epidemiológica” refere-se às modificações, a longo 
prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população 
específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações 
demográficas, sociais e econômicas. O processo engloba três mudanças básicas: 
• substituição, entre as primeiras causas de morte, das doenças transmissíveis por 
doenças não transmissíveis e causas externas; 
• deslocamento da maior carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens aos 
grupos mais idosos; 
• transformação de uma situação em que predomina a mortalidade para outra em que 
a morbidade é dominante (CHAIMOWICZ, 1997).
Há uma correlação direta entre os processos de transição demográfica e 
epidemiológica. De modo geral, a queda inicial da mortalidade está concentrada, 
seletivamente, entre as doenças infecciosas e tende a beneficiar os grupos mais 
jovens da população. Esses “sobreviventes” passam a conviver com fatores de risco 
para doenças crônico-degenerativas e, na medida em que cresce o número de idosos e 
aumenta a expectativa de vida, as complicações dessas moléstias são mais frequentes. 
Modifica-se o perfil de saúde da população; em vez de processos agudos que 
“se resolvem”, rapidamente, pela cura ou pelo óbito, tornam-se predominantes as 
doenças crônicas e suas complicações, que implicam em décadas de utilização dos 
serviços de saúde. São exemplos as sequelas do acidente vascular cerebral (AVC) e as 
fraturas pós-quedas, as limitações provocadas pela insuficiência cardíaca e pela doença 
pulmonar obstrutiva crônica, as amputações e cegueira provocados pelo diabetes e a 
dependência determinada pela demência de Alzheimer (CHAIMOWICZ, 1997).
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 4Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 4 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
5
Em um contexto de importantes desigualdades regionais e sociais, idosos 
não encontram amparo adequado no sistema público de saúde e na previdência, 
acumulam sequelas das doenças, desenvolvem incapacidades e perdem autonomia 
e qualidade de vida.
O envelhecimento da população é um fenômeno mundial que, nos anos 
mais recentes, ganha maior importância nos países em desenvolvimento. No Brasil, o 
crescimento da população idosa é cada vez mais relevante, tanto em termos absolutos 
quanto proporcionais. Os efeitos do aumento dessa população já são percebidos nas 
demandas sociais, nas áreas de saúde e na previdência. 
Sabe-se que, hoje, há, aproximadamente, 20 milhões de pessoas, no Brasil, com 
idade igual ou superior a 60 anos; em 2025, esse número chegará a 32 milhões, sendo 
o sexto país em número de idosos; e, em 2050, provavelmente, o número de pessoas 
idosas será maior ou igual ao de crianças e jovens de 0 a 15 anos; fato marcante em todo 
o mundo (BRASIL, 2013). 
O impacto dessa nova “ordem demográfica” é imenso; o desafio é, portanto, 
considerável. O envelhecimento da população brasileira e a maior longevidade das 
pessoas idosas compõem, sem dúvida, um novo desafio que, também, aponta novas 
perspectivas de vida. Longe de ser frágil, a maioria dos idosos mantém-se em boas 
condições físicas, realizam as tarefas do cotidiano e contribuem com suas famílias. 
O envelhecimento da população se processa em meio a condições de vida, 
para parcelas imensas da população, ainda muito desfavoráveis. Os rendimentos de 
aposentadoria dos idosos elevam a renda familiar entre os mais pobres, contribuindo 
para reduzir os níveis de pobreza no país. A pessoa idosa pode ser inserida na sociedade 
de maneira qualificada, assumir papéis relevantes e, por que não, reiniciar um novo 
ciclo de trabalho. Há um crescente reconhecimento de que o idoso deve ter a condição 
de trabalhar enquanto desejar e os direitos da idade devem ser reconhecidos e 
recompensados.
A longevidade é, sem dúvida, um triunfo. No entanto, existem importantes 
diferenças entre os países desenvolvidos, em que o envelhecimento ocorreu associado 
às melhorias nas condições gerais de vida, e os países em desenvolvimento, nos quais 
esse processo acontece de forma rápida, sem tempo para uma reorganização social e da 
área de saúde adequada para atender às novas demandas emergentes (BRASIL, 2006).
O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de 
diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos (senescência), o que, em 
condições normais, não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em condições 
de sobrecarga, como doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma 
condição patológica que requeira assistência (senilidade). 
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O maior desafio, na atenção à pessoa idosa, é conseguir contribuir para que, 
apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, o idoso possa redescobrir 
possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade, o que aumenta 
na medida em que a sociedade considera o contexto familiar e social, e consegue 
reconhecer as potencialidades e o valor das pessoas idosas.
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) podem afetar a funcionalidade 
das pessoas idosas. Estudos mostram que a dependência para o desempenho das 
atividades de vida diária (AVD) tende a aumentar cerca de 5% na faixa etária de 60 anos 
para cerca de 50% entre aqueles com 90 anos de idade ou mais.
2 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CUIDADO 
À PESSOA IDOSA 
A partir dessa realidade contextualizada, o Brasil passa a seguir uma tendência 
mundial, rumo à consolidação de uma população majoritariamente idosa. Segundo 
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas 
acima dos 60 anos de idade, em 2030, será maior que o de crianças e adolescentes com 
até 14 anos de idade e, em 2055, a participação de idosos na população total também 
será maior que a de crianças e jovens com até 29 anos de idade (CEDES, 2017).
Ao mesmo tempo que essas mudanças mostram avanços na melhoria da 
qualidade de vida da população, também trazem à tona uma série de gargalos, sobretudo 
na área da saúde. Nesse contexto, a Enfermagem assume papel importante, em todos 
os níveis de assistência, como as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), 
que têm se expandido como um local importante de cuidado, no intuito de dar suporte 
às insuficiências familiares e sociais. 
No Brasil, o aumento significativo e crescente do número de pessoas idosas tem 
demandado alternativas não familiares para o seu cuidado, sendo a escolha mais comum 
o acolhimento em ILPIs, que são instituições governamentais ou não governamentais, 
de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou 
superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar e em condições de liberdade, dignidade 
e cidadania (BRASIL, 2005). 
As ILPIs são locais de acolhimento institucional que devem garantir a proteção 
integral previstas nas normativas da política de assistência social, relativas à proteção 
social especial de alta complexidade, bem como nos regulamentos sanitários para 
atender a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, com 
direitos violados, com ausência de família, ou que não dispõem de condições para 
permanecer com a família, em situação de rua ou abandono, com vínculos familiares 
fragilizados ou rompidos (BRASIL, 2005).
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 6Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 6 05/01/2023 14:54:3105/01/2023 14:54:31
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Historicamente, os cuidados com as pessoas idosaseram atribuídos aos 
membros mais novos e às mulheres. Os membros mais novos estão ainda em menor 
número, pois há uma proliferação de famílias com filhos únicos, enquanto as mulheres 
estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, acumulando diversas funções, 
que não dispõem de tempo para cuidado com os idosos, especialmente aqueles com 
algum grau de dependência. 
Em resumo, ao mesmo tempo em que aumenta o número de pessoas idosas, 
diminui a oferta de cuidado familiar (proteção familiar). Se a família não possui condições 
de cuidar do idoso, se o idoso possui seus vínculos familiares fragilizados ou rompidos ou 
mesmo se há ausência de família, o acolhimento institucional se torna uma alternativa 
para superar a condição de vulnerabilidade e risco social, prevista no Estatuto do Idoso 
(PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA, 2014).
Com o envelhecimento populacional, a tendência é ampliar essa população 
institucionalizada, sejam elas públicas, privadas ou filantrópicas, consolidando-se cada 
vez mais como um local de assistência, tendo o enfermeiro um papel fundamental, na 
gestão, na assistência e na interface com os órgãos reguladores, a família e a comunidade. 
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), a Enfermagem é: 
uma ciência, arte e uma prática social indispensável à organização e ao 
funcionamento dos serviços de saúde; tem como responsabilidades 
a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e 
doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, 
à família e à coletividade; organiza suas ações e intervenções, de 
modo autônomo, ou em colaboração com outros profissionais da 
área (COFEN, 2017).
Em relação aos princípios fundamentais, estabelecidos pelo Cofen, a 
Enfermagem é uma profissão que atua diretamente com a produção e a gestão do 
cuidado nos diferentes contextos e realidades, em resposta às necessidades da pessoa, 
da família e da coletividade. 
O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância 
com os preceitos éticos e legais, técnico-científico e teórico-filosófico; 
exerce suas atividades com competência para promoção do ser 
humano na sua integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e 
da Bioética, e participa como integrante da equipe de Enfermagem e 
de saúde na defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas políticas 
de saúde que garantam a universalidade de acesso, a integralidade 
da assistência, a resolutividade, a preservação da autonomia 
das pessoas, a participação da comunidade, a hierarquização e a 
descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento 
próprio da profissão e nas ciências humanas, sociais e aplicadas, e é 
executado pelos profissionais na prática social e cotidiana de assistir, 
gerenciar, ensinar, educar e pesquisar (COFEN, 2017).
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A Enfermagem tem um papel importante em acompanhar e orientar pacientes 
idosos familiares e cuidadores, além de exercer uma importante função à viabilização 
da Sistematização da Assistência aos pacientes, contribuindo para promoção proteção, 
recuperação, reabilitação da saúde e cuidados paliativos no contexto do indivíduo e 
da família.
No contexto do cuidado especializado, a geriatria é uma área de atuação médica 
e a gerontologia, dos demais profissionais da equipe multidisciplinar, que buscam 
preservar ou recuperar a funcionalidade global em todas as dimensões da pessoa idosa. 
A Gerontologia é o estudo do processo de envelhecimento, 
com base nos conhecimentos oriundos das ciências biológicas, 
psicocomportamentais e sociais. Vêm se fortalecendo dois ramos 
igualmente importantes: a Geriatria, que trata das doenças no 
envelhecimento; e a Gerontologia Social, voltada aos processos 
psicossociais manifestados na velhice (SALGADO, 1980, p. 23).
DICA
Dada a importância da Resolução Cofen nº 564/2017, sugerimos a sua 
leitura, na íntegra, para uma atuação profissional baseada nos preceitos 
éticos e legais da Enfermagem. 
Ao revisar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), o Cofen: 
norteou-se por princípios fundamentais, que representam imperativos 
para a conduta profissional e consideram que a Enfermagem 
é uma ciência, uma arte e uma prática social, indispensável à 
organização e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem como 
responsabilidades a promoção e a restauração da saúde, a prevenção 
de agravos e doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados à 
pessoa, à família e à coletividade; organiza suas ações e intervenções 
de modo autônomo, ou em colaboração com outros profissionais da 
área; tem direito à remuneração justa e a condições adequadas de 
trabalho, que possibilitem um cuidado profissional seguro e livre de 
danos. Sobretudo, esses princípios fundamentais reafirmam que o 
respeito aos direitos humanos é inerente ao exercício da profissão, 
o que inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à 
igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser 
tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença 
religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, identidade de 
gênero, orientação sexual, nacionalidade, convicção política, raça ou 
condição social (COFEN, 2017).
O profissional de Enfermagem, no que diz respeito à saúde da população idosa, 
possui várias atribuições, entre as quais está a realização da consulta de Enfermagem, 
processo metodológico de sistematização de conhecimento configurado em método 
aplicado na perspectiva educativa e assistencial, capaz de dar respostas à complexidade 
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do sujeito assistido. A realização da consulta de Enfermagem tem seu aporte legal 
amparado na Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, Lei nº 7.498, de 25 de junho 
de 1986 (BRASIL, 1986), que a legitima como uma atividade privativa do enfermeiro 
(SILVA; VICENTE; SANTOS, 2014).
Os estudos evidenciam que o cuidado de Enfermagem para a população 
idosa requer o desenvolvimento de habilidades, bem como de competências técnicas 
e científicas, um direcionamento específico, pautado em uma prática baseada em 
evidências, para uma assistência de qualidade para essa clientela. O profissional deve 
compreender as questões do processo de envelhecimento, facilitar o acesso do idoso 
aos diversos níveis de atenção, estar qualificado e estabelecer uma relação respeitosa 
(DIAS et al., 2014).
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 Neste tópico, você aprendeu:
• O contexto do envelhecimento populacional, ocasionado pela queda na taxa de 
natalidade e pelo aumento da expectativa de vida, proporcionaram o envelhecimento 
da população brasileira.
• A Enfermagem tem um grande papel na atenção à pessoa idosa, nos diferentes níveis 
de atenção à saúde, desde a atenção básica aos cuidados paliativos.
• O enfermeiro deve atuar em consonância com os preceitos éticos e legais da profissão.
RESUMO DO TÓPICO 1
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RESUMO DO TÓPICO 1
1 Em todo o mundo, a população com 60 anos de idade ou mais tem crescido mais 
rapidamente do que todos os grupos etários mais jovens, crescendo a uma taxa de 
cerca de 3% ao ano. Com base nos dados sobre o envelhecimento populacional, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) O Brasil vive o fenômeno do envelhecimento de forma semelhante aos países 
desenvolvidos.
b) ( ) No Brasil, percebe-se um envelhecimento homogêneo, o que facilita a 
implementação de políticas públicas.
c) ( ) Os fatores que explicamo envelhecimento populacional estão ligados à queda 
da fecundidade e da taxa de mortalidade, bem como ao aumento da expetativa 
média de vida das pessoas.
d) ( ) Uma caraterística da pirâmide etária brasileira, nos próximos anos, é a base larga 
e um topo muito estreito.
2 O Brasil apresenta uma taxa de envelhecimento populacional exuberante. Na área 
da saúde, essa rápida transição demográfica e epidemiológica traz grandes desafios. 
Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) É responsável pelo surgimento de novas demandas de saúde.
b) ( ) Causa diminuição de doenças crônicas e de incapacidades funcionais.
c) ( ) Resulta em menor uso de serviços de saúde.
d) ( ) Resulta no aumento da taxa de fertilidade.
3 O envelhecimento da população é um tema presente na agenda pública e nos meios 
de comunicação. Ao longo do tempo, há formas diferentes de conceituar o fenômeno: 
por um lado, existe um enfoque que associa a população idosa com a dependência, a 
fragilidade e a solidão; mais recentemente, surgiu um paradigma oposto, que mostra 
a velhice como uma etapa bem-sucedida e saudável. O envelhecimento ocorre 
de diferentes maneiras, dependendo de uma série de variáveis de saúde, sociais, 
econômicas, entre outros. Dentro desse contexto, assinale a alternativa INCORRETA:
a) ( ) Senilidade é o envelhecimento patológico.
b) ( ) Senescência é o envelhecimento fisiológico.
c) ( ) A geriatria e a gerontologia buscam preservar ou recuperar a funcionalidade 
global em todas as dimensões da pessoa idosa.
d) ( ) A idade, por si só, é um parâmetro de envelhecimento e declínio funcional.
AUTOATIVIDADE
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4 O envelhecimento populacional é a ampliação da quantidade de indivíduos com faixa 
etária igual ou superior a 60 anos em uma sociedade em relação às faixas etárias 
menores. Quais são os fatores que explicam o envelhecimento populacional?
5 O número de idosos no Brasil está crescendo aceleradamente. Em 2019, o número 
de pessoas acima dos 60 anos de idade chegou a 32,9 milhões, segundo dados do 
IBGE e a tendência é que continue a crescer, por isso é essencial desenvolver ações 
para melhores tratamentos e acompanhamento na área do envelhecimento humano. 
A equipe multidisciplinar é formada por profissionais que atuam estrategicamente na 
atenção à saúde do idoso. Redija um texto dissertativo sobre o papel do enfermeiro 
no cuidado com idosos, contemplando os seguintes aspectos: área de atuação, papel 
relativo a educação em saúde.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 12Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 12 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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LEGISLAÇÃO DA PESSOA IDOSA
1 INTRODUÇÃO
Para orientar as ações setoriais e intersetoriais, no campo do envelhecimento e 
da saúde da pessoa idosa, foram elaborados e publicados marcos legais e normativos. 
Um exemplo importante é a Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e 
regulamentada em 1996, que prevê a garantia dos direitos sociais à pessoa idosa, 
definida como a pessoa que tem 60 anos de idade ou mais. 
Em 2003, com a publicação do Estatuto do Idoso, foram reafirmados os direitos 
das pessoas idosas, cabendo à área da saúde garantir atenção integral a essa população, 
por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2013).
2 POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO
A política nacional do idoso objetiva assegurar os direitos sociais da pessoa 
idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação 
efetiva na sociedade. Considera-se idosa, para os efeitos da lei, a pessoa maior de 60 
anos de idade (BRASIL, 1994).
Art. 3º A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes 
princípios:
I- a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao 
idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na 
comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida;
II- o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, 
devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos;
III- o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza;
IV- o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das 
transformações a serem efetivadas através desta política;
V- as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, 
as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser 
observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na 
aplicação desta lei (BRASIL, 1994).
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 13Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 13 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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Fazem parte das diretrizes da política nacional do idoso, descritas no Art. 4º:
I- viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e 
convívio do idoso, que proporcionem sua integração às demais gerações;
II- participação do idoso, através de suas organizações 
representativas, na formulação, implementação e avaliação das 
políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos;
III- priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias 
famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos 
que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência;
IV- descentralização político-administrativa;
V- capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de 
geriatria e gerontologia e na prestação de serviços;
VI- implementação de sistema de informações que permita a 
divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos, programas 
e projetos em cada nível de governo;
VII- estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de 
informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais 
do envelhecimento;
VIII- priorização do atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados 
prestadores de serviços, quando desabrigados e sem família;
IX- apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao 
envelhecimento (BRASIL, 1994).
“O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção, um direito 
social”, sendo dever do Estado “garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, 
mediante efetivação de políticas públicas que permitam um envelhecimento saudável e 
em condições de dignidade” (BRASIL, 2003). A garantia desses direitos está determinada 
na legislação, com o advento do Estatuto do Idoso, a partir da Lei nº 10.741, de 1 de outubro 
de 2003 (BRASIL, 2003), considerada uma das maiores conquistas da população idosa 
brasileira (BRASIL, 2013).
3 ESTATUTO DA PESSOA IDOSA
O Estatuto da Pessoa Idosa visa a “regular os direitos assegurados às pessoas 
com idade igual ou superior a 60 anos. A pessoa idosa goza de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral”, estando 
asseguradas, “por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para 
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, 
espiritual e social” (BRASIL, 2003). 
Em 2019, foi sancionado o Projeto de Lei nº 3.646, de 2019, que altera a Lei nº 
10.741/2003 do Estatuto do Idoso, para substituir as expressões “idoso” e “idosos” por 
“pessoa idosa” e “pessoas idosas”.
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder 
Público assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a 
efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à 
cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, 
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à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária 
condições de liberdade e dignidade.
§ 1º A garantia de prioridade compreende:
I- atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos 
órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;
II- preferênciana formulação e na execução de políticas sociais 
públicas específicas;
III- destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas 
relacionadas com a proteção ao idoso;
IV- viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e 
convívio do idoso com as demais gerações;
V- priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em 
detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam 
ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
VI- capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de 
geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;
VII- estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de 
informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais 
de envelhecimento;
VIII- garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência 
social locais. 
IX- prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.
[...] 
Art. 4º Nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de 
negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo 
atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na 
forma da lei.
§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos da 
pessoa idosa (BRASIL, 2003).
A Lei nº 13.466/2017 alterou os Arts. 3º, 15 e 71 da Lei nº 10.741/2003, a fim de 
estabelecer a prioridade especial para pessoas idosas com idade acima de 80 anos.
A seguir, selecionamos alguns tópicos importantes relacionados aos direitos 
fundamentais encontrados no Estatuto do Idoso.
DIREITOS FUNDAMENTAIS – ESTATUTO DO IDOSO
DO DIREITO À VIDA 
Art. 8º O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito 
social, nos termos desta Lei e da legislação vigente. 
Art. 9º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, 
mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento 
saudável e em condições de dignidade.
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE 
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Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, 
o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, 
individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
§ 1º O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos: 
I- faculdade de ir vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, 
ressalvadas as restrições legais;
II- opinião e expressão;
III- crença e culto religioso; 
IV- prática de esportes e de diversões;
V- participação na vida familiar e comunitária;
VI- participação na vida política, na forma da lei;
VII- faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.
§ 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica 
e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de 
valores, ideias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. 
§ 3º É dever de todos zelar pela dignidade da pessoa idosa, colocando-o a salvo de 
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
DOS ALIMENTOS 
Art. 11. Os alimentos serão prestados à pessoa idosa na forma da lei civil. 
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o 
Promotor de Justiça, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo 
extrajudicial nos termos da lei processual civil. 
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de 
prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da 
assistência social.
DO DIREITO À SAÚDE
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema 
Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto 
articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção 
e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam 
preferencialmente os idosos. 
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§ 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de: 
I- cadastramento da população idosa em base territorial; 
II- atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios; 
III- unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de 
geriatria e gerontologia social; 
IV- atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele 
necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados 
e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e 
eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural; 
V- reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das sequelas 
decorrentes do agravo da saúde. 
§ 2º Incumbe ao Poder Público fornecer às pessoas idosas, gratuitamente, 
medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses 
e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. 
§ 3º É vedada a discriminação da pessoa idosa nos planos de saúde pela cobrança 
de valores diferenciados em razão da idade. 
§ 4º As pessoas idosas com deficiência ou com limitação incapacitante terão 
atendimento especializado, nos termos da lei. 
[...]
Art. 16. À pessoa idosa internada ou em observação é assegurado o direito a 
acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas 
para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico. 
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento 
conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de 
impossibilidade, justificá-la por escrito. 
Art. 17. À pessoa idosa que esteja no domínio de suas faculdades mentais, é assegurado 
o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
[...]
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER 
Art. 20. A pessoa idosa tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, 
espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade. 
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso da pessoa idosa à educação, 
adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais 
a ele destinados. 
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§ 1º Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de 
comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à 
vida moderna. 
[...]
DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO TRABALHO
Art. 26. A pessoa idosa tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas 
suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.
Art. 27. Na admissão da pessoa idosa em qualquer trabalho ou emprego, é vedada 
a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, 
ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir. 
Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade. 
[...]
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência 
Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real 
dos salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da legislação vigente. 
[...]
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Art. 33. A assistência social às pessoas idosas será prestada, de forma articulada, 
conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na 
Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes. 
Art. 34. Às pessoas idosas, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam 
meios paraprover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é 
assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica 
da Assistência Social – Loas. 
[...]
DA HABITAÇÃO
Art. 37. A pessoa idosa tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou 
substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, 
ainda, em instituição pública ou privada. 
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 18Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 18 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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§ 1º A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será 
prestada quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou 
carência de recursos financeiros próprios ou da família. 
[...]
DO TRANSPORTE
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos, fica assegurada a gratuidade 
dos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços 
seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. 
§ 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento 
pessoal que faça prova de sua idade. 
§ 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% 
dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado 
referencialmente para idosos.
[...]
Art. 43. As medidas de proteção à pessoa idosa são aplicáveis sempre que os direitos 
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.
[...]
Art. 46. A política de atendimento à pessoa idosa far-se-á por meio do conjunto 
articulado de ações governamentais e não governamentais da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios.
[...]
Art. 48. As entidades de são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, 
observadas as normas de planejamento e execução emanadas do órgão competente 
da Política Nacional da Pessoa Idosa, conforme a Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 
1994.
Parágrafo único. As entidades governamentais e não governamentais de assistência 
à pessoa idosa ficam sujeitas à inscrição de seus programas, junto ao órgão 
competente da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e em sua 
falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa, especificando os 
regimes de atendimento.
[...]
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 19Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 19 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa 
permanência adotarão os seguintes princípios:
I- preservação dos vínculos familiares; 
II- atendimento personalizado e em pequenos grupos; 
III- manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior; 
IV- participação do idoso nas atividades comunitárias, de caráter interno e externo; 
V- observância dos direitos e garantias dos idosos; 
VI- preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambiente de respeito e 
dignidade.
[...]
Art. 52. As entidades governamentais e não governamentais de atendimento ao 
idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância 
Sanitária e outros previstos em lei.
[...]
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações 
bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro 
meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade. 
[...]
Art. 97. Deixar de prestar assistência à pessoa idosa, quando possível fazê-lo sem 
risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua 
assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de 
autoridade pública: 
[...]
Art. 98. Abandonar a pessoa idosa em hospitais, casas de saúde, entidades de longa 
permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando 
obrigado por lei ou mandado:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, 
submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos 
e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho 
excessivo ou inadequado.
Fonte: BRASIL. Lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto da Pessoa 
Idosa e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.
htm. Acesso em: 9 set. 2022.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 20Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 20 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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4 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM EM SITUAÇÕES 
DE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
Além dos fenômenos inerentes ao processo de envelhecimento, com as 
modificações fisiológicas e as patologias consideradas típicas da terceira idade, a pessoa 
idosa também está susceptível a diversos tipos de violência. Trata-se de um problema 
com consequências devastadoras para os idosos, pois acarreta baixa qualidade de vida, 
estresse psicológico, falta de segurança, traumas, bem como o aumento da morbidade 
e da mortalidade. 
A violência contra o idoso é um ato único e repetido ou uma omissão que cause 
dano ou aflição e resulte, na maioria das vezes, em sofrimento, lesão, dor, falha ou perda 
dos direitos humanos (MASCARENHAS et al., 2010). Todos os dias, pessoas com mais 
de 60 anos sofrem algum ato de violência, a qual pode ser caracterizada em vários tipos 
(INSTITUTO DE LONGEVIDADE MAG, 2022):
• Violência física: uso de força física para compelir a pessoa idosa a fazer algo que ela 
não deseja, para feri-la, provocar dor, incapacidade ou morte.
• Violência psicológica: agressões verbais ou gestuais, que objetivam aterrorizar, 
humilhar, restringir a liberdade ou isolar a pessoa idosa do convívio social.
• Violência sexual: ato ou jogo sexual, de caráter homo ou hétero-relacional, praticado 
contra pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou 
práticas eróticas, por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.
• Abandono: manifesta-se pela ausência ou a deserção dos responsáveis 
governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa 
idosa que necessite de proteção e assistência.
• Negligência: recusa ou omissão de cuidados necessários a pessoa idosa por parte 
dos responsáveis familiares ou institucionais. É uma das formas de violência mais 
presentes no país. Com frequência, está associada a outros abusos que geram lesões 
e traumas físicos, emocionais e sociais, sobretudo para aquelas que se encontram 
em situação de múltipla dependência ou incapacidade.
• Violência financeira ou econômica: trata-se da exploração imprópria ou ilegal ou do 
uso não consentido de recursos financeiros e patrimoniais da pessoa idosa.
• Autonegligência: condutas da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou 
segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma.
• Violência medicamentosa: é administração, seja por familiares, cuidadores e 
profissionais, de medicamentos prescritos de forma indevida, aumentando, 
diminuindo ou excluindo as doses de medicamentos.
• Violência emocional e social: agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas 
que possam desrespeitar a identidade, a dignidade e a autoestima da pessoa idosa. 
Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade e aos desejos, pela negação do 
acesso a amizades e pela desatenção a necessidades sociais e de saúde.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 21Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 21 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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Os tipos de violência mais frequentes contra a pessoa idosa são as negligências 
(falta de cuidado quanto a necessidades básicas, seja alimentação, moradia, higiene 
etc.) com 41% dos casos relatados; violência psicológica (xingamentos, humilhação e 
hostilização), com 24%; abuso financeiro e econômico, com 20%; e a violência física, 
com12% (INSTITUTO DE LONGEVIDADE MAG, 2022).
A violência familiar é aquela praticada por familiares da pessoa idoso, como 
filhos, netos, bisnetos, cônjuges ou companheiros, entre outras pessoas que possuam 
ligação familiar, sendo considerada a mais preocupante e difícil de ser controlada 
(SUARTE et al., 2020).
Em 2006, a Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, 
em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu o Dia Mundial da 
Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa em 15 de junho, data que tem o 
objetivo de criar uma consciência mundial, social e política da existência desse tipo de 
violência, além de incentivar e cobrar medidas protetoras por parte dos governos e da 
sociedade civil. 
De acordo com a cartilha Violência contra a pessoa idosa: vamos falar sobre 
isso?, publicada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a violência 
praticada contra pessoas idosas é multifatorial. Entre os fatores e as causas dessa 
violência, foram elencadas como as principais (DOMINGOS E SÁ, 2017): 
• desvalorização e falta de respeito pela pessoa idosa;
• desconhecimento da lei e dos direitos dos cidadãos mais velhos; 
• equivocada convicção de que o patrimônio das pessoas idosas pertence, 
automaticamente, também aos seus familiares; 
• ideia incorreta de que os familiares e as instituições têm legitimidade para decidir em 
nome das pessoas idosas; 
• sensação de segurança para cometer violência, relacionada à certeza de que a 
pessoa idosa não poderá sair de casa ou ter contato com terceiros.
Os profissionais de saúde e a sociedade, de modo geral, precisam empoderar 
a pessoa idosa, para que ela conheça seus direitos, tenha voz e possa se defender. É 
preciso fazer cada vez mais campanhas de conscientização para levar informações e 
orientações sobre o que é violência contra as pessoas idosas, como isso não é normal, 
que existe uma legislação para resguardar essa parcela da população e que existe 
punição para tal ato.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 22Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 22 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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O enfermeiro, além das diversas competências e habilidades de sua profissão, 
deve conhecer a política nacional do idoso e o Estatuto do Idoso, a fim de promover os 
direitos da pessoa idosa e protegê-la. A identificação da violência contra a pessoa idosa 
requer do profissional importante habilidade de escuta, observação e compreensão do 
contexto que o idoso está inserido. O enfermeiro necessita de um maior entendimento 
do processo de agressão para realizar o atendimento à pessoa idosa, com o intuito de 
melhorar o acolhimento e incentivar as vítimas para realização de denúncias.
O atendimento adequado ao idoso vítima de violência requer uma preparação 
dos diferentes profissionais, incluindo a área social e do direito, para identificação, 
prevenção e intervenção nos casos de maus-tratos e negligência a uma pessoa idosa. 
A equipe de Enfermagem, em especial o enfermeiro, deve, durante a anamnese do 
paciente, proporcionar segurança e liberdade de modo que permita ao idoso relatar 
o ocorrido e identificar o agressor, notificando, então, a violência, contribuindo para o 
dimensionamento epidemiológico do problema e permitindo o desenvolvimento de 
programas e ações específicas para sua redução (MUSSE; RIOS, 2015).
A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, preocupada com as frequentes 
denúncias de violações dos direitos humanos, maus-tratos, negligência e outras 
formas de violência contra a pessoa idosa, coordenou, em parceria com organizações 
governamentais e não governamentais, a elaboração de um plano de ação para o 
enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. O principal objetivo desse plano é 
promover ações que levem ao cumprimento do Estatuto do Idoso e do Plano de Ação 
Internacional para o Envelhecimento, que tratem do enfrentamento da exclusão social e 
de todas as formas de violência contra esse grupo etário (OLIVEIRA et al., 2018).
Nessa perspectiva, torna-se importante realizar atividades educativas para a 
Enfermagem, como cursos e palestras direcionadas para o preparo e o acolhimento 
ao idoso vitimizado por agressões impostas por familiares ou pessoas desconhecidas. 
Quando o idoso procura o serviço de saúde em caso de agressão, é de extrema 
importância que os profissionais de saúde, incluindo a Enfermagem, saibam identificar o 
ocorrido, na tentativa de buscar soluções para o problema de maus-tratos e negligência. 
Merecem atenção especial os serviços de emergência e os postos de saúde, por se 
constituírem nas principais portas de entrada de vítimas de maus-tratos (CAMACHO; 
ALVES, 2015).
O acolhimento do idoso no seu processo de isolamento, fazendo visitas 
domiciliares, realizadas por uma equipe interdisciplinar, é outra tônica a ser levada em 
consideração. A fragilidade do idoso precisa ser trabalhada e o profissional de saúde, 
principalmente o enfermeiro, precisa demonstrar respeito e afetividade, para atender o 
idoso maltratado e fragilizado no seu mundo, utilizando, ainda, a sua intuição profissional, 
para conquistar e agilizar os trâmites legais que irão evitar qualquer possibilidade de 
agressão futura. Portanto, a interação é importante entre família/idoso/enfermagem no 
processo de descoberta dos problemas de maus-tratos (ARAÚJO; CRUZ; ROCHA, 2012).
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 23Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 23 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você aprendeu:
• A importância da promoção e da defesa dos direitos da pessoa idosa, que goza de todos 
os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral.
• A política nacional de idoso, que objetiva assegurar os direitos sociais da pessoa 
idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação 
efetiva na sociedade e o Estatuto do Idoso, a partir da Lei nº 10.741/2003 (BRASIL, 
2003), considerada uma das maiores conquistas da população idosa brasileira.
• Os tipos de violência contra o idoso e o papel do enfermeiro e da sociedade no 
enfrentamento da violência contra a pessoa idosa.
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 24Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 24 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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RESUMO DO TÓPICO 2
1 É dever da família, da sociedade e do Estado amparar e assegurar a participação 
de pessoas idosas na comunidade em que vivem, garantindo a elas o direito à vida, 
defendendo sua dignidade e seu bem-estar. Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) No Brasil, ainda não existe uma política de proteção ao idoso em âmbito nacional, 
sendo construída apenas em alguns Estados.
b) ( ) No que diz respeito à proteção da pessoa idosa, o enfermeiro tem pouca atuação, 
uma vez que esse problema compete apenas ao serviço social.
c) ( ) A sociedade não tem papel na defesa da pessoa idosa.
d) ( ) A política nacional do idoso objetiva assegurar os direitos sociais do idoso, 
criando condições para promover a sua autonomia.
2 O Estatuto do Idoso é a Lei Federal nº 10.741/2003, destinada a regular os interesses e 
as garantias das pessoas idosas. Essa lei está vigente desde 2004 e é um importante 
instrumento de cidadania e proteção às pessoas com idade igual ou superior a 60 
anos. Com base nos dados apresentados, assinale a alternativa INCORRETA:
a) ( ) A Lei nº 13.466/2017 alterou os Art. 3º, 15 e 71 da Lei nº 10.741/2003, a fim de 
estabelecer a prioridade especial das pessoas idosas com idade acima de 
80 anos.
b) ( ) Entre os grandes tópicos do Estatuto do Idoso estão: direito à vida; direito 
à saúde; direito à alimentação; direito à educação; direito à cultura; direito ao 
esporte; direito ao lazer; e direito ao trabalho.
c) ( ) No Estatuto do Idoso, não foram consideradas as pessoas idosas institucionalizadas. 
d) ( ) Os direitos das pessoas idosasprecisam ser observados e respeitados por todos, 
pois a velhice é uma conquista e permeia as nossas vidas.
3 “O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção, um direito social, 
sendo dever do Estado garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante 
efetivação de políticas públicas que permitam um envelhecimento saudável e em 
condições de dignidade” (BRASIL, 2003). Em relação ao acolhimento do idoso, 
assinale a alternativa INCORRETA:
a) ( ) O idoso precisa ser acolhido e respeitado pela equipe em todos os níveis 
de atendimento.
b) ( ) Com acolhimento e escuta ativa, o enfermeiro poderá identificar demandas e 
necessidades da pessoa idosa.
c) ( ) O acolhimento é uma triagem para agilizar o atendimento à pessoa idosa.
d) ( ) O acolhimento eficaz e humanizado é uma estratégia importante para ajudar na 
vinculação das pessoas idosas aos serviços de saúde.
AUTOATIVIDADE
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 25Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 25 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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4 O envelhecimento da população é um fenômeno mundial que, mais recentemente, 
ganha maior importância nos países em desenvolvimento. No Brasil, o crescimento 
da população idosa é cada vez mais relevante, tanto em termos absolutos quanto 
proporcionais. Os efeitos do aumento dessa população já são percebidos nas 
demandas sociais, nas áreas de saúde e na previdência. Em relação ao envelhecimento 
populacional, como poderá ser a atuação do enfermeiro na defesa do idoso?
5 Além dos fenômenos inerentes ao processo de envelhecimento, com as modificações 
fisiológicas e as patologias consideradas típicas da terceira idade, a pessoa idosa 
também está susceptível a diversos tipos de violência. Em situações de violência 
contra o idoso, a atuação da Enfermagem precisa ser cada vez mais discutida 
e incentivada. Quais são as evidências que o enfermeiro poderá identificar para 
suspeitar de violência física contra a pessoa idosa?
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 26Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 26 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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TÓPICO 3 - 
PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, veremos diversos temas importantes para a promoção da saúde 
da pessoa idosa, como o significado de envelhecimento saudável  e de idadismo (ou 
etarismo), além das ações fundamentais à prática de Enfermagem, relacionada ao trato 
com as pessoas idosas, e dos planos de ação da OMS e da OPAS para a garantia de um 
envelhecimento saudável a todas as populações do mundo.
2 ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E IDADISMO 
O  envelhecimento saudável  “é um processo contínuo de otimização da 
habilidade funcional e de oportunidades para manter e melhorar a saúde física e mental, 
promovendo independência e qualidade de vida ao longo da vida” (OPAS, 2021a). A 
Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), em conjunto com Organização Mundial 
da Saúde (OMS), estruturou linhas de ação para promover um envelhecimento saudável, 
com as seguintes diretrizes: 
• Promover políticas públicas e alianças para o envelhecimento 
saudável na Região das Américas.
• Apoiar o desenvolvimento de ambientes amigáveis, adaptados a 
todas as pessoas idosas.
• Alinhar os sistemas de saúde para que atendam às necessidades 
específicas das pessoas idosas.
• Desenvolver sistemas sustentáveis e equitativos de prestação de 
cuidados de longo prazo.
• Melhorar a mensuração, o monitoramento e a pesquisa sobre 
envelhecimento (OPAS, 2021a).
A idade é uma das primeiras coisas que percebemos nas outras pessoas. 
O idadismo surge quando a idade é usada para categorizar e dividir 
as pessoas de maneira a causar prejuízos, desvantagens e injustiças, 
e para arruinar a solidariedade entre as gerações. [...] O idadismo 
prejudica nossa saúde e nosso bem-estar e é uma grande barreira 
para que sejam sancionadas políticas eficazes e adotadas medidas 
que promovem o envelhecimento saudável (OPAS, 2022, p. 2).
UNIDADE 1
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 27Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 27 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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O termo idadismo, ou etarismo (em inglês, ageism), foi cunhado, em 1969, por 
Robert Butler, um gerontólogo norte-americano, que foi o primeiro diretor do Instituto 
Nacional do Envelhecimento nos Estados Unidos. Apesar de o idadismo existir, há 
séculos, em todos os países, contextos e culturas, o conceito é relativamente novo e 
ainda não existe em todos os idiomas, o que pode dificultar a conscientização sobre 
esse fenômeno social e a promoção de mudanças (OPAS, 2022).
O idadismo se refere a estereótipos (como pensamos), preconceitos 
(como nos sentimos) e discriminação (como agimos) direcionadas às 
pessoas com base na idade delas. [...] O idadismo tem consequências 
graves e de longo alcance para a saúde, o bem-estar e os direitos 
humanos da população. Para pessoas idosas, o idadismo está 
associado a uma menor expectativa de vida, pior saúde física e 
mental, recuperação mais lenta de incapacidade e declínio cognitivo. 
O idadismo piora a qualidade de vida das pessoas idosas, aumenta seu 
isolamento social e sua solidão (ambos os fatores estão associados a 
graves problemas de saúde), restringe sua capacidade de expressar 
sua sexualidade e pode aumentar o risco de violência e abuso contra 
as pessoas idosas (OPAS, 2022, p. 3-4).
3 PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA
A promoção da saúde é um processo de capacitação da comunidade, que 
visa à melhoria de suas condições de vida e saúde, combinando ações do Estado 
nas respectivas políticas públicas de saúde, ações comunitárias, ações dos próprios 
indivíduos, para o desenvolvimento das suas habilidades, e intervenções para as ações 
conjuntas intersetoriais (SANTOS et al., 2008).
Preocupada com a promoção da saúde das pessoas idosas no mundo, a 
OMS criou plano de ação da Estratégia Global sobre envelhecimento e saúde, com a 
perspectiva de uma série de ações combinadas e sustentáveis. “Vidas mais longas 
correspondem a uma das nossas mais notáveis conquistas coletivas” (OPAS, 2020a, p. 
1), pois refletem avanços no desenvolvimento social e econômico, bem como na saúde, 
especificamente, no sucesso em lidar com doenças infantis fatais, com a mortalidade 
materna e, mais recentemente, com a mortalidade das pessoas idosas. “Uma vida mais 
longa é um recurso incrivelmente valioso, que proporciona a oportunidade de repensar 
não apenas o que é ser uma pessoa idosa, mas também a forma como toda a nossa vida 
pode se desenrolar” (OPAS, 2020a, p. 1).
O envelhecimento saudável pode ser uma realidade para todos, o que demanda 
uma mudança de foco: em vez de termos o envelhecimento saudável como a ausência 
de doença, devemos passar a considerá-lo uma promoção da habilidade funcional, capaz 
de permitir à pessoa idosa ser e fazer aquilo que ela valoriza. “Serão necessárias ações 
de melhoria do envelhecimento saudável em múltiplos níveis e em múltiplos setores, de 
modo a prevenir doenças, promover a saúde, manter a capacidade intrínseca e viabilizar 
a habilidade funciona” (OPAS, 2020a, p. 3).
Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 28Assistência de Enfermagem na Saúde do Idoso.indb 28 05/01/2023 14:54:3205/01/2023 14:54:32
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Independente da previsibilidade da população em envelhecimento 
e de seu ritmo acelerado, os países estão em diferentes estados 
de preparação. Muitas das pessoas idosas de hoje não têm acesso 
aos recursos básicos necessários a uma vida com significado e 
dignidade, enquanto muitas outras lidam com barreiras diárias que 
as impede de ter saúde e bem-estar e de participar plenamente 
da vida em sociedade. Essas dificuldades são exacerbadas para 
pessoas idosas que vivem em ambientes frágeis e de emergências, 
onde os recursos são mais limitados e as barreiras, maiores. Para um 
desenvolvimento sustentável e para atingir os objetivos da Agenda 
2030, as sociedades devem estar

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