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Trabalho de conclusão de curso de pós-graduação em engenharia de segurança no trabalho - Faculdade Descomplica

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Daniel Henrique Lima Saboia 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE INCÊNDIO EM UM HOTEL DO TIPO 
RESORT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - Ceará 
2022 
Daniel Henrique Lima Saboia 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE INCÊNDIO EM UM HOTEL DO TIPO 
RESORT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade Digital Descomplica, como parte dos 
requisitos necessários à obtenção do grau de 
Pós-Graduação em Engenharia de Segurança 
do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - Ceará 
2022 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, que sempre me ajudou nessa longa trajetória, me dando forças para 
ultrapassar todos os obstáculos e superar meus limites. Aos meus pais, Francisco e 
Fatima, por sempre me dá apoio em todo meu trajeto, me orientando e incentivando 
em todas as minhas decisões, solidificando a base que me fez suportar e superar 
todos os desafios da vida, onde se não fosse por eles eu não teria chegado até aqui. 
A minha esposa Grazielle, pelo apoio, amor, paciência, carinho e companheirismo 
durante a minha vida acadêmica, sempre me apoiando e me ajudando a conquistar 
meus objetivos. 
 
RESUMO 
Este estudo foi realizado com o objetivo de analisar e avaliar os planos de emergência 
para incêndios adotados em hotéis de rede Resort, bem como a sua aplicação de 
acordo com os regulamentos exigidos pelos órgãos de controle de prevenção que 
regem a atividade hoteleira. O trabalho segue a linha de pesquisa bibliográfica, que 
pretende coletar informações de autores que desenvolveram diversas contribuições 
para a segurança e combate a incêndio dentro das edificações, bem como o amparo 
legal quanto ao tema que fornecem uma visão mais ampla, da mesma forma através 
de inspeções nesses locais de hospedagem pode-se evidenciar melhor as fragilidades 
e forças. Este trabalho pode ser do interesse de administradores e proprietários de 
locais de hospedagem, uma vez que a proposta apresentada pode ser aplicada a 
qualquer tipo de alojamento, tudo focado na segurança ao nível dos riscos de incêndio, 
visto que é exposto um modelo de plano de emergência onde são resumidos os 
conteúdos básicos aplicados nesta área, sendo que este modelo se baseia na 
resolução das deficiências observadas ao longo deste processo. Em conclusão, 
mostra-se que os planos de emergência aplicados em hotéis resorts possuem muitas 
informações que não condizem com a realidade em que o estabelecimento é 
desenvolvido, ao realizar uma avaliação de riscos externos e internos, é possível ter 
uma imagem real de como agir perante uma emergência e quais os perigos de 
incêndio que envolvem a atividade hoteleira. 
Palavras-Chave: Atividade hoteleira; Prevenção incêndio; Segurança edificações. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atualmente, quando se refere à segurança, fala-se de um tema amplo e muito 
importante para qualquer atividade que envolva a gestão de pessoas. Focando-se 
especificamente no hotel do tipo resort e na área de risco de incêndio, é onde há uma 
falta de sistemas de segurança que respondam de forma eficaz, garantindo aos 
hóspedes e trabalhadores um ambiente ideal para desenvolver suas várias atividades. 
Ante isso, o tema desse trabalho que é apresentado é de interesse social, uma 
vez que os albergues que serão analisados devem cumprir os regulamentos de riscos 
de incêndio, todas as licenças exigidas pelo Corpo de Bombeiros e parâmetros 
internacionais, a fim de funcionar corretamente e, o mais importante, para poder 
fornecer segurança aos seus hóspedes, trabalhadores e a comunidade ao seu redor. 
Em caso de acidente, todas as pessoas que fazem parte do ambiente hoteleiro devem 
conhecer e gerir um plano adequado onde as vidas humanas sejam salvaguardadas. 
Com isso, o objetivo é avaliar a implementação dos planos de emergência e 
autoproteção dos hotéis tipo resorts no que tange aos incêndios, com base em 
padrões nacionais e internacionais reconhecidos. Essa pesquisa de caráter 
bibliográfico se baseia nos princípios de segurança, bem como nas fontes de 
informação e técnicas de profissionais formados na área de segurança, o que 
contribuiria muito para gerar um estudo completo, que servirá de ferramenta para 
aplicação em novos planos de apoio na indústria hoteleira. A partir desta pesquisa, 
serão obtidos resultados que buscarão aprimorar e corrigir erros dentro da parte 
técnica e operacional dos planos de emergência e autoproteção que os hostels a 
serem estudados gerenciam, tudo isso a fim de proporcionar um ambiente mais 
seguro aos hóspedes e usuários desses estabelecimentos. 
Vale ressaltar que a razão fundamental para a realização da análise dos planos 
de emergência e autoproteção nos albergues de primeira categoria foi encontrar as 
deficiências na aplicação deste plano dentro da empresa. Ao identificar isso, também 
foi avaliado o nível de cumprimento das normas nesses centros de acomodação, uma 
vez que estão diretamente relacionados. Dentro dessa relação, outro fator importante 
que é evidente é a falta de conhecimento dos proprietários e gerentes dos albergues, 
que ignorando os regulamentos não podem exigir que ele seja cumprido dentro de 
suas instalações. 
 
METODOLOGIA 
O presente trabalho tem uma abordagem qualitativa, que segundo Gil (2010), 
“não há fórmulas exatas e tão pouco receitas pré-definidas para orientar o pesquisador 
(GIL, 2010, p. 14)”. Sendo realizada uma revisão bibliográfica com o intuito de levantar 
pesquisas científicas sobre o papel da prevenção de incêndio em redes hoteleiras, do 
tipo resort. Neste sentido, a revisão bibliográfica é um método de pesquisa 
sistemática, baseada em evidências que podem reunir, analisar, discutir e sintetizar 
os resultados sobre um determinado tema ou questão, assim como trazer reflexões 
sobre a realização de pesquisas futuras (FREITAS, 2013). 
Trata-se de uma revisão de literatura, organizada em seis etapas, conforme é 
proposta por Freitas (2013). 
Quadro 1: Processo de revisão bibliográfica de caráter bibliográfico 
 
Fonte: Freitas (2013). 
Para construir o trabalho, utilizou-se as seguintes palavras-chave: Atividade 
hoteleira; Prevenção incêndio; Segurança edificações. 
Etapa 6
Apresentação da revisão/síntese do conhecimento
Etapa 5
Análise e interpretação dos resultados
Etapa 4
Categorização dos estudos selecionados
Etapa 3
Identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados.
Etapa 2
Estabelecimentos dos critérios de inclusão e exclusão.
Etapa 1
Identificação do tema e seleção da questão de pesquisa.
Revisão Integrativa
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1. A segurança contra o incêndio 
1.1. Considerações iniciais sobre incêndio 
Para iniciar o debate, o fogo existe desde a antiguidade, sendo um elemento 
importante no desenvolvimento da espécie humana. No entanto, também foi a causa 
de muitos infortúnios durante o curso das civilizações. Incêndios, tanto acidentais 
quanto propositais, resultaram na perda de muitas vidas. As primeiras tentativas de 
mitigar a propagação de um incêndio não ocorreram até cerca de 1189, quando o 
primeiro prefeito de Londres estabeleceu decretos para a construção de edifícios com 
materiais retardadores de fogo (INSIDE, 2014). 
Posteriormente, avanços nos revestimentos foram desenvolvidos e métodos de 
proteção passiva foram considerados, ou seja, para retardar a propagação do fogo. 
No entanto, foi somente na década de 1830-1840 que os primeiros hidrantes e 
posteriormente os sistemas de proteção ativa começaram a ser instalados, correu a 
extinção do incêndio se ele começou e por volta de 1896 foi fundado nos EUA a 
National Fire Protection Association (NFPA por sua sigla) que foi formada como uma 
das primeiras entidades com a função de criar e manter os requisitos de projeto e 
instalação desses sistemas em uma síntese de padrões que foram atualizados até o 
dia de hoje (INSIDE, 2014).No que diz respeito à América Latina, o crescimento do investimento em 
sistemas de combate a incêndios tem sido tristemente impulsionado pela ocorrência 
de eventos trágicos que acabam por motivar as entidades a tomar medidas contra 
incêndios. A proteção contra esses eventos, pelo menos na região, nas palavras de 
Pontes (2014), "é baseada em reações e não em prevenção (PONTES, 2014, p. 34)", 
argumentando que até que ocorra um incêndio, as pessoas não o farão eles se 
preocupam em lidar com isso. 
No Brasil, por exemplo, a norma que trata da proteção contra incêndio é a NR-
23, que, embora contemple sistemas retardadores de fogo (proteção passiva) e 
extintores ou controle de incêndio (proteção ativa), não possui regulamentação 
alguma, na medida em que os edifícios ainda estão sendo construídos e mantidos 
sem um sistema adequado de extinção de incêndio, detecção ou retardo (PONTES, 
2014). 
No Brasil, a NR-23 é baseado principalmente nas normas técnicas brasileiras 
publicadas pelo Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que, por sua vez, 
é amparado pelas normas internacionais da NFPA para a resolução de sistemas de 
combate a incêndio. Em outras palavras, os códigos e padrões mostrados na Figura 
1 podem ser aplicados ao projeto dessas redes no Brasil. 
 
Figura 1. Sistemas adicionais de proteção contra incêndio 
Fonte: ABNT (1997) 
1.2 Triângulo de Fogo 
Para começar, existem (3) três elementos necessários e fundamentais para um 
incêndio ser gerado e espalhado. Estes são o combustível que alimenta o fogo, o calor 
gerado para produzi-lo e o oxigênio. Os sistemas de extinção de incêndios foram 
concebidos precisamente para eliminar um ou mais dos componentes deste 
"triângulo". Para que a extinção de incêndio seja feita de forma efetiva e eficiente no 
menor tempo possível (PEREIRA, 2009). 
 
Figura 2. Triângulo de fogo. 
Fonte: Pereira (2009) 
É claro que na proteção de edifícios contra incêndios existem vários sistemas 
que podem cumprir plenamente esta função, dependendo dos requisitos que se 
pretendem, da área, dos elementos a proteger e da tecnologia disponibilizada pelos 
fornecedores dos sistemas. Além disso, nem todos os sistemas estão incluídos como 
sistemas de extinção ou proteção contra incêndio, existem também sistemas que 
funcionam para detectar o aparecimento de um incêndio precocemente. 
1.3 Metodologia de extinção de incêndio 
O processo de extinção de incêndio depende de algumas variáveis, que cada 
agente extintor deve considerar, para que abranja pelo menos um ou mais para que 
a extinção ou controle do incêndio seja eficaz. No total, são considerados quatro 
fatores que induzem a extinção de um incêndio (VIOLA, 2006): 
• Separar o combustível da chama; 
• Deslocar parcial ou totalmente o oxigênio do fogo; 
• Reduza a temperatura da chama ou combustível; 
• Introduzir elementos que alteram a química da combustão. 
1.4 Tipos de sistemas de combate a incêndio 
Existem várias formas de classificar os sistemas de proteção contra incêndio, 
podendo ser classificados de acordo com a sua complexidade, a sua fixação (móvel 
ou fixa), a seu alcance, forma de operar o sistema, dentre outros (PEREIRA, 2009). 
Por conveniência, dentro deste trabalho, apenas os sistemas de combate a incêndio, 
tais como extintores à base de água e extintores baseados em outros agentes 
extintores que não sejam água, serão mostrados como segue: 
1.4.1 Sistemas de extinção com água 
Conforme ressalta Pereira (2009), são aqueles que usam água como um 
material ou agente de supressão e/ou controle de incêndio. Este composto de 
hidrogênio e oxigênio atua de forma eficiente para absorver calor e aumenta seu 
volume ao se transformar em vapor, deslocando o ar e sufocando o fogo. A água é 
um agente extintor melhor do que qualquer outro líquido conhecido para a maioria das 
classes de incêndios. De referir que um dos seus principais pontos fortes é a 
capacidade de estar na natureza, o seu custo e a facilidade de se deixar manusear. 
Nesse sentido, os sistemas de supressão de incêndio à base de água incluem 
os seguintes tipos (PEREIRA, 2009): 
a. Sistema de extinção de tubulação úmida 
É um sistema de extinção de incêndios por pulverização de água. A água 
circula o tempo todo pela rede de sprinklers e tubulações e, uma vez acionados os 
bicos, é descarregada sobre a área de cobertura de cada sprinkler (PEREIRA, 2009). 
b. Sistemas de extinção de dilúvio 
É um sistema em que o fluxo de água é controlado em todos os momentos por 
válvulas normalmente fechadas. Como os bicos desses sistemas são geralmente 
abertos, sempre que as válvulas de fechamento forem abertas, a água escoará por 
todos os bicos de pulverização (PEREIRA, 2009). 
c. Sistemas de extinção de tubos secos 
Ao contrário dos sistemas de dilúvio, em sistemas de tubulação seca, apenas 
os sprinklers que são ativados devido ao fogo são ativados. Além disso, existe uma 
câmara de ar que fica sempre pressurizada, enquanto os bicos não descarregam a 
água até que seja detectada uma perda de pressão do ar causada pelo rompimento 
do bulbo de um bico ou sprinkler (PEREIRA, 2009). 
d. Sistemas de extinção de pré-ação 
Está integrado a um sistema de detecção de incêndio e funciona da mesma 
forma que um sistema de tubulação seca. Porém, o sistema não é acionado até que 
a detecção de incêndio e a câmara de ar de uma válvula especializada em sistemas 
de pré-ação sejam despressurizadas e ambos os sistemas se acionem. 
Nos últimos anos, a tecnologia de supressão de incêndios de água também 
avançou: um exemplo é o uso de névoa de água ou HI-FOG, que extingue o fogo em 
um tempo muito menor do que o fornecido por spray de água para extinguir o fogo e 
evitando também a deterioração de objetos que normalmente seriam danificados pela 
aplicação de grandes volumes de água, como museus ou usinas de energia (HELDT, 
2014). 
1.4.2 Sistemas de extinção com outros agentes além da água 
Dentro desta faixa encontra-se uma grande variedade de sistemas. Isso inclui 
sistemas de extinção de gás (como halons, dióxido de carbono ou substitutos de halon 
em geral) que apagam o fogo deslocando efetivamente o ar, mas sua inalação por 
humanos pode ser perigosa e sua dissipação ambiente está atrasado. Existem 
também agentes espumantes que, embora usem principalmente água combinada 
com concentrações de espuma, requerem a combinação desses dois compostos e 
são amplamente utilizados na extinção de incêndios produzidos por líquidos 
inflamáveis (SEITO, 2008). 
1.5 Componentes de um sistema de combate a incêndio 
Embora a diversidade dos sistemas de combate a incêndio seja muito ampla, 
existem componentes gerais que são comuns à maioria dos sistemas. Entre eles 
estão (SEITO, 2008): 
• Uma unidade propelente para o agente extintor, seja uma bomba hidráulica, um 
propelente, um dosador etc.; 
• Bicos, sprinklers ou tomadas d'água (no caso de mangueiras) que servem como 
meio de direcionar ou espalhar o agente extintor para uma área específica; 
• Recipientes de armazenamento do agente extintor, como tanques, cilindros ou 
latas; 
• Drenos para a rápida expulsão do agente extintor depois de espalhado ou para 
manutenção dos sistemas; 
• Tubos ou conduítes para transportar o agente para a zona de incêndio; 
• Mecanismos para acionar o fogo do agente extintor como lâmpadas sprinkler, 
módulos elétricos, válvulas manuais ou automáticas; 
• Válvulas para passagem do fluido ou elemento extintor e para trabalhos de 
manutenção; 
• Supervisão do sistema através de unidades de detecção de incêndio. 
 
Figura 3. Gabinete contra incêndio à base de água como agente extintor. 
Fonte: Pereira (2009) 
1.6 Sistemas de detecção de incêndio 
Assim como reforça Pontes (2014), basta apagar um incêndio se a vida humana 
não for levada em consideração primeiro. Para resolver este problema, recentemente 
foram desenvolvidos sistemas de detecção de incêndioque, embora não tenham a 
capacidade de controlar diretamente ou extinguir o incêndio, se conseguem avisar as 
pessoas em tempo útil da ocorrência de um incêndio, de forma a salvaguardar a suas 
vidas, alertar e sinalizar rotas de evacuação. 
Um sistema convencional desse tipo consiste em um painel de controle, 
detectores que alertam o início de um incêndio, módulos, fonte própria de energia, 
fiação com sinais e alarmes operados manualmente. NFPA 72 é o padrão americano 
responsável por fornecer os requisitos mínimos para instalar esses sistemas. 
 
Figura 4. Diagrama de conexão típico de um sistema de detecção de incêndio. 
Fonte: Pontes (2014). 
Nesse sentido, os sistemas de proteção contra incêndio instalados devem 
cumprir os regulamentos que por lei se aplicam no Brasil. O campus institucional em 
questão, assim como outros vários existentes no Brasil, não obedece à norma vigente, 
o que pode ensejar sanções ou outros procedimentos legais por parte da autoridade 
competente. As bombas hidráulicas presentes na casa de máquinas não são 
recomendadas para alimentação do sistema de combate a incêndio (PEREIRA, 2009). 
É importante analisar que a escolha dos extintores de incêndio mais adequados 
deve ser feita dentro da norma vigente no país. A utilização de um agente extintor que 
não seja adequado para proteger um determinado local pode colocar em risco a 
segurança das pessoas que tentam extinguir o incêndio (PEREIRA, 2009). 
A identificação das áreas permitiu conhecer os diferentes riscos de combustão 
a que o estabelecimento estava sujeito. Foi uma tarefa meticulosa que conduziu à 
construção do desenho e dos planos do sistema, para que este fosse o mais fiel 
possível à arquitetura das instituições (PEREIRA, 2009). 
Com isso, a cotação dos sistemas de combate a incêndios foi feita com 
empresa legalmente constituída e homologada na sua instalação. Isso permitiu que o 
orçamento publicado na cotação fosse o mais próximo possível do que custaria a 
instalação do projeto real. A otimização do sistema, claro, se refletiu na lista de 
materiais, o que contribui para reduzir consideravelmente os custos. 
2. Emissão do alvará de segurança pelos bombeiros 
Em todas as crises, a redução de custos geralmente é a primeira ação tomada 
em qualquer empresa. No entanto, essas medidas geralmente têm uma jornada 
relativamente curta e devem ser acompanhadas de medidas que otimizem o uso de 
recursos humanos e materiais, com uma perspectiva de longo prazo (BRENTANO, 
2007). 
Independentemente de a empresa estar em um momento de abundância ou 
em um momento de escassez, embora especialmente relevante neste último, temos 
que garantir que os meios à nossa disposição sejam gastos de forma eficiente em 
atividades que agreguem valor às organizações. Por isso, é muito importante 
estabelecer mecanismos que nos permitam saber para onde dedicamos nossos 
recursos, identificar quais atividades e projetos podem trazer maior valor e concentrar 
recursos nessas atividades (BRENTANO, 2007). 
É no último ponto, Formats, em que a pesquisa foca harmonizar uma lista de 
verificação que pode ser usada para essa atividade. Uma lista de verificação é uma 
ferramenta que pode ser usada de diferentes maneiras. Um desses usos pode ser 
atender aos requisitos das partes avaliadas como o caso dos requisitos para planos 
emergenciais e, assim, obter o alvará concedido pelo Corpo de Bombeiros. 
O funcionamento da ferramenta é simples e eficaz. Uma lista de ações a serem 
realizadas, itens a serem alcançados é feita, etc. Uma vez alcançados os objetivos da 
lista, eles serão marcados, fornecendo assim uma visão geral e muito rápida do status 
das tarefas. Como consequência, encontramos uma melhoria tanto na produtividade 
quanto na eficiência e otimização dos inúmeros processos na obtenção de autorização 
do Corpo de Bombeiros (PONTES, 2014). 
A lista de verificação é uma ferramenta que ajuda a padronizar e controlar o 
que mencionamos acima, o cumprimento dessa atividade a ser realizada, e dessa 
forma evitaremos que haja um vazamento de responsabilidade enquanto você tiver 
esse suporte documentado. 
Entre outros benefícios, esta ferramenta nos ajuda a (PONTES, 2014): 
• Eliminar ou reduzir o atraso da atividade ou inspeção; 
• Promover a eficiência; 
• Eliminar a redução de conflitos interpessoais; 
• Seja objetivo na atividade que está sendo realizada. 
Já o controle o cumprimento da atividade e tenha backups, que são os 
principais objetivos deste procedimento, para conseguir que você precise do suporte 
fornecido pelo esquema legal. A legislação é fundamental para poder apoiar uma 
atividade e isso deve ser desenvolvido de acordo com as diretrizes estabelecidas a 
partir de uma abordagem geral para o específico. 
Nesse sentido, a legislação apoia a implantação de uma ferramenta 
(procedimento de inspeção de plano de emergência) eficiente, para que os usuários 
de entidades comerciais possam obter sua licença de funcionamento. Portanto, 
haverá literais que garantem direitos e obrigações para inspetores e usuários, 
facilitando a gestão para a obtenção da licença de operação (BRENTANO, 2007). 
 
3. Concepção de um modelo de plano de emergência 
Os planos de emergência podem ser declarados como o planejamento e a 
organização de funcionários, clientes e convidados; para a utilização óptima dos meios 
técnicos fornecidos, a fim de minimizar as possíveis consequências económicas e 
humanas da emergência. A experiência mostra a importância decisiva dos planos de 
emergência, que, se existirem, aumentam extraordinariamente a eficácia das 
instalações e equipamentos, mesmo moderadamente equipados, e sua inexistência 
pode desativar a instalação mais cara e espetacular. 
3.1. Estratégias de prevenção de riscos de incêndio 
3.1.1. Sistemas de alarme e aviso 
De acordo com o que aponta Da costa (2009) os sistemas de alarme e aviso 
que serão utilizados dentro dos resorts podem ser botões manuais que serão ativados 
pela equipe dentro do hotel ou pela pessoa que detecta um incêndio para dar aviso 
oportuno ao resto dos ocupantes. Há outro sistema que deve ser colocado de forma 
obrigatória em quartos, corredores e áreas gerais do hotel, detectores automáticos de 
fumaça ou calor. No caso dos hotéis que possuem um sistema de extinção como a 
rede de água, seu uso estará sujeito ao fluxo de água nos tubos controlados por 
sensores e detectores de fluxo em relação à pressão da água (EVARTS, 2014). 
Para avisar os ocupantes deve haver sinais sonoros e visíveis, o aviso pode 
ser geral ou parcial. No caso dos resorts analisados por Luz Neto (1995), o alarme 
deve ser geral, uma vez que a dimensão das infraestruturas torna muito fácil que o 
fogo se espalhe rapidamente, sendo que o aviso deve ser primeiro para as pessoas 
afetadas e depois seguir com uma evacuação ordenada, as pessoas encarregadas da 
brigada de incêndio devem estar sempre atentas a qualquer um desses sinais para 
ajudar na evacuação. Já as estroboscópicas, lâmpadas de emergência e sinalização 
de emergência são outros recursos úteis quando ocorre uma emergência, sendo que 
todos esses recursos devem ser detalhados no plano de emergência para conhecer 
sua distribuição e uso correto no momento de uma emergência. 
3.1.2. Ações preventivas 
As ações preventivas baseiam-se na premissa de inventário, análise e 
avaliação dos riscos existentes, dos quais dentro do plano de emergência também 
deve ser feito um inventário e descrição das medidas e meios, materiais e humanos 
disponíveis para controlar os riscos e facilitar a intervenção das equipes de 
emergência. Outra ação preventiva é detalhar os planos de localização dos meios de 
autoproteção, bem como os planos de rotas de evacuação e áreas de confinamento. 
Como mencionado anteriormente, as ações preventivas mais simples, como ordem e 
limpeza, estão entre as mais importantes para manter os riscos sobcontrole 
(GABRIEL, 2014). 
Nesse sentido, mencionar a análise do trabalho como uma ação preventiva 
baseia-se nos objetivos que procura alcançar, como a melhoria dos métodos de 
trabalho, a adaptação da pessoa ao cargo, a avaliação do cargo, a formação de 
pessoal e a análise de risco, sendo esta última a mais relevante. Menciona-se que a 
abordagem correta em um trabalho deve garantir três aspectos: qualidade, 
produtividade e segurança; que deve ser equilibrado de forma a garantir as melhores 
condições para o colaborador em cada área (ONO, 2012). 
Esta parte das inspeções de segurança, que buscam uma análise detalhada 
das condições de segurança (máquinas, instalações, ferramentas etc.) a fim de 
descobrir situações de risco, adotar as medidas adequadas para o seu controle, 
buscando evitar ou reduzir os danos materiais ou pessoais derivados delas. Dentro 
das inspeções e como mencionado acima, as ações de prevenção são compostas 
pela identificação das causas, a estimativa do risco, a avaliação do mesmo e como 
uma última etapa e o mais importante o controle do risco. Toda a engrenagem de cada 
um desses elementos influenciará diretamente a eficácia das correções dadas aos 
riscos detectados e sua melhoria contínua (ONO, 2012). 
3.2. Plano de treinamento 
3.2.1. Criação de brigadas de segurança 
No que diz respeito à criação de brigadas de segurança, os membros que 
fazem parte dela devem ser claramente detalhados, cada um deles deve conhecer a 
brigada a que pertence e o papel que desempenha, a fim de aplicar as ações 
apropriadas para uma tomada de decisão bem-sucedida e alocação de recursos, a 
fim de melhor enfrentar uma emergência, acabando por ser um esforço conjunto 
envolvendo os proprietários, o gerente, o líder da brigada, os brigadeiros, os 
convidados, os fornecedores, os clientes e as agências de apoio (DA COSTA, 2009). 
No caso dos proprietários e administradores, devem assegurar a 
implementação e aplicação do Plano de Emergência, bem como alocar recursos 
humanos, técnicos e económicos para a sua implementação e aplicação. Outra 
responsabilidade é garantir condições ideais de instalações, equipamentos e rotas de 
evacuação, em conjunto eles garantirão que o pessoal seja treinado em 
gerenciamento de emergências. Os chefes de brigada são responsáveis por garantir 
a comunicação interna e externa das brigadas, verificando as condições ideais das 
instalações, equipamentos e rotas de evacuação, relatando qualquer situação de 
emergência presente em um hotel do tipo resort (DA COSTA, 2009; EVARTS, 2014). 
Hóspedes, fornecedores e clientes devem relatar qualquer situação anormal ou 
de emergência no resort e facilitar a aplicação do Plano de Emergência seguindo as 
indicações específicas das brigadas. Para as Agências de Apoio de Emergência e 
defesa civil, devem responder da forma mais rápida e atempada a qualquer chamada 
de emergência (EVARTS, 2014). 
É dever de todas as pessoas envolvidas cumprir as disposições do Plano de 
Emergência e realizar o seu trabalho de forma eficaz e eficiente, a fim de responder 
da melhor forma a um acidente. Tendo em conta o pequeno número de colaboradores 
que trabalham nos hotéis visitados, deve ser ministrada formação geral para que todo 
o pessoal saiba o que fazer com uma emergência, a formação acima indicada deve 
ser claramente centrada nos primeiros socorros, incêndios e evacuação; deve haver 
sempre uma pessoa responsável pela brigada (ONO, 2012). 
3.2.2. Promoção do sistema de prevenção 
Para promover o sistema de prevenção neste caso do plano de emergência e 
autoproteção, a comunicação interna deve basear-se em treinamentos, exercícios e 
sinais permanentes onde as medidas a serem tomadas em caso de emergência são 
lembradas. As campanhas para promover o plano de emergência e a sua 
implementação e importância devem estar em curso para que todo o pessoal esteja 
ciente dos seus papéis e responsabilidades. A formação dos colaboradores na 
empresa pode ser definida como "o processo que permite ajustar as qualidades do 
trabalhador a uma determinada atividade, melhorando e atualizando as suas 
capacidades, capacidades, atitudes e aptidões para o seu desempenho (PONTES, 
2014, p. 25)". 
No caso em hotéis de pequeno tamanho como hostels, uma organização que 
envolve não só funcionários, mas outras pessoas, como hóspedes, clientes, 
fornecedores e organizações de apoio. Nesse sentido, a advocacia deve ser 
estrategicamente projetada para garantir que todos os envolvidos possam contribuir e 
trabalhar da melhor maneira diante de uma emergência (EVARTS, 2014). 
No caso nos resorts, com um grande número de funcionários, reuniões 
periódicas podem ser realizadas para buscar melhorias e corrigir as deficiências 
detectadas. Os seguintes princípios são estabelecidos para que o treinamento seja 
planejado e contínuo (EVARTS, 2014): 
• Princípio de planejamento: O treinamento é baseado nos planos, objetivos e 
linhas de ação da empresa e é planejado de forma integrada dentro do Plano 
de Negócios; 
• Princípio pedagógico: O nível de formação deve ser adequado ao 
conhecimento dos participantes, assim como a participação ativa favorece a 
aprendizagem. Envolver os participantes na análise de necessidades e na 
definição de metas ajuda muito em direção à sua eficácia. Isto juntamente com 
a motivação para a aprendizagem, que deve ser coerente entre as 
necessidades de formação da empresa e as dos participantes. E como último 
ponto, o progresso e as melhorias, que favorecem a aprendizagem, devem ser 
monitorados; 
• Princípio metodológico: A metodologia utilizada deve ser sequencial, 
começando com a detecção de necessidades e concluindo com a avaliação do 
processo; 
• Princípio da organização: Fatores como o local em que ocorre, o ambiente, a 
disposição e a localização dos participantes influenciam a eficácia. Da mesma 
forma, o horário, a duração das sessões, os intervalos etc., devendo ser tidos 
em conta no momento da formação e da formação. Para tudo, deve haver 
sempre monitoramento, continuidade e avaliações sistemáticas para observar 
os resultados. 
Para a promoção e formação dos colaboradores não só com o que está 
relacionado com os riscos de incêndio, mas a todos os níveis e aplicado a qualquer 
tema que pretenda desenvolver dentro da empresa, deve ter um plano de formação, 
que deve ser simples e genérico aplicável a qualquer caso. Este plano de formação 
deve incluir as seguintes fases: estudo e informação da empresa, desenvolvimento, 
execução e verificação, tudo isso focado em ter uma equipe treinada e capaz de atuar 
da melhor forma diante de uma emergência, uma vez que foi dado um bom 
treinamento que buscará destacar as qualidades individuais para que trabalhem 
coletivamente da melhor maneira (EVARTS, 2014). 
3.3. Estabelecer responsabilidades e inspeções 
3.3.1. Responsável pela atuação em cada área; antes, durante e depois 
Localizar os responsáveis pela ação em cada área e os passos a seguir em 
cada etapa (antes, durante e depois); os critérios para determinar o grau de 
emergência devem ser previamente estabelecidos. As emergências são divididas em 
três: emergência inicial (Grau I, nível baixo), emergência setorial ou parcial (Grau II, 
nível leve) e emergência geral (Grau III, nível grave) (ONO, 2012). 
Entre as emergências na fase inicial, estão: tentativas de incêndio, vazamentos 
de gás (GLP), falhas elétricas, anúncios de erupções vulcânicas, leves movimentos 
sísmicos, entre outros. Esta emergência caracteriza-se pelo facto de que, uma vez 
localizada, pode ser controlada através dos recursos existentes dentro do hotel com 
a intervenção de cada uma das brigadas, neste caso as brigadas de incêndio e 
comunicação para que não se torne uma emergência parcial ou geral. As emergências 
setoriais, contam ainda com a brigada de incêndio e comunicação, mas a evacuação 
é agregada, com o objetivo de identificaras vias de saída para não expor as pessoas 
(HELDT, 2014). 
A brigada de comunicação deve estar ciente do desenvolvimento da 
emergência, uma vez que eles são encarregados de se comunicar com as 
organizações de ajuda externa, caso a emergência passe para o nível de grave. 
Finalmente, emergências gerais, onde todas as ações acima devem ser realizadas e 
se com a intervenção das entidades de controle não forem obtidos resultados para 
controlar o incêndio, uma evacuação total de pessoas deve ser realizada em direção 
aos pontos de encontro nas áreas seguras (BRETANO, 2007). 
Durante a emergência, a calma deve ser mantida e comunicada à Brigada de 
Controle de Incêndio imediatamente. Um incêndio pode ser controlado durante os 
primeiros minutos, caso não possa ser controlado deve informar o Brigado de 
Comunicação para pedir apoio ao Corpo de Bombeiros. Os membros da brigada de 
incêndio têm a preparação para lidar com os extintores e apagar o fogo. Se o incêndio 
não puder ser controlado, ele deve ser evacuado imediatamente para o ponto de 
encontro, neste momento a Brigada de Evacuação e Resgate tem que agir para a 
evacuação de todos os funcionários, hóspedes, fornecedores e visitantes do hotel. 
Durante a emergência pode haver a presença de fumaça, na frente disso você deve 
rastejar até a saída, cobrir o nariz e a boca com uma toalha molhada. Abrigue-se em 
áreas seguras e deixe os socorristas agirem (PEREIRA, 2009). 
Após a emergência, as causas do incêndio devem ser investigadas, as 
condições do local devem ser avaliadas considerando os danos sofridos. Fazer um 
relatório sobre as atividades realizadas e os elementos utilizados para o controle de 
incêndio, sendo que o resgate o que pode ser recuperado, equipamentos e 
documentos, bem como preparar e apresentar o relatório correspondente ao 
Coordenador Geral e à Direção Geral para que possam tomar uma decisão conjunta 
sobre a real situação da rede hoteleira após o incidente apresentado (PEREIRA, 
2009). 
3.3.2. Inspeções de Segurança 
A importância das inspeções de segurança no local de trabalho será explicada 
a seguir, que devem ser realizadas periodicamente para verificar se as condições de 
segurança adequadas são atendidas. Dentro das inspeções de segurança estão 
incluídas todas as áreas do local de trabalho e aqui destaca-se a inspeção de tudo o 
que está relacionado com incêndios, aspetos organizacionais e humanos, como 
materiais. As inspeções são consideradas como ações preventivas que devem ser 
documentadas e com monitoramento correto, analisando as variações vivenciadas 
nas condições de trabalho (GABRIEL, 2014). 
Através destas inspeções você pode identificar problemas e deficiências em 
equipamentos e instalações, bem como erros ou atitudes incorretas dos 
trabalhadores, tudo isso será detalhado nos relatórios de inspeção onde a gerência 
ou administradores estarão cientes da existência de fatores de risco presentes em seu 
hotel ou resort. Para que uma inspeção siga as diretrizes corretas, procedimentos 
escritos devem ser estabelecidos, estabelecendo a metodologia a ser utilizada para 
realizar inspeções e revisões de segurança dos locais de trabalho, instalações e 
equipamentos da empresa (GABRIEL, 2014). 
Da mesma forma, deficiências podem ser detectadas nas tarefas executadas 
pelos trabalhadores e buscam melhorá-las por meio do estabelecimento de 
comportamentos de trabalho seguros. Uma ferramenta útil para controlar as condições 
de segurança são os questionários de verificação, que listam as várias áreas e 
condições a serem analisadas, que podem ser ordem, limpeza, sinalização correta, 
manutenção de equipamentos e ferramentas de segurança (SEITO, 2008). 
Finalmente, após o cumprimento de todo este processo, deve ser feito um 
relatório de inspeção onde os resultados são coletados e recomendações são 
fornecidas sobre o que foi observado. Há também inspeções regulatórias, que são 
exigidas por regulamentos legais, são realizadas em todos os equipamentos e 
instalações sujeitos a regulamentos, como instalações elétricas e de gás, 
armazenamento de substâncias perigosas, equipamentos de combate a incêndios, 
para citar alguns (SEITO, 2008). 
Após toda a análise, pode-se chegar a um modelo de plano de emergência e 
autoproteção aplicável aos locais de hospedagem, que devem obedecer às normas e 
padrões exigidos em nível local, o plano de emergência é uma importante ferramenta 
que deve ser aperfeiçoada de forma que se ajuste à realidade onde a atividade ocorre; 
obtenção de dados reais sobre os riscos existentes, ajudando a organizar todos os 
recursos para saber como aplicá-los durante uma emergência, treinando a equipe 
para ser agentes de ajuda e ação e, finalmente, avaliando os procedimentos 
desenvolvidos, corrigindo falhas e erros durante o processo. 
Para tanto, o apoio do Corpo de Bombeiros deve ser obtido primeiramente por 
meio das auditorias realizadas anualmente aos estabelecimentos; As auditorias 
internas devem então ser agendadas a cada 3 a 6 meses, conforme necessário. 
Dentro disso, o treinamento de pessoal desempenha um papel importante para que o 
plano de emergência e autoproteção funcione conforme o esperado, isso através de 
treinamentos e exercícios, deve-se notar que todas essas atividades devem ser 
documentadas a fim de manter um arquivo onde os novos procedimentos de 
segurança implementados possam ser monitorados, vigiando as mudanças ou 
alterações que ocorram nas diferentes etapas e, finalmente, avaliar os resultados 
positivos e negativos, a fim de alcançar o produto final que se encaixará perfeitamente 
no estabelecimento (BRETANO, 2007). 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O principal objetivo deste trabalho foi avaliar os planos de emergência e 
autoproteção dos hotéis do tipo resorts de primeira categoria com base em padrões 
nacionais e internacionais, através dos quais foi determinado o nível de conformidade 
dos hotéis visitados de acordo com os padrões acima mencionados, por esta razão 
conclui-se que atendem quase cem por cento com os requisitos, a razão para este 
cumprimento baseia-se na boa administração do resort, no apoio prestado pelo 
inspetor desta área que tem sido capaz de aconselhar e corrigir de acordo com os 
regulamentos e manter um controle em conjunto com o pessoal do resort para que 
todos tenham conhecimento dos processos e ferramentas com os quais o edifício tem 
em caso de incêndio e mais do que todos os Trabalho em ordem e limpeza são fatores 
determinantes. 
Como resultado de todo o estudo, o modelo de plano de emergência foi 
proposto dentro do capítulo três, levando em consideração os seguintes aspectos: os 
requisitos a nível nacional e internacional, os riscos analisados em cada um dos hotéis 
visitados, a opinião dos entrevistados e os procedimentos em tudo o que se refere a 
riscos de incêndio. Para esse modelo, os planos de emergência dos resorts visitados 
foram tomados como base; resultando numa proposta onde todos os aspetos da 
segurança contra incêndios são encerrados dentro de um local de alojamento, 
englobando a implementação do mesmo, de forma a ser monitorizada e relevante 
dentro da empresa, garantindo a todos um espaço seguro, com as condições 
adequadas e com pessoal treinado que saiba utilizar da melhor forma os recursos 
disponibilizados pela empresa de forma a salvaguardar vidas humanas. 
Recomenda-se aos gerentes e administradores de redes hoteleiras que 
revisem os planos de emergência em vigor, a fim de corrigir e modificar os 
procedimentos; aplicando-os à realidade que rodeia um hotel, sendo desta forma um 
documento completo que pode servir de base para reagir em caso de emergência, 
obtendo os melhores resultados. De forma a cumprir a regulamentação exigida para 
estes estabelecimentos, recomenda-se a realização de um trabalho conjunto entre as 
entidades reguladoras e os locais de alojamento regulamentados, onde não só é 
controlado,mas também ajudado através de formação e informação, a fim de alcançar 
o cumprimento dos requisitos dos estabelecimentos hoteleiros. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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termos relacionados com a segurança contra incêndio. Rio de Janeiro: 1997. 
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