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Fisiopatologia da Hanseníase

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Região rosa: bacilos. Na 
lâmina, há alta carga 
bacilar. 
 
 
MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
• Mycobacterium leprae. 
• Reprodução lenta e por fissão binária. 
• Longo período de incubação. 
• Diferenciação para tuberculose: micobactérias 
são não moveis, não esporuladas e possuem 
barras levemente curvas ou retas. 
RESERVATÓRIOS 
• Seres humanos: cavidades oronasais. 
• Tatus, chimpanzés e outros macacos, solo, água e 
alguns artrópodes. 
TAXONOMIA 
• Classe Schizomucete. 
• Ordem Actinomycetales: 
o Muito difíceis de tratar. 
o É bacilo álcool ácido resistente (BAAR), 
podendo fazer diagnóstico diferencial 
com tuberculose. 
• Família Mycobacteriaceae. 
• Gênero Mycobacterium. 
• lnfecta, principalmente, macrófagos e células 
de Schwann. 
ESFREGAÇO 
• Cora em vermelho com fucsina pela coloração 
de Ziehl-Neelsen:  conteúdo lipídico na parede. 
• Não descora quando lavado com álcool e ácido. 
• Pesquisa de Bacilo Alto Ácido Resistente (BAAR). 
DIFERENTE DO ARRANJO DE OUTRAS MICOBACTÉRIAS 
• Cadeias paralelas unidas (“pacotes de cigarro”) 
formando globos. 
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DA M. LEPRAE 
• Infecta principalmente macrófagos e células de 
Schwann. 
•  Patogenicidade e  infectividade. 
• Acometimento de células de Schwann: 
manifestações neuropáticas, como anestesia e 
parestesia. 
• Temperatura para sobrevivência e proliferação: 27ºC a 
30ºC. 
• Incidência em áreas superficiais: pele, nervos 
periféricos, testículos e vias áreas superiores e menor 
envolvimento visceral. 
• Infecções nas vísceras são raras. 
CARACTERPISTICAS ESTRUTURAIS IMPORTANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A membrana plasmática é coberta por um núcleo de parede celular feito de 
peptidoglicano covalentemente ligado ao galactano por uma unidade de ligação de 
arabinogalactano. 3 cadeias ramificadas de arabinano estão ligadas ao galactano. Os 
ácidos micólicos estão ligados aos terminais das cadeias de arabinanos para formar o 
folheto interno de uma bicamada pseudolipídica. Um folheto externo é formado 
pelos TMM e PDIMs e PGLs,. Uma cápsula composta por PGLs e outras moléculas 
circunda a bactéria. Lipoglicanos LM e lipoarabinomanano (LAM) estão na camada 
capsular. 
 
 
 
 
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
ESTRUTURAS 
• Na bicamada lipídica, a coloração de Ziehl- 
Neelsen irá corar de vermelho. 
• Na membrana plasmática, alguns antígenos se 
coram. Eles facilitam e interagem com a resposta 
imunológica do hospedeiro. 
• PGL-1: glicopeptídeo fenólico localizado na cápsula. 
• Especifico para M. leprae. 
MECANISMOS DA TRANSMISSÃO 
• É uma infecção que demanda tempo íntimo 
prolongado para infectar outras pessoas. 
• Inalação de bacilos contidos na secreção nasal ou 
aerossóis. 
• Principal via: mucosa nasal. 
• Outras vias: 
o Erosões cutâneas: menos comum. 
o Sangue. 
o Transmissão vertical. 
o Leite materno. 
o Picadas de insetos. 
• Se a pele estiver com solução de continuidade, é 
secretória e pode causar risco biológico. 
• Indivíduos infectados, mesmo aqueles que não 
desenvolveram a doença, podem ter um período 
transitório de liberação nasal de bacilos. 
• Portadores nasais: conseguiram segurar a 
infecção, sendo portadores assintomáticos. 
Responsáveis pela manutenção da doença na 
comunidade. 
• A amamentação não é contraindicada. 
• Se a infecção foi periparto, é recomendado o 
uso de máscara pela mãe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Granuloma epitelioide bem formado no polo TT vai se
tornando desorganizado até resultar em agregados
completamente desorganizados de histiócitos,
ocasionalmente linfócitos, no polo LL.
Classificação
TT: 
Tubercoloide 
tuberculoide.
LL: 
Virchowiano 
virchowiano 
(lepromatoso)
BL: Borderline 
virchowiano.
BB: Borderline 
borderline.
BT: Boderline 
tuberculoide.
INFLUÊNCIA GENÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Quanto mais lesão localizada, menor a carga bacilar → 
resposta celular mais forte, que consegue segurar a 
infecção micobacteriana. 
FORMAS CLÍNICAS 
• As manifestações clínicas dependem mais 
da resposta imune celular do hospedeiro ao 
M. leprae do que da capacidade de 
penetração e de multiplicação bacilar. 
• São precedidas por um período de 
incubação longo, entre 6 meses e 20 anos 
(média de 2 a 4 anos). 
• A proliferação lenta,  antigenicidade e 
limitação metabólica do M. leprae são 
explicações para os longos períodos de 
incubação da hanseníase. 
• É típica a  sensibilidade nas lesões, 
alterando- se, sequencialmente, a térmica, a 
dolorosa e a tátil. 
FORMAS CLÍNICAS 
TUBERCULOIDE (TT) 
CARACTERÍSTICAS DA LESÃO 
 
 
 
 
 
 
• Formação de granuloma com lesões bem delimitadas, 
pequeno nº e assimétricas. 
• Placas eritematosas bem delimitadas, com bordas 
externas elevadas e centro hipocrômico e alteração 
importante da sensibilidade. 
• Pode haver alopecia e anidrose nas lesões, devido à 
desenervação dos anexos cutâneos, e espessamento 
de filete nervoso nas proximidades, além de 
hiperceratose e/ou ulceração nas áreas de 
compressão. 
• Forma neural primária: alteração sensitiva no trajeto 
de nervo, com ou sem espessamento evidente, 
podendo ser a única manifestação. 
• É possível ter dano neural com acometimento da 
função neuropática: ocorre quando a lesão 
tuberculoide está acima de um nervo, causando lesão 
nele. 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS IMUNOLÓGICAS 
•  Carga bacilar. 
• Resposta celular potente. 
• Forma paubacilar. 
•  BAR. 
• Predomínio de T helper CD4 +. 
DIMORFA OU TUBERCULOIDE (BB) 
 
 
 
 
 
 
 
• Manifestações clínicas diversas: graus variados 
da resposta imune celular ao M. leprae. 
• Subdividido em: 
o Dimorfa-tuberculóide (DT). 
o Dimorfa-virchowiana (DV) (conforme a maior 
proximidade a um dos polos). 
o Dimorfa-dimorfa (DD). 
• Está no meio do caminho: 
o Pacientes dimorfos em tratamento, devido à  
carga bacilar → direção ao polo TT. 
o Sem tratamento:  carga bacilar, → polo VV → 
deterioração da imunidade celular. 
• Resposta celular forte. 
• Carga bacilar um pouco alta. 
• Pessoas com HIV: devido à  LT-CD4+, tendem 
a ter as formas BB até a LL. 
VIRCHOWIANA (VV) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Não tem granuloma. 
• Forma disseminada da hanseníase. 
• Rosto hiperemiado, lobo da orelha inchado, nariz 
inchado, pele infiltrada e fácies leonina. 
• As lesões cutâneas múltiplas e simétricas, 
localizadas nas áreas mais frias do corpo, 
caracterizando-se por máculas hipocrômicas, 
eritematosas ou acastanhadas brilhantes, com 
bordas mal definidas, nem sempre anestésicas. 
• Ressecamento da pele. 
• Múltiplos nervos periféricos são 
comprometidos, mas não há espessamento, a 
menos que seja evolução da forma dimorfa. 
• Com a progressão, as lesões infiltram-se 
formando placas e nódulos (hansenomas). 
• Edema nas pernas e nos pés e hipoestesia 
das extremidades. 
• Fases mais avançadas: fácies leonina, com 
infiltração difusa e perda dos supercílios 
(madarose). 
• Pode haver comprometimento de mucosas, 
olhos, ossos, articulações, linfonodos, vasos 
sanguíneos, vias aéreas superiores, dentes 
e órgãos internos. 
CARACTERÍSTICAS IMUNOLÓGICAS 
• M. leprae multiplica-se e dissemina-se por 
via hematogênica, devido à ausência de 
resposta imune celular ao bacilo. 
 
 
 
 
•
•
•
→
• São formados anticorpos, mas esses não 
impedem a proliferação bacilar. 
• Predomínio da população de linfócitos T CD8+. 
•  Bacilos no tecido. 
FORMAS E EVOLUÇÃO DA DOENÇA 
IMUNIDADE CELULAR E HUMORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REAÇÕES HANSÊNICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Resultam de alterações no balanço imunológico 
entre o hospedeiro e o M. leprae. 
• Episódios agudos que afetam a pele e os nervos,sendo a principal causa de morbidade e de 
incapacidade neurológica. 
• Podem ocorrer durante o curso natural da 
 
 
 
 
•
•
•
•
•
•
•
•
•
• α β
•
•
•
•
•
γ →
•
doença, durante o tratamento ou após o mesmo. 
• Classificam-se em dois tipos: 
o Reação tipo 1: Resposta imune celular 
contra antígenos micobacterianos. 
▪ De melhora (reação 
reversa,). 
▪ De piora (reação de 
degradação). 
o Reação tipo 2. 
•  Mediadores inflamatórios. 
•  Mediadores inflamatórios. 
•  Células da topografia da lesão. 
• Deposição de imunocomplexos. 
• Resposta Th1 e Th2 ao mesmo tempo. 
• Inflama onde tem bacilos → orquite. 
• TT: acontece reação reversa, onde pode 
acontecer aumento de mediadores 
inflamatórios parecidos com os da Th2 → 
inflamação + hiperemia onde tem lesão. 
• Se a lesão está em cima do nervo, ocorre 
neurite, que, se não tratada, pode ter lesão 
estrutural e acometimento grave e 
irreversível com isquemia → fazer a 
liberação do nervo no ortopedista. 
• Pode ocorrer mesmo após tratamento: 
bacilos sobram na região → fazendo reação 
com o sistema imune e inflamando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reações
HIV
Menos chances de 
exacerbar a reposta, 
pois eles tem menos 
TCD4+
STH Helmintíases
Vacinação
Estimula resposta 
celular e humoral.
Tratamento
Lisa bactérias.
Reação 
imunomediada: fica 
parte da micobactéria 
no tecido.
COLONIZAÇÃO DO 
EPINEURO
Quando os bacilos se 
localizam nas células 
dentro e ao redor dos 
vasos sanguíneos.
Drenagem de bacilos 
através dos vasos 
linfáticos que estão 
entrelaçados com os 
vasos sanguíneos do 
epineuro.
ENTRADA NO 
COMPARTIMENTO 
ENDONEURAL
A entrada ocorre ao longo 
dos vasos sanguíneos, a a 
partir do foco e dentro do 
perineuro.
Estende-se através do 
perineuro para ir ao 
interior do nervo.
Fagocitose por células de 
Schwann.
INFLAMAÇÃO E 
ESPESSAMENTO 
PERINEURAL 
(PROLIFERAÇÃO)
• Carga bacteriana no 
epineuro e endoneuro.
Imunidade celular efetiva 
+ hipersensibilidade 
tardia = Doença 
Granulomatosa.
 Fibrose perineural e 
espessamento.
Macrófagos iniciam 
desmielinização e dano 
axonal:
•Isquemia.
•Apoptose.
•Desmielinização.
EXACERBAÇÕES IMUNES NA HANSENÍASE 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUDANÇAS NEUROLÓGICAS 
• Neuropatia periférica mista: padrão de 
mononeuropatia ou mononeuropatia múltipla 
o Sensorial. 
o Motora. 
o Autonômica. 
• M. leprae pode invadir troncos 
nervosos periféricos causando as 
neurites. 
• Pontas de pés e mãos: hipertrofia da 
musculatura dos interósseos. 
• Os nervos podem estar espessados, 
irregulares e dolorosos à palpação. 
• Hipoestesia ou anestesia, paresia ou 
paralisia, diminuição da força muscular, 
amiotrofia, retração tendínea, fixação 
articular, disfunção vasomotora, 
secreções sebáceas e sudoríparas 
podem ocorrer com a evolução do 
quadro. 
DISSEMINAÇÃO 
• A disseminação é linfática. 
• Ocorre espessamento de nervo. 
 
 
MECANISMOS DE LESÃO DO NERVO 
• M. leprae inicialmente se liga às células de Schwann na 
derme e depois se move proximalmente dentro do 
nervo. 
• Infecta nervos de fora para dentro, agregando nos 
linfáticos epineurais e vasos sanguíneos e entrando no 
compartimento endoneural através do seu 
suprimento de sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLONIZAÇÃO DO EPINEURO 
• Quando os bacilos se localizam nas células dentro e ao 
redor dos vasos sanguíneos. 
• Drenagem de bacilos através dos linfáticos que estão 
entrelaçados com os vasos sanguíneos do epineuro. 
CAMINHO ATÉ O COMPARTIMENTO ENDONEURAL 
• Entrada no compartimento endoneural ao longo 
dos vasos sanguíneos a partir do foco e dentro 
do perineuro, estendendo-se através dele para o 
interior do nervo. 
• Fagocitose por células de Schwann. 
o Células responsáveis pela produção de 
bainha de mielina. 
o Inflamam, espessam e proliferam ao 
tentar resolver a infecção. 
o Ativa sensibilidade tardia. 
o Pode ocorrer hipoxemia devido ao 
espessamento e inflamação → dano 
neural → apoptose → manifestações 
neurológicas (anestesia, parestesia). 
o TT: granulomas presente nesse nervo. 
o Quanto mais inflamação: + fibrose desse 
nervo. 
INFLAMAÇÃO E ESPESSAMENTO PERINEURAL 
•  Carga bacteriana no epineuro e endoneuro. 
• Se imunidade celular efetiva + 
hipersensibilidade tardia → TT ocorre. 
•  Fibrose perineural e espessamento. 
 
PAPEL DOS MACRÓFAGOS NA INFECCÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Macrófagos iniciam a desmielinização e dano 
axonal. 
• Chegam na porção do epineuro para entrar 
no endoneuro. 
• Células de Schwann fagocitam as micobactérias 
→ é o objetivo da micobactéria. 
• Elas se mantém vivas nas células de 
Schwann, infectando e inflamando. 
• Ocorre desmielinização também, pois a 
bactéria libera PGL-1 → libera óxido nítrico → 
disfunção oxidativa que altera toda a 
cadência de homeostasia do nervo 
acometido → sinais e sintomas de neurite 
que podem evoluir para anestesia. 
MECANISMOS DE DANOS NOS NERVOS 
• Isquemia: quanto ocorre reação hansênica, 
tanto por eritema nodoso, pelo corpo inteiro 
ou neurite. 
• Apoptose. 
• Desmielinização irreversível.

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