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APOSTILA DE ANATOMIA - Membros inferiores e superiores, dorso

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APOSTILA ANATOMIA II 
CURRÍCULO NOVO 
Maria Luiza Canalli T107 
 
 
 
 
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA 
1. DORSO 
2. MEMBROS INFERIORES 
3. MEMBROS SUPERIORES 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 1 
 
Face posterior do tronco, inferior ao 
pescoço e superior as nádegas 
Inclui: pele e tecido subcutâneo, músculos 
(camada superficial e profunda), coluna 
vertebral, costelas, medula espinal e 
meninges, nervos e vasos segmentares 
COLUNA VERTEBRAL 
Constituição: vértebras (33) + discos 
intervertebrais Estende-se do crânio até o 
ápice do cóccix 
Funções: proteger a medula e os nervos 
espinais, sustentar o peso do corpo 
superior no nível da pelve, garantir um 
eixo “rígido” para o corpo e é importante 
na postura e locomoção 
Dividida em 5 regiões: 
• Região cervical: 7 vértebras (C1 a 
C7) 
• Região torácica: 12 vértebras (T1 a 
T12) 
• Região lombar: 5 vértebras (L1 a 
L5) 
• Região sacral: 5 vértebras fundidas 
• Região coccígea: 4 vértebras 
fundidas 
VÉRTEBRAS 
 
 C T L 
As 25 vértebras superiores (das cervicais a 
primeira sacral) são as que tem 
movimentos significantes 
À medida que a coluna vertebral desce até 
o sacro, as vértebras se tornam 
progressivamente maiores (tamanho 
máximo imediatamente acima do sacro). 
Do sacro ao cóccix, o tamanho vai 
diminuindo 
Vértebra típica: corpo vertebral, arco 
vertebral e sete processos 
• Corpo vertebral: parte anterior do 
osso, resistência a coluna vertebral 
e sustenta o peso, aumenta à 
medida que desce a coluna 
o Formado por osso trabecular 
(medula óssea vermelha) e 
revestido por osso compacto 
• Arco vertebral: posterior ao corpo 
vertebral, tem dois pedículos e 
lâminas 
 
• Processos 
o Processo espinhoso: fixação 
de mm. profundos do dorso 
e é alavanca 
o Processos transversos (2): 
idem e proteção da medula 
espinal 
o Processos articulares (4): 
mantêm as vértebras 
alinhadas e restringem 
movimentos 
 
DORSO 
Laminectomia 
Cirurgia para remoção das lâminas do 
arco vertebral em determinada região 
da coluna vertebral, retirada do lado 
herniado 
Alívio da pressão sobre a medula 
espinal ou raízes nervosas causada por 
tumor, hérnia de disco intervertebral ou 
hipertrofia óssea 
Sobre afetar a funcionalidade da 
coluna vertebral do paciente: a 
retirada das lâminas e dos processos 
espinhosos não afetam os processos 
articulares, por isso não tem prejuízo 
ao aspecto funcional. Além disso, a 
funcionalidade da coluna vertebral é 
dada pelo conjunto de vértebras e seus 
constituintes, assim, a retirada de uma 
lâmina não prejudica o todo 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 2 
 
Vértebras Cervicais (Região) 
Região cervical tem a maior amplitude e 
variedade de movimento de todas as 
regiões vertebrais, por conta da espessura 
relativa dos discos intervertebrais, 
orientação quase horizontal e pequena 
massa corporal 
• Flexão (máxima) e extensão, 
rotação e inclinação lateral 
(máxima) 
Característica marcante: forame 
transversário oval no processo transverso 
Processos transversos das cervicais 
terminam lateralmente em tubérculos, que 
dão fixação aos mm. escalenos e 
levantador da escápula 
C1 (atlas), C2 (áxis) e C7 são vértebras 
atípicas 
• C1: não tem corpo nem processo 
espinhoso, mais largas das 
vértebras cervicais 
• C2: mais forte das cervicais, atlas 
gira sobre a áxis. Sua fratura causa 
a morte no enforcamento 
o Dente do áxis: anterior à 
medula espinal, serve de 
eixo para rotação da cabeça; 
mantido contra a face 
posterior do arco anterior de 
C1 pelo lig. transverso do 
atlas (forma de cruz) 
 
 
• C7: não tem processo espinhoso 
bífido, esse processo é mais longo – 
vértebra proeminente 
C3 a C6 são típicas: processo espinhoso 
bífidos 
 
Vértebras Torácicas (Região) 
Nelas se fixam as costelas, logo, a 
característica marcante são as fóveas 
costais, para articulação das costelas 
(entre o corpo e pedículo ou nos 
processos transversos) 
Ligamento transverso do Atlas 
Impede o deslocamento posterior 
(horizontal) do dente e anterior de C1 
Qualquer deslocamento pode 
comprometer o forame vertebral de 
C1, que dá passagem à medula espinal 
 
Fratura no dente 
A medida de intervenção tomada 
depende do local em que houve a 
fratura 
 
Quando ela ocorre inferiormente à base 
do dente do áxis (figura à esquerda), o 
fragmento continua recebendo 
irrigação sanguínea, logo, essa fratura 
pode se consolidar normalmente, 
apenas com fixação por meio do colar 
cervical 
 
 
 
Nesse local também estão os 
ligamentos cruciforme e alares do atlas 
que mantêm a estabilidade, se o 
ligamento for lesionado, a recuperação 
é pior e a fratura é instável 
 
Osteófitos na Região Cervical 
De nome popular, são os picos de 
papagaio 
 Com o avanço da idade, o paciente 
pode ter disfagia (dificuldade na 
deglutição) 
O esôfago é levado contra a coluna 
cervical e, havendo ali um osteófito, 
quando engole, o osteófito pinça e 
causa dor 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 3 
 
 
Essa região tem o maior grau de rotação 
e algum grau de flexão lateral da coluna 
vertebral 
• Estabilidade por estar unida ao 
esterno pelas costelas e cartilagens 
costais 
T1 e T2 são atípicas: tem características 
em comum com as cervicais 
• T1 tem o processo espinhoso longo 
e horizontalizado, parecido com C7 
T4 a T8 têm todos os elementos típicos 
das vértebras torácicas 
• Processo espinhoso verticalizado 
• Processos articulares no plano 
frontal 
T9 a T12 tem características das lombares 
• T10 a T12 não tem fóveas costais 
inferiores 
 
Vértebras Lombares (Região) 
Tem corpos grandes (sustentam o maior 
peso), processos articulares se estendem 
verticalmente 
Movimento de flexão e extensão (mais 
acentuada), flexão lateral (máxima); a 
rotação é impedida 
Característica marcante: processos 
acessórios – projeções de cada processo 
transverso, permite a fixação dos mm. 
intertransversários 
L5 - Ângulo lombossacral: estresse de 
transição por conta do peso e 
instabilidade da região 
 
Sacro 
Cuneiforme, entre os ossos do quadril e 
forma o teto e parede posterossuperior da 
cavidade pélvica 
Durante a infância, as 5 vértebras sacrais 
individuais estão unidas por cartilagem 
hialina e separadas por discos 
intervertebrais 
Garante resistência e estabilidade à pelve 
e transmite o peso do corpo ao cíngulo 
do membro inferior 
Canal sacral é a continuação do canal 
vertebral no sacro, tem forames sacrais 
para a saída de dos nervos espinais 
Hiato sacral: resulta da ausência de 
lâminas e do processo espinhoso de S5; 
leva ao canal sacral 
• Importância clínica: permite o 
acesso ao canal sacral, que abriga 
Vértebra T12 – Fratura com maior 
frequente 
Apresenta a maior parte das 
características de transição da região 
torácica para lombar 
Sua metade superior tem caráter 
torácico, com fóveas costais e 
processos articulares que permitem o 
movimento giratório 
Sua metade inferior tem caráter 
lombar, sem fóveas costais e com 
processos articulares que permitem 
apenas flexão e extensão 
Assim, está mais sujeita a estresses de 
transição, sendo a vértebra com mais 
frequência de fratura 
 
As regiões da coluna vertebral com 
maiores movimentações são a cervical 
e a lombar 
Quanto mais movimento, mas 
propenso a problemas 
Por que a lombalgia é mais comum 
que a cervicalgia? Pois a lombar 
sustenta mais peso (cabeça, membros 
superiores, tórax, abdome e parte da 
pelve), enquanto a cervical tem apenas 
o peso da cabeça 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 4 
 
as raízes da cauda equina e saco 
dural 
• Região de aplicação de anestesia 
peridural caudal de fácil acesso, 
solução anestésica se difunde emdireção superior e extradural, 
atuando sobre os nervos espinais 
S2-Co1 da cauda equina 
• Via de anestesia das regiões mais 
inferiores da medula espinal sem 
precisar que o anestésico entre no 
espaço subaracnóideo, anestesia 
com maior segurança 
• Situações clínicas: via de anestesia 
em crianças e em mulheres no 
parto 
Cóccix 
Pequeno osso triangular, remanescente do 
esqueleto da eminencia caudal 
embrionária 
---------------------------------------------------------------- 
ARTICULAÇÕES DA COLUNA 
VERTEBRAL 
Inclui: articulações dos corpos vertebrais, 
dos arcos vertebrais, craniovertebrais, 
costoverterbrais (tórax) e sacroilíacas 
(pelve) 
Articulações dos Corpos 
Vertebrais 
São sínfises, destinadas a sustentação do 
peso e resistência 
Discos intervertebrais: unem as faces 
articulares das vértebras adjacentes 
fortemente; possibilitam o movimento 
entre as vértebras adjacentes e absorvem 
choque (propriedade da deformidade 
elástica) 
• Formado por anel fibroso – parte 
fibrosa externa, com lamelas 
concêntricas de fibrocartilagem + 
núcleo pulposo – massa central 
gelatinosa, avascular e aneural 
(nutrição via difusão da placa 
terminal do corpo da vértebra) 
 
(Colabação gradual do disco 
intervertebral) 
 
Hérnia de disco ou do núcleo pulposo 
Protusão do núcleo pulposo 
gelatinoso para o interior ou pelo anel 
fibroso (parte posterior, que é mais 
fina) 
As hérnias são mais lateralizadas, não 
são medianas por conta do ligamento 
longitudinal posterior 
A flexão da coluna vertebral causa 
compressão anterior, pressionando o 
núcleo pulposo posteriormente em 
direção a parte fina do anel fibroso 
 
Em caso de degeneração do anel 
fibroso, pode haver hernia de disco 
para o canal vertebral e causar 
compressão da medula espinal ou das 
raízes nervosas da cauda equina 
 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 5 
 
 
Ligamentos: 
• Ligamento longitudinal anterior: 
impede a hiperextensão da coluna, 
mantém a estabilidade das 
articulações entre os corpos 
vertebrais; seu prolongamento 
origina as membranas atlantoaxial 
e atlantoccipital anteriores 
o Único que impede a 
hiperextensão 
 
• Ligamento longitudinal posterior: 
dentro do canal vertebral (face 
posterior dos corpos vertebrais), 
ajuda a evitar a herniação 
posterior do núcleo pulposo; seu 
prolongamento origina a 
membrana tectória 
o Impede a hiperflexão, assim 
como o ligamento amarelo, 
supraespinhal e interespinal 
 
 
 
Articulações dos Arcos 
Vertebrais 
São as articulações dos processos 
articulares ou zigapofisárias, são sinoviais 
planas entre os processos superiores e 
inferiores de vértebras adjacentes 
Cada articulação é circundada por uma 
cápsula articular fina, na cervical são 
finas e frouxas, por isso a amplitude de 
movimento 
Ligamentos acessórios unem as lâminas, 
processos transversos e espinhosos, e 
ajudam na estabilização das articulações 
• Lig. amarelo: liga as lâminas, 
amarelo por conta das fibras 
elásticas (no cadáver, escuro); se 
funde na linha mediana, limitam a 
flexão abrupta da coluna vertebral, 
auxiliam na extensão da coluna 
após flexão; seu prolongamento 
forma as membranas atlantoaxial 
e atlantoccipital posteriores 
 
• Lig. interespinal: liga os processos 
espinhosos lateralmente 
 
• Lig. supraespinal: liga os 
processos espinhosos na 
extremidade (ápice); seu 
prolongamento forma o ligamento 
nucal 
 
Articulações Craniovertebrais 
São sinoviais, sem discos intervertebrais 
Articulações atlantoccipitais: entre o 
atlas (C1) e occipital no crânio, permite a 
Dorsalgia localizada: aguda, pressão 
sobre os ligamentos longitudinais, 
inflamação local por irritação química 
com o contato das substancias do 
núcleo pulposo 
Dor crônica: compressão dos nervos 
espinais pela hérnia 
Lombar e lombossacral: tem os 
maiores discos intervertebrais, 
movimentos maiores → hérnia de 
disco mais comum 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 6 
 
flexão, extensão e inclinação lateral da 
cabeça 
• Membranas atlantoccipitais: 
evitam o movimento excessivo 
dessas articulações 
Articulações atlantoaxiais: laterais 
(sinoviais planas) e mediana (trocóidea), 
permite que a cabeça gire de um lado para 
o outro 
Ligamentos alares: fixam o crânio à C1 e 
são ligamentos de contenção, evitam 
rotação excessiva das articulações 
Membrana tectória: continuação do lig. 
longitudinal posterior, se alarga e segue 
sobre a articulação atlantoaxial mediana 
---------------------------------------------------------------- 
CURVATURAS DA COLUNA 
VERTEBRAL 
Cifose (torácica e sacral): concavas 
anteriormente, curvaturas primárias que 
se desenvolvem no período fetal 
• Curvatura primária: de natureza 
do corpo da vértebra (ósseas), 
altura anterior do corpo vertebral é 
menor que do posterior 
• Cifose sacral é diferente em cada 
sexo → nas mulheres, é reduzida de 
modo que haja menor protrusão do 
cóccix para a abertura inferior da 
pelve 
• Hipercifose: estrangulamento da 
região torácica e abdominal, causa 
insuficiências cardíacas, alterações 
intestinais, sexuais, circulares 
 
Lordose (cervical e lombar): côncavas 
posteriormente, curvaturas secundárias 
que aparecem no período fetal, por conta 
dos discos intervertebrais, mas só se 
desenvolvem na lactância 
• Curvaturas secundárias: contrário 
do corpo vertebral das cifoses, 
adquirida quando individuo 
sustenta a cabeça e começa a 
andar, disco intervertebral tem 
altura anterior maior que posterior 
• Se desenvolve a medida que o 
indivíduo começa a sustentar a 
cabeça e a andar 
• Lordose lombar é mais acentuada 
em mulheres 
 
Proporcionam flexibilidade adicional 
(resiliência com absorção de choque), 
aumenta a flexibilidade proporcionada 
pelos discos 
Flexibilidade proporcionada pelas 
curvaturas sofre resistência ativa da 
contração de grupos musculares 
antagonistas no movimento, diferente da 
dos discos (passiva) 
Processo de formação das curvaturas: 
• Sustentar a cabeça: curvatura 
cervical (3 meses) 
• Sentar: Curvatura sacral (6 meses) 
• Engatinhar: Curvatura torácica (9 
meses) 
• Andar: Curvatura lombar (12 meses) 
---------------------------------------------------------------- 
VASCULATURA DA COLUNA 
VERTEBRAL 
Veias espinais formam plexos venosos ao 
longo da coluna vertebral, dentro e fora do 
canal vertebral: plexos venosos 
vertebrais internos e externos 
• Se comunicam pelos forames 
intervertebrais 
• Mais densos na porção anterior e 
posterior 
Anquilose Vertebral 
Ossificação anormal e completa dos 
segmentos e dos ligamentos 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 7 
 
 
Veias basivertebrais: grandes e 
tortuosas, se formam nos corpos 
vertebrais > emergem no forame dos 
corpos > drenam para o plexo venoso 
vertebral externo anterior e plexo venoso 
vertebral interno anterior (principal) 
Veias intervertebrais: recebem veias da 
medula espinal e dos plexos nervosos 
vertebrais, drenam nas vv. vertebrais do 
pescoço e vv. segmentares do tronco 
---------------------------------------------------------------- 
NERVOS DA COLUNA 
VERTEBRAL 
Articulações dos processos articulares são 
inervadas por ramos articulares dos 
ramos mediais dos ramos posteriores 
O canal vertebral é inervado por ramos 
meníngeos recorrentes dos nervos 
espinais, oriundos do nervo espinal misto 
Conduzem a sensibilidade/dor ao SNC 
---------------------------------------------------------------- 
 
---------------------------------------------------------------- 
 
 
Importância Clínica dos Plexos 
Venosos Vertebrais 
Permitem o fluxo do sangue crânio-
caudalmente ou vice-versa (pois são 
avalvulados), ajudam no débito 
cardíaco e absorvem pressão para 
favorecer que o fluxo cerebral não seja 
interrompidoem situações normais 
em que a pressão abdominal está 
aumentada (como respiração, tosse, 
espirro) 
São caminho de investigação de 
metástase e contaminação de modo 
hematogênico 
 
Punção Lombar 
Retirada de amostra de líquido 
cerebrospinal (líquor ou líquido 
cefalorraquidiano) da cisterna lombar 
Avalia distúrbios do SNC e se há a 
presença de sangue → meningite e as 
doenças do SNC podem alterar as 
células do líquor ou modificar a 
concentração de elementos químicos 
Posição: decúbito lateral, dorso e 
quadril fletidos, assim, as lâminas 
vertebrais e os processos espinhosos 
se afastam 
Agulha inserida entre os processos 
espinhosos de L3 e L4 ou L4 e L5: 
plano supracristal corta os pontos 
mais altos das cristas ilíacas, não 
havendo risco de lesão a medula 
espinal nesses níveis, porque a medula 
acaba no nível de L1/L2 (cone medular) 
Agulha perfura o ligamento amarelo > 
atravessa a dura-máter e a aracnoide-
máter > penetra na cisterna lombar 
Estratemetria (no plano mediano, 
entre os processos espinhosos): pele 
> tela subcutânea > músculos (camada 
superficial e profunda) > lig. 
supraespinal e interespinal > ligamento 
amarelo > espaço extradural > dura-
máter > aracnoide-máter > cisterna 
lombar/espaço subaracnóideo (LCS) 
Atenção! Algumas agulhas de punção 
são delicadas e, se desejar evitar o 
ligamento interespinal que é espesso, 
pode se fazer a perfuração mais 
lateralmente, assim: 
• Pele > tela subcutânea > 
músculos (camada superficial e 
profunda) > ligamento amarelo 
> espaço extradural > dura-
máter > aracnoide-máter > 
cisterna lombar/espaço 
subaracnóideo (LCS) 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 8 
 
MÚSCULOS DO DORSO 
A maior parte do peso do corpo situa-se 
anteriormente à coluna vertebral 
Os músculos fortes fixados aos processos 
espinhosos e transversos são necessários 
para sustentar e movimentar a coluna 
vertebral 
Estrato Muscular Extrínsecos 
do Dorso 
Possuem fixação no esqueleto axial e 
apendicular, inervados por ramos 
anteriores dos nervos espinais e NC 11 
(acessório – m. trapézio), atuam nos 
membros 
São os estratos VA, EAP e EAS 
VA: vertebroapendiculares 
• Mm. quadrado do lombo, psoas 
maior e menor 
• Ação: movimento no cíngulo do 
membro inferior 
• Apenas na região lombar 
EAS: espinoapendiculares superficiais 
• M. trapézio e latíssimo do dorso 
• Ação: movimentos no cíngulo do 
membro superior 
EAP: espinoapendiculares profundos 
• M. levantador da escápula e 
romboides 
• Ação: movimentos no cíngulo do 
membro superior 
 
 
 
Estrato Muscular Intrínsecos do 
Dorso 
Fixação apenas no esqueleto axial, 
inervação por ramos posteriores de nervos 
espinais, atuam nos movimentos da 
coluna vertebral e mantêm a postura 
São os estratos Tr, PoTP, PoTM e PoTS 
Tr: transversários 
• Mm. escalenos, intertransversários 
e levantadores das costelas 
• Ação: flexão anterior e lateral, 
elevação das costelas 
• Mais anterior, posterior a VA 
• Fixação nos processos transversos 
e costelas 
PoTS: pós-transversários superficial 
• Mm. esplênio do pescoço e da 
cabeça, mm. serrátil posterior 
superior (profundo aos romboides) 
e inferior (profundo ao m. latíssimo 
do dorso) 
• Ação: extensão, rotação e 
contenção 
• Posterior aos processos transversos 
• Estrato mais superficial dos mm. 
intrínsecos 
 
PoTM: pós-transversários médios 
• Mm. semiespinhal e eretores da 
espinha (iliocostal, longuíssimo e 
espinal) 
Tr e PoTS são estratos que, embora 
sejam tratados como intrínsecos, 
possuem também características 
extrínsecas 
Compõem o estrato mais superficial do 
grupo dos intrínsecos, ficando 
adjacente aos extrínsecos 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 9 
 
• Ação: extensão, flexão lateral e 
rotação 
• Posterior aos processos transversos 
• Calha costoespinal: região entre os 
ângulos das costelas e o processo 
espinhoso, localização dos mm. 
PoTM 
o Abriga músculos grandes, 
multissegmentares, 
vantagem biomecânica na 
postura 
 
PoTP: pós-transversários profundo 
• Mm. semiespinais, multífidos e 
rotadores, mm. interespinais 
• Ação: extensão, flexão lateral e 
rotação 
• Posterior aos processos transversos 
• Calha transversoespinal: relação 
entre o processo transverso e 
espinhoso formam essa calha, 
ficam localizados os músculos PoTP 
o São músculos curtos, 
segmentares, atuam no 
reparo fino da postura, 
podem ser acometidos por 
esteatose muscular 
 
Estratos Musculares por Região 
 
Região Cervical 
 
Região Torácica 
 
 
Região Lombar 
---------------------------------------------------------------- 
 
 
Relação anatomoclínica entre os 
músculos da coluna vertebral, 
movimentos, musculatura do abdome 
e as dorsalgias 
 
Os movimentos da região torácica e 
lombar são auxiliados pelos músculos 
da coluna e do abdome 
 
Se os músculos da coluna e do abdome 
estão enfraquecidos, o peso sustentado 
sobrecarrega as articulações da coluna, 
o que pode causar dores 
 
Os mm oblíquo interno do abdome e 
transverso do abdome estão 
associados à musculatura do dorso e à 
coluna vertebral através de suas fáscias 
(fáscia toracolombar) 
 
Essa associação é comumente chamada 
de cinturão abdominal ou cinturão 
lombar, com função de estabilizar a 
coluna vertebral 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 10 
 
REGIÃO SUBOCCIPITAL 
 
Área entre linha nucal superior e o 
processo espinhoso de C3 
 
Pele > tela subcutânea > m. trapézio > m. 
esplênio da cabeça > m. semiespinhal da 
cabeça (teto do trígono) 
 
Trígono suboccipital 
 
• M. reto posterior maior da cabeça + 
m. reto posterior menor da cabeça 
+ m. oblíquo superior da cabeça + 
m. oblíquo inferior da cabeça 
 
 
• Profundos ao m. semiespinhal da 
cabeça, mas não aos mm. 
multífidos 
• Conteúdo: a. vertebral e n. 
suboccipital 
o Com a dissecção é possível 
ver o n. occipital maior 
(trajeto tangente ao m. 
oblíquo inferior da cabeça e 
perfura o m. semiespinal da 
cabeça) 
o Ver também o n. occipital 
terceiro (perfura os mm. 
esplênios da cabeça e 
trapézio em direção a 
superfície) 
 
Cefaleia Cervicogênica: dores cervicais 
que se irradiam para a cabeça e, as vezes, 
para os membros superiores 
• Por compressão dos 3 nervos já 
citados, via aumento da tensão 
muscular da região suboccipital 
• Várias origens: má postura, 
movimentos repetitivos, estresse, 
alteração da ATM/dentes, alteração 
vertebral cervical 
---------------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 1 
 
Extensões do tronco especializadas em 
sustentação do peso do corpo, locomoção 
e manutenção do equilíbrio 
Embriologia: ocorre uma semana depois 
do desenvolvimento dos membros 
superiores (4º semana, brotos de C5 a T1), 
na 5ª semana, surgindo brotos do 
membro inferior na face lateral dos 
segmentos de L2 a S2 do tronco 
• MMSS e MMII tem mesma orientação 
horizontal, mas terminam em 
rotação de 90º em diferentes 
sentidos 
• Superior roda 90º lateralmente, 
Inferior roda medialmente 90º 
• Padrão espiral nos dermátomos do 
membro inferior, enquanto o do 
membro superior tem padrão 
próximo do linear 
• Exame físico dos membros 
superiores e inferiores é distinto em 
virtude da sua embriologia 
Tem 6 regiões: 
• Região glútea: transição entre 
tronco e MMII, inclui as nádegas e a 
região do quadril lateral 
• Região femoral: entre as regiões 
glútea, abdominal e perineal até o 
joelho, inclui o fêmur 
• Região do joelho: côndilos da parte 
distal do fêmur e proximal da tíbia, 
cabeça da fíbula e a patela 
• Região crural: inclui tíbia e fíbula 
• Região talocrural: proeminências 
medial e lateral que ladeiam a 
articulação talocrural 
• Região do pé: contém o tarso, 
metatarsoe falanges 
 
---------------------------------------------------------------- 
OSSOS DO MMII 
Cíngulo do membro inferior (pelve óssea – 
sacro e ossos do quadril) + ossos do MMII 
livre 
Peso corporal é transferido: coluna 
vertebral > articulações sacroilíacas > 
cíngulo do MMII > articulações do quadril > 
fêmures > articulações dos joelhos > tíbia > 
articulação talocrural > tálus 
Osso do quadril 
Ílio: maior parte do OQ 
Ísquio: parte posteroinferior do OQ 
Púbis: parte anteromedial do OQ, local de 
fixação proximal dos músculos mediais da 
coxa 
Forame obturado: abertura oval ou 
triangular, limitado pelo púbis e ísquio; 
fechado pela membrana obturadora 
Acetábulo: depressão na pelve, cabeça do 
fémur articula-se com a pelve por aqui 
Fêmures 
São oblíquos nas coxas, em direção 
inferomedial 
Quando de pé, os joelhos ficam adjacentes 
e diretamente inferiores ao tronco, 
reposicionando o centro de gravidade nas 
linhas verticais das pernas e pés 
Nas mulheres, são mais oblíquos por conta 
da maior largura da pelve 
Cabeça do fêmur: redonda, fóvea por onde 
passava artéria que irrigava a epífise da 
cabeça 
Ângulo de inclinação: ângulo entre colo e 
cabeça do fêmur com a diáfise 
• Dá maior mobilidade ao fêmur na 
articulação do quadril 
• Orientação do acetábulo e da rota do 
MI, esse ângulo permite vantagem 
mecânica ao MI 
• Menor nas mulheres por conta da 
maior largura dos acetábulos e 
pelve, colo do fêmur é mais próximo 
de um ângulo reto 
MEMBROS INFERIORES 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 2 
 
Ângulo de torção: entre as epífises 
proximal e distal, representa a 
característica de rotação na embriologia 
• Orienta o joelho mais medialmente e 
melhora a conversão de movimentos 
do MI dentro da articulação do 
quadril 
• Maior nas mulheres 
Colo do fêmur: trapezoide 
Trocanteres: elevações arredondadas na 
união do colo com o corpo do fêmur 
• Menor: local de fixação tendínea 
para o m. iliopsoas 
• Maior: massa óssea, fixação e 
alavanca para abdutores e rotadores 
da coxa 
Côndilos: se articulam com os meniscos e 
côndilos da tíbia para formar a articulação 
do joelho 
 
 
Tíbia 
Forte e superficial na perna, ficando 
suscetível a fraturas expostas 
Principal sustentáculo da perna 
Articula se com os côndilos do fêmur 
superiormente e com o tálus inferiormente, 
transmite o peso do corpo 
Forame nutrício: passagem da artéria 
principal que irriga a extremidade proximal 
do osso e sua medula óssea 
• Canal nutrício segue inferiormente 
na tíbia antes de se abrir na cavidade 
medular 
Seu corpo se une ao da fíbula pela 
membrana interóssea 
Fíbula 
Não se articula com o fêmur e joelho, não 
sustenta nem transfere o peso, logo, é um 
osso delgado 
Importante função de encaixe da 
articulação do tornozelo e na sua 
estabilidade 
Permite a fixação muscular da região e 
contribui para formação da articulação 
talocrural 
Terço médio da fíbula é usado para 
transplantes ósseos grandes 
Ossos do Pé 
Formado pelos ossos tarsais, metatarsais e 
falanges de cada pé 
Distribui o peso uniformemente entre o 
calcanhar e a parte anterior do pé 
Tarso: parte posterior ou proximal do pé 
• Tálus: se articula com os ossos da 
perna e sustentação do peso 
corporal, não tem fixação muscular 
Fratura no colo do fêmur – fragilidade 
a fratura 
Ângulo de inclinação assegura 
obliquidade do fêmur na coxa, 
permitindo que os joelhos fiquem 
adjacentes inferiores ao tronco. Porém, 
impõe tensão no colo do fêmur 
É a parte mais estreita e fraca do osso, 
faz ângulo acentuado com a linha de 
sustentação de peso 
Um tropeço pode causar fratura nessa 
parte do fêmur em pessoas idosas, caso 
o colo esteja enfraquecido por 
osteoporose 
 
Fêmur para o legista 
Por meio da análise desse osso, pode ser 
identificado o sexo da pessoa pelo 
diâmetro vertical da cabeça do fêmur, 
ângulo de inclinação e de torção, que é 
diferente na mulher e no homem 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 3 
 
• Calcâneo 
• Cuboide 
• Navicular 
• Cuneiformes (3) 
Metatarso: parte anterior ou distal do pé 
• 5 ossos metatarsais 
• Numerados a partir da face medial 
do pé 
Falanges: são 14, dedos 
• Hálux: dedão, tem duas falanges 
(distal e proximal) 
• Demais dedos tem 3 falanges: 
proximal, medial e distal 
 
Número de articulações e organização, 
forma uma disposição de arcos, um 
longitudinal e transversal, sendo o pé 
arqueado contra o solo 
• Arqueamento mantido pela 
articulação do pé e ligamentos que 
estão na região plantar, 
especialmente a aponeurose plantar 
(muito densa) 
• Ajuda na postura, na adaptação aos 
diferentes solos, na distribuição de 
peso e na condução de força → 
locomoção bípede com menos atrito 
e gasto energético 
 
---------------------------------------------------------------- 
ARTICULAÇÕES DO MMII 
Articulação do quadril: é esferoide, entre 
acetábulo e cabeça do fêmur 
• Se encaixam fortemente, de forma 
que 2/3 da cabeça do fêmur está em 
contato com acetábulo 
• Cápsula é também muito forte, tem 
3 ligamentos para manutenção da 
posição bípede e diminuir o gasto 
energético 
o Iliofemoral, pubofemoral e 
isquiofemoral 
 
• Na posição bípede (em pé), os 
ligamentos estão torcidos na 
máxima distensão, estabilizando a 
articulação sem a necessidade de 
grande desgaste muscular 
• Na flexão do quadril, as fibras dos 
ligamentos se tornam frouxas, 
permitindo a amplitude de 3 eixos 
de movimento 
• Movimentos dessa articulação: 
flexão e extensão, adução e 
abdução, rotação medial e lateral 
 
Articulação do joelho: tem a maior 
cavidade articular, grande quantidade de 
liquido sinovial 
• Fica entre os côndilos dos fêmures 
(globosos) e os côndilos da tíbia 
(planos), por isso tem grande 
instabilidade, gerando condições 
clinicas 
• Para diminuir a instabilidade, tem 
muitos ligamentos 
o Cruzado anterior: mais 
fraco, limita a rolagem 
posterior dos côndilos do 
fêmur sobre o platô tibial 
durante a flexão, impede 
deslocamento posterior do 
fêmur sobre a tíbia e a 
hiperextensão do joelho 
o Cruzado posterior: mais 
forte, limita a rolagem 
anterior do fêmur sobre o 
platô tibial durante a 
extensão, impede o 
deslocamento anterior ou o 
deslocamento posterior da 
tíbia sobre o fêmur do fêmur 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 4 
 
sobre a tíbia e a 
hiperextensão do joelho 
o Colateral fibular e tibial: 
contribuem para estabilidade 
na posição de pé, permitem e 
limitam a rotação do joelho 
o Meniscos: melhora a 
adaptação da sinergia entre 
os côndilos do fêmur e da 
tíbia, ampliando a articulação 
e sua estabilidade 
o Se movimentam junto com o 
ângulo da articulação, então 
se tiver instabilidade de 
movimentos, os meniscos e 
ligamentos podem ser 
acometidos 
 
 
• Movimentos dessa articulação: 
flexão e extensão 
Articulação talocrural: do tornozelo, entre 
o osso tálus e a perna (maléolo lateral da 
fíbula e maléolo medial da tíbia) 
• Tíbia e fibular abrem ou fecham a 
articulação de acordo com o 
movimento do pé 
• Movimentos dessa articulação: 
dorsiflexão (hálux é trazido contra a 
perna) e plantiflexão (hálux se afasta 
da perna) 
o Na dorsiflexão, tíbia e fíbula 
se afastam 
o Na plantiflexão, esses dois 
ossos se aproximam 
 
• Tem ligamentos para dar sinergia ao 
movimento; em caso de movimentos 
avantajados pode haver lesão aos 
ligamentos 
o Mais lesados: ligamentos 
colaterais laterais, mulheres 
de salto 
Articulação subtalar: entre tálus, calcâneo 
e navicular 
• Faz movimento de inversão do pé 
(hálux lançado ao plano mediano) e 
eversão (em direção ao plano lateral) 
 
• Limitada pela articulação talocrural e 
pelos músculos fixados no calcâneo 
e navicular 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
TELA SUBCUTÂNEA E FÁSCIA 
Tela subcutânea fica sob à pele, consiste 
em tecido conjuntivo frouxo com 
quantidade variável de gordura, nervos 
cutâneos, veias superficiais, vasos 
linfáticos e linfonodos 
Tela subcutânea do quadril e da coxa é 
contínua com a tela da parte inferior da 
parede anterolateral do abdome e das 
nádegas 
No joelho, a tela subcutânea perde a 
gordura e se funde à fáscia muscular 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 5 
 
Fáscia muscular do membro inferior: 
forte, reveste o membro como uma meia 
elástica, limita a expansão externa dos 
músculos que se contraem 
• Aumenta a eficiência da contração 
muscular na compressão das veias 
para empurrar o sangue em direção 
ao coração (contra a gravidade) 
Fáscias do MI: glútea, lata, poplítea 
(genicular – posterior do joelho), crural (da 
perna), dorsal do pé e plantar 
Fáscia Lata 
Fáscia muscular da coxa 
Fixações: 
• Anterior: ligamento inguinal, arco 
púbico, corpo do púbis e tubérculo 
púbico 
• Lateral e posterior: crista ilíaca 
• Medial e posterior: sacro, cóccix, 
ligamento sacrotuberal, túber 
isquiático 
• Inferior: ossos ao redor do joelho e 
fáscia muscular da perna inferior ao 
joelho 
• Estrato membranáceo (fáscia de 
Scarpa) – 1 dedo abaixo do lig. 
inguinal 
Trato iliotibial: espessamento da fáscia, 
aponeurose dos músculos tensor da fáscia 
lata e glúteo máximo 
 
 
Músculos da coxa são separados em três 
compartimentos (pela fáscia lata e septos 
intermuscular) – anterior, medial e 
posterior 
• Septo intermuscular lateral é o 
mais forte, garante um plano 
internervoso para cirurgiões que 
precisam de ampla exposição do 
fêmur 
 
 
Hiato safeno: abertura na fáscia lata 
inferior à parte medial do ligamento 
inguinal 
• Fechado/coberto pela fáscia 
cribiforme 
Reparo de fratura na diáfise do 
fêmur 
No reparo das fraturas da diáfise do 
fêmur o cirurgião precisa inserir pinos, 
parafusos e hastes 
Em algumas situações, há necessidade 
de uma grande incisão, livre de grandes 
vasos e nervos, e que possibilite a 
realização de suturas fortes 
A região mais indicada para essa 
grande incisão e suturas fortes seria a 
região lateral da coxa, entre os 
compartimentos anterior e posterior, 
pois essa região não apresenta grandes 
vasos e nervos 
Esse procedimento normalmente é feito 
através do septo intermuscular lateral 
da coxa, que é o mais forte dos três e 
permite ao cirurgião o amplo acesso ao 
fêmur 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 6 
 
o Estrato membranáceo na tela 
subcutânea, aspecto de 
peneira, perfurada por vasos 
linfáticos e pela veia safena 
magna e tributárias 
o V. safena magna atravessa 
hiato safeno > fáscia 
cribiforme > entra na veia 
femoral 
Fáscia Muscular da Perna 
Fixa-se as margens anterior e medial da 
tíbia, sendo contínua com seu periósteo 
Mais espessa na parte proximal, porém, na 
distal (que é mais fina), a fáscia tem faixas 
espessas superiores e anteriores 
(retináculos dos mm. extensores) 
Na perna (canela – fíbula e tíbia), há 
também divisão em compartimentos pela 
membrana interóssea e os septos 
intermusculares 
• Anterior (dorsiflexor) 
• Lateral (fibular) 
• Posterior (flexor plantar) – esse é 
subdividido pelo septo 
intermuscular transverso, que 
separa os mm. flexores plantares 
superficiais e profundos 
 
---------------------------------------------------------------- 
DRENAGEM VENOSA DO MMII 
Veias superficiais no tecido subcutâneo e 
seguem independentes das artérias 
correspondentes 
Veias profundas estão profundas à fáscia 
muscular e acompanham todas as grandes 
artérias 
Veias superficiais e profundas têm válvulas, 
principalmente as profundas 
Veias Superficiais 
Veia safena magna: v. dorsal do hálux + 
arco venoso dorsal do pé 
• Ascende anterior até o maléolo 
medial > segue posterior ao côndilo 
medial do fêmur > anastomosa-se 
com v. safena parva > atravessa 
hiato safeno e fáscia cribiforme > 
desemboca na v. femoral > v. ilíaca 
externa 
• Acompanha o n. safeno 
• Veia safena acessória: união das 
tributarias das faces medial e 
posterior da coxa, quando existe, é 
a principal comunicação entre a v. 
safena magna e parva 
• Veias cutâneas lateral e anterior: 
vasos grandes, redes venosas na 
parte inferior da coxa, entram na v. 
safena magna 
• Recebe também as veias circunflexa 
ilíaca superficial, epigástrica 
superficial e pudenda externa 
Veia safena parva: v. dorsal do quinto 
dedo + arco venoso dorsal 
• Passa na região da panturrilha 
• Ascende posterior ao maléolo lateral 
> segue ao longo da margem lateral 
do tendão do calcâneo > inclina-se 
em direção à linha mediana da fíbula 
> penetra na fáscia muscular, 
ascende entre as cabeças do 
músculo gastrocnêmio > drena para 
a v. poplítea 
• Acompanha o n. sural 
Veias perfurantes: penetram na fáscia 
muscular perto do local onde se originam 
as veias superficiais 
Síndrome Compartimental 
A fáscia da perna é pouco distensível, 
dessa forma, acumula o edema do 
trauma 
O aumento da pressão dentro dos 
compartimentos, por conta da fáscia 
com pouca distensão, causa a 
obstrução do capilar e, por 
consequência, necrose dos músculos 
do compartimento da perna acometido 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 7 
 
• Têm válvulas que permitem o fluxo 
sanguíneo apenas das veias 
superficiais para profundas 
• Comprimidas quando os músculos 
se contraem e a pressão aumenta no 
interior da fáscia muscular → 
retorno venoso do MMII para o 
coração (bomba musculovenosa) 
Veias Profundas 
Veias acompanhantes: pares, contidas na 
bainha vascular com a artéria 
Veias profundas da perna fluem para v. 
poplítea posterior ao joelho, que se torna a 
v. femoral da coxa 
---------------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
INERVAÇÃO DOS MMII 
Nervos cutâneos na tela subcutânea 
suprem a pele dos membros inferiores 
• Ramos dos plexos lombar e sacral 
• Na região glútea e femoral tem 4 
grupos 
o N. cutâneo lateral femoral (do 
plexo lombar) 
o N. cutâneo femoral anterior 
(do n femoral) 
o N. cutâneo femoral posterior 
o Nn. glúteos 
Dermátomos são as áreas de pele suprida 
pelos nervos espinais individuais 
• O padrão dos dermátomos é 
distorcido pelo crescimento e torção 
do membro 
---------------------------------------------------------------- 
REGIÃO GLÚTEA 
Zona de transição entre tronco e membro 
inferior 
Fisicamente faz parte do tronco, mas, 
funcionalmente, faz parte do MI 
Músculos da Região 
Inervados pelos nn. glúteos e irrigado por 
vasos glúteos 
Localizam-se no mesmo compartimento, 
mas são organizados em camada 
superficial e profunda 
• Camada superficial (3): mm. 
glúteos máximo, médio e mínimo, e 
tensor da fáscia lata 
 
 
Retirada da Veia Safena 
A retirada da safena magna, ou de parte 
dessa, pode gerar lesões iatrogênicas 
dos seus nervos acompanhantes 
São o nervo safeno (que passa rente a 
V. safena magna), os Nn cutâneos do 
nervo objurgatório (segue pela lateral 
da coxa) e os ramos cutâneos 
anteriores do n femoral (grupo medial) 
 
Varizes 
O refluxo venoso das veias superficiais 
dos membros inferiores pode levar ao 
aparecimento de varizes 
(Acometimento das veias profundas é 
mais preocupante) 
Se houver complicação pode formar 
trombos e êmbolos, que se deslocam 
para outras regiões do corpo e podem 
causar embolia e trombose 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 8 
 
• Camada profunda (5): mm. 
piriforme, obturador interno, 
gêmeos superior e inferior, 
quadrado femoral – são cobertos 
pelo m. glúteo máximo 
 
Vista posterior 
M. glúteo máximo: mais superficial, 
estende a coxa e ajuda na rotaçãolateral, 
estabiliza e auxilia no levantamento a partir 
da posição sentada 
Mm. glúteos médio e mínimo, e tensor da 
fáscia lata: aduz e roda medialmente a 
coxa 
M. piriforme: roda lateralmente a coxa 
estendida e abduz a coxa fletida 
• Ponto de referência da região 
glútea 
• Vasos e nervo glúteos superiores 
emergem superior a ele 
• Vasos e nervo glúteos inferiores 
emergem inferior a ele 
Mm. obturador interno, gêmeos superior 
e inferior: rodam lateralmente a coxa 
estendida e abduzem a coxa fletida, 
estabilizam a cabeça do fêmur no acetábulo 
• Formam um músculo tricipal → 
tríceps do quadril 
• Bolsa isquiática do m. obturador 
interno: permite livre movimento do 
músculo sobre o isquio 
M. quadrado femoral: roda lateralmente a 
coxa e estabiliza a cabeça do fêmur no 
acetábulo 
Bolsas da região glútea: separam o m. 
glúteo máximo das estruturas adjacentes 
• São sacos membranáceos 
revestidos por uma membrana 
sinovial, contendo camada capilar de 
liquido lubrificante 
• Estão em áreas sujeitas a atrito; 
tem objetivo de reduzir o atrito e 
permitir movimento livre 
• Bolsa trocantérica: separa fibras 
superiores do m. glúteo máximo do 
trocanter maior 
• Bolsa isquiática: separa a parte 
inferior do m. glúteo máximo do 
túber isquiático 
• Bolsa intermuscular do m. glúteo: 
separa o trato iliotibial da parte 
superior da fixação proximal do m. 
vasto lateral 
Estruturas Neurovasculares das 
Regiões Glútea e Femoral 
Posterior 
Vários nervos importantes originam-se do 
plexo sacral e suprem a região glútea ou a 
atravessam para suprir o períneo e a coxa 
Nervos clúnios: inervam a pele da região 
glútea, são superficiais e vulneráveis a 
lesão durante a retirada do osso do ílio para 
enxerto 
Nervos glúteos profundos: ramos do 
plexo sacral e saem da pelve pelo forame 
isquiático maior, emergem inferior ao m. 
piriforme (exceto o n. glúteo superior) 
• N. glúteo superior: supre o m. 
glúteo médio com o ramo superior e 
o m. glúteo mínimo, médio e tensor 
da fáscia lata com ramo inferior 
• N. glúteo inferior: superficial ao n. 
isquiático, inervação motora ao m. 
glúteo máximo 
• N. isquiático: maior nervo do corpo, 
supre os mm. posteriores da coxa, 
todos os mm. da perna e do pé, 
maior parte da pele da perna e do pé 
o Consiste em nervo tibial + 
nervo fibular comum, 
unidos na mesma bainha de 
tecido conjuntivo 
o Não supre estruturas da 
região glútea 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 9 
 
o Recebe da a. glútea inferior a 
artéria para o n. isquiático 
o Envia ramos para as 
articulações do MI 
 
• N. para o músculo quadrado 
femoral: inerva os mm. quadrado 
femoral e gêmeo inferior 
• N. cutâneo femoral posterior: 
inervação cutânea 
• N. pudendo: não supre estruturas da 
região glútea nem femoral posterior 
• N. para o músculo obturador 
interno: supre os mm. gêmeo 
superior e obturador interno 
As artérias da região glútea se originam, 
direta ou indiretamente, das artérias 
ilíacas internas 
• A. glútea superior: sai da pelve pelo 
forame isquiático maior e superior 
ao m. piriforme 
o Ramo superficial irriga o m. 
glúteo máximo e a pele 
o Ramo profundo irriga os mm. 
glúteo médio e mínimo e o 
tensor da fáscia lata 
o Anastomose com as aa. 
glútea inferior e circunflexa 
femoral medial 
 
• A. glútea inferior: sai da pelve pelo 
forame isquiático maior e inferior ao 
m. piriforme 
o Supre os mm. glúteo máximo, 
obturador interno, quadrado 
femoral e partes superiores 
dos mm. isquiotibiais 
o Anastomose com a a. glútea 
superior 
o Participa da anastomose 
cruzada da coxa 
 
• A. pudenda interna: segue paralela 
ao n. pudendo, supre o períneo 
 
• Aa. perfurantes: originam-se da a. 
femoral, perfuram a aponeurose do 
m. adutor magno e entram no 
compartimento posterior da coxa 
o Dão ramos musculares e 
anastomóticos, suprem o m. 
vasto lateral (comp anterior 
da coxa) 
 
Injeções na área glútea 
Local comum de injeção intramuscular 
(IM), porque os músculos são espessos 
e grandes, e consequentemente, há um 
bom volume para absorção das 
substâncias injetadas pelas veias 
intramusculares 
Por ter uma neurovasculatura densa, 
as injeções na nádega são seguras no 
quadrante superolateral ou acima de 
uma linha que se estende da EIPS até a 
margem superior do trocanter maior 
As injeções IM também podem ser 
administradas com segurança na parte 
anterolateral da coxa, onde a agulha 
entra no músculo tensor da fáscia lata 
 
O dedo indicador é colocado sobre a 
EIAS, e os dedos são abertos em sentido 
posterior, ao longo da crista ilíaca, até 
que o dedo médio encontre o tubérculo 
da crista → a injeção IM pode ser 
administrada com segurança na área 
triangular entre os dedos, porque está 
superior ao nervo isquiático 
As complicações associadas à técnica 
imprópria incluem lesão do nervo, 
hematoma e formação de abscesso 
 
Anastomose cruzada ou cruciforme 
do quadril 
Encontro comum tetradirecional, 
posteriormente ao fêmur, das aa. 
circunflexas femorais medial e lateral 
+ a. glútea inferior + 1ª a. perfurante 
Por conta desse grande número de vasos 
que realizam anastomose na região, 
cirurgias do quadril podem gerar uma 
grande hemorragia 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 10 
 
As veias glúteas superiores e inferiores 
se comunicam com tributarias da v. 
femoral, oferecendo vias alternativas para 
retorno venoso do sangue do MI, caso a v. 
femoral esteja ocluída ou se for necessário 
ligá-la 
Veias perfurantes drenam sangue do 
compartimento posterior da coxa para a v. 
femoral profunda; se comunicam 
inferiormente com a veia poplítea e 
superiormente com a veia glútea inferior 
---------------------------------------------------------------- 
REGIÃO FEMORAL 
Tem três compartimentos divididos pelos 
septos intermusculares 
Compartimento Anterior (ou 
extensor) 
Inervado pelo nervo femoral, maior dos 
compartimentos e inclui o fêmur; irrigado 
por vasos femorais 
Contém os músculos flexores do quadril e 
extensores do joelho 
• Mm. pectíneo, sartório, iliopsoas e 
quadríceps femoral (reto-femoral, 
vasto lateral, vasto medial e vasto 
intermédio) 
 
M. pectíneo: aduz e flete a coxa, auxilia a 
rotação medial da coxa; músculo de 
transição entre os compartimentos anterior 
e medial 
M. iliopsoas: principal flexor da coxa e 
estabiliza a articulação do quadril, fixado à 
coluna vertebral, à pelve e ao fêmur 
• Sua parte lateral larga se chama m. 
ilíaco e a parte medial longa m. 
psoas maior (e menor) 
M. sartório: flete, abduz e gira lateralmente 
a coxa na articulação do quadril, flete a 
perna na articulação do joelho 
M. quadríceps femoral: estende a perna na 
articulação do joelho 
• M. reto femoral, além disso, 
estabiliza articulação do quadril e 
ajuda o m.iliopsoas a fletir a coxa 
Compartimento Medial (ou adutor) 
Músculos do grupo medial são, geralmente, 
inervados pelo n. obturatório; irrigado por 
vasos obturatórios 
• Exceção: isquiotibiais do m. adutor 
magno, que é suprido pela parte 
tibial do n. isquiático (como os mm. 
do compartimento posterior) 
Contém os músculos adutor longo, adutor 
curto, adutor magno, m. grácil e m. 
obturador externo 
• Ação de adução da coxa, 
estabilização na postura de pé, 
flexão da coxa estendida e extensão 
da coxa fletida na corrida 
• Usados para chutar com a face 
medial do pé e na natação 
• M. adutor magno é o maior, mais 
forte e posterior, tem parte adutora 
e parte isquiotibial 
• M. grácil: único do grupo que cruza 
as articulações do quadril e joelho 
 
Hiato dos adutores: abertura entre a 
fixação distal da parte adutora e da parte 
isquiotibial do m. auricular magno 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 11 
 
• Passagem para a artéria e veia 
femoraisTrígono Femoral - comp anterior 
e medial 
Espaço subfascial, útil na dissecção e 
compreensão das relações na região 
inguinal 
Limites: 
• Superior e base: ligamento inguinal 
• Medial: margem lateral do m. adutor 
longo 
• Lateral: m. sartório 
• Teto: fáscia lata e cribiforme, tela 
subcutânea e pele 
• Assoalho: m. iliopsoas e pectíneo 
• Ápice: ponto em que a margem 
medial do m. sartório cruza a 
margem lateral do m. adutor longo 
Espaço retroinguinal: profundo ao lig. 
inguinal, passagem que une o tronco e 
cavidade abdominopélvica ao MI 
• Dividido em compartimentos pela 
fáscia iliopsoas: muscular e 
vascular 
Conteúdo: nervo femoral e ramos 
terminais, bainha femoral (a. femoral e 
ramos, v. femoral e tributarias, linfonodos 
inguinais profundos e vasos linfáticos) 
 
Trígono é dividido ao meio pela artéria e 
veia femorais, que entram e saem do canal 
dos adutores 
Canal dos adutores: passagem 
intermuscular, profundo ao m. sartório, 
feixe neurovascular principal da coxa passa 
por aqui 
 
 
Pata de Ganso 
M. grácil se une a dois outros músculos 
(sartório – comp. anterior e 
semitendíneo – comp. posterior) 
Esses três músculos são inervados por 
três diferentes nervos e têm inserção 
tendínea comum na parte superior da 
face medial da tíbia, a pata de 
Esse nome porque, na dissecção, parece 
uma pata de ganso (não parece) 
Atuam para aumentar a estabilidade 
da face medial do joelho estendido 
 
 
Síndrome do Canal Adutor 
A membrana ou fáscia vastoadutora 
(cobre o canal dos adutores) pode se 
tornar espessa na senilidade e causar 
um estreitamento nos vasos femorais 
As estruturas distais à área comprimida 
podem tornar-se isquêmicas e sofrer 
lesão permanente (perda da função 
motora nos músculos cuja 
vascularização e/ou inervação é 
afetada) 
Para o diagnóstico, se analisa os pulsos 
distais da perna, onde o seu 
desaparecimento é um sinal óbvio de 
compressão arterial, averigua a redução 
da temperatura dos tecidos na região 
distal à compressão 
Pode-se, também, realizar uma 
fasciotomia (incisão da fáscia 
sobrejacente ou de um septo) para 
aliviar a pressão no compartimento 
acometido 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 12 
 
Nervo femoral: maior ramo do plexo 
lombar 
• Origem no abdome, dentro do m. 
psoas maior > desce através da pelve 
até o ligamento inguinal > entra no 
trígono femoral > divide se em 
ramos para os mm. anteriores da 
coxa 
• Envia ramos articulares para as 
articulações do quadril e joelho 
• Nervo safeno: ramo cutâneo 
terminal, passa entre os mm. 
sartório e grácil 
Bainha femoral: tubo fascial afunilado, 
passa profundo ao ligamento inguinal e 
reveste o compartimento vascular do 
espaço retroinguinal 
• Reveste os vasos femorais e cria o 
canal femoral, não reveste o n. 
femoral 
• Formada por prolongamento das 
fáscias transversal e iliopsoas do 
abdome 
• Compartimentos: lateral (para a. 
femoral), intermédio (para v. 
femoral) e medial (o canal femoral) 
• Canal femoral: permite que a veia 
femoral se expanda quando o 
retorno venoso aumenta ou quando 
o aumento da pressão intra-
abdominal causa estase venosa 
temporária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artéria femoral: continuação da a. ilíaca 
externa distal ao ligamento inguinal, 
principal do MI, relativamente superficial e 
posterior a fáscia lata 
• A. femoral profunda: maior ramo da 
femoral e principal da coxa, emite 
artérias perfurantes que suprem os 
mm. adutor magno, isquiotibiais e 
vasto lateral 
• Aa. circunflexas femorais: originam 
da femoral ou femoral profunda, se 
anastomosam entre si e com outras 
artérias 
o A. circunflexa femoral 
medial: vascularização da 
cabeça e colo do fêmur por 
seus ramos (aa. reticulares 
posteriores) 
o Aa. reticulares: irrigação da 
articulação do quadril 
o A. circunflexa femoral 
lateral: supre os músculos na 
face lateral da coxa 
 
 
 
 
Hérnia Femoral 
É uma protusão das vísceras 
abdominais através do anel femoral 
(área fraca na parede anterior do 
abdome) para o canal femoral 
 
Limitada pela veia femoral lateralmente 
e pelo ligamento lacunar medialmente 
 
As hérnias femorais são mais comuns 
em mulheres por causa de suas pelves 
mais largas e seus canais e anéis 
inguinais menores, além disso, 
múltiplas gestações podem provocar a 
dilatação do anel femoral em 
decorrência do aumento da pressão 
intra-abdominal 
 
O estrangulamento de uma hérnia 
femoral interfere na vascularização do 
intestino herniado, esse 
comprometimento vascular pode 
resultar em necrose 
 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 13 
 
 
Veia femoral: continuação da v. poplítea 
proximal, entra na bainha femoral e 
termina/se torna v. ilíaca externa 
• Recebe a v. femoral profunda, v. 
safena magna e outras tributarias 
• V. femoral profunda: união de 3-4 
veias perfurantes 
Compartimento Posterior (ou 
flexor) 
Músculos do grupo posterior são, 
geralmente, inervados pelo n. isquiático; 
suprido por ramos perfurantes dos vasos 
femorais 
Contém os músculos isquiotibiais 
(semitendíneo, semimembráneo e bíceps 
femoral) 
 
Perna direita 
Produzem extensão na articulação do 
quadril e flexão na articulação do joelho 
---------------------------------------------------------------- 
REGIÃO POPLÍTEA (+ JOELHO E SUA 
ARTICULAÇÃO – tópicos acima) 
Fossa poplítea é um compartimento do MI 
preenchido por gordura, fica na região 
posterior do joelho 
• Tela subcutânea contém a v. safena 
parva e 3 nervos cutâneos (ramos 
terminais do n. cutâneo femoral 
posterior e nn. cutâneos surais 
medial e lateral) 
Limites superficiais: 
• Superolateral: m. bíceps femoral 
• Superomedial: semimembranáceo 
• Inferolateral: cabeça lateral do m. 
gastrocnêmio 
• Inferomedial: cabeça medial do m. 
gastrocnêmio 
• Posterior: pele e fáscia poplítea 
 
Conteúdo: extremidade da v. safena parva, 
aa. e vv. poplíteas, n. tibial, n. fibular 
comum, n. cutâneo femoral posterior e 
linfonodos e vasos linfáticos poplíteos 
Fáscia na Fossa Poplítea 
Lâmina forte de fáscia muscular e 
retináculo de contenção; as vezes é 
perfurada pela v. safena parva 
Contínua superiormente com a fáscia lata 
e inferiormente com a fáscia muscular da 
perna 
Reveste e protege as estruturas 
neurovasculares que partem da coxa, 
atravessam a fossa poplítea e segue até a 
perna 
Com a perna estendida, gordura na fossa 
é comprimida e fáscia é tensionada 
Angioplastia na A. femoral – Estratos 
A inserção do cateter atravessa: 
• Pele > tela subcutânea > fáscia 
lata > artéria femoral 
Porém, dependendo do corte, pode ser 
feito em uma região da fáscia lata, o 
hiato safeno, que é recoberto pela fáscia 
cribiforme 
A artéria femoral é revestida pela bainha 
femoral, mas essa estrutura não é 
considerada um estrato visto que é a 
fáscia do próprio vaso 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 14 
 
 
Estruturas Neurovasculares na 
Fossa Poplítea 
Nervos: 
• Nervo isquiático termina no ângulo 
superior da fossa e se divide em 
nervo tibial e fibular comum 
• N. tibial: ramo medial, mais 
superficial (entre veia e artéria), 
divide a fossa ao meio 
o Emite ramos para os mm. 
sóleo, gastrocnêmio, plantar 
e poplíteo 
• N. cutâneo sural medial: derivado 
do nervo tibial, se une ao ramo 
fibular comunicante do n. fibular 
comum, formando o nervo sural 
o N. sural irriga a face lateral da 
perna e do tornozelo 
• N. cutâneo femoral posterior: 
ramos inferiores suprem a pele 
sobrejacente à fossa poplítea 
• N. fibular comum: ramo lateral, 
espirala-se ao redor do colo da fíbula 
e divide-se em ramos terminais 
o Ramo articular supre a art do 
joelho 
o Supre a pele na parte lateral 
da face posterior da perna 
através do N. cutâneo sural 
lateral 
 
 
Artérias: 
•A. poplítea: continuação da a. 
femoral, começa no hiato dos 
adutores, se divide nas aa. tibiais 
anterior e posterior 
o Emite ramos geniculares: aa. 
superior lateral e medial, 
média, inferior lateral e 
medial do joelho 
o Ramos participam da rede 
articular do joelho, 
garantem circulação colateral 
capaz de manter a 
vascularização da perna 
durante a flexão completa do 
joelho, o que pode causar 
acotovelamento da artéria 
poplítea 
 
 
 
 
 
 
 
Cisto poplíteo (de Backer) 
Saliências na região posterior do joelho, 
por conta do acúmulo de liquido 
sinovial da articulação do joelho 
A cápsula sinovial da articulação do 
joelho é mais frouxa posteriormente e 
quando há o acúmulo, empurra a 
cápsula e forma o cisto 
Em idosos com artrose, o organismo 
responde a essa doença/degeneração 
produzindo mais líquido sinovial e pode 
acumular na fossa poplítea 
No caso de crianças ou traumatismo 
de repetição, ocorre também o 
aumento na produção de líquido e pode 
se localizar nessa região 
 
Lesão do N. fibular comum 
A lesão traumática na região lateral do 
joelho é comum e de acordo com a força 
do impacto e sua natureza, pode levar a 
fratura da cabeça da fíbula e do nervo 
fibular comum, pois porque se espirala 
sob a pele ao redor do colo da fíbula 
Também pode ser seccionado durante a 
fratura do colo da fíbula ou muito 
distendido quando há lesão ou luxação 
da articulação do joelho 
Resulta em paralisia flácida de todos os 
músculos nos compartimentos 
anterior e lateral da perna e pé em 
gota por perda da dorsiflexão do 
tornozelo 
Em caso de lesão, os sintomas são 
marcha cambaleante, marcha com 
balanço lateral, marcha escarvante, 
perda variável de sensibilidade na face 
anterolateral da perna e no dorso do pé. 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 15 
 
 
• A. descendente do joelho: ramo 
superomedial da a. femoral 
• Ramo descendete da a. circunflexa 
femoral lateral: superolateral 
• A. recorrente tibial anterior: ramo 
da a. tibial anterior, inferolateral 
Veias: 
• V. poplítea: continuação da veia 
tibial posterior, tem várias válvulas 
o Torna-se a v. femoral quando 
passa pelo hiato dos adutores 
o V. safena parva entra na veia 
poplítea 
Linfonodos: 
• Linfonodos poplíteos superficiais: 
pequenos e ficam na tela subcutânea 
• Linfonodos poplíteos profundos: 
circundam os vãos e recebem linfa 
da cápsula articular do joelho 
• Seguem os vasos femorais até os 
linfonodos inguinais profundos 
---------------------------------------------------------------- 
 
 
REGIÃO DA PERNA (ou crural) 
Pele > tela subcutânea (escassa na região 
da tíbia e abundante na da fíbula e crural 
posterior) > fáscia crural > músculos 
Na tela subcutânea, ficam a v. safena 
magna e n. safeno (face medial), v. safena 
parva e n. sural (face posterior) 
Tem 4 compartimentos divididos pela 
membrana interóssea e pelos septos 
intermusculares (OLHAR TÓPICO Fáscia 
Muscular da Perna) 
 
Compartimento Anterior (ou 
dorsiflexor) 
Septo intermuscular anterior e face lateral 
da tíbia encerram o compartimento anterior 
da perna, anterior a membrana interóssea 
Inervado pelo n. fibular profundo (ramos 
terminais do n. fibular comum) e por vasos 
tibiais anteriores (ramo terminal da a. 
poplítea) 
Contém os músculos dorsiflexores do pé 
e dos dedos 
• Mm. tibial anterior, extensor longo 
dos dedos, extensor longo do 
hálux e fibular terceiro (divisão 
tendínea do m. extensor longo dos 
dedos) 
• São dorsiflexores do pé e dos 
dedos, extensores dos dedos 
 
Vascularização da Articulação do 
Joelho 
São 10 vasos que formam a rede 
articular do joelho 
Ramos geniculares dos ramos femoral, 
poplíteo e recorrentes anterior e 
posterior das aa. recorrente tibial 
anterior e circunflexa fibular 
Os ramos geniculares médios da 
artéria poplítea penetram a camada 
fibrosa da cartilagem articular e suprem 
os ligamentos cruzados, a membrana 
sinovial e as margens periféricas dos 
meniscos 
A Doença Arterial Obstrutiva 
Periférica (DAOP) tem como principal 
etiologia a obstrução aterosclerótica, a 
rede vascular arterial do joelho está 
acometida quando a DAOP envolve as 
aa. femoral e poplítea 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 16 
 
 
Compartimento Lateral(ou fibular) 
Septo intermuscular anterior e posterior 
encerram o compartimento lateral da perna 
Inervado pelo n. fibular superficial (ramo 
terminal do n. fibular comum) e não tem 
vasos próprios do compartimento 
• Recebe irrigação pelos ramos 
perfurantes dos vasos fibulares e 
tibais anteriores (anastomoses) 
Contém os músculos eversores do pé 
• Mm. fibular longo e fibular curto 
• Realizam plantiflexão (flexão) e 
eversão do pé 
 
 
 
 
 
 
 
Compartimento Posterior (ou 
flexor plantar) 
Delimitado pelo septo intermuscular 
posterior e a face posterior da tíbia 
É subdivido pelo septo intermuscular 
transverso, que separa em compartimento 
posterior superficial e profundo 
 
Inervado pelo n. tibial (ramos do nervo 
isquiático) e pelos vasos sanguíneos tibiais 
posteriores (ramo terminal da a. poplítea) 
e fibulares (ramo da a. tibial posterior) 
Realiza a plantiflexão (flexão) dos dedos e 
inversão do pé, inversão nas articulações 
talocalcânea e transversa do tarso 
Contém os músculos flexores plantares 
do pé e dos dedos 
• Posterior superficial: 
o Plantar: pequeno, variável e 
com grande tendão 
o Tríceps sural: gastrocnêmio 
medial + lateral + sóleo 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 17 
 
• Posterior profundo: poplíteo, 
flexor longo dos dedos, flexor 
longo do hálux e tibial posterior 
 
Tendão do calcâneo (de Aquiles): mais 
espesso e forte tendão do corpo, comum 
aos mm. gastrocnêmio e sóleo 
Estruturas Neurovasculares da 
Perna 
Inervação cutânea: 
• N. safeno (do n. femoral): pele na 
face medial do tornozelo e do pé 
• N. sural: pele nas faces posterior e 
lateral da perna e na face lateral do 
pé 
• N. cutâneo sural lateral (do n. 
fibular comum, que vem do 
isquiático): pele na parte lateral da 
face posterior da perna 
• N. fibular superficial (do n. fibular 
comum): pele no terço distal da face 
anterior da perna e dorso do pé 
• N. fibular profundo (do n. fibular 
comum): pele da primeira fenda 
interdigital 
---------------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
REGIÃO DO PÉ 
Antepé: metarsos e falanges 
Mediopé: cuneiformes, navicular e cuboide 
Retropé: tálus e calcâneo 
Ossos, músculos associados, articulações e 
ligamentos conferem a estrutura arqueado 
do pé, formando os arcos plantares 
• Longitudinal medial (bege): no pé 
plano, há o acometimento desse 
arco 
• Longitudinal lateral (marrom) 
• Transverso: essencialmente ósseos 
 
As articulações talocalcâneonavicular e 
talocrural limitam os movimentos de 
dorsiflexão e plantiflexão, e de inversão e 
eversão 
Ligamentos relacionados a essas 
articulações: 
• Lig tibiofibular anterior e 
posterior 
• Lig deltoide: conjunto dos 4 
ligamentos mediais do tornozelo 
• Lig talofibular anterior 
• Lig talofibular posterior 
• Lig calcâneofibular 
 
• Os próximos estão na face plantar 
do pé e são importantes para 
manutenção dos arcos plantares: 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 18 
 
• Lig calcaneonavicular plantar: lig 
mola 
• Lig cuboidenavicular plantar 
• Lig plantar longo 
• Lig plantar curto/calcaneocuboide 
plantar 
• Aponeurose plantar: formada pela 
parte central e espessa da fáscia 
plantar, tecido conjuntivo fibroso 
denso 
o Fascite plantar: chamado 
popularmente de “esporão”, 
encurtamento da fáscia 
plantar, tracionado a mais sua 
fixação no nível do calcâneo 
o Doença de Haglund: 
encurtamento do tendão 
calcâneo, gerando dor na 
parte posteriordo calcâneo 
 
Pele do dorso do pé é mais fina e sensível 
do que a da parte plantar, das áreas de 
sustentação (calcanhar, margem lateral e 
bola do pé) é espessa 
Já a tela subcutânea é frouxa à pele dorsal, 
sendo o edema mais acentuado nessa área, 
na planta é mais fibrosa 
Pelos septos intermusculares verticais 
que se estendem, o pé tem 5 
compartimentos (3 da fáscia plantar e 2 da 
fáscia dorsal) 
• Vasos e nervos no pé se distribuem 
irrestritamente aos compartimentos 
 
Compartimento Medial Plantar 
Nervo e vasos plantares mediais estão 
nesse compartimento 
Contém os músculos abdutor do hálux e 
flexor curto do hálux 
• M. flexor do hálux está profundo 
ao m. abdutor do hálux 
 
Compartimento Central Plantar 
Nervo e vasos plantares laterais estão 
nesse compartimento 
Contém os músculos flexor curto do dedo 
mínimo (5º dedo do pé) e abdutor do dedo 
mínimo 
• M. flexor curto do dedo mínimo 
está profundo ao m. abdutor do 
dedo mínimo 
 
 
 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 19 
 
Compartimento Lateral Plantar 
Nervo e vasos plantares laterais estão nesse 
compartimento 
Contém os músculos flexor curto dos 
dedos, quadrado plantar, lumbricais, 
adutor do hálux 
Além disso, contém a aponeurose plantar 
e o tendão dos mm. flexores longo do 
hálux e longo dos dedos (ambos mm. do 
comp profundo da perna) 
 
 
Compartimento Interósseo do 
Pé – Fáscia Dorsal 
Contém os músculos interósseos 
plantares e dorsais 
• Mm. interósseos plantares: aduz 
dos dedos 
• Mm. interósseos dorsais: abduz 
dos dedos 
Pela localização dos músculos interósseos, 
o plano mediano do pé passa pelo segundo 
dedo (2º metatarso), sendo este o único 
dedo que não se movimenta com a ação 
dos mm. interósseos dorsais e não possui 
os mm. interósseos plantares 
Compartimento Dorsal do Pé – 
Fáscia Dorsal 
N. fibular profundo e vasos dorsais do pé 
estão nesse compartimento 
Contém os músculos extensor curto do 
hálux e extensor curto dos dedos 
Além disso, contém os tendões: 
• Tendão do m. extensor longo dos 
dedos e fibular terceiro (ambos do 
comp anterior da perna) 
• Tendão do m. extensor longo do 
hálux (m. do comp anterior da 
perna) 
• Tendão do m. tibial anterior (m. do 
comp anterior da perna) 
Estruturas Neurovasculares do 
Pé 
Nervos cutâneos: 
• N. safeno (do n. femoral): supre a 
pele da parte medial do pé 
• N. fibular superficial (do n. fibular 
comum): supre a pele no dorso do pé 
e todos os dedos, exceto face lateral 
do quinto dedo e faces adjacentes 
do primeiro e segundo dedos 
• N. fibular profundo (do n. fibular 
comum): supre a pele nas faces 
adjacentes do primeiro e segundo 
dedos 
• N. plantar medial (do n. tibial): 
supre a pele da parte medial da 
planta do pé e as laterais dos 3 
primeiros dedos 
• N. plantar lateral (do n. tibial): supre 
a pele da parte lateral da planta do 
pé até uma linha que divide o 4º 
dedo 
• N. sural: supre pele da parte lateral 
posterior e média do pé 
• Ramos cutâneos (dos nn. tibial e 
sural): suprem a pele do calcanhar 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 20 
 
Artérias: 
• A. dorsal do pé: continuação da a. 
tibial anterior na região do pé 
(origem da a. poplítea), irriga o 
dorso do pé 
• Aa. plantares medial e lateral: 
continuações da a. tibial posterior na 
região do pé (origem da a. poplítea), 
irriga a planta do pé 
Drenagem venosa: 
• Parte medial do pé drena para v. 
safena magna > v. femoral 
• Parte lateral do pé drena para v. 
safena parva > v. poplítea 
---------------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PULSOS PARA VERIFICAÇÃO DA 
PERFUSÃO 
Pulso poplíteo: da artéria poplítea - pessoa 
em decúbito ventral com o joelho fletido, 
palpa-se a parte inferior da fossa 
 
 
Pulso tibial posterior: da artéria tibial 
posterior - entre a face posterior do 
maléolo medial e margem medial do tendão 
do calcâneo 
 
 
Pulso dorsal do pé (pedioso): da artéria 
dorsal do pé - dorso do pé, 
aproximadamente no segundo terço de 
linha imaginária do m. extensor longo do 
hálux ao tendão do m. tibial anterior, com 
duas polpas digitais 
 
---------------------------------------------------------------- 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 1 
 
 
Comparação com o MMII 
• Cíngulos: em ambos, tem osso 
plano grande posterior (escápula e 
ílio) e uma conexão alongada entre 
seus ossos anteriormente (clavícula 
e púbis) 
o Se articulam no plano 
mediano com o osso 
contralateral (articulação 
esternoclavicular e sínfise 
púbica) 
 
• Membro superior tem maior 
amplitude de movimentos e menor 
estabilidade, contrário no MMII 
 
• Formações ósseas e articulares 
que se assemelham: 
o Braço e coxa: osso longo que 
articula proximal por uma 
articulação esferoidea e distal 
por uma dobradura 
o Cotovelo é uma articulação 
composta e joelho é simples 
com osso sesamoide (patela) 
o Antebraço: rádio e ulna se 
articulam no cotovelo; só 
rádio no punho; pronação e 
supinação exclusivo daqui 
o Perna: tíbia se articula no 
joelho, tíbia e fíbula no 
tornozelo; não realizam 
movimentos angulares entre 
si 
o Antebraço e perna têm par de 
ossos 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATOS DO MMSS 
A pele e tela subcutânea é comum, exceto 
• Nas mulheres, na região peitoral: 
maior acúmulo de gordura na tela 
subcutânea nas mamas 
• Em ambos os sexos, na mão: pele 
mais espessa na palma, tela 
subcutânea delgada na palma e 
dorso da mão 
Veias Superficiais 
Trajeto na tela subcutânea e recebe 
tributarias; drenam para as veias profundas 
da região 
V. cefálica do antebraço: 
• Inicia lateralmente no dorso da 
mão, emerge da rede venosa dorsal 
da mão 
• Trajeto na margem lateral do 
antebraço, indo em direção a região 
cubital 
• A partir da região cubital, ganha a 
região do braço e passa a ser 
chamada de v. cefálica 
• Acompanha nn. cutâneo lateral e 
posterior do antebraço 
V. cefálica: 
• Trajeto lateral no braço até 
atravessar o sulco deltopeitoral > 
perfura a fáscia clavipectoral > 
desemboca na v. axilar 
V. basílica do antebraço: 
• Inicia medialmente a partir da rede 
venosa dorsal da mão 
• Trajeto na margem medial do 
antebraço, indo em direção a região 
cubital 
• A partir da região cubital, ganha a 
região do braço e passa a ser 
chamada de v. basílica 
• Acompanha n. cutâneo medial do 
antebraço 
V. basílica: 
• No terço médio do braço, perfura a 
fáscia do braço, acompanha as veias 
braquias até a axila 
• Realiza anastomose para formar a v. 
axilar 
MEMBROS SUPERIORES 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 2 
 
• Acompanha n. intercostobraquial 
V. intermédia do cotovelo: anastomose 
entre a v. basílica e v. cefálica, na região 
cubital 
• Lugar de coleta de sangue para 
exames laboratoriais 
 
Drenagem Linfática 
Acompanha as veias superficiais 
Superficial: 
• Vasos linfáticos que seguem 
lateralmente no membro (satélites 
as vias cefálicas) drenam 
diretamente para os linfonodos 
axilares apicais ou deltopeitorais 
 
• Vasos linfáticos que seguem 
medialmente no membro (satélites 
as vias basílicas) drenam 
parcialmente para os linfonodos 
cubitais e seguem com a linfa para 
os linfonodos axilares 
Profunda: 
• Segue o trajeto dos vasos profundos 
e drenam para os linfonodos 
axilares 
A drenagem do MMSS como um todo segue 
para os linfonodos subclávio > tronco 
subclávio > ducto torácico (MS esquerdo) e 
ducto linfático direito (MS direito) 
 
Nervos Cutâneos 
Nervos cutâneos do OMBRO E BRAÇO 
• N. supraclavicular (do plexo 
cervical, C3-C4): parte superior do 
ombro anterior e posterior 
• N. cutâneo lateral superior do 
braço (do n. axilar, C5-C6) 
• N. cutâneo lateral inferior do braço(do n. radial, C5-C6) 
• N. cutâneo medial do braço (T1) 
Nervos cutâneos do ANTEBRAÇO 
• N. cutâneo lateral do antebraço (do 
n. musculocutâneo, C5-C6[7]) 
• N. cutâneo medial do antebraço 
(C8-T1) 
Nervos cutâneos da MÃO 
• Ramos cutâneos dorsais do N. 
radial (C6-C8) 
• Ramos cutâneos palmares do N. 
mediano (C6-C8) 
• Ramos cutâneos dorsais e 
palmares do N. ulnar (C8-T1) 
 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 3 
 
 
Dermátomos do membro superior 
• C5 - parte lateral da região anterior; 
• C6 - lateral e superior do antebraço 
e polegar; 
• C7 - dedos médio e anular e centro 
da face posterior do antebraço; 
• C8 - 4o dedo e dedo mínimo, face 
medial da mão e do antebraço; 
• T1 - face medial do antebraço e 
parte medial/inferior do braço 
 
Pontos de referência dos dermátomos: 
• Região da fossa antecubital lateral: 
C5 
• Região da fossa antecubital medial: 
T1 
• Polegar: C6 
• Terceiro dedo: C7 
• Quinto dedo: C8 
 
 
Fáscias 
Não são tão fortes como as do MMII, com 
exceção das fáscias escapular, deltoidea e 
palmar 
As fáscias se cruzam com as fáscias das 
regiões adjacentes e se fixam em pontos 
ossos que são, em geral, palpáveis 
Peitoral: envolve o m. peitoral maior 
• Continua em direção posterior, 
formando a fáscia da axila 
• Margem lateral forma a parede 
anterior da axila 
Escapular: envolve as regiões das fossas 
escapulares 
• Forma os compartimentos: 
o Supraespinal, 
o Infraespinal 
o Subescapular 
Deltoidea: envolve o m. deltoide na região 
lateral do ombro 
Do braço: envolve esse segmento 
• Divide o braço por meio do septo 
intermuscular medial e lateral em 
compartimentos 
• Compartimento anterior flexor e 
posterior extensor 
Do antebraço: envolve esse segmento 
• Divide o antebraço por meio da 
membrana interóssea do antebraço 
• Compartimento anterior flexor e 
posterior extensor 
• Na região do punho, a fáscia se 
espessa e forma os retináculos 
M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 4 
 
o Retináculo dos músculos 
flexores: anterior; (lig. carpal 
palmar ou carpal transverso) 
o Retináculo dos músculos 
extensores: posterior 
Palmar e dorsal da mão envolve esses 
segmentos do MS e se estendem aos dedos 
• Também divide os segmentos em 
compartimentos anterior flexor e 
posterior extensor 
• Aponeurose palmar: espessamento 
central da fáscia palmar; ápice 
voltado para o punho e aspecto 
triangular 
OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR 
Cíngulo do membro superior (escápula e 
clavícula) + úmero + rádio e ulna + ossos da 
mão (carpo, metacarpo e falanges) 
Clavícula 
Osso longo, localização superficial na 
região do ombro, posição horizontalizada; 
forma sigmoide (~) 
Se relaciona com a base do pescoço, 
abertura superior do tórax, região peitoral 
superior 
Constitui a região do ombro 
Duas extremidades: 
• Esternal (medial): convexidade 
anterior 
• Acromial (lateral): concavidade 
anterior 
Face superior bem lisa e face inferior com 
acidentes anatômicos (tubérculo conoide) 
 
Vista anterior da clavícula esquerda 
 
 
 
 
Escápula 
Osso plano, localização no dorso e com 
função no membro superior; ângulo é 
referência para palpação 
Fossas: supraespinhal e infraespinal (em 
relação a espinha da escápula, que é 
posterior), e subescapular (anterior) 
Principais processos: acrômio e processo 
coracoide 
Cavidade glenoidal: lateral, cavidade 
pouco profunda onde ocorre a articulação 
com a cabeça do úmero, formando a 
articulação do ombro 
• Lábio glenoidal: estrutura de 
fibrocartilagem que aumenta a 
profundidade e melhora a junção 
das peças 
Úmero 
Osso longo, localização na região do braço 
(braquial), epífises facilmente palpáveis 
Colo anatômico: localizado inferior a 
cabeça do úmero, superior aos tubérculos 
Colo cirúrgico: distal aos tubérculos maior 
e menor, é ponto de referência anatômico 
e clínico, pois nos tubérculos ocorrem 
muitas fixações musculares (fica inferior 
aos tubérculos) 
• N. axial se espirala ao seu redor 
• Aa. circunflexas circunda o colo 
Lesões complexas do úmero 
Nessas lesões pode haver necessidade 
de amputação e o local escolhido é o 
colo cirúrgico do úmero 
A escolha é justificada para preservas as 
fixações musculares na epífise. Além 
disso, o nervo axilar se espirala ao 
redor desse colo, logo, uma secção 
acima poderia lesar esse nervo, que 
inerva os mm. deltoide e redondo menor 
(mesmo com amputação, os músculos 
ficam presentes no membro) 
Também há menor risco de necrose 
após a cirurgia, pois as aa. circunflexas 
anterior e posterior do úmero 
circundam o colo anatômico 
 
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Rádio e Ulna 
 
Ulna é medial, maior e apara o antebraço 
com seu corpo ou olecrano; rádio é lateral 
Ambos se articulam com o úmero 
proximalmente, porém apenas o rádio se 
articula com o carpo 
• Em quedas com apoio do MMSS, as 
cargas de força que são transmitidas 
ao membro ocorrem via rádio 
 
Ossos da Mão 
8 ossos do carpo + 5 metacarpos + 14 
falanges 
Carpo: ossos curtos 
• Fileira proximal (perto do rádio, de 
lateral para proximal): escafoide, 
semilunar, piramidal e pisiforme 
• Fileira distal (de lateral para 
proximal): trapézio, trapezoide, 
capitato e hamato 
Metacarpos e falanges são ossos longos 
 
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO 
SUPERIOR 
Complexo do Ombro 
Envolve as articulações esternoclavicular, 
acromioclavicular, do ombro e 
espaculotorácica “fisiológica” 
 
 
Fratura no colo cirúrgico 
Há neurovasculaturas íntimas ao colo 
cirúrgico e podem ser atingidas na lesão 
Nervo axilar espirala-se ao redor do 
colo cirúrgico, se lesionado, leva a 
• Atrofia do m. deltóide: 
achatamento do contorno 
arredondado do ombro e 
também 
• Perda da sensibilidade na face 
lateral da parte proximal do 
braço, área suprida pelo nervo 
cutâneo lateral superior do braço 
- o ramo cutâneo do nervo axilar 
 
Aa. circunflexas (anterior e posterior) 
do úmero circundam o colo cirúrgico, 
fazem anastomose lateralmente 
• Perda no suprimento sanguíneo 
do ombro, da sua articulação e 
músculos adjacentes 
 
Fratura do terço médio do úmero 
A fratura da região média do úmero 
pode lesar o nervo radial no sulco 
radial do corpo do úmero 
Com a lesão, há o comprometimento 
dos mm. extensores do antebraço, 
redução da extensão dos dedos da mão 
e da supinação do antebraço com o 
cotovelo estendido, porém, sem a 
paralisia completa do músculo tríceps 
braquial, pois somente a cabeça medial 
é afetada 
 
O sinal clínico característico da lesão 
do nervo radial é a queda do punho: 
incapacidade de estender o punho e os 
dedos nas art. metacarpofalângicas 
 
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Articulação esternoclavicular: entre 
clavícula e esterno, muito forte; selar e 
esferoide 
• Revestimento de fibrocartilagem 
das partes ósseas 
• Bicameral, dividida por um disco 
articular 
• O disco articular é fixado pelos lig. 
esternoclaviculares anterior e 
posterior, e interclavicular → dão 
resistência a articulação, assim, o 
disco absorve o choque das forças e 
transmite para clavícula 
Articulação acromioclavicular: entre 
escapula e clavícula, plana 
• Revestimento de fibrocartilagem 
das partes ósseas 
• Tem disco articular incompleto 
cuneiforme 
• Fibras do m. trapézio, lig. 
acromioclavicular, coracoclavicular, 
conoide e trapezoide → fortalecem, 
estabilizam e aumentam a 
articulação 
Articulação do ombro: entre cavidade 
glenoidal da escápula e cabeça do úmero 
• Cápsula frouxa que permite 
amplitude de movimento, mas 
reforçada anteriormente pelos lig. 
glenoumerais e coracoumeral 
o Além dos tamanhos entre a 
grande cabeça do úmero em 
comparação ao pequeno 
tamanho da cavidade 
glenoidal 
o Capsulite adesiva

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