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Aminoácidos e Balanço Nitrogenado Ligação Peptídica Níveis estruturais das proteínas Balanço de Nitrogênio ♥ Equilíbrio – quando a ingestão de nitrogênio se equipara à sua excreção (na forma de ureia, 90% através da urina e 10% através das fezes) ♥ Positivo: Ingestão > excreção ♥ Negativo: Jejum, dietas pobres em proteína (Kwashiorkor, marasmo), infecções, cirurgias, queimaduras Digestão de Proteínas No estômago: ambiente ácido favorece a desnaturação em espirais desordenadas e aleatórias, favorecendo a proteólise. Gastrina: hormônio que favorece a síntese de HCl e pepsinogênio Pepsina: principal enzima proteolítica (atividade máxima no pH 2) O início da digestão gástrica gera peptídeos e aminoácidos, liberando colecistoquinina e secretina no sangue. Proteólise (ilimitada) ♥ Ocorre tanto na digestão de proteínas da dieta até aminoácidos, como na degradação de proteínas intracelulares. ♥ Os aminoácidos liberados são utilizados na síntese de proteínas e outros compostos nitrogenados. ♥ Reação de hidrólise realizada pelas proteases. Proteólise limitada (Clivagem proteolítica específica) ♥ Precursor inativo é o zimogênio (ou proenzima) ♥ Não gasta ATP ♥ Ativa proteínas que estão fora das células ♥ Só ocorre uma vez na vida de uma molécula enzimática → irreversível Enzimas reguladas por proteólise limitada ♥ Enzimas digestivas sintetizadas como zimogênios no estômago e no pâncreas; ♥ Coagulação do sangue é mediada por uma cascata de ativações proteolíticas > rápida resposta ao traumatismo; ♥ Hormônios proteicos (ex: insulina); ♥ Colágeno; ♥ Processos de desenvolvimento (ex: girino > rã) ♥ Morte celular programada (apoptose): caspases são sintetizadas na forma de procaspases. Eliminação de células danificadas ou infectadas. Síntese das enzimas digestivas Estômago e pâncreas → zimogênios → clivagem proteolítica → enzimas ativas Intestino delgado → enzimas ativas Pepsinogênio ♥ Estômago (células principais), pH ótimo = 2,0 ♥ Aspartil protease: possui dois resíduos aspartil no sítio ativo ♥ Pepsinogênio possui um segmento amino- terminal contendo 44 aa que impede o sítio ativo, e que é removido para a formação da pepsina ♥ Segmento precursor possui características básicas, com resíduos de Lis e Arg que interagem com radicais carboxilato de Glu e Asp no segmento que faz parte da pepsina (pontes salinas); além de um resíduo de Lis que interage com os Asp no sítio ativo (interação eletrostática) ♥ A pepsina ativa possui características ácidas ♥ Clivagem da ligação peptídica entre Leu16 e Ile17 ♥ Ativação espontânea em pH<5 e por ação da pepsina Tripsinogênio ♥ A produção de tripsina leva à ativação de outros zimogênios: ativador comum de todos os zimogênios pancreáticos; ♥ A digestão de proteínas no duodeno exige a ação concomitante de várias enzimas proteolíticas, devido à sua especificidade; ♥ A ativação do tripsinogênio pela enteropeptidase é a principal etapa de ativação; ♥ Apresenta domínios de ativação flexíveis, que quando a enzima é ativada, assumem uma posição bem definida; ♥ Alteração em 15% da estrutura. Mecanismo de inibição da tripsina Inibidores são utilizados a fim de parar a proteólise e são capazes de Impedir a autodegradação. Estrutura complementar ao sítio ativo da enzima, interagem de forma muito estável. O inibidor é clivado em uma velocidade muito baixa. Quimiotripsinogênio ♥ Praticamente desprovido de atividade enzimática; ♥ Ligação da Arg15 com a Ile16 é clivada pela tripsina; ♥ Produção de quimiotripsina π, que atua sobre outras moléculas de quimiotripsina π, gerando a quimiotripsina α, forma estável da enzima; ♥ A clivagem da ligação peptídica entre os AA 15 e 16 desencadeia mudanças conformacionais chave, inclusive a formação do sítio ativo (específico para grupos apolares e volumosos). Mudança conformacional na ativação da quimiotripsina Degradação intracelular de proteínas Para que serve e onde ocorre? ♥ Regulação de uma via de sinalização; ♥ Proteínas defeituosas/danificadas; ♥ A acumulação de proteínas danificadas pode levar a condições patológicas; ♥ Ocorre nos lisossomos e proteassomas; ♥ Depende do tempo de meia vida de cada proteína (turnover proteico). Turnover proteico lisossomal ♥ Endocitose/Fagocitose: Micoorganismos, Proteínas extracelulares e de membrana, Lipoproteínas ♥ Autofagia: Degradação de proteínas endógenas “velhas”, Organelas 50 enzimas hidrolíticas (proteases) Catepsinas degradam as proteínas em aa livres, que retornam ao pool intracelular de aa. pH ótimo 5 Via da ubiquitina-proteassoma ♥ Ubiquitina é uma pequena proteína monomérica (76 AA); ♥ Proteína mais altamente conservada em células eucarióticas; ♥ Ubíqua e abundante; ♥ Marca proteínas para degradação através da ligação a resíduos de Lis; ♥ Gasta ATP A degradação intracelular ocorre no proteassoma ♥ Grande complexo de protease; ♥ Múltiplas subunidades, impulsionado por ATP; ♥ Preserva a ubiquitina, que é reciclada; ♥ 20S: unidade catalítica; ♥ 19S: unidade regulatória Metabolismo de Aminoácidos Clivagem entre Arg15 e Ile16 Interação da Ile16 e Asp194 no sítio ativo Mudança conformacional discreta Formação do sítio ativo (tríade catalítica = Ser-His-Asp) Formação de sítio oxianionte Catabolismo de aminoácidos nos animais ♥ Durante a síntese e degradação de proteínas celulares ♥ turnover de proteínas ♥ Excesso de aa na dieta (aa não são armazenados) ♥ Durante o jejum prolongado ou o diabetes melito (os carboidratos estão esgotados ou não estão acessíveis) Metabolismo de aminoácidos nos tecidos Estado alimentado Estado de jejum Catabolismo de Aminoácidos A desaminação dos aminoácidos é o primeiro passo no seu catabolismo: 1. Transaminação 2. Desaminação oxidativa ou não-oxidativa Excreção da Amônia Transaminações Reação Catalisada pelas Aminotransferases ♥ Primeiro passo no catabolismo dos aa ♥ Remoção do grupo -amino dos aa que chegam no fígado ♥ Concentração dos grupos aminos em um único aa → glutamato ♥ Glutamato: doador de grupos amino em reações de biossíntese, doador de grupos amino no ciclo da ureia. ♥ Todas as aminotransferases possuem como grupo prostético → piridoxal fosfato (PLP) ♥ Lisina e treonina são exceção, não possuem transaminases Especificidades das aminotransferases/transaminases ♥ As aminotransferases são específicas para o aminoácido que irá doar o grupo -amino para o - cetoglutarato ♥ Reações reversíveis → G = 0 kJ/mol ♥ Nomenclatura é dada pelo aminoácido que será desaminado Transaminação da Valina: reação unidirecional PLP – Coenzima das aminotransferases ♥ PLP: derivado da vitamina B6 ou piridoxina ♥ PLP é o grupo prostético das aminotransferases → ligado ao grupo -amino de um resíduo de Lis na enzima → ligação aldimina (base de Schiff) ♥ Mecanismo de ação: transportador de grupos amino Ciclo Catalítico das Aminotransferases 1. O piridoxal fosfato ligado à enzima reage com o aa1, formando um base de Schiff, ocorre troca na posição da ligação dupla 2. Liberação do -cetoácido1 após hidrólise da base de Schiff, produção da piridoxamina fosfato 3. Formação de base de Schiff entre a piridoxamina fosfato e o -cetoácido2, troca de posição da ligação dupla 4. Liberação do aa2 após hidrólise da base de Schiff, o piridoxal fosfato é regenerado Mecanismo tipo pingue-pongue Geralmente, -cetoácido2 = -cetoglutarato e aa2 = glutamato Transaminases na Clínica ♥ Alanina-aminotransferase (ALT) ou glutamato- piruvato-transaminase (GPT) ♥ Aspartato- aminotransferase (AST) ou glutamato-oxaloacetato- transaminase (GOT) ♥ Diagnóstico de lesões hepáticas, musculares e cardíacas ♥ Exposição ocupacional ao tetracloreto de carbono,ao clorofórmio e a outros solventes que induzem lesão hepática Desaminações oxidativas e não-oxidativas Liberação do grupo amino do Glu no fígado – desaminação oxidativa Reações de transaminação → glutamato → transportado para a mitocôndria, onde sofre a desaminação oxidativa catatalisada pela L- glutamato-desidrogenase (enzima reversível) Regulação da desaminação oxidativa ♥ Regulação alostérica: ♥ ATIVA: ADP, NAD+, leucina ♥ INIBE: GTP, NADH Glutamato Transdesaminação = Transaminação + Desaminação ♥ Reações de síntese e degradação de AA D-aminoácido-oxidase (renal) ♥ Não é específica por substrato: atua sobre L- aminoácidos e D-aminoácidos ♥ Coenzima: FAD ♥ Função: destoxicar D-aminoácidos (cozimento de L-AA, PC bacteriana) ♥ Oxalato forma cristais de oxalato de cálcio → pedras renais Desaminação não-oxidativa ♥ Serina-desidratase/treonina-desidratase ♥ Liberação direta de NH3 ♥ Coenzima: PLP ♥ Histidina-amônia-liase ♥ Asparagina → Aspartato (asparaginase) ♥ Glutamato → Glutamina (glutaminase) Fontes de NH4+ Transporte de Amônia no sangue ♥ A amônia é muito tóxica para as células, portanto precisa ser convertida em uma forma não tóxica para ser transportada no sangue a partir dos tecidos extra-hepáticos: glutamina e alanina ♥ Toxicidade no SNC: edema, aumento da pressão intracraniana, convulsões e coma ♥ Astrócitos sintetizam glutamina à partir de a- cetoglutarato e amônia, levando à depleção de glutamato ♥ NH4+ compete com K+ na Na+,K+-ATPase, aumentando K+ extracelular, causando despolarização ♥ NH4+ perturba atividade das aquaporinas, causando edema Cliclo da Glicose-Alanina: uma forma de transporte de amônia no sangue ♥ Reações de transaminação → coleta de grupos amino: AA → Glutamato ♥ Alanina-aminotransferase: Glutamato + Piruvato → Alanina + -cetoglutarato ♥ Transporte de grupos amino no sangue: Músculo esquelético → Fígado ♥ Alanina-aminotransferase (citosol): Alanina + -cetoglutarato → Piruvato (gliconeogênese) + Glutamato (libera amônia para o ciclo da ureia ou sofre transaminação com oxaloacetado para formar Asp na mitocôndria) Cliclo glicose-alanina Função: transporte de grupos amino do músculo para o fígado. No jejum, a glicose formada no fígado é liberada no sangue e captada por diversos tecidos periféricos, quebrando o ciclo. Glutamina – uma forma de transporte da amônia no sangue ♥ A glutamina formada nos tecidos e transportada até o fígado, intestino e rins: ♥ Intestino: liberação de amônia, que é transportada até o fígado pela veia porta ♥ Rins: liberação de amônia no sangue (que é transportada até o fígado) e na urina (alcalinização) ♥ Fígado: síntese de ureia Ciclo intercelular da Glutamina no fígado Glutamina no rim ♥ Acidose promove o desvio de Gln do fígado para o rim ♥ Glutaminase libera amônia, que é responsável pela alcalinização da urina NH3 + H+ → NH4+ ♥ O bicarbonato (HCO3-) utilizado no ciclo da ureia é poupado, para conter a acidose Metabolismo: Excreção da Amônia ♥ Amoniotélicos → maioria das espécies aquáticas, peixes ósseos → excretam amônia ♥ Uricotélicos → pássaros e répteis → excretam ácido úrico ♥ Ureotélicos → maioria dos animais terrestres → excretam ureia Fluxo de Nitrogênio até o ciclo da ureia Ciclo da Ureia Ocorre principalmente no fígado → sangue → rins → excreção Transaminações: Ciclo da ureia Ciclo de Krebs Bicicleta de Krebs Pontos de intersecção: Fumarato → Malato → Oxaloacetato Fumarase e malato-desidrogenase → isoenzimas citosólicas e mitocondriais Transaminação do Oxaloacetato em Aspartato, que deixa a mitocôndria para doar seu grupo amino no ciclo da ureia Regulação do ciclo da ureia ♥ Disponibilidade de substrato (Feed-forward) ♥ Expressão gênica ♥ Regulação alostérica Excreção de Ureia durante o Jejum Estado alimentado: Poucos aa são degradados, turnover normal de proteínas → metabolismo do nitrogênio em equilíbrio Estado de jejum: 12h→ proteólise muscular intensa → Ala → Gliconeogênese Progressão do jejum → cérebro passa a utilizar corpos cetônicos → diminui utilização de Glicose Custo Energético do Ciclo da Ureia Ciclo da ureia consome 4 ligações fosfato de alta energia Entretanto, Fumarato → Malato → Oxaloacetato Produzindo NADH → 2,5 ATP Defeitos genéticos no ciclo da Ureia ♥ Existem Erros Inatos do Metabolismo causados por deficiência em cada uma das enzimas do ciclo ♥ Sintomas: hiperamonemia, vômitos, recusa à alimentação com proteínas, ataxia, letargia, irritabilidade, retardo mental Tratamento: ♥ Dieta com restrição proteica ♥ Carbamoil glutamato (análogo do N- acetilglutamato → utilizado na deficiência da N-acetilglutamato-sintetase) ♥ Arginina em pacientes com deficiência na argininossuccinase, assim regenerando a ornitina que segue no ciclo até argininossuccinato, que é excretado ♥ Benzoato ♥ Fenilbutirato Tratamento: Catabolismo de Aminoácidos Vias de degradação dos AAs ♥ Produção de energia proveniente dos aa corresponde a 10-15% do total ♥ Fluxo varia de acordo com o aporte de AA (turnover de proteínas e dieta) e a demanda para as vias anabólicas ♥ Catabolismo ocorre principalmente no fígado (exceto AA ramificados) Aminoácidos Cetogênicos e Glicogênicos Cetogênicos Leucina, Lisina, Fenilalanina, Triptofano, Tirosina → Acetoacetil-CoA Isoleucina, Leucina, Treonina, Triptofano → Acetil-CoA Podem produzir corpos cetônicos no fígado → CETOGÊNICOS Diabetes melito não tratado → fígado produz grandes quantidades de corpos cetônicos a partir de Ác. Graxos e AA Glicogênicos Arginina, Glutamina, Histidina, Prolina → Glutamato → -cetoglutarato Isoleucina, Metionina, Treonina, Valina → Succinil-CoA Fenilalanina, Tirosina → Fumarato Asparagina, Aspartato → Oxaloacetato Alanina, Cisteína, Glicina, Serina, Treonina, Triptofano → Piruvato Vias de degradação dos aminoácidos Coenzimas que participam do catabolismo de AA Transferência de unidades monocarbônicas Biotina (Vitamina H, B7, B8) Ligada à enzima via resíduo de lisil Transferência de grupos CO2 ativados Tetraidrofolato ♥ Sintetizado por bactérias ♥ Ácido fólico (vitamina B9) é adquirido através da dieta ♥ Convertido em diidrofolato e posteriormente em tetraidrofolato através da enzima diidrofolato-redutase ♥ Grupos carbônicos para transferência são ligados ao N5 e/ou N10 do anel pterina ♥ A fonte de unidades monocarbônicas é a Serina S-adenosilmetionina Principal coenzima transferidora de grupos metil (1000 vezes mais reativa que o tetraidrofolato, devido ao íon sulfônico). Síntese: metionina- adenosil-transferase. Anemia perniciosa: def B12 Anemia megaloblástica: def N5,N10-MTHFR na síntese de timidilato. Tetraidrobiopterina ♥ Participa da reação da fenilalanina hidroxilase (oxidase mista → hidroxilação do substrato pelo O2 e redução à H2O) ♥ Transferência “NIH” (National Institutes of Health) ♥ Transferência de elétrons do NADH para o O2 Oxidação dos Aminoácidos Grupo 1: Aminoácidos que são convertidos a PIRUVATO Os AA degradadados até piruvato são tanto cetogênicos quanto glicogênicos Catabolismo da Glicina ♥ Conversão da Glicina em Serina → Piruvato ♥ Coenzimas: PLP e N5,N10- metilenotetraidrofolato ♥ Via pouco representativa em animais ♥ Ligação da Glicina com o PLP (ligação imina) 1. Abstração de próton e formação de carbânion 2. PLP estabiliza o carbânion, que ataca o N5,N10-metilenoTHF e produz serina 3. PLP liga-se à enzima e libera Serina ♥ Via mais representativa em mamíferos ♥ Enzima de clivagem da glicina ou glicina- sintase (Mit) → Componentes P, H, T, L ♥ Coenzimas: PLP e tetraidrofolato ♥ Os átomos de C da glicina não entram no Ciclo de Krebs, são perdidoscomo CO2 e o outro torna-se o grupo metileno da coenzima ♥ Deficiência enzimática → hiperglicinemia não cetótica: aumento de glicina, crises convulsivas, retardo mental, morte na primeira infância ♥ Glicina é neurotransmissor inibitório ♥ Enzima D-aminoácido-oxidase ♥ Importante no Rim ♥ Função dessa enzima: eliminar D-aminoácidos (cozimento de L-AA, PC bacteriana) ♥ Oxalato forma cristais de oxalato de cálcio → pedras renais Grupo 2. Aminoácidos que são convertidos a ACETIL-CoA Derivados do Triptofano O catabolismo do Trp é o mais complexo entre os AA Phe → Tyr: Reação da fenilalanina-hidroxilase (oxidase mista → hidroxilação do substrato pelo O2 e redução à H2O) Fenilalanina Deficiência genética em enzimas do catabolismo da Phe tem importância médica. Erros inatos do metabolismo de AA. Fenilcetonúria (PKU) ♥ Deficiência da fenilalanina-hidroxilase ♥ Acúmulo de Phe no sangue e outros tecidos ♥ Através de uma via alternativa a Phe é transaminada com o Piruvato, produzindo fenilpiruvato, fenilacetato e fenillactato, que também são acumulados na doença, e excretados na urina ♥ Retardo mental grave, olhos e cabelos claros ♥ Tratamento: dieta com restrição em Phe ♥ Aspartame contém Phe ♥ A deficiência da diidrobiopterina-redutase, que regenera a tetraidrobiopterina, também pode causar PKU ♥ Enzimas afetadas pela deficiência da diidrobiopterina-redutase: Phe-hidroxilase, Tyr- hidroxilase, Trp-hidroxilase ♥ Síntese de neurotransmissores (Dopamina, Epinefrina, Norepinefrina, Serotonina) é afetada ♥ Tetraidrobiopterina não atravessa a Barreira Hematoencefálica ♥ Detecção precoce de Erros Inatos do Metabolismo permite o início do tratamento e evita o desenvolvimento dos sintomas neurológicos característicos dessas doenças Grupo 3. Aminoácidos que são convertidos a - CETOGLUTARATO Grupo 4. Aminoácidos que são convertidos a SUCCINIL-CoA Propionil-CoA → Succinil-CoA Catabolismo de AA de cadeia ramificada Grupo 5. Aminoácidos que são convertidos a OXALACETATO Ciclo do Nitrogênio Nitrogênio ♥ Presente em aminoácidos, nucleotídeos e moléculas derivadas ♥ Apesar do N2 compor 4/5 da atmosfera, ele é apenas o 4º maior contribuinte para a massa dos sistemas vivos: C>H>O>N ♥ Os compostos que contém N são escassos no meio biológico, portanto são empregados de forma econômica pelos organismos ♥ Muitos desses compostos são recuperados e reutilizados no metabolismo celular Como o N é inserido nos sistemas biológicos ♥ Ciclo do nitrogênio: disponibilização do N em uma forma útil para os sistemas biológicos, onde o N é reutilizado e reciclado no metabolismo 1. Fixação do N2 atmosférico pelas bactérias e algas fixadoras Redução do N2→ NH4+ 2. Nitrificação: bactérias do solo obtém energia através da oxidação NH4+→NO2- → NO3- 3. Vegetais e algumas bactérias anaeróbicas convertem o nitrito e nitrato em amônia (nitrito/nitrato-redutases), que é utilizado na síntese de AA 4. Os animais ingerem os vegetais e obtém os AA, que serão os precursores das proteínas 5. A morte de animais e vegetais retorna a amônia ao solo, por ação das bactérias Fixação do N2 Organismos fixadores de Nitrogênio (diazotrofos): ♥ Cianobactérias do solo, e da água salgada e doce ♥ Algumas espécies de bactérias de vida livre no solo: Azotobacter ♥ Bactérias que vivem como simbiontes nos nódulos de raízes de plantas leguminosas Produto da fixação do N2 é a amônia N2 + 10H+ + 8e- + 16ATP → 2NH4+ + 16ADP + 16Pi + H2 G’º = -33,5 kJ/mol COMPLEXO DA NITROGENASE = dinitrogenase-redutase + dinitrogenase O N2 é muito estável, devido à ligação tripla, necessitando de uma energia de ativação muito grande para a quebra dessa ligação, o que faz dessa molécula INERTE em condições normais Complexo da Nitrogenase ♥ Os 8e- (6 para reduzir o N e 2 para reduzir o H) são transferidos da dinitrogenase-redutase para a dinitrogenase, um de cada vez ♥ A cada ciclo de transferência de 1e-, ocorre a hidrólise de 2 ATP pela redutase ♥ O complexo da nitrogenase é lábil ao Oxigênio ♥ Bactérias fixadoras que vivem em simbiose com leguminosas ficam protegidas do O2 o Leg-hemoglobina capta o O2 e disponibiliza para o sistema de transferência de e- da bactéria o Recebem precursores dos elétrons: CHO e intermediários do Ciclo de Krebs ♥ A planta recebe como benefício o suprimento de N numa forma biologicamente utilizável ♥ O excesso de NH4+ produzida é liberada no solo, enriquecendo-o ♥ Inibição alostérica: ADP ♥ Inibição da síntese enzimática: NH4+ ♥ Inibição covalente: ADP-ribosilação Simbiose entre leguminosas e bactérias fixadoras de N2 Raízes de uma planta leguminosa (ervilha) Nódulo da raiz da ervilha: Bactérias fixadoras em vermelho Amônia é incorporada em aminoácidos: Glutamato e Glutamina ♥ NH4+ é incorporado em AA e posteriormente em outras moléculas ♥ AA de entrada: Glutamato e Glutamina ♥ Presentes em altas concentrações nos organismos ♥ Os demais AA adquirem o grupo amino através de transaminação com glutamato ♥ O grupo amida da glutamina também é utilizado em uma série de processos biossintéticos Incorporação do grupo amino em Glutamato ♥ Bactérias e vegetais o Glutamato-sintase o Reação de aminação redutiva do - cetoglutarato -cetoglutarato + glutamina + NADPH + H+ → 2 glutamato + NADP+ ♥ Animais o Transaminações -cetoglutarato + AA →L-glutamato + - cetoácido ♥ Todos os organismos Glutamato-desidrogenase (via menos importante, matriz mitocondrial, quando amônia atinge 1 mM) -cetoglutarato + NH4+ + NADPH + H+→ L- glutamato + NADP+ + H2O Incorporação do grupo amino em Glutamina ♥ Reação ocorre em duas etapas, onde o intermediário -glutamil-fosfato permanece ligado ao sítio ativo da enzima ♥ Enzima: glutamina-sintetase ♥ Presente em todos os organismos Glutamina-sintetase – uma enzima altamente regulada ♥ Glutamina-sintetase é composta por 12 subunidades idênticas na E. coli ♥ Regulada alostericamente, por modificação covalente e via regulação gênica ♥ 6 produtos finais do metabolismo da glutamina juntos inibem a enzima praticamente de forma completa ♥ Glicina e Alanina provavelmente indicam o conteúdo geral de AA ♥ Finalidade: obter uma regulação fina do conteúdo de glutamina para as diversas vias das quais ela participa Regulação por modulação covalente Regulação por modulação covalente - ADENILILAÇÃO ♥ Adenililação (adição de AMP) da Tyr397, próximo ao sítio ativo da enzima ♥ Essa modificação aumenta a sensibilidade da enzima aos inibidores alostéricos ♥ Adenililação e Desadenililação são catalisadas pela Adenilil transferase ♥ Adenilil transferase responde aos níveis de glutamina, -cetoglutarato, ATP e Pi ♥ Adenilil transferase tem sua atividade modulada pela proteína reguladora PII ♥ A proteína PII é modulada por uridililação ♥ O complexo adenililtransferase-PII uridililada estimula a desadenililação, enquanto o complexo desuridililado estimula a adenililação da glutamina-sintetase ♥ A uridililação e a desuridililação são catalisadas pela Uridililtransferase ♥ A uridililação é estimulada por -cetoglutarato e ATP, e inibida por glutamina e Pi Regulação da transcrição gênica ♥ PII uridililada aumenta a transcrição gênica da glutamina-sintetase → aumenta a quantidade/atividade da enzima ♥ PII desuridililada reduz a transcrição gênica da glutamina sintetase → reduz a quantidade de enzima Reações que utilizam a Glutamina como doador de grupo amino (Gln-amidotransferases) ♥ 2 domínios estruturais: 1 para ligação da glutamina e outro para ligação do segundo substrato que irá receber o grupo amino ♥ Cys do sítio ativo atua como nucleófilo, quebrando a ligação amida da glutamina e formando um intermediário covalentemente ligadoglutamil-enzima ♥ NH3 é transferida através de um canal de amônia até o segundo domínio, onde reage com o substrato para formar o produto aminado ♥ O intermediário covalente é hidrolisado para liberar glutamato e a enzima livre ♥ O segundo substrato pode ser ativado com ATP (acil-fosfato) ♥ A enzima glutaminase utiliza água como segundo substrato, liberando glutamato e NH4+ Biossíntese de Aminoácidos Origem dos esqueletos carbônicos: 1. Intermediários da Glicólise 2. Intermediários do Ciclo de Krebs 3. Intermediários da Via das pentoses fosfato Origem do átomo de N: 1. Glutamato 2. Glutamina Coenzima redutora: NADPH Bactérias e Vegetais geralmente possuem a capacidade de sintetizar todos os 20 aa (protéicos) Mamíferos podem sintetizar aproximadamente metade dos 20 aa: perda da capacidade de síntese durante a evolução. Síntese do Glutamato Bactérias e vegetais: Enzima Glutamato-sintase -cetoglutarato + glutamina + NADPH + H+ → 2 glutamato + NADP+ Animais: Não possuem a glutamato-sintase Glutamato é produzido: 1. 1. Transaminações, que utilizam o -cetoglutarato como substrato 2. 2. L-Glutamato-desidrogenase (matriz mitocondrial) 3. -cetoglutarato + NH4+ + NADPH → L-glutamato + NADP+ + H2O Síntese de Glutamina Reação da Glutamina-sintetase Enzima encontrada em todos os organismos Importância: assimilação de amônia nas bactérias, coleta de amônia na forma de glutamina em mamíferos Síntese de Prolina em Mamíferos Duas vias de síntese: Síntese da Arginina em Mamíferos Quando ocorre deficiência de Arginina proveniente da dieta ou da reciclagem de proteínas, a enzima ornitina--aminotransferase promove a formação de ornitina, que é convertida em arginina através das reações do ciclo da ureia. A síntese de citrulina a partir de Glu ocorre predominantemente na mucosa intestinal A síntese de Arg a partir de citrulina ocorre predominantemente nos rins. Síntese de Serina ♥ A via é a mesma para todos os organismos ♥ O glutamato é o doador do grupo -amino Síntese de Glicina ♥ A via é a mesma para todos os organismos ♥ 2 vias de síntese: 1. A partir da Serina (reversível) 2. No fígado de vertebrados através da enzima glicina-sintase (enzima de clivagem da glicina) CO2 + NH4+ + N5,N10-Metilenotetraidrofolato + NADH + H+ → Glicina + tetraidrofolato + NAD+ Síntese de Cisteína nos mamíferos ♥ A Serina é doadora do esqueleto carbônico e do grupo -amino ♥ A Homocisteína, um derivado da Metionina, é a doadora do grupo sulfidrila (enxofre) Síntese de Aspartato ♥ Transaminação a partir do oxaloacetato e glutamato ♥ Coenzima: PLP ♥ Reação encontrada em todos os organismos Síntese de Alanina ♥ Transaminação a partir do piruvato e glutamato ♥ Coenzima: PLP ♥ Reação encontrada em todos os organismos Síntese de Asparagina ♥ Reação encontrada em todos os organismos ♥ Amidação do aspartato ♥ Grupo amida é doado pela Glutamina Pílulas Bioquímicas ♥ Tratamento da leucemia linfoblástica aguda em crianças: L-asparaginase ♥ Os linfócitos doentes são dependentes de asparagina ♥ Remissão em 95% dos casos Síntese do Corismato ♥ Bactérias e vegetais ♥ Via de formação do anel aromático encontrado nos AA Trp, Phe e Tyr ♥ Primeiro passo: síntese do Corismato ♥ Precursores: PEP e Eritrose-4-P ♥ Round-up (glifosato-N-fosfometil-glicina) é um herbicida amplamente utilizado, atuando via inibição da enzima 5- enolpiruvil-chiquimato-3-fosfato-sintase, na via de formação do corismato em plantas. Possui potencial tóxico em mamíferos por inibir a ligação do PEP em enzimas Síntese de Triptofano ♥ Bactérias e plantas ♥ PRPP e antranilato são os doadores dos carbonos do anel indol ♥ Glutamina é a doadora do N do anel indol ♥ As enzimas dessa via formam um complexo multienzimático Síntese de Tirosina e Fenilalanina Nos animais a síntese de Tyr ocorre a partir da Phe, catalisada pela Phe hidroxilase Síntese de Histidina ♥ Vegetais e bactérias ♥ A His é derivada de três precursores: 1. PRPP fornece 5 C 2. Anel purina do ATP fornece 1 N e 1 C 3. Glutamina fornece 1 N Síntese começa com a condensação do ATP e do PRPP A glutamina participa da formação do anel imidazol quando entrega seu N AICAR é um intermediário na síntese de purinas, e pode ser reciclado em ATP Grupo -amino é derivado do Glu Essa via de síntese utiliza precursores de nucleotídeos → indícios da hipótese de que a vida se originou no RNA (ribozimas) His atua como resíduo catalítico no sítio ativo de enzimas Intermediário na biossíntese de AA e nucleotídeos 5-fosforibosil-1-pirofosfato (PRPP) Sintetizado a partir da ribose-5-fosfato (intermediário da Via das pentoses fosfato) Enzima ribose-fosfato-pirofosfoquinase (PRPP- sintetase) Ribose-5-fosfato + ATP → 5-fosforribosil-1- pirofosfato + AMP Regulação da Síntese de AA ♥ Controle alostérico ♥ Inibição por retroalimentação da 1ª enzima da via de síntese do AA ♥ Quem inibe? O produto final da via ♥ A 1ª enzima da via é alostérica e catalisa uma reação irreversível ♥ Regulação na síntese de AA em E. coli ♥ Regulação fina da síntese de AA, para que todos possam ser sintetizados nas concentrações corretas para a síntese de proteínas ♥ Multiplicidade enzimática: A1, A2, A3 (aspartoquinase) catalisam a mesma reação e são reguladas independentemente, impedindo que o produto final da via bloqueie a síntese de um intermediário na via biossintética de mais de um AA ♥ Inibição por retroalimentação sequencial: maior controle sobre a síntese de AA Produtos derivados de Aminoácidos Descarboxilação de Aas ♥ Classe: Liases ♥ Coenzima: Piridoxal fosfato (PLP) ♥ Reações: Aminoácido-aromático-descarboxilase (síntese de Dopamina a partir da Tyr) (síntese de Serotonina a partir de Trp) Glutamato-descarboxilase (síntese de GABA a partir de Glu) Histidina-descarboxilase (síntese de Histamina a partir de His) AdoMet-descarboxilase (síntese de Poliaminas a partir de Met) Ornitina-descarboxilase (síntese de Poliaminas a partir de Ornitina) Mecanismo de ação da ornitina descarboxilase Poliaminas – Espermina e espermidina ♥ Atuam no empacotamento do DNA; ♥ Moléculas catiônicas, que interagem com as cargas negativas do DNA; ♥ Derivadas da Met e da Ornitina; ♥ A ornitina descarboxilase é alvo de fármacos inibidores, pois em mamíferos é rapidamente reciclada, já no Trypanosoma não é renovada. Carnosina e anserina ♥ Anserina – Dipeptídeo: - alanina e N-metil- histidina; – Antioxidante. ♥ Carnosina – Dipeptídeo: histidina e -alanina; – Antioxidante; – Alta concentração muscular e cerebral. – -alanina: suplemento alimentar, encontrado em carnes (frango, bovinos, peixes, suínos). Creatina ♥ Síntese de 1-2 g/dia; ♥ Gln + Arg (grupo guanidino) + Met (grupo metil); ♥ Amidinotransferase (glicina-transamidase) está presente no córtex renal, pâncreas e fígado; ♥ Creatina fosfato > derivado fosforilado – Fonte rápida de energia em exercício de alta intensidade; – Transcrição de genes miogênicos (miosina) > Hipertrofia. Creatina-cinase ♥ 5 Isoenzimas: 2 mitocondriais (mi-CK) 3 citosólicas (cy-CK; diméricas) – MM-CK (músculo esquelético) – MB-CK (músculo cardíaco) – BB-CK (cérebro) Creatinina ♥ Derivado cíclico; ♥ 1-2% da fosfocreatina é ciclizada diariamente; ♥ Proporcional ao conteúdo de fosfocreatina presente no músculo > indicador de massa muscular; ♥ Excretada na urina; ♥ No sangue é parâmetro de função renal, junto coma ureia plasmática. Glutationa (GSH) ♥ Tripeptídeo: Glu-Cys-Gly; ♥ Presente em animais, vegetais, bactérias; ♥ Altas concentrações celulares; ♥ Função antioxidante – Tampão redox; ♥ Mantém o Fe de proteínas e grupo Heme no estado ferroso(Fe2+); ♥ Agente redutor para a Glutarredoxina; ♥ Agente redutor para a Glutationa-peroxidase. Catecolaminas ♥ Dopamina, Noradrenalina, Adrenalina; ♥ Neurotransmissores: Dopamina, Noradrenalina. ♥ Hormônios (medula da adrenal): Adrenalina e Noradrenalina; ♥ Funções fora do SNC: regulação do metabolismo de carboidratos e lipídios → Resposta de Luta-Fuga Melanina ♥ Pigmento dos olhos, pele e cabelos ♥ Sintetizada a partir da Tyr ♥ Enzima tirosinase é ativada pela radiação UVB ♥ Proteção contra a luz solar ♥ Dependente dos níveis de tirosina, pacientes PKU tem diminuição dos níveis de melanina e neurotransmissores dependentes de tirosina. GABA (-aminobutirato) ♥ Descarboxilação do Glu; ♥ Inibitório; ♥ Sua diminuição está associada a crises convulsivas; ♥ Degradação é realizada pela GABA aminotransferase. Serotonina ♥ Derivada do Trp; ♥ Produzida em grande quantidade nas células da mucosa intestinal; ♥ Plaquetas ♥ SNC → Neurotransmissor ♥ Funções: percepção da dor, transtornos afetivos, regulação do sono, da temperatura e da pressão sanguínea, contração da musculatura lisa e arteríolas e bronquíolos ♥ Degradada pela MAO NAD+ e NADP+ ♥ Derivados do Trp ♥ Aproximadamente 50% dos nucleotídeos de piridina ♥ A síntese é inibida por estrógeno (mulheres são mais suscetíveis à pelagra) Melatonina ♥ Derivada do Trp; ♥ É sintetizada à noite → regula o ritmo circadiano → induz sono; ♥ Produzida na glândula pineal e na retina. Histamina ♥ Mediador de respostas alérgicas e inflamação ♥ Vasodilatador e vasoconstritor ♥ Possível neurotransmissor ♥ Estimula secreção ácida no estômago ♥ Cimetidina: um análogo estrutural da Histamina, utilizado no tratamento de úlceras duodenais Etanolamina, colina e betaína ♥ Derivadas da serina ♥ Etanolamina: produzida pela descarboxilação da Ser (fosfatidiletanolamina) ♥ Colina: vitamina (fosfatidilcolina → lecitina) ♥ Betaína: doadora de grupos metil na via de remetilação da Hcy, formando Met Taurina ♥ Derivada da Cisteína ♥ É um derivado de aminoácido muito abundante intracelularmente ♥ Importante no desenvolvimento cerebral ♥ Forma conjugados com ácidos biliares, aumentando o fluxo biliar e a remoção de colesterol pelo fígado Carnitina ♥ Derivada da Lys ♥ Responsável pelo transporte de ácidos graxos através da membrana mitocondrial ♥ Sintetizada através da trimetilação da Lys em proteínas, quando as proteínas são degradadas, a carnitina é liberada ♥ Rins e fígado Óxido nítrico (NO•) ♥ Sintetizado pela óxido-nítrico-sintase: enzima dimérica ♥ Coenzimas: FMN, FAD, tetraidrobiopterina, Heme-Fe3+ ♥ Síntese é ativada pela Ca2+-Calmodulina ♥ Radical livre gasoso ♥ Funções: neurotransmissão, vasodilatação, coagulação sanguínea Porfinas Síntese do Grupamento Heme ♥ Glicina é o precursor das porfirinas; ♥ Porfirinas tem importância central em proteínas heme, como a hemoglobina e os citocromos. Também está presente na catalase, mioglobina e triptofano pirrolase; ♥ Compostos cíclicos com um átomo de Fe2+ ou Fe3+ coordenado; ♥ Heme é a metaloproteína mais abundante em humanos Porfirinas ♥ Constituídas de 4 moléculas de porfobilinogênio (derivado monopirrólico); ♥ Porfobilinogênio é composto de 2 moléculas de -aminolevulinato, que é principalemente sintetizado no fígado e na medula óssea; ALA sintase controla a velocidade da síntese de porfirinas Síntese de grupo Heme Diferentes porfirinas possuem cadeias laterais diferentes: Ac = acetil = -CH2COO- Pr = Propionil = -CH2CH2COO- Regulação ♥ ALA Sintase (inibição pelo produto – Heme) ♥ Etapa limitante; ♥ Sintetizada no citosol, atua na mitocôndria; ♥ Coenzima: PLP; ♥ Inibição por retroalimentação. ♥ Glicose e AAs glicogênicos inibem síntese do Heme (mecanismo desconhecido); ♥ Dieta hipocalórica estimula síntese do Heme; ♥ Ativada por fármacos indutores do CytP450; Porfirias ♥ Deficiência enzimática na via de síntese das porfirinas; ♥ Acúmulo dos precursores nos eritrócitos, fluidos corporais e fígado; ♥ Porfiria intermitente aguda é a mais comum; ♥ A maior parte dos pacientes é heterozigota, entretanto fatores ambientais (ingestão de álcool e fármacos metabolizados pelo CytP450, dieta hipocalórica) contribuem para o acúmulo de -aminolevulinato e porfobilinogênio; ♥ Sintomas: dor abdominal, disfunção neurológica. ♥ Redução da síntese de Heme (inibidor da ALA sintase); ♥ Acúmulo de intermediários anteriores ao bloqueio; ♥ Tratamento com Hemina/hematina (inibidor da ALA sintase) > reduz síntese de intermediários da via (responsáveis pelos sintomas) Porfiria intermitente aguda ♥ Caráter autossômico dominante; ♥ Aumento na atividade da ALA sintase; ♥ Redução na atividade da porfobilinogênio desaminase e ∆-5-redutase; ♥ Sintomas: alterações psiquiátricas e hepáticas, hipertensão, constipação, dor abdominal, fraqueza, distúrbios sensoriais; ♥ Superprodução de ALA e porfobilinogênio; ♥ Tratamento: administração de hematina. Degradação do Heme Eliminação das hemácias ocorre após aprox. 120 dias Os eritrócitos são capturados pelo sistema retículoendotelial, no fígado e no baço 1. O sistema microssomal heme-oxigenase converte o grupo Heme em Biliverdina, liberando Fe2+ e CO 2. A biliverdina é reduzida à bilirrubina, que é liberada no sangue 3. A bilirrubina é captada pelo fígado e conjugada com ácido glicurônico 4. A bilirrubina conjugada é eliminada na bile Biossíntese e degradação de nucleotídeos Purinas x Pirimidinas Purinas são bases nitrogenadas que compõem o nucleotídeo. Adenina (A) e Guanina (G) são purinas que, por ponte de hidrogênio, se ligam às pirimidinas Timina (T) e Citosina (C), respectivamente. Estrutura dos Nucleotídeos Nucleosídeos x Nucleotídeos Importância biológica dos nucleotídeos ♥ Precursores do DNA e do RNA ♥ Moléculas altamente energéticas: ATP e GTP ♥ Componentes de coenzimas: NAD, FAD, S- adenosilmetionina, Coenzima A ♥ Intermediários biossintéticos ativados: UDP- glicose, CDP-diacilglicerol ♥ Mensageiros celulares: cAMP e cGMP Síntese de Nucleotídeos ♥ Síntese “de novo” Começa com os precursores metabólicos, tais como AA, ribose-5-P, CO2 e NH3 ♥ Via de recuperação Reciclam as bases livres e os nucleosídeos liberados na quebra dos ácidos nucléicos Precursores de purinas e pirimidinas ♥ Fosforribosilpirofosfato (PRPP): intermediário na síntese de purinas e pirimidinas ♥ Glicina: precursor das purinas ♥ Aspartato: precursor das pirimidinas ♥ Glutamina: doadora de grupos amino ♥ Aspartato: doador minoritário de grupos amino ♥ As enzimas de síntese das purinas estão organizadas como complexos multienzimáticos ♥ A concentração de nucleotídeos na célula é muito reduzida, exceto ATP, portanto a síntese de nucleotídeos é contínua durante a síntese de DNA e RNA Síntese “de novo” das purinas ♥ Adenosina 5’-monofosfato (AMP ou adenilato): base adenina ♥ Guanosina 5’-monofosfato (GMP ou guanilato): base guanina ♥ O anel purínico é sintetizado já ligado ao açúcar Síntese do PRPP Síntese de IMP A síntese inicia com o PRPP recebendo um grupo amino da glutamina → 5-fosforribosilamina Sobre essa molécula é construído o anel purínico Passo 6a → eucariotos superiores Passos 6 e 7 → bactérias e fungos Síntese de AMP e GMP Regulação da Biossíntese das Purinas ♥ Inibição alostérica por retroalimentação: 1. Glutamina PRPP amidotransferase é uma enzima alostérica inibida pelos produtos IMP, AMP, GMP ♥ AMP, GMP → Atuam em sinergia na Inibição concertada 2. GMP inibe a formação de xantilato (XMP) por inibir a IMP desidrogenase; enquanto o AMP inibe a formação de adenilssuccinato por inibir a adenilossuccinato sintetase 3. ADP e GDP inibem a PRPP sintetase ♥ O ATP (derivado do AMP) é requerido para a formação deGMP, enquanto o GTP (derivado do GMP) é requerido para a formação de AMP Síntese de Nucleosídeos Trifosfato Reação da adenilato quinase ATP + AMP 2ADP O ADP é fosforilado na glicólise ou na fosforilação oxidativa Reação da nucleosídeos monofosfato quinase ATP + NMP ADP + NDP Específicas para a base, mas não para a pentose (desoxirribose ou ribose) Reação da nucleosídeos difosfato quinase NTP1 + NDP2 NDP1 + NTP2 Não é específica para a base, nem para a pentose (desoxirribose ou ribose) Síntese “de novo” das pirimidinas Nucleotídeos ♥ Citidina 5’-monofosfato (CMP, citidilato): base citosina ♥ Uridina 5’-monofosfato (UMP, uridilato): base uracila ♥ O anel pirimidínico é sintetizado primeiro e depois ligado à ribose Síntese de carbamoil-fosfato ♥ Citosol ♥ Carbamoil-Fosfato-Sintetase II ** Diferente do sintetizado no ciclo da ureia na mitocôndria pela Carbamoil-fosfato-sintetase I ♥ Enzima alostérica Aspartato-transcarbamoilase sofre inibição retroativa pelo CTP ♥ Subunidades catalíticas (6) e regulatórias (6), que modulam a conformação da enzima ATIVA → INATIVA ♥ O ATP impede a inibição pelo CTP Os ribonucleotídeos são precursores dos desoxirribonucleotídeos ♥ Desoxirribonucleotídeos são os constituintes do DNA ♥ São formados a partir dos ribonucleotídeos correspondentes, via redução do C 2’ da D- ribose formando o 2’-desoxi ♥ Enzima Ribonucleotídeo-redutase ♥ Substratos: ribonucleotídeos difosfato Regulação da ribonucleotídeo-redutase Reação da Timidilato sintase ♥ A via de síntese de dTMP (timidilato), que é utilizado na síntese de DNA é realizada a partir de desoxirribonucleotídeos ♥ Essa reação precisa ser eficiente a fim de prevenir a incorporação de Uridilato no DNA Digestão de ácidos nucleicos e nucleotídeos Digestão dos ácidos nucleicos no trato gastrointestinal ♥ Estômago → Desnaturação ♥ Intestino → Ribonucleases e desoxirribonucleases, secretadas pelo pâncreas, degradam os ác. nucleicos até oligonucleotídeos ♥ Intestino → Fosfodiesterases, secretadas pelo pâncreas, agem sobre os oligonucleotídeos e produzem 3’-mononucleotídeos e 5’- mononucleotídeos ♥ Intestino → Nucleotidases removem os grupos fosfato, liberando nucleosídeos ♥ Intestino → Nucleosidases liberam as bases livres, que são absorvidas pelas células intestinais e catabolizadas Catabolismo intracelular de nucleotídeos Catabolismo de Purinas Catabolismo das pirimidinas ♥ O anel pirimidínico é clivado ♥ Produção de ureia, a partir da NH4+ liberado ♥ Os produtos da via são intermediários do catabolismo de AA Via de salvação das purinas Reação da fosforibosiltransferase Via de salvação das Pirimidinas Deficiência no metabolismo das purinas deficiência da adenosina-desaminase (ADA) ♥ Caracterizados por imunodeficiência severa ♥ Risco de morte se os pacientes não forem mantidos em ambientes estéreis ♥ Aumento de 100 x na [dATP], um efetor alostérico negativo da ribonucleotídeo- redutase o Redução nas concentrações dos demais dNTPs ♥ Alterações na produção de linfócitos B e T ♥ Tratamento com terapia gênica Síndrome de Lesch-Nyhan ♥ Deficiência na enzima Hipoxantina-guanina- fosforibosiltransferase ♥ Desordem recessiva ligada ao X ♥ As bases purínicas não podem ser recuperadas (cérebro é + afetado) ♥ Aumento na [PRPP] → aumento na síntese “de novo” das purinas ♥ Excreção excessiva de ácido úrico ♥ Sintomas: retardo mental, automutilação, movimentos involuntários Gota ♥ Elevadas [ácido úrico] em tecidos ♥ Depósito de cristais de urato de sódio nas articulações → inflamação, dor, artrite ♥ Depósitos de ácido úrico nos túbulos renais ♥ Atinge principalmente homens ♥ Causa indefinida, possível alteração no catabolismo de purinas ♥ Tratamento: nutricional...eliminar da dieta fígado e produtos glandulares, e farmacológico...Alopurinol → inibidor da xantina-oxidase Antineoplásicos ♥ As células cancerosas necessitam de maiores concentrações de nucleotídeos precursores de DNA e RNA, portanto são mais sensíveis à inibição das vias de síntese de nucleotídeos ♥ Ex.: inibidores da glutamina-amidotransferase, inibidores da timidilato-sintase e diidrofolato- redutase Inibidores da glutamina-amidotransferase ♥ Azasserina e Acivicina são inativadores enzimáticos ♥ Análogos da glutamina ♥ Glutamina-PRPP-amidotransferase é a primeira enzima na síntese de purinas Inibidores da timidilato-sintase e diidrofolato- redutase ♥ Atuam na única via de síntese de timina ♥ Fluorouracil → é convertido em um inativador (5-FdUMP) da timidilato-sintase ♥ Metotrexato (análogo do tetraidrofolato) → inibe a diidrofolato-redutase ♥ Aminopterina → inibe a diidrofolato-redutase Antibióticos ♥ Trimetoprima → inibidor da diidrofolato- redutase ♥ Liga-se à enzima bacteriana com afinidade 100.000 x maior que a de mamíferos ♥ Tratamento de infecções urinárias e do ouvido médio
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