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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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Desenvolvimento: crescimento e ganho de peso 
• O desenvolvimento da placenta e das membranas 
fetais ocorre mais rapidamente do que o 
desenvolvimento do feto 
• O comprimento do feto aumenta 
proporcionalmente com a idade 
• O peso permanece diminuito ate durante as 12 
primeiras sejas e so atinge 0,5 kg apos a 23a 
semanas 
• Durante o ultimo trimestre o feto ganha 
rapidamente peso: na 32a semana o peso e em 
media 1,3kg, na 36ª semana 2kg e ao nascer 2,5-
4kg (media). 
 
 
1 mês após a fertilização os diferentes órgãos já 
começam a desenvolver suas características mais gerais. 
Em 2-3 meses a maior parte deles já é estabelecida. 
Com 4 meses a morfologia (estrutura) dos 
órgãos já está quase formada, mas a sua aptidão 
fisiológica ainda não apresenta o desenvolvimento 
completo. 
Mesmo ao nascer, estruturas como o sistema 
nervoso, rins e fígado ainda não apresentam 
desenvolvimento completo. 
O coração começa a bater durante a 4ª semana, 
contraindo-se com frequência de 65-160bpm ao nascer. 
 
 
 
Sistema cardiovascular fetal: 
• Placenta: realiza a oxigenação sanguínea, apresenta 
baixa resistência vascular e representa a resistência 
sistêmica fetal. 
• Pulmão: praticamente excluído da circulação, devido 
à elevada resistência vascular 
• Presença de shunts: forame oval, ducto venoso e 
canal arterial. 
 
Sistema circulatório 
• O coração humano começa a bater na 4ª semana 
 
Formação das células sanguíneas 
• O coração humano começa a bater na 4ª semana 
• Hemácias (nucleadas) - saco vitelínico e camadas 
mesoteliais da placenta - 3ª semana; 
• 4-5ª semana hemácias (anucleadas) - endotélio dos 
vasos sanguíneos; 
• 6ª semana - fígado e no 3º mês baço e outros 
tecidos linfoides; 
• 3º mês - medula óssea 
 
Após o nascimento: 
• Remoção da placenta: seguida de elevação da 
resistência vascular sistêmica. 
• Insuflação e oxigenação pulmonar: com redução da 
resistência vascular pulmonar devido à vasodilatação 
pulmonar pelos altos teores de oxigênio. 
• Fechamento dos shunts: forame oval, ducto venoso 
e canal arterial = contrai logo após o nascimento 
devido à elevação da pressão arterial de O2, mas o 
fechamento anatômico se completa apenas após a 
primeira semana de vida. 
 
 
Aspectos gerais da função respiratória intra-útero: 
• A respiração sistêmica não ocorre, ausência de ar 
na cavidade amniótica; 
• Trocas gasosas através da via placentária - 
vilosidades coriônicas - membrana placentária - 
hematose. 
{Fisiologia Fetal e Transição Feto-Neonatal} 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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• Pulmões - área de atividade celular e consumo de 
oxigênio. 
 
Sistema respiratório intraútero: 
• 3 e 4º mês: pulmões estruturalmente desenvolvidos. 
• Alvéolos com uma relativa quantidade de líquido 
“limpo” = secretado pelo epitélio pulmonar. 
• Alvéolos líquidos/colapsados =tensão superficial 
• Movimentos respiratórios inibidos 
 Durante a vida fetal há tentativas de movimentos 
respiratórios, mas eles são inibidos 
 Baixa tensão de oxigênio. 
 Certos estímulos táteis (mais próximo do final 
do3º trimestre) – intenção de movimentos 
respiratórios 
 A presença de líquidos nos alvéolos promove 
um colabamento das extremidades alveolares. O 
líquido alveolar fetal é constantemente secretado 
durante a gravidez e a taxa de secreção diminui 
próximo ao parto. 
 A importante do LAF é para o desenvolvimento 
pulmonar e a drenagem crônica (hipoplasia 
pulmonar) 
 
Maturidade pulmoanar 
• 3ª semana de IG: início do desenvolvimento 
pulmonar. 
• 16-24ª semana: aumento da angiogênese e 
diferenciação do epitelio cuboide em pneumócitos 
do tipo I e II. 
 Tipo I: função plástica 
 Tipo II: produção de surfactante 
• Surfactante: contém a fosfaticilcolina ou lecitina e 
fosfatidilglicerol. Além de esfingomielina. 
 Lecitina aumenta sua concentração à medida 
que a gestação aumenta = quando tem + lecitina 
pode significar que o prematuro tem uma boa 
maturação. 
 Esfingomielina é linear durante toda a gestação. 
 Relação lecitina/esfingomielina = quanto maior o 
número, maior maturidade fetal. 
 Armazenado em estruturas granulares – corpos 
lamelares. 
• Quanto menor for a quantidade de líquido, a função 
fisiológica é melhor = mais fácil p RN respirar. 
 Líquido é importante para dar estrutura ao 
pulmão, mas tem que ser diminuído e ser 
absorvido para que ocorram as trocas gasosas. 
 O líquido não para de secretar assim que o RN 
nasce, mas diminui drasticamente. 
 A respiração só normaliza entre os 12-14 anos 
• O líquido proveniente do pulmão contribui para a 
formação do LA. Surfactante pulmonar fetal pode ser 
estimado no LA. 
• Métodos disponíveis para avaliação da maturidade 
pulmonar fetal. 
 Relação Lecitina/Esfingomielina (L/E); 
 Pesquisa de corpos lamelares; 
 Relação surfactante albumina; 
 Fosfatidilglicerol; 
 Índice de estabilidade da espuma. 
 
 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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Período transitivo – adaptação fisiológica respiratória 
• Determinantes da manutenção adequada da 
respiração: 
 Desenvolvimento do SNC; 
 Desenvolvimento da musculatura torácica e caixa 
torácica ; 
 Maturação pulmonar; 
 35-36ª semana de gestação (estabilidade 
pulmonar). 
• É preciso eliminar o líquido alveolar. Portanto, sua 
absorção acontece em duas etapas: 
1) Transporte passivo de sódio do lúmen alveolar para 
a célula. 
2) Transporte ativo pelos canais de sódio sensíveis à 
amilorida (ENaC) e bomba de sódio e potássio 
para o intestino. 
• Além disso, acontece um retardo e finalização da 
produção do líquido alveolar com participação de 
catecolaminas (trabalho de parto associado). 
 
Mecânica respiratória 
• Os estímulos para a respiração são resultados da 
resposta reflexa: 
 Estado levemente asfixiado (incidente ao processo 
de nascimento) 
 Mudança de pressão exercida sobre o concepto: 
intrauterina para extrauterina. 
 Estímulo luminoso, auditivo e tátil. 
 Pressão parcial de oxigêniodiminuída e de gás 
carbônico aumentada. 
• Necessário pressão negativa (aumentada, primeira 
respiração) = abertura dos alvéolos. 
• Drenagem mecânica do líquido pulmonar (termo – 
vaginal) 
 
 
• Os pulmões são basicamente não funcionais; 
• O fígado é apenas parcialmente funcional; 
• O coração do feto precisa bombear grande quantidade 
de sangue pela placenta. 
• Disposições anatômicas especiais fazem com que o 
sistema circulatório fetal opere de modo bem diferente 
do recém nascido. 
• O feto apresenta 4 desvios de fluxo sanguíneo, 
conhecidos como shunts: 
 placenta; 
 ducto venoso; 
 forame oval; 
 ducto arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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Desvio de sangue para o forame oval 
• O sangue mais oxigenado do ducto venoso, via cava 
inferior flui até o átrio direto e é desviado pela crista 
dividens através do forame oval para o átrio esquerdo. 
• O sangue menos oxigenado passa pela válvula 
tricúspide até o ventrículo direito, inclusive o sangue 
oriundo da veia cava inferior. 
Resistência vascular sistêmica aumentada: 
• Perda do enorme fluxo sanguíneo pela placenta; 
• Aumento da pressão aórtica; 
• Aumento das pressões átrio e ventrículos esquerdos. 
 
Resistência vascular pulmonar diminuída: 
• Inicialmente alta, reduz discretamente até o final do 
terceiro trimestre; 
• Fatores associados a alta resistência: 
 Baixa pressão parcial de oxigênio; = Oxigênio 
modula a produção de PGI2 e NO (vasoativos); 
 Outras sustâncias: agonistas α-adrenérgicos, 
tromboxano A2; leucotrienos; 
 Hipóxia relativa atua com maior relevância; 
 Expansão física –menor resistência 
 Perinatal – balanço entre os fatores 
Fechamento do forame oval: 
• Alteração das resistências sistêmica e pulmonar: Baixa 
pressão atrial direita e alta pressão atrial esquerda. – 
Sentido inverso do fluxo. 
• Fechamento da válvula e aderência (meses e anos) 
• Forame oval patente 
 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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Fechamento do ducto venoso: 
• Após 3-4 horas do nascimento ocorre a constrição da 
musculatura lisa, presente no ducto venoso; 
• A sua obliteração completa 3-4 semana (termo); 
• Pouca informação sobre seu fechamento; 
• Diminuição dos estímulos tônicos 
• Aumento da pressão veia porta - difusão hepatócitos; 
• Raramente não se fecha 
Fechamento do ducto arterial 
• A resistência sistêmica elevada - diminuição da 
resistência pulmonar 
 Retorno do sangue para a artéria pulmonar – 
contrário do que era na vida fetal. 
• 10-15 horas – vasoconstrição 
• 72 h 90 / 95% dos RN - fechamento funcional; 
• Pressão de oxigênio 
• Queda dos níveis de PGI2 = AINEs - podem fechar 
precocemente o d.a. 
• Prematuros, hipoxemia, rubéola, altitudes elevadas – 
abertura persistente. - AINEs / Oxigênio. 
• Após o primeiro ano de vida é raro o fechamento 
espontâneo - cirurgia. 
 
–
 
Respiração 
• FR: 40 min - 16 mL de ar / cada; 
• Capacidade residual baixa - metade de um adulto em 
relação ao peso; 
• Variação na concentração de gases se a FR ficar lenta. 
 
Circulação: 
• Volume sanguíneo ≈ 300 mL – podendo aumentar ≈ 
50 – 70 mL (reabsorção e aumento do hematócrito). 
• Débito cardíaco ≈ 500 mL por min. 
• PA ≈ 70 x 50 mmHg → 90 x 70 mmHg 
• Hemácias: 4 milhões/mm3 
• Leucócitos: 45 milhões/mm 
 
ESTÁGIO IDADE GESTACIONAL PRINCIPAIS EVENTOS 
Embrionário 4 a 7 semanas - Diferenciação do intestino anterior 
- Formação do broto do intestino anterior 
- Formação dos brônquios principais 
Pseudo-glandular 5 a 17 semanas - Ramificação dicotômica dos brônquios 
- Diferenciação entre a via aérea distal e proximal 
Canalicular 16 a 26 semanas - Alongamento do ácino terminal 
- Aparecimento da barreira hematoaérea 
- Produção de surfactante 
Sacular 24 a 38 semanas - Formação dos ácinos 
- Diferenciação das células epiteliais alveolares 
Alveolar 36 semanas até a vida adulta - Septação secundária dos alvéolos 
- Deposição da elastina na matriz 
- Remodelamento dos capilare

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