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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA
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Período que se inicia logo após o parto, podendo
se estender até 42-45 dias e compreende o retorno
dos órgãos reprodutivos ao estado pré-gravídico, em
período cronologicamente variável
Pode ocorrer dentro da normalidade ou com
sintomas que deverão ser prontamente reconhecidos e
tratados.
Imediato = 1a a 2a hora pós-parto
Mediado = 3a hora a 10º dia
Tardio = 11º dia ao 42º/45º dia pós-parto
Remoto = após 42º/45º dia pós-parto
Fenômenos hormonais, psíquicos e metabólicos.
Útero
• Após o parto, mantém a porção corporal contraída
e o segmento inferior acotovela-se ao limitar-se
com o anel de contração do corpo – altura de 15 a
20 cm.
• Hemóstase da ferida placentária = assegurada pela
retração e contração do miométrio, com colapso
parcial da circulação arterial e redução do fluxo dos
vasos uterinos. Ocorre acotovelamento do
pediculose vasculares e eliminação dos pedículos
vasculares e eliminação da fístula arteriovenosa
(circulação uteroplacentária)
• Trombose dos orifícios vasculares abertos
• Reflexo uteromamário origina cólicas dolorosas a
cada amamentação.
• Na cicatriz umbilical após o parto
• Intrapelvico em 2 semanas
• Miotamponamento = ligaduras vivas de Pinard
• Globo de segurança de Pinard
• Diminuição do citoplasma celular
• Involução média 1cm/dia = ritmo constante
Colo uterino
• Primeiras 12h = flácido de bordas distensiveis,
dentadas, irregulares. Por vezes, encontra-se
dilacerado nas porções laterais, ocasionando o
aspecto em fenda transversal. = Coincide orifício
interno e externo.
• Após 24h = dilatado com passagem de 2 ou 3
dedos exploradores
• Após 72 horas = anatomicamente reconstituído
• Após 10 dias, dilatando 1 polpa digital
Endométrio
• Com a dequitação, a camada espojosa da decídua
sai junto.
• Resta a camada superficial e basal
• Superficial necrosa = loquiação
• Basal regenera endométrio: 3ª semana.
Loquiação
• Eliminação de conteúdo uterino que ocorre após o
parto
• Constituído de decídua externa que sofre necrose
e é eliminada
Decídua interna = permanece intacta,
promovendo regeneração do endométrio
• Rubra/vermelho = até dia 3 = hematogênico
• Fusca/acastanhado = 3-10 dias
{Puerpério}
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• Flava/amarelado/serosa = até o 21 dia pós parto
• Alba/branca = a partir do 21 dia pós parto
• Avaliação dos lóquios = pode sinalizar, quando
abundante e/ou fétido e/ou de coloração
achocolatada, que a puérpera está evoluindo com
processos de subinvolução uterina, podendo estar
associado a restos placentários ou infecção
(endometrite)
Obs: Tríade de Bumm:
Útero doloroso + amolecido à palpação +
hipoinvoluído
Loquiação fétida, colo pérvio, febre (+38,5º)
Vagina e vulva
• Crise vaginal pós-parto = atrofia da região +
ressecamento
• Perda do epitélio escamoso, tornando-se atrófico
até o 10 dia pós-parto
• As pequenas lacerações cicatrizam até o 5º dia
• Repregueamento = acontece no decorrer das
primeiras 6 semanas, não ocorrendo em período
exato
• Equimoses pós-parto
• Cicatrização rápida = menos de 1 semana
• Redução do diâmetro
Ovulação
• Quando não se encontra em lactação a puérpera
volta a menstruar em cerca de 45 dias, precedida
de ovulação – 6 a 8 semanas
• Nas lactentes, o retorno a fertilidade depende da
duração do aleitamento materno
Sistema circulatório
• Embebição gravídica = aumento do volume
circulatório materno
• Após o parto, o debito cardíaco e volume
plasmático aumentam em 10% pela descompressão
aorto-cava, aumento da resistência vascular
periférica e eliminação do shunt arteriovenoso da
placenta, além da dequitação. = Normal em 2
semanas
• Eliminação hídrica as custas de urina, retornando
gradativamente ao peso pré-gravídico. - pode gerar
desidratação
• Melhora das varizes vulvares, varizes e edemas em
MMII e processos hemorroidários = redução da
pressão venosa
Sistema sanguíneo
• Série vermelha = não sofre alterações significativas
após o parto
• Série branca = leucocitose de até 25 mil
(granulócito neutrófilos, sem desvio a esquerda)
Hiperleucocitose = retorna aos níveis habituais
ao final do 5º ou 6º dia pós-parto
• Coagulabilidade = tendencia a eventos trombóticos
= consumo de fatores de coagulação.
Sistema urinário
• Sintomas de superdistençãoo e sensação de
esvaziamento incompleto com presença de resíduo.
Deve-se ao aumento da capacidade vesical (até 1l) e
diminuição da sensibilidade intravesical = Retenção
= risco de infecção e febre.
• Bexiga = móvel, devido ao relaxamento do
diafragma urogenital e das estruturas ligamentares
uterovesicais
• Bexiga distendida e ureteres dilatados = 2-8
semanaas até 3 meses.
• Diurese
1º dia = escassa, em decorrência da
desidratação pós trabalho de parto
2-6º dia = diurese abundante, eliminando o
acumulo de liquido proporcionado pela
embicado gravídica
Sistema digestivo
• Redução da motilidade intestinal
• Funcionamento fisiológico tende a retornar entre 2-
4 dias pós-parto, a depender das medidas
implementadas pela puérpera.
Pele
• Hiperpigmentação = seja no rosto, abdome ou
mama, tente a regredir no decorrer da 1 semana,
podendo durar 6 meses
• Estrias = processo de estripação do abdome e
mama (cor vermelho-arroxeada) tornam-se pálidas,
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transformando-se, em algumas semanas, em estrias
branco-nacaradas.
Mamas
• 1º dia = colostro
• Até o 3º dia = apojadura (descida) = queda da
prolactina permite ligação da prolactina aos seus
receptores
• Lactopoiese = estímulo = ocitocina e prolactina
Peso
• Tende a diminuir significativamente até o final da 2ª
semana pós-parto, em decorrência do processo de
diurese exacerbada, loquiação e produção láctea.
Endócrinas
• Queda de HCG, HLP, progesterona e estrogênio
• Aumento de prolactina e ocitocina
• Manutenção de FSH e LH baixo
Dor
• Reflexo útero-mamário
• Atenção a dor forte
Perda de peso:
• Perda de 5 a 8 kg pós-parto
• Perda total em 6 meses
Temperatura corporal
• Via oral
• 48h – apojadura = “febre do leite”
Distúrbios do humor
• Disforia pós-parto (síndrome Blues) – até 60%
• Tristeza e choro fácil
• Persistência e agravamento = psiquiatra
Higienização e alimentação
• Vulva e períneo = devem ser higienizados várias
vezes ao dia, sobretudo no banho e apos micções
e evacuações
• Genitália = sempre protegida com absorvente
descartável, trocada sempre que necessário
• Normas dietéticas = mesmas do período
gestacional, com maior liberdade para ingestão
hídrica e de fibras e fibras (p bom funcionamento
intestinal, evitando a constipação).
• Cuidados com as feridas
Deambulação
• Estimular a paciente a mover-se livremente pelo
leito e exercitar os membros inferiores com
frequencia, logo n período pos parto
• Risco de trombose aumenta se paciente usava AÇO
• Após 6h do parto vaginal e 12h da cesariana = evitar
riscos tromboembolcos e acelerar a recuperação
puerperal
Mamas
• Utilizar sutiãs apropriadas, que possam suspender as
mamas, aliviando o desconforto do insurgimento e
evitando/minimizando a dor.
A suspensão da mama evita o acotovelamento
vascular responsável pela ingurgitação
sanguínea e galactoestase
• Dor = aplicação de bolsa de gelo tópica.
• Ejeção láctea = uso de ocitocina spray nasal para
amenizar a congestão láctea = 1 jato em cada narina,
30 minutos antes da amamentação (Rezende)
• Não estimular o uso de bombas elétricas
Função intestinal
• Constipação = frequente, deve vigiar-se
atentamente até o 3-4 dia de puerpério
Deambulação = estimular a deambulação
precoce
Alimentação = estimular ingestão hídricaadequada e consumo de fibras e frutas
• Laxativos = prescrição após 3-4º dia sem
defecação
Sorbitol + laurisulfato de sódio = 1 bisnaga via
retal
Bisacodil = 1 comp, VO
Vida sexual
• Libido = em geral, adormecida no puerpério
imediato e tardio
Ocorre diminuição da atração sexual e
dispaurenia (sequela de tocotraumatismos pela
passagem do feto, lacerações e/ou episiotomias).
• Retorno as relações = recomenda-se que, após 2
semanas de puerpério normal com adequada
cicatrização e desejo da paciente, elas podem ser
reiniciados.
Avaliação propedêutica no alojamento conjunto - 1a hora
• Sinais vitais a cada 15 minutos
• Calafrios = comum. Resulta de perda de massa
corporal e reajuste termostático do organismo
materno
• Avaliar as perdas vaginais e palpar útero
• Bexiga
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• Sangramento vaginal = palpação uterina e
observação de loquiação para afastar os quadros de
hemorragia puerperal
Tônus = atonia uterina
Trauma = lacerações, hematomas
Tecido = restos placentário
Trombina = problemas de coagulabilidade
Depois
• Sinais vitais = temperatura corporal,, PA, FC e FR
no mínimo 2x ao dia. = aumento da tax = descartar
febre do leite
• Palpação uterina = observar se há sinais de
subinvolução, redução da consistência, aumento da
mobilidade e surgimento de dor (cogitar
endometrite).
• Vigiar lóquios = perguntar e verificar quantidade, cor
e alterações no cheiro.
• Cólicas = mais intensas durante a amamentação. Se
houver muito desconforto ou dor significativa,
podem ser medicadas.
• Membros inferiores = examinar diariamente,
buscando sinais de edema (sobretudo unilateral) e
dor – sugerindo trombose ou tromboflebite.
Deambulação precoce
Risco = > 35 anos, SAF, parto operatório,
multiparidade, obesidade importante, cirurgia
com colocação de válvula cardíaca mecânica e
história prévia de trombose.
• Ferida operatória - manter aberta depois de 8 h =
tirar curativo = risco de evoluir para infecção =
buscar sinais de seroma, hematomas.
• Imunizações = tipagem sanguínea e Rh =
imunoglobulina anti-D até 72h pós-parto ou após
aborto/curetagem
• Cefaleia pós-punção de dura-máter = cefaleia
frontal com irradiação occipital, com piora em
ortostase e acompanhada de tontura, naúsea,
vômito, distúrbios visuais, rigidez nuxal e/ou sintomas
auditivos. Tratada com hidratação adequada,
analgesia e em alguns casos realizar blood patch.
• Depressão pós-parto
Sertralina, paroxetina, nortriptilina
Período de alto risco ara episódios de
depressão e ansiedade
Privação hormonal, hipoestrogenismo, fatores
psicossociais
Fatores de risco
História de depressão em gestação ou
puerpério prévio
Gestação indesejada
Baixo nível socioeconômico
Baixo suporte social
Adolescência
História de síndrome pré-menstrual
associada a episódios depressivos/ansiosos
Transtornos do humor prévios
Tabagismo e uso de drogas ilícitas
Sintomas de hiperêmese gravídica
acentuada.
Desemprego
Baixo suporte social
Blues puerperal = fadiga, ansiedade, sono
prejudicado, mudança do humor (1ª semana ou
decorrer – 4ª-6ª semana)
Sintomas psicóticos = raro = casos mais graves
Tto = afastar mãe-bebê, antipsicótico
Orientações pós-alta hospitalar
• Após 48-72h
• Dieta laxativa e líquidos
• Intervalo interpartal de 2 anos
• Exercício físico após 30 dias
• Consultas entre 7-30 dias pós-parto.
• Anticoncepção
Método de lactação e amenorreia
Filho < 6 meses
Amamentação materna exclusiva
Não houve nenhum período menstrual pós-
parto
Métodos de barreira
Evita desconforto causado pelo sêmen, na
mucosa vaginal atrofiada
Minipilula
Eficácia próxima a 100% quando a mulher
se encontra em lactação exclusiva
Não altera a produção e a qualidade do leite.
Ou imediatamente após a alta ou 4 semanas
depois (melhor)
DIU
Cobre ou progestênio
Até 48h pós parto ou depois de 28 dias
Maior risco de expulsão imediata após o
parto vaginal (primeiras 48h)
Ligadura tubária
Infecção puerperal
• 3º caso de morte materna no Brasil
• Toral ≥ 38ºC por mais de 48h, do 2º ao 10º dia pós-
parto
• Infecção bacteriana do trato genital feminino no pós-
parto recente = útero e anexos
• Fatores de risco
Cesariana
RPMO
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Bacteriúria intraparto
Toques vaginais repetidos
Corioamnionite
Trauma intraparto
TP prolongado
Baixo nível socioeconômico
Obesidade
Desnutrição
Anemia
DM
Imunossupressão
Pré-natal deficiente
• Infecção tipicamente polimicrobacteriana e com
bactérias endógenas. (vagina, TGI)
Streptococcus
Staphylococcus
Enterococcus
E. Coli
Klevsiella
Proteus
Peptococcus
• Bactérias aeróbias = Bacilos Gram-positivos e
Bacilos Gram-negativos
• Bactérias anaeróbias
• Bactérias pertencentes às ISTs
• Profilaxia
Correção de fatores predisponentes
Integridade das membranas
Evitar toques vaginais
Diminuir TP prolongado
Sutura de lacerações
ATB na cesariana – Cefalotina ou Cefazolina na
indução anestésica
• Propedêutica
Hemograma
USG: restos ovulares e abscesso pélvico
Culturas: hemocultura, urocultura, cultura
endometrial e de FO. Baixa positividade.
Importante em casos graves.
Obs: infecção em outros sítios = ferida operatória, mama,
infecções de outros sítios (ITU, IVAs)
Endometrite = forma mais frequente
• mais prevalente
• 4-5º dia pós-parto (clamídia, 10 dias)
• Fatores de risco
Cesariana
Desnutrição
RPMO
Anemia
• Etiologia
Polimicrobiana
• Diagnóstico
Febre
Lóquios fétidos
Útero amolecido, subinvoluído e doloroso =
tríade de Bumm
Colo pode estar aberto
• Tratamento
Clindamicina + gentamicina IV + ampicilina 2g EV
(se suspeita de enterococo) até 72h afebril e
assintomática
Imediato
• Complicações
Parametrite
Salpingite
Abscesso pélvico
Peritonite
Tromboflebite pélvica séptica = adicionar
heparina!
Fascite necrosante
Choque séptico
Propagação por contiguidade (pelo miométrio)
ou continuidade (intracanalicular ascendente) ou
linfática/hematogênica
- Se houver evolução para Parametrite ou Salpingite, o
tratamento é o mesmo supracitado.
- Se houver abscesso pélvico (massa palpável,
refratariedade) = drenagem e o mesmo tratamento da
endometrite por 10 dias.
- Peritonite = mesmo tratamento por 10 dias.
• Febre alta
• Palidez
• Pulso rápido
• Íleo paralítico
• Blumberg positivo
- Tromboflebite pélvica séptica = heparina + antibióticos
e mantem a heparina por mais 7 a 10 dias.
• Diagnóstico por exclusão
• Febre após 48-72h de ATB
• Coágulos em vasos pélvicos (ovarianos)
• Realiza a dopplerfluxometria
- Sepse e choque séptico = UTI
• Febre alta
• Taquicardia
• Mialgia
• Letargia
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• Hipotensão
- Fascite necrotizante = desbridamento + antibióticos +
UTI
• Rara e potencialmente fatal
• Episiorrafias – Fos – Lacerações
• 3º e 5º dia pós-parto
• Infecção grave (necrose)
- Alguns casos são preciso a realização de curetagem
uterina ou histerectomia total ou radical.
- Infecções de episiorrafia
• Dor intensa
• Hipertermia local
• Sinais de abscesso
• Lavagem diária
• ATB de 7 a 10 dias
Gentamicina (240mg/dia ou 320 mg/dia) dose
única
Clindamicina 600mg 6/6h ou 900 mg 8/8h
• Ressutura
Atonia uterina
• Fatores de risco
Gemelar
Polidramnia
Corioamnionite
Trabalho de parto muito rápido ou muito lento
• Prevenção
10 UI IM ocitocina no 3º período
• Tratamento
Massagem uterina bimanual = manobra de
Hamilton
Drogas = ocitocina, metilergonovina, misoprostol,
transamin venosoBalão intrauterino até 24h
Se nenhuma deu certo = rafia ou sutura de B-
Lynch
Embolização ou ligadura de artéria uterina
Histerectomia
Ingurgitamento mamário
• Estase láctea repentina, bom estado geral
• Desconforto mamário, hipertermia local
• Orientar esvaziamento
Fissura mamária
• Erosões em torno dos mamilos
• Associada a pega inadequada
• Porta de entrada para infecções
Mastite
• Staphylococcus aureus
• Sinais flogisticos na mama
• Febre alta
• Tratamento
Analgésicos
Antitérmicos
Cefalosporina de 1ª geração
Manutenção da amamentação
Esvaziamento da mama
Abscesso mamário
• Coleção purulenta
• Drenagem cirúrgica
Principal causa de morte materna no mundo, afetando 5-
a 10% de todas as mulheres no pós-parto, segunda causa
de morte materna no Brasil, além de evitável.
Fatores de risco:
• Primeira gestação
• Obesidade materna
• Sobredistensão uterina
• Trabalho de parto prolongado, induzido, obstruído
ou precipitado
• Corioamnionite
• Pré-eclâmpsia, principalmente com síndreme de
Help
• Anemia
• Hemorragia pós-parto
• Acretismo placentário
• Placenta prévia
• Multiparidade
• Parte operatório
• Uso de uterotônicos
• Coagulopatias
• Descolamento prematuro de placenta
• Placentação anômala
• Anestesia geral
• Útero de Couvelaire
• Sobredistensão uterina
• Atonia uterina prévia
Quadro clínico
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• Hemorragia precoce
• Útero subinvoluído, amolecido
Medidas preventivas:
• Manejo ativo do 3º período = 10 UI ocitocina IM
• Cesária = regra dos 3 – manutenção com 3U/h por
4 horas.
• Tração controlada do cordão
• Vigilância/massagem uterina
Medias gerais
• Acesso venoso, hemoderivados
• Massagem uterina
• Manobra de Hamilton
Diagnóstico:
• Perda sanguínea cumulativa após parto ≥ 500ml
vaginal e ≥ 1000 ml após o parto cesariana em 24h
OU
• Qualquer perda de sangue capaz de causar
instabilidade hemodinâmica em 24h
OU
• Perda de sangue cumuativa ≥ 1000 mL em 24 h
após qualquer parto
Obs:
• Entre 500-1000ml: sem alterações de sinais vitais.
Em mulheres jovens
Estimativa visual
• Recomendação da OMS
• 40% de subestimação
Mais seguro do que a estimativa visual é a pesagem de
gazes e compressas.
• 1g = 1 mL de sangue
Coletor sanguíneo: não é muito utilizado.
Índice de choque
Avaliação de parâmetros clínicos
• Índice de choque = frequência cardíaca / pressão
arterial sistólica ➔ ≥ 0,9 preocupante ➔
possibilidade de transfusão maciça
• ≥ 1,4 = necessidade de tratamento agressivo com
urgência
• ≥ 1,7 = alto risco de resultado materno adverso
Tratamento
• Hora de ouro: medidas precoces para que no final
da 1ª hora a mulher não esteja mais com o quadro
hemorrágico ou esteja no final do controle.
• O princípio do tratamento é evitar tríade letal do
choque hipovolêmico = sangramento ativo
constante no centro, ligado a hipotermia, acidose
metabólica e coagulopatia
• Medidas gerais
Pedir ajuda
Massagem uterina
Previnir hipotermia
Acessos calibrosos – 14 ou 16 - (coleta de
exames) = Hemograma, coagulograma,
ionograma, prova cruzada, fibrinogênio e em
casos graves lactato, gasometria
Soro fisiológico ou ringer lactato aquecidos (Até
1500ml) + ocitocina
O2 por máscara = 8-10l/min
Sonda vesical de demora
Avaliação de sinais clínicos e sinais vitais
• Determinar a causa da hemorragia = “4 T’s” =
tratamentos específicos
Tônus (atonia): 70%
Trajeto (trauma): 19%
Tecido (restos, acretismo): 10%
Trombina: 1%
O controle precoce do sítio de sangramento é a medida
mais eficaz no tratamento da HPP.
Medicamentoso:
• Ocitocina + ácido tranexâmico na mesma hora: as
duas primeiras drogas.
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• Se não houver resposta, pode administrar derivados
de Ergot e, depois, misoprostol.
Não cirúrgico:
• Manobra de Hamilton: compressão da parede
anterior com a posterior. Esvazia a bexiga
anteriormente. = 1ª !!!!
• Balão de tamponamento intrauterino = Resolve de
60 a 100% dos casos. = comprime vasos que estão
sangrandp
• Traje antichoque não pneumático: aplica uma
pressão para jogar o sangue pra cima = reduz
perfusão dos membros inferiores
Cirúrgico:
• Ligaduras vasculares
• Suturas compressivas = B-Lynch, hayman, Cho
• Embolização de vasos pélvicos
• Histerectomia = total ou parcial
• Controle de danos: bota compressa até tamponar e
tira as compressas em 48h = coagulopatia
Feto macrossôimico, manobra de Kristeller, parto
operatório.
Lacerações:
• Sutura das lacerações
• Revisão colo uterino/cavidade vagina
Hematomas
• Avaliar exploração cirúrgica
• Toque vaginal/revisão cuidadosa pós-parto
operatório
Rotura uterina
• Laparotomia
• Revisar segmento após parto vaginal de paciente
com cesariana anterior
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Inversão uterina
• Manobra de taxe
• Laparotomia/balão de tamponamento
Retenção placentária:
• .Não consegue tirar a placenta em 30min pós-parto.
• Ocitócitos, extração manual da placenta, curagem
• Útero aumentado e excluídas outras causas
Restos pós-dequitação
• Curetagem digital ou cureta
Acretismo placentário
• Avaliar histerectomia com placenta em sítio ou
conduta conservadora
• Embolização de casos pélvicos
• Incisão guiada: histerectomia fora da área afetada
Se falha tratamentos iniciais
• Avaliar laparotimia/embolização
Diagnósticos:
• História prévia de deficiências especificas (ex.:
doença de Von Willebrand), uso de anticoagulantes,
sangramentos excessivos intraoperatórios (CIVD),
plaquetopenia.
Tratamentos específico + transfusão ➔
transfusão de CH, PFC, PQT, CRIO, fator VII
ativado, demopressina, protamina, dentre outros
Tratamento adjuvante ➔ traje antichoque não
pneumático, cirurgia (cuidado com essa opção
por causa do sangramento) e Damage Control,
se CIVD intraoperatorio.
Indicação baseada na clínica da paciente.
Protocolo HPP MACIÇA
• 1 concentrado de hemácias
• 1 plasma fresco congelado
• 1 unidade crioprecipitado
• 1 unidade plaquetas
Metas terapêuticas
• Hb > 8g/dl
• Fibrinogênio: 150-200 mg/dl
• Plaquetas > 50.000/mm3