DELINEADOR PROTÉTICO, Revisão de Literatura.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE EXCELÂNCIA – UNEX
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
UNIDADE DE ENSINO: FEIRA DE SANTANA
NATÁLIA DE ARAÚJO MARTINS
TACILA LATIELE DE JESUS NASCIMENTO
RESUMO
FEIRA DE SANTANA
2022
NATÁLIA DE ARAÚJO MARTINS
TACILA LATIELE DE JESUS NASCIMENTO
RESUMO SOBRE DELINEADOR DE PPR
Trabalho solicitado pelo docente Leonardo Barreto, para fins avaliativos - Centro Universitário de Excelância (UNEX). 
Orientador: Prof.______________________
Co-orientador: Prof.____________________
Orientador: Prof.______________________
Co-orientador: Prof.____________________
FEIRA DE SANTANA
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 	5
OBJETIVOS 	5
COMPONENTES 	6
PONTAS CALIBRADORAS E RETENÇÃO 	7
EIXO DE INSERÇÃO E REMOÇÃO 	8
TÉCNICAS DE DELINEAMENTO 	9
PLANOS – GUIA 	11
REFERÊNCIAS 	12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Paralelismo 	6
Figura 2 – Delineador 	7
Figura 3 – Ponta calibradora 	7
Figura 4 – Tipos de pontas 	8
Figura 5 – Áreas retentivas	9
Figura 6 – Método das tentativas 	9
Figura 7 – Método dos três pontos 	10
Figura 8 – Método das bissetrizes 	10
Figura 9 – Reciprocidade dos grampos 	11
Figura 10 – Diminuição de ângulos 	11
Figura 11 – Adequação de conector 	11
Atenção: Todo o conteúdo escrito, de desenhos e imagens retiradas estão devidamente apresentadas nas referências.
INTRODUÇÃO
O sucesso e a longevidade da PPR estão relacionados ao adequado planejamento da prótese (desenho e delineamento do seu caso clínico), o estado de saúde dos dentes pilares (inserção óssea adequada, sem mobilidade ou inflamação periodontal), o controle da higiene mantida pelo paciente e o controle das forças oclusais geradas e transmitidas da prótese aos dentes e tecidos de suporte.
A PPR não deve gerar traumas aos tecidos moles e duros remanescentes, mas, sim, preservá-los. Na presença de espaços protéticos os dentes adjacentes e antagonistas passarão por um processo de movimentações fisiológicas como extrusões, giroversões, mesializações ou distalizações, que dificultarão a entrada e a saída da PPR pelo estabelecimento de áreas retentivas nesses dentes pilares, adjacentes aos espaços protéticos e com as inclinações indesejadas. Esse processo de entrada e saída da PPR é denominado trajetória ou eixo de inserção e de remoção. 
O delineador auxilia o profissional na elaboração de um planejamento com base em critérios biomecânicos e no estabelecimento de um único eixo de entrada e saída da prótese, sem que haja trauma aos dentes remanescentes ou aos tecidos moles. Ele serve para delimitar o equador protético, determinando a área retentiva e expulsiva, identificando assim, onde ficará todos os componentes da prótese.
É um procedimento diagnóstico que visa obter informações a respeito do contorno e forma dos dentes pilares, assim como dos tecidos adjacentes com objetivo de planejar a PPR. Permite o estudo e o desenho das próteses, promovendo retenção, estabilidade, suporte e estética adequada. 
Os delineadores foram inicialmente utilizados em 1918, e tornaram-se um marco de efetividade da confecção das PPRs, sendo capazes de auxiliar na identificação de superfícies paralelas e pontos de máximo contorno. O delineador possibilita:
· Identificar as áreas retentivas e expulsivas em dentes ou rebordo
· Distinguir as superfícies dentárias comuns e paralelas ou não entre si
· Avaliar a necessidade de recontorno do perímetro dentário
· Aferir a presença de áreas necessárias à retenção dos grampos da PPR
· Calibrar as áreas retentivas de acordo com a flexibilidade da liga metálica a ser utilizada para a confecção da estrutura metálica da PPR.
OBJETIVOS
O delineamento propriamente dito tem como finalidade selecionar a trajetória de inserção, remoção e planejamento do preparo dos dentes pilares, determinando assim, o eixo de inserção(retenção) e remoção(expulsão) da prótese sem que haja prejuízos ao sistema mastigatório. 
Também fazem parte dos objetivos:
· Identificar as faces com presença ou ausência de paralelismo. 
	Figura 1 - Paralelismo	
· Identificar as áreas de interferências ósseas no rebordo alveolar, que poderão dificultar o assentamento da base protética da PPR
· Traçar a linha do equador protético para verificar o posicionamento da PPR
· Preparar e estudar áreas de desgaste ou reconstrução das faces a fim de eliminar interferências no eixo de inserção e remoção. 
· Analisar o contorno dos tecidos moles para prevenir ocorrências de lesões. 
· Estabelecer as áreas estéticas para a melhor escolha dos grampos, a fim de “esconder” os retentores diretos da estrutura metálica.
COMPONENTES	
São compostos por duas partes fundamentais: o delineador propriamente dito e a platina. 
- Apresenta uma plataforma horizontal onde estão ligadas duas hastes verticais, paralelas entre si, e uma horizontal.
- A primeira haste, imóvel, é fixada à base do delineador chamada de haste vertical fixa
 - A segunda, horizontal, chamada de haste horizontal móvel articula-se com a haste vertical fixa através de uma junta que permite movimentos rotacionais
 - A terceira, vertical, é móvel e chamada de haste vertical móvel, apresentando movimentos verticais de abaixamento e elevação 
- Na sua extremidade inferior, a haste vertical móvel apresenta um mandril onde são fixadas as pontas de trabalho
- é composto por acessórios que são as pontas de grafite: para a delimitação do equador protético, pontas calibradoras: analise da quantidade de retenção, ponta com ação de corte: facas para analise dos planos-guia e fresagem, além da braçadeira. 
- a Platina é o local de posicionamento do modelo a ser delineado, constituída de uma base e por uma mesa onde se fixa o modelo, chamada de mesa porta-modelo.
Figura 2 – partes do delineador
PONTAS Calibradores de retencao
Três medidores de retenção podem ser utilizados para calibrar ou medir uma retenção.
A calibragem de uma retenção depende da liga a ser utilizada. Para as ligas de Co-Cr por exemplo, utilizadas em 95% da confecção das PPR, o grau de retenção ideal é de 0,25 mm, 0,50 mm para as ligas áureas como o Ouro e 0,75 mm para ligas a base de titânio como fio ortodôntico. 
 
Figura 3 – tamanhos de pontas calibradoras
As avaliações dos planos-guia nas superfícies dentárias (superfícies proximais mesial ou distal, lingual ou palatina) de interferências ósseas no rebordo alveolar, de retenção dentária para os grampos de retenção da PPR e das áreas de estética são realizadas com o auxílio das pontas acessórias, cujas funções são específicas, são elas: 
 
 ------------- d 
---------------------------- c
a --------------
b ----------------------------
Figura 4 – tipos de pontas: (a) pontas calibradoras, (b) ponta porta-grafite, (c) ponta faca de recorte e cinzel, (d) ponta analisadora. FONTE: Bio-arte (2018)
Ponta analisadora: é uma ponta acessória que analisará os quatro fatores para o delineamento do modelo de estudo da PPR. Pode ser utilizada para análises quanto à presença ou não de área retentiva nos elementos dentários e de interferência óssea no rebordo alveolar, além de auxiliar na fixação da TI. 
Ponta faca de recorte e ponta cinzel: é utilizada para remover e eliminar os excessos indesejados de retenção de gesso do modelo de estudo e obter áreas ou superfícies paralelas entre si, conhecidas como planos-guia. 
Ponta calibradora: é utilizada para determinar o grau de retenção de determinada área retentiva, abaixo do equador protético. São necessárias para posicionar o terminal retentivo do grampo de retenção de cada tipo de liga metálica a ser utilizada na confecção da estrutura da PPR.
Ponta acessória porta-grafite: é utilizada para delinear ou marcar o equador protético que divide todos os dentes em área retentiva e área expulsiva. 
Ponta porta-encaixe: também podem ser utilizadas para posicionar os encaixes calcináveis que deverão ficar paralelos à TI da PPR, como, por exemplo, a ponta porta-encaixe do tipo encaixe resiliente extracoronário. É fixa no delineador, usada para encaixar asoutras pontas. 
Eixo de inserÇÃo e remoÇÃo
 O eixo de inserção é a trajetória que a PPR executa, desde o primeiro contato com os dentes até a sua posição de assentamento final. Cada caso tem várias trajetórias de inserção possíveis.
Para permitir o correto posicionamento dos elementos na área retentiva, primeiro é preciso identifica-la através do equador protético, definido como a linha de maior contorno do dente pilar. Ele é obtido pelo tangenciamento das paredes dos dentes com a ponta de grafite presa à haste vertical do delineador 
O equador divide o dente em duas areas, uma retentiva (cervical ao traçado) e uma expulsiva (oclusao ao traçado) e é obtido após a inclinação (ou não) do modelo para obter os planos-guia, pois o mesmo poderá ser modificado 
As áreas retentivas são caracterizadas pela presença de um triangulo formado pela superfície axial do dente pilar, hastes horizontal e vertical do disco calibrador. Além de identificar as áreas retentivas, deve-se quantifica-las para que seja possível determinar a localização exata da ponta ativa do grampo de retenção. 
Figura 5 – determinação de parte ativa 
É utilizada a ponta calibradora de 0,25mm que é posicionada de modo que toque lateralmente o dente pilar (no equador protético) e que permita o toque do disco calibrador, na sua extremidade inferior, no ponto exato da face dental que apresenta a medida de retenção calibrada. 
TÉCNICA DE DELINEAMENTO
Método de Applegate ou das tentativas
A técnica de Applegate consiste em equilibrar o melhor possível a altura do equador protético de todos os dentes presentes no arco. 
 
	Figura 6 – método das tentativas	
Nessa técnica o eixo de inserção e remoção mais conveniente é realizado por tentativas e leva em consideração à estética e a presença de retenções em áreas de tecido mole ou duro, reduzindo ao máximo as áreas retentivas. 
Na busca deve-se elencar:
· Os planos guias
· Áreas retentivas
· Interferências 
· Estética 
Método de Roach ou dos três pontos
A técnica dos três pontos é muito simples: deve-se marcar sobre o modelo 3 pontos, formando um plano entre si onde a trajetória de inserção será perpendicular a este plano.
Figura 7 – método dos três pontos
A técnica consiste em marcar três pontos que formem um triângulo equilátero, sendo dois pontos posteriores e, na medida do possível, em posições simétricas, localizadas sobre as cristas D ou M, um terceiro ponto anterior localizado nos dentes superiores entre o terço incisal e médio e nos dentes inferiores na incisal do elemento dentário.
Obs: Quando o paciente não possuir algum elemento dentário, deve-se substitui-lo por um rolete de cera na região do dente correspondente. 
A partir da orientação da direção de inserção serão estabelecidos os planos guia tem função na estabilização dos dentes pilares através da sua reciprocidade biomecânica que são: direcionamento da prótese (orientação de inserção e retirada) e ativação elástica (para que abra na área expulsiva e feche na retentiva, para que assente na posição desejada conferindo-lhe estabilidade) 
Para transferir os planos guias do modelo de estudo para boca, deve ser confeccionados coroas guias de resina acrílica autopolimerizável com as seguintes características:
- Apresentar altura de 3 a 4 mm;
- Estender-se no mínimo até a metade do dente adjacente
- Não ultrapassar o equador protético
- O desgaste deve ser feito no delineador caso ocorra a ultrapasse a superfície que quero transferir, acoplando a caneta nele.
Método de Roth ou das bissetrizes
A técnica das bissetrizes leva em consideração o grau de inclinação do longo eixo dos dentes suportes, para posicionar o modelo em duas direções: ântero-posterior e látero-lateral.
Figura 8 – método das bissetrizes
Planos-guia
 Determina o paralelismo das superfícies proximais de todos os dentes pilares através do contato das superfícies proximais do dente com a lâmina do delineador. É preciso alterar a posição do modelo até que a lâmina toque paralelamente em todas as superfícies. Se nenhuma posição for possível, será necessário fazer modificações nos dentes pilares através de desgastes paralelos de 2 a 3 mm, feitos pelo dentista no esmalte dos dentes suportes ou acréscimos. Eles podem ter várias indicações:
Reciprocidade dos grampos de retenção.
Figura 9 – reciprocidade de grampos
Diminuição dos ângulos mortos nos conectores menores.
Figura 10 – diminuição de ângulos
Adequação da inserção do conector maior, na presença de dentes lingualizados.
Figura 11- adequação de conector
Referências
PÓVOAS, ALICE. Protese parcial. In: (@DRADENTINHOS_). p. 19-22.
KAISER, Frank. Prótese parcial removível. – Fortaleza, CE: UFC. Publicado em 21 jan. 2014. 
Zavanelli RA, Zavanelli AC, Magalhães JB, Andrade CA, Mazaro JVQ. Delineadores e delineamento: simplificando a técnica do PIRE com efetividade de resultados clínicos – Técnica de Delineamento da Trajetória Constante de Zavanelli. In: Associação Brasileira de Odontologia; Pinto T, Verri FR, Carvalho Junior OB, organizadores. PRO-ODONTO PROTÉSE E DENTÍSTICA Programa de Atualização em Prótese Odontológica e Dentística: Ciclo 7. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p. 131-84. (Sistema de Educação Continuada a Distância; v. 3).
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