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Metodologias para o ensino de ciências humanas
Prof.ª Maria Helena Bimbatti
Descrição
Referenciais teóricos sobre currículo e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e suas implicações em ciências humanas.
Propósito
Viabilizar o acesso às informações que compõem a BNCC, como forma de promover conhecimentos essenciais das ciências humanas ao fazer docente em seus aspectos teóricos e práticos.
Objetivos
Módulo 1
BNCC como norteadora da Educação
Reconhecer os princípios norteadores da BNCC.
Módulo 2
A estrutura da BNCC e as ciências humanas
Identificar as habilidades e competências para ciências humanas.
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Introdução
Para iniciarmos nosso estudo, passaremos pelas especificidades do contexto social, histórico, político e cultural que influenciaram a criação da BNCC. Discutiremos a sua grande relevância ao país e aos educadores de todas as unidades escolares, rompendo fronteiras federativas. Nosso objetivo será fazer com que todos compreendam a relevância desse documento ao processo educativo em todo território nacional, articulando: conhecimentos específicos, conhecimentos pedagógicos e conhecimentos legais referentes aos aspectos documentais que alicerçam a BNCC.
Em um segundo momento, demonstraremos aspectos relevantes da estrutura e funcionamento da BNCC, com o objetivo de fazer com que você consiga reconhecer as características essenciais desse documento, como possibilidade de ampliação e complemento ao processo educativo. Essa fase do estudo traz consigo aspectos descritivos e seus desdobramentos no contexto escolar.
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BNCC como norteadora da Educação
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os princípios norteadores da BNCC.
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Mas para que uma BNCC
O professor Rodrigo Rainha apresenta a BNCC e explica a sua importância para a educação brasileira.
BNCC, do que estamos falando?
A BNCC foi dividida de maneira bastante complicada no que diz respeito à sua relação com a educação básica, tendo parte da sua estrutura voltada para educação infantil e outra para o ensino médio. Além disso, a mudança do ensino médio para instituir uma formação por itinerários formativos acabou por gerar possibilidades curriculares escolhidas pelas das escolas. Esse processo foi mais intenso e complexo o que diz respeito às ciências humanas.
Nesse sentido, a BNCC é entendida como uma competência instrumental de onde boa parte dos alunos partem e, posteriormente, buscam aprofundar alguns aspectos de maneira específica e, posteriormente, buscam aprofundar outras habilidades e competências. Além disso, no que se relaciona às ciências humanas, devemos estar atentos à relação de tempo e à dinâmica de nacionalismo, por exemplo.
À luz desse processo, as ciências humanas passam a ser compreendidas como uma escolha na formação do aluno e que deve estar presente nos objetivos e nas propostas curriculares.
Por outro lado, os debates sobre o ensino de ciências humanas demostram que estas são um importante exercício transdisciplinar e interdisciplinar que atua não somente dentro de cadeiras ou em aulas específicas, mas também faz parte de projetos integradores da escola e de processos de integração e transformação do cotidiano dos alunos.
Conceitos iniciais sobre base
Antes de iniciarmos essa discussão, precisamos retomar alguns prerrequisitos fundamentais: compreensão de base e de currículo, trazendo aspectos estruturais. Vamos começar a nossa viajem pela BNCC, um documento extremamente relevante ao cenário educacional. Apertem os cintos!
Podemos notar o conceito de base nas mais diversas atividades. Na culinária, encontramos a base de um prato; na confeitaria, a base de um bolo; na engenharia, a base estrutural de um edifício; na beleza, a base de uma maquiagem; na logística, a base operacional de uma empresa; entre tantos outros modelos que tomam por base uma estrutura. Agora podemos trazer esse mesmo conceito ao campo educacional, considerando inicialmente a grandeza da estrutura geográfica do Brasil.
O Brasil tem características regionais próprias. Em sua magnitude, é composto por áreas que se diferenciam enormemente em seus aspectos linguísticos, sociais, econômicos, estruturais, físicos, climáticos, ou seja, o regionalismo é um aspecto predominante. Essa característica singular traz demandas muito específicas.
Contudo, sabemos que, consideradas as diferenças, é preciso trazer uma estrutura educacional, capaz de dar solidez ao movimento educacional, sem desmerecer o regionalismo. É necessário criar uma plataforma nacional dialogável, compondo um platô educacional comum, capaz de considerar a regionalidade e a especificidade de cada distrito, unificados por meio do direito à aprendizagem e ao desenvolvimento em sua plenitude. Essa é a principal proposta para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Cordão (apud PEREZ, 2018) afirma que esse desejo não é recente. Esse movimento pode ser observado à luz da história da educação brasileira em seus diferentes marcos legais presentes na Constituição Federativa do Brasil, em suas várias versões, mesmo as que antecedem a BNCC, tais como:
1934
A educação pública, na Segunda República, foi proclamada direito do cidadão.
1937
A educação, no Estado Novo de Getúlio Vargas, se tornou obrigatória e gratuita.
1946
A educação, na República Restauradora, se reforça a importância da obrigatoriedade da educação primária e sua continuidade aos níveis posteriores.
1961
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional (nº 4.024), aprovada em 1961, que traz o ensino primário obrigatório.
1967
A primeira Constituição no Regime Militar, que institui o ensino obrigatório dos 7 aos 14 anos e gratuito.
1988
A Constituição Cidadã, especialmente no artigo 208, que trata do direito à educação e universalização do ensino médio gratuito.
1996
A Nova LDB define as metas para a educação básica e superior e institui o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério).
1997
O MEC publica os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como referenciais não obrigatórios para subsidiar a reelaboração e renovação da proposta curricular das escolas e formação de professores.
2007
A Lei nº 11.494 regulamentou o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério), que redistribui os recursos vinculados à educação em regime de colaboração entre a União, estados e municípios para promover a distribuição de recursos aplicados a educação.
2009
A Ementa Constitucional nº 59, com destaque para o inciso I, artigo 208, define que é dever do Estado efetivar a garantia à educação básica obrigatória e gratuita dos 04 aos 17 anos, assegurada a sua oferta gratuita para todos que não tiveram acesso em idade própria.
2010
As Diretrizes Curriculares Nacionais trouxeram normas obrigatórias para a educação básica com o objetivo de orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino.
2014
A Lei nº 13.005 referente ao Plano Nacional de Educação, foi sancionada com 20 metas e respectivas estratégias de implementação a serem cumpridas em 10 anos.
2017
O governo federal sanciona a Reforma do Ensino Médio, flexibilizando a estrutura em parte comum e parte obrigatória a ser aplicada nas escolas (Base Nacional Comum Curricular) para o ensino infantil e o ensino fundamental.
Traçamos esse legado de marcos para demostrar os movimentos educacionais em todo território nacional no período de (1934 a 2017) e suas implicações ao cenário educacional atual.
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Comentário
Claro que, nesse percurso, vamos encontrar pelo caminho inúmeras desigualdades políticas, econômicas, regionais entre outras condições históricas, sociais e, inclusive, emocionais, sobretudo se considerarmos o contexto pandêmico e suas consequências negativas ao acesso à aprendizagem. Sabemos também que essas condições são peculiares a cada espaço territorial. Apesar disso, torna-se importante a preocupação com uma plataforma que oferte condições mínimas de acesso ao saber historicamente promovido pelahumanidade.
Segundo Menezes (2019), os documentos supracitados são os precursores da organização da BNCC, que traz em seu bojo discussões históricas e sociais, sendo compreendido como um movimento de evolução do pensamento pedagógico nacional.
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Dica
Para refletirmos sobre a dimensão de nosso país, sugerimos dois clássicos do Rock Nacional: Que país e esse?, do Legião Urbana (1987), e Alagados, dos Paralamas do Sucesso (1986). Esses dois sucessos não apenas trazem em seu bojo o descritivo do território nacional em todas as suas diferenças, mas também nos chamam como nação a olhar para elas e promovermos movimentos capazes de conscientizar a todos os brasileiros sobre a importância da união como nação.
Em relação à BNCC, precisamos compreender as implicações desse documento na aprendizagem e como configurar a escola, por meio de habilidades e competências, frente ao desafio do acesso ao currículo para todos os alunos em busca da equidade. A seguir, conversaremos sobre currículo com o objetivo de entendê-lo para além de uma formalização educacional.
Conceitos iniciais sobre currículo
Vamos considerar, primeiramente, o currículo como um recurso importantíssimo para promoção de aprendizagem, depois como uma via de acesso aos conhecimentos, às habilidades e às competências.
Pensaremos essa condição tendo como base o texto El desarrolho de um curriculum inclusivo, material promovido pela UNESCO (2004). Seja o educando público-alvo da educação ou não, o currículo precisa ser um portal de acesso ao conhecimento. Por essa razão, sua estrutura não pode ser rígida.
Instituto UNESCO de Educação (UIE).
Um currículo acessível deve ser baseado em um modelo de aprendizagem inclusiva, por isso deve estar ajustado aos diferentes estilos de aprendizagem e enfatizar habilidades e conhecimentos relevantes para todos os alunos. Por isso, o currículo deve ser flexível o suficiente para responder às necessidades individuais dos alunos, às comunidades e a grupos religiosos, linguísticos e étnicos ou a outros grupos específicos.
A Linha Braille, ou Display Braille, exibe dinamicamente em Braille as informações na tela ligado a uma porta de saída do computador.
Considerações sobre experiências de aprendizagem
Devemos, como educadores, administrar e avaliar o currículo para que todos os estudantes tenham o êxito, por isso devemos abranger todas as experiências de aprendizagem disponíveis para os alunos em suas escolas e em suas comunidades. Esse movimento envolve o planejamento do ensino, compreendendo a aprendizagem como uma oportunidade fundamental ao educando. No entanto, algumas experiências de aprendizagem são mais difíceis de planificar, pois são frutos das interações espontâneas e vivas entre os sujeitos e o conteúdo, tais como:
Interações entre os alunos.
Interações entre alunos e professores dentro e fora da sala de aula.
Experiências que ocorrem na comunidade de aprendizagem - por exemplo, família ou outras organizações sociais e religiosas.
Apesar disso, os educadores devem sempre ter em mente a necessidade de contemplar conhecimentos, habilidades e valores necessários aos educandos, dentro da concepção pedagógica de cada país, ou seja, é preciso compreender a orientação educacional nacional de forma mais ampla. Dentro desse contexto, o currículo precisa ter duas características:
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Fornecer uma educação de qualidade para os alunos, em nível de participação e de resultados a serem alcançados.
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Ter rigor organizacional (espinha dorsal), mas ser flexível o suficiente para responder às diferentes características dos diversos tipos alunos.
Definição de aprendizagem
O desenvolvimento de um currículo que inclui todos os alunos. Requer a compreensão do que é aprendizagem entre os professores e gestores do sistema educativo, para que as escolas não fiquem bloqueadas em currículos e práticas de ensino rigidamente organizadas.
As escolas devem compreender que a aprendizagem ocorre quando os alunos estão ativamente envolvidos, conectados por meio de propostas educativas que valorizem suas experiências, assim serão mais significativas, terão mais sentido e, consequentemente, favorecerão a compreensão dos conteúdos abordados.
Também é importante conhecer a turma e o ritmo de cada educando, pois esses aspectos favorecerão a execução das atividades e a concretização dos objetivos propostos. Além disso, facilitam a criação de ilhas de aprendizagem, a organização de grupos de pesquisa e a composição de pares, duplas, trios que colaborem com a aprendizagem do colega em nível inferior.
Essa visão pressupõe que os alunos aprendem de forma mais eficaz com os seus pares, seja trabalhando em conjunto para compreender um problema seja quando há ajuda mais avançada para aqueles que estão em um nível inferior.
A sala de aula precisa ser organizada de acordo com a necessidade. Dependendo da proposta de atividade, ela pode ganhar um formato, ser dividida em ilhas, grupos, trios, duplas, círculo, entre outras conveniências de acordo com a proposta docente. As metodologias ativas são fundamentais, especialmente no que se refere ao protagonismo do aluno, à relevância da sua autonomia e ao processo de ressocialização que a pandemia trouxe em nossa realidade educacional e social.
Inclusive, conviver com os pares pode até auxiliar na reorganização socioemocional, pois muitos alunos sofreram durante a pandemia pelos mais variados motivos.
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Resumindo
Oferecer múltiplas oportunidades para os alunos trabalharem em conjunto, resolvendo as tarefas da forma que escolherem, favorece a organização individual e coletiva e, consequentemente, a autonomia na escolha da melhor forma para se executar uma atividade.
As propostas de atividade também podem enfatizar a resolução de problemas, assim os alunos terão uma parte importante do trabalho sob sua própria direção. Dessa maneira, o professor ocupa mais seu tempo de trabalho com grupos de indivíduos do que oferecendo instruções para toda a classe, além disso democratiza e flexibiliza o currículo.
Frente a essas considerações, os americanos desenvolveram uma abordagem especial, denominada de success for all ou sucesso para todos, a fim de aumentar a realização nas escolas em zonas desfavorecidas. Veja alguns pontos dessa proposta:
Na Inglaterra, as estratégias nacionais para literacia e numeracia, por exemplo, são baseadas, em parte, na abordagem sucesso para todos.
Exigem que a maioria das escolas de ensino fundamental (de 5 a 11 anos) tenha um tempo para o ensino da leitura e da escrita e do cálculo seguindo um programa prescrito.
O professor trabalha intensamente com toda a turma, ensinando a mesma competência, mas produzindo um alto nível de interação entre todos os alunos.
Há oportunidades estruturadas para se trabalhar individualmente e em pequenos grupos.
Há suporte adicional aos alunos com dificuldade de aprendizagem.
As estratégias pedagógicas são baseadas em interações altamente planejadas entre o professor e classe, destinadas a garantir aprendizagem de todos.
Não é mais necessário que os professores conheçam conteúdos do currículo, pois consideram mais importante que eles entendam as abordagens de aprendizagem que dão suporte ao currículo, sendo capazes de usar diferentes estilos de ensino frente ao surgimento diferentes necessidades.
Ao discutirmos o currículo como ferramenta educacional que expressa também o movimento histórico do país, é importante percebermos que muitos países herdaram currículos, frutos de alianças sociopolítico-culturais. Na África do Sul, a reforma do currículo ocorreu não só devido à sua inflexibilidade, mas também devido aos pressupostos do Apartheid, que não reconhecia as contribuições históricas e culturais da maioria da população do país.
Formas alternativas de aprendizagem: flexibilidade no currículo
Independentemente dos fatores e das formas de aprendizagem valorizadas pela cultura dominante, é preciso considerar as formas alternativas de aprendizagem, especialmente no que diz respeito à aprendizagemcooperativa em detrimento da aprendizagem marcada pela cultura individualista (fruto de currículos prescritos e inflexíveis) dentro do viés da aprendizagem competitiva. Devemos entender, enquanto educadores, o quão importante é considerar as diferenças individuais entre os alunos, bem como as necessidades das diferentes comunidades, visando desenvolver estratégias para lidar com todos.
O currículo especifica as competências do nível central que os alunos devem alcançar para completar o nono ano, e um conjunto de aprendizado cross-content (transdisciplinar): com tempo, espaço, para a diversidade na natureza, sociedade, meio ambiente, ética e cidadania, resolução de problemas e educação artística e estética.
As escolas são livres para propor os seus programas de aprendizagem, incluindo seus próprios horários e métodos de trabalho.
É possível que cada escola estabeleça o que vai fornecer em cada etapa da educação. Contudo, o currículo pode ser modificado, mediante as características e necessidades de cada escola. E conforme já sabemos, a flexibilidade é a base para a adaptação do processo de aprendizagem às necessidades de cada aluno.
Qualquer alteração no currículo deve ser registrada na documentação de políticas de escola, considerando especialmente os objetivos educacionais do currículo escolar, o seu plano anual por ano/série, os ajustes específicos para os alunos com necessidades mais profundas e específicas e um programa de educação individual (PEI), que só pode ser alterado com o consentimento dos pais, professores e equipe escolar.
Importante considerar a liberdade para adaptação curricular, mas essa liberdade deve ser monitorada, para que o currículo seja acessível e flexível, porém sem perder a qualidade. É fundamental que a flexibilidade favoreça o alcance dos objetivos por meio de conteúdos e métodos apropriados para atender às necessidades de aprendizagem de seus alunos. Isso pode ocorrer das seguintes maneiras:
Sobre o currículo inclusivo, é importante lembrar que o processo de adaptação é diferente de modificação:
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Adaptação curricular
As adaptações servem para atender a todos os estudantes. O especialista em adaptação curricular desempenha um papel importante no planejamento colaborativo no processo de adaptações, no entanto, a responsabilidade principal é do professor em sala de aula, que é quem, de fato, vai efetivar as adaptações do currículo. As adaptações são mais leves em nível curricular, o conceito relevante da adaptação é proporcionar o acesso.
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Modificação curricular
As modificaçõe são um passo além das adaptações, por se tratar de mudar o currículo - adicionar ou substituir conteúdos para atender às necessidades individuais dos estudantes. A modificação deve ser usada com moderação e feita de acordo com o contexto de objetivos educacionais nacionais que se aplicam a todos os alunos. Onde cada aluno receberá uma experiência curricular que atenda às suas necessidades, mas dentro do contexto de um quadro comum e em salas de aula.
Para isso se efetivar na prática, estratégias são essenciais, pois garantirão que o aluno progrida através do currículo e que suas necessidades e características individuais sejam compreendidas e tratadas.
Desenvolvimento da avaliação para uma educação inclusiva
Para que a educação inclusiva seja efetuada, devem-se desconsiderar sistemas de avaliação cuja principal preocupação é simplesmente verificar se o aluno atingiu o nível necessário para ser promovido. É preciso enfraquecer o vínculo entre avaliação e promoção, desenvolvendo formas flexíveis de avaliação, fundamentadas em habilidades e promoção do educando, dentro de uma educação continuada/processual. É fundamental considerar que a eficácia do currículo depende das habilidades e atitudes dos professores em:
Adaptar o currículo, planejar e promover a participação de todos os alunos.
Saber como apoiar a aprendizagem do aluno.
Trabalhar além dos materiais tradicionais e com sensibilidade para diferentes formas culturais respostas.
Apoio ao professorado
Os professores precisam de mais do que o mero conhecimento. Devem saber como as crianças aprendem, como entender as diferenças individuais e como atribuir uma forma de ensino a essas diferenças. Para isso:
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Os professores
Precisam de experiência prática e conhecimento, juntamente com o suporte contínuo que irá ajudá-los a incorporar técnicas eficazes na sua prática diária.
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Os professores
Não devem apenas se concentrar em seus próprios métodos de ensino, mas também em como trabalhar com seus colegas, em um trabalho colaborativo.
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Os gestores
Precisam promover espaços nos quais os professores possam se reunir para compartilhar informações, recursos e experiências, participar de eventos de desenvolvimento profissional e de acesso ou desenvolver materiais de ensino.
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Os professores
Devem ser encorajados a produzir materiais curriculares e devem ser os próprios professores que devem decidir como aplicá-los de forma mais eficaz com suas turmas.
Todas essas questões são importantes para entendermos que a base da BNCC é também dar acesso ao currículo, pois esse é o caminho para a aprendizagem significativa e sua progressão contínua.
[...] a cultura escolar e o regimento pedagógico constituem a identidade de cada escola, pela qual ela é reconhecida, escolhida e lembrada.
(MENEZES, 2019, p. 7)
Por essa razão, é importante adotar não apenas um currículo de acesso, mas também objetivos de aprendizagem pertinentes, capazes de atender a cada etapa da educação e de acessar o domínio da língua, o conhecimento da cultura e dos valores sociais. Esse é um dos intuitos da BNCC.
Em virtude das características que apresentam e do momento que estiverem vivendo, cada escola reagirá de maneira própria a nova base curricular, com eventuais ajustes no currículo e na formação de professores. Por exemplo, ao recomendar práticas na condução das aulas em que os estudantes, em vez de reter informações, investiguem, julguem, argumentem, proponham e realizem, de forma participativa, consciente e solidária, a BNCC será mais facilmente recebida em escolas que já educam com esses princípios formativos.
(MENEZES, 2019, p. 8)
Nesse sentido, o referido autor ainda argumenta que expectativas de aprendizagem dinâmicas, que produzam sentido e sejam significativas, são a base da BNCC, justamente por incentivarem individual e coletivamente uma aprendizagem significativa e, acima de tudo, participativa. Esse modelo de aprendizagem é incompatível com estudantes enfileirados que recebem conhecimentos prontos. Para algumas escolas, isso demandará reorientação didática, aperfeiçoamento docente, por meio de muitos diálogos, intervenções e negociações pedagógicas que proporcionem momentos de reflexão de práticas pedagógicas aos profissionais da educação.
O papel da BNCC
Menezes (2019) nos lembra que a BNCC não é um currículo, mas, sim, a base nacional para os currículos escolares brasileiros. Destaca ainda que é função prerrogativa de escolas e sistemas escolares formular seus currículos e o modo como eles serão cumpridos, com orientações, regimentos e projetos pedagógicos capazes de garantir que os objetivos formativos de cada etapa escolar sejam efetivados, ou seja, cabe à escola e aos sistemas de ensino:
Contextualizar o currículo ao seu entorno social e cultural, tornando significativas as temáticas trabalhadas nas componentes curriculares.
Preparar a sua equipe pedagógica para dar coerência aos objetivos formativos de forma interdisciplinar.
Engajar e estimular a equipe pedagógica e motivar o corpo discente.
Desenvolver procedimentos de avaliação formativa, capazes de reorganizar o ensino suprimindo as deficiências identificadas.
Desenvolver e aplicar recursos didáticos e orientações docentes que auxiliem processo de ensino e aprendizagem.
Promover formação contínua dos docentes.
Aperfeiçoar continuamente a gestão pedagógica da escola em permanente intercâmbio com o sistema escolar.
Na educaçãoinfantil, isso será expresso nos campos de experiências, ou nas unidades temáticas, competências e habilidades na educação fundamental.
Princípios da BNCC: como aplicá-los no cotidiano escolar?
Segundo Perez (2018), a Base Nacional Comum Curricular, aprovada em dezembro de 2017, tornou-se referência nacional obrigatória para elaboração curricular, de materiais didáticos, de políticas de formação docente e avaliativas. Há também o entendimento de competências essenciais que todas as crianças e jovens têm o direito de desenvolver em sua escolaridade. Esse processo auxilia a elaboração de materiais e propostas educativas em nível nacional, o que é muito produtivo para o processo de desenvolvimento e de continuidade da aprendizagem.
A BNCC, ao estabelecer competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos ano a ano, exige de nós educadores, pensemos coletivamente sobre como é a nossa escola e o que queremos garantir as crianças e jovens para que usufruam os direitos de aprendizagem expressos por essas competências e habilidades. Com tais definições, permite também que os pais acompanhem as condições promovidas pela escola para que as aprendizagens e o desenvolvimento possam se efetivar.
(PEREZ, 2018, p. 11)
Compreender competências e habilidades implica desenvolver um estudante ativo, que aprenda a aprender continuamente, com atividades envolventes e em interação com os pares, conectando conhecimentos teóricos com os práticos em seu processo formativo, especialmente com relação aos valores e às atitudes aprendidos, desenvolvidos e aprimorados por meio do convívio em grupo, tais como: lidar com diferenças, respeitar, argumentar, ter empatia, comprometimento com o grupo por meio da ação dialógica.
Educar implica exercer escolhas. O que ensinamos e como ensinamos? Como modelamos a capacidade do educando? Como colaboramos com aqueles que têm mais dificuldade? Como acolhemos? Consideramos a realidade do aluno no processo educativo? Será que estamos desenvolvendo princípios éticos? Será que estamos sendo éticos em nossa sala de aula? O ambiente escolar está promovendo autonomia, propostas de trabalho pedagógico estimulantes que acionem habilidades e competências? Estamos formando seres humanos que levarão essa condição ética para a sua vida e em seu futuro trabalho? (PEREZ, 2018).
Perez ainda argumenta que a BNCC tem um compromisso com a prática e que nela estão contempladas características culturais, socioambientais e até econômicas. A prática traz a realidade para a sala de aula, e a partir dela gera a trilha do conhecimento aplicando a componente teórica como solução de problemas reais.
Ou seja, ativando a teoria e a prática por meio de ações significativas que façam sentido ao estudante.
Muitos consideram o currículo um documento que contém uma lista de conteúdo de cada disciplina, O que a BNCC indica é a necessidade de construir uma proposta curricular que assegure as competências e habilidades e resguarde, nos objetivos do conhecimento, as marcas culturais, ambientais e econômicas de cada região. Além disso, deve-se garantir que os princípios e propósitos do projeto educativo da escola estejam implícitos e reflitam o debate democrático entre educadores e, se possível, da escola com a sociedade, em especial com os pais.
(PEREZ, 2018, p. 13)
Nesse ponto, cabe questionar: qual será o papel dos professores no contexto escolar? Perez (2018) responde a essa questão dizendo que o papel dos professores é essencial nesse processo, pois eles deverão traduzir para a prática os conceitos explicitados na BNCC. Desse modo, sem esses profissionais, os conceitos não se efetivarão. Os professores deverão dar vida às propostas para que a BNCC não seja um documento isolado, e sim um referencial aplicado ao cotidiano escolar.
Neste momento, muitos podem estar se perguntando: a escola o que deve fazer? A escola deve ter ativo um processo democrático capaz de envolver a todos no trabalho educativo e no bem comum maior: a aprendizagem. Para isso, é preciso que o modelo de gestão seja democrático e envolva essa democracia também na elaboração e execução do projeto político pedagógico (PPP), em toda a extensão curricular e organização dos espaços educativos e no trabalho coletivo. Isso pode ocorrer por meio de conselhos ativos com a participação efetiva de pais e professores e de toda comunidade escolar, inclusive proporcionando momentos de envolvimento dos próprios estudantes em seus espaços dialógicos.
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Atividade discursiva
Vamos a uma reflexão? Busque na internet a letra da música Coração de estudante. Escrita por Milton Nascimento e Vagner Tiso, a letra expressa um sentimento de agonia, de prisão, de algo que precisa ser liberado. Esse desejo está claramente ligado ao contexto político vivenciado na época, em que as pessoas não tinham o direito de ir e vir nem de expressão. O que você consegue perceber sobre a participação dos jovens nos processos democráticos escolares?
Digite sua resposta aqui
Os jovens estão sendo chamados para uma participação mais efetiva nos processos democráticos escolares, os quais serão levados para a vida em sociedade, a fim de contribuir para uma comunidade mais consciente e participativa, com valores proativos que favoreçam o bem comum.
Há um teor histórico sociocultural-econômico que permeava as discussões por uma sociedade mais viva e participativa, com muitas lutas sociais, ideológicas, filosóficas, culturais, que oportunizavam uma sociedade dialógica, tão desejada e que agora pode ser vivenciada em vários canais sociais.
Perez (2018) afirma, quase que poeticamente, que a dignidade se manifesta pelos direitos e deveres fundamentais que devem ser garantidos às crianças e aos jovens, com liberdade de pesquisar, conhecer, aprender, discutir, organizar, agrupar. É preciso sistematizar, problematizando e, ao mesmo tempo, propondo soluções.
E o que a BNCC tem a ver com isso? A BNCC apresenta habilidades e competências como alternativas favoráveis ao trabalho significativo, coletivo, interdisciplinar, proporcionando a aplicação prática de pressupostos teóricos de forma criativa, motivadora, considerando a riqueza dos conhecimentos adquiridos pela sociedade, especialmente vivências, ambiente e contexto na busca de informações. Desse modo, produzem-se em novos conhecimentos e transformação social de forma multidisciplinar.
O papel da BNCC na sociedade do conhecimento
Cabe agora questionar: qual é o papel da BNCC na sociedade do conhecimento?
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Resposta
A BNCC vem indicar as competências e habilidades consideradas direitos das crianças e jovens de nosso país de tal modo que possam acessar o conhecimento produzido historicamente de forma democrática. A escola é entendida como espaço de riqueza cultural para todas as crianças, por isso deve motivá-las a interagir com o conhecimento. O conceito de aprendizagem é ressignificado por meio de um estudante ativo e participativo, capaz de acessar informações, aprender por meio da observação, da prática e dos alinhamentos teóricos com o intuito de se transformar como indivíduo e de se reorganizar no espaço social de maneira propositiva, buscando soluções para os problemas de forma ativa.
Para isso, comenta Perez (2018), os educadores precisam propor e viver nessa atmosfera, promovendo o desenvolvimento da autonomia em sua intencionalidade educativa. Toda equipe precisa estar envolvida, inclusive a gestão escolar, entendendo o conhecimento como meio de desenvolvimento de competências, mobilizando recursos, conhecimentos, saberes, vivências, hipóteses, argumentos, provocando entusiasmo e desejo pela construção de conhecimentos e pela aprendizagem.
É preciso integrar conhecimentos práticos e teóricos, no sentido de enfrentar problemas com atitudes proativas e éticas, diante das situações complexas vividas cotidianamente no ambiente escolar. As áreas do conhecimento precisam se cruzar, por meio de um tratamento universal, amplo e plural dos conhecimentos e do capital cultural na composição do conceito comunidade educativa,visando ao desenvolvimento integral e coletivo dos estudantes, e não de forma individual.
É preciso praticar esses conceitos por meio de um projeto educativo claro e coletivo, permeado por uma intencionalidade pedagógica. O Projeto Político Pedagógico (PPP) precisa dialogar não só com o local na realidade da escola, mas também globalmente, quebrando fronteiras e conectando com o senso de cidadania mundial.
A escola é um espaço vivo! Os documentos que interferem em seu funcionamento (currículo, PPP e outros) devem contemplar presente e olhar para o futuro.
(PEREZ, 2018, p. 17)
Aí encontra-se a chave para o conceito de desenvolvimento integral do indivíduo. É preciso proporcionar às crianças e aos jovens condições para que possam se desenvolver integralmente nas dimensões:
accessible
Físicas
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Afetivas
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Sociais
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Culturais
A escola favorece o desenvolvimento integral dos sujeitos quando promove equidade e reconhece o direito de aprender, respeitando as diferenças educacionais representadas pelas deficiências, diferenças regionais, origens étnico-raciais, pela condição econômica, histórica, geográfica, orientação sexual e religiosa. O ambiente escolar deve promover a criatividade, a troca de conhecimentos e o diálogo. Por isso, não pode ficar limitado, é necessário levar as crianças e os jovens a praças, centros culturais (bibliotecas, museus, monumentos) que expressem também as manifestações culturais de cada região (PEREZ, 2018).
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
20 min.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
BNCC
35 min.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Definição de aprendizagem
25 min.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Desenvolvimento e avaliação inclusiva
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A Base Nacional Comum Curricular é um esforço nacional pela educação. Seu papel é pensar as áreas para além do antigo disciplinamento, e as demandas sociais. Sobre o princípio da ação da BNCC:
Questão 2
A Base Nacional é um currículo? Esse é um bom debate que todos devemos pensar, sobre o compromisso e a humanidade da questão. Que considerações podemos fazer entre a BNCC e o currículo?
Avalie o módulo
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2
A estrutura da BNCC e as ciências humanas
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as habilidades e competências para ciências humanas.
A estrutura da BNCC: educação básica
Entraremos agora no segundo momento de nossa discussão sobre BNCC em seus aspectos estruturais. Você compreenderá melhor as características específicas típicas do documento e os seus desdobramentos ao cotidiano escolar.
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Como operar a BNCC em ciências humanas?
O professor Rodrigo Rainha vai nos apresentar as características específicas da BNCC e como essas características são aplicadas pelos professores de ciências humanas.
Com relação à estrutura da BNCC, é importante esclarecer que a sua raiz é a aprendizagem. Consequentemente, o aprender ganha o palco de todo sistema, em seguida os processos formativos, que também são bem valorizados, ocupando ainda uma posição nuclear na célula envolvendo:
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Elaboração/reelaboração do PPP da unidade escolar
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Formação continuada
grading
Planejamento e execução de atividades em sala de aula
É preciso, em seguida, alinhar e realinhar o currículo. A próxima ação envolve a formulação de políticas para a formação, materiais didáticos e avaliação, articulando a implementação da BNCC.
A BNCC na educação infantil
A expressão educação “pré-escolar” (BRASIL, 2017) denotava o entendimento de que a educação infantil era uma etapa anterior, independente e preparatória para a escolarização – que se iniciava somente no ensino fundamental.
Documentos como a Constituição Federal (1988) consideram que o atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos é dever do Estado. Com a promulgação da LDB (1996), a educação infantil se torna parte integrante da educação básica, situando-se no mesmo patamar que o ensino fundamental e o ensino médio. Em 2006, por modificação nessa mesma lei, o ensino fundamental antecipou a entrada para os 6 anos de idade, assim a educação infantil passou a atender à faixa etária de 0 a 5 anos.
A educação infantil passa a ser reconhecida como direito de todas as crianças e dever do Estado, com caráter obrigatório para as crianças de 4 e 5 anos. A Emenda Constitucional nº 59/2009 determina a obrigatoriedade da educação básica dos 4 aos 17 anos, essa extensão foi incluída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 2013, consagrando plenamente a obrigatoriedade de matrícula de todas as crianças de 4 e 5 anos em instituições de educação infantil.
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Resumindo
A inclusão da educação infantil na BNCC foi um passo muito importante dentro do processo histórico educacional, marcando sua integração ao conjunto da educação básica. A entrada da educação infantil passou a ser entendida como a primeira etapa da educação básica, sendo o início e o fundamento do processo educacional.
Nas últimas décadas, vem se consolidando, na educação infantil, a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo.
As creches e pré-escolas devem acolher, em suas propostas pedagógicas, as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente familiar e no contexto de sua comunidade, com o objetivo de ampliar o universo de experiências de conhecimentos e de habilidades e promover novas aprendizagens. Desse modo, atuam de maneira complementar à educação familiar de bebês e das crianças bem pequenas, envolvendo aprendizagens muito próximas aos dois contextos – família e escola –, como a socialização, a autonomia e a comunicação.
Para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de educação infantil e a família são essenciais. A instituição precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a rica diversidade cultural das famílias e da comunidade (BRASIL, 2017).
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009), em seu artigo 4º, definem a criança como sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
A interação realizada no brincar caracteriza o cotidiano da infância, proporciona aprendizagens e potencializa seu desenvolvimento integral, pois expressa afetos, favorece a mediação das frustrações, da resolução de conflitos e a regulação das emoções.
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Expressa afetos
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Favorece a mediação das frustrações
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Estimula a resolução de conflitos
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Beneficia a regulação das emoções
As competências gerais da educação básica propostas pela BNCC apresentam seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo, trazendo significados sobre si e sobre o mundo social e natural.
São direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil (BRASIL, 2017, p. 27):
O documento traz a concepção de uma criança ativa que questiona, levanta hipóteses, conclui, assimila valores e constrói conhecimentos. Esse indivíduo se apropria do conhecimento por meio da ação e interação com o mundo físico e social.
Essa apropriação pode ainda correr por meio de propostas de aprendizagens carregadas de intencionalidade educativa: quando o educador organiza propostas baseadas em experiências, permitindo às crianças conhecerem a si e ao outro, compreenderem as relações com a natureza, com a cultura, com a produçãocientífica, que se traduzem nas práticas de cuidados pessoais (alimentação, vestimenta, higienização), por meio de brincadeiras, experiências com materiais variados, literatura e convivência.
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Atenção!
Cabe ao educador refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações, que garantam a pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças, observando a trajetória de cada criança e do grupo: suas conquistas, avanços, possibilidades e aprendizagens.
Nos registros, feitos em diferentes momentos por professores e pelas crianças (como relatórios, portfólios, fotografias, desenhos e textos), é possível verificar a progressão ocorrida durante o período observado, sem intenção de seleção, promoção ou classificação, mas, sim, de reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças (BRASIL, 2017).
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Resumindo
Segundo Clímaco (2018) a criança precisa de tempos, espaços, brincadeiras e interações para pensar sobre o mundo em que habita, observar, criar hipóteses, construir narrativas e expressá-las por meio das múltiplas linguagens. Na BNCC, a educação infantil não é etapa preparatória, e sim tem especificidades próprias. Por conta disso, o documento organiza as aprendizagens através de objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para cada campo etário, com o objetivo de garantir o direito de aprendizagem articulado aos campos de experiências.
Direitos de aprendizagem e desenvolvimento
A BNCC no ensino fundamental
Competências gerais
O ensino fundamental está dividido em áreas do conhecimento e componentes curriculares. Em áreas do conhecimento se encontram as seguintes disciplinas:
translate
Linguagens
Com as componentes curriculares:
Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa.
calculate
Matemática
Com a componente curricular:
Matemática.
park
Ciências da natureza
Com a componente curricular:
Ciências.
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Ciências humanas
Com as componentes curriculares:
Geografia e História.
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Ensino Religioso
Com a componente curricular:
Ensino Religioso.
No ensino fundamental, cada componente curricular está dividido em unidades temáticas, as quais têm objetos do conhecimento específicos, e cada objeto de conhecimento corresponde às diversas habilidades. Por exemplo: a componente curricular Matemática tem unidades temáticas, objetos do conhecimento e habilidades específicas.
Essas habilidades da BNCC estão organizadas por componente curricular e ano escolar, de acordo com um código:
O primeiro par de letras indica a etapa, por exemplo: educação infantil (EI), ensino fundamental (EF) e ensino médio (EM).
O primeiro par de números indica a componente curricular; no caso da EI, o grupo por faixa etária.
O segundo par de letras indica o campo de experiência para a EI, já para o EF indica a componente curricular.
Por fim, o último par de números indica a posição da habilidade na numeração sequencial da componente de cada ano escolar.
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Exemplo
EF01MA08 ensino fundamental, 1 ano, matemática, posição da habilidade na componente curricular.
A Geografia como componente curricular
Segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), a Base Nacional Comum Curricular estabelece referenciais de aprendizagens essenciais como base para o trabalho desenvolvido nas unidades escolares de todo Brasil, levando-se em conta as especificidades de cada local. As componentes curriculares de História e Geografia estão localizadas em uma área denominada ciências humanas, que deve propiciar aos alunos a capacidade de interpretar o mundo, compreender processos e fenômenos sociais, políticos e culturais e, mediante os fenômenos sociais e naturais, os alunos devem ser capazes de atuar com:
groups
Ética
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Responsabilidade
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Autonomia
As competências específicas para o ensino de Geografia no ensino fundamental significam a fusão entre as competências gerais e as competências específicas da área de ciências humanas. O documento propõe que a Geografia possibilite aos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental:
[...] reconhecer e comparar as realidades de diversos lugares de vivência.
(BNCC, 2017, p. 362)
Sendo assim, segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), ao final do 5º ano, os alunos devem estar preparados para realizar essas ações com autonomia, já que fazem parte dos objetivos da educação formal em nossa sociedade, configurando-se como fundamento essencial a participação social junto ao desenvolvimento da cidadania. Já para os anos finais, a base traz demandas mais desafiadoras, ou seja, amplia a profundidade das discussões que levem os alunos a não só compreenderem, mas também atuarem em “processos que resultam na desigualdade social” (BARROSO apud PEREZ, 2018, p. 39).
A Geografia, enquanto componente curricular, deve oferecer aos alunos um conjunto de experiências de aprendizagens nas quais possam desenvolver habilidades necessárias ao alcance desses objetivos. O importante, segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), é desenvolver ao longo do processo do ensino fundamental o raciocínio geográfico, ampliando a cada desenvolvimento de competências as habilidades necessárias para compreensão dos aspectos fundamentais da realidade (BNCC, 2017, p.357):
Localização
Atos e fenômenos da superfície terrestre
O ordenamento territorial
As conexões existentes entre componentes físicos-naturais
As ações antrópicas (ação do ser humano sobre o meio ambiente)
“Onde se localiza?” “Por que se localizar?” “Como se distribui?” “Quais são as características socioespaciais?” Essas questões guiam a abordagem de fenômenos nas aulas de Geografia.
Partindo da observação de seus lugares de vivências, os alunos podem estabelecer relações entre o que ocorre nos lugares em que vivem e em outros lugares próximos e também distantes.
extension
Exemplo
Uma abordagem dos transportes utilizados no município em que vivem: um grande conjunto de perguntas pode desencadear exercícios de raciocínio geográfico. Onde se localiza o município? Por que a estação de trem se localiza na parte baixa das terras do município? Como as construções e moradias se distribuem no município? As concentrações de moradias acompanham a linha de trem? Quais são as características da vida no município relacionadas à via férrea? São perguntas que nascem da observação dos elementos dos lugares de vivência. Esses questionamentos mobilizam a busca por respostas que, por sua vez, levam à formulação de novas perguntas.
Tal movimento proporciona aos alunos compreender a situação geográfica como “um conjunto de relações” (BARROSO apud PEREZ, 2018, p.39-40). Com base em uma observação dos seus lugares de vivência, os alunos verificam se essas relações ocorrem de fato e levantam explicações para os fenômenos.
O raciocínio geográfico passa por princípios, segundo Barroso (apud PEREZ, 2018):
public
Analogia
Comparação entre os fenômenos geográficos e a identificação de semelhanças.
public
Conexão
Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas em conexão com outros próximos ou distantes.
public
Diferenciação
Variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre, por exemplo o clima.
public
Distribuição
Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.
public
Extensão
Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.
public
Localização
Posição particular de um objeto na superfície, pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais).
public
Ordem
Princípio geográfico de maior complexidade, refere-se ao modo ou à estrutura do espaço de acordo com as regras da sociedade que o produziu.
Unidades temáticas
Segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), à medida que os alunos formulam perguntas sobre o que observam, é preciso colocá-los em contato com os conteúdos e conceitos de Geografia, denominadosobjetos de conhecimento, ou seja, segundo a BNCC (2017), aprendizagens essenciais, ou seja, as habilidades que devem ser asseguradas aos alunos.
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Resumindo
A questão “o que ensinar?” está articulada à “por que ensinar?”. Assim os objetos de conhecimento são arranjados em unidades temáticas.
Em Geografia, essas unidades temáticas são comuns a todos os anos do ensino fundamental:
O sujeito e seu lugar no mundo
Conexões e escalas
Mundo do trabalho
Formas de representação e pensamento espacial
Natureza, ambientes e qualidade de vida
No ensino fundamental predomina a descrição nas aulas de Geografia, já nos anos finais a geografia regional e o raciocínio geográfico são preponderantes. A principal novidade concentra-se em formular objetivos de aprendizagem capazes de contemplar uma Geografia escolar analítica que vá além de aspectos descritivos. As aulas não se limitam à observação do espaço (a estação, a via férrea e as moradias), envolvendo a classificação desses elementos:
Os tipos de transporte e as funções no espaço urbano
Análise de concentração urbana
Amplitude imobiliária
Deslocamento de moradias
Construção de novos loteamentos
É muito importante que o professor motive questões aos alunos, as quais serão o ponto de partida para que eles busquem explicações sobre os fenômenos e compreendam melhor os aspectos fundamentais da realidade.
Competências específicas de Geografia para o ensino fundamental
Estas são as competências específicas que o aluno do ensino fundamental deve desenvolver com relação à disciplina Geografia:
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Habilidades específicas em Geografia para o ensino fundamental
Exemplo: Geografia – 1º ano
Unidade Temática: O sujeito e seu lugar no mundo.
Objetivos do conhecimento: O modo de vida das crianças em diferentes lugares. Situações de convívio em diferentes lugares.
Unidade Temática: Conexões e escalas.
Objetivos do conhecimento: Ciclos naturais e a vida cotidiana.
Unidade Temática: Mundo do trabalho.
Objetivos do conhecimento: Diferentes tipos de trabalho existentes no seu dia a dia.
Unidade Temática: Formas de representação e pensamento espacial.
Objetivos do conhecimento: Pontos de referência.
Unidade Temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.
Objetivos do conhecimento: Condições de vida nos lugares de vivência.
Nas discussões sobre a componente curricular Geografia, existem unidades temáticas e, dentro dessas unidades temáticas, objetos do conhecimento. Essas unidades e esses objetos devem ser trabalhados por meio de habilidades específicas para aquele ano. Essas habilidades vão se ampliando e se especificando ao longo do ensino fundamental, tanto para os anos iniciais como para os anos finais, por isso, são específicas para cada ano escolar.
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EF01GE01
Habilidades: Descrever características observadas de seus lugares de vivência – moradia, escola etc. – e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares.
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EF01GE02
Habilidades: Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares.
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EF01GE03
Habilidades: Identificar e relatar semelhanças e diferenças de usos do espaço público – praças, parques – para o lazer e diferentes manifestações.
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EF01GE04
Habilidades: Discutir e elaborar, coletivamente, regras de convívio em diferentes espaços – sala de aula, escola etc.
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EF01GE05
Habilidades: Observar e descrever ritmos naturais – dia e noite, variação de temperatura e umidade etc. – em diferentes escalas espaciais e temporais, comparando a sua realidade com outras.
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EF01GE06
Habilidades: Descrever e comparar diferentes tipos de moradia ou objetos de uso cotidiano – brinquedos, roupas, mobiliários –, considerando técnicas e materiais utilizados em sua produção.
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EF01GE07
Habilidades: Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade.
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EF01GE08
Habilidades: Criar mapas mentais e desenhos com base em itinerários, contos literários, histórias inventadas e brincadeiras.
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EF01GE09
Habilidades: Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais – frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora – e tendo o corpo como referência.
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EF01GE10
Habilidades: Descrever características de seus lugares de vivência relacionadas aos ritmos da natureza – chuva, vento, calor etc.
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EF01GE11
Habilidades: Associar mudanças de vestuário e hábitos alimentares em sua comunidade ao longo do ano, decorrentes da variação de temperatura e umidade no ambiente.
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Saiba mais
Ao longo do descritivo dentro do material da BNCC, existem especificações por ano. Consulte o documento para localizar a estrutura que envolve o ano de conhecimento. Desse modo, o plano de aula da componente curricular Geografia vai se modificando ano a ano, ampliando as habilidades e competências esperadas ao longo do ensino fundamental.
A História como componente curricular
Com relação ao ensino de História, Zucchi (apud PEREZ, 2018) afirma que a BNCC destaca a importância de compreender a construção do conhecimento histórico. Para isso, alinha que, no ensino fundamental, esse movimento deve ser realizado em etapas:
Educação infantil
Nos anos iniciais, o objetivo é que os estudos possibilitem aos alunos desenvolverem o conhecimento de si e do outro, ampliando-o em diferentes tempos e espaços específicos, preparando os jovens para etapa seguinte.
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Ensino Fundamental
O objetivo é desenvolver as habilidades específicas de cada objeto de conhecimento da disciplina, como considerar a utilização de diferentes fontes e tipos de documentos (escritos, iconográficos, materiais, imateriais), capazes de facilitar a compreensão de tempo e espaço e das relações sociais.
Para que o trabalho com fontes seja proveitoso, ou seja, para que professores e alunos desempenhem o papel de agentes do processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos propostos, devem ser considerados cinco processos descritos na BNCC (2017):
Identificar
Capacidade de descrever e caracterizar determinado processo, evento ou documento histórico, localizando-o no tempo e no espaço de acordo com as informações disponíveis, de modo que seja capaz de perceber informações não explícitas nos documentos históricos aprimorando o processo de identificação.
Comparar
Pode ser trabalhado, inicialmente, por meio das relações entre eventos, processos e documentos históricos com a realidade imediata do aluno; semelhanças e diferenças entre os objetos históricos distintos, salientando rupturas e continuidades, pois esse movimento é essencial para o ensino-aprendizagem de História.
Contextualizar
Capacidade de reunir saberes e ações que desenvolvam sua autonomia de se localizarem no tempo, no espaço, dentro de cada cultura, fatos, processos, acontecimentos e produções de diversos tipos de documentos históricos, ou seja, compreender que acontecimentos, processos e registros históricos estão relacionados a um tempo, um local e a uma cultura.
Interpretar
Pode ser trabalhado, inicialmente, através da apresentação das relações dimensão espacial e temporal com a mobilidade das diversas populações e suas diferentes formas de inserção e marginalização nas sociedades ao longo da história.
Analisar
Capacidade que reúne diversos conhecimentos e um posicionamento crítico do estudante.
Apesar de serem processos cognitivos complexos, é importante que sejam desenvolvidos desde o ensino fundamental, instrumentalizando os alunos de acordo com sua faixa etária.
Zucchi (apud PEREZ, 2018) destaca que o ensino básico tem como objetivo o desenvolvimento de habilidades associadas aos aspectos descritos para que os alunos consigam relacionar que o estudo do passado está vinculado ao presente, tornando-se cidadãos críticos e autônomos. Para que isso ocorra a contento, é fundamental levar em conta a experiência dos alunosdo ponto de vista social, econômico, cultural e temporal. Utilizar os conhecimentos prévios como base para novas aprendizagens é essencial. A seguir, a referida autora apresenta alguns exemplos.
Competências específicas de História para o ensino fundamental
Estas são as competências específicas que o aluno do ensino fundamental deve desenvolver com relação à disciplina História:
Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.
Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica.
Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.
Habilidades específicas para História ao ensino fundamental
Exemplo: História – 1º ano
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Nas discussões sobre a componente curricular História, existem unidades temáticas e, dentro dessas unidades temáticas, objetos do conhecimento. Essas unidades e esses objetos devem ser trabalhados por meio de habilidades específicas para aquele ano. Essas habilidades vão se ampliando e se especificando ao longo do ensino fundamental, tanto para os anos iniciais como para os anos finais, por isso, são específicas para cada ano escolar.
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Habilidades: Identificar aspectos do seu crescimento por meio do registro das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de sua família e/ou de sua comunidade.
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Habilidades: Identificar a relação entre as suas histórias e as de sua família e de sua comunidade.
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Habilidades: Descrever e distinguir os seus papéis e as responsabilidades relacionados à família, à escola e à comunidade.
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Habilidades: Identificar as diferenças entre os variados ambientes em que vive – doméstico, escolar e da comunidade –, reconhecendo as especificidades dos hábitos e das regras que os regem.
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Habilidades: Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
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Habilidades: Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempenhado por diferentes sujeitos em diferentes espaços.
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Habilidades: Identificar mudanças e permanências nas formas de organização familiar.
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EF01HI08
Habilidades: Reconhecer o significado das comemorações e festas escolares, diferenciando-as das datas festivas comemoradas no âmbito familiar ou da comunidade.
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Saiba mais
Ao longo do descritivo dentro do material da BNCC, existem especificações por ano. Consulte o documento para localizar a estrutura que envolve o ano de conhecimento. Desse modo, o plano de aula da componente curricular História vai se modificando ano a ano, ampliando as habilidades e competências esperadas ao longo do ensino fundamental.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
20 min.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Direitos de aprendizagem e desenvolvimento
35 min.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Geografia na BNCC
25 min.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
História como componente curricular
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Segundo Clímaco (2018), a criança precisa de tempos, espaços, brincadeiras e interações para pensar sobre o mundo em que habita, observar, criar hipóteses, construir narrativas e expressá-las por meio das múltiplas linguagens. Na BNCC a educação infantil não é etapa preparatória, ela tem especificidades próprias, por isso o educador deve:
Questão 2
Para o ensino de História, a BNCC estimula o trabalho com fontes seja profícuo. De acordo com Zucchi (apud PEREZ, 2018), é importante considerar processos para esse movimento: identificar, comparar, contextualizar, interpretar e analisar. Avalie as afirmativas a seguir sobre esses processos:
I- Identificar é a capacidade de descrever e caracterizar determinado processo, evento ou documento histórico.
II- Comparar é estabelecer o que há de semelhante e diferente entre os objetos históricos distintos, salientando rupturas e continuidades.
III- Contextualizar é fazer com que saibam as mentalidades específicas dos diferentes períodos históricos.
IV- Analisar é a capacidade de reunir diversos conhecimentos e um posicionamento crítico do estudante.
Marque a alternativa correta:
Avalie o módulo
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Considerações finais
A nova estrutura metodológica tem se tornado um desafio para os professores no cotidiano escolar. A resistência e o medo de que a BNCC se torne uma camisa de força só podem ser vencidos estudando e associando o princípio à prática. Neste material, tentamos ser didáticos nessa construção, mostrando o que é a BNCC, sua estrutura e aplicação nas ciências humanas. O desafio não é simples, por isso continuar seus estudos nesse assunto é importante!
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Podcast
Confira agora o professor Rodrigo Rainha fazendo um balanço com os principais aspectos tratados no conteúdo.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, 2017. Consultado na internet em: 28 mar. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Geografia. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, 2017. Consultado na internet em: 28 mar. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. História. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, 2017. Consultado na internet em: 28 mar. 2022.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009.
MENEZES, L. C de. BNCC de Bolso. Como colocar em prática as principais mudanças da educação infantil ao ensino fundamental. [s.l.]: Editora do Brasil, 2019.
NERSELLO, M. BNCC: entendendo os conceitos de competência e habilidade. Edify, 13 ago. 2020. Consultado na internet em: 21 mar. 2022.
PEREZ, T. BNCC - A Base Nacional Comum Curricular na prática da gestão escolar e pedagógica. São Paulo: Editora Moderna, 2018.
UNESCO. El desarollo de um curriculum inclusivo. Temário Aberto sobre Educación Inclusiva. Santiago-Chile: Oficina Regional de Educação de la UNESCO para a América Latina y el Caribe, 2004.
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Confira agora as indicações que separamos especialmente para você!
Acesse o site Nova Escola, no qual você pode pesquisar sugestões de planos de aula referentes à educação infantil, ao ensino fundamental I, aos temas de História e Geografia. Como exemplo, indicamos o plano de aula “Construindo identidades com meu grupo”, relacionado ao 1º ano do ensino fundamental.
Pesquise e leia a Base Nacional Comum Curricular, especialmente as seções relacionadasàs áreas de História e Geografia.

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