Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Conteúdo esquematizado e mais de 500 exercícios 2 Sumário Mensagem de boas-vindas ................................................................................................................................ 3 Lei nº 9.264/1996 – Desmembramento e reorganização da carreira ............................................................... 4 QUESTÕES ........................................................................................................................................................ 16 Decreto-Lei nº 2.266 de 12 de março de 1985. ............................................................................................... 17 Lei nº 4.878/1965 – Regime Jurídico Peculiar ................................................................................................. 23 CONTEXTO HISTÓRICO........................................................................................................................................................ 24 APLICAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 25 FUNÇÃO POLICIAL ................................................................................................................................................................. 25 PRECEDÊNCIA ......................................................................................................................................................................... 25 ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA ................................................................................................................................ 26 NOMEAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 29 POSSE .......................................................................................................................................................................................... 30 EXERCÍCIO ................................................................................................................................................................................. 30 ESTÁGIO PROBATÓRIO........................................................................................................................................................ 31 PROMOÇÃO ............................................................................................................................................................................... 32 NOMEAÇÃO POR ACESSO ................................................................................................................................................... 32 REMOÇÃO .................................................................................................................................................................................. 33 READAPTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 34 DIREITOS E VANTAGENS .................................................................................................................................................... 35 REGIME DISCIPLINAR .......................................................................................................................................................... 40 QUESTÕES ........................................................................................................................................................ 56 DISPOSIÇÕES SOBRE A POLÍCIA CIVIL NA LODF ............................................................................................... 57 Decreto nº 30.490/09 – Regimento Interno da PCDF ..................................................................................... 72 QUESTÕES ...................................................................................................................................................... 151 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................ 155 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ................................................................................................................................ 156 BATERIA DE SIMULADOS ............................................................................................................................... 175 Legislação para consulta ................................................................................................................................ 207 LEI Nº 9.264, DE 7 DE FEVEREIRO DE 1996. ............................................................................................................207 DECRETO-LEI Nº 2.266, DE 12 DE MARÇO DE 1985 .............................................................................................208 LEI Nº 4.878, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1965. ............................................................................................................210 LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL – CAPÍTULO V – SEÇÃO I ..................................................................216 DECRETO Nº 30.490, DE 22 DE JUNHO DE 2009. ...................................................................................................218 3 Mensagem de boas-vindas Prezado Aluno, É com muita satisfação que iniciamos o curso de Legislação Específica da PCDF. Pretendemos trazer uma abordagem totalmente nova para essa disciplina, baseada em gráficos, esquemas e dicas: tudo para facilitar o seu aprendizado e garantir a tão sonhada aprovação no concurso da PCDF. Antes de darmos início ao conteúdo, permita-me uma breve apresentação. Meu nome é Marcos Fagner, atuo como professor da disciplina de Legislação Específica da PCDF em alguns cursos presencias no Distrito Federal e também em cursos online para todo o Brasil. No ano de 2019, completo dez anos de serviço público. Atualmente, sou integrante da honrosa Polícia Civil do DF, tendo obtido o 4° lugar no certame para Agente de Polícia e o 10º lugar no concurso para o cargo de Escrivão da PCDF, ambos em 2013, além de ter sido aprovado em mais seis concursos públicos. Caso tenham interesse, vocês podem me conhecer um pouco mais acessando o meu Instagram @profmarcosfagner. Na medida do possível, apresento lá dicas sobre Legislação Específica da PCDF, Legislação Penal Extravagante e notícias diversas sobre o concurso da PCDF. Além disso, estou disponível também pelo e-mail marcosfagner@gmail.com. Feita a apresentação, vamos falar um pouco sobre o nosso curso. Este material foi atualizado em dezembro de 2019, logo após a publicação do edital para o cargo de Escrivão de Polícia da PCDF publicado pela banca CESPE/CEBRASPE. O novo edital trouxe algumas novidades em comparação com o certame anterior para os cargos de Agente de Polícia e Escrivão de Polícia no ano de 2013. O edital anterior trazia apenas três normas na parte de legislação específica da PCDF: Lei nº 9.264/1996 (desmembramento e a reorganização da Carreira Policial Civil do Distrito Federal), Decreto nº 59.310/1966 (Regime Jurídico dos Funcionários Policiais Civis do Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do Distrito Federal) e Lei nº 4.878/1965 (regime jurídico peculiar dos funcionários policiais civis da União e do Distrito Federal). Já o edital de 2019, incluiu o Decreto 30.490/2009 (Regimento interno da PCDF), a Lei Orgânica do DF e o Decreto-Lei nº 2.266/85, assim como excluiu, surpreendentemente, o Decreto nº 59.310/66, que havia sido cobrado várias vezes e era a norma mais prolixa da parte de Legislação Específica. Conforme já exposto, traremos o conteúdo de maneira a tornar mais fluidaa sua leitura e que a compreensão do assunto possa atingir níveis satisfatórios. Será utilizada uma linguagem acessível e farta apresentação gráfica daquilo que será estudado. Disponibilizaremos, também, diversos exercícios de fixação para o seu adequado treinamento. A elaboração deste material despendeu aproximadamente quatro meses de trabalho árduo e dedicação ao objetivo final que é a sua aprovação no concurso, bem como sofreu uma atualização para adequá-lo ao edital recém lançado. O preço de comercialização foi estipulado para que todos pudessem adquiri-lo sem pesar no orçamento. Pense nisso antes de compartilhar ou reproduzir indevidamente o conteúdo aqui apresentado. Lembre-se que a reprodução indevida desmerece o trabalho do autor e o desestimula a produzir novos conteúdos. Dito isso, mãos à obra... User Destacar User Destacar User Destacar 4 Lei nº 9.264/1996 – Desmembramento e reorganização da carreira Até a publicação da Lei nº 9.264, no ano de 1996, todos os cargos que compunham a estrutura da Polícia Civil do Distrito Federal estavam alocados em uma única carreira, denominada Carreira Policial Civil do Distrito Federal. Com a edição da Lei nº 9.264/1996, esta carreira foi desmembrada em duas outras: a Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal e a Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal (Art. 1º), nas quais passaram a estar distribuídos os respectivos cargos. Antes da Lei nº 9.264/96 User Destacar 5 Analisaremos individualmente as carreiras que compõem a PCDF, detalhando as peculiaridades que podem ser exploradas pelo examinador. A Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal é composta por um único cargo, que é o cargo de Delegado de Polícia. Quanto à natureza da carreira de Delegado, a legislação afirma que ela é uma carreira jurídica, e, ao mesmo tempo, uma carreira policial (Art. 2º). A Constituição Federal, em seu art. 37, II, prevê duas modalidades de concurso público para ingresso em cargo público efetivo: provas ou provas e títulos. Por disposição expressa da Lei 9.264/96, o ingresso na Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal pressupõe aprovação em concurso público na modalidade obrigatória de provas e títulos (Art. 5º, § 1º). O legislador não fez a mesma exigência para os concursos da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal, deixando a opção para administrador público quanto à modalidade de provas ou de provas e títulos para aquela carreira (Art. 3º, parágrafo único). (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Perito Médico-Legista) Atualmente, de acordo com a legislação vigente, a PCDF é composta pelas seguintes carreiras: a) Delegado de Polícia, Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Penitenciário. b) Delegado de Polícia Civil do DF e Polícia Civil do DF. c) Delegado de Polícia, Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Policial de Custódia. d) Delegado de Polícia, Peritos, Agentes e Escrivão de Polícia. e) Delegado de Polícia, Perito e Policial Civil. GABARITO: B Atualmente, a PCDF é composta pela Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal e pela Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal, nas quais estão distribuídos os respectivos cargos. JÁ CAIU EM PROVA (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial – Adaptado) Papiloscopista policial, perito criminal, perito médico-legista, agente de polícia, escrivão de polícia, agente policial de custódia e delegado de polícia compõem a carreira de Polícia Civil do Distrito Federal. GABARITO: ERRADO O cargo de Delegado de Polícia não integra a Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal, faz parte de uma carreira própria denominada Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal. JÁ CAIU EM PROVA User Destacar 6 Aos candidatos ao cargo de Delegado de Polícia, exige-se o diploma de Bacharel em Direito (Art. 5º, § 1º). O exercício de suas funções pressupõe a aplicação concreta de normas jurídicas, razão pela qual se torna bastante razoável a citada exigência. Fique atento: não se deve confundir a exigência do bacharelado em Direito com inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Bacharel em Direito é todo aquele que conclui o curso superior em Direito em instituição de ensino reconhecida pelo MEC. Já a inscrição na OAB é ato necessário para o exercício da advocacia no território da seccional da Ordem e pressupõe aprovação em exame de conhecimentos técnicos. Ao Delegado de Polícia é exigido o bacharelado em Direito, mas não a inscrição na OAB. Todavia, não basta que o candidato seja Bacharel em Direito, a lei exige também a comprovação do exercício de, no mínimo, 3 (três) anos de atividade jurídica ou policial (Art. 5º, § 1º). Atividade jurídica é aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito, bem como o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico, vedada a contagem do estágio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à colação de grau (Resolução nº 11/2006 do CNJ). Atividade policial é o tempo cumprindo atribuições como policial na Polícia Federal, na Polícia Rodoviária Federal, na Polícia Ferroviária Federal, nas Polícias Civis ou nas Polícias Militares (Portaria do Diretor-Geral da PCDF nº 02/2015). Veja que a exigência do efetivo exercício de 3 anos de atividade jurídica ou 3 anos de atividade policial é requisito alternativo. Ou seja, o candidato precisa comprovar apenas um deles para estar apto a concorrer ao cargo de delegado de polícia. Muita atenção, pois o momento correto para comprovação dos requisitos para ingresso na Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal é no ato da posse (Art. 5º, § 1º, in fine). Este é o tipo de informação que possui grande chance de ser cobrado pelo seu examinador, justamente porque a alteração, em uma questão de prova, do momento de comprovação dos requisitos para qualquer outro que não “no ato da posse”, insere ali uma “pegadinha” que faz com que muitos candidatos percam aquele ponto. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) participará da realização do concurso público para ingresso na Carreira de Delegado de Polícia do DF, acompanhando-o e fiscalizando o bom andamento, a regularidade e a legalidade do certame. Para fechar o estudo sobre a Carreira de Delegado de Polícia do DF, vejamos o seguinte quadro-resumo: User Destacar User Destacar User Destacar 7 Carreira de Delegado de Polícia do DF Cargo Natureza Concurso Delegado de Polícia Jurídica e Policial Provas e títulos Participação da OAB Bacharel em Direito 3 anos de atividade Jurídica; ou Policial Comprovação dos requisitos Na POSSE Passamos, agora, a analisar a segunda carreira que compõe a PCDF. A Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal é composta dos seguintes cargos: Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Policial de Custódia. Para facilitar o estudo, podemos utilizar uma dica bem prática: “EPAA 2Peritos” Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal Cargos Escrivão de Polícia Papiloscopista Policial Agente de Polícia Agente Policial de Custódia Perito Criminal Perito Médico-Legista Os “EPAA” (Escrivão de polícia, Papiloscopista Policial, Agente de Polícia e Agente Policial de Custódia) podem ser estudados em grupo, possuindo os mesmos requisitos para ingresso. Exige-se para estes cargos o nível superior completo (em nível de graduação) em qualquer área do conhecimento. (2013 – CESPE – PCDF – Agente de Polícia) Tanto o perito médico-legista quanto o agente e o escrivão de polícia integram a carreira de Polícia Civil doDF. GABARITO: CERTO A Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal compõe-se dos cargos de Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Policial de Custódia. JÁ CAIU EM PROVA User Destacar User Destacar 8 Já quanto aos “2Peritos”, a exigência de escolaridade não é generalista. Para ocupar o cargo de Perito Médico-Legista, exige-se, exclusivamente, a graduação em Medicina. Já para ocupar o cargo de Perito Criminal, a Lei nº 9.264/1996 estabelece um rol taxativo de formações de nível superior, a saber: Física, Química, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Informática, Geologia, Odontologia, Farmácia, Bioquímica, Mineralogia e Engenharia. As questões de provas que já foram cobradas nos concursos anteriores da PCDF não exigiram o conhecimento dessa lista de formações para o cargo de Perito Criminal. O examinador limitou- se a perguntar se o cargo de Perito Criminal exige qualquer formação de nível superior. Como já vimos, tal afirmação está errada, pois o cargo exige formação específica nas áreas do conhecimento elencadas em um rol taxativo pela Lei nº 9.264/96. Mas se você é daquele tipo de candidato que quer estar preparado para qualquer “devaneio” do examinador, podemos apresentar uma dica para memorização dessa lista: GEnte, Que BeBê FOFIM! qual o nome dela? CiCi Perito Criminal Rol taxativo de formações Geologia Engenharia Química Biologia (Ciências Biológicas) Bioquímica Física Odontologia Farmácia Informática Mineralogia Ciências Contábeis Ciência da Computação User Destacar User Destacar User Destacar User Destacar User Destacar 9 Podemos resumir, então, as informações sobre a exigência de formações aceitas para cada cargo já estudado até agora: Cargos Escolaridade Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal Delegado de Polícia Bacharel em Direito Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal (EPAA) Escrivão de Polícia Papiloscopista Policial Agente de Polícia Agente Policial de Custódia Nível superior completo em qualquer área do conhecimento Perito Médico-Legista Medicina Perito Criminal Rol taxativo (Física, Química, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Informática, Geologia, Odontologia, Farmácia, Bioquímica, Mineralogia e Engenharia) Para compreender bem as disposições trazidas na legislação específica da PCDF sobre o cargo de Agente Policial de Custódia é preciso fazer uma rápida contextualização. O cargo nasceu sob a denominação de Agente Penitenciário da PCDF e as suas atribuições eram exercidas nas dependências do sistema penitenciário do DF. Em uma transição bastante lenta, esculpida por diversas normas jurídicas e decisões judiciais, o esforço foi no sentido de afastar os então Agentes Penitenciários dos presídios e aproximá-los da estrutura orgânica da PCDF. A substituição foi feita com a criação de um cargo específico para o trabalho no sistema penitenciário, sem vinculação com a PCDF. Com a publicação da Lei nº 13.064/13, os Agentes Penitenciários da PCDF tiveram sua nomenclatura alterada para Agente Policial de Custódia e seu exercício e lotação passaram a ser nas unidades que compõem a estrutura orgânica da PCDF, mediante designação do Diretor-Geral (Art. 3º-A), atuando conforme suas atribuições próprias estabelecidas no regimento interno (Art. 3º-A, § 2º). É necessário um cuidado especial nessa análise. Não houve mudança de cargo. O que ocorreu foi apenas uma alteração na lotação dos servidores e na nomenclatura do cargo. Os Agentes Policiais de Custódia não foram transformados em Agentes de Polícia. O exercício de suas funções nas (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial – Adaptado) Assim como para o ingresso no cargo de papiloscopista policial, o ingresso no cargo de perito criminal exige diploma de curso superior completo em qualquer área do conhecimento humano. GABARITO: ERRADO O ingresso no cargo de Perito Criminal exige formação específica em Física, Química, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Informática, Geologia, Odontologia, Farmácia, Bioquímica, Mineralogia e Engenharia. JÁ CAIU EM PROVA User Destacar User Destacar 10 novas lotações será conforme as atribuições do próprio cargo. Para deixar isso claro, transcreverei o trecho do Regimento Interno que dispõe sobre as atribuições dos Agentes Policiais de Custódia: (não se preocupe, pois o quadro abaixo é meramente informativo, não sendo necessário memorizá-lo) I -- executar atividades de atendimento, serviço de vigilância, custódia, escolta, revista pessoal e em objetos, guarda, assistência e orientação de pessoas recolhidas na Divisão de Controle e Custódia de Presos, do Departamento de Polícia Especializada, da Polícia Civil do Distrito Federal, ou que estejam nas demais unidades policiais da Polícia Civil do Distrito Federal aguardando recolhimento àquela Divisão; II -- desempenhar atividades de custódia e guarda provisória de presos sob a responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal; III -- executar escoltas judiciais; IV -- executar a escolta de presos em ambientes hospitalares; V -- executar a escolta de presos sob a responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal para apresentação ao Instituto de Medicinal Legal, ao Instituto de Criminalística e ao Instituto de Identificação, bem como para apresentação desses presos a outras instituições congêneres; VI -- executar a escolta de viaturas no transporte de presos sob a responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal; VII -- atuar nas atividades de inteligência voltadas para segurança da custódia de presos sob a responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal; VIII - atuar na recaptura de foragidos da Justiça; IX -- efetuar o recambiamento de presos de outros estados da federação; X -- escoltar e conduzir adolescentes infratores a delegacias e demais órgãos especializados, nos termos da lei; XI -- participar de operações policiais; XII -- desempenhar outras atividades que se enquadrem no âmbito de suas atribuições, inclusive executar operações e ações de natureza policial ou de interesse da segurança pública, ou determinadas por superior hierárquico e inerentes à atividade policial. (Redação dada pelo Decreto nº 35.082, de 16/01/2014) A carreira dos cargos da PCDF é composta por classes sucessivas que serão atingidas pelos policiais por progressão funcional, cujos requisitos estão dispostos em leis e regulamentos diversos. A estrutura aplicável para ambas as carreiras da PCDF é, atualmente, a seguinte: Plano de carreira na PCDF Classe especial 1ª Classe 2ª Classe 3ª Classe O ingresso do servidor aprovado em concurso público se dará sempre na 3ª Classe (Art. 3º, parágrafo único e Art. 5º). Plano de carreira na PCDF Classe especial 1ª Classe 2ª Classe 3ª Classe INGRESSO (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial – Adaptado) As classes do cargo de papiloscopista policial são três, quais sejam, a terceira, a segunda e a especial, sendo a terceira classe a de ingresso no cargo. GABARITO: ERRADO O item tornou-se errado ao omitir a “primeira classe” da estrutura de classes do cargo de papiloscopista policial. JÁ CAIU EM PROVA User Destacar User Destacar User Destacar User Destacar 11 As carreiras de que trata a Lei nº 9.264/1996 possuem atribuições relacionadas à expressão do Poder Estatal e não encontram paralelo na iniciativa privada. Em razão disso, são consideradas, ambas as carreiras, típicas de Estado (Art. 12). A Lei nº 9.264/1996 também trouxe disposições sobre o dirigente máximo da PCDF: o Diretor-Geral. A atribuição para nomear o Diretor-Geral da PCDF é do Governador do DF. A função somente poderá ser ocupada por delegadosde polícia do DF (Art. 12-A). Por mais capacitados (2013 – CESPE – PCDF – Escrivão de Polícia) As carreiras de delegado e escrivão de polícia do DF são distintas, porém ambas são consideradas típicas de Estado. GABARITO: CERTO Trata-se de uma questão muito polêmica do último concurso para o cargo de Escrivão de Polícia da PCDF. O gabarito oficial da banca CESPE foi dado como CERTO. No entanto, o examinador não foi muito técnico na elaboração da questão, pois fez referência a uma “carreira de escrivão de polícia do DF”, quando, na verdade, trata-se de um cargo pertencente à Carreira de Polícia Civil do DF. Acompanhe a transcrição da redação da Lei nº 9.264/96: “Art. 3º A Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal é de nível superior e compõe-se dos cargos de Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Policial de Custódia.” A PCDF possui apenas duas carreiras, nas quais estão distribuídos os cargos. As carreiras existentes são: Carreira de Delegado de Polícia do DF e Carreira de Polícia Civil do DF. Não existe uma “carreira” de escrivão de polícia do DF. Não obstante a imprecisão técnica do examinador, a banca manteve o gabarito como CERTO, mesmo após a etapa de recursos. JÁ CAIU EM PROVA (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial – Adaptado) Entre os cargos existentes na Polícia Civil do Distrito Federal, somente o de delegado de polícia é considerado típico de Estado. GABARITO: ERRADO Ambas as carreiras previstas na Lei nº 9.264/1996 (Delegado de Polícia do DF e Polícia Civil do DF) são consideradas típicas de Estado (Art. 12). JÁ CAIU EM PROVA User Destacar User Destacar 12 que possam estar para ocupar o cargo, por determinação legal, jamais poderão ser alçados à função de Diretor-Geral da PCDF os agentes de polícia, os escrivães, os peritos, enfim, quaisquer ocupantes de cargos que não os de delegados de polícia. Essa previsão tem fundamento na Constituição Federal, que estabelece (Art. 144, § 4º) que as polícias civis serão dirigidas por delegados de polícia de carreira. A Lei nº 9.264/1996 ainda exige que o delegado de polícia, para ser nomeado Diretor-Geral, seja ocupante da classe especial. Como visto anteriormente, a classe especial é a última etapa na carreira dos policiais civis do DF, pressupondo ali o acúmulo de experiência necessário para ocupar uma função tão importante. FIQUE ATENTO! Embora a análise da literalidade do artigo 12-A da Lei nº 9.264/96 tenha sido devidamente realizada, é oportuno registrar que há precedentes no STF, analisando normas estaduais de Santa Catarina (ADI 3038-2014), Goiás (ADI 3062-2010), Rondônia (ADI 132-2003) e Sergipe (ADI 3077-2017), nos quais foi considerado pelo Supremo que a exigência de que a escolha do dirigente máximo das respectivas polícias civis deveria recair sobre delegados integrantes da classe mais elevada violaria a Constituição da República, pois a Carta Magna não teria feito essa exigência, tão somente determinado a escolha sobre ocupantes do cargo de Delegado de Polícia, sem mencionar qualquer qualificação específica. Todavia, não se trata de tema pacífico, em razão da existência de entendimentos em sentido contrário, por exemplo, na ADI 5075-2015: “Não é materialmente inconstitucional a exigência de que o Chefe da Polícia Civil seja delegado de carreira da classe mais elevada, conforme nova orientação do STF”. (2012 – FUNIVERSA – PCDF – Perito Criminal – Adaptado) A PCDF será dirigida por delegado de polícia ou agente de polícia, de reputação ilibada e idoneidade moral inatacável, da carreira Policial Civil do DF, da classe especial, no pleno exercício do seu cargo, sob a denominação do diretor-geral, nomeado pelo governador. GABARITO: ERRADO O Agente de polícia não pode dirigir a Polícia Civil. Somente o Delegado de Polícia do DF, integrante da classe especial, pode ser nomeado pelo Governador para ser Diretor-Geral da PCDF. JÁ CAIU EM PROVA (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Delegado de Polícia – Adaptado) A polícia civil pode ser dirigida por qualquer servidor integrante com carreira de delegado, agente, perito ou escrivão. GABARITO: ERRADO Somente o Delegado de Polícia do DF, integrante da classe especial, pode ser Diretor-Geral da PCDF. JÁ CAIU EM PROVA (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial – Adaptado) O cargo de Diretor-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal é privativamente ocupado por delegado de polícia do Distrito Federal integrante da classe especial. GABARITO: CERTO. Perceba que o gabarito oficial ignorou os precedentes do Supremo, já que eles são advindos da análise da legislação de outras unidades da federação, sendo que a legislação da PCDF ainda não foi alvo de ponderação pelo STF, prevalecendo a literalidade, salvo menção expressa da jurisprudência pelo comando da questão. JÁ CAIU EM PROVA User Destacar User Destacar User Destacar 13 Em julho de 2018 houve uma importante alteração na legislação que rege os servidores da Polícia Civil do Distrito Federal. Até então, a regulamentação que tratava da cessão de servidores da PCDF encontrava-se dispersa e um pouco confusa. Este instituto inicialmente seguia as regras do art. 11 da Lei federal nº 4.878/65. Em um esforço para regulamentar a cessão dos servidores da PCDF, o Distrito Federal editou a Lei nº 3.556/05, trazendo novas regras para que os policiais civis do DF pudessem servir em outro órgão ou entidade. Analisando trecho específico da referida lei distrital, o STF manifestou-se por sua inconstitucionalidade1. Concordamos com o Supremo, no sentido de que lei distrital não poderia tratar de assunto reservado à lei federal, por força do art. 21, XIV, da Constituição da República, que outorga competência privativa à União legislar sobre regime jurídico de policiais civis do Distrito Federal. Encerrando a discussão sobre os detalhes pertinentes à cessão dos servidores da PCDF, foi editada a Lei Federal nº 13.690/18 que incluiu o tema no texto da Lei nº 9.264/96. Antes de entrar especificamente nas alterações promovidas pelo legislador, façamos uma pequena revisão trazida do Direito Administrativo. Cessão é ato autorizativo pelo qual o agente público, sem suspensão ou interrupção do vínculo funcional com a origem, passa a ter exercício fora da unidade de lotação ou da estatal empregadora;2 Como regra, o servidor da PCDF deve exercer suas funções na própria polícia civil. Excepcionalmente, a cessão somente será autorizada para (Art. 12-B): I - Presidência da República e Vice-Presidência da República, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança; II - Ministério ou órgão equivalente, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança; III - Tribunais Superiores, órgãos do Tribunal Regional Federal da 1ª Região situados no Distrito Federal, Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, órgãos do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região situados no Distrito Federal e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, para o exercício de cargo em comissão cuja remuneração seja igual ou superior à de cargo DAS-101.4 ou equivalente; IV - órgãos do Ministério Público da União situados no Distrito Federal, para o exercício de cargo em comissão cuja remuneração seja igual ou superior à de cargo DAS-101.4 ou equivalente; V - órgãos do Tribunal de Contas da União situados no Distrito Federal e Tribunal de Contas do Distrito Federal, para o exercício de cargo em comissão cuja remuneração seja igual ou superior à de cargo DAS-101.4 ou equivalente; VI - Governadoria e Vice-Governadoria do Distrito Federal, para o exercício de cargo em comissão; VII - Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança; e VIII - demais órgãosda administração pública do Distrito Federal considerados estratégicos, a critério do Governador do Distrito Federal, para o exercício de cargo em comissão cuja remuneração seja igual ou superior à de cargo DAS-101.4 ou equivalente. 1 STF. ADI 3817. Relator(a) Min. Carmem Lúcia. Publicada no DJe em 22/04/2009. 2 BRASIL. Portaria MPDG nº 342, de 31 de out. de 2017. Brasília, DF. User Destacar User Destacar User Destacar 14 Perceba que a cessão para alguns órgãos pode se dar para o exercício de qualquer cargo comissionado ou função de confiança, independente da remuneração a ser recebida. No entanto, em outros órgãos, só será permitida a cessão do servidor para que ele ocupe um cargo comissionado de maior relevância, indicado pelo símbolo DAS 101.4 (do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS) ou superior. A remuneração dos cargos comissionados da Administração Federal é atualizada constantemente por meio de lei federal, sendo, na data da produção desse material, o DAS 101.4 equivalente a R$ 10.373,30. Tome nota, ainda, que a cessão para alguns órgãos (incisos III, IV e V) só será permitida para as unidades localizadas no Distrito Federal. Os órgãos relacionados nesses incisos possuem representações em várias unidades da federação. Contudo, conforme comentado acima, os policiais civis do DF só podem ser cedidos para as unidades situadas no DF. Didaticamente, podemos resumir as informações no seguinte quadro informativo: Critérios para cessão de servidor da PCDF Remuneração do cargo/função de destino Órgão de destino União DF Qualquer R$ Presidência e Vice- Presidência Governadoria e Vice- Governadoria do DF Ministérios e equivalentes SSPDF R$ ≥ DAS101.4 Tribunais no DF MPU no DF TCU no DF TJDFT3 TCDF Órgãos estratégicos do DF (a critério do Governador) Qualquer que seja a hipótese de cessão, será vedada a cessão de servidor da PCDF durante o estágio probatório (Art. 12-B, §1º). É proibida a cessão de servidor da PCDF durante o estágio probatório Considerando que o servidor da PCDF tenha sido regularmente cedido, o órgão de destino deve ressarci-la pelos vencimentos pagos ao servidor? Como regra geral, sim, é obrigatório o ressarcimento ao órgão cedente do valor correspondente à remuneração do servidor cedido. No entanto, não haverá ressarcimento se o órgão de destino for da União, Governadoria e Vice-Governadoria do Distrito Federal, ou Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (Art. 12-B, §2º). Como eu sei que vocês gostam sempre de uma dica fenomenal para decorar a matéria, aí vai mais uma: 3 O TJDFT faz parte do Poder Judiciário da União, foi inserido na coluna “DF” apenas para facilitar a memorização do conteúdo. User Destacar User Destacar User Destacar User Destacar User Destacar 15 “GUS não paga” Ressarcimento dos vencimentos pagos a servidor cedido Órgão de destino Ressarcimento à PCDF GUS = Governadoria e Vice-Governadoria do DF União SSPDF Não há ressarcimento Demais órgão e entidades Ressarcimento obrigatório O exercício da carreira policial possui alguns benefícios, por exemplo, a aposentadoria especial. Sobre esses benefícios, havia uma lacuna em relação ao servidor policial que estava exercendo suas funções cedido a outro órgão: a ele seriam mantidos os mesmos direitos, como se estivesse trabalhando na própria polícia, ou os perderia por estar cedido? A alteração promovida na Lei nº 9.264/96 tornou mais transparente a análise. Para a Lei, é considerada de interesse policial civil, resguardados todos os direitos e vantagens da carreira policial, a cessão à Presidência e Vice-Presidência da República, ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao Ministério da Justiça, ao Ministério da Segurança Pública, à Presidência do STF, à Presidência do TJDFT, à Governadoria e Vice-Governadoria do DF, à SSPDF e às unidades de inteligência da administração pública federal e distrital e do TCU e TCDF (Art. 12-B, §3º). Essa disposição implica, por exemplo, em contagem do tempo cedido a esses órgãos como sendo estritamente policial para fins de aposentadoria especial. Não seria agora que eu os deixaria na mão, certo? CERTO! Vamos para mais uma dica do professor: Órgãos de interesse policial civil: UnS 322 PMG Unidades de inteligência da administração pública federal e distrital, do TCU e do TCDF SSPDF Presidência e Vice-Presidência da República Presidência do STF Presidência do TJDFT Ministério da Justiça Ministério da Segurança Pública Governadoria e Vice-Governadoria do DF GSI User Destacar 16 Manutenção de direitos e vantagens Órgão de destino Características Presidência/Vice-Presidência, GSI, MJ, Ministério da Segurança Pública, Presidência do STF, Presidência do TJDFT, Governadoria/Vice-Governadoria, SSPDF e unidades de inteligência da administração federal, distrital, do TCDF e TCU. Interesse policial civil Mantém todos os direitos e vantagens As disposições trazidas pela Lei nº 9.264/1996 aplicam-se aos inativos e pensionistas de servidores das Carreiras da PCDF (Art. 11). QUESTÕES 1) (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Perito Médico- Legista) Atualmente, de acordo com a legislação vigente, a PCDF é composta pelas seguintes carreiras: a) Delegado de Polícia, Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Penitenciário. b) Delegado de Polícia Civil do DF e Polícia Civil do DF. c) Delegado de Polícia, Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Policial de Custódia. d) Delegado de Polícia, Peritos, Agentes e Escrivão de Polícia. e) Delegado de Polícia, Perito e Policial Civil. 2) (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Delegado de Polícia - Adaptado) A polícia civil pode ser dirigida por qualquer servidor integrante com carreira de delegado, agente, perito ou escrivão. 3) (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial - Adaptado) Entre os cargos existentes na Polícia Civil do Distrito Federal, somente o de delegado de polícia é considerado típico de Estado. 4) (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial - Adaptado) Assim como para o ingresso no cargo de papiloscopista policial, o ingresso no cargo de perito criminal exige diploma de curso superior completo em qualquer área do conhecimento humano. 5) (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial - Adaptado) Papiloscopista policial, perito criminal, perito médico-legista, agente de polícia, escrivão de polícia, agente policial de custódia e delegado de polícia compõem a carreira de Polícia Civil do Distrito Federal. 6) (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial - Adaptado) As classes do cargo de papiloscopista policial são três, quais sejam, a terceira, a segunda e a especial, sendo a terceira classe a de ingresso no cargo. 7) (2015 – FUNIVERSA – PCDF – Papiloscopista Policial - Adaptado) O cargo de Diretor-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal é privativamente ocupado por delegado de polícia do Distrito Federal integrante da classe especial. 8) (2013 – CESPE – PCDF – Agente de Polícia) A respeito do desmembramento e da reorganização da Carreira Policial Civil do DF, julgue o item a seguir. Tanto o perito médico- legista quanto o agente e o escrivão de polícia integram a carreira de Polícia Civil do DF. 9) (2013 – CESPE – PCDF – Escrivão de Polícia) No que se refere ao regime jurídico peculiar dos funcionários policiais civis da União e do Distrito Federal (DF) e ao desmembramento e reorganização da carreira policial civildo DF, 17 julgue os itens subsequentes. As carreiras de delegado e escrivão de polícia do DF são distintas, porém ambas são consideradas típicas de Estado. GABARITO 1- B 2- E 3- E 4- E 5- E 6- E 7- C 8- C 9- C Decreto-Lei nº 2.266 de 12 de março de 1985. Foi com grande surpresa que, ao ler o edital de 2019, percebemos a presença do Decreto nº 2.266/85. Trata-se de uma norma que jamais havia sido cobrada nos concursos da PCDF. Contudo, o espanto não se deu pela novidade, mas pelo teor da referida norma. Os candidatos que já estão em um nível avançado de estudos sabem exatamente sobre o que eu estou falando: o Decreto-Lei nº 2.266/85 está praticamente por inteiro superado pela publicação da Lei nº 9.264/96. Após a publicação do edital, houve uma fase de impugnações do documento de abertura do concurso público, na qual a presença do Decreto-Lei foi questionada. Todavia, de forma ainda mais surpreendente a banca examinadora apresentou a seguinte justificativa para a manutenção dele no conteúdo programático: “IMPROCEDENTE. Para fins de estrutura de cargos e classes, deve ser considerara a Lei 9.264/96, que revela a atual situação organizacional das carreiras de Delegado de Polícia e demais carreiras Policiais integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal. O Decreto-Lei nº 2.266/85 foi alterado pela Lei nº 9.264/96, que não o ab-rogou, mas tão somente derrogou alguns de seus artigos que eram incompatíveis com a nova estruturação por ela tratada”. É uma justificativa “interessante”, já que, dos quatorze artigos do Decreto-Lei, notamos (olhando com muita boa vontade) no máximo três compatíveis com a atual legislação de regência da PCDF. Traçados os comentários iniciais, resta-nos apresentar o conteúdo do Decreto-Lei com a única finalidade de assinalar questões de prova, mesmo sabendo que ele não deveria ter sido mantido no edital. Dito isso, mãos à obra. O Decreto-Lei nº 2.266/85 dispõe sobre a criação da Carreira Policial Civil do Distrito Federal, entre outros assuntos. O artigo 1º do dispositivo legal informa que a Carreira Policial Civil do DF é composta dos seguintes cargos: Delegado de Polícia, Médico-Legista, Perito Criminal, Escrivão de Polícia, Agente de Polícia, Datiloscopista Policial e Agente Penitenciário. User Seta 18 Permita-nos analisar o conteúdo comparando-o com a já estudada Lei nº 9.264/96, o que demonstrará o nosso comentário inicial de que o Decreto-Lei nº 2.266/85 é uma norma já há muito tempo superada. A Carreira Policial Civil do Distrito Federal foi, em 1996, desmembrada nas Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal (art. 1º da Lei nº 9.264/96). Ou seja, não existe mais uma Carreira “Policial Civil do Distrito Federal”. Talvez, a única importância do superado dispositivo seja conhecer a estrutura anterior para compará-la com a atual. Até o ano de 1985, a classes dos cargos que compunham a PCDF tinham uma estrutura bem diferente. O anexo II do Decreto-Lei nº 2.266/85 trouxe uma mudança nessa estrutura, conforme regulado pelo artigo 2º dessa norma, da seguinte forma: Antes do Decreto nº 2.266/85 Depois do Decreto nº 2.266/85 Referência Classes Padrões 32 ESPECIAL III 31 II 30 I 29 PRIMEIRA IV 28 III 27 II 25 a 26 I 24 SEGUNDA IV 23 III 22 II 21 I O artigo 6º dispõe que não haverá transferência nem ascensão funcional para a Carreira Policial Civil do Distrito Federal. Esse talvez seja um dos poucos artigos do Decreto nº 2.266/85 no qual enxergamos uma aplicabilidade atual. O art. 128 do Decreto nº 59.310/66 (norma não cobrada no edital) Decreto-Lei nº 2.266/85 Carreira Policial Civil do DF Delegado de polícia Médico-Legista Perito Criminal Escrivão de Polícia Agente de Polícia Datiloscopista Policial Agente Penitenciário Lei nº 9.264/96 Carreira de Delegado de Polícia do DF Delegado de Polícia Carreira de Polícia Civil do DF Perito Médico-Legista Perito Criminal Escrivão de Polícia Agente de Polícia Papiloscopista Policial Agente Pollicial de Custódia 19 dá o conceito de transferência como sendo um ato de provimento mediante o qual se processa a movimentação do funcionário, de um para outro cargo de igual vencimento. Já, o art. 18 da Lei nº 4.878/65 afirma que o funcionário policial, ocupante de cargo de classe singular ou final de série de classes, poderá ter acesso à classe inicial de séries afins, de nível mais elevado, de atribuições correlatas porém mais complexas. Esse último conceito é o que se conhece por ascensão funcional, nomeação por acesso ou, ainda, “concurso interno”. Por força do artigo 6º do Decreto-Lei nº 2.266/85 e também amparado no entendimento do STF na Súmula Vinculante nº 43, ambos os institutos citados não possuem mais aplicação, por violarem o princípio do concurso público. Constitui, segundo estabelecido no artigo 7º, requisito básico para a progressão à Classe Especial das categorias funcionais de nível superior e médio, a conclusão, com aproveitamento, respectivamente, do Curso superior de Polícia e Curso Especial de Polícia. Tais cursos destinam-se ao aperfeiçoamento dos servidores policiais civis que se encontrem no Padrão final da Primeira Classe, obedecidos os critérios estabelecidos nos referidos cursos, por ordem de antiguidade (art. 7º §1º). Como houve a alteração na configuração das classes promovida pelo art. 2º, aqueles servidores que foram transpostos à Classe Especial sem terem passado pelo curso de progressão foram nele matriculados para cumprir o requisito, por ordem de antiguidade (art. 7º, §2º). Cumpre observar que, após a Lei nº 9.264/96, todos os cargos de natureza policial da Polícia Civil do Distrito Federal exigem nível superior para ingresso. Logo, a disposição sobre o Curso Especial de Polícia para categoria funcional de nível médio não tem aplicação. O servidor que completar com aproveitamento os cursos de formação profissional e os cursos de progressão funcional, realizados pela Academia de Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, será atribuída uma Indenização de Habilitação Policial Civil, com os percentuais calculados sobre o vencimento básico correspondente, na forma seguinte (art. 8º): Indenização de Habilitação Policial Civil Curso de Formação Policial Profissional 10% Curso Especial de Polícia 20% Curso Superior de Polícia 20% Caso o servidor tenha realizado mais de um curso, será atribuída somente a indenização de maior valor percentual (art. 8º, §1º). A indenização de Habilitação Policial Civil será incorporada aos proventos da aposentadoria do servidor (art. 8º, §2º). O aperfeiçoamento dos servidores é um fator importante para uma boa prestação de serviço público. Nesse sentido, o Decreto-Lei nº 2.266/85 afirma que o Governador do DF poderá autorizar o afastamento de funcionários para cursos de pós-graduação, especialização e extensão, no País ou no Não têm aplicação transferência ascensão funcional Requisito para progressão à Classe Especial Nível superior Curso superior de Polícia Nível médio Curso Especial de Polícia 20 exterior, sendo assegurados aos servidores que gozarem do referido afastamento todos os seus direitos e vantagens, inclusive o tempo de serviço (art. 12). O afastamento só será concedido considerando o interesse da Administração Pública, ou seja, não se trata de um ato vinculado. O artigo 13 do Decreto-Lei nº 2.266/85 estabelece que as despesas com a execução da Criação da Carreira Policial Civil do DF e seus cargos, bem como as demais previsões em seu texto, serão executadas com o Orçamento do Distrito Federal. Parece-nos ser mais uma disposição sem aplicação, visto que a Constituição Federal de 1988 prevê que compete à União organizar e manter aPCDF. Assim, concluímos mais uma etapa no estudo da legislação específica da PCDF, aprofundando, esquematizando e tornando o estudo um pouco mais fluido. Façamos, agora, alguns exercícios para fixar o conteúdo. Afastamento para curso de pós- graduação, especialização e extensão Autorizado pelo Governador do DF No País ou no exterior Considerado o interesse da Administraçao Assegurados todos os direitos e vantagens, inclusive tempo de serviço 21 QUESTÕES 1. A Carreira Policial Civil, criada pelo Decreto-Lei nº 2.266/85, era composta pelos seguintes cargos: Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial, Agente Policial de Custódia, Perito Criminal e Perito Médico-Legista. 2. O Decreto-Lei nº 2.266/85 dispõe sobre a criação da Carreira Policial Civil do Distrito Federal, cuja estrutura permanece inalterada. 3. Conforme dispõe o Decreto-Lei nº 2.266/85, o cargo de Delegado de Polícia integra a Carreira Policial Civil do Distrito Federal. 4. As classes existentes antes da publicação do Decreto-Lei nº 2.266/85 foram transformadas, por essa norma, em Segunda Classe, Primeira Classe e Classe Especial. 5. A transferência, que é o ato de provimento mediante o qual se processa a movimentação do funcionário de um para outro cargo de igual vencimento, é direito subjetivo do servidor ocupante da Carreira Policial Civil do Distrito Federal. 6. Não haverá ascensão funcional para a Carreira Policial Civil do Distrito Federal. 7. Constitui requisito básico para a progressão à Classe Especial das categorias funcionais de nível superior a conclusão, com aproveitamento, do Curso superior de Polícia. 8. A conclusão com aproveitamento do Curso Especial de Polícia é requisito básico para a progressão à Classe Especial das categorias funcionais de nível superior. 9. O Curso Superior de Polícia destina-se ao aperfeiçoamento dos servidores policiais civis que se encontrem no Padrão final da Segunda Classe das categorias funcionais de nível superior, obedecidos os critérios estabelecidos nos referidos cursos, por ordem de antiguidade. 10. Os servidores que já ocupavam a classe especial quando da implantação do disposto no Decreto-Lei nº 2.266/85 ficam dispensados do cumprimento do requisito de progressão de conclusão do Curso Superior de Polícia ou do Curso Especial de Polícia. 11. A Indenização de Habilitação Policial Civil corresponde, nos termos do Decreto-Lei nº 2.266/85 a 20% sobre o vencimento básico para conclusão, com aproveitamento, de Curso Especial de Polícia. 12. Em todos os casos, a Indenização de Habilitação Policial Civil será de 20% sobre o vencimento básico. 13. Na ocorrência de mais de um curso de progressão funcional, o servidor acumulará as Indenizações de Habilitação Policial Civil. 14. Conforme o Decreto nº 2.266/85, a indenização de Habilitação Policial Civil será incorporada aos proventos da aposentadoria do servidor. 15. Considerado o interesse da Administração em aperfeiçoar o contingente de recursos humanos da Polícia Civil do Distrito Federal, o Governador do Distrito Federal poderá autorizar, assegurados todos os direitos e vantagens, inclusive o tempo de serviço, o afastamento de funcionários para cursos de pós-graduação, especialização e extensão, no País ou no exterior. 22 GABARITO 1. E 2. E 3. C 4. C 5. E 6. C 7. C 8. E 9. E 10. E 11. C 12. E 13. E 14. C 15. C 23 Lei nº 4.878/1965 – Regime Jurídico Peculiar Bem-vindos de volta ao nosso curso de Legislação Específica da PCDF! Sou o professor Marcos Fagner e agora iniciaremos outra jornada no estudo de nossa disciplina. A Lei nº 4.878/65 e o Decreto nº 59.310/66 estiveram presentes em todos os concursos da PCDF, tendo sido tratados na última edição do nosso material em conjunto. Surpreendentemente, o examinador, pela primeira vez, deixou de fora o Decreto nº 59.310/66. Apesar de parecer que você empreendeu esforços em vão no estudo do famigerado decreto, na verdade, não pense assim. O candidato que se esforçou no estudo pré-edital, aprendendo o Decreto nº 59.310/66, tem, hoje, uma compreensão expandida e muito mais profunda sobre o regime jurídico peculiar do que aquele candidato que aguardou a publicação do edital para começar a estudar tal disciplina. Você, então, está à frente da concorrência, pois domina de uma forma muito mais segura os dispositivos que regem o regime jurídico peculiar. Atenção! Eu não estou falando que você precisa continuar estudando o Decreto nº 59.310/66! Lembre-se: ele está fora do edital e não pode ser cobrado pelo examinador. O que eu quero deixar claro é que seu esforço não foi em vão. A Lei nº 4.878/65 dispõe sobre o regime jurídico próprio dos policiais civis do DF. O Decreto nº 59.310/66 traz o regulamento, o detalhamento, das disposições contidas na lei. Se você dominou o Decreto, você tem uma facilidade muito grande em compreender o disposto na Lei nº 4.878/65. Lembre-se da máxima: que sabe “o mais” sabe “o menos”. Para aqueles que já acompanham o nosso trabalho e seguiram firmemente as orientações, basta ajustar as velas após a mudança nos rumos do vento. Seu esforço agora é realinhar os estudos e direcioná-los à Lei nº 4.878/65. Para quem inicia agora os estudos, o foco deve ser APENAS a Lei nº 4.878/65, pois é ela que está no nosso edital. user Destacar 24 CONTEXTO HISTÓRICO É extremamente importante conhecer o contexto histórico da criação e do desenvolvimento da Polícia Civil do Distrito Federal para compreender os dispositivos trazidos pela legislação específica, em especial a íntima relação que existe entre a PCDF e a Polícia Federal. Em apertada síntese, na segunda metade da década de 1950, a futura capital encontrava- se em fase de construção acelerada. A população crescia desordenadamente em uma cidade cuja administração ainda não havia se estabelecido oficialmente. Fez-se, então, necessária a criação de uma força policial organizada, a fim de conter os problemas de segurança pública da nova capital. Em 1958 foi criado o Departamento Regional de Polícia de Brasília – DRPB, ao qual se subordinava a Guarda Civil Especial de Brasília – GEB. Com a transferência da capital da República para Brasília, na década de 1960, o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP) incorporou os serviços de policiamento metropolitano existentes na nova capital, inclusive a Divisão de Polícia Judiciária (DPJ). Após sucessivas alterações na estrutura orgânica, o DFSP desmembrou-se em duas estruturas: o Serviço de Polícia Federal (SPF) e o Serviço Policial Metropolitano (SPM). O SPF deu origem à Polícia Federal e o SPM deu origem à PCDF. Essa contextualização demonstra uma origem comum entre a PF e a PCDF, o que explica que ambas as instituições são regidas pelo mesmo regime jurídico, que é exatamente o objeto de estudo deste material. O regime jurídico peculiar, como são chamadas as disposições contidas na legislação específica, é datado do biênio 1965-1966. Ou seja, tem origem anterior à Constituição Federal de 1988. Foi produzido ainda sob influência do regime militar. Em razão disso, a legislação deve ser lida sob a ótica constitucional, pois muitos de seus dispositivos não foram materialmente recepcionados pela CF/88. Estas observações serão feitas oportunamente no decorrer das nossas aulas. (2006 – CESPE – TJRR - Assistente Judiciário - Adaptada) A Lei n.º 4.878/1965 mantém em seu texto valores e princípios de ordem institucional militar derivados do momento político e social vivenciado no ano de 1965. GABARITO: CERTO JÁ CAIU EM PROVA 25 APLICAÇÃO Nos termosda legislação, serão abrangidos pelo regime jurídico peculiar em apreço os integrantes do “Serviço de Polícia Federal” (atual Polícia Federal) e do “Serviço Policial Metropolitano” (atual PCDF) (Art. 2º da L. 4878/65). Aplica-se, ainda, o regime jurídico peculiar ao funcionário policial ocupante de cargo em comissão ou função gratificada com atribuições e responsabilidades de natureza policial (Art. 2º, parágrafo único da L. 4878/65). Aplicação do Regime Jurídico Peculiar PF e PCDF Efetivos e Comissionados de natureza policial FUNÇÃO POLICIAL A função policial, pelas suas características e finalidades, fundamenta-se na hierarquia e na disciplina (Art. 4º da L. 4878/65). Função policial PRECEDÊNCIA Precedência é tratamento protocolar dispensado aos integrantes dos cargos, relacionando- se com sua hierarquia. (2006 – CESPE – TJRR - Assistente Judiciário - Adaptada) A aplicação e a interpretação da Lei n.º 4.878/1965 devem ser realizadas sob a influência dos princípios constitucionais da atual ordem jurídica constitucional. GABARITO: CERTO JÁ CAIU EM PROVA 26 No âmbito das instituições militares, a precedência se dá, basicamente, pela graduação ou posto ocupado pelo servidor. Um sargento será sempre hierarquicamente superior a um soldado, independente da função que ambos ocupem na instituição. Já nas instituições submetidas à Lei nº 4.878/65, que são de natureza civil, a precedência entre os integrantes das séries de classes se estabelece, básica e primordialmente, pela subordinação funcional (Art. 5º da L. 4878/65). Por esta regra, não basta observar o cargo ocupado pelo servidor para que se estabeleça a precedência. Para se chegar à correta relação hierárquica, deve-se verificar o organograma da unidade em que estão lotados os servidores e a posição que ocupam nele. Por exemplo, examine o organograma acima, referente a uma unidade qualquer. De acordo com a regra estabelecida para a precedência dos servidores submetidos ao Regime Jurídico Peculiar, o indivíduo “D” será subordinado hierarquicamente aos indivíduos “B” e “A”, independente do cargo ou da classe que ocupem. É possível, por exemplo, que o indivíduo “B” seja um servidor com menos tempo na carreira que o “D”. O que vale é a posição do servidor no organograma da unidade, independente de fatores como tempo de carreira ou cargo. ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA A Academia Nacional de Polícia (ANP) é a unidade especializada na formação dos policiais e na produção do conhecimento acadêmico nas áreas afetas às atribuições da instituição. Na época da edição das normas em estudo, a ANP era responsável pela formação tanto dos policiais federais quanto dos policiais civis do DF. Sendo assim, toda e qualquer referência sobre formação policial encontrada no texto da lei será sempre feita à ANP. No entanto, atualmente, a PCDF já conta com uma estrutura própria de formação policial. Até meados de 2018, a unidade chamava-se Academia de Polícia Civil. Foi alçada, então, com a publicação do Decreto nº 39.218/2018, a Escola Superior de Polícia Civil (ESPC). 27 À esquerda, a Academia Nacional de Polícia (ANP) e à direita a Escola Superior de Polícia Civil (ESPC). Em nossas aulas iremos nos ater às disposições literais da Lei nº 4.878/65, pois é como vem sendo cobrado em concursos públicos. De acordo com o art. 8º da Lei nº 4.878/65, a Academia Nacional de Polícia manterá, permanentemente, cursos de formação profissional dos candidatos ao ingresso no “Departamento Federal de Segurança Pública” (leia-se PF) e na “Polícia do Distrito Federal” (leia-se PCDF). O artigo 9º da Lei nº 4.878/65 traz os requisitos para matrícula na ANP. Didaticamente, podemos dividi-los entre requisitos básicos, que são bastante semelhantes àqueles exigidos para investidura em cargo público pela Lei nº 8.112/90; e requisitos específicos, os quais são exigência próprias para as carreiras abrangidas pelo Regime Jurídico Peculiar. 28 A Súmula Vinculante nº 44, do STF, estabelece que somente por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Desta forma, os concursos para os cargos da PCDF podem exigir do candidato a fase de exame psicotécnico, pois a previsão legal está no Art. 9º, VII, da Lei nº 4.878/65. Fique atento: a legislação específica diz que o exame psicotécnico será realizado pela Academia Nacional de Polícia. (2006 – CESPE – TJRR - Assistente Judiciário - Adaptada) A norma da Lei n.º 4.878/1965 que exige como condição para ingresso no serviço público a realização de exame psicotécnico ofende a Constituição Federal. GABARITO: ERRADO JÁ CAIU EM PROVA (2004 – CESPE - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal) Sendo Rodrigo um brasileiro penalmente inimputável, é vedado à Academia Nacional de Polícia matricular Rodrigo em curso de formação para agente de polícia federal. GABARITO: CERTO É requisito para matrícula na ANP ser maior de 18 anos. JÁ CAIU EM PROVA 29 Será DEMITIDO, mediante processo disciplinar regular, o funcionário policial que omitir fato ou informação que impossibilitaria a sua matrícula na Academia Nacional de Polícia (Art. 9º, §2º). A frequência aos cursos de formação profissional da Academia Nacional de Polícia para primeira investidura em cargo de atividade policial é considerada de efetivo exercício para fins de aposentadoria (Art. 12 da L. 4878/65). NOMEAÇÃO A nomeação se dará em comissão ou em caráter efetivo, neste último caso estará condicionada à aprovação em curso na ANP (Art. 6º). Deverá obedecer à rigorosa ordem de classificação dos candidatos habilitados em curso a que se tenham submetido na Academia Nacional de Polícia (Art. 7º). A doutrina aponta o ato da nomeação como um ato unilateral da Administração Pública. Com a nomeação, surge o direito subjetivo do futuro servidor de formalizar o vínculo funcional com a Administração Pública por meio da posse. É somente com a posse que o nomeado torna-se um servidor público, assumindo obrigações e deveres funcionais com a Administração Pública. 30 POSSE É a investidura em cargo público ou função gratificada. A posse é um ato bilateral e subjetivo, pois o candidato pode dispor desse ato, acarretando para ele a perda do direito, em outras palavras, o nomeado toma posse se quiser. São competentes para dar posse (Art. 10 da L. 4878/65): I - O Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurança Pública, ao Chefe de seu Gabinete, ao Corregedor, aos Delegados Regionais e aos diretores e chefes de serviços que lhe sejam subordinados; II - O Diretor da Divisão de Administração do mesmo Departamento, nos demais casos; III - O Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal ao Chefe de seu Gabinete e aos Diretores que lhe sejam subordinados; IV - O Diretor da Divisão de Serviços Gerais da Polícia do Distrito Federal, nos demais casos. As autoridades relacionadas nos incisos I, II e III poderão delegar a competência para dar posse (Art. 10, parágrafo único, da L. 4878/65). EXERCÍCIO O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. O Art. 11 da Lei 4878/65 prevê regras para a cessão do servidor submetido ao regime jurídico peculiar para outros órgãos. Parte dos requisitos para essa cessão foi estudada no capítulo sobre a Lei 9.264/96, tendo como base uma recente alteração na legislação. Sobre as regras trazidas pelo próprio regime jurídico peculiar, temos que “o funcionário não poderá afastar-se de sua repartição para ter exercício em outra ou prestar serviços ao Poder Legislativo ou a qualquer Estado da Federação, salvo quando se tratar de atribuição inerente à do seu cargo efetivo e mediante expressa autorização do Presidente da República ou do Prefeito do DistritoFederal, quando integrante da Polícia do Distrito Federal”. O afastamento obedecerá sempre a prazo certo, permitida, contudo, a sua prorrogação, no interesse do Serviço Público. 31 ESTÁGIO PROBATÓRIO O Art. 13 da Lei nº 4.878/65 afirma que o estágio probatório seria o período de dois anos de efetivo exercício. Essa previsão deve ser desconsiderada pelo candidato, pois o STF já se manifestou dizendo que é inconstitucional qualquer prazo de estágio probatório inferior a 3 anos. O procedimento previsto pela legislação específica para processamento do estágio probatório dos servidores submetidos ao regime jurídico peculiar está enumerado a seguir (Arts. 13 e 14 d L. 4878/65): a) Mensalmente, o responsável pela repartição ou serviço encaminhará ao órgão de pessoal relatório sucinto sobre o comportamento do estagiário. b) 6 meses antes do fim do estágio probatório, o responsável pela repartição ou serviço informará reservadamente ao órgão de pessoal sobre o funcionário, tendo em vista os requisitos previstos para aprovação no estágio probatório. Agora, vamos facilitar o nosso estudo transformando as informações sobre o procedimento para apuração do estágio probatório em um fluxo de trabalho: Servidores em estágio probatório Responsável pela repartição Órgão de pessoal Relatórios sucintos enviados mensalmente Informará reservadamente 6 meses antes do fim do estágio probatório 32 PROMOÇÃO Promoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente superior àquela a que pertence, na respectiva série de classes. Atualmente, as carreiras da Polícia Civil do DF são escalonadas em quatro classes sucessivas: 3ª Classe, 2ª Classe, 1ª Classe e Classe Especial. Lembrando que a Lei nº 9.264/96 determina que o ingresso na carreira se dará sempre na 3ª Classe. Plano de carreira na PCDF Classe especial 1ª Classe 2ª Classe 3ª Classe A promoção é justamente a passagem de uma classe para a classe imediatamente superior, segundo determinados critérios estabelecidos. De acordo com o art. 15, as promoções devem ocorrer em datas fixas, a saber: dia 21 de abril e dia 28 de outubro. Para que haja uma promoção, é necessária a existência de vaga e de funcionários em condições de a ela concorrer. Para a promoção por merecimento é requisito necessário a aprovação em curso na Academia Nacional de Polícia correspondente à classe imediatamente superior àquela a que pertence o funcionário. A inabilitação no curso impede a progressão por merecimento. O órgão competente organizará para cada vaga a ser provida por merecimento uma lista não excedente de três candidatos. NOMEAÇÃO POR ACESSO A Lei nº 4.878/65 reserva espaço para tratar da nomeação por acesso (Arts. 18 e 19). Contudo, essas disposições devem ser categoricamente descartadas, em virtude de serem consideradas inconstitucionais (ou não recepcionado pela CF88, o que é um termo tecnicamente mais adequado no caso da Lei 4878/65) quaisquer modalidades de provimento que propiciem ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público, em cargo que não integra a carreira na qual estava • aprovação em curso na ANP Promoção por MERECIMENTO 33 anteriormente investido, conforme estabelece a Súmula Vinculante nº 43. Por isso, foi importante fazer uma contextualização histórica no início do nosso curso. Lembre-se que o regime jurídico peculiar data da década de 1960, e muitos dispositivos previstos nele não foram recepcionados pela Constituição de 1988. REMOÇÃO Remoção é o ato mediante o qual o funcionário passa a ter exercício em outro serviço, preenchendo claro de lotação, sem que se modifique sua situação funcional. É importante compreender que a remoção altera somente a lotação do servidor (o local físico em que ele exerce as suas funções). Muitas questões de prova exploram o conceito de remoção, dizendo que o servidor terá seu “cargo alterado pela remoção”, o que é uma afirmação claramente errada. A remoção não altera o cargo, tão somente a lotação. No Regime Jurídico Peculiar, há três espécies de remoção (Art. 67 da L. 4878/65): a) Ex officio: é a remoção que se dá no interesse exclusivo da Administração. Nessa espécie de remoção, o interesse particular do servidor removido não é levado em conta, ou seja, a remoção ex officio não depende de manifestação do servidor. A fim de evitar remoções sucessivas que atrapalhem da vida particular do servidor, a legislação específica prevê que, salvo imperiosa necessidade do serviço devidamente justificada, nova remoção ex officio do servidor removido somente poderá ocorrer após 2 anos de exercício naquela localidade (Art. 67, § 2º, da L 4878/65); b) A pedido: diferente da remoção ex officio, a remoção a pedido depende da prévia manifestação de interesse do servidor. No entanto, realizada a solicitação de remoção a pedido, a Administração Pública não será obrigada a atender ao pedido, pois a decisão é ato discricionário, condicionada ao interesse público. (2016 – IADES – PCDF – PERITO CRIMINAL - Adaptada) Remoção é o ato de provimento mediante o qual se processa a movimentação do funcionário de um para outro cargo de igual vencimento. GABARITO: ERRADO A remoção altera apenas a lotação do servidor, e não o seu cargo. JÁ CAIU EM PROVA 34 c) Por conveniência da disciplina: parte da jurisprudência4 vem entendendo que a remoção por conveniência da disciplina assemelha-se a uma punição e, por isso, deveria ser precedida de processo administrativo. É vedada a remoção ex officio do funcionário policial que esteja cursando a Academia Nacional de Polícia, desde que a sua movimentação impossibilite a frequência no curso em que esteja matriculado (Art. 66 da L 4878/65). O servidor removido a pedido ou por conveniência da disciplina não faz jus ao recebimento de ajuda de custo (Art 67, §1º, da L 4878/65). Apresentamos o seguinte quadro-resumo com as informações mais relevantes sobre o tratamento dado pelo regime jurídico peculiar ao instituto da remoção: Remoção Espécie Depende de claro de lotação? Ajuda de custo Características Ex officio Sim Sim Vedada se inviabilizar a frequência do servidor que esteja cursando a ANP Nova remoção ex officio só após 2 anos, salvo imperiosa necessidade do serviço devidamente justificada A pedido Sim Não Ato discricionário da Administração Se o pedido alegar motivo de saúde, tem que ser analisado por junta médica Por conveniência da disciplina Não Não Jurisprudência entende que é uma espécie de pena e por isso não poderia ser aplicada sem PAD READAPTAÇÃO A Lei nº 8.112/90, em seu art. 24, prevê que readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. Já a Lei nº 4.878/65 estabelece que será readaptado em outro cargo mais compatível com sua capacidade por motivo de natureza física, quando ocorrerem modificações das condições físicas ou de saúde do funcionário que aconselhe a sua readaptação em atribuições diferentes; ou por motivo de ordem intelectual ou de vocação, quando se verificar que o nível mental do funcionário deixou de corresponder às exigências da função ou a função atribuída ao funcionário não corresponde aos seus pendores vocacionais; Entende-se que as últimas hipóteses de readaptação (por motivo de ordem intelectual ou de vocação) não encontram respaldo da Constituição de 1988, por violar o princípio do concurso público, e, por isso, não deve ser aplicada. Não obstante a observação feita acima, a tendência em provas de concursos é que seja cobrada do candidato somente a literalidade da legislação. Assim, a banca CESPE considerou como válida a readaptação por motivo de ordem intelectual em uma questão no concurso para Escrivãode Polícia da PCDF no ano de 2013. 4 BRASIL. TJMG. Sexta Câmara Cível. Apelação Cível/Reexame Necessário N° 1.0024.08.171125-1/001. Apelante: Estado de Minas Gerais. Publicação: 15 de janeiro de 2010. 35 A readaptação se dará sem decesso nem aumento de vencimento. A readaptação será realizada mediante a transformação do cargo exercido em outro mais compatível com a capacidade física ou intelectual e vocação (parágrafo único do art. 20). DIREITOS E VANTAGENS FÉRIAS As férias do servidor só poderão ser interrompidas por convocação da autoridade competente em dois casos: emergente necessidade de segurança nacional ou manutenção da ordem (Art. 21). Caso o servidor tenha seu período de férias interrompido por uma das hipóteses citadas, o tempo restante não ficará perdido, ele poderá gozá-lo em época oportuna (Art. 21, §1º). Ao entrar de férias, o funcionário deverá comunicar ao chefe imediato o seu provável endereço e as eventuais mudanças (Art. 21, §2º). Vedada Regra É possível em caso de: - Emergente necessidade de segurança nacional - Manutenção da ordem Excepcionalmente (2013 – CESPE – PCDF – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Se, por motivo de ordem intelectual, um servidor público estável, ocupante do cargo de escrivão de polícia civil, for considerado inapto para o exercício da função policial, e se a causa não constituir justificativa para demissão ou aposentadoria do servidor, deverá ocorrer a readaptação deste mediante a transformação do cargo por ele exercido em outro mais compatível com a sua capacidade. GABARITO: CERTO JÁ CAIU EM PROVA Interrupção de férias 36 VANTAGENS ESPECÍFICAS GRATIFICAÇÕES O Regime Jurídico Peculiar, a que estão submetidos os Policiais Civis do DF e os Policiais Federais, prevê uma série de gratificações aos servidores. No entanto, desde a edição da Lei nº 11.361/06 (atendendo ao preceito constitucional incluído pela Emenda Constitucional nº 19/98), os policiais civis do DF são remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. Desse modo, segundo o nosso entendimento, não se aplicam as gratificações, adicionais e auxílios previstos no regime jurídico peculiar. Contudo, conhecendo bem o perfil do examinador, que se atém tão somente à literalidade, passamos a detalhar as vantagens previstas na Lei nº 4.878/65. GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO POLICIAL Segundo a Lei nº 4.878/65, o policial fará jus à gratificação de função policial por ficar, compulsoriamente, incompatibilizado para o desempenho de qualquer outra atividade, pública ou privada, e em razão dos riscos à que está sujeito. O valor da gratificação será calculado sobre o vencimento do cargo efetivo ou sobre o valor do símbolo do cargo em comissão ou função gratificada para os ocupantes de cargo comissionado ou função gratificada, na forma a ser fixada em ato do Presidente da República. A gratificação de função policial não será paga enquanto o funcionário policial deixar de perceber o vencimento do cargo em virtude de licença ou outro afastamento, salvo quando investido em cargo em comissão ou função gratificada com atribuições e responsabilidades de natureza policial, hipótese em que continuará a perceber a gratificação na base do vencimento do cargo efetivo (Art. 25 da L. 4878/65). A referida gratificação será incorporada aos proventos de aposentadoria, na proporção de 1/30 por ano de efetivo exercício (art. 26) AUXÍLIO PARA MORADIA O funcionário policial casado, quando lotado em Delegacia Regional, terá direito a auxílio para moradia correspondente a 10% do seu vencimento mensal (Art. 27). Contudo, o auxílio só será pago até que o policial complete 5 anos na localidade e desde que não disponha de moradia própria. 37 ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR As disposições contidas nos Arts. 31 a 36 tinham como fundamento a prestação da assistência médico-hospitalar ao servidor diretamente pelos serviços médicos dos órgãos policiais. Essa diretriz parece ter sido alterada pelo Art. 230 da Lei nº 8.112/90, que estabelece que “a assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento”. Assistência médico-hospitalar Lei nº 4.878/65 Lei nº 8.112/90 Formas de prestação Diretamente pelo órgão SUS Diretamente pelo órgão Mediante Convênio ou Contrato Ressarcimento parcial de plano de saúde privado Tão somente com a finalidade de precaução pelo desconhecimento do examinador de tais observações, vejamos o que diz a Lei nº 4.878/65. A assistência médico-hospitalar compreenderá (art. 31): a) assistência médica contínua, dia e noite, ao policial enfermo, acidentado ou ferido, que se encontre hospitalizado; VANTAGENS GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO POLICIAL Valor a ser definido pelo Presidente da República Incorpora 1/30 por ano AUXÍLIO PARA MORADIA 10% da remuneração Até 5 anos Desde que não tenha moradia própria 38 b) assistência médica ao policial ou sua família, através de laboratórios, policlínicas, gabinetes odontológicos, pronto-socorro e outros serviços assistenciais. O funcionário policial em atividade, o aposentado e, bem assim, as pessoas de sua família, indenizarão, no todo ou em parte, financeiramente o órgão pela assistência médico-hospitalar que lhes for prestada, de acordo com as normas e tabelas que forem aprovadas (art. 34). Contudo, esse ressarcimento não será necessário quando o policial se encontrar hospitalizado ou em tratamento nas hipóteses de acidente de serviço e de doença profissional (art. 33). Em se tratando de trabalhos de prótese dentária, ortodontia, obturações, bem como pelo fornecimento de aparelhos ortopédicos, óculos e artigos correlatos, a indenização não poderá sofrer deduções, devendo ser feita pelo justo valor do material aplicado ou da peça fornecida (art. 34, parágrafo único). APOSENTADORIA As disposições trazidas no Capítulo V da Lei nº 4.878/65 sobre a aposentadoria do servidor abrangido pelo regime jurídico peculiar não possuem aplicação, visto que diversas normas posteriores sobrepuseram as regras da aposentadoria especial. Atualmente, a aposentadoria especial do servidor policial é regida pela Lei Complementar nº 51/1985 (com redação alterada pela Lei Complementar nº 144/2014 e pela Lei Complementar nº 152/2015). De acordo com esta norma, o policial aposenta-se obedecendo às seguintes regras: Indenização pela Assistência Médico- Hospitalar Não precisa indenizar Acidente de serviço Doença profissional Indenização conforme dispuserem as normas Trata-se de regra geral Indenização total Prótese dentária, ortodonia, obturações, aparelhos ortopédicos, óculos e correlatos 39 PRISÃO ESPECIAL O policial está sujeito a cometer infrações penais, seja em serviço ou no período de folga. Sua condição como policial não servirá para esquivar-se da sanção penal. No entanto, é plenamente compreensível que o servidor policial civil não possa permanecer recolhido junto aos presos comuns, pois seria o mesmo que sentenciá-lo à morte. Para evitar uma tragédia, a legislação específica previu que
Compartilhar