O reflexo aprendido condicionamento pavloviano

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O reflexo aprendido: condicionamento pavloviano 1
O reflexo aprendido: 
condicionamento pavloviano
Condicionamento pavloviano 
Aprendizagem de um novo reflexo, também conhecido como condicionamneto 
clássico ou condicionamento respondente
A descoberta do reflexo aprendido
Pavlov observou que outros estímulos, além da comida, também estavam 
eliciando salivação no cão.
Emparelhamento de estímulos
estímulo incondicionado (que causa resposta inata)+estímulo neutro
Prevendo, com base nos seus estudos anteriores, que a carne já tinha a função 
de eliciar respostas de salivação, mas que o som de uma sineta não, Pavlov 
apresentou o som da sineta logo antes de apresentar carne ao cão, registrando 
a quantidade de saliva. Pavlov repetiu várias vezes esse procedimento, 
denominado emparelhamento de estímulos.
O que é: O processo de pareamento de estímulos acontece quando são 
apresentados dois estímulos um incondicionado e outro neutro, 
simultaneamente, de modo que após algum tempo, ambos os estímulos sejam 
capazes de disparar a resposta comportamental
Ele observou que esse estímulo havia eliciado no cão a resposta de salivação, 
ou seja, o cão havia aprendido um novo reflexo: salivar na presença do som da 
sineta.
Estímulo neutro
NS- O som da sineta no começo é um estímulo neutro para a resposta de 
salivação: ele não elicia a resposta.
Estímulo incondicionado
US- a comida é um estímulo incondicionado para a resposta incondicionada UR 
de salivação- ou seja é inato 
Reflexo incondicionado
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Dizemos que a relação entre a carne e a resposta incondicionada de salivação 
é um reflexo incondicionado, pois não depende da aprendizagem para ocorrer
Reflexo Condicionado
O condicionamento foi estabelecido quando houve a aprendizagem de um novo 
reflexo, chamado de reflexo condicionado.
O reflexo condicionado é uma relação entre um estímulo condicionado-CS e 
uma resposta condicionada-CR
Estímulo neutro e estímulo condicionado
São o mesmo (no caso do exemplo é a sineta), porém em momentos diferentes 
ao longo do procedimento de emparelhamento.
Condicionamento pavloviano e o estudo de emoções
Se os organismo podem aprender novos reflexos, podem também a emitir 
respostas emocionais na presença de novos estímulos.
ex: caso do pequeno albert 
O primeiro passo foi identificar no repertório comportamental do bebê um 
reflexo inato (no caso foi: som estridente-estímulo- elicia susto ou medo-
resposta-)
Apenas para efeito de teste, o pesquisador verificou um 
conhecido reflexo: som estridente (estímulo) elicia susto ou 
medo (resposta).
Watson repetiu a martelada e observou respostas parecidas, 
concluindo que o estímulo “barulho estridente” é incondicionado para as 
respostas incondicionadas 
características de medo apresentadas pelo bebê Albert.
Feita essa verificação, o pesquisador fez outra: colocou 
próximo à criança um rato albino (estímulo) e, novamente, 
registou as respostas do bebê.
Observou-se que ele olhou para o animal por alguns instantes e, em 
seguida, tentou tocá-lo. Watson concluiu que Albert não tinha medo do 
pequeno 
ratinho.
Feita essa segunda verificação, o experimentador fez o 
emparelhamento do estímulo incondicionado (som estridente) 
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com o estímulo neutro (rato) para a resposta de medo.
termos
Neutro- não provoca reação
Incondicionado- não foi aprendido, não provoca reação mais vai começar a 
provocar
condicionado- foi aprendido
Exemplo dirigir na chuva
Alguém que, por exemplo, ao dirigir sob chuva, sofre um acidente, pode passar 
a ter medo de dirigir quando estiver chovendo.
Durante o acidente, houve o emparelhamento de alguns estímulos 
incondicionados para a resposta de medo (barulho, dor, impacto súbito, etc.) 
com um estímulo neutro para a 
resposta de medo (dirigir na chuva).
No caso do cão de Pavlov
Carne= estímulo
Produção de saliva= resposta inata
Emparelhamento= estímulo incondicionado (que causa resposta inata)+ 
estímulo neutro
depois do experimento:
Sineta= estímulo neutro
Carne= estímulo incondicionado
Produção de saliva= resposta condicionada
O reflexo se torna aprendido ao invés de inato quando ocorre o 
emparelhamento que causa o condicionamento
Generalização respondente
Após um condicionamento, estímulos que se assemelham fisicamente ao 
estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada em 
questão. Esse fenômeno é chamado de Generalização respondente
Isso acontece em função das semelhanças físicas (cor, tamanho, textura, 
forma etc) dos demais estímulos com o estímulo condicionado presente na 
situação de aprendizagem.
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Em alguns casos, a resposta condicionada de medo pode ocorrer na 
presença de partes do estímulo condicionado, como, por exemplo, o bico da 
ave, suas penas ou suas pernas.
Relação entre a generalização respondente e as propriedades da resposta 
eliciada
As propriedades da resposta eliciada (magnitude, duração e latência) 
dependerão do grau de semelhança entre os estímulos em questão
Quanto maior a semelhança desse outro estímulo com o estímulo 
condicionado que estava presente no momento do condicionamento, 
maior será a magnitude e a duração da resposta eliciada, e menor será 
a sua latência
Gradiente de generalização
A representação gráfica da variação nessas propriedades da resposta 
em função das semelhanças físicas entre os estímulos é denominada 
gradiente de generalização
A magnitude da resposta de medo eliciada diminui á medida que o 
estímulo apresentado vai diferenciando-se do estímulo condicionado 
original.
Respostas emocionais condicionadas comuns
Algumas emoções semelhantes a estímulos semelhantes em função de 
condicionamentos que são comuns em sua vida.
ex: Um estímulo neutro (perspectiva, visão da altura) que é emparelhado 
com um estímulo incondicionado (o impacto e a dor da queda). Após o 
emparelhamento, a simples “visão da altura” pode eliciar a resposta de 
medo
Extinção respondente
A resposta reflexa condicionada (salivar na presença do som) pode deixar 
de ocorrer se o estímulo condicionado (som) for apresentado repetidas 
vezes sem a presença do estímulo incondicionado (carne)
Quando um estímulo condicionado (CS) é apresentado várias vezes sem o 
estímulo incondicionado (US) ao qual foi emparelhado, seu efeito eliciador 
se extingue gradualmente.
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O CS começa a perder a função de eliciar a resposta condicionada até não 
mais elicia-la.
Para que um reflexo condicionado perca a sua força, o CS deve ser 
apresentado sem novos emparelhamentos com o US.
Extinção respondente e a força do reflexo
Após a extinção respondente ter ocorrido, ou seja, após determinado 
CS não mais eliciar determinada resposta condicionada (CR), a força 
do reflexo ( magnitude, duração e latência) pode voltar 
espontaneamente.
Recuperação espontânea
Por exemplo, alguém com medo de altura precisa, por algum motivo, ficar á 
beira de um lugar alto por um longo período de tempo. No início, todas as 
CR que caracterizam seu medo de altura serão eliciadas pela exposição á 
altura
Passado algum tempo de exposição sem que nada aconteça, o indivíduo 
não mais sentirá medo: terá ocorrido a extinção da resposta de medo dessa 
situação. Agora se a pessoa depois de alguns dias for forçada a ficar no 
mesmo lugar alto →
É possível que ocorra o fenômeno de recuperação espontânea, ou seja, o 
reflexo altura→medo ganha força outra vez, mesmo após ter sido extinto.
Sua força será menor nesse momento: o medo que a pessoa sente é menor 
do que aquele que sentia antes da extinção. Porém, ao ser exposta 
novamente ao CS sem novos emparelhamentos com o US, o medo tornará 
a diminuir, e as chances de uma nova recuperação espontânea ocorrer 
diminuem.
Contracondicionamento e dessensibilização sistemática
Existem duas técnicas para produzir a extinção de um reflexo de forma 
menos aversiva:o contracondicionamento e dessensibilização sistemática
Contracondicionamento
Consiste em condicionar uma resposta contrária áquela produzida pelo 
Cs
Por exemplo, se determinado CS eliciar uma resposta de ansiedade, o 
contracondicionamento consistiria em emparelhar esse CS a outro 
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estímulo que elicie relaxamento (uma música ou uma massagem, por 
ex.)
Dessensibilização sistemática
É utilizada com base na generalização respondente
Consiste em dividir o procedimento de extinção em pequenos passos.
Para utilizar a dessensibilização sistemática, seria necessário construir 
uma escala crescente de estímulos de acordo com as magnitudes que 
produzem, a chamada hierarquia de ansiedade
Depois da elaboração da hierarquia de ansiedade, o cliente é exposto a 
esses estímulos sequencialmente de forma repetida. Quando o estímulo 
inicial não mais elicia respostas de medo, o indivíduo é submetido ao 
item seguinte da hierarquia da ansiedade. Desse modo o cliente, será 
exposto a todos os estímulos da hierarquia até que o último não elicie 
mais respostas de medo
Condicionamento Pavloviano e as emoções
As palavras podem eliciar emoções, parte dessa “carga emocional” pode 
estar relacionada ao condicionamento respondente
O emparelhamento de algumas palavras com situações que eliciam 
sensações agradáveis ou desagradáveis pode fazer seus sons passarem a 
eliciar respostas semelhantes aquelas eliciadas pelas situações em que 
elas foram ditas
Condicionamento pavloviano de ordem superior
O que acontece se emparelharmos estímulos neutros a estímulos 
condicionados
Condicionamento de ordem superior
A sineta eliciou a salivação após o condicionamento. Então ele quis 
dizer que se for colocado o quadro negro junto com a sineta também iria 
eliciar a salivação. Então seria um tipo de segundo condicionamento, só 
que não mais pelo alimento e sim pela sineta que já estava 
condicionada e um objeto negro que era o quadro negro.
O condicionamento de ordem superior é um processo em que um 
estímulo previamente neutro passa a eliciar uma resposta condicionada 
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como resultado de seu emparelhamento a um CS que já elicia resposta 
em questão. Falamos sobre emparelhamento NS-CS
Basicamente é quando um estímulo neutro ao ser emparelhado 
com um estímulo condicionado (que já provoca resposta) começa 
a eliciar uma resposta.
Fatores que influenciam o condicionamento pavloviano 
Há alguns fatores que aumentam as chances de o emparelhamento de 
estímulos estabelecer o condicionamento, bem como definem o quão forte 
será a resposta condicionada. São eles:
Frequência dos emparelhamentos
Quanto mais frequente o CS é emparelhado com o US, mais forte será 
a resposta condicionada.
Tipo de emparelhamento
Respostas condicionadas mais fortes surgem quando o NS é apresentado 
antes do US e permanece durante sua apresentação
Intensidade do estímulo incondicionado
Um US intenso tipicamente leva a um condicionamento mais rápido. Ex: 
um jato de ar (US) direcionado ao olho elicia a resposta incondicionada 
de piscar 
Grau de predição do estímulo neutro
Para que haja condicionamento, não basta que ocorra apenas o 
emparelhamento NS-US repetidas vezes. 
Caso o NS seja apresentado muitas vezes sem ser seguido do US, o 
condicionamento será menos provável do que se o NS for seguido pelo 
US sempre que apresentado.
EX: um som que ocorre 100% das vezes antes da apresentação de 
alimento eliciará com maior probabilidade a resposta de salivação do 
que um que é seguido do alimento em apenas 50% das vezes.
RESUMINDO:
→ CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO:
Estímulo neutro+ estímulo incondicionado→ novo reflexo aprendido 
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→CONDICIONAMENTO DE ORDEM SUPERIOR
Estímulo neutro+ estímulo condicionado→ Eliacia resposta- 
*→= Emparelhamento de estímulo e eliciamento de resposta.