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Questionário ES1

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1- Qual a importância da anamnese no exame de rotina? 
 
R - Ela nos orienta através de todas as etapas envolvidas nesse processo para uma 
correta interpretação, a fim de orientar adequadamente a elaboração da história clinica do 
paciente, ajudando a selecionar os exames optométricos clínicos mais adequado para cada 
caso, evitando cair em ambiguidade, mal-entendidos ou repetições desnecessárias. ( antes de 
iniciar a anamnese, px precisa assinar dando “ciência”) 
 
 
2- Qual a diferença entre vista e visão? 
A vista ocorre apenas nos olhos enquanto a visão é a inter-relação entre os olhos e o 
cérebro. 
Nascemos com a vista, porém a visão se aprende. 
Podemos definir visão como um conjunto de habilidades para identificar, interpretar 
e compreender o que vemos. 
Estas habilidades vão se desenvolvendo progressivamente desde o nascimento, 
construindo-se uma sobre a outra e uma boa parte delas podem ser avaliadas em um exame de 
visão desenhado para detectar este tipo de problemas. 
 
VOCÊ SABIA? 
Que a visão não é um simples sentido do ser humano como normalmente se pensa? Na 
verdade, visão é uma condição tão complexa que vem sendo motivo de constantes estudos e 
pesquisa da neurociência visto ainda não existir um conhecimento completo de todo o 
processo neurológico que envolve a visão e das implicações causadas pelos transtornos deste 
sentido no ser humano. 
 
Hoje se sabe com segurança que existem mais de 35 áreas diferentes do cérebro que 
estão total ou parcialmente envolvidas com o processamento da informação visual. Além do 
que, só no nervo óptico do olho, existem mais de 1 milhão de fibras nervosas que ligam os 
olhos diretamente ao cérebro. Isto significa que temos mais núcleos cerebrais dedicadas à 
visão do que todos os outros sentidos juntos. 
 
De todas as informações sensoriais recebidas pelo cérebro, aproximadamente 80% 
estão envolvidas com a visão ou relacionadas com ela através de conexões cerebrais com os 
outros sentidos. 
 
Não existe mais dúvida que a visão é a principal via de entrada de informações do ser 
humano. Isto, por si só, é motivo suficiente para que tenhamos todos os cuidados com nossos 
olhos e com o respectivo sentido da visão. 
Não dependemos da visão apenas para ver. Também precisamos dela para andar, para 
o equilíbrio, falar, entender, estudar, calcular distâncias, ouvir, definir cores, ler, escrever, 
reconhecer rostos e figuras ou para lembrar de coisas. E por aí vai... 
 
De um modo geral, em tudo na nossa vida dependemos da visão. 
 
O que é a visão? 
A Visão, embora seja um dos sentidos do ser humano, não possui uma função isolada, 
visto que é totalmente relacionada com todo o corpo. O processo visual, está integrado com 
todos os sentidos, por isto, se manifesta na postura, habilidades manuais, inteligência e 
também na personalidade. 
O processo da visão é muito complexo. Se inicia no olho, órgão receptor que 
tradicionalmente tem sido atribuído como sendo o maior vetor do sistema visual. O olho, ao 
receber uma informação visual, recebida através da luz e captada pela retina, converte estas 
imagens em estímulos eletroquímicos que são transmitidas através do nervo óptico para 
diferentes áreas do cérebro, onde serão analisadas e relacionadas com outras informações para 
um processamento e interpretação do conteúdo captado pelas retinas dos dois olhos e 
transformadas em uma imagem única. 
Ao mesmo tempo, ocorrem, através do sentido da visão, outras entradas sensoriais que 
envolvem todo o organismo, com as mais variadas manifestações em cada uma das estruturas 
ou em todas ao mesmo tempo. O conjunto destas informações nos possibilitam as condições 
de vida. 
 
1.Equilíbrio. Coordena o equilíbrio estático e dinâmico dos olhos e do corpo (em 
conjunto com o sistema vestibular do ouvido médio, músculos e cerebelo). 
2.Visão periférica (que permite enxergar pontos à frente e ao redor do campo visual, 
contribuindo na percepção de movimentos e na visão noturna). MUITO IMPORTANTE: 
Estudos mostram que 99% dos acidentes de carro não são devidos a defeitos da acuidade 
visual. São por deficiência de visão periférica!!! 
 
3.Estereopsia (visão de profundidade ou em 3D, depende das condições de fusão da 
visão pelos dois olhos para correta interpretação entre as distâncias das imagens pelo 
cérebro). 
4. Sinestesia (fusão da visão com os outros sentidos). 
 
5. Cinestesia (permite o aprendizado da percepção das sensações e do movimento das 
partes do corpo). 
A visão depende da saúde dos olhos e de todas suas funções, bem como da integração das vias 
cerebrais com os outros sentidos. 
 
O que não deve ser confundido é a vista, (olhos), com visão (sentido que permite 
enxergar). Porque, na verdade, os olhos não tem nenhuma capacidade de definir imagens. Só 
o cérebro possui núcleos que são capazes de interpretar o que vemos, comparar com os 
arquivos já existentes para entender o que é, onde está, a que distância, definir cores, 
interpretar formas, reconhecer rostos e todas as propriedades necessárias para a conquista de 
um bom desempenho para uma ótima qualidade de vida. 
No processo do desenvolvimento da visão estão envolvidas várias habilidades que são 
apreendidas desde o nascimento e desenvolvidas em paralelo com o aprendizado de andar, 
falar e escrever. São necessário de 8 a 12 anos de vida para que o processo completo da visão 
esteja totalmente integrado no ser humano. Algumas destas habilidades são: 
* Acuidade visual: Para uma ótima discriminação das imagens à qualquer distância. 
* Movimentos dos olhos: Devendo conseguir seguir um objeto em movimento com 
precisão e saltar de um ponto para outro no espaço. 
* Localização: Focalizar em diferentes distâncias sem dificuldade. 
* Binocularidade: Coordenar e alinhar os olhos para perceber uma imagem única. 
* Estereopsia: Entender e diferenciar imagens em profundidade. 
* Integração visuo-motora: Coordenar com precisão os movimentos dos olhos com o 
movimento do tronco e dos membros, mãos e pernas. 
* Visão espacial: Reconhecer visualmente o espaço relacionado com o espaço-tempo 
e distâncias. 
* Integração visuo-auditiva: Coordenar a informação auditiva com a visual. 
* Percepção visual: Se define com a Interpretação da informação da visão, 
reconhecimento de imagem, memória visual, exposição etc. É através da visão que podemos 
determinar cores, formas, espessuras, textura, velocidades, ritmos, sons, exibição de palavras, 
conceitos de tudo que é projetado no espaço. 
* Resposta visual: A habilidade e a velocidade que a criança (ou adulto), possui para 
o reconhecimento visual, determina a precisão que terá na maioria das respostas tanto nas suas 
atividades cotidianas, no trabalho, bem como no aprendizado de novos conhecimentos. 
 
O desenvolvimento e a integração ou não destas habilidades terão permanente reflexos 
na vida da pessoa, tanto para uma boa adaptação como para um pior desempenho no cotidiano 
da vida ou no aprendizado escolar. 
As condições do aprendizado são determinadas pelo desenvolvimento da visão porque 
o desenvolvimento motor e da visão ocorrem sempre em paralelo. 
 
Basta observar como é o início das atividades de um bebê: começa prestando atenção 
aos objetos próximos, (mãe, pai, mãos rostos), em seguida, com o desenvolvimento, já presta 
atenção ao redor do quarto, olha objetos e coisas mais distantes, o que lhe permite reconhecer 
o espaço e sua relação com o entorno. Todas estas experiências possibilitam conquistar o 
equilíbrio, coordenando movimentos oculares cada vez mais precisos, o que proporciona a 
garantia para a consciência da percepção espacial e uma correta interpretação da informação 
visual. 
 
Cabe aos pais permitir que a criança tenha liberdade de horizontes e movimentos 
amplos para que ocorra um desenvolvimento sem empecilhos. A exploração do espaço 
fornece, através de estímulos adequados, experiênciasuficiente para a aquisição de conceitos 
básicos como aprender distâncias, tamanhos, formas etc. que serão essenciais para o futuro 
aprendizado e que mais tarde serão importantes para conhecimentos mais complexos como a 
leitura e a escrita. 
 
Conforme a criança tenha tido oportunidade de estabelecer conexões neurológicas 
desde a mais tenra idade, sem as tradicionais barreiras criadas por berços, chocalhos, 
andadores, roupas apertadas ou qualquer situação que inviabilize os movimentos dos olhos e 
do corpo, certamente o desenvolvimento ocorrerá com grande sucesso. 
 
Nos tempos atuais as necessidades visuais são muito grandes em virtude da pressa, 
competividade e necessidade de se permanecer sentado por horas frente ao computador, 
tornando frequente a existência de dificuldade de aprendizagem e da atenção em idade 
precoce, (TDDA), aparecendo posteriormente, problemas de desempenho na idade adulta. 
Muitas vezes as falhas são devido à má recepção por um processamento visual pouco ou mal 
desenvolvido. 
 
Nos dias de hoje, já se pode avaliar diferentes áreas cerebrais envolvidas com a visão 
para determinar "quais partes? precisam de um "novo treinamento?. Isto é possível graças a 
uma série de testes específicos desenvolvidos e realizados pela Optometria Comportamental. 
 
O profissional Optometrista Comportamental têm condições de avaliar quantitativa e 
qualitativamente o desenvolvimento da pessoa, determinando as condições, o estágio e a 
idade em que se encontra o desenvolvimento do avaliado. Com estes dados pode ser proposto 
um plano de tratamento de Terapia Visual para assegurar que o necessitado, criança ou adulto, 
receba estímulos em seu cérebro para recuperar o processamento que se encontra em atraso ou 
irregular, para voltar a receber de forma eficaz a informação visual, visto que o sentido da 
visão é a maior porta de entrada de informações que produzem os movimentos e o 
aprendizado. 
Agora já se pode entender que, quando um profissional prescreve uma correção óptica 
para melhorar a acuidade visual, está corrigindo apenas uma das inúmeras habilidades que a 
visão oferece e o ser humano necessita em sua vida. 
Estas "receitas? jamais estarão ajudando na recuperação de transtornos mais 
complexos como o estrabismo, lesões crânio/encefálicas, síndromes, diplopia ou ambliopia. 
 
A visão pode ser dividida em cinco submodalidades diferentes, que juntas, 
representam os aspectos que podemos identificar do Mundo que emite luz: 
 
1) Localização espacial, que nos permite identificar em que posição no campo visual 
aparece um determinado objeto que nos interessa; 
 
2) Medida da intensidade da luz, que possibilita estimar o brilho de cada objeto em 
relação ao ambiente; 
 
3) Discriminação de forma, que nos permite diferenciar e reconhecer os objetos pelos 
contornos; 
 
4) Detecção de movimento (sem movimento ocorre adaptação dos fotorreceptores, 
com perda da percepção); 
5) Visão de cores. 
Professor Vilmario A. Guitel 
CBOO 00050/Regional ? SP 02.0003 
 
Técnico em Óptica - SENAC - SP 
* Técnico em Óptica e Optometria 
(Especialista pela FIPE na CBO do Ministério do Trabalho e Emprego) 
* Bacharel em Optometria - Universidade do Contestado - Canoinhas SC 
* Pós Graduado em Alta Optometria - UNC - Canoinhas SC 
* Pós Graduação em Magistério do Curso Superior - UNC - Canoinhas SC 
* Curso Optometria Comportamental ? Instituto Thea - Florianópolis SC 
* Curso "Desenvolvimento Cerebral Infantil? ? Instituto Thea ? Florianópolis SC 
* Terapeuta Visual e Terapia Sintônica - Instituto Thea ? Florianópolis SC 
Fonte: 
Vilmario Antonio Guitel 
 
3 – Paciente míope, no afinamento bicromático do valor esférico enxerga melhor as 
letras do lado verde, qual o seu procedimento? 
 
R- Ele precisa ver melhor o vermelho. Neste caso diminui-se a potência do esférico 
para igualar o vermelho ou positivar que é a mesma coisa, ou seja, diminuir a potencia da 
lente negativa. (teste monocular feito no final) 
 
4 - Um míope de – 1,00 DP sem o uso de sua correção óptica acomoda quanto a 
40 cm? 
 
R – A = 1/D 
1/40 = 2,5 D 
2,5 - 1,00 = 1,5 D 
 
5 – Um hipermetrope de + 2,00 DP sem o uso de sua correção acomoda quanto a 
40 cm? 
 
R – A = 1/D 
https://opticanet.com.br/secao/colunaseartigos/10643/diferenca-entre-vista-e-visao
1/0,40 = 2,5 D 
2,5 + 2,00 = 4,5 D 
 
6 – Paciente sem alteração acomodativas, qual o esperado na diferença entre a 
retinoscopia estática e dinâmica? 
 
R- Ela é mais positiva de 0,50 e 0,75 do que na estática. Se ela for + positiva, o 
paciente terá excesso acomodativo 
 
Obs.: Ver valores esperados que Dany enviou. Renderson passar os testes de 
amplitude da Anyella, Sherd, Donders, Facilidade, Reservas e Flexibilidade. 
 
 
 
 
7 – Paciente de 25 anos, passa 12h por dia usando o celular e notebook, relata 
cefaleia frontal após esforço prolongado para perto e que no final do dia desfoca para longe. 
Retinoscopia estática: + 1,25 AO, dinâmica: - 0,25 AO, afinamento: - 0,25 AO. Quais testes 
deveriam ser feitos para o apoio diagnóstico? Qual o possível diagnóstico? Qual a sua 
conduta? 
 
R- Testes: Amplitude, flexibilidade,vergências. Na Retinoscopia Dinâmica uma falta 
miopia. 
Diagnóstico Possível: Excesso de Acomodação 
Conduta: encaminhar para TRV e TV. 
 
 
 
 
 
 
8 – Se na retinoscopia estática você não usar a lente de trabalho no olho que está 
sendo avaliado e encontrar: 
 
a) + 3,00, qual será o resultado final? + 3,00 – (+2,00) = +3,00-2,00 = +1,00 
b) -2,00, qual será o resultado final? -2,00 – (+2,00) = -2,00-2,00 = -4,00 
c) 000, qual será o resultado final? 000 – (+2,00) = +2,00-2,00=000 
 
Obs.:RL é uma lente positiva de +2,00 na retinoscopia estática. Ao término 
descontamos a RL de +2,00. Se encontrar negativo, ficará ainda mais negativo, pois será 
sempre -2,00. 
 
 
9 – Paciente usa um progressivo para correção de longe em AO +3,00 -0,50 x 
180° e para perto AO +5,25 -0,50 x180°. Qual a adição dessa lentes? 
 
R – Subtrai-se os esféricos para achar a adição. 
5,25 – 3,00 = 2,25 D ( Se fossem os dois positivos subtrairia) 
 
 
 
10 – Paciente reporta não enxergar bem para perto mesmo com os óculos que foram 
prescritos recentemente. Qual a sua conduta? 
 
R – Descartaria catarata. Confirmaria a lensometria, caso estivesse de acordo com a 
refração, verificaria a armação escolhida x índice de refração da lente, ângulo pantoscópio, 
tomadas de medidas e por final reavaliaria a demanda visual do px (sua distância de trabalho). 
 
11– Se a marcação da adição das lentes estiver do lado nasal , o que isso significa? 
 
R – Foi invertida, portanto o correto é: Adição temporal e marcação nasal 
 
12 – Faça a transposição e classifique o astigmatismo 
 
a) +1,00 -1,00 x 180 = 000 +1,00 x 90° 
( astigmatismo hipermetropico simples a favor da regra) 
 
b) +0,50 -1,00 x 90 = -0,50 +1,00 x 180° 
(astigmatismo misto contra regra) 
 
c) -3,00 -5,00 x 50 = -8,00 +5,00 x 140° 
(astigmatismo miopico composto obliquo) AMCO 
 
d) 000 -3,75 X 15 = -3,75 + 3,75 X 105 
( astigmatismo miopico simples a favor da regra) AMSWR 
 
e) +1,00 -0,25 x 70 = +0,75 + 0,25 x 160 
( astigmatismo hipermetropico composto contra regra) 
 
 
13 - A partir de qual AV devemos fazer o teste do PH (Pin Hole estenopeico)? 
 
R- Inferior a 20/40 
 
14- Se o paciente tem AV de 20/200 OD, fazemos o teste do PH e essa condição visual 
não melhora e até fica pior. Qual suspeita? 
 
R – Alteração Neurológica 
 
 
 
15 – Na refração subjetiva por miopização, com a AV devemos fazer o teste do Dial 
para ver possível astigmatismo? 
 
 R – 20/40 
 
16- Qual a diferença entre a hipermetropia: latente, facultativa, absoluta, manifesta e 
total? 
Obs.: Libro manual de Optometria 
 
Etiologia da hipermetropia 
 
Assim como na miopia, aceita-se a existência de um fator genético que influenciao 
aparecimento da hipermetropia. A hipermetropia leve é predominantemente hereditária, 
enquanto a hipermetropia alta é herdada de forma recessiva. Menos frequentes que as 
congênitas, também existem causas adquiridas como edema macular, tumores e outras 
patologias oculares que causam redução do eixo anteroposterior do olho. 
 
Fisiopatologia da Hipermetropia 
 
Fisiologicamente, a hipermetropia pode ser devida a vários fatores (Fig. 8-3). 
 
Hipermetropia axial 
 
Na hipermetropia axial, as partes refrativas do olho são normais, porém, o 
comprimento do eixo anteroposterior está diminuído, ou seja, o olho é menor que o 
normal. A hipermetropia também pode ser causada por um aumento na distância entre o 
cristalino e a córnea como resultado de um deslocamento posterior do cristalino. 
 
Hipermetropia de curvatura 
 
Ocorre como resultado do aumento do raio de curvatura da córnea ou do cristalino, 
principalmente da córnea, que tem menos potência do que o necessário. 
 
 
Hipermetropia de índice 
 
Ocorre como consequência de uma diminuição do índice de refração (n) do cristalino e 
humor aquoso ou seu aumento no vítreo, embora a contribuição do índice de refração seja 
mais teórica do que clínica. 
 
Hipermetropia conformacional e alta Hipermetropia conformacional 
 
 Quando todos os elementos envolvidos na refração ocular tomados separadamente 
 
são normais, porém o olho é hipermétrope devido a uma incompatibilidade entre eles. 
 
 
 
Alta hipermetropia 
 
 O olho é muito curto, seu tamanho total é reduzido (é essencialmente hipermetropia 
axial) e suas curvaturas são achatadas. Pode estar associada a outras patologias e condições 
oculares ou sistêmicas como: microcórnea, tumores do pólo posterior, descolamento de retina, 
deslocamento ou extração do cristalino, nistagmo, diabetes ou retardo mental. 
 
 Hipermetropia latente, manifesta e total 
 
 É útil na prática clínica classificar a hipermetropia com base no uso de acomodação 
(Fig. 8-4). 
 
 
Figura 8-4 Diagrama que ilustra os conceitos de hipermetropia latente, hipermetropia 
manifesta, hipermetropia facultativa, hipermetropia absoluta e hipermetropia total. 
 
Hipermetropia latente 
 
É a quantidade de hipermetropia que é compensada pelo tônus do músculo ciliar. Em 
condições normais, o tônus muscular compensa fisiologicamente uma hipermetropia de 
aproximadamente 1,00 D, cuja correção não é indicada por causar AV ruim. Do ponto de 
vista clínico, a hipermetropia latente também é chamada de hipermetropia manifestada pelo 
uso de drogas cicloplégicas. Segundo os autores, há hipermetropia devido ao tônus do 
músculo ciliar (1,00 D) que não consegue relaxar mesmo com o uso de drogas cicloplégicas, 
enquanto outros usam esse nome para se referir à hipermetropia que se manifesta com 
cicloplegia. 
Hipermetropia aberta 
 
É a hipermetropia que não é corrigida em condições normais e é detectada por refração 
subjetiva sem cicloplégicos. Pode ser dividida em: 
 
• Hipermetropia facultativa: é o defeito de refração que pode ser compensado pela 
estimulação da acomodação. Difere da hipermetropia latente na medida em que a 
hipermetropia facultativa pode ser compensada pelo sujeito estimulando sua acomodação e 
relaxando com o uso de lentes positivas, enquanto a hipermetropia latente é compensada pelo 
tônus do músculo ciliar e não pode relaxar à vontade ou com o uso de lentes positivas. 
 
• Hipermetropia absoluta: corresponde à quantidade de hipermetropia que não pode ser 
compensada com acomodação. Neste caso, a visão à distância ficará turva e serão necessárias 
lentes positivas para alcançar a unidade AV. 
 
Na maioria dos casos, todos os tipos de hipermetropia estão presentes, exceto no caso 
de hipermetropia total, quando a amplitude de acomodação é zero e a totalidade da 
hipermetropia corresponde à hipermetropia absoluta, pois não há acomodação que possa 
compensar a hipermetropia. 
 
Hipermetropia completa 
 
É a hipermetropia que se obtém com a soma da hipermetropia latente mais a 
hipermetropia manifesta. Em numerosas ocasiões é evidenciado por refração sob 
cicloplegia. Portanto, uma pessoa hipermétrope que não é capaz de compensar sua ametropia 
com acomodação terá AV ruim à distância, pois não pode colocar a imagem na retina. Ao 
colocar cristais positivos cada vez mais altos, a imagem é aproximada da retina de tal forma 
que o VA 1.0 é alcançado. Ao coincidir com a retina, a hipermetropia absoluta está sendo 
corrigida neste momento, o restante do erro refrativo será compensado com o máximo esforço 
do seu acomodador. Ou seja, a hipermetropia absoluta é corrigida com a lente positiva de 
menor potência que permite um VA de 1,0. Continuando a aumentar a potência positiva do 
vidro corretivo, a AV não deve variar, pois à medida que a potência da lente aumenta, a 
acomodação relaxa, mantendo a Imagem na retina, até que o esforço acomodativo relaxe 
completamente. O valor deste cristal corresponde à clarividência manifesta. A partir desse 
momento, se a potência positiva da lente for aumentada, o AV começa a diminuir, pois a 
imagem ficará localizada na frente da retina. A hipermetropia opcional será a diferença entre 
os valores de hipermetropia manifesta e absoluta. Quando a acomodação é paralisada por 
drogas cicloplégicas, pode ocorrer mais hipermetropia do que a observada sem cicloplegia, 
denominada hipermetropia total. A diferença entre a hipermetropia manifesta e a 
hipermetropia total é a hipermetropia latente. 
 
 
 
17- O nervo oculomotor comum (III) inerva quais músculos? 
 
R - Inerva todos os músculos extra oculares, exceto reto lateral (inervado pelo nervo 
abducente) e o obliquo superior (inervado pelo nervo troclear). Também inerva o elevador da 
pálpebra superior, músculos ciliares e esfíncter papilar. 
Origem: Núcleo de Edinger-Westphal 
Imprimir página 246 e 247, 409, 410, 411,534 do livro de neuro ciências/ 
desvendando o sistema nervoso 
 
18- Na infralevoversão quais músculos estão sendo avaliados como agonista? 
 R - Na supralevoversão e na infralevoversão, o grupo ativo é o oblíquo esquerdo, ou 
seja, os retos superior e inferior esquerdos e os oblíquos inferior e superior direitos. Na 
supralevoversão, os músculos efetores são o reto superior esquerdo e o oblíquo inferior 
direito. O reto inferior esquerdo é o antagonista ipsilateral e o oblíquo superior esquerdo é o 
antagonista contralateral. Na infralevoversão, os músculos efetores são o reto inferior 
esquerdo e o oblíquo superior direito. O reto superior esquerdo é o antagonista ipsilateral e 
o oblíquo inferior direito é o antagonista contralateral. 
 
Imprimir pagina 489,500, do livro estrabismos jo´se pereira 
 
 
 
Movimentos Oculares 
 
Os globos oculares são suspensos nas órbitas por músculos extraoculares, gordura 
orbital e tecido conjuntivo que circunda o globo ocular. O olho gira neste meio, graças à ação 
dos músculos extraoculares. Os músculos extraoculares são 6 músculos estriados, 4 retos e 2 
oblíquos: reto superior (RS), inferior (RI), médio (RM) e lateral (RL) e oblíquo superior (OS) 
e inferior (OI). . Os músculos reto medial, oblíquo inferior, superior e inferior são inervados 
pelo terceiro nervo craniano ou pelos nervos oculomotor ou oculomotor; o reto lateral é 
inervado pelo sexto nervo craniano ou abducente ou oculomotor externo, e o oblíquo superior 
é inervado pelo quarto nervo craniano ou troclear ou patético. Cinco dos músculos 
extraoculares (exceto Ol) originam-se do ápice orbitário, ao redor do anel de Zinn (anel que 
circunda a entrada do nervo óptico para a órbita), o oblíquo inferior origina-se do osso nasal 
orbitário. Os músculos retos seguem as paredes da órbita até se inserirem na esclera ao redor 
do limbo esclerocorneano às 12, 9, 6 e 3 horas, as inserções ocorrem em diferentes distâncias 
do limbo(5,5 mm em RM e IR, 6, 9 mm para o RL e 7,7 mm para o RS) gerando o que é 
conhecido como espiral de Tillaux ao redor do limbo (Kaufman & Alm, 2003). O oblíquo 
superior percorre a órbita em direção superomedial até atingir a tróclea, na parede orbital 
superomedial, daí segue posteriormente e inferiormente seguindo a curvatura do globo ocular 
até se inserir na posição superior e póstero-lateral do globo ocular. O músculo oblíquo 
inferior cursa inferior e posterolateralmente através da órbita para se inserir no aspecto 
inferior e posterolateral do globo ocular. 
 
Para entender o movimento dos olhos, devemos considerar vários pontos: Primeiro, o 
globo ocular se move em torno de seu centro geométrico com três graus de liberdade em 
função dos três eixos x, y e z, conhecidos como eixos de Fick. Movimentos verticais são 
feitos em torno do eixo x, movimentos horizontais em torno do eixo y e movimentos de 
torção em torno do eixo z. Em segundo lugar, na posição de olhar primário, o eixo visual em 
relação à fixação do músculo forma um ângulo de 23° com os músculos retos superior e 
inferior e um ângulo de 55° com os músculos oblíquos (Grosvenor, 2005). E em terceiro 
lugar, considerando que o olho se assemelha a um corpo esférico que gira em torno de um 
eixo, quando a parte da frente do olho se move para baixo, a parte de trás se move para cima e 
vice-versa. 
 
Os movimentos dos músculos extraoculares são classificados de acordo com a ação 
primária, secundária e terciária que exercem. A ação primária corresponde ao maior efeito 
realizado quando o olho está na posição de olhar primário. Enquanto as ações secundárias e 
terciárias são aquelas que são subsidiárias da ação primária (Kanski. 2006). As ações de cada 
músculo estão detalhadas na tabela a seguir: 
 
 
Adução é o movimento nasal do olho e abdução é o movimento temporário do 
olho. A elevação é um movimento ascendente e a depressão é um movimento 
descendente. A torção é o movimento de rotação do olho, a partir da 12ª hora da córnea, em 
direção ao lado nasal, e a extorsão é o movimento de rotação da 12ª hora em direção ao lado 
temporal. Os movimentos de torção são limitados dependendo da orientação horizontal e 
vertical, eles são necessários para compensar as inclinações da cabeça para manter a posição 
da imagem deslocada. 
 
Como as ações musculares são compartilhadas e cada posição do olhar é um equilíbrio 
entre diferentes músculos, é necessário fazer algumas considerações para avaliar os 
movimentos musculares. 
 
Quando a cabeça permanece fixa, a lei de Listing afirma que apenas as orientações de 
torção zero do olho são permitidas (Kaufman & Alm, 2003). Isso permite avaliar as ações de 
levantamento e abaixamento tanto dos retos superior e inferior quanto dos oblíquos, sem 
mostrar componente de torção. Para avaliar essas ações musculares, o ângulo de inserção dos 
músculos deve ser considerado. Os movimentos de elevação e depressão na posição primária 
do olhar são movimentos conjugados que envolvem a ação muscular tanto do reto quanto dos 
oblíquos. Quando o globo ocular é colocado na posição de abdução de 23°, coincidindo com 
o ângulo de inserção dos retos superior e inferior, o eixo visual coincide com a linha de 
tração, isso significa que os músculos retos só podem realizar a ação de elevação e depressão , 
esta é a melhor posição para examinar o reto. Na posição de 55° de adução, o eixo visual 
coincide com a linha de tração dos oblíquos, podendo atuar apenas como elevador ou 
depressor (Kanski, 2006). Devemos lembrar que a inserção dos oblíquos é na posição 
posterior do globo, portanto, ao puxar o 
o oblíquo superior produzirá depressão do olhar (elevação da área posterior do globo), 
da mesma forma que o oblíquo inferior produzirá elevação do olhar. 
 
Os movimentos oculares podem ser classificados em monoculares (duções) e 
binóculos, enquanto os binóculos podem ser conjugados (versões) ou disjuntivos 
(vergência). Os movimentos binoculares conjugados ou de versão implicam a capacidade de 
olhar em diferentes direções mantendo a simetria e direção, enquanto os movimentos 
disjuntivos ou de vergência implicam movimentos simétricos mas em direções opostas, para 
eliminar a disparidade retiniana, podem estar mais próximos (convergência) ou separados 
(divergência). 
 
Dentro dos movimentos binoculares também teremos os movimentos sacádicos e de 
rastreamento. Movimentos sacádicos são movimentos bruscos, involuntários e rápidos que 
são usados quando se quer variar a atenção de um objeto para outro dentro do campo visual, 
esses movimentos são usados durante a leitura. Os movimentos de rastreamento, por outro 
lado, são necessários para manter a visão fixa em um objeto que se move pelo campo visual, 
são movimentos lentos e contínuos. 
 
 Para testar as ações musculares, o paciente é solicitado a seguir um estímulo de luz 
apenas com o olhar, mantendo a cabeça fixa, e os músculos são testados em movimento em 
direção às posições do olhar conhecidas como posições diagnósticas. É importante que o 
examinador avalie a posição do reflexo devolvido pela córnea em relação ao centro da pupila, 
isso lhe permitirá saber se o paciente está fixando a luz corretamente. Como pode ser visto na 
Figura 9.1, a ação muscular do reto medial será aduzida, a do reto lateral será abduzida e a do 
reto superior e inferior será de elevação e depressão, respectivamente, na posição 23 de 
abdução. , e a dos oblíquos superior e inferior será a depressão e a elevação, respectivamente, 
na posição de 55° de adução. As posições diagnósticas são nomeadas de acordo com a 
localização em relação ao paciente, à direita, as posições da mão direita, e à esquerda, a 
posição da mão esquerda, à qual se soma se as posições são para cima ou para baixo, ou nada 
se olhar a posição é horizontal e, finalmente, se é dução ou versão. Os nomes das posições 
são mostrados na Figura 9.1. A avaliação dos movimentos oculares é descrita abaixo. 
 
19- Quais são os pré-requisitos para avaliação de PPC? 
 
R - Examinador – Px não deve ter tropia, desnecessário em px presbitas 
Teste – Considerar a AV de perto de ambos os olhos ao realizar o teste 
Paciente – Ter menos de 50 anos 
 
20- O que o PPC (Ponto próximo de convergência) realizado com o objeto real avalia? 
 
R - Diplopia e Supressão (um dos olhos se desvia). 
 
 
 
Anotação e Normas 
 Anotar PPC com objeto real (OR), com luz (SF) e com luz e filtro vermelho 
(FR): ruptura/recuperação (cm) 
 Valores normais: Rasgo 6-10 cm. Não mais de 15 cm. para nenhum dos 3 
resultados; diferença de recuperação de quebra <4 cm. O valor com OR deve ser menor que 
SF e ambos devem dar um valor menor que com FR. 
 
Interpretação 
O resultado do PPC deve estar relacionado aos dados do Cover Test, aos sintomas de 
visão de perto e acomodação. Os valores de PPC remotos geralmente estão associados a 
reservas fusionais positivas diminuídas (particularmente em Luz e Luz + filtro) e imagens de 
anormalidades da visão binocular, como insuficiência de convergência (consulte o Capítulo 
14) e, portanto com alta exoforia, sintomas de astenopia ao trabalhar em visão de perto, 
quebras de linha e problemas de acomodação associados (ver Capítulos 13 e 14). Assim 
mesmo uma diferença maior que 4cm de recuperação indica uma maior severidade no quadro. 
(Scheiman y Wick, 1996). 
 
 
 
 
 
 
21- Quais são os pré-requisitos para realização de retinoscopia estática e cover teste? 
 
Retinoscopia Estática Cover Teste 
Examinador: Estar corrigido 
 
Do teste: Avaliar OD com OD e 
OE com OE. Respeitar a altura e a posição 
dos olhos do PX 
 
Do paciente: Possuir fixação 
central, colaborar mantendo o olhar em 
frente para a luz do retinoscópio 
Examinador: Fazer o teste de 
Hirschberg e Ângulo Kappa previamente 
 
Do teste: Não varie a distância do 
teste durante asetapas 
 
Do paciente: Fixação central, sem 
limitações musculares. Manter a fixação e 
atenção com e sem correção 
 
22- Qual a diferença entre Krimsky e White? 
 
R - Na consulta quando se é observado um estrabismo, o ângulo de desvio deve ser 
medido e detectado por meio de testes como Krimsky e White, assim como o Cover Test. 
Ambos permitem observar tanto a tropia (estrabismo manifesto) quanto a foria. 
 
Krimsky White 
Determinar o ângulo de desvio 
com fixação excêntrica. O tipo de desvio. 
Adiciona-se prismas no olho fixador 
(dominante) para correção do desvio até 
que o reflexo de luz seja simétrico. 
 
 
 
 Aplicado em px cujo teste Kappa já 
tenha sido realizado 
 
Anota-se qualitativamente seguido 
pelo valor prismático com o qual os 
Realiza uma interpretação dos 
reflexos corneanos principalmente em um 
paciente com fixação excêntrica. Obtém-
se o tipo de desvio ocular e o valor do 
prisma com o qual estão centradas as 
reflexões, tendo como referência o olho 
desviado. 
 
Aplicado em px cujo teste Kappa 
já tenha sido realizado 
 
Anota-se qualitativamente seguido 
pelo valor prismático com o qual os 
reflexos corneanos foram centrados 
 
reflexos corneanos foram centrados 
 
https://prezi.com/4npwgb3vtowr/krimsky-white-y-cover-test/ (vídeo bacana) 
 
23- Qual o princípio óptico do oclusor? Pensando no princípio óptico, qual a diferença 
do totalmente opaco para o translúcido? Em quais pacientes você irá usar e por que? 
 
R - O principio óptico do oclusor é o fechamento de uma abertura natural, não deixa 
passar a luz 
A diferença do totalmente opaco para o translucido é que o opaco não deixa passar a 
luz enquanto o translucido deixa. 
O preto para o cover teste é o melhor, pois dissocia. Já o translucido para pacientes 
com nistagmo por exemplo. 
 
24- Quais as camadas da córnea que podem ser avaliadas com seção óptico na 
lâmpada de fenda? 
 
R – Epitélio, Estroma, Endotélio, Membrana de Browmam e Membrana de Decement 
 
 
https://prezi.com/4npwgb3vtowr/krimsky-white-y-cover-test/
25 – Quais são os tipos de iluminação mais utilizados na lâmpada de fenda? Explique 
sobre cada uma. 
 
Técnicas de Iluminação 
 
Difusa 
 
Descrição: Feixe de luz circular ou difuso que é direcionado obliquamente ao 
segmento anterior. É usada iluminação baixa a média, com o uso opcional de um filtro difusor 
Magnificação: Curto 
Ângulo de Iluminação: 45 graus 
 
Avaliação: 
 Visão geral de pálpebras e cílios 
 Conjuntiva e carúncula 
 Esclera e vasos sanguíneos 
 Córnea 
 Ìris e pupila 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paralelepípedo (Direta) 
 
Descrição: O feixe de luz é focado na área a ser observada. O paralelepípedo é uma 
fenda larga (1 a 3 mm) formando um volume sólido, focado na estrutura a ser examinada. 
Uma intensidade de luz baixa a média é usada. 
 
Magnitude: Baixo a médio 
 
Ângulo de Iluminação:30 a 45 graus 
 
Avaliação: 
 Córnea 
 Nervos corneais, cicatrizes 
 Abrasões infiltradas, dobras e estrias 
 Supervisão da lente 
 Avaliação de adaptação de lentes de contato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Van Herick 
 
Descrição: Consiste em uma seção óptica que é focada no limbo para que a “seção 
transversal” do feixe de luz da seção óptica corte a córnea e borre a íris. A largura do corte da 
córnea é comparada à distância entre a íris e a córnea posterior, ou seja, o intervalo aquoso. 
Magnificação: Curto 
Ângulo de Iluminação: 60 graus 
Avaliação: 
 O objetivo é determinar o quão perto a íris está da superfície corneal posterior 
na zona límbica. Esta técnica é utilizada para estimar a profundidade da câmara anterior (AC). 
A relação normal deve ser de % a % da espessura da seção da córnea. Igual ou menor que % 
estamos diante de um AC moderamente estreito – CAMARA ANTERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secção Óptica (Direta) 
 
Descrição: o feixe de luz vai ser focado na área a ser observada. Uma seção óptica é 
usada, ou seja, uma fenda fina (< 1 mm), que é focada na córnea. A intensidade da luz média 
alta é usada. 
Magnificação: Baixo e médio / entre 10x e 16x 
Ângulo de iluminação: 30 a 45 graus 
Avaliação: 
 Estimar a espessura da córnea 
 Determinar a profundidade dos corpos estranhos ou corneais 
 Opacidades 
 Irregularidades da córnea 
 Filme lacrimal pode ser avaliado com fluoresceína (filtro azul cobalto) 
 
 
 
26 – Se o paciente só consegue enxergar a linha do 20/200 a um metro e meio com o 
ortoptipo para 6 metros, qual a AV? 
 
R - A/V 20/800. O que um vidente total enxerga a 20 metros, este paciente enxerga a 
1,5 metros 
 
 
 
 
 
27 – Quais são as causas das miras irregulares na ceratometria? 
 
R - As medidas da córnea são feitas através das miras. Quando as miras apresentam-se 
irregulares, as córneas estarão irregulares. Portanto, causas como: 
 Paciente não está olhando na objetiva do aparelho 
 Problemas de calibragem do aparelho 
 Problemas de limpeza do aparelho 
 Ectasia na córnea como ceratocone, córnea irregular, traumatismos, edemas, 
patologias, etc 
 
28- Se o paciente apresenta a seguinte ceratometria: 
Qual o possível astigmatismo total? 
 
OD 43,00 / 46,00 X 90° 
ACT - - 3,00 x 90° 
Passou de 2,00 D 
Total da Refração: - 3,00 x 90° 
 
OE 44,00 / 45,50 X 90° 
ACT – - 1,50 x 90° 
AL – - 0,50 x90° 
Total da Refração: - 2,00 x 90° graus 
 
Leis de Javal: 
1- Só se aplica a Lei de Javal em ACT até 2,00 
2- Quando os eixos de ACT e AL forem a favor da regra subtrai 
3- Quando ACT e AL forem contra soma 
4- Quando o ACT for obliquo ali já será o resultado, pois o AL não influenciará 
 
ACT – Astigmatismo corneano que encontramos ao realizar a ceratometria 
AL – Astigmatismo Lenticular que é encontrado no cristalino, será sempre 90°/contra 
regra. Podendo ser de 050 x 90° ou 0,75 x 90° 
 
Lei de Javal: 
 
O cálculo do astigmatismo corneano é simples, o meridiano mais curvo é subtraído do 
meridiano principal mais plano, sendo o eixo astigmático o mesmo do meridiano mais plano 
(observe que o sinal será sempre negativo). 
Exemplo: 
 
OD 43,00 x 5° // 46,00 x 95° 
Ás da córnea: -3,00 x 5° 
 
A lei de Javal nos ajuda a conhecer uma aproximação do astigmatismo refrativo total 
do paciente usando o astigmatismo corneano e pode ser escrita como mostrado em (Schwartz, 
2013). 
 
Estimativa As Ref.= 1,24x(corne As)- 0,50 x 90 
 
Como simplificação desta equação, Grosvenor et al. propôs a seguinte regra 
(Grosvenor, Quintero, & Perrigin, 1988): 
 
Estimación As Ref. As corneal- 0,50x 90 
 
Ambas as fórmulas só funcionam para o astigmatismo com a regra e contra a regra, 
não se aplicando ao astigmatismo oblíquo. Além disso, ambos funcionam para fins 
estatísticos, podendo ter variações de até ±1,00 D, atingindo apenas ±0,50 D para 66% dos 
casos (Mary Elliott, Murchison G. Callender, 1994). 
 
O valor médio é considerado 44,00 D de curvatura corneana para um olho emetrópico, 
usando isso pode-se inferir um valor aproximado do valor refrativo esférico. Esses dados 
podem ser úteis para conhecer o tipo de ametropia do paciente, que pode ser de curvatura ou 
axial dependendo do valor ceratométrico. Como exemplo podemos analisar um paciente com 
44,00 D em sua ceratometria mas que está com miopia refrativa de -3,00 D, podemos inferir 
que sua ametropia é de origem axial. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=toGu1KgVJ-s – Ceratometria Guilherme 
https://www.youtube.com/watch?v=G_1uY3lTVNo – Ceratometria – Paulo Vellozo 
Imprimir apostila de ceratometria do 4 periodo (na pasta) 
Imprimir folha 14 a 18 da apostila Optometria 52 
 
29 – Qual é o valor real da seguinte ceratometria: 47,75 / 47,50 x 90° graus, sendo que 
a medida foi feita com a lente ortogon de + 1,25? 
 
R - Soma-se 9,00D 
56,75 / 56,50 x90° 
 
30 – Como proceder quando na ceratometria a curvatura é menor de 36,87 ou maior de 
63,00D? 
 
R - Quando a curvatura for menor de 36,87 D adiciona-se no sistema óptico a lente 
Ortogon de -1,00 D devido a córnea ser muito plana e reduz 6,00D. 
Quando a curvatura for maior de 63,00 D adiciona-se no sistema óptico a lente 
Ortogon de +1,25 D devido a córnea ser muito curva e soma-se 9,00D. 
 
31 – Ao realizar o teste de Donders, o paciente relata não conseguir ler mais o texto a 
distância de 20 cm. Qual a amplitude de acomodação? 
R - A A– 1/D 
 A A – 100/20 = 5,00 D 
 
32 –Quais são as artérias que irrigam a zona macular? 
 
R - As cariocapilares da coroide 
https://www.youtube.com/watch?v=toGu1KgVJ-s
https://www.youtube.com/watch?v=G_1uY3lTVNo
 
Livro issu, pag 512: https://issuu.com/computadorseguro/docs/01_anatomia 
 
 
 
 
https://issuu.com/computadorseguro/docs/01_anatomia
33 – Desenhe a anatomia macroscópica da retina com seus nomes correspondentes: 
 
 
 
34- Paciente com 25 anos, motivo da consulta: dor intensa OE, fotopsias, fotofobia e 
perda súbita do campo visual. Quais os possíveis diagnósticas? 
 
R - Glaucoma, uveítes, descolamento de retina, oclusão da artéria central da retina ou 
da veia central da retina, possíveis inflamações no nervo óptico e condições neurológicas, 
como infarto cerebral. 
 
35 – Qual a diferença entre hiperemia conjuntival e injeção ciliar? Sinalizam como 
sinais clínicos de quais prováveis diagnósticos? 
 
 
 
 
36 – Quais valores normais da PIO? 
 
R - Entre 10 a 21 mmHg 
 
37 – Desenhe o controle supranuclear para os movimentos horizontais sacádicos 
olhando para a direita. 
 
 
 
 
 
 
38- Desenhe o controle supranuclear para os movimentos horizontais de seguimento 
olhando para a esquerda. 
 
R - A questão 37 invertida 
 
39 – Desenhe o controle supranuclear para os movimentos verticais 
 
 
 
 
 
40- Qual diferença de versões e ducções? Quais são as leis de inervação? 
 
Ducções é feito monocularmente e Versões binocular. 
 
Leis da Inervação: 
 
Lei de Sherrington e Inervação Reciproca 
 
Lei de Sherrington 1 
o aumento da inervação no músculo agonista é acompanhado por uma redução da 
inervação no músculo antogonista. Por outras palavras, existe uma regulação da tensão no 
músculo antagonista por parte do músculo agonista e vice-versa 
**A lei de Sherrington aplica-se a todos os músculos estriados do corpo e não 
apenas aos meo** 
 
 
 
 
 
Lei de Sherrington 2 
 
Em levoversão, contração aumentada (+) da direita reto medial (RMR) e reto lateral 
esquerdo (LLR) está acomodando acompanhado pela diminuição do tônus (0) da direita 
antagônica lateral (RLR) e reto medial esquerdo (LMR). 
 
Lei de Sherrington 3 
 
Lateral ((RLR) e reto medial esquerdo (LMR). Atividade aumentada de ambos os 
músculos retos mediais e tônus diminuído de ambos os músculos retos laterais durante a 
convergência. C, Contração e relaxamento do músculo oposto 
 
Lei de Sherrington 4 
 
Contração e relaxamento de grupos musculares opostos na dextrocicloversão quando a 
cabeça é inclinada para o ombro esquerdo, RSO, oblíquo superior direito; RSR, reto superior 
direito; LSO, oblíquo superior esquerdo, LSR, reto superior esquerdo; RIO, obliquo inferior 
direito: RIR, reto Inferior direito; LLO, oblíquo inferior esquerdo; LIR, reto inferior esquerdo. 
 
Lei de Hering da igual inervação 1 
Segundo a lei de Hering de os músculos conjugados de cada olho recebem enervação 
igual e simultânea. A magnitude da inervação é determinada pelo olho fixador, isto significa 
que o angulo de desvio entre os dois olhos (estrabismo) pode variar de acordo com o olho que 
se encontra a fixar. O desvio primário, por exemplo em desvios paréticos, é normalmente 
determinado com o olho normal a fixar. 
Lei de Hering da igual inervação 2 
A lei de Hering implica que os músculos extraoculares não recebem inervação de 
forma isolada ou que apenas músculos de um olho recebam inervação. Os impulsos para 
realizar um movimento ocular são sempre integrados e todos os movimentos são conjugados. 
Movimentos oculares desconjugados correspondem tipicamente a situações patológicas 
Lei de Hering da igual enervação 3 
“A Lei de Hering aplica-se apenas a músculos extraoculares. Não há músculos no 
corpo que sejam funcionalmente inter-relacionados, como são os pares de músculos do olho ” 
Quando um impulso p/ a realização de um movimento ocular é enviado, os músculos 
correspondentes recebem inervação igual p/contrariar ou relaxar. Esta é a lei básica da 
inervação ou lei da correspondência motora dos olhos inicialmente proposta por Hering. A lei 
de Hering explica os desvios primários e secundários nos estrabismos paréticos. 
Lei de Hering da igual enervação 4 
A convergência assimétrica foi citada como um exemplo que refuta a lei de Hering, 
pois parecia que inervações desiguais poderiam ser enviadas aos dois olhos. Este não é o caso. 
 
 
 
 
 
Lei de Hering da igual enervação 8 
 
Durante a levoversão, os músculos reto medial direito e reto lateral esquerdo recebem 
um fluxo de inervação igual e simultânea. 
 
Lei de Hering da igual enervação 9 
 
Durante a convergência, os músculos retos mediais direto e esquerdo recebem 
inervação igual e simultânea. 
 
Lei de Hering da igual enervação 10
 
Quando a cabeça está inclinada para a esquerda, os grupos de músculos que 
controlam a exciclodução do olho direito e na ciclodução do olho esquerdo recebem 
inervação igual e simultânea. No entanto, a inclinação da cabeça é apenas parcialmente 
compensada pelas rotações das rodas dos olhos. 
 
 
 
41- Se o paciente tem fixação excêntrica, quais testes da ficha clínica você não precisa 
realizar? 
 
R - PPC, Cover Teste e RE 
 
42 – Qual a diferença de cover teste ser feito com luz e objeto real? Qual você faz e 
por que? 
 
Dependerá de qual objetivo da avaliação. 
Exemplo: Px faz leitura pelo celular ou eletroeletrônicos? Com certeza o objeto com 
luz será mais interessante. Px faz uso da leitura através de livros? O objeto real será mais 
interessante. O Objeto real também é muto interessante para crianças, para que haja uma 
maior colaboração. 
Obs.: Em “saúde e bem estar” no celular aparece o tempo que o px permanece no 
celular. Existe um aplicativo que calcula quanto de miopia ele terá daqui a X anos. 
 
43 – Se você coloca binocularmente no paciente prismas base temporal, quais são as 
reservas que estão sendo analisadas? 
 
Reserva Fusionais Positiva (RFP) – Mede a convergência 
 
44 – Qual o resultado esperado no teste de luzes de Worth? 
 
Vê 4 pontos: Visão binocular normal 
Vê 2 pontos vermelhos : Supressão em um dos olhos 
Vê 3 pontos verdes: Supressão em um dos olhos 
Vê os pontos, 3 verdes e 2 vermelhos: Diplopia (Hômonima ou cruzada) 
Vê mais de 4 bolas: Diplopia e o filtro indicará o olho 
 
1° Quando o observador vê dois círculos (o vermelho e o branco), lhe falta a visão 
com o olho com a lente verde 
2° Quando o observador vê três círculos (os verdes e o branco), lhe falta a visão do 
olho com filtro vermelho 
3° Quando o observador vê quatro círculos, tem visão binocular. 
4° Quando o observador vê cinco círculos há presença de diplopia 
A percepção de 2, 3 ou 4 luzes indica se há ou não fusão periférica ou central. 
Consideramos a presença de fusão o reconhecimento das 4 luzes 
 
45 - Em relação ao teste de luzes de Worth, como saber se os filtros dos óculos são 
compatíveis com as cores na tela? 
 
R - Juntando os dois filtros e obtendo a cor preta. 
 
46 – Qual a diferença de anisometropia, aniseiconia e antimetropia? 
 
Anisometropia – Quando o estado refrativo de um olho difere do outro 
Aniseoconia – Diferença de forma e tamanho de imagens retinianas 
Antimetropia – Quando um olho apresenta miopia e o outro hipermetropia 
 
Etimologicamente, anisometropia vem da soma dos seguintes termos gregos: anisos, 
que significa "desiguais", metro, que significa"medidas" e opia, que significa 
"visão". Portanto, define anisometropia como uma condição na qual o estado refrativo de 
um olho difere do outro (Fig. 11-1). Uma diferença igual ou maior que 1,00 D na esfera e/ou 
cilindro. 
Essa diferença na refração entre os dois olhos pode afetar o tamanho da imagem da 
retina, causando aniseiconia. O termo aniseiconia também vem do grego: anisos ou "desigual 
e eikoon, imagens, imagens literalmente desiguais». Aniseiconia é uma condição binocular 
que é definida pela apresentação de imagens retinianas diferentes em forma ou tamanho em 
ambos olhos. É considerado clinicamente significativo quando a diferença entre as imagens é 
de 0,75% ou mais alto. Pessoas com visão binocular normal podem facilmente discriminar 
diferentes classes de tamanho menor, de 0,25 a 0,50%. Diferenças de até 5% podem ser 
toleradas sem causar sintomas especiais, mas quando forem superiores a 10% causarão 
diplopia e não pode ser tolerado. 
O tamanho de cada imagem depende da imagem retiniana formada pelas dioptrias do 
olho, a distribuição dos fotorreceptores e o processo fisiológico e cortical. Por tudo isso as 
duas imagens da retina raramente são as mesmas. Existem diferenças normais ao olhar para 
objetos localizadas à direita ou à esquerda, ou quando localizadas a distâncias diferentes do 
olhos. Essas disparidades normais de tamanho de imagem formam a base da estereopsia e 
fornecem um sinal que indica onde um objeto está em relação a outro. No entanto, diferenças 
exagerada pode causar sintomas incômodos. 
 
Libro Manual de Optometria Prática – Martin e Vercila 
Pag. 195 
 
Por sua vez, o termo “antimetropia” é usado especificamente quando um olho 
apresenta miopia e o outro olho hipermetropia. 
 
47 – Qual patologia sistêmica causa frequentemente variações refrativas por alteração 
de índice de refração dos meios refringentes intraoculares? 
 
R - Doenças endócrinas como diabetes mellitus, hipogonadismo etc; Neurológicas 
como depressão: doenças cardiovasculares como o colesterol etc 
 
48 – Por que o paciente as vezes reporta que no refrator a AV fica melhor do que na 
caixa de provas? 
 
R - Com o uso do refrator a visão periférica fica prejudicada, distorcida e limitada pelo 
refrator, favorecendo a visão central, com seu formato de tubo reduzindo assim a difração da 
luz, semelhantemente ao PH, que faz com que a luz entre no olho direcionada a fóvea, 
proporcionando uma visão mais nítida. 
 
49 – Sobre processamento visual: qual a diferença entre a via dorsal e frontal? 
 
R - As áreas visuais do córtex podem ser distinguidas tanto pela representação do 
espaço visual, conhecido como mapa visotópico (ou retinotópico), quanto pelas propriedades 
funcionais de seus neurônios. 
 
Estudos dessas duas diferenças revelaram que as áreas visuais são organizadas em 
duas vias hierárquicas, uma via ventral envolvida no reconhecimento de objetos ( é a via dos 
cones - discriminação de cores) e uma via dorsal ( é a via dos bastonetes - visão noturna, 
periférica) dedicada ao uso de informações visuais para guiar o movimento. 
 
A via ventral ou de reconhecimento de objetos se estende do córtex visual primário ao 
lobo temporal e é descrita em detalhes no Capítulo 28. A via de orientação do movimento 
dorsal conecta o córtex visual primário ao lobo parietal e depois aos lobos frontais. 
 
As vias estão interligadas de modo que as informações são compartilhadas. Por 
exemplo, informações sobre o movimento na via dorsal podem contribuir para o 
reconhecimento de objetos por meio de dicas cinemáticas. As informações sobre os 
movimentos no espaço derivadas das áreas da via dorsal são, portanto, importantes para a 
percepção da forma do objeto e são enviadas para a via ventral. 
 
 
Imprimir cap 28 do livro: Principio de neurociências – Kandel 
 
 
 
 
50 – Qual a via aferente e eferente da miose e midríase? 
 
 
 
Diagrama das vias neurais envolvidas no reflexo pupilar à luz. A entrada aferente da 
retina nasal cruza para o lado contralateral, e a entrada pupilar dos axônios das células 
ganglionares da retina sai do trato óptico no braquio do colículo superior para fazer sinapse no 
núcleo olivar pré-tectal. A entrada temporal para a retina do mesmo olho segue um curso 
semelhante no lado ipsilateral. Neurônios no núcleo olivar pré-tectal enviam fibras cruzadas e 
descruzadas através da comissura posterior para o núcleo de Edinger Westphal de cada 
lado. A partir daqui, as fibras parassimpáticas pré-ganglionares viajam com o nervo 
oculomotor e depois fazem sinapse no gânglio ciliar. Neurônios parassimpáticos pós-
ganglionares passam do gânglio ciliar através dos nervos ciliares curtos para o músculo 
esfíncter da íris. 
 
Inervação pupilar e fisiologia dos reflexos pupilares fotomotores direto e consensual | 
Colunistas 
 
A investigação da contratilidade pupilar é tema recorrente em diversas áreas da 
medicina. Avaliamos sua simetria determinar lesões no tronco simpático, como na Síndrome 
de Horner em tumores depancoast e, além da contratilidade, sua responsividade à luz na 
consagrada escala de coma de Glasgow, incorporada no protocolo ATLS. Dessa forma, 
conhecer a fisiologia dos reflexos pupilares fotomotores direto e consensual perfazem o 
alicerce para um bom raciocínio clínico semiológico, não apenas para a oftalmologia, mas 
como também para a boa prática do médico generalista. 
A íris é composta por dois músculos, o músculo esfíncter da pupila, com inervação 
parassimpática, responsável pela miose (contração) pupilar, e o músculo dilatador da pupila, 
com inervação simpática, responsável pela midríase (dilatação pupilar). Estudaremos, a 
seguir, as vias aferentes e eferentes responsáveis, em última análise, pela ativação desses dois 
mecanismos. 
 
Vias Visuais Aferentes 
 
A retina humana conta com cinco tipos de neurônios: cones e bastonetes 
(fotorreceptores), células horizontais, células bipolares, células amácrinas e as células 
ganglionares. Após a transdução fotoquímica realizada pelos fotorreceptores, que se 
encontram nas camadas mais externas da retina, uma série de sinapses químicas acontece 
entre esses neurônios até a informaçãochegar às camadas mais internas da retina, onde se 
encontram as células ganglionares, que irão gerar um potencial de ação frente ao estímulo 
luminoso percebido. 
 
Figura 1. Organização celular da retina. (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017) 
Frequentemente chamadas de fibras retinofugais, são os axônios das células 
ganglionares que irão se projetar para fora do globo ocular pelo mesmo ponto, formando uma 
estrutura conhecida como disco óptico, visível no exame de fundo de olho, à oftalmoscopia. 
O disco óptico pode ser considerado como a primeira parte do nervo óptico, o II par de 
nervos cranianos. 
 As informações captadas pela retina se projetam para diferentes partes do 
encéfalo e, de maneira abrangente, todas essas projeções podem ser segregadas em dois 
grandes grupos: osistema novo e o sistema antigo (GUYTON; HALL, 2017). O adjetivo 
“novo” refere-se a novas vias na linhagem evolutiva das espécies, enquanto o adjetivo 
“antigo” refere-se a projeções encontradas em linhas evolutivas mais antigas. Para 
compreender a fisiologia dos reflexos pupilares, se faz necessário conhecer brevemente parte 
dessas vias, como será brevemente abordado a seguir. 
 
Vias Visuais Novas 
Figura 2. Sistema novo. 
(SNELL, 2013) 
 Puramente aferente, o nervo óptico de cada olho se projeta medialmente até 
encontrar o nervo óptico contralateral, logo acima da cela túrcica do osso esfenoide e abaixo 
do hipotálamo. Nesse ponto, ambos os nervos ópticos se fundem macroscopicamente, 
formando o quiasma óptico. Em formato de “x”, trata-se de estrutura anatomicamente 
pertencente ao hipotálamo, onde as projeções retinofugais apenas das retinas nasais decussam 
(cruzam).Logo após o quiasma óptico, as fibras retinofugais continuam a se projetar 
posteriormente, agora segregadas em fibras da retina lateral ipsilateral e da retina nasal 
contralateral, em uma estrutura conhecida como trato óptico. 
O trato óptico se projeta até a porção posterior do diencéfalo, fazendo sinapse com 
o corpo geniculado lateral do tálamo (CGL). Os neurônios do CGL, finalmente, projetam 
seus axônios, através das radiações ópticas, diretamente para o córtex visual primário, na 
fissura calcarina do lobo occiptal. 
 
Vias Visuais Antigas 
 
 Existem várias vias visuais antigas, que fazem sinapse com diferentes partes 
do encéfalo. As principais projeções retinofugais do sistema antigo são: 
 Núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo: participam da regulação do ciclo 
circadiano; 
 Núcleos pré-tectais do mesencéfalo: participa do controle dos reflexos 
pupilares, assunto de nossa discussão; 
 Colículo superior do mesencéfalo: participa de rápidos movimentos oculares, 
reflexos a estímulos visuais inesperados no campo visual; 
 Núcleo geniculado ventrolateral do tálamo: participa do controle de funções 
comportamentais do corpo. 
Para nossa discussão, discutiremos apenas a via antiga responsável pelo reflexo 
pupilar fotomotor, a via retino-pré-tectal.Como o próprio nome já sugere, a via retino-pré-
tectal consiste na sinapse de projeções retinofugais com um par de núcleos pré-tectais, 
localizados justamente na região pré-tectal do mesencéfalo, na altura dos colículos superiores. 
Cada um dos núcleos pré-tectais irá projetar axônios para ambos os lados do mesencéfalo, 
para outro par de núcleos, os núcleos de Edinger-Westphal. Estes núcleos, por sua vez, 
compõem o núcleo do III par de nervos craneanos, o nervo oculomotor, a via eferente dos 
reflexos pupilares fotomotores. 
 
Via Eferente – Nervo Oculomotor 
 
Os corpos celulares que originam o III par de nervos cranianos, o nervo oculomotor, se 
localizam no núcleo do oculomotor, no mesencéfalo, na altura dos colículos superiores. Cada 
núcleo é composto, por sua vez, por outros dois núcleos, o (1) núcleo motor principal e o 
(2) núcleo de Edinger-Westphal, ou núcleo parassimpático. Cada um dos núcleos pré-
tectais, que receberam projeções retinofugais, irá projetar axônios tanto ipsilaterais quanto 
contralaterais aos núcleos de Edinger-Westphal, de forma que os dois núcleos, cada um de um 
nervo oculomotor, irá receber uma aferência, mesmo que o estímulo luminoso tenha sido 
projetado em apenas um dos olhos. 
Figura 3. 
Mesencéfalo.(SNELL, 2013) 
 A partir de agora, cada nervo oculomotor – tanto o esquerdo quanto o direito 
– irá gerar uma eferência parassimpática ao estímulo luminoso percebido por apenas um dos 
olhos. As fibras parassimpáticas seguem perifericamente no nervo oculomotor até fazerem 
sinapse com o gânglio ciliar, de localização retrobulbar, dentro da órbita. As fibras pós-
ganglionares irão projetar seus axônios, através dos nervos ciliares curtos, que irão 
finalmente inervar o músculo ciliar e o músculo esfíncter da pupila, causando finalmente uma 
miose pupilar parassimpática frente a um estímulo luminoso. Conhecer o trajeto dessas fibras 
parassimpáticas, com projeção periférica no nervo oculomotor, torna-se fundamentalmente 
importante no contexto, por exemplo, de trauma cranioencefálico (TCE), onde uma possível 
herniação de lobo temporal, secundária a um hematoma epidural, por exemplo, pode 
comprimir tais fibras, resultando em uma midríase ipsilateral à hernia (HENRY; BRASEL; 
STEWART, 2018). 
Figura 4. Inervação do músculo ciliar e da íris. (DRAKE et al., 2011) 
Inervação Simpática Pupilar 
Muito embora não participe do reflexo pupilar fotomotor (resposta miótica da pupila 
frente a um estímulo luminoso), cabe ainda contextualizar o leitor acerca da inervação 
simpática pupilar. Os neurônios pré-ganglionares que dão origem à inervação simpática da íris 
estão localizados na coluna celular intermédia da medula espinal, também conhecida 
como corno lateral da substância cinzenta da medula espinal. Com seus corpos celulares 
localizados na altura de C8-T2, formam uma região conhecida como centro cilioespinal de 
Budge. Os axônios de tais neurônios se projetam para o tronco simpático, onde 
eventualmente fazem sinapse com o gânglio cervical superior, na altura de C1-C3, 
imediatamente anterior à bifurcação da artéria carótida comum. As fibras simpáticas pós-
ganglionares formam o nervo da carótida interna, que se funde ao plexo da carótida 
interna. Tal plexo ascende, junto com a carótida interna, até entrar no crânio, pelo canal 
carotídeo, do osso temporal. A partir daqui, vale ressaltar a divergência de alguns autores 
quanto às projeções de tais fibras pós-ganglionares à órbita. DRAKE et al., 2011, indicam que 
as fibras simpáticas se unem ao nervo nasociliar, ramificação do nervo oftálmico (V1), 
divisão superior do trigêmeo, V par de nervos cranianos. Através do nervo nasociliar, que 
entra na órbita pela fissura orbital superior, ganham o gânglio ciliar, os nervos ciliares curtos e 
finalmente chegam à íris. MCDOUGAL DH e GAMLIN PD, 2015, por outro lado, indicam 
que tais fibras seguem pela artéria oftálmica, um ramo da carótida interna. Junto com a 
artéria oftálmica, as fibras simpáticas se projetariam anteriormente, entrando na órbita pelo 
forame redondo (canal óptico), do osso esfenóide. De qualquer maneira, o consenso é de que 
tais fibras passam pelo gânglio ciliar, sem fazer sinapse com ele, e ganham os nervos ciliares 
curtos, inervando finalmente o músculo dilatador da íris. 
 
Conclusão 
 As aferências visuais fazem sinapse através das projeções retinofugais pré-
tectais. De lá, os núcleos pré-tectais projetam axônios para os dois lados do mesencéfalo, nos 
núcleos de Edinger-Westphal, que fazem parte do núcleo do oculomotor. Isso condiciona que 
a via eferente visual, o nervo oculomotor, promova uma inervação parassimpática no músculo 
esfíncter da íris, tanto ipsilateral ao estímulo luminoso (reflexo pupilar fotomotor direto), 
quanto contralateral a esse mesmo estímulo (reflexo pupilar fotomotor indireto, ou 
consensual). Em suma, ambas as pupilas, em um paciente hígido, irá se contrair, mesmo que 
apenas um dos olhos tenha recebido estímulo luminoso. 
Autor: Henrique Barros Barroso 
Instagram: @henriquebbarroso 
 
 
51 – Faça um mapa mental ou fluxograma com os valores de refrência e/ou dados 
esperados de todos os testes da ficha clínica.

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