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1- Qual a importância da anamnese no exame de rotina? R - Ela nos orienta através de todas as etapas envolvidas nesse processo para uma correta interpretação, a fim de orientar adequadamente a elaboração da história clinica do paciente, ajudando a selecionar os exames optométricos clínicos mais adequado para cada caso, evitando cair em ambiguidade, mal-entendidos ou repetições desnecessárias. ( antes de iniciar a anamnese, px precisa assinar dando “ciência”) 2- Qual a diferença entre vista e visão? A vista ocorre apenas nos olhos enquanto a visão é a inter-relação entre os olhos e o cérebro. Nascemos com a vista, porém a visão se aprende. Podemos definir visão como um conjunto de habilidades para identificar, interpretar e compreender o que vemos. Estas habilidades vão se desenvolvendo progressivamente desde o nascimento, construindo-se uma sobre a outra e uma boa parte delas podem ser avaliadas em um exame de visão desenhado para detectar este tipo de problemas. VOCÊ SABIA? Que a visão não é um simples sentido do ser humano como normalmente se pensa? Na verdade, visão é uma condição tão complexa que vem sendo motivo de constantes estudos e pesquisa da neurociência visto ainda não existir um conhecimento completo de todo o processo neurológico que envolve a visão e das implicações causadas pelos transtornos deste sentido no ser humano. Hoje se sabe com segurança que existem mais de 35 áreas diferentes do cérebro que estão total ou parcialmente envolvidas com o processamento da informação visual. Além do que, só no nervo óptico do olho, existem mais de 1 milhão de fibras nervosas que ligam os olhos diretamente ao cérebro. Isto significa que temos mais núcleos cerebrais dedicadas à visão do que todos os outros sentidos juntos. De todas as informações sensoriais recebidas pelo cérebro, aproximadamente 80% estão envolvidas com a visão ou relacionadas com ela através de conexões cerebrais com os outros sentidos. Não existe mais dúvida que a visão é a principal via de entrada de informações do ser humano. Isto, por si só, é motivo suficiente para que tenhamos todos os cuidados com nossos olhos e com o respectivo sentido da visão. Não dependemos da visão apenas para ver. Também precisamos dela para andar, para o equilíbrio, falar, entender, estudar, calcular distâncias, ouvir, definir cores, ler, escrever, reconhecer rostos e figuras ou para lembrar de coisas. E por aí vai... De um modo geral, em tudo na nossa vida dependemos da visão. O que é a visão? A Visão, embora seja um dos sentidos do ser humano, não possui uma função isolada, visto que é totalmente relacionada com todo o corpo. O processo visual, está integrado com todos os sentidos, por isto, se manifesta na postura, habilidades manuais, inteligência e também na personalidade. O processo da visão é muito complexo. Se inicia no olho, órgão receptor que tradicionalmente tem sido atribuído como sendo o maior vetor do sistema visual. O olho, ao receber uma informação visual, recebida através da luz e captada pela retina, converte estas imagens em estímulos eletroquímicos que são transmitidas através do nervo óptico para diferentes áreas do cérebro, onde serão analisadas e relacionadas com outras informações para um processamento e interpretação do conteúdo captado pelas retinas dos dois olhos e transformadas em uma imagem única. Ao mesmo tempo, ocorrem, através do sentido da visão, outras entradas sensoriais que envolvem todo o organismo, com as mais variadas manifestações em cada uma das estruturas ou em todas ao mesmo tempo. O conjunto destas informações nos possibilitam as condições de vida. 1.Equilíbrio. Coordena o equilíbrio estático e dinâmico dos olhos e do corpo (em conjunto com o sistema vestibular do ouvido médio, músculos e cerebelo). 2.Visão periférica (que permite enxergar pontos à frente e ao redor do campo visual, contribuindo na percepção de movimentos e na visão noturna). MUITO IMPORTANTE: Estudos mostram que 99% dos acidentes de carro não são devidos a defeitos da acuidade visual. São por deficiência de visão periférica!!! 3.Estereopsia (visão de profundidade ou em 3D, depende das condições de fusão da visão pelos dois olhos para correta interpretação entre as distâncias das imagens pelo cérebro). 4. Sinestesia (fusão da visão com os outros sentidos). 5. Cinestesia (permite o aprendizado da percepção das sensações e do movimento das partes do corpo). A visão depende da saúde dos olhos e de todas suas funções, bem como da integração das vias cerebrais com os outros sentidos. O que não deve ser confundido é a vista, (olhos), com visão (sentido que permite enxergar). Porque, na verdade, os olhos não tem nenhuma capacidade de definir imagens. Só o cérebro possui núcleos que são capazes de interpretar o que vemos, comparar com os arquivos já existentes para entender o que é, onde está, a que distância, definir cores, interpretar formas, reconhecer rostos e todas as propriedades necessárias para a conquista de um bom desempenho para uma ótima qualidade de vida. No processo do desenvolvimento da visão estão envolvidas várias habilidades que são apreendidas desde o nascimento e desenvolvidas em paralelo com o aprendizado de andar, falar e escrever. São necessário de 8 a 12 anos de vida para que o processo completo da visão esteja totalmente integrado no ser humano. Algumas destas habilidades são: * Acuidade visual: Para uma ótima discriminação das imagens à qualquer distância. * Movimentos dos olhos: Devendo conseguir seguir um objeto em movimento com precisão e saltar de um ponto para outro no espaço. * Localização: Focalizar em diferentes distâncias sem dificuldade. * Binocularidade: Coordenar e alinhar os olhos para perceber uma imagem única. * Estereopsia: Entender e diferenciar imagens em profundidade. * Integração visuo-motora: Coordenar com precisão os movimentos dos olhos com o movimento do tronco e dos membros, mãos e pernas. * Visão espacial: Reconhecer visualmente o espaço relacionado com o espaço-tempo e distâncias. * Integração visuo-auditiva: Coordenar a informação auditiva com a visual. * Percepção visual: Se define com a Interpretação da informação da visão, reconhecimento de imagem, memória visual, exposição etc. É através da visão que podemos determinar cores, formas, espessuras, textura, velocidades, ritmos, sons, exibição de palavras, conceitos de tudo que é projetado no espaço. * Resposta visual: A habilidade e a velocidade que a criança (ou adulto), possui para o reconhecimento visual, determina a precisão que terá na maioria das respostas tanto nas suas atividades cotidianas, no trabalho, bem como no aprendizado de novos conhecimentos. O desenvolvimento e a integração ou não destas habilidades terão permanente reflexos na vida da pessoa, tanto para uma boa adaptação como para um pior desempenho no cotidiano da vida ou no aprendizado escolar. As condições do aprendizado são determinadas pelo desenvolvimento da visão porque o desenvolvimento motor e da visão ocorrem sempre em paralelo. Basta observar como é o início das atividades de um bebê: começa prestando atenção aos objetos próximos, (mãe, pai, mãos rostos), em seguida, com o desenvolvimento, já presta atenção ao redor do quarto, olha objetos e coisas mais distantes, o que lhe permite reconhecer o espaço e sua relação com o entorno. Todas estas experiências possibilitam conquistar o equilíbrio, coordenando movimentos oculares cada vez mais precisos, o que proporciona a garantia para a consciência da percepção espacial e uma correta interpretação da informação visual. Cabe aos pais permitir que a criança tenha liberdade de horizontes e movimentos amplos para que ocorra um desenvolvimento sem empecilhos. A exploração do espaço fornece, através de estímulos adequados, experiênciasuficiente para a aquisição de conceitos básicos como aprender distâncias, tamanhos, formas etc. que serão essenciais para o futuro aprendizado e que mais tarde serão importantes para conhecimentos mais complexos como a leitura e a escrita. Conforme a criança tenha tido oportunidade de estabelecer conexões neurológicas desde a mais tenra idade, sem as tradicionais barreiras criadas por berços, chocalhos, andadores, roupas apertadas ou qualquer situação que inviabilize os movimentos dos olhos e do corpo, certamente o desenvolvimento ocorrerá com grande sucesso. Nos tempos atuais as necessidades visuais são muito grandes em virtude da pressa, competividade e necessidade de se permanecer sentado por horas frente ao computador, tornando frequente a existência de dificuldade de aprendizagem e da atenção em idade precoce, (TDDA), aparecendo posteriormente, problemas de desempenho na idade adulta. Muitas vezes as falhas são devido à má recepção por um processamento visual pouco ou mal desenvolvido. Nos dias de hoje, já se pode avaliar diferentes áreas cerebrais envolvidas com a visão para determinar "quais partes? precisam de um "novo treinamento?. Isto é possível graças a uma série de testes específicos desenvolvidos e realizados pela Optometria Comportamental. O profissional Optometrista Comportamental têm condições de avaliar quantitativa e qualitativamente o desenvolvimento da pessoa, determinando as condições, o estágio e a idade em que se encontra o desenvolvimento do avaliado. Com estes dados pode ser proposto um plano de tratamento de Terapia Visual para assegurar que o necessitado, criança ou adulto, receba estímulos em seu cérebro para recuperar o processamento que se encontra em atraso ou irregular, para voltar a receber de forma eficaz a informação visual, visto que o sentido da visão é a maior porta de entrada de informações que produzem os movimentos e o aprendizado. Agora já se pode entender que, quando um profissional prescreve uma correção óptica para melhorar a acuidade visual, está corrigindo apenas uma das inúmeras habilidades que a visão oferece e o ser humano necessita em sua vida. Estas "receitas? jamais estarão ajudando na recuperação de transtornos mais complexos como o estrabismo, lesões crânio/encefálicas, síndromes, diplopia ou ambliopia. A visão pode ser dividida em cinco submodalidades diferentes, que juntas, representam os aspectos que podemos identificar do Mundo que emite luz: 1) Localização espacial, que nos permite identificar em que posição no campo visual aparece um determinado objeto que nos interessa; 2) Medida da intensidade da luz, que possibilita estimar o brilho de cada objeto em relação ao ambiente; 3) Discriminação de forma, que nos permite diferenciar e reconhecer os objetos pelos contornos; 4) Detecção de movimento (sem movimento ocorre adaptação dos fotorreceptores, com perda da percepção); 5) Visão de cores. Professor Vilmario A. Guitel CBOO 00050/Regional ? SP 02.0003 Técnico em Óptica - SENAC - SP * Técnico em Óptica e Optometria (Especialista pela FIPE na CBO do Ministério do Trabalho e Emprego) * Bacharel em Optometria - Universidade do Contestado - Canoinhas SC * Pós Graduado em Alta Optometria - UNC - Canoinhas SC * Pós Graduação em Magistério do Curso Superior - UNC - Canoinhas SC * Curso Optometria Comportamental ? Instituto Thea - Florianópolis SC * Curso "Desenvolvimento Cerebral Infantil? ? Instituto Thea ? Florianópolis SC * Terapeuta Visual e Terapia Sintônica - Instituto Thea ? Florianópolis SC Fonte: Vilmario Antonio Guitel 3 – Paciente míope, no afinamento bicromático do valor esférico enxerga melhor as letras do lado verde, qual o seu procedimento? R- Ele precisa ver melhor o vermelho. Neste caso diminui-se a potência do esférico para igualar o vermelho ou positivar que é a mesma coisa, ou seja, diminuir a potencia da lente negativa. (teste monocular feito no final) 4 - Um míope de – 1,00 DP sem o uso de sua correção óptica acomoda quanto a 40 cm? R – A = 1/D 1/40 = 2,5 D 2,5 - 1,00 = 1,5 D 5 – Um hipermetrope de + 2,00 DP sem o uso de sua correção acomoda quanto a 40 cm? R – A = 1/D https://opticanet.com.br/secao/colunaseartigos/10643/diferenca-entre-vista-e-visao 1/0,40 = 2,5 D 2,5 + 2,00 = 4,5 D 6 – Paciente sem alteração acomodativas, qual o esperado na diferença entre a retinoscopia estática e dinâmica? R- Ela é mais positiva de 0,50 e 0,75 do que na estática. Se ela for + positiva, o paciente terá excesso acomodativo Obs.: Ver valores esperados que Dany enviou. Renderson passar os testes de amplitude da Anyella, Sherd, Donders, Facilidade, Reservas e Flexibilidade. 7 – Paciente de 25 anos, passa 12h por dia usando o celular e notebook, relata cefaleia frontal após esforço prolongado para perto e que no final do dia desfoca para longe. Retinoscopia estática: + 1,25 AO, dinâmica: - 0,25 AO, afinamento: - 0,25 AO. Quais testes deveriam ser feitos para o apoio diagnóstico? Qual o possível diagnóstico? Qual a sua conduta? R- Testes: Amplitude, flexibilidade,vergências. Na Retinoscopia Dinâmica uma falta miopia. Diagnóstico Possível: Excesso de Acomodação Conduta: encaminhar para TRV e TV. 8 – Se na retinoscopia estática você não usar a lente de trabalho no olho que está sendo avaliado e encontrar: a) + 3,00, qual será o resultado final? + 3,00 – (+2,00) = +3,00-2,00 = +1,00 b) -2,00, qual será o resultado final? -2,00 – (+2,00) = -2,00-2,00 = -4,00 c) 000, qual será o resultado final? 000 – (+2,00) = +2,00-2,00=000 Obs.:RL é uma lente positiva de +2,00 na retinoscopia estática. Ao término descontamos a RL de +2,00. Se encontrar negativo, ficará ainda mais negativo, pois será sempre -2,00. 9 – Paciente usa um progressivo para correção de longe em AO +3,00 -0,50 x 180° e para perto AO +5,25 -0,50 x180°. Qual a adição dessa lentes? R – Subtrai-se os esféricos para achar a adição. 5,25 – 3,00 = 2,25 D ( Se fossem os dois positivos subtrairia) 10 – Paciente reporta não enxergar bem para perto mesmo com os óculos que foram prescritos recentemente. Qual a sua conduta? R – Descartaria catarata. Confirmaria a lensometria, caso estivesse de acordo com a refração, verificaria a armação escolhida x índice de refração da lente, ângulo pantoscópio, tomadas de medidas e por final reavaliaria a demanda visual do px (sua distância de trabalho). 11– Se a marcação da adição das lentes estiver do lado nasal , o que isso significa? R – Foi invertida, portanto o correto é: Adição temporal e marcação nasal 12 – Faça a transposição e classifique o astigmatismo a) +1,00 -1,00 x 180 = 000 +1,00 x 90° ( astigmatismo hipermetropico simples a favor da regra) b) +0,50 -1,00 x 90 = -0,50 +1,00 x 180° (astigmatismo misto contra regra) c) -3,00 -5,00 x 50 = -8,00 +5,00 x 140° (astigmatismo miopico composto obliquo) AMCO d) 000 -3,75 X 15 = -3,75 + 3,75 X 105 ( astigmatismo miopico simples a favor da regra) AMSWR e) +1,00 -0,25 x 70 = +0,75 + 0,25 x 160 ( astigmatismo hipermetropico composto contra regra) 13 - A partir de qual AV devemos fazer o teste do PH (Pin Hole estenopeico)? R- Inferior a 20/40 14- Se o paciente tem AV de 20/200 OD, fazemos o teste do PH e essa condição visual não melhora e até fica pior. Qual suspeita? R – Alteração Neurológica 15 – Na refração subjetiva por miopização, com a AV devemos fazer o teste do Dial para ver possível astigmatismo? R – 20/40 16- Qual a diferença entre a hipermetropia: latente, facultativa, absoluta, manifesta e total? Obs.: Libro manual de Optometria Etiologia da hipermetropia Assim como na miopia, aceita-se a existência de um fator genético que influenciao aparecimento da hipermetropia. A hipermetropia leve é predominantemente hereditária, enquanto a hipermetropia alta é herdada de forma recessiva. Menos frequentes que as congênitas, também existem causas adquiridas como edema macular, tumores e outras patologias oculares que causam redução do eixo anteroposterior do olho. Fisiopatologia da Hipermetropia Fisiologicamente, a hipermetropia pode ser devida a vários fatores (Fig. 8-3). Hipermetropia axial Na hipermetropia axial, as partes refrativas do olho são normais, porém, o comprimento do eixo anteroposterior está diminuído, ou seja, o olho é menor que o normal. A hipermetropia também pode ser causada por um aumento na distância entre o cristalino e a córnea como resultado de um deslocamento posterior do cristalino. Hipermetropia de curvatura Ocorre como resultado do aumento do raio de curvatura da córnea ou do cristalino, principalmente da córnea, que tem menos potência do que o necessário. Hipermetropia de índice Ocorre como consequência de uma diminuição do índice de refração (n) do cristalino e humor aquoso ou seu aumento no vítreo, embora a contribuição do índice de refração seja mais teórica do que clínica. Hipermetropia conformacional e alta Hipermetropia conformacional Quando todos os elementos envolvidos na refração ocular tomados separadamente são normais, porém o olho é hipermétrope devido a uma incompatibilidade entre eles. Alta hipermetropia O olho é muito curto, seu tamanho total é reduzido (é essencialmente hipermetropia axial) e suas curvaturas são achatadas. Pode estar associada a outras patologias e condições oculares ou sistêmicas como: microcórnea, tumores do pólo posterior, descolamento de retina, deslocamento ou extração do cristalino, nistagmo, diabetes ou retardo mental. Hipermetropia latente, manifesta e total É útil na prática clínica classificar a hipermetropia com base no uso de acomodação (Fig. 8-4). Figura 8-4 Diagrama que ilustra os conceitos de hipermetropia latente, hipermetropia manifesta, hipermetropia facultativa, hipermetropia absoluta e hipermetropia total. Hipermetropia latente É a quantidade de hipermetropia que é compensada pelo tônus do músculo ciliar. Em condições normais, o tônus muscular compensa fisiologicamente uma hipermetropia de aproximadamente 1,00 D, cuja correção não é indicada por causar AV ruim. Do ponto de vista clínico, a hipermetropia latente também é chamada de hipermetropia manifestada pelo uso de drogas cicloplégicas. Segundo os autores, há hipermetropia devido ao tônus do músculo ciliar (1,00 D) que não consegue relaxar mesmo com o uso de drogas cicloplégicas, enquanto outros usam esse nome para se referir à hipermetropia que se manifesta com cicloplegia. Hipermetropia aberta É a hipermetropia que não é corrigida em condições normais e é detectada por refração subjetiva sem cicloplégicos. Pode ser dividida em: • Hipermetropia facultativa: é o defeito de refração que pode ser compensado pela estimulação da acomodação. Difere da hipermetropia latente na medida em que a hipermetropia facultativa pode ser compensada pelo sujeito estimulando sua acomodação e relaxando com o uso de lentes positivas, enquanto a hipermetropia latente é compensada pelo tônus do músculo ciliar e não pode relaxar à vontade ou com o uso de lentes positivas. • Hipermetropia absoluta: corresponde à quantidade de hipermetropia que não pode ser compensada com acomodação. Neste caso, a visão à distância ficará turva e serão necessárias lentes positivas para alcançar a unidade AV. Na maioria dos casos, todos os tipos de hipermetropia estão presentes, exceto no caso de hipermetropia total, quando a amplitude de acomodação é zero e a totalidade da hipermetropia corresponde à hipermetropia absoluta, pois não há acomodação que possa compensar a hipermetropia. Hipermetropia completa É a hipermetropia que se obtém com a soma da hipermetropia latente mais a hipermetropia manifesta. Em numerosas ocasiões é evidenciado por refração sob cicloplegia. Portanto, uma pessoa hipermétrope que não é capaz de compensar sua ametropia com acomodação terá AV ruim à distância, pois não pode colocar a imagem na retina. Ao colocar cristais positivos cada vez mais altos, a imagem é aproximada da retina de tal forma que o VA 1.0 é alcançado. Ao coincidir com a retina, a hipermetropia absoluta está sendo corrigida neste momento, o restante do erro refrativo será compensado com o máximo esforço do seu acomodador. Ou seja, a hipermetropia absoluta é corrigida com a lente positiva de menor potência que permite um VA de 1,0. Continuando a aumentar a potência positiva do vidro corretivo, a AV não deve variar, pois à medida que a potência da lente aumenta, a acomodação relaxa, mantendo a Imagem na retina, até que o esforço acomodativo relaxe completamente. O valor deste cristal corresponde à clarividência manifesta. A partir desse momento, se a potência positiva da lente for aumentada, o AV começa a diminuir, pois a imagem ficará localizada na frente da retina. A hipermetropia opcional será a diferença entre os valores de hipermetropia manifesta e absoluta. Quando a acomodação é paralisada por drogas cicloplégicas, pode ocorrer mais hipermetropia do que a observada sem cicloplegia, denominada hipermetropia total. A diferença entre a hipermetropia manifesta e a hipermetropia total é a hipermetropia latente. 17- O nervo oculomotor comum (III) inerva quais músculos? R - Inerva todos os músculos extra oculares, exceto reto lateral (inervado pelo nervo abducente) e o obliquo superior (inervado pelo nervo troclear). Também inerva o elevador da pálpebra superior, músculos ciliares e esfíncter papilar. Origem: Núcleo de Edinger-Westphal Imprimir página 246 e 247, 409, 410, 411,534 do livro de neuro ciências/ desvendando o sistema nervoso 18- Na infralevoversão quais músculos estão sendo avaliados como agonista? R - Na supralevoversão e na infralevoversão, o grupo ativo é o oblíquo esquerdo, ou seja, os retos superior e inferior esquerdos e os oblíquos inferior e superior direitos. Na supralevoversão, os músculos efetores são o reto superior esquerdo e o oblíquo inferior direito. O reto inferior esquerdo é o antagonista ipsilateral e o oblíquo superior esquerdo é o antagonista contralateral. Na infralevoversão, os músculos efetores são o reto inferior esquerdo e o oblíquo superior direito. O reto superior esquerdo é o antagonista ipsilateral e o oblíquo inferior direito é o antagonista contralateral. Imprimir pagina 489,500, do livro estrabismos jo´se pereira Movimentos Oculares Os globos oculares são suspensos nas órbitas por músculos extraoculares, gordura orbital e tecido conjuntivo que circunda o globo ocular. O olho gira neste meio, graças à ação dos músculos extraoculares. Os músculos extraoculares são 6 músculos estriados, 4 retos e 2 oblíquos: reto superior (RS), inferior (RI), médio (RM) e lateral (RL) e oblíquo superior (OS) e inferior (OI). . Os músculos reto medial, oblíquo inferior, superior e inferior são inervados pelo terceiro nervo craniano ou pelos nervos oculomotor ou oculomotor; o reto lateral é inervado pelo sexto nervo craniano ou abducente ou oculomotor externo, e o oblíquo superior é inervado pelo quarto nervo craniano ou troclear ou patético. Cinco dos músculos extraoculares (exceto Ol) originam-se do ápice orbitário, ao redor do anel de Zinn (anel que circunda a entrada do nervo óptico para a órbita), o oblíquo inferior origina-se do osso nasal orbitário. Os músculos retos seguem as paredes da órbita até se inserirem na esclera ao redor do limbo esclerocorneano às 12, 9, 6 e 3 horas, as inserções ocorrem em diferentes distâncias do limbo(5,5 mm em RM e IR, 6, 9 mm para o RL e 7,7 mm para o RS) gerando o que é conhecido como espiral de Tillaux ao redor do limbo (Kaufman & Alm, 2003). O oblíquo superior percorre a órbita em direção superomedial até atingir a tróclea, na parede orbital superomedial, daí segue posteriormente e inferiormente seguindo a curvatura do globo ocular até se inserir na posição superior e póstero-lateral do globo ocular. O músculo oblíquo inferior cursa inferior e posterolateralmente através da órbita para se inserir no aspecto inferior e posterolateral do globo ocular. Para entender o movimento dos olhos, devemos considerar vários pontos: Primeiro, o globo ocular se move em torno de seu centro geométrico com três graus de liberdade em função dos três eixos x, y e z, conhecidos como eixos de Fick. Movimentos verticais são feitos em torno do eixo x, movimentos horizontais em torno do eixo y e movimentos de torção em torno do eixo z. Em segundo lugar, na posição de olhar primário, o eixo visual em relação à fixação do músculo forma um ângulo de 23° com os músculos retos superior e inferior e um ângulo de 55° com os músculos oblíquos (Grosvenor, 2005). E em terceiro lugar, considerando que o olho se assemelha a um corpo esférico que gira em torno de um eixo, quando a parte da frente do olho se move para baixo, a parte de trás se move para cima e vice-versa. Os movimentos dos músculos extraoculares são classificados de acordo com a ação primária, secundária e terciária que exercem. A ação primária corresponde ao maior efeito realizado quando o olho está na posição de olhar primário. Enquanto as ações secundárias e terciárias são aquelas que são subsidiárias da ação primária (Kanski. 2006). As ações de cada músculo estão detalhadas na tabela a seguir: Adução é o movimento nasal do olho e abdução é o movimento temporário do olho. A elevação é um movimento ascendente e a depressão é um movimento descendente. A torção é o movimento de rotação do olho, a partir da 12ª hora da córnea, em direção ao lado nasal, e a extorsão é o movimento de rotação da 12ª hora em direção ao lado temporal. Os movimentos de torção são limitados dependendo da orientação horizontal e vertical, eles são necessários para compensar as inclinações da cabeça para manter a posição da imagem deslocada. Como as ações musculares são compartilhadas e cada posição do olhar é um equilíbrio entre diferentes músculos, é necessário fazer algumas considerações para avaliar os movimentos musculares. Quando a cabeça permanece fixa, a lei de Listing afirma que apenas as orientações de torção zero do olho são permitidas (Kaufman & Alm, 2003). Isso permite avaliar as ações de levantamento e abaixamento tanto dos retos superior e inferior quanto dos oblíquos, sem mostrar componente de torção. Para avaliar essas ações musculares, o ângulo de inserção dos músculos deve ser considerado. Os movimentos de elevação e depressão na posição primária do olhar são movimentos conjugados que envolvem a ação muscular tanto do reto quanto dos oblíquos. Quando o globo ocular é colocado na posição de abdução de 23°, coincidindo com o ângulo de inserção dos retos superior e inferior, o eixo visual coincide com a linha de tração, isso significa que os músculos retos só podem realizar a ação de elevação e depressão , esta é a melhor posição para examinar o reto. Na posição de 55° de adução, o eixo visual coincide com a linha de tração dos oblíquos, podendo atuar apenas como elevador ou depressor (Kanski, 2006). Devemos lembrar que a inserção dos oblíquos é na posição posterior do globo, portanto, ao puxar o o oblíquo superior produzirá depressão do olhar (elevação da área posterior do globo), da mesma forma que o oblíquo inferior produzirá elevação do olhar. Os movimentos oculares podem ser classificados em monoculares (duções) e binóculos, enquanto os binóculos podem ser conjugados (versões) ou disjuntivos (vergência). Os movimentos binoculares conjugados ou de versão implicam a capacidade de olhar em diferentes direções mantendo a simetria e direção, enquanto os movimentos disjuntivos ou de vergência implicam movimentos simétricos mas em direções opostas, para eliminar a disparidade retiniana, podem estar mais próximos (convergência) ou separados (divergência). Dentro dos movimentos binoculares também teremos os movimentos sacádicos e de rastreamento. Movimentos sacádicos são movimentos bruscos, involuntários e rápidos que são usados quando se quer variar a atenção de um objeto para outro dentro do campo visual, esses movimentos são usados durante a leitura. Os movimentos de rastreamento, por outro lado, são necessários para manter a visão fixa em um objeto que se move pelo campo visual, são movimentos lentos e contínuos. Para testar as ações musculares, o paciente é solicitado a seguir um estímulo de luz apenas com o olhar, mantendo a cabeça fixa, e os músculos são testados em movimento em direção às posições do olhar conhecidas como posições diagnósticas. É importante que o examinador avalie a posição do reflexo devolvido pela córnea em relação ao centro da pupila, isso lhe permitirá saber se o paciente está fixando a luz corretamente. Como pode ser visto na Figura 9.1, a ação muscular do reto medial será aduzida, a do reto lateral será abduzida e a do reto superior e inferior será de elevação e depressão, respectivamente, na posição 23 de abdução. , e a dos oblíquos superior e inferior será a depressão e a elevação, respectivamente, na posição de 55° de adução. As posições diagnósticas são nomeadas de acordo com a localização em relação ao paciente, à direita, as posições da mão direita, e à esquerda, a posição da mão esquerda, à qual se soma se as posições são para cima ou para baixo, ou nada se olhar a posição é horizontal e, finalmente, se é dução ou versão. Os nomes das posições são mostrados na Figura 9.1. A avaliação dos movimentos oculares é descrita abaixo. 19- Quais são os pré-requisitos para avaliação de PPC? R - Examinador – Px não deve ter tropia, desnecessário em px presbitas Teste – Considerar a AV de perto de ambos os olhos ao realizar o teste Paciente – Ter menos de 50 anos 20- O que o PPC (Ponto próximo de convergência) realizado com o objeto real avalia? R - Diplopia e Supressão (um dos olhos se desvia). Anotação e Normas Anotar PPC com objeto real (OR), com luz (SF) e com luz e filtro vermelho (FR): ruptura/recuperação (cm) Valores normais: Rasgo 6-10 cm. Não mais de 15 cm. para nenhum dos 3 resultados; diferença de recuperação de quebra <4 cm. O valor com OR deve ser menor que SF e ambos devem dar um valor menor que com FR. Interpretação O resultado do PPC deve estar relacionado aos dados do Cover Test, aos sintomas de visão de perto e acomodação. Os valores de PPC remotos geralmente estão associados a reservas fusionais positivas diminuídas (particularmente em Luz e Luz + filtro) e imagens de anormalidades da visão binocular, como insuficiência de convergência (consulte o Capítulo 14) e, portanto com alta exoforia, sintomas de astenopia ao trabalhar em visão de perto, quebras de linha e problemas de acomodação associados (ver Capítulos 13 e 14). Assim mesmo uma diferença maior que 4cm de recuperação indica uma maior severidade no quadro. (Scheiman y Wick, 1996). 21- Quais são os pré-requisitos para realização de retinoscopia estática e cover teste? Retinoscopia Estática Cover Teste Examinador: Estar corrigido Do teste: Avaliar OD com OD e OE com OE. Respeitar a altura e a posição dos olhos do PX Do paciente: Possuir fixação central, colaborar mantendo o olhar em frente para a luz do retinoscópio Examinador: Fazer o teste de Hirschberg e Ângulo Kappa previamente Do teste: Não varie a distância do teste durante asetapas Do paciente: Fixação central, sem limitações musculares. Manter a fixação e atenção com e sem correção 22- Qual a diferença entre Krimsky e White? R - Na consulta quando se é observado um estrabismo, o ângulo de desvio deve ser medido e detectado por meio de testes como Krimsky e White, assim como o Cover Test. Ambos permitem observar tanto a tropia (estrabismo manifesto) quanto a foria. Krimsky White Determinar o ângulo de desvio com fixação excêntrica. O tipo de desvio. Adiciona-se prismas no olho fixador (dominante) para correção do desvio até que o reflexo de luz seja simétrico. Aplicado em px cujo teste Kappa já tenha sido realizado Anota-se qualitativamente seguido pelo valor prismático com o qual os Realiza uma interpretação dos reflexos corneanos principalmente em um paciente com fixação excêntrica. Obtém- se o tipo de desvio ocular e o valor do prisma com o qual estão centradas as reflexões, tendo como referência o olho desviado. Aplicado em px cujo teste Kappa já tenha sido realizado Anota-se qualitativamente seguido pelo valor prismático com o qual os reflexos corneanos foram centrados reflexos corneanos foram centrados https://prezi.com/4npwgb3vtowr/krimsky-white-y-cover-test/ (vídeo bacana) 23- Qual o princípio óptico do oclusor? Pensando no princípio óptico, qual a diferença do totalmente opaco para o translúcido? Em quais pacientes você irá usar e por que? R - O principio óptico do oclusor é o fechamento de uma abertura natural, não deixa passar a luz A diferença do totalmente opaco para o translucido é que o opaco não deixa passar a luz enquanto o translucido deixa. O preto para o cover teste é o melhor, pois dissocia. Já o translucido para pacientes com nistagmo por exemplo. 24- Quais as camadas da córnea que podem ser avaliadas com seção óptico na lâmpada de fenda? R – Epitélio, Estroma, Endotélio, Membrana de Browmam e Membrana de Decement https://prezi.com/4npwgb3vtowr/krimsky-white-y-cover-test/ 25 – Quais são os tipos de iluminação mais utilizados na lâmpada de fenda? Explique sobre cada uma. Técnicas de Iluminação Difusa Descrição: Feixe de luz circular ou difuso que é direcionado obliquamente ao segmento anterior. É usada iluminação baixa a média, com o uso opcional de um filtro difusor Magnificação: Curto Ângulo de Iluminação: 45 graus Avaliação: Visão geral de pálpebras e cílios Conjuntiva e carúncula Esclera e vasos sanguíneos Córnea Ìris e pupila Paralelepípedo (Direta) Descrição: O feixe de luz é focado na área a ser observada. O paralelepípedo é uma fenda larga (1 a 3 mm) formando um volume sólido, focado na estrutura a ser examinada. Uma intensidade de luz baixa a média é usada. Magnitude: Baixo a médio Ângulo de Iluminação:30 a 45 graus Avaliação: Córnea Nervos corneais, cicatrizes Abrasões infiltradas, dobras e estrias Supervisão da lente Avaliação de adaptação de lentes de contato Van Herick Descrição: Consiste em uma seção óptica que é focada no limbo para que a “seção transversal” do feixe de luz da seção óptica corte a córnea e borre a íris. A largura do corte da córnea é comparada à distância entre a íris e a córnea posterior, ou seja, o intervalo aquoso. Magnificação: Curto Ângulo de Iluminação: 60 graus Avaliação: O objetivo é determinar o quão perto a íris está da superfície corneal posterior na zona límbica. Esta técnica é utilizada para estimar a profundidade da câmara anterior (AC). A relação normal deve ser de % a % da espessura da seção da córnea. Igual ou menor que % estamos diante de um AC moderamente estreito – CAMARA ANTERIOR Secção Óptica (Direta) Descrição: o feixe de luz vai ser focado na área a ser observada. Uma seção óptica é usada, ou seja, uma fenda fina (< 1 mm), que é focada na córnea. A intensidade da luz média alta é usada. Magnificação: Baixo e médio / entre 10x e 16x Ângulo de iluminação: 30 a 45 graus Avaliação: Estimar a espessura da córnea Determinar a profundidade dos corpos estranhos ou corneais Opacidades Irregularidades da córnea Filme lacrimal pode ser avaliado com fluoresceína (filtro azul cobalto) 26 – Se o paciente só consegue enxergar a linha do 20/200 a um metro e meio com o ortoptipo para 6 metros, qual a AV? R - A/V 20/800. O que um vidente total enxerga a 20 metros, este paciente enxerga a 1,5 metros 27 – Quais são as causas das miras irregulares na ceratometria? R - As medidas da córnea são feitas através das miras. Quando as miras apresentam-se irregulares, as córneas estarão irregulares. Portanto, causas como: Paciente não está olhando na objetiva do aparelho Problemas de calibragem do aparelho Problemas de limpeza do aparelho Ectasia na córnea como ceratocone, córnea irregular, traumatismos, edemas, patologias, etc 28- Se o paciente apresenta a seguinte ceratometria: Qual o possível astigmatismo total? OD 43,00 / 46,00 X 90° ACT - - 3,00 x 90° Passou de 2,00 D Total da Refração: - 3,00 x 90° OE 44,00 / 45,50 X 90° ACT – - 1,50 x 90° AL – - 0,50 x90° Total da Refração: - 2,00 x 90° graus Leis de Javal: 1- Só se aplica a Lei de Javal em ACT até 2,00 2- Quando os eixos de ACT e AL forem a favor da regra subtrai 3- Quando ACT e AL forem contra soma 4- Quando o ACT for obliquo ali já será o resultado, pois o AL não influenciará ACT – Astigmatismo corneano que encontramos ao realizar a ceratometria AL – Astigmatismo Lenticular que é encontrado no cristalino, será sempre 90°/contra regra. Podendo ser de 050 x 90° ou 0,75 x 90° Lei de Javal: O cálculo do astigmatismo corneano é simples, o meridiano mais curvo é subtraído do meridiano principal mais plano, sendo o eixo astigmático o mesmo do meridiano mais plano (observe que o sinal será sempre negativo). Exemplo: OD 43,00 x 5° // 46,00 x 95° Ás da córnea: -3,00 x 5° A lei de Javal nos ajuda a conhecer uma aproximação do astigmatismo refrativo total do paciente usando o astigmatismo corneano e pode ser escrita como mostrado em (Schwartz, 2013). Estimativa As Ref.= 1,24x(corne As)- 0,50 x 90 Como simplificação desta equação, Grosvenor et al. propôs a seguinte regra (Grosvenor, Quintero, & Perrigin, 1988): Estimación As Ref. As corneal- 0,50x 90 Ambas as fórmulas só funcionam para o astigmatismo com a regra e contra a regra, não se aplicando ao astigmatismo oblíquo. Além disso, ambos funcionam para fins estatísticos, podendo ter variações de até ±1,00 D, atingindo apenas ±0,50 D para 66% dos casos (Mary Elliott, Murchison G. Callender, 1994). O valor médio é considerado 44,00 D de curvatura corneana para um olho emetrópico, usando isso pode-se inferir um valor aproximado do valor refrativo esférico. Esses dados podem ser úteis para conhecer o tipo de ametropia do paciente, que pode ser de curvatura ou axial dependendo do valor ceratométrico. Como exemplo podemos analisar um paciente com 44,00 D em sua ceratometria mas que está com miopia refrativa de -3,00 D, podemos inferir que sua ametropia é de origem axial. https://www.youtube.com/watch?v=toGu1KgVJ-s – Ceratometria Guilherme https://www.youtube.com/watch?v=G_1uY3lTVNo – Ceratometria – Paulo Vellozo Imprimir apostila de ceratometria do 4 periodo (na pasta) Imprimir folha 14 a 18 da apostila Optometria 52 29 – Qual é o valor real da seguinte ceratometria: 47,75 / 47,50 x 90° graus, sendo que a medida foi feita com a lente ortogon de + 1,25? R - Soma-se 9,00D 56,75 / 56,50 x90° 30 – Como proceder quando na ceratometria a curvatura é menor de 36,87 ou maior de 63,00D? R - Quando a curvatura for menor de 36,87 D adiciona-se no sistema óptico a lente Ortogon de -1,00 D devido a córnea ser muito plana e reduz 6,00D. Quando a curvatura for maior de 63,00 D adiciona-se no sistema óptico a lente Ortogon de +1,25 D devido a córnea ser muito curva e soma-se 9,00D. 31 – Ao realizar o teste de Donders, o paciente relata não conseguir ler mais o texto a distância de 20 cm. Qual a amplitude de acomodação? R - A A– 1/D A A – 100/20 = 5,00 D 32 –Quais são as artérias que irrigam a zona macular? R - As cariocapilares da coroide https://www.youtube.com/watch?v=toGu1KgVJ-s https://www.youtube.com/watch?v=G_1uY3lTVNo Livro issu, pag 512: https://issuu.com/computadorseguro/docs/01_anatomia https://issuu.com/computadorseguro/docs/01_anatomia 33 – Desenhe a anatomia macroscópica da retina com seus nomes correspondentes: 34- Paciente com 25 anos, motivo da consulta: dor intensa OE, fotopsias, fotofobia e perda súbita do campo visual. Quais os possíveis diagnósticas? R - Glaucoma, uveítes, descolamento de retina, oclusão da artéria central da retina ou da veia central da retina, possíveis inflamações no nervo óptico e condições neurológicas, como infarto cerebral. 35 – Qual a diferença entre hiperemia conjuntival e injeção ciliar? Sinalizam como sinais clínicos de quais prováveis diagnósticos? 36 – Quais valores normais da PIO? R - Entre 10 a 21 mmHg 37 – Desenhe o controle supranuclear para os movimentos horizontais sacádicos olhando para a direita. 38- Desenhe o controle supranuclear para os movimentos horizontais de seguimento olhando para a esquerda. R - A questão 37 invertida 39 – Desenhe o controle supranuclear para os movimentos verticais 40- Qual diferença de versões e ducções? Quais são as leis de inervação? Ducções é feito monocularmente e Versões binocular. Leis da Inervação: Lei de Sherrington e Inervação Reciproca Lei de Sherrington 1 o aumento da inervação no músculo agonista é acompanhado por uma redução da inervação no músculo antogonista. Por outras palavras, existe uma regulação da tensão no músculo antagonista por parte do músculo agonista e vice-versa **A lei de Sherrington aplica-se a todos os músculos estriados do corpo e não apenas aos meo** Lei de Sherrington 2 Em levoversão, contração aumentada (+) da direita reto medial (RMR) e reto lateral esquerdo (LLR) está acomodando acompanhado pela diminuição do tônus (0) da direita antagônica lateral (RLR) e reto medial esquerdo (LMR). Lei de Sherrington 3 Lateral ((RLR) e reto medial esquerdo (LMR). Atividade aumentada de ambos os músculos retos mediais e tônus diminuído de ambos os músculos retos laterais durante a convergência. C, Contração e relaxamento do músculo oposto Lei de Sherrington 4 Contração e relaxamento de grupos musculares opostos na dextrocicloversão quando a cabeça é inclinada para o ombro esquerdo, RSO, oblíquo superior direito; RSR, reto superior direito; LSO, oblíquo superior esquerdo, LSR, reto superior esquerdo; RIO, obliquo inferior direito: RIR, reto Inferior direito; LLO, oblíquo inferior esquerdo; LIR, reto inferior esquerdo. Lei de Hering da igual inervação 1 Segundo a lei de Hering de os músculos conjugados de cada olho recebem enervação igual e simultânea. A magnitude da inervação é determinada pelo olho fixador, isto significa que o angulo de desvio entre os dois olhos (estrabismo) pode variar de acordo com o olho que se encontra a fixar. O desvio primário, por exemplo em desvios paréticos, é normalmente determinado com o olho normal a fixar. Lei de Hering da igual inervação 2 A lei de Hering implica que os músculos extraoculares não recebem inervação de forma isolada ou que apenas músculos de um olho recebam inervação. Os impulsos para realizar um movimento ocular são sempre integrados e todos os movimentos são conjugados. Movimentos oculares desconjugados correspondem tipicamente a situações patológicas Lei de Hering da igual enervação 3 “A Lei de Hering aplica-se apenas a músculos extraoculares. Não há músculos no corpo que sejam funcionalmente inter-relacionados, como são os pares de músculos do olho ” Quando um impulso p/ a realização de um movimento ocular é enviado, os músculos correspondentes recebem inervação igual p/contrariar ou relaxar. Esta é a lei básica da inervação ou lei da correspondência motora dos olhos inicialmente proposta por Hering. A lei de Hering explica os desvios primários e secundários nos estrabismos paréticos. Lei de Hering da igual enervação 4 A convergência assimétrica foi citada como um exemplo que refuta a lei de Hering, pois parecia que inervações desiguais poderiam ser enviadas aos dois olhos. Este não é o caso. Lei de Hering da igual enervação 8 Durante a levoversão, os músculos reto medial direito e reto lateral esquerdo recebem um fluxo de inervação igual e simultânea. Lei de Hering da igual enervação 9 Durante a convergência, os músculos retos mediais direto e esquerdo recebem inervação igual e simultânea. Lei de Hering da igual enervação 10 Quando a cabeça está inclinada para a esquerda, os grupos de músculos que controlam a exciclodução do olho direito e na ciclodução do olho esquerdo recebem inervação igual e simultânea. No entanto, a inclinação da cabeça é apenas parcialmente compensada pelas rotações das rodas dos olhos. 41- Se o paciente tem fixação excêntrica, quais testes da ficha clínica você não precisa realizar? R - PPC, Cover Teste e RE 42 – Qual a diferença de cover teste ser feito com luz e objeto real? Qual você faz e por que? Dependerá de qual objetivo da avaliação. Exemplo: Px faz leitura pelo celular ou eletroeletrônicos? Com certeza o objeto com luz será mais interessante. Px faz uso da leitura através de livros? O objeto real será mais interessante. O Objeto real também é muto interessante para crianças, para que haja uma maior colaboração. Obs.: Em “saúde e bem estar” no celular aparece o tempo que o px permanece no celular. Existe um aplicativo que calcula quanto de miopia ele terá daqui a X anos. 43 – Se você coloca binocularmente no paciente prismas base temporal, quais são as reservas que estão sendo analisadas? Reserva Fusionais Positiva (RFP) – Mede a convergência 44 – Qual o resultado esperado no teste de luzes de Worth? Vê 4 pontos: Visão binocular normal Vê 2 pontos vermelhos : Supressão em um dos olhos Vê 3 pontos verdes: Supressão em um dos olhos Vê os pontos, 3 verdes e 2 vermelhos: Diplopia (Hômonima ou cruzada) Vê mais de 4 bolas: Diplopia e o filtro indicará o olho 1° Quando o observador vê dois círculos (o vermelho e o branco), lhe falta a visão com o olho com a lente verde 2° Quando o observador vê três círculos (os verdes e o branco), lhe falta a visão do olho com filtro vermelho 3° Quando o observador vê quatro círculos, tem visão binocular. 4° Quando o observador vê cinco círculos há presença de diplopia A percepção de 2, 3 ou 4 luzes indica se há ou não fusão periférica ou central. Consideramos a presença de fusão o reconhecimento das 4 luzes 45 - Em relação ao teste de luzes de Worth, como saber se os filtros dos óculos são compatíveis com as cores na tela? R - Juntando os dois filtros e obtendo a cor preta. 46 – Qual a diferença de anisometropia, aniseiconia e antimetropia? Anisometropia – Quando o estado refrativo de um olho difere do outro Aniseoconia – Diferença de forma e tamanho de imagens retinianas Antimetropia – Quando um olho apresenta miopia e o outro hipermetropia Etimologicamente, anisometropia vem da soma dos seguintes termos gregos: anisos, que significa "desiguais", metro, que significa"medidas" e opia, que significa "visão". Portanto, define anisometropia como uma condição na qual o estado refrativo de um olho difere do outro (Fig. 11-1). Uma diferença igual ou maior que 1,00 D na esfera e/ou cilindro. Essa diferença na refração entre os dois olhos pode afetar o tamanho da imagem da retina, causando aniseiconia. O termo aniseiconia também vem do grego: anisos ou "desigual e eikoon, imagens, imagens literalmente desiguais». Aniseiconia é uma condição binocular que é definida pela apresentação de imagens retinianas diferentes em forma ou tamanho em ambos olhos. É considerado clinicamente significativo quando a diferença entre as imagens é de 0,75% ou mais alto. Pessoas com visão binocular normal podem facilmente discriminar diferentes classes de tamanho menor, de 0,25 a 0,50%. Diferenças de até 5% podem ser toleradas sem causar sintomas especiais, mas quando forem superiores a 10% causarão diplopia e não pode ser tolerado. O tamanho de cada imagem depende da imagem retiniana formada pelas dioptrias do olho, a distribuição dos fotorreceptores e o processo fisiológico e cortical. Por tudo isso as duas imagens da retina raramente são as mesmas. Existem diferenças normais ao olhar para objetos localizadas à direita ou à esquerda, ou quando localizadas a distâncias diferentes do olhos. Essas disparidades normais de tamanho de imagem formam a base da estereopsia e fornecem um sinal que indica onde um objeto está em relação a outro. No entanto, diferenças exagerada pode causar sintomas incômodos. Libro Manual de Optometria Prática – Martin e Vercila Pag. 195 Por sua vez, o termo “antimetropia” é usado especificamente quando um olho apresenta miopia e o outro olho hipermetropia. 47 – Qual patologia sistêmica causa frequentemente variações refrativas por alteração de índice de refração dos meios refringentes intraoculares? R - Doenças endócrinas como diabetes mellitus, hipogonadismo etc; Neurológicas como depressão: doenças cardiovasculares como o colesterol etc 48 – Por que o paciente as vezes reporta que no refrator a AV fica melhor do que na caixa de provas? R - Com o uso do refrator a visão periférica fica prejudicada, distorcida e limitada pelo refrator, favorecendo a visão central, com seu formato de tubo reduzindo assim a difração da luz, semelhantemente ao PH, que faz com que a luz entre no olho direcionada a fóvea, proporcionando uma visão mais nítida. 49 – Sobre processamento visual: qual a diferença entre a via dorsal e frontal? R - As áreas visuais do córtex podem ser distinguidas tanto pela representação do espaço visual, conhecido como mapa visotópico (ou retinotópico), quanto pelas propriedades funcionais de seus neurônios. Estudos dessas duas diferenças revelaram que as áreas visuais são organizadas em duas vias hierárquicas, uma via ventral envolvida no reconhecimento de objetos ( é a via dos cones - discriminação de cores) e uma via dorsal ( é a via dos bastonetes - visão noturna, periférica) dedicada ao uso de informações visuais para guiar o movimento. A via ventral ou de reconhecimento de objetos se estende do córtex visual primário ao lobo temporal e é descrita em detalhes no Capítulo 28. A via de orientação do movimento dorsal conecta o córtex visual primário ao lobo parietal e depois aos lobos frontais. As vias estão interligadas de modo que as informações são compartilhadas. Por exemplo, informações sobre o movimento na via dorsal podem contribuir para o reconhecimento de objetos por meio de dicas cinemáticas. As informações sobre os movimentos no espaço derivadas das áreas da via dorsal são, portanto, importantes para a percepção da forma do objeto e são enviadas para a via ventral. Imprimir cap 28 do livro: Principio de neurociências – Kandel 50 – Qual a via aferente e eferente da miose e midríase? Diagrama das vias neurais envolvidas no reflexo pupilar à luz. A entrada aferente da retina nasal cruza para o lado contralateral, e a entrada pupilar dos axônios das células ganglionares da retina sai do trato óptico no braquio do colículo superior para fazer sinapse no núcleo olivar pré-tectal. A entrada temporal para a retina do mesmo olho segue um curso semelhante no lado ipsilateral. Neurônios no núcleo olivar pré-tectal enviam fibras cruzadas e descruzadas através da comissura posterior para o núcleo de Edinger Westphal de cada lado. A partir daqui, as fibras parassimpáticas pré-ganglionares viajam com o nervo oculomotor e depois fazem sinapse no gânglio ciliar. Neurônios parassimpáticos pós- ganglionares passam do gânglio ciliar através dos nervos ciliares curtos para o músculo esfíncter da íris. Inervação pupilar e fisiologia dos reflexos pupilares fotomotores direto e consensual | Colunistas A investigação da contratilidade pupilar é tema recorrente em diversas áreas da medicina. Avaliamos sua simetria determinar lesões no tronco simpático, como na Síndrome de Horner em tumores depancoast e, além da contratilidade, sua responsividade à luz na consagrada escala de coma de Glasgow, incorporada no protocolo ATLS. Dessa forma, conhecer a fisiologia dos reflexos pupilares fotomotores direto e consensual perfazem o alicerce para um bom raciocínio clínico semiológico, não apenas para a oftalmologia, mas como também para a boa prática do médico generalista. A íris é composta por dois músculos, o músculo esfíncter da pupila, com inervação parassimpática, responsável pela miose (contração) pupilar, e o músculo dilatador da pupila, com inervação simpática, responsável pela midríase (dilatação pupilar). Estudaremos, a seguir, as vias aferentes e eferentes responsáveis, em última análise, pela ativação desses dois mecanismos. Vias Visuais Aferentes A retina humana conta com cinco tipos de neurônios: cones e bastonetes (fotorreceptores), células horizontais, células bipolares, células amácrinas e as células ganglionares. Após a transdução fotoquímica realizada pelos fotorreceptores, que se encontram nas camadas mais externas da retina, uma série de sinapses químicas acontece entre esses neurônios até a informaçãochegar às camadas mais internas da retina, onde se encontram as células ganglionares, que irão gerar um potencial de ação frente ao estímulo luminoso percebido. Figura 1. Organização celular da retina. (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017) Frequentemente chamadas de fibras retinofugais, são os axônios das células ganglionares que irão se projetar para fora do globo ocular pelo mesmo ponto, formando uma estrutura conhecida como disco óptico, visível no exame de fundo de olho, à oftalmoscopia. O disco óptico pode ser considerado como a primeira parte do nervo óptico, o II par de nervos cranianos. As informações captadas pela retina se projetam para diferentes partes do encéfalo e, de maneira abrangente, todas essas projeções podem ser segregadas em dois grandes grupos: osistema novo e o sistema antigo (GUYTON; HALL, 2017). O adjetivo “novo” refere-se a novas vias na linhagem evolutiva das espécies, enquanto o adjetivo “antigo” refere-se a projeções encontradas em linhas evolutivas mais antigas. Para compreender a fisiologia dos reflexos pupilares, se faz necessário conhecer brevemente parte dessas vias, como será brevemente abordado a seguir. Vias Visuais Novas Figura 2. Sistema novo. (SNELL, 2013) Puramente aferente, o nervo óptico de cada olho se projeta medialmente até encontrar o nervo óptico contralateral, logo acima da cela túrcica do osso esfenoide e abaixo do hipotálamo. Nesse ponto, ambos os nervos ópticos se fundem macroscopicamente, formando o quiasma óptico. Em formato de “x”, trata-se de estrutura anatomicamente pertencente ao hipotálamo, onde as projeções retinofugais apenas das retinas nasais decussam (cruzam).Logo após o quiasma óptico, as fibras retinofugais continuam a se projetar posteriormente, agora segregadas em fibras da retina lateral ipsilateral e da retina nasal contralateral, em uma estrutura conhecida como trato óptico. O trato óptico se projeta até a porção posterior do diencéfalo, fazendo sinapse com o corpo geniculado lateral do tálamo (CGL). Os neurônios do CGL, finalmente, projetam seus axônios, através das radiações ópticas, diretamente para o córtex visual primário, na fissura calcarina do lobo occiptal. Vias Visuais Antigas Existem várias vias visuais antigas, que fazem sinapse com diferentes partes do encéfalo. As principais projeções retinofugais do sistema antigo são: Núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo: participam da regulação do ciclo circadiano; Núcleos pré-tectais do mesencéfalo: participa do controle dos reflexos pupilares, assunto de nossa discussão; Colículo superior do mesencéfalo: participa de rápidos movimentos oculares, reflexos a estímulos visuais inesperados no campo visual; Núcleo geniculado ventrolateral do tálamo: participa do controle de funções comportamentais do corpo. Para nossa discussão, discutiremos apenas a via antiga responsável pelo reflexo pupilar fotomotor, a via retino-pré-tectal.Como o próprio nome já sugere, a via retino-pré- tectal consiste na sinapse de projeções retinofugais com um par de núcleos pré-tectais, localizados justamente na região pré-tectal do mesencéfalo, na altura dos colículos superiores. Cada um dos núcleos pré-tectais irá projetar axônios para ambos os lados do mesencéfalo, para outro par de núcleos, os núcleos de Edinger-Westphal. Estes núcleos, por sua vez, compõem o núcleo do III par de nervos craneanos, o nervo oculomotor, a via eferente dos reflexos pupilares fotomotores. Via Eferente – Nervo Oculomotor Os corpos celulares que originam o III par de nervos cranianos, o nervo oculomotor, se localizam no núcleo do oculomotor, no mesencéfalo, na altura dos colículos superiores. Cada núcleo é composto, por sua vez, por outros dois núcleos, o (1) núcleo motor principal e o (2) núcleo de Edinger-Westphal, ou núcleo parassimpático. Cada um dos núcleos pré- tectais, que receberam projeções retinofugais, irá projetar axônios tanto ipsilaterais quanto contralaterais aos núcleos de Edinger-Westphal, de forma que os dois núcleos, cada um de um nervo oculomotor, irá receber uma aferência, mesmo que o estímulo luminoso tenha sido projetado em apenas um dos olhos. Figura 3. Mesencéfalo.(SNELL, 2013) A partir de agora, cada nervo oculomotor – tanto o esquerdo quanto o direito – irá gerar uma eferência parassimpática ao estímulo luminoso percebido por apenas um dos olhos. As fibras parassimpáticas seguem perifericamente no nervo oculomotor até fazerem sinapse com o gânglio ciliar, de localização retrobulbar, dentro da órbita. As fibras pós- ganglionares irão projetar seus axônios, através dos nervos ciliares curtos, que irão finalmente inervar o músculo ciliar e o músculo esfíncter da pupila, causando finalmente uma miose pupilar parassimpática frente a um estímulo luminoso. Conhecer o trajeto dessas fibras parassimpáticas, com projeção periférica no nervo oculomotor, torna-se fundamentalmente importante no contexto, por exemplo, de trauma cranioencefálico (TCE), onde uma possível herniação de lobo temporal, secundária a um hematoma epidural, por exemplo, pode comprimir tais fibras, resultando em uma midríase ipsilateral à hernia (HENRY; BRASEL; STEWART, 2018). Figura 4. Inervação do músculo ciliar e da íris. (DRAKE et al., 2011) Inervação Simpática Pupilar Muito embora não participe do reflexo pupilar fotomotor (resposta miótica da pupila frente a um estímulo luminoso), cabe ainda contextualizar o leitor acerca da inervação simpática pupilar. Os neurônios pré-ganglionares que dão origem à inervação simpática da íris estão localizados na coluna celular intermédia da medula espinal, também conhecida como corno lateral da substância cinzenta da medula espinal. Com seus corpos celulares localizados na altura de C8-T2, formam uma região conhecida como centro cilioespinal de Budge. Os axônios de tais neurônios se projetam para o tronco simpático, onde eventualmente fazem sinapse com o gânglio cervical superior, na altura de C1-C3, imediatamente anterior à bifurcação da artéria carótida comum. As fibras simpáticas pós- ganglionares formam o nervo da carótida interna, que se funde ao plexo da carótida interna. Tal plexo ascende, junto com a carótida interna, até entrar no crânio, pelo canal carotídeo, do osso temporal. A partir daqui, vale ressaltar a divergência de alguns autores quanto às projeções de tais fibras pós-ganglionares à órbita. DRAKE et al., 2011, indicam que as fibras simpáticas se unem ao nervo nasociliar, ramificação do nervo oftálmico (V1), divisão superior do trigêmeo, V par de nervos cranianos. Através do nervo nasociliar, que entra na órbita pela fissura orbital superior, ganham o gânglio ciliar, os nervos ciliares curtos e finalmente chegam à íris. MCDOUGAL DH e GAMLIN PD, 2015, por outro lado, indicam que tais fibras seguem pela artéria oftálmica, um ramo da carótida interna. Junto com a artéria oftálmica, as fibras simpáticas se projetariam anteriormente, entrando na órbita pelo forame redondo (canal óptico), do osso esfenóide. De qualquer maneira, o consenso é de que tais fibras passam pelo gânglio ciliar, sem fazer sinapse com ele, e ganham os nervos ciliares curtos, inervando finalmente o músculo dilatador da íris. Conclusão As aferências visuais fazem sinapse através das projeções retinofugais pré- tectais. De lá, os núcleos pré-tectais projetam axônios para os dois lados do mesencéfalo, nos núcleos de Edinger-Westphal, que fazem parte do núcleo do oculomotor. Isso condiciona que a via eferente visual, o nervo oculomotor, promova uma inervação parassimpática no músculo esfíncter da íris, tanto ipsilateral ao estímulo luminoso (reflexo pupilar fotomotor direto), quanto contralateral a esse mesmo estímulo (reflexo pupilar fotomotor indireto, ou consensual). Em suma, ambas as pupilas, em um paciente hígido, irá se contrair, mesmo que apenas um dos olhos tenha recebido estímulo luminoso. Autor: Henrique Barros Barroso Instagram: @henriquebbarroso 51 – Faça um mapa mental ou fluxograma com os valores de refrência e/ou dados esperados de todos os testes da ficha clínica.
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