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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Disciplina: Corporate Finance Módulo: 1 - 4 Aluno: Bruno Rodrigues de Sousa Silva Turma: ONL022LO-POGFISP18T2 Tarefa: Amanda trabalha na área jurídica de uma empresa privada e, há tempos, tem o desejo de empreender. O seu grande sonho é construir uma rede de lojas cujas franquias vendam roupas femininas. No entanto, como uma grande caminhada começa sempre com um primeiro passo, Amanda decidiu contratar você, especialista em desenvolvimento e análise de viabilidade de projetos de investimento, para elaborar as projeções dos resultados e fluxos de caixa do que seria a sua primeira loja em um shopping da cidade. Amanda já vem amadurecendo a ideia e levantando uma série de informações pertinentes, pois sabe que, para elaborar as projeções, é preciso identificar e mensurar diversas variáveis de mercado. As informações levantadas por Amanda foram as seguintes: com o trabalho adequado de marketing, acredita-se que as vendas devem alcançar o valor de R$ 2.160.000,00 já no primeiro ano de atividade; o crescimento projetado das vendas para os anos seguintes de atividade são de 3% do segundo ao quinto ano, 2% no sexto ano e 1% nos quatro últimos anos do contrato de locação do ponto no shopping da cidade; o contrato de locação prevê o período de implantação mais 10 anos de atividade, sem garantia de renovação. A administração do shopping alega que precisa, estrategicamente, estar livre para administrar o mix da oferta de produtos e serviços oferecidos no shopping de tempos em tempos. Por essa razão, a vida útil do projeto de investimento é de 10 anos, quando devem ser projetados o encerramento da atividade e a liquidação do negócio; as deduções sobre as vendas totalizam 12%, já incluindo comissões e outros custos. O custo da mercadoria vendida está estimado em 45% do faturamento; as despesas operacionais fixas anuais estão projetadas em R$ 444.000,00 para os dois primeiros anos de operação e em R$ 480.000,00 por ano do terceiro ao décimo ano; o investimento total, exceto a aquisição do estoque inicial, está orçado em R$ 750.000,00, sendo total e linearmente depreciado em cinco anos; o valor do estoque para começar a operação está orçado em R$ 250.000,00 e deve ser comprado à 2 vista. O prazo médio de pagamento dos fornecedores passará a ser de 60 dias somente a partir da primeira reposição de estoques; após o início da operação, espera-se identificar a rotatividade da grade de roupas adequadamente e estabelecer o prazo médio de estoque em 45 dias; o prazo médio concedido aos clientes será de 90 dias, pois estima-se que 100% das vendas serão parceladas no cartão de crédito, em cinco vezes sem juros; como o prazo de exploração da atividade é de 10 anos, o valor residual do projeto consiste apenas na devolução da necessidade de capital de giro; estrategicamente, o regime tributário adotado é o de apuração do lucro real, com aplicação de uma alíquota que totaliza 34%; o investimento inicial total está orçado em R$ 1.000.000,00, dos quais R$ 525.000,00 serão captados com bancos, sendo pagos em sete parcelas anuais, calculadas pelo sistema SAC, mediante a aplicação de uma taxa efetiva de juros de 10% ao ano. O empréstimo será efetivado um mês antes do início da operação, e a primeira parcela terá vencimento para 12 meses; estima-se que o risco sistemático do setor de roupas femininas, adequado às características do negócio, seja 20% superior ao da carteira de mercado; os retornos do mercado de renda variável medidos pelo índice Bovespa vêm apresentando um histórico de remuneração média de 11,40%; os títulos do tesouro direto com vencimentos compatíveis com a vida útil do projeto estão oferecendo a rentabilidade de 3,40% ao ano e existe a possibilidade de 100% das vendas serem parceladas em apenas três vezes no cartão de crédito sem juros. No entanto, nesse caso, é previsto que as vendas resultem 20% menores, em razão da diminuição do prazo médio concedido aos clientes. TAREFA Com base nas informações apresentadas, Amanda quer que você realize as projeções necessárias e a análise da viabilidade do negócio. Amanda espera ainda que a devolução do capital próprio investido, devidamente remunerado pelo risco do negócio, aconteça em, no máximo, 48 meses. Sendo assim, projete os resultados e os fluxos de caixa livres da empresa e do acionista para analisar a viabilidade do negócio pretendido por Amanda nos dois cenários previstos: prazo médio de 90 dias concedido aos clientes, considerando 100% das vendas parceladas em 3 cinco vezes sem juros, e prazo médio reduzido, considerando 100% das vendas parceladas em três vezes sem juros, com redução de 20% no faturamento. A sua análise deve conter ao menos: Custo de capital próprio e custo médio ponderado de capital Cenário 1 Cenário 2 Com base nos cálculos obtivos, vemos que em ambos os cenários que a taxa mínima de atratividade fixou em 13% e que o Custo médio ponderado de capital fechou em 9,64%. Projeção dos resultados e dos fluxos de caixa livres da empresa e do acionista Cenário 1 4 Cenário 2 Analisando o FCLE e FCLA em ambos os cenários, podemos adiantar que o cenário 1 é o mais viável, mas para ter a certeza, faremos cálculos de outros indicadores de viabilidade. Análise de viabilidade VPL Cenário 1 5 Cenário 2 Calculando o fluxo de caixa livre da empresa no cenário 1, temos um VPL positivo de R$ 1.414.409,87, já o VPL com base no fluxo de caixa livre dos acionistas tem também um valor positivo de R$ 1.135.633,29 evidenciando o ganho adicional sobre o valor investido. No cenário 2 proposto para alteração da forma de recebimentos dos clientes onde projeta-se a redução de 20% nas receitas, temos que no fluxo de caixa livre da empresa o VPL será positivo em R$ 709.903,67, já o valor presente líquido com base no fluxo de caixa livre dos acionistas também é positivo em R$ 564.330,51. Estudando os dois cenários podemos supor que o projeto é viável. TIR Com base nos calculos obtidos, vemos no cenário 1 uma TIR para o fluxo de caixa livre da empresa de 30,82% e para o fluxo de caixa livre dos acionistas de 43,46%. No cenário dois as TIR são de 23,02% para o fluxo de caixa livre da empresa e para o fluxo de caixa livre dos acionistas de 33,09%. Analisando essas informações, observamos que a Taxa Interna de Retorno (TIR) é maior que a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), ou seja, os fluxos de caixas oferecem uma rentabilidade média maior do que a rentabilidade média exigida. Conclue-se que o projeto é considerado viável. Payback simples No fluxo de caixa livre da empresa temos para o cenário 1 o payback simples de 40 meses, para o cenário 2 o payback simples é de 48 meses, porém ao avaliar o payback do fluxo de caixa dos acionistas, para o primeiro cenário 33 meses, e de 39 meses para o segundo. Resumindo os dois cenários apresentam retornos dentro do prazo estipulado, só um ponto a se observar, e que no fluxo 6 de caixa livre do cenário dois o prazo calculado é máximo exigido pelos acionitas. Isso indica que o projeto dará o retorno dentro do prazo esperado. Payback descontado Ao considerar este indicador, vemos que o payback descontado do FCLE no primeiro e segundo cenário ultrapassa o prazo máximo estipulado de 48 meses respectivamente, tendo retorno a partir de 49 e 62 meses. Olhando para o FCLA apenas no cenário 1 apresenta um retorno menor ou igual ao exigido, obtendo retorno a partir de 40 meses. Conclusão da análise Analisando os indicadores de viabilidade, vemos que no cenário 1 é o mais viávelpara o caso, pois apresenta VLP positivo tanto no FCLE de R$ 1.414.409,87 e FCLA de R$ 1.135.633,29. Ainda uma TIR maior que a TMA, no FCLE de 30,82% e FCLA de 43,46%, no payback simples apresenta respectivamente 40 e 33 meses, dentro do prazo estabelecido pelos acionistas de até 48 meses. Já no payback descontado, o FCLE ultrapassa 1 mês do perído exigido e no FCLA trás retorno a partir de 40 meses. Agora analisando o cenário 2, também vemos que apresentam VLPs positivas, no FCLE de R$ 709.903,67 e FCLA de R$ 564.330,51. A Taxa Interna de Retorno (TIR) apresenta valores positivos e maiores que a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), no FCLE de 23,02% e FCLA de 33,09%. Sobre o payback simples, tanto para o FCLE e FCLA apresentam retorno dentro do prazo estabelecido, só observando que no caso do FCLE o retorno é no limite exigido pelos acionitas; no payback descontato ambos extrapolam muito o retorno exigido, isso inviabiliza o cenário, fazendo que o mesmo seja descartado. Em síntese, podemos observar que o fator decisivo para a escolha do cenário foi o payback descontado, pois o VPL, a TIR e o payback simples apresentaram valores favoráveis em ambos os cenários. Referências Bibliográficas FEUSER, C. E. P. Corporate Finance (Apostila). FGV
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