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[Resumo] O teste da orelhinha - Audiologia

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TESTE DA ORELHINHA
Emilly Peres - Fonoaudiologia UFES
O teste da orelhinha, também
conhecido como triagem auditiva
neonatal (TAN), é uma avaliação
realizada por exames eletrofisiológicos
e eletroacústicos, com objetivo de
detectar perda auditiva no período
neonatal. Essa estratégia permite
diagnóstico, manejo e reabilitação
precoces, idealmente antes dos 6
meses de vida.
Todos os recém-nascidos devem ser
submetidos à TAN, preferencialmente
nas primeiras 24 a 48 horas de vida,
ainda na maternidade, ou no primeiro
mês de vida, caso a criança tenha
nascido em domicílio ou em serviço de
saúde sem disponibilidade do exame,
assim recomendado pelo CFFa e
demais entidades.
Existem duas metodologias utilizadas
na triagem:
Emissões Otoacústicas Evocadas
(EOAE): é um teste rápido, simples, não
invasivo, com alta sensibilidade e
especificidade, capaz de identificar a
maioria das perdas auditivas cocleares;
Potencial Evocado Auditivo de Tronco
Encefálico (PEATE ou, em inglês,
BERA): é utilizado como primeira
escolha em neonatos e lactentes com
Indicadores de Risco para Deficiência
Auditiva (IRDA) devido à maior
prevalência de perdas auditivas
retrococleares nessa população e não
identificáveis por meio do registro das
EOAE.
⚠ Recém-nascidos com malformações
de orelha externa, mesmo que
unilateral, deverão ser encaminhados
diretamente para diagnóstico
otorrinolaringológico e audiológico, em
centro de referência especializado.
Indicadores de Risco para Perda
Auditiva (IRDA):
-História familiar de surdez permanente
na infância de instalação precoce,
progressiva ou tardia;
-UTI neonatal por mais de 5 dias;
-Infecções intraútero por toxoplasmose,
sífilis, rubéola, citomegalovírus, herpes
ou Zika;
-Malformações craniofaciais.
-Microcefalia congênita;
-Hidrocefalia congênita ou adquirida;
-Anormalidades do osso temporal;
-Síndromes que cursam com surdez;
-Entre outros.
Criança sem IRDA e com integridade
anatômica da orelha externa e média:
inicia com teste com EOAE. Caso não se
obtenha resposta satisfatória, o teste
EOAE deverá ser repetido e,
mantendo-se a falha, realizar de
imediato o PEATE, ainda na
maternidade.
Criança com IRDA: inicia com teste com
PEATE. Caso a resposta não seja
satisfatória, realizar o reteste com
PEATE em 30 dias. Mantendo falha no
reteste, encaminhar para avaliação
diagnóstica otorrinolaringológica e
audiológica.
Qual é o próximo passo após o
exame?
Quando detectado algum problema, o
bebê é encaminhado para um serviço
de diagnóstico, onde serão realizados a
avaliação otorrinolaringológica e
exames complementares. Nessa fase
muitos bebês apresentarão audição
normal e alguns terão a perda auditiva
confirmada. Uma vez confirmados o
tipo e o grau da perda auditiva, o bebê
será encaminhado para um programa
de intervenção precoce a fim de
orientar a família, preparar para o uso
de aparelhos de amplificação ou
implante coclear e terapia
fonoaudiológica. O fonoaudiólogo tem
papel fundamental durante todas as
fases do processo de detecção,
diagnóstico e intervenção precoce nas
alterações auditivas.
FONTE: TelessaudeRS - Teste da
Orelhinha.

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