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Fisiologia animal: Sistema digestório Ingestão dos alimentos – obedece a diversos fatores bioquímicos que agem sobre o sistema nervoso (hipotálamo) promovendo a fome ou à saciedade. Órgãos dos sentidos – olfato, visão e degustação. Informações mecânicas – podem partir do esôfago (deglutição) ou do próprio estômago. Outro elemento regulador – nível sanguíneo de glicose (glicemia). Nos ruminantes, o nível de glicose é baixo (45 a 55 mg/Dl) – como ocorre grande absorção de AGV’s parece que para tais animais o “informante” hipotalâmico do grau de saciedade não é a glicose e sim o nível dos AGV’s. Metabolismo normal – células precisam de 3 principais nutrientes: CHOs, proteínas e lipídeos + vitaminas e sais minerais. Alimentos – nutrientes nas formas físicas e químicas mais complexas. Função do TGI (tgi) – reduzir os alimentos `à moléculas + simples para serem metabolizadas. Função do aparelho digestivo -Fornecer ao organismo, de forma contínua, nutrientes, água e eletrólitos; -Armazenar alimentos por um determinado período e liberá-los parcialmente para sofrerem digestão; -Metabolizar o alimento para absorção; -Absorver os nutrientes; -Eliminar os resíduos alimentares (produtos não digeridos). Fisiologia da digestão Monogástricos – herbívoros, onívoros ou carnívoros. Poligástricos – herbívoros Mamíferos – boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Aves – bico, esôfago, pro-ventrículo, ventrículo (moela), intestino delgado e intestino grosso e cloaca. O papo das aves, assim como o rúmen, retículo e omaso nos poligástricos (ruminantes) são considerados pré estômagos. Glândulas anexas – salivares, fígado e pâncreas Aparelho digestivo – diferentes graus de especialização, conforme a espécie animal: adaptado ao tipo de alimento e precisa ser diferente para processar a digestão e absorção. TGI – parte do organismo necessária a ingestão dos alimentos (nutrientes), suas transformações e absorção; aquilo que não pode ser absorvido é eliminado com os excrementos (fezes e urina); - É considerado como um canal que se inicia na cavidade oral e termina no orifício anal. Fatores responsáveis pela digestão Digestão mecânica – quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos peristálticos; Digestão química – transformação das moléculas mais complexas em moléculas mais simples, através da ação dos sucos digestivos, que contém enzimas. - Mecânicas: Mastigação, deglutição, regurgitação, motilidade gástrica e intestinal e defecação. - Secretórios: atividade das glândulas digestivas do TGI e acessórias. - Químicos: enzimas e substâncias químicas produzidas pela mucosa gástrica - Microbianos: atividades secretoras dos microrganismos (bactérias, protozoários, fungos e leveduras) presentes no estômago e intestino dos animais poligástricos e no intestino dos herbívoros monogástricos. Digestão mecânica – língua, dentes e movimentos peristálticos Digestão química – sucos digestivos Fisiologia pré-gástrica Digestão bucal Alimento é captado de ≠ formas - Aves ➔ formato do bico nos informa como se dá a tomada do alimento (preensão). A galinha pega o grão de milho com um golpe sobre o mesmo e faz um movimento de cabeça deslocando o grão para trás, em direção ao esôfago; - Equídeos ➔ faz a tomada do alimento com ajuda do lábio superior que se assemelha a uma colher ou concha; - Bovinos ➔ fazem a captação dos alimentos com ajuda da língua que funciona como uma “foice”, puxando-os para dentro da cavidade bucal. Preensão e mastigação - Equinos utilizam os lábios - Bovinos e ovinos a língua - Suíno o focinho - Aves usam o bico Nas aves que ingerem o grão através de uma “bicada”, o tempo será igual a zero, enquanto os ruminantes e os equídeos podem realizar entre 70 e 90 movimentos mastigatórios por minuto. Preensão – ato de trazer o alimento até a boca (dentes, lábios e língua) Nos equídeos e bovinos (por exemplo) a mandíbula é mais estreita do que o maxilar e, desta forma, se as duas mesas dentárias forem colocadas uma sobre a outra não haverá encaixe perfeito entre as duas mesas; por tal razão é que encontramos o movimento de lateralidade. Tal movimento faz com que as duas mesas deslizem lateralmente e o material é triturado de modo diferente do ser humano. Além disso os dentes apresentam uma forma em bisel (oblíquo). Mastigação – varia com a espécie e o alimento ingerido O tipo de dente e a disposição das mandíbulas determinam o hábito de mastigação. Ex.: carnívoros cortam o alimento e mastigam pouco; herbívoros tem a mastigação completa. Saliva e glândulas salivares Saliva → formada por água, eletrólitos, muco e enzimas; - Água e muco: amolecem e lubrificam o alimento; - Lisozima: enzima com ações antibacterianas; - Amilase: enzima que digere amido – presente na saliva dos onívoros (suínos e aves), um pouco em equinos e ausente (traços?) em ruminantes e carnívoros. Três pares de glândulas secretoras: Maior glândula → parótida e apresenta secreção serosa; as outras duas (submandibulares e sublinguais) apresentam secreção mucosa. Estímulo para secreção vem do sistema nervoso vegetativo parassimpático que aumenta o volume da saliva na cavidade bucal. Deglutição (estágios) - Primeiro(voluntário): passagem de alimento ou água pela boca; Alimento é mastigado e misturado com a saliva formando o bolo alimentar, e este é movimentado para o palato duro (pela língua), para ser empurrado na direção da faringe. Ao mesmo tempo, o palato mole se eleva, fechando a parte caudal das narinas. A base da língua, então, age como uma alavanca, forçando o bolo alimentar para a faringe. - Segundo(involuntário): passagem pela faringe; Passagem do bolo alimentar pela faringe: estimula receptores de pressão nas paredes, inibindo de forma reflexa a respiração, fechando a laringe. A faringe encurta e por uma ação peristáltica dos músculos, o bolo alimentar é forçado para o esôfago. - Terceiro(involuntário): passagem pelo esôfago e chegada até o estômago. Alternância de relaxamento e contração dos anéis de músculo da parede do esôfago (peristalse). Ex.: alimentos sólidos e semissólidos pelo esôfago do equino → peristalse com velocidade de 35 a 40 cm/segundo. Alimentos líquidos podem ser levados a uma velocidade 5x maior. Fisiologia gástrica Estômago A digestão se inicia pela presença do alimento no estômago que se desencadeia as secreções estomacais. Dietas heterogêneas: alguns alimentos excitam mais do que outros as secreções gástricas. Secreções variadas: HCL, muco, pepsina, gastrina, fator intrínseco (de Castle). Fator de Castle: este produto das células parietais é uma mucoproteína que promove a absorção da V B12 pelo íleo. Sem ela ocorre a anemia perniciosa. Regiões fisiológicas - Região proximal – estoca o alimento e possui poucas contrações; serve para dilatar o estômago. - Região distal – tritura o alimento e a partir da região média ocorrem intensos movimentos peristálticos em direção ao piloro, causando constrição (apenas partículas < de 2mm passam para o intestino). Glândulas e secreções gástricas - Suco gástrico – combinação de substâncias secretadas do lúmen (fossetas) do estômago, que contém: HCL, muco, fator intrínseco, pepsinogênio (enzima proteolítica) e renina (enzima que atua na degradação do leite). *+ Viscoso que H2O em até 260x Localização das células secretoras gástricas Glândulas e secreções gástricas Suco – mecanismos neurais e hormonais Regulação da secreção (estímulo) – passa por 3 fases: - Cefálica: visão, cheiro, sabor - Gástrica: quando o alimento entra no estômago - Intestinal. Fase cefálica – resposta neural que aumenta a estimulação parassimpática (neural) para o estômago, estimulando as secreções gástricas. Fase gástrica - presença do alimento (principalmente proteína): secreção dos hormônios gastrina e histamina, que estimulam as células parietais para secretarem HCl. Acetilcolina (neurotransmissor): também estimula a secreção de ácido clorídrico. Fase gástrica – Ph do suco gástrico em mamíferos ± 2 (modo geral). 2.0 no homem;2.0 a 3.5 em aves 4.5 a 5.5 nos equídeos Glândulas e secreções gástricas - pH baixo: ativa o pepsinogênio (forma inativa da enzima pepsina) e a atividade da pepsina, iniciando a digestão de proteínas no estômago – que termina no intestino delgado. - Muco: cobre o epitélio de revestimento do estômago, protegendo-o dos líquidos gástricos; a falta ou problemas de secreção deste contribui para o desenvolvimento de úlceras. - Para que possa ocorrer a digestão intestinal é necessário que o duodeno se torne alcalino. - Fase intestinal ➔ hormônios colecistocinina (CKK), peptídeo inibidor gástrico e secretina (produzida pelas células S do duodeno): inibem a secreção de ácido clorídrico; esses hormônios são liberados do epitélio duodenal em resposta à presença de alimento no duodeno. - Motilidade Gástrica ➔ ação direta sobre a ingesta de várias formas, que variam em função do momento em que se encontra o processo de digestão; - Movimentos gástricos misturam o material ingerido com o suco gástrico, continuam a digestão mecânica (liquifazer o material ingerido) e levam o bolo alimentar para o duodeno a uma velocidade controlada. Bolo alimentar -> movimentos peristálticos (ação mecânica) + suco gástrico HCL + muco + enzimas (ação química) -> QUIMO - Esvaziamento do estômago ➔ regulado por reflexos provenientes do intestino delgado (ID); - Esse processo ocorre em intervalos de ± 1h durante o período que o estômago está vazio; - Herbívoros: o processo de esvaziamento se dá pela presença de mais alimento, pois se alimentam quase que constantemente. Vias gastrointestinais Motilidade Por meio de contração, os músculos intestinais podem: - Empurrar a ingesta de um local para diante; - Quebrar fisicamente o conteúdo e misturá-lo a secreção do TGI; - Reter o alimento em um determinado local para absorção e estocagem; - Movimentar a ingesta de modo que entre em contato com as paredes do trato digestivo (superfície de absorção).
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