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Manual de anestesiologia

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M A N U A L D E
A N E S T E S I O L O G I A 
A N A T O M I A D E C A B E Ç A E P E S C O Ç O .
P H E L Y P E M A I A A R A U J O
T I B É R I O G O M E S M A G A L H Ã E S
E M A N O E L I T A L O D E A L M E I D A S I L V A
H A D A J O R D A N A F A R I A S E S I L V A
O
P R O J E T O
A missão deste projeto é possibilitar aos
alunos uma ferramenta de estudo na qual
alguns conteúdos abordados na disciplina de
anatomia cabeça e pescoço sejam discutidos
de maneira sucinta e breve. Para tanto, foi
confeccionado este material como meio de
facilitar um pouco o aprendizado dos alunos
em relação a topografia, inervação e
anestesiologia.
 
Também foi indispensável traçar uma
metodologia de desenvolvimento do projeto. E
por fim, foi preciso conhecer o acervo de livros
referenciados que compõe o conteúdo deste
manual. Esses elementos foram as premissas
para o desenvolvimento do conteúdo
apresentado. 
 
CONFECÇÃO
DO PROJETO
Este trabalho é produto do projeto de
iniciação a docência dos alunos de
graduação Hada jordana e Emanoel Ítalo,
sob supervisão dos professores Phelype
Maia e TIbério Magalhães
A elaboração dos temas do manual seguiu
a ordem cronológica de acordo com os
conteúdos abordados durante o semestre.
Assim, facilitando no aprendizado dos
alunos, de maneira que os temas mais
complexos fossem abordados apenas no
final do período letivo. Por meio do
programa de iniciação a docência, os alunos
de graduação puderam reportar suas
maiores dificuldades aos monitores. Estas
informações foram repassadas aos
professores que em uma reunião decidiram
criar um material que pudesse dar suporte
no aprendizado dos alunos. 
ÍN
D
IC
E
I. TOPOGRAFIA DENTO-ALVEOLAR
Generalidades da maxila:-----------------------
Zonas de resistência----------------------------
Zonas de fragilidade-----------------------------
Relações com estruturas nobres----------------
Generalidades da mandíbula--------------------
Zonas de resistência-----------------------------
Zonas de fragilidade-----------------------------
Relação com estruturas nobres-----------------
Perguntas Disparadoras-------------------------
1
2
3
3
5
6
6
7
8
9
10
10
11
11
11
12
13
15
21
II. ANESTESIOLOGIA 
Generalidades------------------------------------
Propriedades físico-químicas dos-------------
anestésicos
Tipos de anestésicos-----------------------------
Instrumentais utilizados-------------------------
Cuidados------------------------------------------
Topografia dento-alveolar----------------------
Inervação trigeminal-----------------------------
Classificação das técnicas---------------------
Perguntas disparadoras-------------------------
MANUAL DE ANESTES IOLOG IA
ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO
GABARIDO DAS QUESTÕES DISPARADORAS---
REFERÊNCIAS------------------------------------
9
21
CAPÍTULO 01: TOPOGRAFIA
ANATOMIA CABEÇA E
PESCOÇO
CENTRO
UNIVERSITÁRIO
CHRISTUS
Generalidades
 Topografia dentoalveolar é a relação que ocorre entre os dentes superiores, inferiores e seus
respectivos alvéolos, bem como aquela mantida com os acidentes anatômicos localizados os ossos da
maxila e da mandíbula, com os quais estes mantêm relações de proximidade.
 É importante entender dessas relações topográficas devido à sua aplicabilidade clínica em
especialidades como a cirurgia, prótese e a endodontia.
 
Maxila
 Ao realizar um corte horizontal no processo alveolar, nota-se que cada lâmina óssea alveolar, a
externa (vestibular) e a interna (lingual), é formada por duas corticais: uma é a superfície externa
compacta do osso, e a outra, a cortical alveolar que forra o alvéolo e que, em radiologia, é conhecida como
lâmina dura Na região dos dentes anteriores, a lâmina vestibular apresenta-se bastante delgada.
 Na maxila, as duas corticais (superfície externa e cortical alveolar) estão intimamente unidas.Podem-
se encontrar, na superfície externa do osso, saliências ou relevos provocados pelas raizes dos dentes são
bem evidentes e são chamadas de eminências alveolares. A mais evidente dentre as eminências na
observação de um crânio seco é a eminência canina.
 Na região de pré-molar, as lâminas ósseas alveolares externas também se mostram delgadas, sem
apresentar tantas eminências como nos dentes anteriores.
 
Tábua óssea vestibular
Tábua óssea lingual
Septo interalveolar 
O alvéolo é formado por quatro paredes, são elas:
 Processos alveolares: conjunto de todos os alvéolos tanto da maxila quando da mandíbula. Uma
delas é importante para a formação da parede que constitui um alvéolo, o septo interalveolar. O septo
Interalveolar ou interdental é um septo ósseo que separa 2 alvéolos, dentro do alvéolo, temos outra
estruturas que está presente somente em dentes multirradiculares, os septos intra-alveolares ou
interradicular, esse septo separa entre si raízes de dentes multirradiculares.
Figura 1: Ilustração de algumas
estruturas que formam o alvéolo.
Crista zigomaticoalveolar: 
 Devido à sua presença, a lâmina alveolar vestibular da região dos primeiros molares apresenta-se
mais espessa; tambem se apresenta diferente conforme o tipo facial do indivíduo.
Tuberosidade da maxila:
 A tuberosidade da maxila é a região mais posterior da maxila, que mantém relações de proximidade
com o processo pterigoide, constituindo a parede posterior do seio maxilar, nessa região o tecido ósseo
bastante delgado, na qual encontramos, além dos dois últimos molares irrompidos, pequenos forames que
permitem a passagem de vasos e nervos.
Zonas de resistência
 Na maxila, existem alguns pilares originados no processo alveolar da maxila em direção ao crânio,
reforçados por dois arcos ósseos. Tem como principal objetivo receber as cargas mastigatórias e distribuir
dos dentes até a base do crânio. Na região de maxila temos 3 pilares, são eles o pilar canino (1) que tem
a origem no alvéolo dos caninos, o pilar zigomático(2) que se inicia no alvéolo do 1° molar superior e por
último o pilar pterigóideo(3) que se inicia no alvéolo do 3° molar superior.
1
2
3
 Na região de dentes anteriores, a lâmina externa se mostra mais espessa, já na região de molar, a
lâmina externa pode-se apresentar com maior espessamento por conta da crista zigomaticoalveolar
presente no alvéolo no 1° molar superior.
 Na região posterior ao último molar irrompido, a lâmina óssea externa une-se à interna.
Figuras 2:
Processo alveolar
maxilar
seccionado
horizontalmente.
Figura 3: Imagem mostrando os pilares de reforço presente na maxila.
Le Fort 1: 
 Traço de fratura horizontal do maxilar desde a base da abertura piriforme ate os processos
pterigoides, separa os processos alveolares, dentes e palato de todo o resto do viscerocrânio.
Le Fort 2: 
 Envolve, de ambos os lados, osso nasal, processo frontal da maxila, lacrial, soalho da órbita,
processo zigomático da maxila e processo pterigóide; em consequência, desloca um fragmento que inclui a
porção central do viscerocrânio, palato e processo alveolar
Le Fort 3: 
 Uma linha de fratura horizontal que passa, de cada lado, pela sutura frontonasal, sutura
frontomaxilar, lacrimal, etmoide, fissura orbital superior, asa maior do esfenoide e sutura frontozigomática,
em consequência, o neurocrânio e separado totalmente do viscerocrânio.
Relação com estruturas nobres
Cavidade nasal
 Os dentes anteriores e superiores podem estabelecer íntimo contato com o soalho da cavidade
nasal. Isso se deve principalmente ao tipo facial do indivíduo, em indivíduos com face baixar e larga
(euriprosópicos), as raízes desse elementos podem estabelecer um intimo contato com o soalho da
cavidade nasal, principalmente as raízes dos incisivos centrais. Já os de face alta e estreita
(leptoprosópicos), as raízes desses elementos vão estar mais afastadas do soalho nasal.
 Os ossos da face fraturam-se com frequência após fortes golpes por agressão ou por acidente.Dentes inclusos, cistos, tumores, osteomielite podem predispor os maxilares (principalmente a mandíbula)
a fraturas, notadamente nos indivíduos desdentados e idosos.
 As fraturas dos terços médio e superior da face são quase sempre transversais e envolvem vários
ossos. O francês Le Fort classificou-as em três tipos notavelmente constantes. 
Zonas de fragilidade
Figura 4: Ilustração das fraturas tipo
Le Fort 1, 2 e 3.
Seio maxilar
 Normalmente as raízes dos dentes anteriores não estabelecem relações de proximidade com seio
maxilar. Já as raízes dos dentes pré-molares e molarres estão em contato bastante intimo com o soalho
sinusal, podendo nee causar até mesmo elevações denominadas cúpulas alveolares.
 O seio maxilar pode apresentar várias formas e tamanhos, dependendo também de diversos
fatores como, por exemplo, tipo facial do indivíduo, idade e número de dentes presentes. Ele ente a
invadir os espaços deixados pelos dentes que vão sendo progressivamente extraídos, tornando-se
geralmente bastante desenvolvido nos pacientes desdentados.
Figura 7: Imagem mostrando a pneumatização do seio maxilar.
(1) Euriprosópico
(2) Mesoprosópico
(3) Leptoprosópico
321
Figura 5: Demonstração de um crânio euriprosópico, mesoprosópico e leptoprosópico, respectivamente.
Figura 6: Fotos mostrando a proximidade das raízes dos dentes
com o seio maxilar.
 Na região de dentes anteriores, as duas corticais ósseas
estão fortemente unidas, fazendo com que as lâminas alveolares
vestibular e lingual apresentem praticamente a mesma espessura.
Região de dentes anteriores
Região de pré-molares
 Na região dos pré-molares, a lâmina esterna apresenta duas
corticais unidas, frequentemente sem a presença de tecido ósseo
esponjoso interposto por elas. Já na lâmina interna, devido a presença
da linha milo-hióidea, acaba se tornando mais espessa e o aparecimento
de uma certa quantidade de osso esponjoso entre a cortical óssea e a
cortical alveolar.
Região de molares
 Na região de molares, observa-se a separação entre a direção do corpo da mandíbula e a
inclinação dos alvéolos desses dentes, que se deslocam cada vez mais para a lingual, bem como o
aparecimento de estruturas como a linha oblíqua. 
Figura 11: Corte horizontal da
mandíbula na região de molar. Figura 12: Corte axial da mandíbula em
uma tomografia.
 Na mandíbula, as lâminas ósseas interna e
externa dos alvéolos são muito mais fortes e
resistentes que as da maxila, essa característica esta
presente em toda a compacta óssea mandibular.
Mandíbula
Figura 8: Corte axial da mandíbula
ilustrando a espessura das corticais.
Figura 9:
Espessura das
corticais região
anterior.
Figura 10: Espessura das
corticais na região de pré-
molar.
Zonas de resistência
 A tração dos músculos mandibulares necessita
de um reforço especial, obediente à magnitude das
forças tensoras, para absorvê-las ou escoá-las.
Organizam-se assim traços de maior resistência,
também conhecidos como trajetórias da mandíbula.
 Na região de base da mandíbula, temos a trajetória marginal (basilar), nessa região a ação das
forças que tendem a se escoar pelas bordas posterior e inferir da mandíbula.
 Existe uma segunda trajetória que se origina no processo coronoide e se prolonga para baixo se
estendendo até o corpo da mandíbula, chamada de trajetória temporal.
 E por último, relacionado com a pressão dos dentes inferiores nos alvéolos, transformada em tração
óssea pela interposição do ligamento periodontal, temos a trajetória alveolar (obliqua ou milo-hióidea),
que corre diagonalmente para cima e para trás e termina no côndilo da mandíbula.
Zonas de fragilidade
 A mandíbula fica exposta a golpes de várias naturezas e
suas fraturas não são incomuns. Apesar de possuir áreas de
reforço, como por exemplo a protuberância mentoniana, possui
também áreas de debilidade criada pelos dentes,
principalmente o canino e o terceiro molar. Fraturas do corpo
da mandíbula costumam ser mais frequentes ao lado do mento
e na área do terceiro molar em direção ao ângulo da
mandíbula.
 A cortical óssea externa vai ficando progressivamente mais espessa por conta da linha oblíqua,
apresentando-se finalmente bastante espessada na altura do 3° molar. Devido a esse fato, entre cortical
óssea externa e a alveolar dos dentes nota-se uma quantidade considerável de tecido ósseo esponjoso.
Esse espessamento tem grande importância em procedimentos cirúrgicos como as exodontias realizadas
nessa região. A lâmina alveolar interna apresenta-se bastante delgada, não havendo, portanto, tecido
ósseo interposto entre suas duas corticais. 
Figura 12: Ilustração das trajetórias
presentes na mandíbula.
Figura 13: Ilustração das 
zonas de fragilidade da mandíbula
Relação com estruturas nobres
Canal mandibular
 Localiza-se no interior do corpo da mandíbula, tem um trajeto que tem início no forame da mandíbula
até o forame mentoniano, podendo ou não continuar em seu trajeto intraósseo até a região do mento.
 Geralmente o ápice da raiz dos 3° molares estão em íntimo contato com o nervo alveolar inferior,
quando isso ocorre, a remoção desse elemento dentário sem os devidos cuidados pode ou não ocasionar
parestesia, que é a perca temporária ou permanente da sensibilidade da região inervada do nervo afetado.
Figura 14: Imagem ilustrando a proximidade dos molares mandibulares com o canal
mandibular.
 No ramo da mandíbula, as mais frequentes são as fraturas do colo, geralmente bilaterais, devido a
golpes recebidos no mento. O restante do ramo é bem protegido por músculos. Mesmo assim ocorrem, ás
vezes, fraturas transversais do processo coronoide.
PERGUNTAS DISPARADORAS:
1- Qual dente possui maior proximidade com o seio maxilar, geralmente é o:
A. Primeiro molar superior 
B. Terceiro molar Superior 
C. Canino 
D. Segundo molar superior
2- Para remoção do dente 14. Qual movimento deve ser evitado?
A. Rotação 
B. Extrusão 
C. Vestibular-Palatino 
D. Intrusão
3- Em qual região deve-se evitadar uma punção terminal infiltrativa devido as zonas de reforço.
A. Região de molares superiores 
B. Região de canino superior 
C. Região de incisivos inferiores 
D. Vestibular de Molares inferiores
4- Qual dente tende a disseminar infecções para o palato?
A. Incisivo lateral superior 
B. Canino 
C. Primeiro molar inferior 
D. Incisivo central superior
CAPÍTULO 02:
ANESTESIOLOGIA
ANATOMIA CABEÇA E
PESCOÇO
CENTRO
UNIVERSITÁRIO
CHRISTUS
Generalidades
Anestesia local 
 A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda
das sensações sem alteração do nível de consciência (Ferreira, 1999).
 Quando utilizamos um anestésico local na clínica, são três as características que nos interessam
diretamente:
A Potência do anestésico;
Duração;
Tempo de ação (PKA).
Propriedades Físico-químicas dos anestésicos 
Amidas Esteres
Quanto maior for o PKA, mais demorado vai se ter o início de ação.
 Um anestésico é composto por duas formas, a forma ionizada e a não ionizada. A forma não
ionizada é responsável por atravessar a membrana bilipidica do nervo e a forma ionizada é a parte que
confere a potência da droga.
 Todo anestésico possui uma ação vaso dilatadora, e para que a duração do anestésico ocorra por
mais tempo, junto a ele se faz necessário o uso de vasoconstritores, sendo os mais comuns a adrenalina,
noradrenalina, fenilefrina e felipressina. São responsáveis por aumentar a duração do anestésico, produzir
hemostasia e ajudam a diminuir a toxicidade.
Figura 1: Especificações sobre os anestésicos tipo amida e éster.
Anestésicos: Amida
 Dos anestésicos do tipo amida, os mais utilizados são:
.
Anestésicos: Éster
 Do tipo éster, temos a procaína, tetracaína, cocaína e a
benzocaína que é o mais utilizado. A benzocaína é:
Anestésico local tópico convencional;Solubilidade em água;
Reações tóxicas desconhecidas; 
Alergia = localizada após uso prolongado e repetido.
Instrumentais utilizados
Figura 4: Seringa carpole. Figura 5: Agulha
gengival.
Figura 6: Tubete
anestésico.
Cuidados 
O bisel da agulha deve estar sempre voltado para o osso.
O anestésico deve ser aplicado lentamente (1-3 min.)
Sempre que possível aspirar.
Observar as possíveis reações do paciente.
Figura 2: Componentes de um tubete
anestésico.
Figura 3: Benzotop (benzocaína),
anestésico tópico.
Topografia dentoalveolar
 A topografia dentoalveolar é a relação que ocorre entre os dentes superiores, inferiores e seus
respectivos alvéolos, bem como aquela mantida com os acidentes anatômicos localizados nos ossos
maxila e mandíbula, com os quais estes mantêm relações de proximidade.
Maxila
 A maxila é um osso bastante poroso, indo para a direção posterior, essa característica se encontra
ainda mais presente, por conta disso melhor será a dissociação dos anestésicos.
Região de incisivos e caninos
 Os dentes anteriores se encontram vestibularizados, ou seja, a cortical óssea para vestibular é
mais delgada. Já a lâmina óssea palatina apresenta tecido ósseo esponjoso entre na cortical patina e
alveolar.
Região de molares e pré-molares
 Os elementos posteriores também se encontram vestibularizados, possuindo assim, um osso de
menor espessura para vestibular. Porém, com maior área espessa em relação aos dentes anteriores.
Mandíbula
 Na mandíbula, as laminas ósseas internas e externas dos alvéolos são muito mais fortes e
resistentes que a maxila, caracterizando como um osso compacto. (MADEIRA,2010)
Figura 7: Ilustração de algumas estruturas topográficas da maxila e mandíbula.
Região de incisivos e caninos
 Essa região os dentes possuem uma cortical óssea tanto vestibular quando a lingual bastante
delgada, porém a cortical vestibular se encontra mais delgada mais delgada, sendo eles vestibularizados.
Região de pré-molares
 Esses dentes são verticalizados, possuem um equilíbrio entre a cortical vestibular e lingual. Porém,
na face lingual existe um acidente anatômico chamado linha milo- hióidea que dá maior resistência a
dissolução do anestésico.
Região de molares
 Os molares são grupos de dentes que se comportam sendo lingualizados. Além disso, possuem
acidentes anatômicos tanto para vestibular quando para lingual. Por conta disso, nesses dentes será
realizado uma técnica anestésica mais específica.
Inervação trigeminal
 Para a realização de uma anestesia, se faz necessário um conhecimento sobre o nervo trigêmeo. O
nervo trigêmeo é dividido em três grande ramos, o V1 - Oftálmico, V2 - Maxilar e o V3 - Mandibular, é um
nervo misto responsável pela inervação de grande parte da região de cabeça e pescoço e do músculos da
mastigação. E devido a área de atuação do cirurgião dentista, ramo maxilar e o ramo mandibular são os
mais importantes. 
Principais ramos maxilares
N. Alveolar superior médio
N. Alveolar superior Posterior
 Inerva a região de molares, exceto a raiz mesiovestibular do
primeiro molar superior, ligamento periodontal, bem como a
mucosa vestibular.
 Inerva os pré-molares e a raiz mesiovestibular do
primeiro molar superior, ligamento periodontal, bem como a
mucosa vestibular.
N. Alveolar superior anterior
 Inerva os dentes anteriores, ligamentos periodontais desses dentes, bem como a mucosa vestibular
dessa região.
Figura 8: Ramos oftálmico e
maxilar do nervo trigêmeo.
 Inerva pálpebra inferior, asa do nariz, lábio inferior e gengiva vestibular dos incisivos, caninos e pré-
molares.
N. Palatino maior
 Inerva a região de mucosa palatina de pré-molar e molares.
N. Palatino menor
 Inerva a região de palato mole, úvula e amídalas palatinas.
N. Nasopalatino
 Inerva a região de mucosa palatina de canino a canino.
N. Infraorbital
Principais ramos mandibulares
N. Alveolar inferior
 Inerva os pré-molares e molares, além dos ligamentos
periodontais.
N. Bucal
 Mucosa da bochecha e mucosa vestibular dos
molares inferiores.
N. Ligual
 Mucosa lingual de todos os dentes inferiores, glândula submandibular e sublingual, assoalho da
boca e os dois terços anteriores da língua.
N. Mentual
 Mucosa do lábio inferior e mucosa vestibular dos incisivos, caninos e pré-molares.
N. Incisivo
Inerva a região de dentes anteriores, periodonto e polpa.
N. Milo hioideo
Inerva o músculo milo hioideo e o ventre anterior do músculo digástrico.
Figura 9: Subdivisões do ramo mandibular do
trigêmeo.
Inflamação aguda na área da injeção;
Osso denso recobrindo os ápices dentários;
Infecção, inflamação e neoplasias na área.
Classificação das técnicas anestésicas
Terminal infiltrativa - Envolve as ramificações terminais de um nervo.
Bloqueio regional - Envolve o próprio nervo em seu trajeto.
Bloqueio troncular - Deposição no tronco ou no ramo nervoso.
Complementares - Intra pulpar, intra ligamentar, intra óssea.
Ponto de punção
 Local onde a agulha vai ser penetrada.
Ponto de reparo
 Acidente anatômico de referência para a aplicação do
anestésico.
Área anestesiada
 Local onde os impulsos nervosos serão bloqueados.
Técnica terminal infiltrativa
Indicações:
Quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes;
Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita.
Contra indicações:
Terminal infiltrativa nervo ASP
Técnica terminal infiltrativa.
Nervo alveolar superior posterior.
Ponto de punção: Fundo de sulco vestibular.
Ponto de reparo: Ápice do dente.
Figura 10: Ilustração da técnica terminal
infiltrativa.
Figura 11: Demonstração da técnica
terminal infiltrativa no nervo ASP.
Terminal infiltrativa nervo ASM
Técnica terminal infiltrativa.
Nervo alveolar superior médio.
Ponto de punção: Fundo de sulco vestibular.
Ponto de reparo: Ápice do dente.
Terminal infiltrativa nervo ASA
Técnica terminal infiltrativa.
Nervo alveolar superior anterior.
Ponto de punção:Fundo de sulco vestibular.
Ponto de reparo: Ápice do dente.
Terminal infiltrativa nervo incisivo
Técnica terminal infiltrativa.
Nervo incisivo.
Ponto de punção: Fundo de sulco vestibular.
Ponto de reparo: Ápice do dente.
Terminal infiltrativa nervo lingual
Anestesia terminal infiltrativa.
Nervo lingual.
Ponto de punção: Mucosa lingual próximo aos molares.
Ponto de reparo: Região subperiosteal do primeiro e
segundo molar.
Figura 12: Demonstração da técnica
terminal infiltrativa no nervo ASM.
Figura 13: Demonstração da técnica
terminal infiltrativa no nervo ASA.
Figura 14: Demonstração da técnica
terminal infiltrativa no nervo incisivo.
Figura 15: Demonstração da técnica
terminal infiltrativa no nervo lingual.
Técnica de bloqueio regional
Indicações
Tratamento de inúmeros dentes; 
Quando a técnica terminal infiltrativa está contraindicada;
Quando a Terminal infiltrativa não teve sucesso.
Contra indicações
Quando o risco de hemorragia é muito grande.
Áreas com presença de infecção.
Presença de inflamação.
Trismo.
Bloqueio regional do nervo ASP
Técnica de bloqueio regional.
Nervo Alveolar Superior Posterior.
Ponto de Punção: Mucosa bucal na região de tuberosidade da maxila.
Ponto de Reparo:Tuberosidade da maxila.
Bloqueio regional do nervo Infra orbital
Técnica de bloqueio regional.
Nervo infra orbital.
Ponto de punção: Fundo de sulco na região de canino
superior.
Ponto de reparo: Forame infra orbital.
Bloqueio regional do nervo nasopalatino
Técnica de bloqueio regional.
Nervo nasopalatino.
Ponto de punção: mucosa da papila incisiva.
Ponto de reparo: forame incisivo.
Figura 16: Ilustração da técnica
de bloqueio regional.
Figura 17: Ilustração da técnica
de bloqueio regional do nervo
ASP.
Figura 18: Ilustração da técnica de
bloqueio regional do nervo Infra orbital.
Figura 19: Ilustração da técnica de
bloqueio regionaldo nervo nasopalatino.
Bloqueio regional do nervo maxilar
Técnica de bloqueio regional.
Nervo maxilar.
Ponto de punção: altura da prega mucovestibular acima
da face distal do 2° molar superior.
Ponto de reparo: Tuberosidade da maxila e processo
maxilar do zigomático.
Bloqueio regional do nervo palatino maior
Anestesia Bloqueio regional.
Nervo palatino maior.
Ponto de punção: mucosa palatina (1 cm a baixo da
cúspide disto-palatina do segundo molar).
Ponto de reparo: forame palatino maior.
Bloqueio regional do nervo bucal
Técnica de bloqueio regional.
Nervo bucal.
Ponto de punção: Mucosa bucal anterior ao ramo da
mandíbula.
Ponto de punção: Linha obliqua externa.
Bloqueio regional do nervo mentual
Técnica de bloqueio regional.
Nervo mentual.
Ponto de punção: Fundo de sulco vestibular na região
de primeiro e segundo pré-molar.
Ponto de reparo: Forame mentual.
Figura 20: Ilustração da técnica de bloqueio regional do nervo
palatino maior.
Figura 21: Ilustração da técnica de
bloqueio regional do nervo maxilar.
Figura 22: Ilustração da técnica de bloqueio
regional do nervo bucal.
Figura 23: Ilustração da técnica de
bloqueio regional do nervo mentual.
Técnicas Especiais
Bloqueio regional do nervo alveolar inferior
Técnica de bloqueio regional.
Nervo alveolar inferior.
Ponto de punção: Entre a rafe pterigomandibular,
ramo da mandíbula e 1cm a cima da oclusal.
Ponto de reparo: Forame mandibular.
Técnica de Gow-Gates
Técnica de bloqueio troncular.
Nervo alveolar inferior.
Ponto de punção: Mucosa bucal, sobre a face medial do ramo da mandíbula, distalmente ao ápice da
cúspide mésio-lingual do segundo molar superior, seringa na região de caninos e pré-molares
contralaterais.
Ponto de reparo: Côndilo da mandíbula.
 Esse tipo de técnica é utilizada em procedimento de
grande porte ou que demande de muito tempo para a
realização do procedimento e se caso a técnica de bloqueio
regional falhe.
Figura 24: Ilustração da técnica de bloqueio
regional do nervo alveolar inferior.
Figura 25: Ilustração da técnica
de Gow-Gates.
Figura 26: Ilustração da técnica de
Bloqueio troncular do ramo mandibular.
Técnica de Vazirani-Akinosi
Técnica utilizada em pacientes com trismo.
Técnica de bloqueio regional.
Nervo alveolar inferior
Ponto de punção: 1,5cm acima do plano oclusal com uma agulha longa posicionada medialmente ao
ramo da mandíbula.
Ponto de reparo: Forame mandibular.
Técnicas complementares
Técnica intra pulpar Técnica intra óssea
Utilizada em Endodontia e dentística. Técnica utilizada em casos de infecção,
porém raramente é usada.
Figura 28: Demonstração da técnica intra
pulpar.
Figura 27: Utilização da técnica de Vazirani-
Akinosi.
Figura 29: Demonstração da técnica intra
óssea.
Usada em exodontia e endodontia.Usada em gengivectomias.
Técnica intra septal Técnica intra ligamentar
Figura 30: Demonstração da técnica intra
septal.
Figura 31: Demonstração da técnica intra
ligamentar.
PERGUNTAS DISPARADORAS
1- Assinale a opção que apresenta apenas anestésicos locais do tipo éster.
A. Articaína, benzocaína, procaína e bupivacaína
B. articaína, lidocaína, procaína e etidocaína
C. lidocaína, etidocaína, bupivacaína e clorprocaína
D. benzocaína, procaína, tetracaína e clorprocaína
2- Se, na realização de bloqueio anestésico realizado de maneira incorreta, a solução anestésica for
deixada na saída do forame redondo, ocorrerá insensibilidade em:
A. Toda a mandíbula e no terço posterior da língua no lado anestesiado.
B. Apenas a região de molares superiores do lado anestesiado.
C. Toda a maxila e região de palato mole do lado anestesiado.
D. Todo o globo ocular, na conjuntiva, nas glândulas lacrimais e em parte da mucosa nasal no lado
anestesiado.
3- Qual a função dos vasosconstrictores que compõem os anestésicos locais?
A. Elevar a pressão arterial, reduzindo o sangramento.
B. Retardar a absorção do anestésico local, aumentando a duração do seu efeito e diminuir a toxicidade
C. Aumentar o sangramento, devido à vasoconstrição local.
D. NDA
4- Quando utilizamos a técnica debloqueio regional do nervo alveolar inferior, que nervos são anestesiados
junto a ele?
A. Alveolar inferior, lingual e milo-hóideo.
B. Alveolar inferior, lingual e bucal.
C. Alveolar inferior, aurículo temporal e bucal.
D. Alveolar inferior, lingual, bucal e milo-hióideo .
5- Na interpretação das propriedades dos anestésicos locais, o que determina a maior potência anestésica
da droga no local infiltrado é:
A) o pKa. 
B) a ligação protéica. 
C) a solubilidade lipídica. 
D) a hidrossolubilidade.
 
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Referências
GABARITO DAS PERGUNTAS DISPARADORAS:
CAPÍTULO 01: TOPOGRAFIA DENTO-ALVEOLAR
1- D 2- A 3- D 4- A
CAPÍTULO 2: ANESTESIOLOGIA
1- D 2- C 3- B 4- A 5- C

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