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PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE BAICO RISCO Assistência pré-natal é um conjunto de cuidados destinados à mulher (e ao feto, consequentemente) que objetiva oferecer o desenvolvimento saudável da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável sem impacto para a saúde materna; promovendo uma experiencia positiva durante a gravidez. Para ampliar a captação precoce das gestantes, o Ministério da Saúde, por intermédio da Rede Cegonha, incluiu o Teste Rápido de Gravidez nos exames de rotina do pré-natal: a. Toda mulher com história de atraso menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o Teste Imunológico de Gravidez (TIG), que será solicitado pelo médico ou enfermeiro b. Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo exame clínico (ausculta de BCF) e torna-se desnecessária a solicitação do TIG → Se a ausculta der negativo, deve solicitar o TIG O ßHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias após a concepção. Os níveis plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um pico entre 60 e 90 dias de gravidez Assim que a gravidez é conformada, recomenda-se o início das consultas pré-natais e ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal. Deverão ser fornecidos: ▪ O Cartão da Gestante, com a identificação preenchida, o número do Cartão Nacional da Saúde, o hospital de referência para o parto e as orientações sobre este; ▪ Calendário de vacinas e suas orientações; ▪ Solicitação dos exames de rotina; ▪ Orientações sobre a participação nas atividades educativas (reuniões e visitas domiciliares). CLASSIFICAÇAÕ DE RISCO GESTACIONAL É indispensável que a avaliação do risco de gravidez seja permanente, ou seja, aconteça em toda consulta para evitar um pior desfecho materno-fetal. Para uma gravidez ser considerada de baixo risco: não há necessidade de se utilizar alta densidade tecnológica em saúde e nos quais a morbidade e a mortalidade materna e perinatal são iguais ou menores do que as da população em geral. Assim definida, a gravidez de baixo risco somente pode ser confirmada ao final do processo gestacional, após o parto e o puerpério. Além disso, é valido lembrar que: a caracterização de uma situação de risco, todavia, não implica necessariamente referência da gestante para acompanhamento em pré-natal de alto risco. FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BASICA: Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis: ▪ Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos; ▪ Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse; ▪ Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez ou situação conjugal insegura; ▪ Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular); ▪ Condições ambientais desfavoráveis ▪ Altura menor do que 1,45m; ▪ IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: ▪ Recém-nascido com restrição de crescimento, pré- termo ou malformado; ▪ Macrossomia fetal; ▪ Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; ▪ Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos; ▪ Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); ▪ Cirurgia uterina anterior ▪ Três ou mais cesarianas. Fatores relacionados à gravidez atual: ▪ Ganho ponderal inadequado ▪ Infecção urinária ▪ Anemia. FATORES DE RISCO QUE PODEM INDICAR ENCAMINHAMENTO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Fatores relacionados às condições prévias: ▪ Comorbidades: cardiopatias, pneumopatias graves, nefropatias graves, endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo) + Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti- PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional) ▪ Doenças hematológicas, neurológicas, psiquiátricas que necessitam de acompanhamento, autoimunes ▪ Alterações genéticas maternas e ginecopatias (malformação uterina) ▪ Antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar ▪ Portadora de doenças infecciosas: HIV, sífilis terciaria, hanseníase, tuberculosa ▪ Dependência de drogas lícitas ou ilícitas Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: ▪ Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; ▪ História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI) ▪ Abortamento habitual ▪ Esterilidade/infertilidade Fatores relacionados à gravidez atual: ▪ Restrição do crescimento intrauterino ▪ Polidrâmnio ou oligoidrâmnio ▪ Gemelaridade ▪ Malformações fetais ou arritmia fetal ▪ Distúrbios hipertensivos da gestação FATORES DE RISCO QUE INDICAM ENCAMINHAMENTO À URGÊNCIA/EMERGENCIA OBSTETRICA ▪ Síndromes hemorrágicas ▪ Suspeita de pré-eclâmpsia, sinais premonitórios de eclampsia em gestantes hipertensas ou eclâmpsia ou crise hipertensiva (PA > 160-110) ▪ Amniorrexe prematura ▪ Isoimunização Rh e anemia grave (hemoglobina < 8) ▪ Trabalho de parto prematuro ▪ IG a partir de 41 semanas confirmadas ▪ Hipertermia (Tax > = 37,8C), na ausência de sinais ou sintomas clínicos de Ivas ▪ Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes ▪ Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra infecção que necessite de internação hospitalar; ▪ Suspeita de trombose venosa profunda em gestantes (dor no membro inferior, edema localizado e/ou varicosidade aparente) ▪ Investigação de prurido gestacional/icterícia ▪ Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com comprometimento sistêmico com menos de 20 semanas; ou vômitos inexplicáveis no 3º trimestre ▪ Restrição de crescimento intrauterino ▪ Oligoidrâmnio ▪ Casos clínicos que necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma etc. Nos casos com menos de 20 semanas, as gestantes podem ser encaminhadas à emergência clínica. CONSULTAS PRÉ-NATAIS PRIMEIRA CONSULTA ANAMNESE O ideal é que a primeira consulta ocorra no primeiro trimestre, sendo o contato inicial da paciente gestante com seu obstetra, devendo questionar sobre: ▪ Identificação → nome, número do cartão nacional de saúde, idade, cor, naturalidade, procedência, endereço atual, unidade de referência ▪ Dados socioeconômicos → Grau de instrução, profissão, estado civil, número e idade de dependentes, renda familiar, pessoas da família com renda, condições de moradia e de saneamento e distância da residência até a unidade de saúde. ▪ Antecedentes familiares → hipertensão, diabetes, malformação congênita e anomalias genéticas, gemelaridade, câncer, hanseníase, tuberculose (contato com portador), chagas, parceiro sexual portador de infecção pelo HPV ▪ Antecedentes pessoais gerais → Comorbidades, infecção (HIV, viroses), neoplasias, cirurgias anteriores (tipos e datas), transfusão de sangue, alergias, vacinação, uso de drogas, álcool, tabagismo e medicamentos PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES ▪ Antecedentes ginecológicos e obstétricos o IST’s o Ciclos menstruais o Uso de anticoncepcionais e tratamento para infertilidade o Cirurgias ginecológicas (idade e motivo) o Malformações uterinas o Mamas (patologia e tratamento) o Número de gestações, partos e abortamentos → Intercorrências ou complicações em gestações anteriores (especificar o máximo possível) o Idade daprimeira gestação e intervalo entre elas o Isoimunização Rh o Complicações nos puerpérios o Histórias de aleitamento anteriores (duração e motivo do desmame) ▪ Sexualidade → início das atividades sexuais, dispareunia, pratica sexual na gestação e em gestações anteriores, número de parceiros da gestante e uso de preservativos (uso correto) ▪ Gestação atual → DUM, peso prévio e altura, sinais e sintomas da gestação em curso, hábitos alimentares, fumo, drogas ilícitas e álcool + aceitação da gravidez (identificar gravida com fraca rede de suporte) + calcular a IG e data provável do parto CALCULO DA IDADE GESTACIONAL Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa: some o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas) Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu: a. DUM no início do mês: considere como data o dia 5 b. DUM no meio do mês: dia 15 c. DUM no fim do mês: dia 25 Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos: inicialmente a IG e DPP serão determinadas por aproximação, pela medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos fetais, que habitualmente ocorrem entre 18 e 20 semanas → Se não for possível essa aproximação clínica: pedir o mais rápido possível pela USG obstétrica. ▪ Até a 6ª semana: não ocorre alteração do tamanho uterino ▪ 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho normal ▪ 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual ▪ 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é palpável na sínfise púbica ▪ 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical ▪ 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical A partir da 20ª semana passa a existir relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional. DATA PROVÁVEL DO PARTO Duração média da gestação normal: 280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM Técnica pela regra de naegele: somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março). Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo do mês. EXAME FÍSICO GERAL: ▪ Avaliação nutricional (peso, altura e IMC) ▪ Inspeção da pele e mucosas ▪ Avaliação da tireoide, região cervical, supraclavicular e axilar ▪ Ausculta cardiopulmonar ▪ Exame do abdome ▪ Exame dos membros inferiores ▪ Sinais vitais: pulso, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória ▪ Pesquisa de edema – membros, face, região sacra e tronco PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES EXAME GINECO-OBSTETRICO: ▪ Exame clinico das mamas ▪ Palpação obstétrica o Inspeção do abdome → costuma ser globoso ou ovoide + surgimento de estrias + surgimento da linha negra o Palpação → manobras de leopold ▪ Medida e avaliação da altura uterina o É feito a partir da 12ª semana para avaliar o crescimento fetal de acordo com o IG o Técnica: com a gestante em decúbito dorsal, delimitar a borda superior da sínfise púbica e fixar a extremidade 0 da fita, com a outra mão (entre os dedos indicador e médio), atingir com a fita até o fundo uterino ▪ Ausculta dos batimentos cardiofetais → USG doppler a partir da sexta semana, após a 10ª-12ª semana, com o sonar e 20 semanas com o Pinard (normal: 120-160 bpm) ▪ Registro dos movimentos fetais; ▪ Exame ginecológico (inspeção dos genitais externos, exame especular, coleta de material para exame colpocitopatológico, toque vaginal). ▪ Teste de estimulo sonoro simplificado (Tess) ▪ começa apalpando o polo cefálico + ausculta o BCF por 4 períodos de 15 segundos e calcula a média. Realize o estimulo sonoro, colocando a buzina de Kobo sobre o polo cefálico fetal com ligeira compressão sobre o abdome materno (3-5 segundos ininterruptos). Durante esse período de estimulo deve-se observar o abdome materno a procura de identificar movimentos fetais visíveis. Após o estimulo → Repetir a ausculta dos BCF por 4 períodos de 15 segundos e refazer a média o Teste positivo: aumento mínimo de 15 batimentos em relação à medida inicial ou presença de movimentos fetais fortes e bruscos na inspeção o Teste negativo: ausência de resposta fetal. Deve ser repetido o teste com dez minutos de intervalo → Deve ser feitos testes mais acurados para avaliar a vitalidade fetal EXAMES COMPLEMENTARES ESSENCIAIS ▪ Hemograma ▪ Tipagem sanguínea e fator Rh ▪ Coombs indireto (se o fator Rh for negativo) o Procura por anticorpos contra células vermelhas no sangue com fator Rh positivo. Esses anticorpos são produzidos se uma pessoa Rh negativo entra em contato com sangue Rh positivo. o Exame negativo: repetido em 20 semanas o Exame positivo: encaminhar para pré- natal de alto risco ▪ Glicemia de jejum ▪ Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR ▪ Teste rápido diagnostico anti-HIV ▪ Anti-HIV ▪ Toxoplasmose IgM e IgG ▪ Sorologia para hepatite → HbsAg, anti-HBS (hepatite B) e anti-HCV ▪ Exame de urina e urocultura ▪ Se necessário: o USG obstétrica para avaliar a IG o Citopatológico de colo de utero o Exame de secreção vaginal o Parasitológico de fezes o Eletroforese de hemoglobina → pacientes negras, tiver antecedentes familiares de anemia falciforme ou apresentar história de anemia crônica PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES ORIENTAÇÕES GERAIS 1. Deve-se prescrever suplementação de sulfato ferroso (40mg de ferro elementar/dia) e ácido fólico (5mg/dia) para profilaxia da anemia 2. Deve-se orientar a gestante sobre os sinais de risco (perda de liquido, sangramento genital e redução dos movimentos fetais) e a necessidade de assistência em cada caso; 3. Deve-se referenciar a gestante para atendimento odontológico CONSULTAS SUBSEQUENTES Idealmente a frequências das consultas deve ser: ▪ Até 28ª semanas → mensais ▪ 28-36ª semanas → quinzenais ▪ 36ª até o parto → semanais Porém, em casos que essa rotina não seja possível, a gestante deve fazer, no mínimo: ▪ 1 consulta no primeiro trimestre ▪ 2 consultas no segundo trimestre ▪ 3 consultas no terceiro trimestre Se o parto não ocorrer até a 41ª semana, deve-se encaminhar a gestante para avaliação do bem-estar fetal Nessas consultas, deverá ser feito: ▪ Anamnese atual sucinta: enfatizar a pesquisa das queixas mais comuns na gestação e dos sinais de intercorrências clínicas e obstétricas, com o propósito de se reavaliar o risco gestacional e de se realizar ações mais efetivas ▪ Controle materno: o Estado da vacinação e controle dos exames complementares o Calculo da idade gestacional; o Peso e IMC → anote no gráfico e realize a avaliação nutricional subsequente e o monitoramento do ganho de peso gestacional; o Medida da pressão arterial o Palpação obstétrica e medida da altura uterina (anote os dados no gráfico e observe o sentido da curva para avaliação do crescimento fetal); o Pesquisa de edema o Exame ginecológico, incluindo das mamas, para observação do mamilo. ▪ Controle fetal: o Ausculta dos batimentos cardiofetais o Avaliação dos movimentos percebidos pela mulher e/ou detectados no exame obstétrico/ registro dos movimentos fetais; o Teste de estímulo sonoro simplificado (Tess), se houver indicação clínica EXAMES COMPLEMENTARES: Segundo trimestre: teste de tolerância para glicose com 75g, sea glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana), coombs indireto (se for Rh negativo) Mulher com coombs indireto negativo e parceiros Rh positivo: entre 28 e 34 semanas de gravidez deve receber imunoglobulina anti-D. Além disso, se a mulher for coombs indireto negativo + Rh positivo: no puerpério até 72 horas após o parto, recomenda-se profilaxia com imunoglobulina anti Rh (300 mcg). A imunoglobulina também está indicada em casos de: abortamento, gestação ectópica, gestação molar, sangramento vaginal ou após procedimentos invasivos Terceiro trimestre: a. Hemograma b. Glicemia em jejum c. Coombs indireto (se for Rh negativo) d. VDRL e. Anti-HIV f. Sorologia para hepatite B (HbsAg) g. Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente h. Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES i. Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação) MANOBRAS DE LEOPOLD-ZWEIFEL São feitas a partir do segundo trimestre e permite determinar a estática fetal + avaliar a AFU + localizar o foco da ausculta. As manobras de Leopold são difíceis de serem realizadas em mulheres obesas e em mulheres que tem polidrâmnio. PRIMEIRO TEMPO/MANOBRA ▪ Delimita-se o contorno do fundo do útero e a parte fetal que o ocupa ▪ Na maioria dos casos, é perceptível o polo pélvico → mais volumoso do que a cabeça, esferoide, de superfície irregular e resistente mais redutível. Às vezes, percebe-se as cristas ilíacas ▪ Se estiver o polo cefálico → verifica-se um corpo de superfície regular, resistente e irredutível, com duas regiões características, o occipital e a fronte. ▪ Se houver uma quantidade suficiente de líquido, deve-se anotar o rechaço, que é muito mais nítido na cabeça o Uma das mãos imprimi um impulso súbito ao polo fetal que, deslocado, desaparece – rechaço simples o Quando ele volta a situação primitiva – rechaço duplo Essa manobra permite determinar a situação fetal: SEGUNDA MANOBRA Deslizam-se as mãos do fundo do útero em direção ao polo inferior do órgão, tentando localizar o dorso do feto que se apresenta como uma superfície resistente e contínua Permite identificar a posição fetal (esquerda ou direita) A ausculta cardiofetal deve ser feita no lado do dorso do feto É considerada normal a frequência cardíaca fetal entre 120 a 160 batimentos por minuto TERCEIRA MANOBRA/MANOBRA DE LEOPOLD OU PAWLICK Avaliar qual polo fetal fica no estreito inferior – avalia se a apresentação é encefálica ou pélvica QUARTO TEMPO Completa o tempo 3, explorando se o feto já está se insinuando no estreito superior da bacia (alta e flutuante ou fixa ou insinuada) O examinador deve voltar suas costas para a paciente e colocar suas mãos sobre as fossas ilíacas caminhando-as em direção ao hipogástrio afastadas uma da outra cerca de 10cm – com a ponta dos dedos procura penetrar na pelve buscando avaliar o grau de penetração da apresentação no estreito superior da bacia – a entrada dos dedos depende do grau de insinuação do polo apresentado PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES VACINAÇÃO DT/DTPA ▪ dT→ Dupla adulto (difteria e tétano) ▪ dTpa → Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) HISTORICO VACINAL CONDUTA NA GESTAÇÃO Previamente vacinada, com pelo menos 3 doses do componente tetânico Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação Em gestante com vacinação incompleta tendo recebido uma dose de vacina contendo o componente tetânico Uma dose de dT e uma dose de dTpa (a partir da 20ª semana de gestação) Gestante com duas doses da vacina Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação Gestante não vacinada e/ou histórico desconhecido Duas doses de dT, com a dTpa sendo aplicada a partir da 20ª semana de gestação → intervalo mínimo de 1 mês estre elas VACINA CONTRA HEPATITE B É fornecida devido aos riscos de gestante não vacinada contrair a doença e transmitir para o feto Gestantes com esquema completo: não se deve vaciná-las. Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses) ou nenhuma dose: deve-se completar o esquema. → É fornecida após o primeiro trimestre de gestação. São três doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda e de 180 dias entre a primeira e a terceira. Em mães confirmadas para hepatite B: a administração precoce da vacina contra hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas do recém-nascido, bem como da imunoglobulina humana específica (IGHB - 0,5mL) VACINA CONTRA RAIVA HUMANA Só é recomendada em situações de pós-exposição ao vírus VACINA CONTRA FEBRE AMARELA Apenas em gestantes que residem ou vão se deslocar para área com recomendação de vacinação para febre amarela + lactentes que amamentam crianças menores de 6 meses também não devem ser vacinadas. TERMOS UTILIZADOS Sufixos: -gesta e -para, com razão de definir o quadro obstetrico da mulher Gesta: descreve o numero de gestações (idependente de terem chegado ou não ao parto) Para: descreve o numero de partos (independentemente de o feto ter a possibilidade de viver. Observação: a. Não incluem como abortos o feto embaixo de 22 semanas ou abaixo de 500 g. b. Não aumenta se a gravidez tiver sido gemelar c. Não diminui se o feto, que teria sido viavel, nasceu morto Então, por exemplo: • Nuligesta – nunca engravidou • Nulipara = nunca pariu. • Secundigesta = engravidou 2 vezes ALGUNS ACONSELHAMENTOS LIMPEZA ▪ É contraindicado banhos de imersão, quente e prolongado devido a predisposição para desmaios e vertigens ▪ Irrigações vaginais são proibidas ▪ Região genitoanal merece especial atenção devido ao aumento da umidade VESTUARIO ▪ Se há um grande desenvolvimento mamário, o uso de sutiã é obrigatório ▪ Deve estimular o uso de meia-calça elástica de média compressão para gestante → evita varizes e diminui dor por estase ▪ Salto Anabela com solado antiderrapante para estimular a circulação sanguínea e diminuir o risco de edema e varizes PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES TRABALHO ▪ Atividade não exagerada é permitida ▪ No último mês recomenda-se a interrupção das atividades fora de casa → a licença maternidade de 120 dias deve ser concedida por volta de 36 semanas de gravidez ATIVIDADE SEXUAL ▪ Só deve ser evitada em risco de abortamento e de parto pré-termo TABAGISMO, ETILISMO E DROGAS ILÍCITAS ▪ Tabagismo → aumenta a incidência de natimortalidade ante e intraparto ▪ Etilismo crônico → malformações congênitas (microcefalia e retardo) + síndrome alcoólica fetal que pode aparecer até os dois anos. ▪ Maconha medicinal também é proibida → deficiências neurocomportamentais no bebê + risco aumentado de anencefalia quando a maconha é usada no 1o trimestre da gravidez ▪ Opioides → síndrome de abstinência neonatal VIAGENS AÉREAS ▪ Em geral, mulheres com gestações únicas, não complicadas, podem voar longas distâncias com até 36 semanas de gravidez. ▪ Após 28 semanas, pode ser exigido um atestado do médico que confirme a normalidade da gestação e a data provável do parto. ▪ Longas viagens aéreas → estão associadas a maior risco de trombose venosa, mas não há confirmação de que a gravidez agrave essa complicação TINTURA DE CABELO ▪ Sem contraindicação para tinturas industrializadas ▪ Misturas oficinais não são recomendadas ▪ Preferencial uso de produtos à base de água ▪ Proibidos: alisantes, permanentes e descolorantes ÁCIDO FÓLICO ▪ Estima-se que a suplementação com ácido fólico diminuía a incidência das DTN