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PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE BAICO RISCO 
Assistência pré-natal é um conjunto de cuidados destinados 
à mulher (e ao feto, consequentemente) que objetiva 
oferecer o desenvolvimento saudável da gestação, 
permitindo o parto de um recém-nascido saudável sem 
impacto para a saúde materna; promovendo uma 
experiencia positiva durante a gravidez. 
Para ampliar a captação precoce das gestantes, o Ministério 
da Saúde, por intermédio da Rede Cegonha, incluiu o Teste 
Rápido de Gravidez nos exames de rotina do pré-natal: 
a. Toda mulher com história de atraso menstrual de 
mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de 
saúde a realizar o Teste Imunológico de Gravidez 
(TIG), que será solicitado pelo médico ou 
enfermeiro 
b. Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o 
diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo 
exame clínico (ausculta de BCF) e torna-se 
desnecessária a solicitação do TIG → Se a ausculta 
der negativo, deve solicitar o TIG 
O ßHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher 
grávida entre 8 a 11 dias após a concepção. Os níveis 
plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um pico 
entre 60 e 90 dias de gravidez 
Assim que a gravidez é conformada, recomenda-se o início 
das consultas pré-natais e ao acompanhamento da gestante, 
com seu cadastramento no SisPreNatal. 
Deverão ser fornecidos: 
▪ O Cartão da Gestante, com a identificação 
preenchida, o número do Cartão Nacional da 
Saúde, o hospital de referência para o parto e as 
orientações sobre este; 
▪ Calendário de vacinas e suas orientações; 
▪ Solicitação dos exames de rotina; 
▪ Orientações sobre a participação nas atividades 
educativas (reuniões e visitas domiciliares). 
CLASSIFICAÇAÕ DE RISCO GESTACIONAL 
É indispensável que a avaliação do risco de gravidez seja 
permanente, ou seja, aconteça em toda consulta para evitar 
um pior desfecho materno-fetal. 
Para uma gravidez ser considerada de baixo risco: não há 
necessidade de se utilizar alta densidade tecnológica em 
saúde e nos quais a morbidade e a mortalidade materna e 
perinatal são iguais ou menores do que as da população em 
geral. Assim definida, a gravidez de baixo risco somente 
pode ser confirmada ao final do processo gestacional, após 
o parto e o puerpério. 
Além disso, é valido lembrar que: a caracterização de uma 
situação de risco, todavia, não implica necessariamente 
referência da gestante para acompanhamento em pré-natal 
de alto risco. 
FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DO 
PRÉ-NATAL PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BASICA: 
Fatores relacionados às características individuais e às 
condições sociodemográficas desfavoráveis: 
▪ Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos; 
▪ Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária 
extensa, rotatividade de horário, exposição a 
agentes físicos, químicos e biológicos, estresse; 
▪ Situação familiar insegura e não aceitação da 
gravidez ou situação conjugal insegura; 
▪ Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de 
estudo regular); 
▪ Condições ambientais desfavoráveis 
▪ Altura menor do que 1,45m; 
▪ IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou 
obesidade. 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: 
▪ Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-
termo ou malformado; 
▪ Macrossomia fetal; 
▪ Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; 
▪ Intervalo interpartal menor do que dois anos ou 
maior do que cinco anos; 
▪ Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais 
partos); 
▪ Cirurgia uterina anterior 
▪ Três ou mais cesarianas. 
Fatores relacionados à gravidez atual: 
▪ Ganho ponderal inadequado 
▪ Infecção urinária 
▪ Anemia. 
FATORES DE RISCO QUE PODEM INDICAR 
ENCAMINHAMENTO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO 
Fatores relacionados às condições prévias: 
▪ Comorbidades: cardiopatias, pneumopatias graves, 
nefropatias graves, endocrinopatias 
(especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo 
e hipertireoidismo) + Hipertensão arterial crônica 
e/ou caso de paciente que faça uso de anti-
PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 
semanas de idade gestacional) 
▪ Doenças hematológicas, neurológicas, psiquiátricas 
que necessitam de acompanhamento, autoimunes 
▪ Alterações genéticas maternas e ginecopatias 
(malformação uterina) 
▪ Antecedentes de trombose venosa profunda ou 
embolia pulmonar 
▪ Portadora de doenças infecciosas: HIV, sífilis 
terciaria, hanseníase, tuberculosa 
▪ Dependência de drogas lícitas ou ilícitas 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: 
▪ Morte intrauterina ou perinatal em gestação 
anterior, principalmente se for de causa 
desconhecida; 
▪ História prévia de doença hipertensiva da gestação, 
com mau resultado obstétrico e/ou perinatal 
(interrupção prematura da gestação, morte fetal 
intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação 
da mãe em UTI) 
▪ Abortamento habitual 
▪ Esterilidade/infertilidade 
Fatores relacionados à gravidez atual: 
▪ Restrição do crescimento intrauterino 
▪ Polidrâmnio ou oligoidrâmnio 
▪ Gemelaridade 
▪ Malformações fetais ou arritmia fetal 
▪ Distúrbios hipertensivos da gestação 
FATORES DE RISCO QUE INDICAM ENCAMINHAMENTO 
À URGÊNCIA/EMERGENCIA OBSTETRICA 
▪ Síndromes hemorrágicas 
▪ Suspeita de pré-eclâmpsia, sinais premonitórios de 
eclampsia em gestantes hipertensas ou eclâmpsia 
ou crise hipertensiva (PA > 160-110) 
▪ Amniorrexe prematura 
▪ Isoimunização Rh e anemia grave (hemoglobina < 8) 
▪ Trabalho de parto prematuro 
▪ IG a partir de 41 semanas confirmadas 
▪ Hipertermia (Tax > = 37,8C), na ausência de sinais 
ou sintomas clínicos de Ivas 
▪ Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em 
gestantes 
▪ Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção 
ovular ou outra infecção que necessite de 
internação hospitalar; 
▪ Suspeita de trombose venosa profunda em 
gestantes (dor no membro inferior, edema 
localizado e/ou varicosidade aparente) 
▪ Investigação de prurido gestacional/icterícia 
▪ Vômitos incoercíveis não responsivos ao 
tratamento, com comprometimento sistêmico com 
menos de 20 semanas; ou vômitos inexplicáveis no 
3º trimestre 
▪ Restrição de crescimento intrauterino 
▪ Oligoidrâmnio 
▪ Casos clínicos que necessitem de avaliação 
hospitalar: cefaleia intensa e súbita, sinais 
neurológicos, crise aguda de asma etc. Nos casos 
com menos de 20 semanas, as gestantes podem ser 
encaminhadas à emergência clínica. 
CONSULTAS PRÉ-NATAIS 
PRIMEIRA CONSULTA 
ANAMNESE 
O ideal é que a primeira consulta ocorra no primeiro 
trimestre, sendo o contato inicial da paciente gestante com 
seu obstetra, devendo questionar sobre: 
▪ Identificação → nome, número do cartão nacional 
de saúde, idade, cor, naturalidade, procedência, 
endereço atual, unidade de referência 
▪ Dados socioeconômicos → Grau de instrução, 
profissão, estado civil, número e idade de 
dependentes, renda familiar, pessoas da família 
com renda, condições de moradia e de saneamento 
e distância da residência até a unidade de saúde. 
▪ Antecedentes familiares → hipertensão, diabetes, 
malformação congênita e anomalias genéticas, 
gemelaridade, câncer, hanseníase, tuberculose 
(contato com portador), chagas, parceiro sexual 
portador de infecção pelo HPV 
▪ Antecedentes pessoais gerais → Comorbidades, 
infecção (HIV, viroses), neoplasias, cirurgias 
anteriores (tipos e datas), transfusão de sangue, 
alergias, vacinação, uso de drogas, álcool, 
tabagismo e medicamentos 
PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
▪ Antecedentes ginecológicos e obstétricos 
o IST’s 
o Ciclos menstruais 
o Uso de anticoncepcionais e tratamento 
para infertilidade 
o Cirurgias ginecológicas (idade e motivo) 
o Malformações uterinas 
o Mamas (patologia e tratamento) 
o Número de gestações, partos e 
abortamentos → Intercorrências ou 
complicações em gestações anteriores 
(especificar o máximo possível) 
o Idade daprimeira gestação e intervalo 
entre elas 
o Isoimunização Rh 
o Complicações nos puerpérios 
o Histórias de aleitamento anteriores 
(duração e motivo do desmame) 
▪ Sexualidade → início das atividades sexuais, 
dispareunia, pratica sexual na gestação e em 
gestações anteriores, número de parceiros da 
gestante e uso de preservativos (uso correto) 
▪ Gestação atual → DUM, peso prévio e altura, sinais 
e sintomas da gestação em curso, hábitos 
alimentares, fumo, drogas ilícitas e álcool + 
aceitação da gravidez (identificar gravida com fraca 
rede de suporte) + calcular a IG e data provável do 
parto 
CALCULO DA IDADE GESTACIONAL 
Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida 
e certa: some o número de dias do intervalo entre a DUM e 
a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em 
semanas) 
Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas 
se conhece o período do mês em que ela ocorreu: 
a. DUM no início do mês: considere como data o dia 5 
b. DUM no meio do mês: dia 15 
c. DUM no fim do mês: dia 25 
Quando a data e o período da última menstruação são 
desconhecidos: inicialmente a IG e DPP serão determinadas 
por aproximação, pela medida da altura do fundo do útero e 
pelo toque vaginal, além da informação sobre a data de 
início dos movimentos fetais, que habitualmente ocorrem 
entre 18 e 20 semanas → Se não for possível essa 
aproximação clínica: pedir o mais rápido possível pela USG 
obstétrica. 
▪ Até a 6ª semana: não ocorre alteração do tamanho 
uterino 
▪ 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do 
tamanho normal 
▪ 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o 
tamanho habitual 
▪ 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que 
é palpável na sínfise púbica 
▪ 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a 
sínfise púbica e a cicatriz umbilical 
▪ 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na 
altura da cicatriz umbilical 
A partir da 20ª semana passa a existir relação direta entre as 
semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, 
este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana 
de idade gestacional. 
DATA PROVÁVEL DO PARTO 
Duração média da gestação normal: 280 dias ou 40 semanas, 
a partir da DUM 
Técnica pela regra de naegele: somar sete dias ao primeiro 
dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em 
que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove 
meses, se corresponder aos meses de janeiro a março). Nos 
casos em que o número de dias encontrado for maior do que 
o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o 
mês seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo do mês. 
 
EXAME FÍSICO 
GERAL: 
▪ Avaliação nutricional (peso, altura e IMC) 
▪ Inspeção da pele e mucosas 
▪ Avaliação da tireoide, região cervical, 
supraclavicular e axilar 
▪ Ausculta cardiopulmonar 
▪ Exame do abdome 
▪ Exame dos membros inferiores 
▪ Sinais vitais: pulso, pressão arterial, frequência 
cardíaca e respiratória 
▪ Pesquisa de edema – membros, face, região sacra 
e tronco 
PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
 
EXAME GINECO-OBSTETRICO: 
▪ Exame clinico das mamas 
▪ Palpação obstétrica 
o Inspeção do abdome → costuma ser 
globoso ou ovoide + surgimento de estrias 
+ surgimento da linha negra 
o Palpação → manobras de leopold 
▪ Medida e avaliação da altura uterina 
o É feito a partir da 12ª semana para avaliar 
o crescimento fetal de acordo com o IG 
o Técnica: com a gestante em decúbito 
dorsal, delimitar a borda superior da 
sínfise púbica e fixar a extremidade 0 da 
fita, com a outra mão (entre os dedos 
indicador e médio), atingir com a fita até o 
fundo uterino 
 
▪ Ausculta dos batimentos cardiofetais → USG 
doppler a partir da sexta semana, após a 10ª-12ª 
semana, com o sonar e 20 semanas com o Pinard 
(normal: 120-160 bpm) 
▪ Registro dos movimentos fetais; 
▪ Exame ginecológico (inspeção dos genitais 
externos, exame especular, coleta de material para 
exame colpocitopatológico, toque vaginal). 
▪ Teste de estimulo sonoro simplificado (Tess) 
▪ começa apalpando o polo cefálico + ausculta o BCF 
por 4 períodos de 15 segundos e calcula a média. 
Realize o estimulo sonoro, colocando a buzina de 
Kobo sobre o polo cefálico fetal com ligeira 
compressão sobre o abdome materno (3-5 
segundos ininterruptos). Durante esse período de 
estimulo deve-se observar o abdome materno a 
procura de identificar movimentos fetais visíveis. 
Após o estimulo → Repetir a ausculta dos BCF por 
4 períodos de 15 segundos e refazer a média 
o Teste positivo: aumento mínimo de 15 
batimentos em relação à medida inicial ou 
presença de movimentos fetais fortes e 
bruscos na inspeção 
o Teste negativo: ausência de resposta fetal. 
Deve ser repetido o teste com dez minutos 
de intervalo → Deve ser feitos testes mais 
acurados para avaliar a vitalidade fetal 
EXAMES COMPLEMENTARES ESSENCIAIS 
▪ Hemograma 
▪ Tipagem sanguínea e fator Rh 
▪ Coombs indireto (se o fator Rh for negativo) 
o Procura por anticorpos contra células 
vermelhas no sangue com fator Rh 
positivo. Esses anticorpos são produzidos 
se uma pessoa Rh negativo entra em 
contato com sangue Rh positivo. 
o Exame negativo: repetido em 20 semanas 
o Exame positivo: encaminhar para pré-
natal de alto risco 
▪ Glicemia de jejum 
▪ Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR 
▪ Teste rápido diagnostico anti-HIV 
▪ Anti-HIV 
▪ Toxoplasmose IgM e IgG 
▪ Sorologia para hepatite → HbsAg, anti-HBS 
(hepatite B) e anti-HCV 
▪ Exame de urina e urocultura 
▪ Se necessário: 
o USG obstétrica para avaliar a IG 
o Citopatológico de colo de utero 
o Exame de secreção vaginal 
o Parasitológico de fezes 
o Eletroforese de hemoglobina → pacientes 
negras, tiver antecedentes familiares de 
anemia falciforme ou apresentar história 
de anemia crônica 
 
PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
1. Deve-se prescrever suplementação de sulfato 
ferroso (40mg de ferro elementar/dia) e ácido 
fólico (5mg/dia) para profilaxia da anemia 
2. Deve-se orientar a gestante sobre os sinais de risco 
(perda de liquido, sangramento genital e redução 
dos movimentos fetais) e a necessidade de 
assistência em cada caso; 
3. Deve-se referenciar a gestante para atendimento 
odontológico 
CONSULTAS SUBSEQUENTES 
Idealmente a frequências das consultas deve ser: 
▪ Até 28ª semanas → mensais 
▪ 28-36ª semanas → quinzenais 
▪ 36ª até o parto → semanais 
Porém, em casos que essa rotina não seja possível, a 
gestante deve fazer, no mínimo: 
▪ 1 consulta no primeiro trimestre 
▪ 2 consultas no segundo trimestre 
▪ 3 consultas no terceiro trimestre 
Se o parto não ocorrer até a 41ª semana, deve-se 
encaminhar a gestante para avaliação do bem-estar fetal 
Nessas consultas, deverá ser feito: 
▪ Anamnese atual sucinta: enfatizar a pesquisa das 
queixas mais comuns na gestação e dos sinais de 
intercorrências clínicas e obstétricas, com o 
propósito de se reavaliar o risco gestacional e de se 
realizar ações mais efetivas 
 
▪ Controle materno: 
o Estado da vacinação e controle dos 
exames complementares 
o Calculo da idade gestacional; 
o Peso e IMC → anote no gráfico e realize a 
avaliação nutricional subsequente e o 
monitoramento do ganho de peso 
gestacional; 
o Medida da pressão arterial 
o Palpação obstétrica e medida da altura 
uterina (anote os dados no gráfico e 
observe o sentido da curva para avaliação 
do crescimento fetal); 
o Pesquisa de edema 
o Exame ginecológico, incluindo das mamas, 
para observação do mamilo. 
▪ Controle fetal: 
o Ausculta dos batimentos cardiofetais 
o Avaliação dos movimentos percebidos 
pela mulher e/ou detectados no exame 
obstétrico/ registro dos movimentos 
fetais; 
o Teste de estímulo sonoro simplificado 
(Tess), se houver indicação clínica 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Segundo trimestre: teste de tolerância para glicose com 75g, 
sea glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de 
risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 
28ª semana), coombs indireto (se for Rh negativo) 
Mulher com coombs indireto negativo e parceiros Rh 
positivo: entre 28 e 34 semanas de gravidez deve receber 
imunoglobulina anti-D. 
Além disso, se a mulher for coombs indireto negativo + Rh 
positivo: no puerpério até 72 horas após o parto, 
recomenda-se profilaxia com imunoglobulina anti Rh (300 
mcg). 
A imunoglobulina também está indicada em casos de: 
abortamento, gestação ectópica, gestação molar, 
sangramento vaginal ou após procedimentos invasivos 
Terceiro trimestre: 
a. Hemograma 
b. Glicemia em jejum 
c. Coombs indireto (se for Rh negativo) 
d. VDRL 
e. Anti-HIV 
f. Sorologia para hepatite B (HbsAg) 
g. Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for 
reagente 
h. Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) 
PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
i. Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 
semanas de gestação) 
MANOBRAS DE LEOPOLD-ZWEIFEL 
São feitas a partir do segundo trimestre e permite 
determinar a estática fetal + avaliar a AFU + localizar o foco 
da ausculta. 
As manobras de Leopold são difíceis de serem realizadas em 
mulheres obesas e em mulheres que tem polidrâmnio. 
PRIMEIRO TEMPO/MANOBRA 
▪ Delimita-se o contorno do fundo do útero e a parte 
fetal que o ocupa 
▪ Na maioria dos casos, é perceptível o polo pélvico 
→ mais volumoso do que a cabeça, esferoide, de 
superfície irregular e resistente mais redutível. Às 
vezes, percebe-se as cristas ilíacas 
▪ Se estiver o polo cefálico → verifica-se um corpo de 
superfície regular, resistente e irredutível, com 
duas regiões características, o occipital e a fronte. 
▪ Se houver uma quantidade suficiente de líquido, 
deve-se anotar o rechaço, que é muito mais nítido 
na cabeça 
o Uma das mãos imprimi um impulso súbito 
ao polo fetal que, deslocado, desaparece – 
rechaço simples 
o Quando ele volta a situação primitiva – 
rechaço duplo 
 
Essa manobra permite determinar a situação fetal: 
 
SEGUNDA MANOBRA 
Deslizam-se as mãos do fundo do útero em direção ao polo 
inferior do órgão, tentando localizar o dorso do feto que se 
apresenta como uma superfície resistente e contínua 
Permite identificar a posição fetal (esquerda ou direita) 
 
A ausculta cardiofetal deve ser feita no lado do dorso do 
feto 
 
É considerada normal a frequência cardíaca fetal entre 120 
a 160 batimentos por minuto 
TERCEIRA MANOBRA/MANOBRA DE LEOPOLD OU 
PAWLICK 
Avaliar qual polo fetal fica no estreito inferior – avalia se a 
apresentação é encefálica ou pélvica 
 
QUARTO TEMPO 
Completa o tempo 3, explorando se o feto já está se 
insinuando no estreito superior da bacia (alta e flutuante ou 
fixa ou insinuada) 
O examinador deve voltar suas costas para a paciente e 
colocar suas mãos sobre as fossas ilíacas caminhando-as em 
direção ao hipogástrio afastadas uma da outra cerca de 
10cm – com a ponta dos dedos procura penetrar na pelve 
buscando avaliar o grau de penetração da apresentação no 
estreito superior da bacia – a entrada dos dedos depende 
do grau de insinuação do polo apresentado 
PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
 
VACINAÇÃO 
DT/DTPA 
▪ dT→ Dupla adulto (difteria e tétano) 
▪ dTpa → Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto 
(difteria, tétano e coqueluche) 
HISTORICO VACINAL CONDUTA NA GESTAÇÃO 
Previamente vacinada, 
com pelo menos 3 doses 
do componente tetânico 
Uma dose de dTpa a partir 
da 20ª semana de 
gestação 
Em gestante com 
vacinação incompleta 
tendo recebido uma dose 
de vacina contendo o 
componente tetânico 
 
Uma dose de dT e uma 
dose de dTpa (a partir da 
20ª semana de gestação) 
Gestante com duas doses 
da vacina 
Uma dose de dTpa a partir 
da 20ª semana de 
gestação 
 
Gestante não vacinada 
e/ou histórico 
desconhecido 
Duas doses de dT, com a 
dTpa sendo aplicada a 
partir da 20ª semana de 
gestação → intervalo 
mínimo de 1 mês estre 
elas 
VACINA CONTRA HEPATITE B 
É fornecida devido aos riscos de gestante não vacinada 
contrair a doença e transmitir para o feto 
Gestantes com esquema completo: não se deve vaciná-las. 
Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses) ou 
nenhuma dose: deve-se completar o esquema. → É 
fornecida após o primeiro trimestre de gestação. São três 
doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda 
e de 180 dias entre a primeira e a terceira. 
Em mães confirmadas para hepatite B: a administração 
precoce da vacina contra hepatite B, preferencialmente nas 
primeiras 12 horas do recém-nascido, bem como da 
imunoglobulina humana específica (IGHB - 0,5mL) 
VACINA CONTRA RAIVA HUMANA 
Só é recomendada em situações de pós-exposição ao vírus 
VACINA CONTRA FEBRE AMARELA 
Apenas em gestantes que residem ou vão se deslocar para 
área com recomendação de vacinação para febre amarela + 
lactentes que amamentam crianças menores de 6 meses 
também não devem ser vacinadas. 
TERMOS UTILIZADOS 
Sufixos: -gesta e -para, com razão de definir o quadro 
obstetrico da mulher 
Gesta: descreve o numero de gestações (idependente de 
terem chegado ou não ao parto) 
Para: descreve o numero de partos (independentemente 
de o feto ter a possibilidade de viver. 
Observação: 
a. Não incluem como abortos o feto embaixo de 22 
semanas ou abaixo de 500 g. 
b. Não aumenta se a gravidez tiver sido gemelar 
c. Não diminui se o feto, que teria sido viavel, nasceu 
morto 
Então, por exemplo: 
• Nuligesta – nunca engravidou 
• Nulipara = nunca pariu. 
• Secundigesta = engravidou 2 vezes 
ALGUNS ACONSELHAMENTOS 
LIMPEZA 
▪ É contraindicado banhos de imersão, quente e 
prolongado devido a predisposição para desmaios 
e vertigens 
▪ Irrigações vaginais são proibidas 
▪ Região genitoanal merece especial atenção devido 
ao aumento da umidade 
VESTUARIO 
▪ Se há um grande desenvolvimento mamário, o uso 
de sutiã é obrigatório 
▪ Deve estimular o uso de meia-calça elástica de 
média compressão para gestante → evita varizes e 
diminui dor por estase 
▪ Salto Anabela com solado antiderrapante para 
estimular a circulação sanguínea e diminuir o risco 
de edema e varizes 
PRÉ-NATAL LETICIA FAGUNDES 
 
TRABALHO 
▪ Atividade não exagerada é permitida 
▪ No último mês recomenda-se a interrupção das 
atividades fora de casa → a licença maternidade de 
120 dias deve ser concedida por volta de 36 
semanas de gravidez 
ATIVIDADE SEXUAL 
▪ Só deve ser evitada em risco de abortamento e de 
parto pré-termo 
TABAGISMO, ETILISMO E DROGAS ILÍCITAS 
▪ Tabagismo → aumenta a incidência de 
natimortalidade ante e intraparto 
▪ Etilismo crônico → malformações congênitas 
(microcefalia e retardo) + síndrome alcoólica fetal 
que pode aparecer até os dois anos. 
▪ Maconha medicinal também é proibida → 
deficiências neurocomportamentais no bebê + risco 
aumentado de anencefalia quando a maconha é 
usada no 1o trimestre da gravidez 
▪ Opioides → síndrome de abstinência neonatal 
VIAGENS AÉREAS 
▪ Em geral, mulheres com gestações únicas, não 
complicadas, podem voar longas distâncias com até 
36 semanas de gravidez. 
▪ Após 28 semanas, pode ser exigido um atestado do 
médico que confirme a normalidade da gestação e 
a data provável do parto. 
▪ Longas viagens aéreas → estão associadas a maior 
risco de trombose venosa, mas não há confirmação 
de que a gravidez agrave essa complicação 
TINTURA DE CABELO 
▪ Sem contraindicação para tinturas industrializadas 
▪ Misturas oficinais não são recomendadas 
▪ Preferencial uso de produtos à base de água 
▪ Proibidos: alisantes, permanentes e descolorantes 
ÁCIDO FÓLICO 
▪ Estima-se que a suplementação com ácido fólico 
diminuía a incidência das DTN

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