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Exame da pelve II - exame especular citologia oncótica

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EXAME ESPECULAR LETÍCIA FAGUNDES 
 
OBJETIVOS 
▪ Realizar o exame especular, conhecendo suas 
indicações, e a coleta da citologia oncótica como 
exame de rastreio do câncer de colo de útero 
EXAME ESPECULAR/INSPEÇÃO ARMADA 
Exame que permite a visualização do colo de útero, assim 
como a coleta de seu muco, feito com o espéculo bivalvar 
de Collins. 
Há dois tipos de espéculos: Graves (mulheres adultas) e de 
Pedersen (valvas mais estreitas e achatadas) 
 
LEMBRAR: antes de começar o exame, treinar a abertura e o 
fechamento do espéculo e usar lubrificante 
TECNICA: os dedos indicador e médio do examinador 
separam os lábios e deprimem o períneo, o especulo 
fechado é introduzido em um ângulo de 45 graus a partir da 
vertical. Quando estiver completamente inserido, deve ser 
rodado para a posição horizontal (cabo apontado para baixo) 
e aberto lentamente 
 
▪ Imagens que se pode ver no exame especular: 
 
O médico deverá descrever: 
i. Conteúdo vaginal: aspecto da secreção, 
quantidade, cor, odor e presença de bolhas. 
ii. Aspecto das paredes vaginais: coloração, 
rugosidade. 
iii. Aspecto do colo uterino: posição do colo 
uterino (centralizado, desviado para cima ou 
para baixo), forma do orifício externo (circular 
ou em fenda transversa), coloração, presença 
de máculas, hiperemia, lesões 
Colo com pequena 
macula no lábio 
anterior 
 
 
 
Colo com muco 
cervical se 
exteriorizando pelo 
OCE (orificio cervical 
externo) 
 
 
 
EXAME ESPECULAR LETÍCIA FAGUNDES 
 
Além disso, no exame especular também é possível fazer: 
1. Teste de Whiff (das aminas) 
2. Teste de Schiller 
3. Citologia oncótica (Papanicolau) 
TESTE DE WHIFF (DAS AMINAS) 
Colhe secreção vaginal e adiciona à secreção solução de 
hidróxido de potássio 10% (KOH). 
Positivo quando há odor de peixe 
 
TESTE DE SCHILLER 
Diagnóstico e tratamento de HPV. É feito pela aplicação de 
solução iodo-iodetada sobre o colo uterino, durante o 
exame especular. 
A cérvix deve corar-se por completo: teste de Schiller 
negativo = colo iodo positivo → Quando o colo do útero está 
normal, sem nenhuma doença, ele absorve essa solução e 
fica com uma coloração marrom escura 
 
Quando o colo apresenta áreas não coradas pelo iodo, ou 
seja, áreas com suspeita de doença, afirmamos que o Teste 
de Schiller é POSITIVO = colo iodo negativo 
Sugere-se a realização de colposcopia. 
Colo e útero 
apresentando 
uma Neoplasia 
Intraepitelial 
Cervical 
 
 
 
Teste positivo → 
área doente e não 
corada. 
 
 
 
 
CITOLOGIA ONCOTICA (PAPANICOLAU) 
TECNICA (COLETA DUPLA): 
1. Insere uma espátula de Ayre (imagem A) para fazer 
esfregaço da ectocervice (A ponta mais longa da 
espátula fica “apoiada” no OCE e faz um giro de 360 
graus) → coloca o conteúdo na lâmina 
2. Depois, com a escova cervical, faz o esfregaço da 
endocérvice (também girando em 360 graus) e 
coloca o conteúdo na lâmina de vidro (Imagem B) 
3. Aplica o fixador citológico na lâmina 
 
 
 
EXAME ESPECULAR LETÍCIA FAGUNDES 
 
O exame pode causar sangramento leve normal do colo e 
não é feito em todas as consultas → Rastreamento de 
infecção por HPV/câncer de colo de útero do Ministério da 
Saúde. 
ORIENTAÇÕES 
▪ A mulher não deve ter relações sexuais (mesmo 
com camisinha) no dia anterior ao exame. 
▪ Evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e 
anticoncepcionais locais também nas 48 horas 
anteriores à realização do exame. 
▪ Não estar menstruada, porque a presença de 
sangue pode alterar o resultado. 
▪ O especulo não pode ser lubrificado antes do 
exame 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO/CERVICAL 
É o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres 
(primeiro é o de mama e segundo é o câncer de colorretal), 
sendo os principais tipos: 
1. Carcinoma epidermoide/espinocelular 
a. Mais comum 
b. Tem início nas células que revestem o 
útero (epitélio escamoso) 
2. Adenocarcinoma 
a. Se desenvolvem a partir das células 
glandulares produtoras do muco e outros 
fluidos 
Ambos são causados pela infecção persistente de alguns 
tipos de HPV (16 e 18) e, se descoberto cedo, as chances de 
cura são muito altas → HPV 6 e 11 são os mais encontrados 
nas mulheres, porém, eles não apresentam fator oncogênico 
sendo responsáveis por causar condilomas genitais e 
papilomas laríngeos. 
A infecção pelo HPV é um fator necessário para o 
desenvolvimento do câncer, mas não é suficiente 
Fatores de risco são: 
▪ Início precoce de atividade sexual e múltiplos 
parceiros 
▪ Tabagismo 
▪ Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais 
Prevenção: 
▪ PRIMÁRIA: camisinha e vacinação (diminuir o risco 
de contágio pelo HPV) 
▪ SECUNDÁRIA: RASTREAMENTO 
RASTREAMENTO – PAPANICOLAU 
O exame é feito a cada três anos, após dois exames anuais 
consecutivos negativos (o anual é feito para afastar o risco 
de um falso-negativo) 
É recomendável fazer em mulheres entre 25 – 64 anos que 
já tenham iniciado sua vida sexual 
Essa faixa etária é justificada pelo fato de que: 
a. Por ser maior ocorrência das lesões pré-malignas de 
alto grau passíveis de serem efetivamente tratadas 
e não evoluírem para o câncer 
b. O maior índice de incidência para o câncer é: 30-35 
→ 50-60 
c. Antes disso prevalecem lesões de baixo grau que irá 
se regenerar espontaneamente 
d. Após os 60 anos, se a mulher só tiver tido exames 
com resultados normais, o risco de desenvolver o 
câncer é diminuído e sua continuidade deve ser 
individualizada 
Mulheres imunodeprimidas/HIV: realizar anualmente, após 
2 exames normais consecutivos realizados com intervalo 
semestralmente. (Apresentam uma maior vulnerabilidade 
para lesões precursoras do câncer). 
Não rastrear em: 
▪ Mulheres submetidas à histerectomia total por 
outras razões que não o câncer do colo do útero 
▪ Mulheres sem história de atividade sexual 
RESULTADO 
Negativo para câncer: segue a rotina de rastreamento 
Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: repetir o exame 
em 6 meses 
Lesão de alto grau: o médico decidirá a melhor conduta. 
Fazer novos exames (colposcopia) 
Amostra insatisfatória: repetir o exame

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