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TÉCNICAS REFRATIVAS I CURSO TÉCNICO EM OPTOMETRIA 1 RESUMO O presente trabalho aborda todas as técnicas refrativas e todos os passos de uma avaliação visual completa com ênfase na ficha clínica optométrica e sua importância frente ao trabalho desenvolvido por Optometristas, com intuito de através de uma avaliação completa e que permita um diagnóstico mais preciso, a ficha clínica possa ser uma ferramenta que contribua de forma efetiva com a identificação de patologias e consequentemente com a diminuição da cegueira evitável. Este estudo busca capacitar e fornecer uma visão ao profissional Optometrista de uma OPTOMETRIA diferente aos padrões Brasileiro, colaborando assim para o reconhecimento de uma profissão extremamente necessária para a saúde visual e com caráter social e de cunho científico. Este trabalho abordará todos os 21 passos de uma avaliação visual segundo a escola americana e europeia respaldada pela OMS (Organização mundial de Saúde). Palavras chaves: Ficha clínica, Saúde visual, Optometria e OMS. Prof.: Antônio Cláudio da Silva Maciel TÉCNICAS REFRATIVAS 1 2 INDICE INTRODUÇÃO................................................................. ..............................03 1. HISTÓRIA DA OPTOMETRIA...................................................................04 2. FICHA CLÍNICA.........................................................................................06 2.1. PASSOS DA FICHA CLÍNICA................................................................10 2.1.1.ANAMNESE............................................................ ..............................10 2.1.2. LESOMETRIA......................................................................................14 2.1.3. ACUIDADE VISUAL............................................................................18 2.1.4. MOTILIDADE OCULAR.......................................................................23 2.1.5. FOROMETRIA.....................................................................................27 2.1.6. EXAMES PUPILARES.........................................................................28 2.1.7. BIOMICROSCOPIA.............................................................................29 2.1.8. OFTALMOSCOPIA..............................................................................31 2.1.9. CERATOMETRIA.................................................................................40 2.1.10. REFRAÇÃO - RETINOSCOPIA.........................................................47 2.1.11. ADIÇÃO............................................................... ..............................56 3. A SAÚDE VISUAL NO BRASIL................................................................57 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................58 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................59 3 INTRODUÇÃO A optometria é uma ciência que tem seu significado originado do Grego optometron, onde opto é visão e metron é medição, assim sendo, optometria é a ciência de medida da visão. Optometrista, por sua vez, é o profissional habilitado a examinar e avaliar todos os sentidos da visão, sendo um especialista capaz de compensar ou corrigir alterações não patológicas. O trabalho do optometrista está voltado para a prevenção de patologias oculares e problemas sensoriais. Para uma avaliação completa e capaz de se chegar aos resultados esperados para se ter uma boa conduta é necessário fazer o uso da ficha clínica, que é um documento de padrão internacional que contém 21 (vinte e um) passos com exames e teste optométricos, utilizada para fomentar informações capazes de gerar um diagnóstico completo da saúde visual do paciente, além de ser uma fonte de armazenamento de dados. A escolha deste tema deve-se ao fato da optometria clínica poder ser de grande valia para a população brasileira, já que o Brasil é um país grande em território, em população e muito rico, mas com grande desigualdade social. A saúde no Brasil apresenta dados alarmantes e esses números pioram quando se trata das cidades de interior, já que o acesso a essas cidades torna-se ainda mais difícil e os investimentos são mais escassos. O Optometrista é o profissional que vai até a população mais carente e mais humilde, presentes nas cidades do interior, por este motivo, o uso da ficha clínica para conseguir identificar não apenas os erros refrativos, mas também as mais diversas patologias e ainda os problemas de motilidade ocular, podendo em casos específicos, indicar e acompanhar o tratamento, já no caso das patologias, indicar o tratamento ou cirurgia com um médico oftalmologista e evitar que as patologias cheguem a estágios mais avançados e tornem-se irreversíveis, em alguns casos, assim sendo, o Optometrista assume o papel de avaliador preventivo da visão. Professor Antônio Cláudio da Silva Maciel 4 1. HISTÓRIA DA OPTOMETRIA A optometria é uma ciência que tem seu significado originado do Grego optometron, onde opto é visão e metron é medição, assim sendo, optometria é a ciência de medida da visão. Segundo Lima (2014), a Optometria é uma ciência fundamentada na óptica física, na óptica oftálmica, na fisiologia e na anatomia da visão. Sendo a Optometria, uma ciência especializada em identificar, quantificar e tratar defeitos de refração, acomodação e motilidade do olho humano. A Optometria é uma ciência da área da saúde, diretamente ligada a física e trata da visão humana, especialmente os problemas relacionados a saúde visual primária, não envolvendo problemas patológicos. Optometrista, por sua vez, é o profissional habilitado a examinar e avaliar todos os sentidos da visão, sendo um especialista capaz de compensar ou corrigir alterações não patológicas. Assim sendo, o Optometrista, é o profissional que avalia de forma quantitativa ou qualitativa do sistema visual, voltando seu trabalho para a prevenção de patologias oculares e problemas sensoriais. Figura 1: Desenvolvimento da Óptica Fonte: Dados da pesquisa IBGE (2010) A optometria surgiu no século XIV e a primeira guilda dos oculistas foi criada em Antuérpia. A optometria teve sua regulamentação profissional como exercício no Reino Unido, no ano de 1895. Nos Estados Unidos a optometria teve início no ano de 1896 com a criação da Associação Americana de Óptica e dois anos mais tarde, foi fundada a Associação Americana de Optometristas. No Brasil, no inicio do século XX, começou uma procura por óculos de grau, porém, os oftalmologistas eram especialistas em cirurgias oculares e não na prática de receitar óculos, por isso o profissional oculista, hoje Optometrista, era muito requisitado, mas não conseguia suprir as necessidades da população brasileira, por se tratar de um profissional escasso. Com o aumento pela procura de óculos de grau e escassez dos profissionais técnicos, os médicos oftalmologistas começaram a prestar este atendimento a população. A optometria começou a ganhar destaque no cenário nacional nos últimos 30 (trinta) anos, devido a abertura de cursos a nível técnico e superior. Dentre as principais instituições de ensino no Brasil, estão: CNP (Colégio Nacional Policursos), IOPE (Instituto Optométrico de Pernambuco), Instituto Filadélfia, O.W.P. Educação, SENAC, Ratio Faculdade, Brás Cubas, FASUP (Faculdade de Saúde do Paulista), Universidade do Contestado, Universidade Luterana do Brasil e Estácio de Sá. A optometria possui reconhecimento de instituiçõesinternacionais, dentre elas:OMS - Organização Mundial da Saúde e seu slogan é – Optometria - Primeira barreira contra a cegueira mundial; OPAS - 5 Organização Pan-Americana de Saúde – Preconiza desde 1984 sobre a importância da atenção primária como pilar da saúde visual; ONU - Organização das Nações Unidas – Reconhece a profissão de Optometrista como prestador de serviços de atendimento primário da visão. De acordo com a Portaria nº 397/02 do Ministério do Trabalho e Emprego, a Optometria é uma profissão livre e independente da área da saúde, onde o Optometrista é um especialista em transtornos da visão não patológicos. Tendo autorização para a prescrição de óculos e adaptação e venda de Lentes de Contato. A Optometria é uma ciência que vem para auxiliar na prevenção aos problemas visuais, motores e patológicos, levando em consideração que as patologias quando identificadas em fase inicial, podem ser tratadas com mais eficiência. Desta forma, contribuindo de forma significava para uma melhor qualidade de vida da população e consequentemente, para o desenvolvimento sócio-econômico-cultural humano. O Optometrista é o profissional que vai identificar, diagnosticar, corrigir e prescrever fórmulas optométricas para compensar ametropias (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia). A limitação deste profissional é dada pelo uso de instrumentos e/ou procedimento que não sejam invasivos ao olho e corpo humano. De acordo com Lima (2014), a função do Optometrista é avaliar e medir todas as estruturas visuais, considerando os aspectos funcionais e comportamentais encontrados no globo ocular. O Optometrista atua na preparação, elaboração, execução, participação e avaliação de programas educativos na saúde visual e ocular, que desenvolvam e coloquem em prática estratégias educativas de investigação e de participação comunitária, bem como na elaboração, organização, execução, participação e avaliação de políticas, planos, programas e projetos que permitam estabelecer os perfis epidemiológicos da saúde visual e ocular da população (LIMA, 2014)A Optometria realizada de forma séria e dentro dos padrões internacionais, pode contribuir de forma eficiente para a erradicação da cegueira evitável, como é o caso da catarata. Como em várias profissões, a optometria também é uma profissão segmentada, assim, pode-se encontrar: Optometrista Pediátrico – que tem domínio no trato com crianças e conhecimento das particularidades que esta faixa etária possui; Optometrista Geriátrico – que tem plenos conhecimentos com relação ao trato com idosos, além de saber identificar, diagnosticar e tratar os erros refrativos e identificar as patologias comuns a partir da terceira idade; OptometristaOrtoptista – identifica, trata e busca corrigir problemas motores e sensoriais; Optometrista Contatólogo – profissional capacitado para avaliar de forma minuciosa o sistema lagrimal e as estruturas internas e externas do olho, para a partir daí adaptar lente de contato, seja ela estética ou para compensação; Optometrista especializados em Baixa Visão – que identifica, quantifica, trata e reabilita o portador de baixa visão, seja por meio de tratamento ou compensação óptica. Optometrista especializado em Prótese Ocular – aquele capacitado para adaptar próteses oculares, preservando a saúde física e mental do paciente, ajudando a devolver a sua auto estima e reabilitando esse paciente a vida social. Em vários países onde a Optometria atua na rede pública, foi constatada uma diminuição considerável de indivíduos com alterações visuais, fato que confirma a importância da Optometria como ciência de grande valia para a população, principalmente a população mais carente. Nos Estados Unidos, foi detectado por Optometristas e encaminhado para oftalmologistas, o maior número de portadores de patologias do globo ocular, como o “glaucoma”, evitando em tempo a cegueira pela facilidade de acesso a esses profissionais. O Optometrista é preparado para resolver alterações visuais não patológicas, que representam quase 80% de todos os casos de problemas visuais (LIMA, 2014).Estatísticas apontam que a cegueira evitável em crianças até 14 anos, pode atingir um número de 1.173.655 (Hum milhão, cento e setenta e três mil, seiscentos e cinquenta e cinco) crianças. Assim como também poderia capacitar e dar uma melhor qualidade de vida a 10,7 milhões (10 milhões e setecentos mil) pessoas entre 39 (trinta e nove) e 79 (setenta e nove) anos, com um simples exame com o profissional Optometrista (CBOO).Na atual conjuntura Brasileira, tem-se o Optometristas como o profissional que normalmente é contratado por ópticas para atender em municípios mais distante e carentes de saúde básica. Esses profissionais levam atendimento a esta população que certamente não teria acesso no trato visual se dependesse da saúde pública brasileira. 6 2. FICHA CLÍNICA A ficha clínica é um guia com conjunto de normas padronizadas,para uma avaliação visual completa. Estas normas possibilitam a manipulação adequada das práticas profissionais, permite sistematizar as experiências clínicas e tornam mais eficaz a atenção ao paciente (MEJIA, CÁCERES E BAUTISTA, 2014). FIGURA 2: Ficha clínica – PARTE 1 Fonte: online. Google imagens. 7 FIGURA 3: Ficha clínica – Parte 2 FONTE: online. Google imagens. 8 FIGURA 4: Ficha clínica – Parte 3 FONTE: online. Google imagens. 9 FIGURA 5: FICHA CLÍNICA – PARTE 4 FONTE: online. Google imagens. 10 2.1. PASSOS DA FICHA CLÍNICA 2.1.1. ANAMNESE O QUE É A ANAMNESE O termo aná significa trazer de volta e mnesis, memória, portanto, consiste em trazer de volta as lembranças dos fatos pertinentes à queixa do paciente(NETO, 2009). Para BORRÁS (1993, pág. 31), “com a anamnese se deseja obter o máximo de informação do paciente, com a finalidade de instruir que problema apresenta. Isto nos ajuda selecionar as provas clínicas optométricas mais adequada para cada caso”. Ela não é apenas uma conversa em que o profissional vai descrevendo o que o paciente está relatando. Também tem como objetivo trazer de volta à mente todos as ocorrências referentes ao paciente e à sua condição atual relacionada a sua saúde e/ou doença. Portanto o “interrogatório que se faz ao paciente com finalidade de conhecer o problema que obriga-lo a consultar e que, na sua vez, permite orientar o diagnóstico da doença” (CACERES, 2005, pág.12). Os pacientes também podem ajudar na hora da consulta para aproveitar melhor o tempo, tenha consciência dos sintomas que vai relatar; relate o que sente a situação e ao período do dia (dor de cabeça, se é mais forte durante o trabalho ou a noite), isso vai dar pista para o profissional; se ocorrer alguma dúvida na hora da consulta, não deixe de apresenta-las; vale a pena pesquisar o profissional a ser consultado e faça com que ele o cumpra com o tempo do atendimento ” (CACERES, 2005). Fundamental para o desenvolvimento do processo, constituindo o alicerce no qual se baseiam as etapas seguintes. Todas as decisões dos resultados no diagnóstico, além da avaliação dos resultados, são baseadas nas informações obtidas na anamnese (BARROS; et.al, 2002). [...] Não economize em perguntas. "Leve em consideração a relação custo/benefício." Preste bastante atenção naquilo que o seu cliente está lhe falando. “Ouça-o, pois, os problemas dos clientes, são as bases para um tratamento eficaz.” Nunca julgue o tratamento de outro profissional. "Busque sempre a "recompra", ou seja, o seu cliente deve, mesmo que tenha acabado o tratamento, buscá-lo sempre em outras ocasiões” (BELÉM, online). Nas perguntas, já podemos descartar várias hipóteses do que poderia ser no final das etapas, fazendo uma avaliação ao decorrer da consulta mais direcionada, obtendo um diagnóstico exato. É importante lembrar também, que o levantamentode dados de um paciente inclui a observação, a entrevista e a coleta de dados empíricos. [...] Importante que tenha uma profunda compreensão da fisiologia normal, de patologia clinica, diagnóstico por imagem, o que permitirá que extrapolem e analisem criticamente os dados coletados e ofereçam cuidados e intervenção adequada à evolução positiva do estado de saúde do paciente (BARROS; et.al, 2002, pág.25). O profissional deve conhecer as doenças da visão, saber o tratamento ou quando encaminhar, transmitindo sempre ao paciente segurança. As queixas serão registradas na ficha para após o exame físico, juntá-los e ter um diagnóstico mais exato. Fique atento ao perfil do profissional, se ele parecer atencioso, mas transmite poucas informações, prepare perguntas objetivas, se ele mostra evasivo e com pressa, peça por outro momento em que esteja tranquilo ou procure outro profissional. ” (CACERES, 2005, pág.16). Então quando for para alguma consulta lembre-se que “[...] a anamnese, quando bem conduzida, é responsável por 85% do diagnóstico na clínica médica, liberando 10% para o exame clínico e apenas 5% para os exames laboratoriais ou complementares.” (CACERES, 2005). O profissional tem a obrigação: de fazer anamnese e o exame, deve elaborar hipóteses ou conclusões diagnósticas a partir do relato do paciente e solicitar exames complementares quando necessário. (CACERES, 2005). 11 TIPOS DE ANAMNESE Nessa etapa da ficha precisamos coletar os dados através de uma anamnese podendo ser ela direta, quando é perguntada ao próprio paciente, visual quando se observa os sinais e mista quando a junção das duas. E encontram-se também casos especiais de anamnese subjetivas, onde requer a presença de um terceiro interlocutor no momento de coletar as informações sobre o paciente. Há casos especiais onde é necessário um terceiro interlocutor no momento de coletar a informação, que conheça o máximo os antecedentes pessoais e familiares do paciente e principalmente o motivo da consulta (surdos-mudos, síndrome de down, idosos poucos colaboradores, criança entre 0-3 anos, problema psicológico que afetam a comunicação, pobre habilidade de compreensão e análise...) (CACERES, 2005) Na linguagem mista existe uma junção da comunicação direta e visual, a mais importante é quando as duas são utilizadas ao mesmo tempo, tanto a fala quanto a imagem. No momento da consulta anotam-se os sinais e sintomas referidos pelo paciente, ou seja, faz-se uma anamnese mista (Caceres, 2005). O paciente pode começar a ser avaliado, a partir do momento em que entra no consultório, apenas prestando atenção na sua postura, expressão facial, posição da cabeça, movimento dos olhos. A leitura de sinais é uma das ferramentas assessoriais mais importante pois, examina-se no olho a presença de deformidades, secreção, hiperemia, distúrbios de desenvolvimento, lesão. Há outras maneiras de nomear esses tipos de comunicação, para (MESQUITA, online), são classificadas como comunicação: verbal e não verbal. A comunicação verbal é a forma discursiva, fala ou escrita, nas quais ideias ou estados emocionais são expressas. Já na comunicação não verbal é a forma não discursiva, efetuada através de vários canais de comunicação. Já para (BARROS, 2002, pág. 21), “Essa etapa do processo diz respeito, basicamente, a três atividades: coleta de dados objetivo e subjetivos, organização dos dados coletados e documentação metódica desses dados”. OBJETIVOS DA ANAMNESE Auxiliar o profissional durante a consulta, para realização de uma avaliação mais completa do paciente. Estabelecer por meio de interrogatório a identificação do paciente, o motivo da consulta, os antecedentes pessoais e familiares, e a doença atual. Correlacionar adequadamente a informação primária (aquela que nós relata o paciente com a secundária (aquela obtida por meio de perguntas). Registrar de maneira sistemática e ordenada a informação relevante obtida durante o desenvolvimento do exame, assim como aquela não permita nós orientar para um diagnóstico presuntivo. Oferecer, mediante esse primeiro contato, a suficiente confiança e segurança ao paciente (CACERES, 2005, pág.12) Fazer um contato inicial com o paciente, com o intuito de conquistar sua confiança, às vezes é o único procedimento, para se chegar a um diagnóstico. Portanto, ela é de suma importância, para que se possa fazer um diagnóstico confiável. (Belém, online) Por outro lado “é de grande importância tanto para a elucidação diagnóstica (relacionada a queixa principal) quanto para a orientação e prevenção de patologia oculares (antecedentes mórbidos pessoais e familiares)” (MEUX, 2007, pág.11). Não podemos esquecer de que o passo seguinte da etapa da anamnese, o exame físico, poderá estabelecer-se um clima de confiança e de familiaridade, se essa interação inicial for positiva. 12 Deste modo “ouça atentamente o que o paciente tem a dizer, evite interrompê-lo durante as suas colocações. [...] Dê respostas claras e adequadas a compreensão e as perguntas do paciente” (BARROS, 2002, pág.59). Enganam-se, os que insistem em buscar o diagnóstico primeiramente no exame físico ou, pior ainda, baseando-se apenas nos exames complementares. As informações obtidas durante a anamnese não poderão ser obtidas de nenhuma outra fonte. (CARVALHO et.al, online) Através da anamnese, obtemos e selecionamos informações que facilitarão a etiologia e a conduta adequada. É o primeiro contato pessoal com o paciente, conquistando a confiança, tranquilizando o paciente, pois ele influenciará muito a disposição a ser revelada a seguir. Durante o contato com o paciente, aproveitar a oportunidade para realizar promoção de saúde ocular. (JOSÉ, 2000) ANAMNESES NA FICHA CLÍNICA Antes de fazer as perguntas, comente sobre a anamnese, pois o paciente deve estar consciente da importância de suas respostas. A anamnese é a primeira etapa entre as vinte e uma que encontramos que são obrigatórias, para que o optometrista faça um bom atendimento e obtenha resultados satisfatórios. Ela se inicia com a data, colocando o dia, o mês e ano em que o paciente o procurou, ou seja, é o dia que o examinador viu o seu paciente pela primeira vez. Isso é muito importante, pois depois de algum tempo quando ele voltar, acarretando uma diferença do diagnóstico do atendimento anterior, com a data será mais fácil de identificar o que pode estar ocorrendo. Os dados pessoais ou de filiação, é o conjunto de informação que permite identificar rapidamente o paciente. Devem-se registrar: SOBRENOMES E NOMES: da maneira mais completa possível. IDADE: anota-se o número de anos feitos e os meses adicionados. GÊNERO: f (feminino), m (masculino). OCUPAÇÃO: neste caso deve-se definir a, ou as, ocupações que o paciente exerce no cotidiano e, no possível, o horário em que a pratica; exemplo: estudante noturno, vigilante 24 horas, médico de turnos noturnos, etc. ENDEREÇO: aqui deve-se registrar o endereço completo do lugar onde mora a pessoa, por exemplo: rua 83 nº 85 a – 17, interior 4, apto. 201. TELEFONE: número do telefone do paciente, preferivelmente aquele em que se possa situar quando requeresse-lhe, aclarando se é residência, o escritório ou o lugar de trabalho. Se for preciso, anotar o prefixo quando trata-se de outra cidade, ou o número do celular. PROCEDÊNCIA: deve-se referenciar se o paciente mora em outra cidade ou povoado diferente onde pratica-se a consulta. REMETIDO POR: anotar o nome da instituição ou do profissional que remitiu ao paciente para o seu exame; exemplo, Dr. Juan Carlos Arce, Instituto de Cancerologia, Colégio A Imaculada, atividade brigada, etc. ÚLTIMO CONTROLE VISUAL: anota-se a data do último exame visual, quando o paciente não lembra, então registra-se o tempo aproximado que o paciente reporta; exemplo: fez 6 meses, fez 3 anos, fez 8 dias. (CACERES, 2005, pág.13) Em exames feitos em criança,síndromes, geriátricos, eles terão que estar sempre acompanhados de responsáveis, para responder perguntas de identificação corretamente do paciente. O nome e a identificação do responsável também serão anotados juntamente com os dados do paciente na ficha clínica. O motivo da consulta é de grande importância, “deve-se interrogar ao paciente sobre a razão que o obrigou a consultar, ou a necessidade de fazer ou, a antiguidade, a situação e a frequência com que se apresenta a moléstia, fazendo ênfase se o problema associa-se ou não com atividades visuais” (CACERES, 2005, pág. 14). 13 No motivo da consulta ou doença atual, anotam-se os sinais (o que se ver) observados pelo profissional e os sintomas (o que se sente) citados pelo paciente. Conforme (Oliveira; Kara-José, 2000), devem ser realizadas as seguintes perguntas: Referente a cefaleia: localização; há quanto tempo; tipo: pontada ou contínua – intensidade: forte ou fraca; duração; associação: medicamento, estresse, doença ocular; relacionada ou mais frequente após esforços visuais; acompanha enjoos, vômitos, tonturas; frequência e efeito; casos de enxaqueca na família. Sobre o lacrimejamento: há quanto tempo; predominância de um olho, alterna ou bilateral; úmido ou chega a escorrer lágrima; procedida ou seguida de dor, secreção, hiperemia, ardor, irritação e coceira. Nestas perguntas poderemos avaliar o paciente, observando se há algum tipo de obstrução das vias lacrimais, com excesso de conjuntiva, problemas neurológicos, corneanos, etc. Em relação a dor: nos dois olhos ou em apenas um; intensidade e frequência; quanto tempo; agulhadas ou contínuas, se teve algum traumatismo ocular; já se submeteu algum tratamento. Já sobre o flash de luz: quanto tempo; localização, frequência; se percebe manchas fixas; episódios anteriores, situação em que ocorre. Pois existe a possibilidade do paciente estar com descolamento de retina. Sensação de corpo estranho areia ou cisco; local, se são em ambos os olhos (AO) ou apenas em um; frequência; piscando piora. Pode ser realmente algum tipo de corpo estranho, mas também pode ser uma conjuntivite. As perguntas para a Catarata: se ver a imagem como se tivesse uma nuvem na frente; piorando; claridade; lê sem óculos?; AO. E no glaucoma: tratamento; uso correto de colírios; PIO atual; CV/ exames, etc. Neste momento, deve ser anotado o motivo que levou o paciente a procurar ajuda de um profissional, sendo anotada com suas palavras e opiniões sobre a causa. Há também dois itens muito importantes na anamnese: doença atual será relatada o motivo do paciente, com os termos técnicos do profissional. E antiguidade da moléstia, anota-se, a data que foi constatada a anomalia, pois pode evitar um diagnóstico negligenciável. Nos casos de exames feito em crianças, primeiro devemos conquistá-las, perguntar em um linguajar fácil sobre, quando assiste TV ou na hora que desenha, se faz careta, se tem dores de cabeça, se coça os olhos, sempre ouvindo a respostas do responsável. (OLIVEIRA; JOSÉ, 2000). Conquistar a criança, sendo simpático e explicando passo a passo do que vai fazer, para facilitar o exame tendo sua cooperação. Enquanto conversa com os responsáveis, sempre fazer a criança participar. Caso ela fique fora, sentirá medo e acreditará que algo ruim está ocorrendo, podendo ocasionar problemas psicológico futuro e diminuição da cooperação no exame ocular. (OLIVEIRA; JOSÉ, 2000, pág. 56) Nos antecedentes pessoais será avaliado tudo sobre o paciente como seus relatos sobre problemas oculares (se usa óculos ou lente, há quanto tempo, alguma patologia ocular); sistêmico (sobre seu estado geral da saúde, se tem diabete, hipertensão); farmacológico (usa algum remédio, há quanto tempo, quantos comprimidos e doses); cirúrgico (se já fez alguma cirurgia como catarata); traumático (já levou alguma pancada no olho); ou outros acontecimentos não citados. De acordo com (CACERES, 2005, pág. 14), “antecedentes pessoais classificados em antecedente oculares e pessoais gerais. Dentro dos oculares indaga-se a respeito se anteriormente foi diagnosticado algum defeito de refração, se tem sido corrigido, há quanto tempo, está confortável”. Continuando, “também deve-se perguntar por outras alterações oculares associadas tais como secreções, conjuntivite, pestanejar, olho vermelho, traumatismo ocular, cirurgia ocular, etc” (CACERES, 2005, pág. 15). 14 Dentro dos antecedentes pessoais gerais destaca-se a presença de doenças sistémicas, sua aparição e evolução, saber se estão sendo controlada com terapia, dieta ou medicamentos (dose e concentração). Os antecedentes de alérgico. Na criança, resultado de grande importância dados acontecidos durante a gravidez, como pré-natais, presença de alguma infecção intrauterina (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes,...), perinatais: saber se o parto foi normal ou por cesariana. No caso de prematuras é indispensáveis conhecer as semanas de gestações, peso ao nascer. Se for pra incubadora e durante quanto tempo. Pós-natais, como o desenvolvimento psicomotor da criança, se tem sofrido alguma doença e/ou apresenta algum tipo de alergia (CACERES, 2005). Antecedentes familiares, devemos perguntar também sobre as doenças oculares na família, uma vez que muitas delas são hereditárias de caráter dominante ou recessivo. Comumente, ressalta-se a existência de glaucoma, altas miopias ou hipermetropias, ceratocone, doenças retinianas e caso de cegueira (OLIVEIRA; JOSÉ, 2000). No caso de possuir parentes próximos como: mãe, pai, irmão, avós com esses tipos de doença oculares, é importante o paciente sempre está sendo acompanhado, pois no caso de herdar, exemplo o glaucoma, o diagnóstico no início, o tratamento não permite que a doença se desenvolva tão rápida ou podendo até estagnar. “Mesmo assim, a presença de outras doenças de transmissão genética, como a retinitepigmentosa, e a existência de consanguinidade entre os pais e o grau desta” (CACERES, 2005, pág. 15). A anamnese na ficha clínica deve ser completa, feita pelo profissional com muita atenção, pois um detalhe despercebido pode fazer uma grande diferença para o diagnóstico do paciente. 2.1.2. LESOMETRIA É o processo pelo qual conferimos as dioptrias esféricas, cilíndrica, eixos, primas, adição, aberrações, canal de progressão, CO, DNP e DP. A denominação lensometria é dada à medição e marcações feitas em lentes oftálmicas e lentes de contato através do lensômetro. Outro momento em que se utiliza com grande frequência o lensômetro é na leitura das lentes oftálmicas dos óculos antigos do paciente e através dessa leitura descobrimos qual a ametropia do usuário. Ametropia é o mesmo que deficiência visual. São dificuldades associadas à visão, devido alguma falha entre diversos elementos que constituem o globo ocular. Dentre os problemas relacionados à visão estão inserido a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e a presbiopia. (PAPLER, 2007, pg.470) Figura 6 - Lensômetro http://www.vendas.mellooptical.com.br/ O lensômetro surgiu em 1876 com o físico Hermann Snellen, na verdade ele desenvolveu uma mesa óptica mais usada em experiências da física ótica, logo depois, em 1912, Troppman começou a desenvolver esse aparelho. Com muito trabalho ele foi aperfeiçoado, até que no ano de 1922 a patente do lensômetro foi finalmente requerida. (FRANCANA, 2014) Esse equipamento também e conhecido com focímetro e vertômetro. Existem diversos tipos, modelos e marcas. http://www.vendas.mellooptical.com.br/ 15 Atualmente dois tipos de lensômetro são os mais comercializados, o analógico e o digital, se diferenciam entre si apenas conforme o tipo de mira e design. (JESUS, 2005, pg. 189) Podemos dizer que o lensômetro analógico é o mais comum, permite dois tipos de leituras, interna e externa. No lensômetro há um tambor de valor dióptrico sobre o qual as leituras são indicadas.O segundo componente é o disco de eixo que permite girar um alvo (mira/gabarito) iluminado de modo a permitir o alinhamento da lente com seus meridianos principais. Entre os lensômetro analógicos existem dois tipos de mira, as miras retilínea também conhecia como corpo de avião e as de miras circulares. Figura 7 – Lensômetro Analógico Figura 8 – Lensômetro Digital http://www.essilorsolutions.com.br http://www.essilorsolutions.com.br O lensômetro digital é dotado de alta precisão e resolução, é composto por um leitor, impressora digital e tela digital. Porém todos desempenha a mesma função, que são: - Medir a potência das lentes oftálmicas: Em dioptria esférica. Em dioptria cilíndrica. Eixo do cilíndrico em graus. O valor dióptrico da adição. - Conferência dos prismas: Valores prismáticos em dioptrias prismáticas. Eixos das bases dos prismas em grau. - Conferência da montagem: Marca o CO para verificação da DP e DNP. Marca a linha horizontal de montagem. Mede a diferença de altura entre o CO de longe e de perto. Apesar de ser um equipamento muito utilizado, alguns profissionais têm muita dificuldade em operá-lo. Podemos até dizer que essa dificuldade é proveniente das diferenças entre os equipamentos disponíveis no mercado. http://www.essilorsolutions.com.br/ http://www.essilorsolutions.com.br/ 16 Adiante mostraremos como usar o lensômetro utilizando-se de todo o potencial que ele oferece. Figura 9 – Partes do Lensômetria http://www.estudieoptica.com Como Usar o Lensômetro Para o uso correto do lensômetro com toda potencia que ele oferece é necessário conhecer seu funcionamento, bem como saber usá-lo. Veremos a seguir algumas dicas dada por Dias (2005) de como usar o lensômetro. 1. Primeiro passo: Independente de marca ou modelo do lensômetro analógico, o primeiro passo é fazer o ajunte da ocular. Com o aparelho desligado ajuste a ocular de forma que a imagem interna do aparelho fique nítida. Além de facilitar a leitura, o ajuste garante mais precisão na interpretação da imagem. Figura 10 – Miras Internas http://www.opticanet.com.br 2. Segundo passo: Colocar o tambor de dioptrias na posição “0,00” (plano), a mira interna aparentará foco em ambas as direções como se fosse uma leitura de uma lente esférica. 3. Terceiro passo: Coloque a lente no aparelho com a parte convexa da lente voltada para o operador, ajustando a mesa de apoio para que a lente fique na posição correta e em seguida prendendo a lente no aparelho pra ela ficar fixa, gire o tambor de dioptrias para cima ou para baixo, de modo a encontrar o foco da mira (luz esverdeada), encontrada o foco observe qual o valor indicado no tambor de dioptrias e o sinal que a companha, pois esse dado informa qual o valor da força esférica da lente. http://www.estudieoptica.com/ http://www.opticanet.com.br/ 17 Dependendo do tipo de lensômetro utilizado podemos ter miras circulares ou miras retilíneas. Figura 11 – Miras Retilíneas e Miras Circulares www.opticanet.com.br Se a lente analisa for uma lente esférica terá um único foco, utilizado o lensômetro de miras retilíneas o foco encontrar-se nítido nas duas direções. Sendo o lensômetro de miras circulares seu foco mantem-se nítido em forma circular. Exemplo: Foco está nítido em + 2,00 significa afirma que a lente analisada é um lente esférica de + 2,00 D. Foco nítido em - 3,25 significa afirma que a lente analisada é uma lente esférica de – 3,25 D. Se a lente analisada é uma lente cilíndrica teremos duas forças esféricas, onde a diferença entre elas determina o valor da dioptria cilíndrica. No lensômetro será encontrado dois foco nítido em posições diferentes. Utilizado o lensômetro de miras retilíneas, teremos o foco nítido em apenas uma posição, em seguida gire o tambor de eixo até formar uma imagem nítida em apenas uma direção, com esses dados terão o valor da força esférica e o eixo, girando o tambor de dioptrias encontraremos outro foco, girando o tambor de eixo encontraremos uma imagem nítida em apenas uma direção, obtendo assim a outra força esférica e o eixo, a diferença entre as duas forças encontradas determina o valor da dioptria cilíndrica. Se o lensômetro é de miras circulares, a imagem interna apresenta-se em forma de cilindro, também teremos dois focos, sendo um nítido em uma posição e a outra na posição oposta. Girando o tambor de dioptrias encontraremos o foco nítido em uma posição, em seguida gire o tambor do eixo de forma que a reta maior da cruz da reticula acompanhe o cilindro, como esses dados terão o valor da força esférica e o eixo, gire novamente o tambor de dioptrias até encontrar o outo foco e o tambor deeixo, obtendo assim a outra força esférica e o eixo, a diferença entre as duas forças encontradas determina o valor da dioptria cilíndrica. Exemplo: Foco nítido em +2,00 a 90º na posição oposta foco nítido em + 0,50 a 180º teremos uma lente cilíndrica de + 2,00-1,50 a 180º. Foco nítido em - 1,00 a 180º na posição oposta foco nítido em – 1,50 a 90º teremos uma lente cilíndrica de - 1,00 - 0,50 a 90º. Vale salientar que diferença entre os eixos encontrados sempre será de 90º. Em lentes de visão simples (lentes esféricas e lentes cilíndricas), deve-se mover a lente até que se consiga a centralização do centro geométrico. http://www.opticanet.com.br/ 18 Em lentes bifocais, deve-se conferir, primeiramente, o campo de longe e depois o campo de perto. Centraliza-se a parte do campo de longe e anotam-se os dados encontrados; Centraliza-se a parte do campo de perto e anotam-se os dados encontrados. A diferença entre os dois valores esféricos encontrados é a adição. Em lentes progressivas, deve-se seguir a orientação do fabricante quanto aos pontos de referência indicados pelo fabricante para a conferência da dioptria de longe, prisma de equilíbrio e adição. O procedimento para a conferência de uma lente progressiva é o mesmo de uma lente de visão simples. A única observação é que, neste caso, torna-se impossível centralizar a imagem da cruz e conferi-la no lugar onde ela aparecer. 2.1.3. ACUIDADE VISUAL A visão é a resposta ao estimulo luminoso apropriado, que atravessa as camadas transparentes da retina e, no nível dos cones e bastonetes, desencadeia reações fotoquímicas, transformadas em impulsos nervosos, transmitidos pelas fibras óticas aos centros cerebrais superiores. (ALVES, 2008) Um fator a ser considerado, é o de que a visão é um aprendizado que evolui com o crescimento da criança. Ao nascimento o olho tem aproximadamente setenta e cinco por cento do tamanho do adulto. O crescimento pós-natal é máximo durante o primeiro ano, prossegue durante um ritmo rápido mais perde velocidade ate o terceiro ano, e continua num ritmo mais lento ate a puberdade, e após esta, o crescimento adicional é insignificante. As várias partes do olho têm ritmo diferente de crescimento. Em geral, as estruturas da parte anterior do olho crescem proporcionalmente menos do que as da porção posterior (NELSON, 1983). Ao medir a visão, sempre é necessário ter-se em mente que estamos diante de um fenômeno complexo, do qual fazem parte o sistema óptico, os fenômenos neurológicos de transmissão dos estímulos recebidos e as condições psicológicas favoráveis. O paciente deve estar atento ao que lhe apresentam reconhecer as letras, lembrar-lhe o nome e, finalmente por meio da voz transmitir o que vê. (ALVES, 2008) Ao medir a visão, sempre é necessário ter-se em mente que estamos diante de um fenômeno complexo, do qual fazem parte o sistema óptico, os fenômenos neurológicos de transmissão dos estímulos recebidos e as condições psicológicas favoráveis. O paciente deveestar atento ao que lhe apresentam reconhecer as letras, lembrar-lhe o nome e, finalmente por meio da voz transmitir o que vê. (ALVES, 2008) A avaliação da acuidade visual é, muito provavelmente, o procedimento mais importante entre todos os usados em atendimento exames visuais. De fato, embora não seja o único dos parâmetros de desempenho funcional do sistema visual, o índice com que se quantifica a capacidade de discriminação de formas e contrastes é o que mais genericamente exprime sua adequação. Diretamente relacionados à transmissão de luz pelas diferentes estruturas oculares apresentando-se menor, tanto em qualquer dos processos que afetem a transparências delas (nébulas e leucomas corneais, cataratas, opacificações do corpo vítreo), ou impeçam a chegada do estímulo à retina, como exemplo temos ausência ou ectopia da pupila, quanto na imperfeita formação de imagens pelo sistema óptico ocular (ametropias e aberrações). Basicamente dependente do funcionamento da retina e vias visuais, aparece também reduzida em toda afecção dessas estruturas ((descolamentos, degenerações, inflamações e cicatrizes da parte central da retina, neurites ópticas ou comprometimentos de axônios relacionados às células ganglionares da fóvea, lesões afetando o córtice visual ou outras partes da retina.), ou quando o próprio desenvolvimento das competências neuronais se faz imperfeitamente, como exemplo a ambliopia. (BICAS, 2002). Qualquer obstáculo à formação de imagens nítidas em cada olho, até que a acuidade visual esteja totalmente estabelecida, certamente levará a um mau desenvolvimento visual de caráter irreversível. Daí a importância em se eliminar precocemente qualquer determinante de má acuidade visual da criança, sendo recomendado levantamentos periódicos da população na faixa etária de zero a seis anos (LOPES et al, 2003). 19 A acuidade visual não e um parâmetro estável e sofre diversas influências, sobretudo no processo de maturação relacionado com a idade do individuo. (Mejiaetal,2005). A percepção visual e baseada em três funções essenciais: a sensibilidade luminosa, sentido de forma, senso cromático.(ALVES, 2008) Segundo Bicas (2002) o olho fornece estímulo visual para o córtex occipital. É importante testar a acuidade visual por ser ela a principal função ocular. Deve ser realizado primeiro, de modo que a visão seja avaliada antes que o olho seja realmente manipulado. Acuidade Visual (AV) é o grau de aptidão do olho, para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos. Essa capacidade discriminatória é atributos dos cones (células fotossensíveis da retina), que são responsáveis pela Acuidade Visual, central, que compreende a visão de forma e a visão de cores (ALVES, 2013). A acuidade tem como objetivo, conhecer a capacidade de descriminação visual do paciente em forma monocular, anotar quantitativamente o valor ou características da capacidade visual do examinado, determinar a capacidade de respostas hábil do paciente com a finalidade de escolher adequadamente o teste a utilizar, obter o registro da acuidade visual inicial para poder ser comparado com os dados finais do desenvolvimento do histórico clinico, medir a acuidade visual binocular com finalidade conhecer a capacidade que tem o individuo de comtemplar as coisa a baixo da visão normal. (CACERES, 2005). A acuidade visual depende da região da retina estimulada pelo raio de luz, intensidade de iluminação, tempo de exposição do estimulo, movimento do objeto dos olhos, e idade do paciente. Há um fenômeno “crowding” (ajuntamento) que pode acontecer num olho normal, em que o paciente pode distinguir um único objeto e não toda uma linha com objetos do mesmo tamanho. A percepção de um objeto de um objeto único é chamada de acuidade visual angular e o reconhecimento de um objeto no meio dos outros e chamado de acuidade visual cortical. (KARA-JOSE, 2000) Os testes formais da acuidade visual formam a base de parte dos dados de cada paciente. O sistema padrão universal para avaliar a visão é o teste de Snellen. Este teste consiste em ler linhas de letras cujo tamanho vai diminuindo e as quais estão penduradas a uma distância padronizada da pessoa a ser testada. Cada linha na tabela diz respeito a uma graduação que representa a acuidade visual.(BICAS, 2002). Cada fileira é designada por um número, correspondente à distância na qual um olho normal é capaz de ler todas as letras da fileira. Por exemplo, as letras na fileira quarenta são suficientemente grandes para que um olho normal veja na distância de quarenta pés (ALVES, 2013). A acuidade visual varia de acordo com a idade, pois ela só atinge visão vinte/vinte, aproximadamente, na idade de cinco anos e, e seguida continua a melhorar. Entre adolescentes não é raro encontrar acuidade visual vinte/dez. Decresce um pouco a partir da sexta década, para vinte/vinte e cinco, ou menos, mesmo na ausência de aparentes distúrbios na área macular. Por razões desconhecidas a visão de perto permanece menos afetada. (ALVES, 2008) Por convenção, a visão pode ser medida ou na distância de vinte pés (seis metros), ou ainda mais perto, a quatorze polegadas de distância. Para fins de diagnóstico, a distância da acuidade é o padrão para comparação, sendo sempre testado cada olho separadamente. A acuidade é marcada com dois números (por exemplo, "vinte/quarenta"). O primeiro número representa a distância de teste em pés entre o quadro e o paciente, e o segundo representa a fileira menor das letras que o olho do paciente pode ler. Vinte/vinte é uma visão normal; vinte/sessenta indica que o olho do paciente pode apenas ler letras suficientemente grandes numa distância de vinte pés, o que um olho normal pode ler numa distância de sessenta pés (BICAS, 2002). O teste de acuidade visual com a tabela de Snellen é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o indicador mais sensível da função visual; o teste foi classificado como simples, confiável, de baixo custo, alta sensibilidade e especificidade (NELSON, 1983). 20 Figura 12. Tabela de acuidade visual para longe Snellen para avaliação da eficiência visual Fonte: online. Google imagens. A acuidade visual perto é medida pela Tabela de Jaeger (composta de frases ou números, com dimensões de J1 a J7, para ordem crescente de perda visual à distância de trinta e cinco centímetros dos olhos). As perdas visuais para perto podem ser fisiológicas (PRESBIOPIA) e patológicas (BICAS, 2002). A acuidade visual (AV) deve ser avaliada pelo profissional da área da saúde visual através de Tabela de Optótipos, para longe e para perto, separadamente em cada olho e binocularmente, sem e com correção visual atualizada (mínimo seis meses) de óculos ou lentes de contato. A medida da AV alterada nos dá indício de Ametropias (miopia, astigmatismo ou hipermetropia), todavia, AV normal para longe e/ou perto pode estar presente nas pequenas Ametropias (BICAS, 2002). Fig.13 21 A visão resulta de um mecanismo complexo onde a acuidade visual (AV) é um parâmetro classicamente importante, mas relativamente limitado, havendo outros componentes que permitem complementar a sua caracterização, tais como a sensibilidade ao contraste (SC), a visão cromática (VC) e a estereopsia, numa perspectiva qualitativa da visão. Quando um indivíduo possui uma baixa de acuidade visual em um ou ambos os olhos, provocado pelo desuso ou mal uso durante o desenvolvimento visual pode ser adquirido uma deficiência denominada ambliopia (ALVES, 2008). Para determinar o tamanho da letra nas diferentes acuidades visuais, utiliza-se esta fórmula. Este cálculo nos dará o tamanho da letra para o Optótipos de Snellen, medido em milímetros. Fórmula para construção de Optótipos para Qualquer Distância1’T=(AV x DTO/20) X TG1’ x 1000 X 5 Onde: ►T= (tamanho da letra) ► TG1’=(tangente de 1min) ►AV=(acuidade visual) ► 1000=(unidade para transformar em mm) ►DTO=(distância de trabalho do Optótipo) ► 5=(unidade para tamanho total da Letra) ►20=(constante em pés) Conforme (SNELLEN, 1862), a fórmula expressa o tamanho da letra na construção de Optótipo, de acordo com a formula, A.V acuidade visual; DTO distância de trabalho do Optótipo (m); 20 é uma constante; TG1’ Tangente de 1mim, equivale a 0,00029; 1000 é uma unidade para transformar em milímetros e por último 5 é uma unidade para o tamanho total da letra, baseado no 1’ de arco. A tabela mostra claramente a relação da acuidade visual que é dada em pés com a percentual de visão. Equivalentes em notações visuais: eficácia visual e perda visual Anotação de Snellen Eficácia visual Perda visual 20/20 1 0 20/30 91,4% 8,6% 20/40 83,,6% 16,4% 20/60 69,9% 30,1% 20/80 58,5% 41,5% 20/200 10,0% 90,0% Tabela 01: Equivalentes em anotações visuais: eficácia visual e perda visual (AREVAIO 2005, p.47). As principais notações utilizadas atualmente são: A fração em metros; A fração de Snellen (pés); e A decimal e o logaritmo do ângulo visual. 22 A tabela relaciona a correspondência entre os diferentes sistemas de notação de acuidade visual. Notar que é absolutamente irrelevante optar-se pela notação “a” ou “b”. O importante é o instrumento de medida, ou seja, as tabelas de acuidade visual. Equivalente para Snellen, decimal e log MAR Snellen (metros) Snellen (pés) Decimal Log Mar 6/61 20/200 0,1 10 6/30 20/100 0,2 5 6/21 20/70 0,3 3.5 6/15 20/50 0,4 3.5 6/12 20/40 0,5 2 6/9 20/30 0,6 1.5 6/8 20/25 0,8 1.25 6/6 20/20 1 1 Tabela 02 Equivalente para Snellen, decimal e log MAR (AREVAIO 2005, PAG 47). Segundo (AREVAIO, 2005), no que se diz respeito à acuidade visual em visão próxima, as escalas de mão são construídas com a finalidade de determinar a acuidade visual para visão próxima, estão principalmente indicadas sem exceção na correção dos defeitos da acomodação e em particular da presbiopia. Existem inumeráveis escalas para a determinação da acuidade visual a curtas distâncias e cada uma delas tem métodos diferentes de anotações concordes ao seu desenho de construção. Equivalência das diferentes notações de perto para acuidade visual ESCALA DE SNELLEN NOTAÇÃO JAEGER TIPO PONTO NOTAÇÃO MÉTRICA NOTAÇÃO DECIMAL ALGUNS TIPOS DE IMPRESSO 20/20 J-1 3 0.4 M 1 - 20/25 J-1 4 0.5 M 0.8 Bíblia pequena 20/30 J-2 5 0.6 M 0.66 - 20/40 J-2 7 0.8 M 0.5 Lista Telefônica 20/50 J-6 8 1 M 0.4 - 20/60 J-8 10 1.2 M 0.33 Jornais 20/80 J-10 12 1.6 M 0.25 - 20/100 J-13 18 2 M 0.2 Livros infantis 20/200 J-17 - 4 M 0.1 - Tabela 03 Equivalência das diferentes notações de perto para acuidade visual (AREVAIO 2005, pg. 48). 23 2.1.4. MOTILIDADE OCULAR Existem seis pares de músculos extraoculares, presos do lado de fora de cada globo ocular e que controlam seus movimentos. Em cada olho, dois músculos movem os olhos para a direita e a esquerda; os outros quatro músculos movem os olhos para cima e para baixo e controlam a inclinação dos mesmos. Para manter os olhos alinhados e focalizados em um ponto, todos os músculos oculares de cada olho devem estar em perfeito equilíbrio de forças e trabalhando em conjunto com os músculos correspondentes do olho contralateral. Quando os músculos oculares não trabalham harmoniosamente, resulta um desvio ocular ou estrabismo. Os olhos são feitos para focalizar uma imagem nítida sobre a retina e transmiti-la ao cérebro. Se ambos os olhos estão fixando o mesmo ponto, a área visual do cérebro pode fundir as duas imagens em uma única imagem tridimensional. Isto cria uma visão de profundidade e uma visão tridimensional. Quando um dos olhos fica estrábico, duas imagens diferentes são enviadas para o cérebro. Nas crianças de baixa idade, o cérebro aprende a ignorar a imagem do olho desviado, passando a receber somente a imagem do olho não desviado ou de melhor visão. Isto provoca a perda da visão tridimensional. Adultos que ficam estrábicos desenvolvem uma diplopia (visão dupla), pois seus cérebros foram estimulados a receber imagens de ambos os olhos, não podendo assim ignorar a imagem do olho desviado. O paralelismo dos olhos durante a infância permite o desenvolvimento de uma boa visão em cada olho. No estrabismo, o desvio dos olhos poderá provocar uma baixa visual ou ambliopia. A ambliopia acomete aproximadamente 50% das crianças estrábicas. O cérebro reconhecerá a imagem do olho de melhor visão e ignorará a imagem do olho fraco ou amblíope. A ambliopia pode ser tratada com a finalidade de melhorar a visão do olho desviado. Se a ambliopia for detectada nos primeiros anos de vida, o tratamento tem um alto índice de sucesso. Se este tratamento é iniciado mais tarde, a ambliopia e a baixa visual serão definitivas. Como regra geral, quanto mais cedo a ambliopia for tratada, melhor o resultado visual.O estrabismo é causado pelo desalinhamento de músculos oculares. Entretanto, não se sabe a exata causa deste desvio que leva ao estrabismo. Sabe-se que o estrabismo é uma doença familiar. No entanto, em vários pacientes não existe uma história familiar positiva para estrabismo. É uma doença que acomete igualmente homens e mulheres. O cérebro controla os músculos oculares. Isto explica por que crianças com paralisia cerebral, Síndrome de Down e hidrocefalia, com frequência, desenvolvem estrabismo. Até mesmo um tumor cerebral poderá provocar estrabismo. Se a visão de um dos olhos está embaçada devido à catarata ou a outra lesão, geralmente o olho se torna estrábico. O sintoma primário do estrabismo é um olho que não fixa objetos à sua frente. Às vezes, algumas crianças desviam os olhos em ambientes muito claros. Poderão também não ter visão de profundidade. Algumas crianças inclinam ou giram suas cabeças em uma determinada direção, com a finalidade de manter os olhos paralelos. Com bastante frequência, os pais têm a falsa impressão de que o problema da criança foi curado espontaneamente. Apesar de o cansaço ou doença poderem piorar o estrabismo, as crianças não se curam espontaneamente. Se há suspeita de que uma criança esteja estrábica, é necessário um exame oftalmológico para determinar sua causa e iniciar o tratamento imediato. Durante a infância, toda criança deverá ser examinada pelo pediatra ou oftalmologista com a finalidade de detectar qualquer problema ocular, especialmente se um parente próximo é estrábico ou amblíope. Mesmo pais observadores poderão não descobrir o estrabismo, sem a ajuda de um optometrista ou oftalmologista. É muito difícil saber a diferença entre olhos que parecem desviados e um estrabismo verdadeiro. Crianças menores têm geralmente a ponte do nariz achatada e uma prega palpebral redundante no canto interno dos olhos, o que costuma esconder o olho no olhar lateral, levando a uma preocupação dos pais sobre se estes olhos são realmente desviados. Um Optometrista ou um oftalmologista experiente pode rapidamente distinguir esta forma de um estrabismo verdadeiro. 24 Nunca é tarde para se examinar os olhos das crianças. Felizmente, o optometrista e oftalmologista podem examinar olhos até mesmo de recém-nascidos. Se o exame ocular é prorrogado até a idade escolar, às vezes será tarde para o tratamento correto do estrabismo e da ambliopia. Ocasionalmente, um olho estrábico poderá ter como causa uma catarata, um tumor intraocular ou um tumor cerebral.É muito importante reconhecer estas patologias o quanto antes, pois assim poderão ser tratadas e o estrabismo corrigido. O objetivo do tratamento é preservar a visão, colocar os olhos paralelos e recuperar a visão binocular. O tratamento do estrabismo depende de sua causa. Poderá ser direcionado para a correção do desequilíbrio de forças musculares, remoção de catarata ou tratamento de outras doenças que possam provocar um desvio ocular. Após o exame optométrico completo, incluindo também o de fundo de olho, o optometrista ou oftalmologista indicará o tratamento clínico, ótico ou cirúrgico. Em alguns pacientes será necessária a oclusão do olho de melhor visão, com a finalidade de garantir visão igual nos dois olhos. As duas formas mais comuns de estrabismo são a Exotropia, onde os olhos são desviados para dentro, e a Exotropia, quando o são para fora. Exotropia é a forma de estrabismo mais comum em crianças. As crianças que nascem com Exotropia não aprendem a usar os dois olhos ao mesmo tempo e podem não enxergar bem do olho mais fraco. Na maioria dos casos, é necessária cirurgia precoce para colocar os olhos paralelos, na tentativa de obter visão binocular e prevenir a perda permanente da visão no bebê ou na criança. O objetivo da cirurgia ocular é ajustar a tensão muscular em um ou ambos os olhos, com a finalidade de colocá-los olhando em frente. Por exemplo, na cirurgia para correção da Exotropia, os músculos retos mediais são removidos da parede do globo ocular e suturados mais posteriormente, permitindo uma diminuição das forças de tração e levando os olhos para fora. Algumas vezes, os músculos externos (músculos retos laterais) poderão ser reforçados, diminuindo-se o seu tamanho, o que também deslocará os olhos para fora. Outra forma frequente de Exotropia é a que ocorre em crianças após os dois anos de idade e é causada pela necessidade de óculos. Estas crianças são geralmente hipermetropes. Elas têm capacidade de focalizar a imagem e corrigir a hipermetropia , o que permite que enxerguem longe e perto. No entanto, algumas crianças entortam os olhos ao tentarem focalizar os objetos. O uso de óculos que corrigem toda a hipermetropia reduz a necessidade desta focalização, mantendo assim os olhos paralelos. Em algumas crianças, é necessário o uso de óculos bifocais, que reduzirão sua necessidade de focalizar objetos próximos. Ocasionalmente, será necessário o uso de colírio ou lentes especiais, chamadas prismas, para ajudá- las a focalizar nitidamente os objetos. Mais raramente exercícios oculares (exercícios ortópticos) serão necessários para ajudar as crianças a controlar o desvio ocular. Exotropia ou desvio divergente dos olhos é outra forma comum de estrabismo. Ocorre mais frequentemente quando a criança está fixando objetos distantes. Pode ocorrer de forma intermitente, especialmente quando a criança está doente, cansada ou relaxada. Os pais poderão notar que um dos olhos se desvia quando a criança está em ambiente muito claro. Apesar de óculos e prismas diminuírem o desvio divergente, cirurgia é o tratamento mais comum. O tratamento cirúrgico do estrabismo é seguro e eficaz, mas não substitui o uso dos óculos nem o tratamento da ambliopia. No ato cirúrgico, o olho não é removido da órbita. Uma pequena incisão é feita nos tecidos que envolvem o globo ocular, permitindo o acesso aos músculos. A escolha do músculo a ser operado depende da direção do desvio ocular. Após a cirurgia, os olhos poderão estar quase, mas não perfeitamente paralelos, apesar da avaliação clínica completa e da boa técnica cirúrgica. Nestes casos, o ajuste final dependerá da coordenação entre o olho e o cérebro. Às vezes o paciente precisa usar prismas ou óculos após a cirurgia. Hipercorreção ou hipocorreção poderá ocorrer e nova cirurgia poderá ser necessária Um ou ambos os olhos podem ser operados. Crianças são operadas sob anestesia geral, mas, em alguns adultos, a anestesia local pode ser usada. O tempo de recuperação é rápido e o paciente estará em condições de retornar às atividades normais em poucos dias. Cirurgia precoce é indicada para correção do estrabismo em crianças menores, porque estas podem desenvolver visão normal, assim que os olhos forem alinhados. À medida que a criança cresce, diminuem as chances de conseguir desenvolver visão normal. E mais, o defeito estético causado pelo "olho torto" pode ter um efeito negativo na sua autoestima. Como em toda cirurgia, existe um pequeno risco de complicação na 25 correção cirúrgica do estrabismo. Existe uma chance pequena de ocorrer infecção, sangramento, cicatrização exagerada e outras complicações muito raras, que podem causar a perda da visão. Uma nova maneira de tratamento está sendo usada em algumas formas especiais de estrabismo e num selecionado grupo de pacientes. É a aplicação intramuscular de toxina botulínica tipo A (Botox). Este tratamento provoca uma paralisia temporária do músculo onde foi feita a aplicação e diminui o tamanho do desvio. Podem ser necessárias uma ou mais injeções para a correção do estrabismo. O olho se suspende por seis músculos extraoculares. Os ligamentos suspensórios, e ao redor da gordura orbitaria. Há 4 retos e 2 oblíquos. Músculos retos se originam no anel de Zinn. Atravessam a órbita e pouco a pouco divergem = cone muscular orbital. Inserem-se na parte anterior da esclerótica, do centro de rotação do globo ocular e tiram o olho posteriormente = alterações anatômicas. Inserção dos músculos retos forma espiral progressiva denominada espiral de Tillaux, ao redor do limbo corneal Os dois músculos oblíquos se inserem posterior ao equador .Contra forças anteriores = alterações anatômicas. Mirada para Frente = posição primaria de mirada. 1. Retos verticais seguem as órbitas. 2. Divergem desde o plano sagital central da cabeça por 23 °. 3. O eixo visual em posição primaria é 23 ° nasal para o eixo muscular dos retos verticais. 4. Discrepância entre o eixo do músculo reto vertical e o eixo visual do olho explicam as funções secundarias e terciárias dos músculos retos verticais Músculo reto superior 1. Origina-se na parte superior do anel de Zinn. 2. Curso aproximadamente 42 mm, face dorsal do globo ocular. 3. Forma ângulo de 23 graus respeito ao eixo sagital do globo ocular. 4. Estreito contato com o elevador da pálpebra superior. 5. Penetra cápsula de Tenóna +/_ 15 mm. 6. Inserção a 7.7 mm do limbo. 7. Largura 11 mm. 8. Inervado pela divisão superior do III par. 9. Funções, elevação, intorsão e adução do olho. Músculo reto inferior 1. Origina-se na porção inferior do anel Zinn. 2. Curso para diante aproximadamente 42 mm, ao longo da face ventral do globo. 3. Forma um ângulo de 23 graus com o eixo sagital. 4. Penetra cápsula de Tenón mais ou menos 15 mm 5. Inserta anatomicamente a 6,5 mm do limbo. 6. Largura de 10mm. 7. Inervado pela divisão inferior do III. 8. Funções: depressão, extorsão e add Músculo reto medial. 1. Origina-se no vértice da órbita da porção medial do anel de Zinn. 2. Curso aproximado de 40 mm. 3. Penetra cápsula de Tenón aproximadamente a 12 mm. 4. Inserção anatômica a 5,5 mm do limbo. 5. Largura de 10,5 mm. 6. Inervado pela divisão inferior do terceiro nervo. 7. Insertado pelo lado bulbar do músculo. 8. Função adução do olho. 26 Músculo reto lateral 1. Origina-se de duas porções. 2. Estende-se aproximadamente 40 mm ao lado externo. 3. Penetra a cápsula de Tenón 15 mm. 4. Inserção a 7 mm por fora do limbo. 5. Largura de 9,5 mm 6. Inervado pelo VI nervo. 7. Função é a abdução do olho. 8. Músculo oblíquo superior 1. Origina-se anatomicamente no vértice da órbita por acima do anel de Zinn. 2. Evolução é para diante aproximando-se 40 mm, ao longo da parede medial da órbita e avança pela parede superior da órbita para atravessar o anel cartilaginoso e a tróclea. 3. Nasce por um tendão na asa menor do osso esfenóide. 4. A porçãoreflexa tem início quando o músculo deixa a tróclea. 5. Inervado pelo VI par. 6. Funções: Intorsão, depressão e abdução do olho. Tróclea 1. Estrutura em forma de U cartilaginoso unida ao periósteo que recobre a fossa troclear do osso frontal no quadrante nasal superior da órbita. 2. Mecanismo para o movimento do tendão é complexo. 3. O movimento do tendão atravessa atróclea (poleia e uma corda ). Músculo oblíquo inferior 1. Origina-se no piso da órbita do periósteo que cobre a parte antero-medial do osso do maxilar. 2. Cursos lateral e posteriormente por aproximadamente 37 mm. 3. Formando um ângulo de 51 graus com o eixo visual. 4. Penetra a cápsula de Tenón perto da superfície ventral posterior do reto inferior. 5. Deformidade em J. 6. Inserção anterior de fibras do OI, posterior ao nível de inserção de fibras RI. 7. Feixe neovascular OI no ventre muscular posterior. 8. Cruza o reto inferior em sentido posterior e até acima para se inserir abaixo do músculo reto lateral justo por diante da zona macular. 9. Músculo está inervado pela divisão inferior do III nervo. 10. Suas funções são a extorsão, elevação e abdução do olho. OS TESTES DE MOTILIDADE OCULAR DIVIDEM-SE EM: Hirschberg: Avalia o alinhamento dos eixos visuais. Detecta estrabismos. O resultado esperado é: centrado ou descentrado; realizado com luz sobre o septo nasal a uma distancia de 40 cm,binocular, se o resultado for centrado, o exame termina, se for descentrado tem que falar qual é o olho, quantos graus e qual o sentido. Kappa: Avalia o alinhamento entre o eixo pupilar e o eixo visual. Detecta micro estrabismos. O resultado esperado é: Kappa zero, positivo ou negativo; se o resultado for zero o exame termina, se for positivo ou negativo, fala qual o olho. Realizado com luz, é monocular, luz a 40 cm sobre septo nasal. Ducções: Teste para avaliar paralisia total ou parcial dos músculos. Espera-se movimento suaves e contínuos; realizado com luz a 40 cm, sobre o septo nasal, monocular e com movimentos em asterisco Versões: Avalia Hipo ou Hiper função dos músculos do olho; realizado com luz, septo nasal a 40 cm, binocular com movimento em H e se o resultado for normal dar um visto em cada músculo. 27 2.1.5 FOROMETRIA Teste realizado para medir forias, no caso de pacientes que tenham desviações e essas medidas são medidas através de primas. Cover Teste: Teste de cobertura que identifica movimento nos olhos através dos reflexos retinianos. Com este teste é possível constatar o equilíbrio binocular do paciente através da fusão. Cover Unconver: Teste realizado para identificar forias ou tropias. OBJETIVO: Determinar se existem movimentos e em qual direção e se é Foria ou Tropia. MATERIAL: Luz; Oclusor;e Prismas MÉTODO: 1) Paciente comodamente sentado com a cabeça reta. 2) Pedir ao paciente que olhe para luz com seus olhos sem mover a cabeça a uma distância de 6m. 3) Movimentar o oclusor de um olho para o outro (couver alternante) e observar se existe movimentos, se não existem movimentos este paciente é ortofóricoe acabou o exame, se existe movimentos,veja de onde o olho sai, se sair de fora para dentro, paciente tem uma EXO, se o movimento é de dentro para fora, paciente tem uma ENDO, em seguida realiza o couveruncouver para saber se é Foria ou Tropia, se o olho permanecer no local do desvio, se trata de uma Tropia, se o desvio retornar para posição inicial se trata de uma foria, em seguida deve medir a quantidade de desvio usando prismas com a posição da base contraria ao movimento, realizando novamente o couver alternante adicionando prismas até não existir movimento. Movimentos de Dentro para Fora = ENDOmedir com base do prisma Temporal Movimentos de Fora para Dentro = EXOmedir com base do prisma Nasal Movimentos de Cima para Baixo = Hipermedir com base do prisma Inferior Movimentos de Baixo para Cima = Hipormedir com base do prisma Superior 28 PPC (Ponto Próximo de Convergência) – Teste que avalia a capacidade máxima de convergência mantendo a fusão com binocularidade. DEFINIÇÃO: - é o ponto mais perto em que uma pessoa pode manter imagens sensiveis e claras. Resultado da soma de todas as convergencias: tónica, de proximidade, de acomodação e a fusional. Se esta soma ofrece um valor baixo, é porque alguns desses componentes ou todos estão diminuidos. - é o ponto mais próximo aos olhos no qual a máxima convergência é exercida, sendo o seu valor de normalidade até 10.0 cm. O seu valor também é expresso em unidade métrica. Quando o indivíduo deixa de convergir, ele irá informar diplopia (visão dupla) ou supressão de uma das imagens. A baixa de Acuidade Visual para perto e anormalidades do PPA ou do PPC são desordens que acarretam uma séria de sintomas oculares. OBJETIVO: Determinar a capacidade de convergencia e fusão, incluida a capacidade de convergencia voluntaria e involuntaria. REQUISITOS: Com correção e Sem correção visual. Ponto de fixação proporcional a acuidade visual em visão próxima e com luz. PROCEDIMENTO: 1) Determinar ponto de fixação; 2) Iniciar a 40 cm: diplopía: afasta; 3) Aproximar ponto de fixação até visão dupla ou até que perda a fixação: ponto de ruptura; 4) Afasta o ponto de fixação e se anota o novo ponto de visão sensivel: ponto de recuperação. FORMAS DE ANOTAÇÕES: 1) Anotar o PPC com e sem correção; 2) Anotar se avaliou com luz ou com objeto real; 3) Anotar a distancia de diplopía ou de desviação de um olho; 4) Anotar qual olho se desviou e em que distancia; 5) Anotar diplopía ou supresão; 2.1.6 EXAMES PUPILARES A função deste reflexo é regular a quantidade de estímulo luminoso que entra no órgão (olho) e atinge receptores, os bastonetes, os quais são muito sensíveis à luz azul-esverdeada, principalmente. O reflexo pupilar à luz é um teste para um arco reflexo que inclui a retina (camada do olho sensível à luz), o nervo óptico (CN II), grupamentos de neurônios no diencéfalo do encéfalo e neurônios motores do nervo oculomotor, CN III (os quais suprem o músculo da íris que comprime o tamanho da pupila). O teste é realizado através da iluminação do olho com uma fonte luminosa brilhante. Uma resposta normal de um animal à luz brilhante no olho é a compressão rápida da íris em ambos os olhos, deixando a pupila pequena. Normalmente, essa compressão pupilar reduzirá a quantidade deluz que entra no olho e protegerá a retina contra a luz brilhante. Como o brilho de luz em um olho causa a constrição em ambos os olhos, o arco reflexo deve atravessar para o outro lado do corpo. Aconstrição pupilar no olho iluminado é chamada de resposta pupilar direta, e a constrição pupilar na pupila oposta (olho iluminado indiretamente) é chamada de resposta consensual. 29 A falha de uma ou de ambas as pupilas em contrair-se constitui um reflexo pupilar anormal. Uma lesão de nervo óptico (CN II) produz perda da constrição em ambas as pupilas quando se ilumina o olho afetado; no entanto, quando se ilumina o olho normal, ambas as pupilas se contraem se a lesão for no nervo oculomotor (CN III) ou no tronco cerebral, a pupila afetada não se contrairá independentemente de qual olho se ilumina, mas o olho não afetado irá se contrair normalmente quando se ilumina qualquer um dos olhos. Fotomotor: Teste para avaliar o SNS (Sistema Nervoso Simpático) e SNP (Sistema Nervoso Parassimpático) – Miose e Midríase; Estímulo luminoso em um determinado olho para examinar a reação do mesmo olho Consensual: Teste para avalia as vias aferentes e eferentes ;Estímulo luminoso em um determinado olho para examinar a reação do outro olho e segue a mesma metodologia do fotomotor. Acomodativo: Teste para avaliar se acontece convergência, acomodação e miose. Aproximação de um objeto e avaliar a reação pupilar.Em condições normais teremos: 1) Convergência; 2) Acomodação; e 3) Mioses Purkinge: Teste para avaliar presença e transparência da córnea e do cristalino. Reflexos utilizados para avaliar córnea e cristalino. 1) Transparência; 2) Monocular 3) Luz 4) Movimentos Pendular 2.1.7. BIOMICROSCOPIA Avaliação indispensável para determinar um diagnóstico completo do estado anatômico, fisiológico e patológico das estruturas externas e internas do olho. São avaliados: Cílios, Sobrancelhas, Pálpebras, Conjuntivas, Esclerótica, Córnea, Íris, Pupila, Cristalino, Câmara Anterior e Órgãos Lagrimais. Biomicroscópio ocular é um instrumento usado por oftalmologistas e optometristas, para avaliação do meio ocular. Consiste de uma fonte de luz de alta intensidade que pode ser focada para brilhar como uma fenda. É usada em conjunto com um microscópio. A lâmpada facilita um exame das estruturas frontais do olho humano, que incluem a pálpebra, esclera, conjuntiva, íris, cristalino e córnea.Enquanto o paciente está sentado na cadeira de exame, ele repousa seu queixo e testa em um suporte para manter a cabeça imóvel. Usando um biomicroscópio, o oftalmologista ou optometrista realiza o exame do olho do paciente. O exame da lâmpada de fenda pode detectar muitas doenças do olho, incluindo: 1) Catarata, Conjuntivite, Lesão na córnea, Distrofia de Fuchs, Ceratocone; 2) Degeneração macular, Presbiopia, Descolamento de retina, Oclusão de vaso retiniano; 3) Retinitepigmentosa, Síndrome de Sjögren, Uveíte, Doença de Wilson (anel de Kayser-Fleischer) 4) 1. Lâmpada de Fenda 1) Examinar estruturas externas e internas 2) Magnificação variável 3) Sistema binocular https://pt.wikipedia.org/wiki/Oftalmologista https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio https://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_humano https://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_humano https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1lpebra https://pt.wikipedia.org/wiki/Esclera https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuntiva https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dris https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristalino https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rnea https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeira https://pt.wikipedia.org/wiki/Queixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Testa https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarata https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuntivite https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Les%C3%A3o_na_c%C3%B3rnea&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrofia_de_Fuchs https://pt.wikipedia.org/wiki/Ceratocone https://pt.wikipedia.org/wiki/Degenera%C3%A7%C3%A3o_macular https://pt.wikipedia.org/wiki/Presbiopia https://pt.wikipedia.org/wiki/Descolamento_de_retina https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Oclus%C3%A3o_de_vaso_retiniano&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Retinite_pigmentosa https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Sj%C3%B6gren https://pt.wikipedia.org/wiki/Uve%C3%ADte https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Wilson https://pt.wikipedia.org/wiki/Anel_de_Kayser-Fleischer 30 2. Partes Principais da Lâmpada 1) Suporte mecânico; 2) Sistema de observação; 3) Sistema de iluminação, 3. Magnificação variável 1) Baixa7x a 10x Vista geral; 2) Média 20x a 25x Estruturas das camadas da córnea; 3) Alta 30x a 40x Detalhes. 4. Magnificação variável Baixa de 7x a 10x vista geral. 1) Pálpebras (inflamações, tumores, rigidez, ressecadas); 2) Conjuntivas (inflamações, tumores, depósitos, transparência); 3) Esclera (vasos, transparência, tumores, escleritos); 4) Córnea (transparência, panos, leucomas, cicatrizes); 5) Limbo (integridade, vasos, transparência); 6) Lágrimas (but, menisco lagrimal, movimento dos resíduos); 7) Câmara anterior (transparência, células, membranas, detalhes); 8) Ìris(arquitetura, inflamação, pigmentação, nervos); 9) Cristalino (opacidades, sinequia, localização, cápsula) 5. Magnificação variável Média de 20x a 25x Cónea 1) Epitélio; 2) Estroma; 3) Endotélio; 4) Adaptação de LC superfície. 6.Magnificação variável Alta de 30x a 40x Córnea 1) Trocas Epiteliais(vacúolos, microquistos, distrofias); 2) Estrias Estromais (estrias, pregas); 3) Estrias Endoteliais (polimegatismos, distrofia, densidade celular). 7.Sistema de iluminação e Técnicas 1) Intensidade da luz é variável; 2) Filtros, Posição, Espessura, Altura e Ângulo; 3) Técnica Difusa; 4) Técnica Direta; 5) Técnica Indireta; 6) Técnica Retro iluminação; 7) Técnica Retro iluminação inversa; 8) Técnica Tangencial; 9) Técnica Reflexão especular; 10) Técnica Dispersão escleral; 11) Técnica Iluminação filtrada. 31 2.1.8. OFTALMOSCOPIA Exame que permite avaliar o estado das estruturas intraoculares. Através do exame de fundo de olho, pode-se avaliar as estruturas, como: Cor, Papila, Escavação, Relação Artéria/Veia, Mácula, Brilho Foveal e Fixação. A partir desta avaliação, é possível fazer ter dimensões mais precisas e aprofundadas de toda estrutura interna do olho. Antes do desenvolvimento do oftalmoscópio o reconhecimento de anormalidades fundoscópicas dependia da observação de anormal do reflexo vermelho foi visto na pupila. O reconhecimento de doenças que afetam as estruturas foi limitada a observações histológicas. Méry, que foi, provavelmente, em 1704, fez a primeira observação oftalmoscópico fundo em um gato debaixo de água. Méry estudar reações pupilares de um gato debaixo de água como o gato foi asfixia as pupilas dilatadas e o fundo podia ser visto facilmente porque o poder de refração da córnea foi neutralizada pela superfície plana de água. No entanto Méry não podia ver a importância deste fenômeno e era do aluguer que descreveu em 1709” ( KEPLER, Online). Figura 14 - Oftalmoscópio de Helmholtz.(Fonte: KEPLER, Online). Kleper (Online) discorre que em 1847 Babbage, matemático Inglês, construiu um instrumento que pudesse ver o segmento posterior do olho humano. Babbage não conseguiu ver a importância desta descoberta, que não publicou os detalhes de até vários anos depois (1854), e Hermann von Helmholtz reinventou em 1850. Antes que o tempo se sabia que existem doenças de fundo de olho, como descolamento de retina, mas não foi até von Helmholtz descrita pela primeira vez a imagem oftalmoscópico de oclusão da veia central da retina, que ele chamou de "golpe da retina" . Hermann Von Helmholtz inventou o oftalmoscópio, o olho é observado através desse instrumento. Avalia-se a saúde da retina e do humor aquoso. E que em 1850 Helmholtz foi introduzido na Sociedade Médica de Berlim o oftalmoscópio primeiro e um ano depois, publicou a descrição de sua invenção. Helmholtz chamado a sua invenção Augenstegel Nas primeiras publicações em Inglês foi chamado especulo a ser semelhante a um instrumento utilizado na Inglaterra. Em 1853 apareceu pela primeira vez na literatura Inglês o oftalmoscópio prazo e três anos após o prazo começa a ser utilizado na literatura americana” Então o desenvolvimento do oftalmoscópio permitiu o estudo clínico de doenças do fundo ocular que deu origem a várias teorias sobre a patogênese de tais doenças, descolamento da retina particularmente. Portanto antes da invenção do oftalmoscópio considera-se que os raios de luz não foram devolvidos para o exterior, mas o pigmento uveal absorvida e, por conseguinte, a pupila sempre parecia preto. Na verdade o que aconteceu (e foi mostrado por Helmholtz), é que a cabeça do observador quando em pé na parte frontal do olho em estudo impedida a passagem dos raios de luz que vão diretamente para o olho, de modo que o fundo da mesma é preto; mas se ele ilumina o problema ocular após eixo visual do observador, refletida na retina que a luz é coletada pelo olho do navegador e ver a parte traseira do olho estudado. Isto foi conseguido por um espelho simples que reflete a luz para o olho pode pegar a revisão e deixá-la, olhando através de um furo no centro do espelho. No estudo original usada uma camada de Helmholtz de vidro para
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