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Introdução à Educação em direitos humanos

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Introdução à Educação 
em Direitos Humanos
Educação em 
Direitos Humanos
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
VITTORIO LO BIANCO
AUTORIA
Vittorio Lo Bianco
Olá. Meu nome é Vittorio Lo Bianco. Sou formado em Relações 
Internacionais, com Mestrado em Políticas Públicas, Estratégia e 
Desenvolvimento e Doutorado em Educação, com experiência técnico-
profissional na área de educação de mais de 10 anos. Sou servidor do 
Estado do Rio de Janeiro. Trabalho com educação na Secretaria de Ciência 
e Tecnologia. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase 
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Delimitações Teóricas e Metodológicas da Educação em 
Direitos Humanos ........................................................................................10
Delimitações Teóricas da Educação em Direitos Humanos ............................10
A Educação em Direitos Humanos ................................................................. 13
Delimitações Metodológicas da Educação em Direitos Humanos ............ 15
Tratados Internacionais de Direitos Humanos................................18
Educação em Direitos Humanos e o Contexto Brasileiro ...........25
Contexto Histórico ..........................................................................................................................25
Contexto Brasileiro da Educação em Direitos Humanos ...................................26
Educação em Direitos Humanos na Contemporaneidade .........31
Conexão entre Direitos Humanos e Educação atualmente ............................. 31
Estratégias para a Conexão entre Direitos Humanos e Educação 
Atualmente...........................................................................................................................................34
7
UNIDADE
01
Educação em Direitos Humanos
8
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, o que você entende por “Direitos Humanos”? Muito 
se fala atualmente sobre o conjunto de direitos individuais e coletivos 
que regem nossa vida em sociedade, porém nem todos sabem precisar 
do que se trata. Para os educadores, compreender de quais direitos 
tratamos quando usamos essa expressão e como trabalhar com o tema 
em suas aulas é fundamental. Nesta unidade iremos refletir juntos sobre 
o surgimento do que se concebe como Direitos Humanos, sua aplicação 
e sobre como conjugar esse conhecimento com a área de educação. Na 
atualidade, de onde surgiu o que conhecemos hoje como esse conjunto 
de direitos?
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, surgida 
como resposta às atrocidades cometidas pelo fascismo durante a 
Segunda Guerra Mundial, foi o marco inicial para alçar os direitos 
humanos a um patamar de guia ético para a ordem internacional. Era o 
momento de reconstruir os direitos interrompidos pela guerra, através da 
universalização dos direitos individuais e coletivos do ser humano, tirando 
do domínio exclusivo dos Estados a questão da garantia destes direitos. 
Além do caráter universal, uma vez que a condição de pessoa é 
o único requisito para ter direitos, os direitos humanos têm também a 
característica da indivisibilidade, dado que apenas garantindo os direitos 
civis e políticos pode-se garantir os direitos econômicos, sociais e culturais, 
e vice-versa. Foi a primeira declaração moderna de direitos que conjugou 
o discurso liberal de cidadania com o discurso social. Esse processo de 
universalização dos direitos humanos, reafirmado pela Declaração de 
Viena de 1993 (que de fato coloca os direitos humanos como indivisíveis e 
universais), dá origem a um sistema normativo internacional de proteção 
aos direitos. 
Vamos acompanhar essa trajetória juntos nesta unidade. 
Educação em Direitos Humanos
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Estabelecer as delimitações teóricas e metodológicas da 
educação em direitos humanos.
2. Identificar os tratados internacionais de direitos humanos. 
3. Conhecer a educação em direitos humanos e o contexto brasileiro.
4. Refletir sobre a educação em direitos humanos na contempora-
neidade.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conheci-
mento? Ao trabalho!
Educação em Direitos Humanos
10
Delimitações Teóricas e Metodológicas 
da Educação em Direitos Humanos
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar 
as delimitações do campo de estudos da educação em 
direitos humanos. Isso será fundamental para o exercício 
de sua profissão. A compreensão da interseção entre o 
processo de ensino-aprendizagem e o tema transversal 
direitos humanos é essencial para educadores que buscam 
desenvolver a capacidade crítica de seus alunos em um 
contexto de educação para a cidadania. A compreensão 
dos direitos básicos dos seres humanos é fundamental 
para uma inserção plena dos indivíduos em sociedade. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então, vamos lá. Avante!.
Delimitações Teóricas da Educação em 
Direitos Humanos
Quando pensamos os direitos humanos em âmbito internacional, o 
que vem à sua mente? 
A concepção dos direitos humanos como universais somente 
ganhou esse real escopo com a Carta das Nações Unidas em 1945. A 
partir de então, o novo direito internacional reconhecia que a proteção 
dos indivíduos deveria se dar também no âmbito internacional, não mais 
somente pelos Estados como fora produzido desde a formação dos 
Estados Nacionais. 
Educação em Direitos Humanos
11
Figura 1: Símbolo da Organização das Nações Unidas
Fonte: @pixabay
A história dos direitos atribuídos aos seres humanos data desde 
a antiguidade, quando o poder do Estado não era limitado, logo os 
indivíduos não possuíam direitos frente ao poder do soberano. Foi a 
Magna Carta inglesa que em 1215 apresentou uma limitação ao poder de 
atuação do soberano, dando início ao constitucionalismo e às conquistas 
liberais culminadas nas Revoluções Francesa e Americana.
VOCÊ SABIA?
John Locke foi um filósofo inglês, considerado um dos “pais” 
do liberalismo filosófico. Foi um dos principais teóricos do 
que ficou conhecido como teoria do “contrato social”. 
Educação em Direitos Humanos
https://pixabay.com/pt/vectors/das-na%C3%A7%C3%B5es-unidas-internacional-303926/
12
O jusnaturalismo de Locke deu um caráter mais universal aos 
recém-criados direitos da Inglaterra. Segundo o pensamentopolítico de 
Locke, o ser humano constitui a base e origem do poder que é transferido 
ao soberano mediante o contrato social, reconhecendo assim a base 
dos direitos como dos homens. Nas revoluções americana e francesa, 
os direitos do homem e do cidadão são instituídos em um conteúdo de 
característica individualista, apesar do universalismo da fraternidade, 
igualdade e liberdade. Objetivavam uma República democrática que, 
através do contrato social, garantiriam os direitos dos homens.
DEFINIÇÃO:
 Segundo Massaro, o jusnaturalismo ou o direito natural 
É a corrente de pensamento jurídico-filosófica que 
pressupõe a existência de uma norma de conduta 
intersubjetiva universalmente válida e imutável, 
fundada sobre a peculiar ideia da natureza preexistente 
em qualquer forma de direito positivo que possa 
formar o melhor ordenamento possível para regular a 
sociedade humana, principalmente no que se refere 
aos conflitos entre os Estados, governos e suas 
populações. (MASSARO, 2019, on-line)
Assim, surge a Declaração Universal dos Direitos dos Homens, 
que dava prioridade à liberdade em detrimento do poder estatal. Com a 
Declaração da ONU em 1945 e os tratados e as convenções posteriores 
que traziam de fato um caráter internacional à legislação dos direitos 
humanos, a jurisdição doméstica deixou de ser a única responsável pelas 
garantias dos direitos. 
Sua primeira negociação teve início em 1941, com o documento 
“Carta do Atlântico”, assinada por 9 governos, mas a Carta da ONU de 
1945 foi assinada por 50 países em São Francisco, nos Estados Unidos da 
América. Hoje em dia, a estrutura central da ONU fica em Nova York, com 
sedes também em Genebra (Suíça), Viena (Áustria) e Nairóbi (Quênia), 
além de escritórios espalhados em grande parte do mundo.
Educação em Direitos Humanos
13
Após o totalitarismo da guerra, com elevado número de mortes 
e ainda o Holocausto, os Estados objetivavam construir um sistema 
internacional seguro, onde a garantia da paz viria através do cumprimento 
da legislação internacional e da vigilância dos demais Estados. A questão 
da etnia judaica foi fundamental para a redação dos direitos humanos na 
Carta da ONU, pois o “problema judeu” apresentado pelas autoridades 
nazistas alemãs fez com que o povo judeu fosse desprovido de seus 
direitos estatais através da desnacionalização. Sem Estado, os judeus não 
possuíam garantias de respeito aos direitos, assim como outras minorias.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 surgia como 
resposta às atrocidades cometidas pelo fascismo durante a Segunda 
Guerra Mundial e foi o marco inicial para alçar os direitos humanos a um 
patamar de guia ético para a ordem internacional. Porém, é importante 
frisar que como vencedores da 2ª. guerra mundial, China, EUA, França, 
Reino Unido e a atual Rússia possuem poder de veto no Conselho de 
Segurança.
SAIBA MAIS:
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em sua 
introdução, diz:
No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral 
das Nações Unidas adotou e proclamou a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos cujo texto, na íntegra, 
pode ser lido a seguir. Logo após, a Assembleia Geral 
solicitou a todos os países-membros que publicassem 
o texto da Declaração para que ele fosse divulgado, 
mostrado, lido e explicado, principalmente nas escolas 
e em outras instituições educacionais, sem distinção 
nenhuma baseada na situação política ou econômica 
dos Países ou Estados. (UNICEF, 1948)
 Acesse a declaração na página da Organização das Nações 
Unidas: 
Educação em Direitos Humanos
 https://bit.ly/2APIx5U
14
A Educação em Direitos Humanos
O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, publicado 
pelo Governo Federal brasileiro em 2003, define que a educação em 
direitos humanos é:
Compreendida como um processo sistemático e multidi-
mensional que orienta a formação do sujeito de direitos, 
articulando as seguintes dimensões: 
• apreensão de conhecimentos historicamente construí-
dos sobre direitos humanos e a sua relação com os con-
textos internacional, nacional e local; 
• afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que ex-
pressem a cultura dos direitos humanos em todos os es-
paços da sociedade; 
• formação de uma consciência cidadã capaz de se fazer 
presente em níveis cognitivo, social, ético e político; 
• desenvolvimento de processos metodológicos partici-
pativos e de construção coletiva, utilizando linguagens e 
materiais didáticos contextualizados; 
• fortalecimento de práticas individuais e sociais que ge-
rem ações e instrumentos em favor da promoção, da pro-
teção e da defesa dos direitos humanos, bem como da 
reparação das violações. (BRASIL, 2018, p. 11) 
Para a área de estudos da educação em direitos humanos, a 
educação além de ser um direito por si, possibilita o conhecimento, o 
acesso e a compreensão a respeito dos demais direitos, permitindo que 
o cidadão possa se inserir plenamente em sociedade, ciente do conjunto 
de seus direitos. A partir do estudo da educação em direitos humanos, 
é possível que a cultura criada em torno da valorização dos direitos 
humanos permita o respeito às diversidades, seja de ordem religiosa, 
cultural, étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, de nacionalidade, 
entre outras. 
Para Maria Victoria Benevides (BENEVIDES, 2000, p. 1), três pontos 
são premissas para a educação em direitos humanos: “a educação 
continuada, a educação para a mudança e a educação compreensiva, no 
sentido de ser compartilhada e de atingir tanto a razão quanto a emoção”. 
Educação em Direitos Humanos
15
A autora enfatiza ainda a ideia de que a educação em direitos 
humanos também é a educação para a cidadania, de formação de 
cidadãos participativos e, além disso, solidários. É necessário que os 
educadores conheçam, por suposto, os direitos humanos e as instituições 
relacionadas à promoção dos mesmos. 
Delimitações Metodológicas da Educação 
em Direitos Humanos
Como vimos na seção anterior, quando tratamos da educação em 
direitos humanos estamos abordando diretamente a questão da formação 
de discentes e docentes para compreenderem a realidade à sua volta 
a partir dos pressupostos teóricos dos direitos humanos. Partindo da 
ideia de que essa educação pressupõe a educação para a cidadania e 
para a concepção de democracia com participação popular, podemos 
considerar a concepção de Adorno a respeito do tema: 
A seguir, e assumido o risco, gostaria de apresentar a 
minha concepção inicial de educação. Evidentemente não 
a assim chamada modelagem de pessoas, porque não 
temos o direito de modelar pessoas a partir do exterior; 
mas também não a mera transmissão de conhecimentos, 
cuja característica de coisa morta já foi mais do que 
destacada, mas a produção de uma consciência 
verdadeira. Isso seria inclusive da maior importância 
política; sua ideia, se é permitido dizer assim, é uma 
exigência política. Isto é: uma democracia com o dever de 
não apenas funcionar, mas operar conforme seu conceito, 
demanda pessoas emancipadas. Uma democracia efetiva 
só pode ser imaginada enquanto uma sociedade de quem 
é emancipado”. (ADORNO, 2003, p. 142)
Dentro dessa concepção, a metodologia relacionada à educação 
em direitos humanos diz respeito a uma prática de ensino-aprendizagem 
que seja orientada para a educação em direitos humanos, considerando o 
caráter transversal e articulando conhecimentos e práticas com os demais 
atores sociais, para além dos espaços formais de educação. 
Para isso, é importante a integração dos objetivos previstos para a 
educação em direitos humanos em todo o processo de ensino-aprendizagem, 
inclusive em diferentes formas de avaliação. Também se faz necessário o 
desenvolvimento de programas e metodologias voltados para estimular 
Educação em Direitos Humanos
16
a reflexão e a formação do tema, estabelecendo a troca de informações 
e experiências entre os atores governamentais e demaismembros da 
sociedade civil organizada, inclusive os relacionados à educação não formal, 
a fim de construírem conjuntamente estratégias de formação. 
A resolução CNE/CP do Governo Federal, nº 1, de 30 de maio de 
2012, prevê em seu artigo 6º que: 
A Educação em Direitos Humanos, de modo transversal, 
deverá ser considerada na construção dos Projetos 
Político-Pedagógicos (PPP); dos Regimentos Escolares; 
dos Planos de Desenvolvimento Institucionais (PDI); dos 
Programas Pedagógicos de Curso (PPC) das Instituições de 
Educação Superior; dos materiais didáticos e pedagógicos; 
do modelo de ensino, pesquisa e extensão; de gestão, 
bem como dos diferentes processos de avaliação. (BRASIL, 
2012, p. 2)
Em seu artigo 7º, prevê as seguintes formas de inserção dos 
conhecimentos nas diferentes etapas da educação formal: 
I - pela transversalidade, por meio de temas relacionados 
aos Direitos Humanos e tratados interdisciplinarmente; 
II - como um conteúdo específico de uma das disciplinas já 
existentes no currículo escolar; 
III - de maneira mista, ou seja, combinando transversalidade 
e disciplinaridade [...]. (BRASIL, 2012, p. 48)
SAIBA MAIS:
Projeto de pesquisa financiado pelo MEC em parceira com 
a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior (Capes) estimula alunos de escola pública sobre 
Direitos Humanos. Saiba mais aqui
Segundo Bittar (2007, on-line), uma das formas de incentivar a 
educação em direitos humanos é a partir do “desenvolvimento e da 
valorização da pesquisa”, que vise o “desenvolvimento da consciência 
crítica e enraizadora” e, ainda, seja capaz de: 
aprofundar a consciência sobre a importância dos direitos 
humanos e de sua universalização; provocar a abertura 
criativa de horizontes para a auto compreensão; incentivar 
Educação em Direitos Humanos
https://bit.ly/2YPc2Dx
17
a reinvenção criativa permanente das próprias técnicas; 
habilitar à criticidade; desenvolver o reconhecimento 
histórico dos problemas sociais; incentivar o conhecimento 
multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar sobre a 
condição humana; habilitar a uma compreensão segundo a 
qual a conquista de direitos depende da luta pelos direitos; 
valorizar a sensibilidade em torno do que é humano; 
aprofundar a conscientização sobre questões de justiça 
social; recuperar a memória e a consciência de si no tempo 
e no espaço; habilitar para a ação e para a interação conjunta 
e coordenada de esforços; desenvolver o indivíduo como 
um todo, como forma de humanização e de sensibilização; 
capacitar para o diálogo e a interação social construtiva, 
plural e democrática. (BITTAR, 2007, on-line)
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que a forma como 
compreendemos hodiernamente o que são os direitos 
humanos, compreendidos como universais, ganhou essa 
dimensão com a Carta das Nações Unidas em 1945. A 
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 foi a 
primeira Declaração que conjugou o discurso liberal de 
cidadania com o discurso social. Oficialmente no Brasil, a 
educação em direitos humanos é compreendida a partir da 
consideração de uma organização sistemática e com mais 
de uma dimensão orientada para a formação de sujeitos 
de direitos. Algumas premissas teóricas da educação em 
direitos humanos dizem respeito à compreensão da área 
como educação continuada para a mudança compreensiva. 
Metodologicamente, a educação em direitos humanos se 
estabelece de forma transversal na educação formal e na não 
formal, por meio de estratégias de ensino-aprendizagem, 
como o desenvolvimento do reconhecimento histórico dos 
problemas sociais, a valorização da sensibilidade em torno 
do que é humano e o aprofundamento da conscientização 
sobre questões de justiça social. 
Educação em Direitos Humanos
18
Tratados Internacionais de Direitos 
Humanos
OBJETIVO:
Além da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 
1948, como já vimos, há outros documentos importantes 
para o processo de universalização desses direitos. A 
Declaração de Viena de 1993 (que de fato coloca os direitos 
humanos como indivisíveis e universais), dá origem a um 
sistema normativo internacional de proteção aos direitos. 
Esse processo, por sua vez, foi responsável por apresentar 
questionamentos à noção de soberania estatal ao introduzir 
o tema de uma “cidadania global”, uma vez que o interesse 
sobre o respeito ao indivíduo era internacional, e não mais 
apenas assunto de jurisdição doméstica. 
Figura 2: Sede das Nações Unidas em Nova York/EUA
Fonte: @pixabay
Desse modo, as necessidades consideradas fundamentais dos 
seres humanos, em grande parte contempladas pelos direitos de segunda 
Educação em Direitos Humanos
https://pixabay.com/pt/photos/das-na%C3%A7%C3%B5es-unidas-sede-paz-722211/
19
geração, conhecidos como direitos coletivos, devem de fato ser definidos 
como direitos, dado que acima de tudo protegem grupos vulneráveis da 
sociedade. 
Apesar de estar claro em âmbito internacional que os direitos são 
indivisíveis, os direitos econômicos, sociais e culturais ainda necessitam 
de implementação e garantias. A Declaração de Viena é bastante clara na 
defesa dessa concepção ao definir a interdependência entre os Direitos 
Humanos, a Democracia e o Desenvolvimento. 
Os direitos da segunda geração surgiram nas duas primeiras 
décadas do século XX, quando a Constituição Mexicana de 1917, a 
Revolução Russa, a Constituição da República de Weimar em 1919 e a 
criação da Organização Internacional do Trabalho levaram os Direitos 
Humanos a ter uma abrangência maior, incorporando essa nova gama de 
direitos que exigem a ação positiva do Estado (e não somente a negativa, 
ou seja, a ausência de interferência do Estado na garantia dos direitos 
individuais, como é o caso dos direitos de primeira geração).
Assim como a garantia dos direitos da primeira geração foi fruto 
da luta contra o absolutismo feudal durante os séculos XVII e XVIII, a 
garantia dos direitos de segunda geração foi fruto das lutas sociais contra 
a exploração do trabalho, por novos espaços para a liberdade coletiva e 
por uma igualdade material maior que possibilitasse a dignidade humana. 
No final da Guerra Fria, surgem ainda novas demandas dos novos 
movimentos sociais. Tais demandas deram origem aos Direitos dos Povos, 
ou Direitos da Solidariedade, a terceira geração dos Direitos Humanos, 
que são ao mesmo tempo direitos individuais e coletivos, demandantes de 
um esforço coletivo entre indivíduos e Estados e demais atores da ordem 
mundial atual. Na terceira geração estão o Direito ao Desenvolvimento, o 
Direito à Paz, o Direito à Autodeterminação dos Povos, ao Desenvolvimento 
Sustentável, entre outros.
Educação em Direitos Humanos
20
IMPORTANTE:
Os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais estão 
garantidos não só pela Declaração Universal dos Direitos 
Humanos e pela Declaração de Viena, mas também por 
tratados internacionais como o Pacto Internacional dos 
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, a Convenção 
sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação 
Racial, a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas 
de Discriminação contra a Mulher, a Convenção sobre os 
Direitos das Crianças, entre outros. 
Ainda sobre isso, salientamos o papel-chave da Declaração sobre 
o Direito ao Desenvolvimento, de 1986. Vale apontar que, apesar de já ter 
sido reconhecida pela Comissão da ONU de Direitos Humanos em 1977, 
a Declaração foi consagrada pela Assembleia Geral da organização em 
1986. Ao vincular os Estados ao dever de adotarem medidas efetivas, em 
âmbito individual ou coletivo, voltadas para políticas de desenvolvimento 
internacional a fim de realizar plenamente os direitos e acrescentando 
que a cooperação internacional é uma peça-chave no quebra-cabeça 
do desenvolvimento,em seu artigo 4º, o Direito ao Desenvolvimento 
apresenta a importância de uma globalização inclusiva, solidária e que 
garanta o respeito aos direitos humanos.
Todavia, para garantir esse respeito, a Declaração Universal de 1948 
não era suficiente, uma vez que não possui força jurídica vinculante, logo, foi 
necessária a criação de tratados internacionais que fossem juridicamente 
obrigatórios no plano do direito internacional. Surgem então, em 1966, o 
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional 
dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Os dois pactos, em conjunto 
com a Declaração Universal formam a Carta Internacional dos Direitos 
Humanos, ou International Bill of Rights.
Educação em Direitos Humanos
21
ACESSE:
Conheça um pouco mais sobre a Carta Internacional dos 
Direitos Humanos (International Bill of Rights) acessando o 
link: 
Continuando, o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais (PIDESC) inclui deveres para os Estados, ao contrário 
do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP) que lista os 
direitos referentes aos indivíduos. 
Os direitos da segunda geração (PIDESC) representam um esforço 
dos Estados a fim de progressivamente assegurar esses direitos, que 
incluem, entre outros, o direito à previdência social, à moradia, à educação, 
ao trabalho e à justa remuneração, à formação e filiação a sindicatos, à 
saúde física e mental adequadas e a um nível de vida adequado e ao gozo 
dos benefícios da liberdade cultural e do progresso científico. 
O mecanismo disponível para o monitoramento e a implementação 
é o de relatórios periódicos, em que os Estados apontam que medidas 
estão sendo tomadas em âmbito interno para a observância dos direitos, 
assim como dificuldades que assegurem uma real efetivação. Os relatórios 
são encaminhados ao Secretário-Geral da ONU e depois repassados para 
análise por parte do Conselho Econômico e Social (ECOSOC). 
Quando o mecanismo de exigibilidade implementado pelo Estado 
Parte não é suficiente, a ONU recomenda mecanismos mais eficazes. A 
Declaração de Viena recomenda que seja criado também o direito de 
petição com relação aos direitos previstos no Pacto, através de Protocolo 
Adicional. Ela ainda sugere que sejam estabelecidos indicadores para o 
acompanhamento da garantia dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais 
(DESC), assim como um esforço integrado pelo seu reconhecimento. 
No âmbito da OEA, existe o Protocolo de San Salvador de 1999, que 
estabelece deveres jurídicos dos Estados Parte com relação aos direitos 
sociais. Segundo o protocolo, os Estados Parte devem dispor ao máximo 
de recursos disponíveis para progressivamente alcançarem a plena 
Educação em Direitos Humanos
https://bit.ly/2Pu5Jkq
22
realização dos DESC. No Protocolo de San Salvador, existe a possibilidade 
de petição individual a instâncias internacionais com relação ao direito à 
educação e aos direitos sindicais. Com o fim da Guerra Fria e o avanço 
nas telecomunicações, o surgimento dos novos temas e o aumento da 
cooperação internacional, o tema dos direitos humanos passou a ter mais 
destaque como pauta da agenda internacional. 
Todavia, mesmo com a ratificação dos principais instrumentos 
de proteção dos direitos humanos em âmbito internacional (a Carta de 
Direitos e os Pactos Internacionais de 1966), o caráter social da jurisdição 
internacional em prol da garantia dos direitos humanos só passou a 
se consolidar com a Conferência do Cairo de 1944, sobre População e 
Desenvolvimento (onde surgiu a expressão “Agenda Social da ONU”), que 
deu origem ao Programa de Ação do Cairo, como um conjunto de medidas 
a serem implementadas de forma conjunta em prol das questões sociais 
relativas ao tema principal da Conferência. 
A Conferência do Cairo foi essencial para a evolução da proteção 
aos DESC, uma vez que concluiu que famílias que possuem os direitos 
fundamentais garantidos são capazes de planejar a fecundidade e 
garantir a sustentabilidade dos filhos, recriando assim o conceito de 
Direito Reprodutivo. Em Copenhague, 1995, na Cúpula Mundial sobre 
Desenvolvimento Social, os países em desenvolvimento resistiram 
aos condicionantes que os países desenvolvidos apresentavam para 
a consecução de investimentos, entre eles o de possuir uma “boa 
governança”.
Na Cúpula Mundial de 1995, podemos apontar as bases para a 
Declaração do Milênio de 2000, em especial sobre os compromissos 
de redução da pobreza e miséria absoluta em 2015, através de medidas 
como a destinação de 0,7% do PIB dos países desenvolvidos à Assistência 
Oficial ao Desenvolvimento. Foram estabelecidas também as bases para 
as metas relativas à igualdade de gênero, à redução da mortalidade infantil 
e à educação. Ainda na década de 90 podemos apontar a Conferência de 
Beijing, de 1995, sobre os Direitos da Mulher e a Habitat II (Conferência 
sobre Assentamentos Humanos) de 1996, em Istambul. 
Educação em Direitos Humanos
23
Figura 3: Sala da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas 
Fonte: @wikimedia
O principal resultado dessas conferências foi o fortalecimento do 
conceito de empowerment das mulheres e o fortalecimento do direito 
à moradia como direito humano. Na agenda da Habitat, houve ainda a 
inovação da participação de outros atores como ONGs, sindicatos e 
diversos movimentos sociais e a repetição das soluções apontadas em 
Copenhague para o financiamento das propostas, que foi essencialmente 
a questão dos 0,7% de investimento do PIB dos países desenvolvidos na 
Assistência Oficial ao Desenvolvimento.
Diante da situação apresentada pelas Conferências da década de 
90, surge a Declaração do Milênio, no ano 2000, com metas a serem 
alcançadas até o ano de 2015, complementando e tomando como base as 
diversas Conferências previamente citadas. A Conferência de Monterrey, 
de 2002, apresenta soluções de como viabilizar a implementação dos 
acordos de 2000, fechando a série de Conferências sobre as questões 
sociais no âmbito das Nações Unidas.
Educação em Direitos Humanos
24
Também devemos destacar, em 2001, a Conferência de Durban 
contra o Racismo, a Discriminação Racial e a Intolerância Correlata, que 
apesar da resistência dos países desenvolvidos, as recomendações de 
Durban têm se mostrado positivas para a implementação da proteção e 
medidas de reparação contra o racismo em âmbito interno de Estados em 
desenvolvimento.
RESUMINDO:
Gostou do que lhe mostramos? Ainda temos muita coisa 
para aprender! Vamos resumir tudo o que vimos até agora. 
Além da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 
1948, como já vimos, há outros documentos importantes 
para o processo de universalização dos direitos humanos. A 
Declaração de Viena de 1993 (que de fato coloca os direitos 
humanos como indivisíveis e universais), dá origem a um 
sistema normativo internacional de proteção aos direitos. 
Apesar de estar claro em âmbito internacional que os 
direitos são indivisíveis, os direitos econômicos, sociais e 
culturais ainda necessitam de implementação e garantias. 
Assim como a garantia dos direitos da primeira geração 
foi um fruto da luta contra o absolutismo feudal durante 
os séculos XVII e XVIII, a garantia dos direitos de segunda 
geração foi fruto das lutas sociais contra a exploração 
do trabalho, por novos espaços para a liberdade coletiva 
e por uma igualdade material maior que possibilitasse 
a dignidade humana. No final da Guerra Fria, surgem 
ainda novas demandas dos novos movimentos sociais, 
que deram origem aos Direitos dos Povos ou Direitos da 
Solidariedade, a terceira geração dos Direitos Humanos, 
que são ao mesmo tempo direitos individuais e coletivos, 
demandantes de um esforço coletivo entre indivíduos e 
Estados e demais atores da ordem mundial atual. 
Educação em Direitos Humanos
25
Educação em Direitos Humanos e o 
Contexto Brasileiro
Contexto Histórico
O tema dos direitos humanosno Brasil passou por contextos 
diferenciados nas últimas décadas. Previamente ao contexto do governo 
militar de 1964, a discussão sobre os direitos humanos e suas garantias 
não era um tema central no país, focado nas questões ligadas ao 
desenvolvimento e seus possíveis desdobramentos. Até então, desde 
Getúlio Vargas a discussão girava em torno dos direitos trabalhistas 
e das conquistas sociais relacionadas ao mundo do trabalho, como na 
Consolidação das Leis do Trabalho.
DEFINIÇÃO:
 A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a unificação 
das leis trabalhistas até então em vigência no país. Foi criada 
pelo Presidente Getúlio Vargas em 1º de março de 1943. A 
CLT regulamenta as leis individuais e coletivas relacionadas 
ao trabalho no Brasil. 
Figura 4: Carteira de Trabalho e Previdência Social
 
Fonte: @wikimedia
Educação em Direitos Humanos
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carteiradetrabalho.jpg
26
A repressão aos direitos durante o governo militar instaurado em 
1964 inaugurou uma nova etapa na consideração a respeito dos direitos 
humanos no país. O cerceamento às liberdades individuais e coletivas 
como a proibição da organização sindical, a censura à liberdade de 
expressão e o cerco à imprensa, além da tortura e da prisão de oponentes 
políticos violava não apenas os direitos civis e políticos, mas também 
os direitos econômicos, sociais e culturais. A reação a esse contexto de 
violações de direitos trouxe ao contexto nacional de forma mais evidente 
o debate internacional sobre a necessidade de respeito e da garantia dos 
direitos humanos. 
O período seguinte, da transição democrática após o fim do regime 
militar, insere o país em um processo de abertura comercial. No mesmo 
contexto em que a “Constituição Cidadã” de 1988 foi promulgada, a 
inserção do país na globalização econômica internacional colocava em 
cheque a previsão de garantia de direitos, em especial os de ordem 
econômica e social previstos na Constituição Federal de 1988. 
SAIBA MAIS:
A Constituição Federal de 1988 ficou conhecida como 
a “Constituição Cidadã” por marcar a transição entre o 
regime autoritário e a reconquista da democracia, além de 
conter princípios constitucionais e garantias de direitos que 
consolidam direitos civis, políticos, econômicos, sociais e 
culturais, entre outros. Para mais informações acesse
Contexto Brasileiro da Educação em 
Direitos Humanos
Como observamos durante o período do regime militar de 1964 a 
abordagem ao tema dos direitos humanos conforme compreendido em 
âmbito internacional ganhou mais relevo no país. Comissões de direitos 
humanos foram organizados por membros da Igreja Católica, movimentos 
sociais, entre outros. Após a transição democrática, o tema foi incorporado 
Educação em Direitos Humanos
https://bit.ly/2KLG1CD
27
à discussão sobre a democracia em si. Nos espaços formais de educação 
o tema passou a ser abordado de forma transversal, além da organização 
de cursos, palestras e outras ações nos espaços não formais. 
Na atualidade, a discussão sobre os direitos humanos enfrenta dois 
grandes desafios, o que atravessa diretamente a abordagem da educação 
sobre o tema, perpassando limitações: 
Duas ordens de limitações pesam sobre o conceito de 
direitos humanos e sua capacidade de constituir força 
educadora significativa na consciência das pessoas. A 
primeira vem do choque desses direitos com o forte 
impulso repressivo que as reiteradas – e, via de regra, 
sensacionalistas – denúncias de casos de crimes 
violentos aponta, para a acentuação das condenações e 
penalizações, como se o aumento das penas pudesse, por 
si só, ter efeito importante na luta contra a impunidade e a 
imposição do Estado de Direito [...]
A outra grande dificuldade consiste na consideração dos 
direitos humanos de forma restrita, separado dos outros 
direitos – sobretudo econômicos e sociais. A origem do 
conceito contemporâneo permitiu essa fragmentação, 
porque ele nasceu na resistência à ditadura militar, 
com essa conotação, além do marco internacional, de 
hegemonia das concepções liberais, quer apontam nessa 
direção [...]. (SADER, 2007, p. 82-83)
Sader (2007) argumenta que apenas uma abordagem que considere 
o tema dos direitos humanos de forma mais abrangente pode superar 
os desafios propostos. Conforme já foi estabelecido internacionalmente, 
os direitos humanos são indivisíveis, portanto a não garantia dos direitos 
sociais, econômicos e culturais ou dos direitos coletivos, impacta 
diretamente na garantia dos direitos individuais e vice-versa. 
No que tange às ações oficiais sobre o tema da educação em 
direitos humanos devemos pontuar a previsão da Constituição Federal 
de 1988, além da Lei Darcy Ribeiro, a lei nº 9.394/1996, de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional (LDB) a respeito da centralidade do 
exercício da cidadania como um dos objetivos da educação em nosso 
país, prevendo, para esse fim um processo de ensino-aprendizagem 
inspirado “nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade 
humana, com a finalidade do pleno desenvolvimento do educando, seu 
Educação em Direitos Humanos
28
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” 
(BRASIL, 1996, Atr. 2º).
Conforme falamos anteriormente, em 2003 foi lançado o Plano 
Nacional de Educação em Direitos Humanos a partir dos parâmetros 
internacionais e nacionais sobre o tema, em especial a consideração 
do Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos (PMEDH). No 
Plano Nacional, o governo brasileiro em conjunto com as organizações da 
sociedade civil estabeleceu como objetivos em seu artigo 2º:
a) fortalecer o respeito aos direitos humanos e liberdades 
fundamentais; b) promover o pleno desenvolvimento 
da personalidade e dignidade humana; c) fomentar o 
entendimento, a tolerância, a igualdade de gênero e a 
amizade entre as nações, os povos indígenas e grupos 
raciais, nacionais, étnicos, religiosos e linguísticos; d) 
estimular a participação efetiva das pessoas em uma 
sociedade livre e democrática governada pelo Estado de 
Direito; e) construir, promover e manter a paz. 
ACESSE:
Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos 
(PMEDH) disponibilizado em português, conheça a primeira 
e a segunda fase dos planos de ação. Acesse:
Figura 5: 70 anos da Declaração Internacional dos Direitos Humanos 
Fonte: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/ 
Educação em Direitos Humanos
https://bit.ly/2Z2JYI5 
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/
29
Nas reflexões sobre o contexto da educação em direitos humanos 
no Brasil é sempre importante lembrar que a desigualdade, em especial a 
social, que marca a sociedade brasileira, representa um desafio potencial 
e, ao mesmo tempo, evoca a necessidade da reflexão, discussão e 
implementação de ações sobre o tema. A educação que estimule a 
consciência para os processos que geram e legitimam a desigualdade 
podem fomentar a reflexão sobre a necessidade da solidariedade e da 
tolerância entre aqueles “diferentes”. 
A exclusão social marca também o distanciamento de ampla 
parcela da sociedade brasileira de seu conjunto de direitos, relacionando 
diretamente a falta de acesso à educação de qualidade ao processo de 
não reconhecimento do papel de cidadão em sociedade. 
O obstáculo ao exercício da cidadania perpassa não apenas a 
assimetria com relação à informação, à educação e à participação 
política, mas às condições básicas de existência, como a alimentação, o 
saneamento básico, entre outros fatores, evidenciando a importância das 
discussões sobre os direitos humanos perpassarem os processos formais 
e informais de educação.
Educação em Direitos Humanos
30
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. O tema dos direitos humanos no Brasil 
passou por contextos diferenciadosnas últimas décadas. 
Previamente ao contexto do governo militar de 1964 a 
discussão sobre os direitos humanos e suas garantias não 
era um tema central no país, focado nas questões ligadas 
ao desenvolvimento e seus possíveis desdobramentos. A 
repressão aos direitos durante o governo militar instaurado 
em 1964 inaugurou uma nova etapa na consideração 
a respeito dos direitos humanos no país, ensejando a 
organização de movimentos que pleiteassem o respeito 
e a garantia de direitos diante das violações identificadas 
naquele período histórico. No mesmo contexto em que a 
Constituição Cidadã de 1988 foi promulgada, a inserção do 
país na globalização econômica internacional colocava em 
cheque a previsão de garantia de direitos, em especial os de 
ordem econômica e social previstos na Constituição Federal 
de 1988. Atualmente, debatemos a consideração de que os 
direitos humanos são indivisíveis, portanto a não garantia 
dos direitos sociais, econômicos e culturais ou dos direitos 
coletivos, impacta diretamente na garantia dos direitos 
individuais e vice-versa, o que está diretamente relacionado 
a dois grandes desafios dos direitos humanos no Brasil: a 
questão da violência e a fragmentação de direitos. Desde 
2003 o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos 
tem buscado balizar a orientação oficial sobre o tema, após 
discussões com entidades da sociedade civil. 
Educação em Direitos Humanos
31
Educação em Direitos Humanos na 
Contemporaneidade
Conexão entre Direitos Humanos e 
Educação atualmente
Atualmente, a necessária conexão entre os direitos humanos e a 
educação em direitos humanos torna-se ainda mais importante diante 
dos inúmeros desafios impostos a ambos, como a grande defasagem na 
educação formal, reflexo da desigualdade social, o modelo tradicional de 
educação e a resistência a pressupostos teóricos e práticas inovadoras 
que considerem o tema dos direitos humanos de forma transversal, a não 
implementação das ações previstas no Plano Nacional de Educação em 
Direitos Humanos, especialmente no que tange à abordagem do tema na 
formação continuada dos docentes e os desafios aos direitos humanos 
como a resistência devido ao quadro de insegurança pública e o privilégio 
dado à consideração dos direitos civis e políticos em detrimento dos 
demais.
A excessiva ênfase na consideração da educação como instrumento 
exclusivo de formação de mão de obra, desconsiderando o caráter de 
inclusão, estímulo à reflexão crítica e inserção plena do cidadão em 
sociedade representa um desafio extra à educação em direitos humanos 
nos tempos atuais. Em paralelo, as sucessivas crises, em especial na 
educação pública nas últimas décadas, fruto de uma (re)consideração 
do papel do Estado e de crises orçamentárias do setor público, agravam 
ainda mais o cenário, impondo uma agenda do “mínimo” às condições 
adversas enfrentadas pela educação pública, considerando projetos e 
tarefas “extras” como podem vir a ser consideradas as que levam o tema 
dos direitos humanos à centralidade (em uma visão que não concebe a 
questão desde o início do planejamento escolar). 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura a educação 
enquanto direito humano fundamental, em seu artigo 26, que prevê que:
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução 
será gratuita, pelo menos nos graus elementares e 
Educação em Direitos Humanos
32
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A 
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem 
como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno 
desenvolvimento da personalidade humana e do 
fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e 
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá 
a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as 
nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as 
atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da 
paz [...]. (UNICEF, 1948) 
Dentro desse contexto, o direito à educação pressupõe, dentro da 
concepção da educação em direitos humanos, que o aluno seja visto 
como sujeito detentor de direitos e deveres, que deve ser respeitado em 
suas características étnicas, culturais, econômicas, entre outras. O direito 
à educação recebe a missão de ser uma “porta de entrada” aos demais 
direitos, pois a reflexão do papel do indivíduo enquanto membro de uma 
coletividade, da sociedade, desperta a reflexão crítica necessária para 
compreensão dos direitos, além dos deveres. 
Cabe ressaltarmos que no Brasil, para além da educação formal, 
desde a década de 80 há um trabalho intenso das organizações da 
sociedade civil organizada, como as organizações não governamentais 
e movimentos sociais. Conforme vimos, a mobilização inicial em torno da 
garantia dos direitos civis e políticos no contexto do regime militar de 1964 
despertaram o ativismo pelos direitos humanos e a mobilização em torno 
do tema. Esse trabalho ocorre em consonância com o poder público, 
porém, muitas vezes, busca suprir lacunas que a oferta de políticas 
públicas deixa no país. 
DEFINIÇÃO:
A sociedade civil designa todas as formas de ação 
social levadas a cabo por indivíduos ou grupos que não 
emanam do Estado nem são por ele determinadas. Uma 
sociedade civil organizada é uma estrutura organizativa 
cujos membros servem o interesse geral através de um 
processo democrático, atuando como intermediários entre 
os poderes públicos e os cidadãos. Disponível aqui
Educação em Direitos Humanos
https://bit.ly/2Sh96ch
33
Assim, tanto em espaços de educação não formal quanto, e 
principalmente, em espaços de educação formal, um dos desafios 
contemporâneos à educação em direitos humanos é a formação de 
professores habilitados a considerar o tema em seus planejamentos 
de aula, a partir de uma formação deles mesmos em direitos humanos 
e a compreensão de como, metodologicamente, trabalhar as questões 
relacionadas. Apesar do Plano Nacional em Direitos Humanos prever 
ações no sentido da educação em direitos humanos integrar o currículo 
das instituições de formação de professores, ainda há lacunas nessa 
formação. 
Outra questão correlata, conforme debatemos no início desta 
unidade, é a necessidade da superação de uma educação meramente 
tecnicista, voltada exclusivamente para a capacitação específica para um 
ofício. É essencial a consideração dos professores também como cidadão 
capaz de não apenas participar do processo de ensino-aprendizagem, 
mas também enquanto agente fundamental de mobilização para os 
direitos humanos.
Cabe ressaltarmos que nos espaços de educação não formal como 
presídios, organizações não governamentais, espaços de educação 
religiosa, entre outros, também cabe a mobilização dos docentes para o 
tema, pois estes, muitas vezes, lidam diretamente com grupos excluídos e 
marginalizados em nossa sociedade, justamente onde a conscientização 
para a cidadania plena pode fazer ainda mais diferença. 
Hodiernamente também é fundamental a conceptualização e a 
promoção da reflexão a respeito dos direitos de igualdade e os de diferença 
que compreendem especificidades das pautas identitárias relacionadas 
a temas como sexualidade, étnico-raciais, entre outras. Esses são temas 
que têm mobilizado a sociedade devido a diferentes visões sobre como o 
direito à diferença deve ser tratado. Todavia, se consideramos a questão 
da educação em direitos humanos devemos sempre lembrar que estamos 
partindo de pressupostos teóricos e metodológicos consolidados nacional 
e internacionalmente a partir da garantia e da promoção de direitos, 
estabelecendo um roteiro mínimo e que busca ser consensual para estes 
temas. Para além de disputas políticas e ideológicas, há seres humanos 
Educação em Direitos Humanos
34
que necessitam da intervenção da sociedade para terem o direito à vida e 
à inclusão social garantidos.
IMPORTANTE:
Algumas estratégias para a superação das questõesaqui 
tratadas relacionadas aos desafios da educação em direitos 
humanos na contemporaneidade passam pelo trabalho 
de formação dos professores, para a consideração da 
temática na educação desde o ensino fundamental, pelo 
reconhecimento das diferenças e do tratamento básico 
dado a essa questão e a efetivação do direito em direitos 
humanos em espaços formais e não formais de ensino. 
Estratégias para a Conexão entre Direitos 
Humanos e Educação Atualmente
O desafio da implementação e da garantia dos direitos humanos 
na sociedade moderna é permanente. Demanda educação e mobilização 
de indivíduos conscientes de seu papel na sociedade moderna e que 
possam, para além da consciência, ter acesso a mecanismos efetivos 
de garantia desses direitos. Como vimos ao longo da unidade 1, há 
tanto em âmbito internacional quanto em âmbito nacional no que tange 
à construção de direitos positivados, marcos legais que subsidiam e 
efetivam os direitos humanos. Todavia, é importante que a sociedade 
tenha a seu dispor a concepção de uma reflexão crítica contínua, além de 
instrumentos práticos.
No Brasil, é importante irmos além do Plano Nacional de Educação 
em Direitos Humanos, fundamental em sua concepção e estratégias. 
Porém, enquanto fruto de discussão e implementação de políticas 
públicas é um instrumento que baliza as discussões e as ações sobre o 
tema, demandando o investimento público e privado, tanto em termos de 
recursos financeiros quanto na concepção de estratégias e planejamentos 
de efetivação. 
Educação em Direitos Humanos
35
Para isso, iniciativas de valorização de projetos e experiências que 
já lidam como o tema são fundamentais, assim como a parceria entre 
os diferentes setores da sociedade. Por fim, é necessária a reflexão 
constante sobre a formação de professores, a pesquisa científica na área 
e a implementação pedagógica em educação em direitos humanos, a fim 
de que os processos teóricos e metodológicos sejam constantemente 
revistos e melhorados em prol da consolidação e ampliação de direitos.
Figura 6: Formação em Direitos Humanos 
Fonte: http://portaledh.educapx.com/projetos-de-educacao-em-direitos-humanos.html 
Exemplo: Um exemplo de iniciativa de formação e valorização 
da educação em direitos humanos é o “Prêmio Municipal Educação em 
Direitos Humanos da Cidade de São Paulo”, que divide a premiação de boas 
práticas em categorias de projetos feitos por professores, estudantes, da 
unidade escolar como um todo, entre outros. Para mais informações sobre 
o prêmio acesse: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
direitos_humanos/edh/programas_e_projetos/premios_municipais/
Educação em Direitos Humanos
http://portaledh.educapx.com/projetos-de-educacao-em-direitos-humanos.html
36
RESUMINDO:
Nossa primeira unidade está chegando ao fim. Então, gostou 
do que lhe mostramos? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Atualmente, a 
necessária conexão entre os direitos humanos e a educação 
em direitos humanos torna-se ainda mais importante diante 
dos inúmeros desafios impostos a ambos, como a grande 
defasagem na educação formal, o reflexo da desigualdade 
social, o modelo tradicional de educação e a resistência a 
pressupostos teóricos e práticas inovadoras que considerem 
o tema dos direitos humanos de forma transversal e a não 
implementação das ações previstas no Plano Nacional de 
Educação em Direitos Humanos. As sucessivas crises nas 
últimas décadas, em especial na educação pública, fruto 
de uma reconsideração do papel do Estado e de crises 
orçamentárias do setor público, agravam ainda mais o 
cenário. Tanto em espaços de educação não formal quanto, 
e principalmente, em espaços de educação formal, um dos 
desafios contemporâneos à educação em direitos humanos 
é a formação de professores habilitados a considerar o tema 
em seus planejamentos de aula. Iniciativas de valorização 
de projetos e experiências que já lidam com o tema são 
fundamentais, assim como a parceria entre os diferentes 
setores da sociedade. Para isso, é necessária a reflexão 
constante sobre a formação de professores, a pesquisa 
científica na área e a implementação pedagógica em 
educação em direitos humanos, a fim de que os processos 
teóricos e metodológicos sejam constantemente revistos 
e melhorados em prol da consolidação e ampliação de 
direitos.
Educação em Direitos Humanos
37
REFERÊNCIAS
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Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
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João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2007. Disponível em: http://
www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/index.htm. 
Acesso em: 10 maio 2019. 
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Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/2191-plano-nacional-
pdf/file. Acesso em: 06 abr. 2021. 
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Navigandi, ISSN 1518-4862, Tresina, ano 22, n. 5198, 24 set. 2017. Disponível 
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SADER, E. Contexto histórico e educação em direitos humanos no 
Brasil: da ditadura à atualidade. In: SILVEIRA, R. M. G. et al. Educação em 
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Editora Universitária/UFPB, 2007. Disponível em: http://www.dhnet.org.
br/dados/livros/edh/br/fundamentos/index.htm . Acesso em: 22 abr. 
2011. Acesso em: 10 maio 2019. 
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. 
Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-
direitos-humanos. Acesso em: 07 maio 2019.
Educação em Direitos Humanos
http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002173/217350por.pdf
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https://jus.com.br/revista/edicoes/2017/9/24
https://jus.com.br/revista/edicoes/2017
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001478/147853por.pdf
https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/constituinte/index.html
https://jus.com.br/revista/edicoes/2017/9
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf
http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/index.htm
http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/index.htm
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
	Delimitações Teóricas e Metodológicas da Educação em Direitos Humanos
	Delimitações Teóricas da Educação em Direitos Humanos
	A Educação em Direitos Humanos
	Delimitações Metodológicas da Educação em Direitos Humanos
	Tratados Internacionais de Direitos Humanos
	Educação em Direitos Humanos e o Contexto Brasileiro
	Contexto Histórico
	Contexto Brasileiro da Educação em Direitos Humanos
	Educação em Direitos Humanos na Contemporaneidade
	Conexão entre Direitos Humanos e Educação atualmente
	Estratégias para a Conexão entre Direitos Humanos e Educação Atualmente

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